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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

ANTONIO CARLOS LEANDRO RASCKE


DEYVID DA COREGIO PEREIRA

ANÁLISE DOS ÍNDICES DE QUALIDADE DO SERVIÇO DO SISTEMA DE


DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DA COOPERATIVA DE
ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ – CERGAPA – PERÍODO 2015/2018

Tubarão
2019
ANTONIO CARLOS LEANDRO RASCKE
DEYVID DA COREGIO PEREIRA

ANÁLISE DOS ÍNDICES DE QUALIDADE DO SERVIÇO DO SISTEMA DE


DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DA COOPERATIVA DE
ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ – CERGAPA – PERÍODO 2015/2018

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia Elétrica da
Universidade do Sul de Santa Catarina como
requisito parcial à obtenção do título de
Engenheiro Eletricista.

Orientador: Prof. Vilson Luiz Coelho, Dr.

Tubarão
2019
ANTONIO CARLOS LEANDRO RASCKE
DEYVID DA COREGIO PEREIRA

ANÁLISE DOS ÍNDICES DE QUALIDADE DO SERVIÇO DO SISTEMA DE


DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DA COOPERATIVA DE
ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ – CERGAPA – PERÍODO 2015/2018

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado à obtenção do título de
Engenheiro Eletricista e aprovado em sua
forma final pelo Curso de Engenharia Elétrica
da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Dedicamos este trabalho a nossas famílias,
nossos maiores incentivadores, aqueles a que
temos o maior orgulho, os quais amamos
incondicionalmente.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos em primeiro lugar a Deus pela vida, pela nossa família, nossos
amigos, por estarem ao nosso lado nas horas em que mais precisamos.
Aos nossos pais pelo exemplo, pela dignidade, pelo esforço, pela abstenção, por
proporcionar esta oportunidade.
A Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará - CERGAPA por nos proporcionar esta
oportunidade, aos nossos colegas de trabalho pelo apoio que foi essencial para chegar ao fim
desta jornada.
Aos professores, mestres e orientadores da Universidade do Sul de Santa Catarina
pelo conhecimento, informações e atenção dispensada.
Ao nosso orientador Vilson Luiz Coelho pela atenção e disposição durante todo o
período, nosso reconhecimento especial.
Aos colegas de curso pelo incentivo, companheirismo, otimismo e espírito de
equipe.
“Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia
atômica: a vontade.” (ALBERT EINSTEIN).
RESUMO

A qualidade do serviço prestado aos consumidores de energia elétrica está diretamente ligada
a eficácia da empresa e com isso a satisfação dos consumidores. O presente estudo tem como
objetivo identificar quais as principais causas que afetam a qualidade do serviço na
CERGAPA. Para isto, foi realizada análise das ocorrências emergenciais com interrupção no
fornecimento de energia elétrica no período 2015/2018, por meio da avaliação dos indicadores
de continuidade coletivos: DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade
Consumidora), e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora).
Após análise foram identificadas as cinco principais causas, quais são o foco do estudo, a
principal causa está registrada como “Não identificada”. A identificação das causas ocorreu
através do diagrama de Pareto, este diagrama é uma ferramenta da qualidade e descreve que
80% das consequências são resultantes de 20% das causas. Foram realizadas visitas a campo
com o objetivo de identificar possíveis causas das faltas para a causa principal, qual é
responsável por 55,97% do total das ocorrências. A localidade que ocorreu a visita in loco é
Aiurê, onde foi identificada a maior reincidência. Ao término do estudo, constatou-se que o
contato ou queda de árvores na rede é a principal causa para a causa registrada como “Não
identificada”.

Palavras chave: Qualidade do serviço. Indicadores de continuidade. Causas.


ABSTRACT

The quality of service provided to consumers of electricity is directly linked to the


effectiveness of the company and with that the satisfaction of consumers. The present study
aims to identify the main causes that affect the quality of service at CERGAPA. For this, an
analysis of the emergency occurrences with interruption in the electricity supply in the period
2015/2018 was carried out, by means of the evaluation of the collective continuity indicators:
DEC (Equivalent Duration of Interruption per Consumer Unit), and FEC (Interrupted
Equivalent Frequency per Consumer Unit). After analysis were identified the five main
causes, which are the focus of the study, the main cause is recorded as "Unidentified". The
identification of causes occurred through the Pareto diagram, this diagram is a quality tool and
describes that 80% of the consequences are resulting from 20% of the causes. Field visits
were carried out to identify possible causes of the faults for the main cause, which is
responsible for 55.97% of the total occurrences. The locality that occurred the on-site visit is
Aiurê, where the greatest recurrence was identified. At the end of the study, it was found that
the contact or fall of trees in the network is the main cause for the cause registered as
"Unidentified".

Keywords: Quality of service. Continuity Indicators. It causes.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Organograma: Política e Qualidade da CERGAPA ................................................ 27


Figura 2- Iasc CERGAPA ........................................................................................................ 28
Figura 3- Composição de um sistema elétrico de potência ...................................................... 32
Figura 4- Sistema radial ............................................................................................................ 33
Figura 5- Sistema anel .............................................................................................................. 34
Figura 6- Sistema de Georreferenciamento da CERGAPA...................................................... 36
Figura 7- Sistema de automação e controle das informações da CERGAPA .......................... 36
Figura 8- Pinus elliottii ............................................................................................................. 39
Figura 9- Eucalipto ................................................................................................................... 39
Figura 10- Sede da CERGAPA ................................................................................................ 44
Figura 11- Organograma .......................................................................................................... 45
Figura 12- Mapa com as localidades/bairros ............................................................................ 53
Figura 13- Falha de conexão em conector de aperto ................................................................ 57
Figura 14- Chave fusível danificada por possível falha na isolação ........................................ 57
Figura 15- Ninhos de pássaros próximos dos isoladores .......................................................... 58
Figura 16- Ave na rede ............................................................................................................. 59
Figura 17- Aves encontradas no local da Figura 16 ................................................................. 60
Figura 18- Vegetação na rede de baixa tensão ......................................................................... 61
Figura 19- Eucaliptos próximos a rede de alta tensão .............................................................. 62
Figura 20- Destaque do equipamento religador ....................................................................... 63
Figura 21- Rede de alta tensão entre eucaliptos ....................................................................... 64
Figura 22- Imagem aérea do local da Figura 21 ....................................................................... 65
Figura 23- Imagem aérea do local da Figura 21 ....................................................................... 65
Figura 24- Custos com mão de obra ......................................................................................... 66
Figura 25- Custo com deslocamento ........................................................................................ 67
Figura 26- Custo com materiais................................................................................................ 68
Figura 27- Custos com mão de obra ......................................................................................... 68
Figura 28- Custo com deslocamento ........................................................................................ 69
Figura 29- Custo com material ................................................................................................. 70
Figura 30- Custo com mão de obra .......................................................................................... 70
Figura 31- Custo com deslocamento ........................................................................................ 71
Figura 32- Custo com mão de obra .......................................................................................... 72
Figura 33- Custo com deslocamento ........................................................................................ 72
Figura 34- Custo com mão de obra .......................................................................................... 73
Figura 35- Custo com deslocamento ........................................................................................ 74
Figura 36- Localização dos equipamentos analisados .............................................................. 75
Figura 37- ELAT- INPE ........................................................................................................... 76
Figura 38- Rede de alta tensão próxima aos eucaliptos............................................................ 77
Figura 39- Rede de alta tensão próxima aos eucaliptos............................................................ 78
Figura 40- Vão de rede extenso ................................................................................................ 78
Figura 41- Isoladores com pino inclinado, possível defeito causado na estrutura do isolador
devido a esforço excessivo ....................................................................................................... 79
Figura 42- Rede de alta tensão próxima aos eucaliptos............................................................ 80
Figura 43- Casca de eucalipto no condutor de alta tensão ....................................................... 80
Figura 44- Inspeção termográfica- ANEXO A......................................................................... 81
Figura 45- Inspeção termográfica- ANEXO B ......................................................................... 81
Figura 46- Rede de alta tensão entre a vegetação ..................................................................... 82
Figura 47- Rede de alta tensão próxima de eucaliptos ............................................................. 83
Figura 48- Destaque do poste da figura acima ......................................................................... 83
Figura 49- Rede de alta tensão baixa e próxima de árvores e vegetação ................................. 84
Figura 50- Rede de alta tensão próxima de eucaliptos ............................................................. 85
Figura 51- Rede de alta tensão próxima de eucaliptos ............................................................. 85
Figura 52- Ninho de pássaro próximo ao isolador ................................................................... 86
Figura 53- Rede de alta tensão próxima a vegetação ............................................................... 87
Figura 54- Rede de alta tensão próxima a vegetação ............................................................... 87
Figura 55- Rede de alta tensão entre a vegetação ..................................................................... 88
Figura 56- Ninhos de pássaros próximos aos isoladores de alta tensão ................................... 89
Figura 57- Rede de alta tensão entre a vegetação ..................................................................... 89
Figura 58- Rede de alta tensão próxima a vegetação ............................................................... 90
Figura 59- Rede de alta tensão entre a vegetação ..................................................................... 91
Figura 60- Rede de alta tensão próxima a vegetação ............................................................... 92
Figura 61- Identificação de um isolador danificado ................................................................. 92
Figura 62- Detalhamento do isolador danificado ..................................................................... 93
Figura 63- Rede de alta tensão entre a vegetação ..................................................................... 94
Figura 64- Isoladores de alta tensão com acúmulo de sujeira .................................................. 94
Figura 65- Destaque de isolador com acúmulo de sujeira ........................................................ 95
Figura 66- Ninho de pássaros em contato com o isolador de alta tensão ................................. 95
Figura 67- Ninho de pássaros ................................................................................................... 96
Figura 68- Cascas de eucalipto e ninho de pássaros no mesmo ponto ..................................... 96
Figura 69- Estrutura de alta tensão com destaque da casca de eucalipto ................................. 97
Figura 70- Inspeção termográfica- ANEXO C ......................................................................... 97
Figura 71- Inspeção termográfica- ANEXO D......................................................................... 97
Figura 72- Rede de baixa tensão frouxa ................................................................................... 98
Figura 73- Rede entre eucaliptos .............................................................................................. 99
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Meta do indicador coletivo DEC estipulado pela ANEEL e o apurado pela
CERGAPA, no período 2015/2018 .......................................................................................... 21
Gráfico 2 – Meta do indicador coletivo FEC estipulado pela ANEEL e o apurado pela
CERGAPA, no período 2015/2018 .......................................................................................... 21
Gráfico 3- Diagrama de Pareto ................................................................................................. 50
Gráfico 4- Ocorrências por localidades/bairros ........................................................................ 52
Gráfico 5- Ocorrências por temporal ........................................................................................ 55
Gráfico 6- Ocorrências por falha de material ou equipamentos ............................................... 56
Gráfico 7- Identificação das falhas por materiais/equipamentos.............................................. 56
Gráfico 8- Ocorrências por animais na rede ............................................................................. 59
Gráfico 9- Ocorrências por contato ou queda de árvore ........................................................... 61
Gráfico 10- Ocorrências por período ........................................................................................ 76
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Apuração das ocorrências no período 2015/2018 .................................................... 49


Tabela 2- Ocorrências por seccionador da localidade/bairro Aiurê ......................................... 54
Tabela 3- Tabela resumo .......................................................................................................... 74
Tabela 4- Características do seccionador 213 .......................................................................... 77
Tabela 5- Características do seccionador 211 .......................................................................... 79
Tabela 6- Características do seccionador 218 .......................................................................... 81
Tabela 7- Características do seccionador 406 .......................................................................... 84
Tabela 8- Características do seccionador 405 .......................................................................... 86
Tabela 9- Características do seccionador 207 .......................................................................... 88
Tabela 10- Características do seccionador 416 ........................................................................ 90
Tabela 11- Características do seccionador 307 ........................................................................ 91
Tabela 12- Características do seccionador 210 ........................................................................ 93
Tabela 13- Características do transformador 474 ..................................................................... 98
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica


CEFET – Centro federal de educação tecnológica do Rio Grande do Norte
CERGAPA – Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará
Cº – Grau Celsius
COOPERMILA – Cooperativa de Eletrificação Lauro Müller
CUST – Contrato de Uso do Sistema de Transmissão
DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora
DIC – Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora
DICRI – Duração da Interrupção Individual Ocorrida em Dia Crítico por Unidade
Consumidora
DIT – Demais Instalações de Transmissão
DMIC – Duração Máxima de Interrupção por Unidade Consumidora
DOE – Diário Oficial do Estado
ELAT – Grupo de Eletricidade Atmosférica
FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora
FER – Frequência Equivalente de Reclamação
FIC – Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora
IASC – Índice Aneel de Satisfação do Consumidor
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
km – Quilômetro
km² – Quilômetro quadrado
kV – Quilovolt
kVA – Quilovoltampere
kWh – Quilowatt-hora
MIGDI – Microssistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica
mm – milímetro
N – Número de ocorrências emergenciais
NBR – Norma Brasileira
NIE – Número de Ocorrências Emergenciais com Interrupção de Energia Elétrica
NUMOCORR – Número de Ocorrências Emergenciais
ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico
PDCA/SDCA – Planejar (Plan), Fazer (Do), Checar (Check), Agir (Action)
PNIE – Percentual do número de ocorrências com interrupção
PRODIST – Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional
QEE – Qualidade da energia elétrica
SIGFI – Sistemas Individuais de Geração de Energia Elétrica com Fontes Intermitentes
SIN – Sistema Interligado Nacional
SPDA – Sistemas de Proteção de Descargas Atmosféricas
TMA – Tempo médio de atendimento
TMAE – Tempo Médio de Atendimento a Ocorrências Emergenciais
TMD – Tempo Médio de Deslocamento
TME – Tempo Médio de Execução
TMM – Tempo médio de mobilização da equipe
TMP – Tempo Médio de Preparação
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 18
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 19
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ...................................................................................... 20
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................... 22
1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 22
1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 22
1.4 DELIMITAÇÕES ............................................................................................................ 23
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................................ 23
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 24
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 26
2.1 INDICADORES DE DESEMPENHO ............................................................................ 26
2.2 ÍNDICE ANEEL DE SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR – IASC .............................. 27
2.3 INDICADORES DE TEMPO DE ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS
EMERGENCIAIS .................................................................................................................... 29
2.4 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................................ 29
2.4.1 Indicadores coletivos de continuidade ....................................................................... 30
2.4.2 Indicadores individuais de continuidade .................................................................. 31
2.4.3 Compensação pela transgressão dos limites de continuidade ................................. 32
2.5 REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .............................................. 32
2.5.1 Configuração do sistema elétrico ............................................................................... 33
2.5.1.1 Sistema radial ............................................................................................................. 33
2.5.1.2 Sistema anel ................................................................................................................ 33
2.5.2 Defeitos em alimentadores de energia elétrica ......................................................... 34
2.5.3 Localização de defeitos em redes de distribuição ..................................................... 35
2.6 PRODIST MÓDULO 8 ................................................................................................... 36
2.7 ASPECTOS GEOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO DE GRÃO-PARÁ SC ....................... 37
2.7.1 Vegetação ..................................................................................................................... 38
2.7.2 Descargas atmosféricas ............................................................................................... 40
2.7.3 Trovoadas..................................................................................................................... 40
2.8 FAIXA DE SEGURANÇA.............................................................................................. 41
2.9 PDCA ............................................................................................................................... 42
3 ESTUDO DE CASO: COOPERATIVA DE ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ ......... 44
3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................. 45
3.2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS EMERGENCIAIS NO
PERÍODO 2015/2018 ............................................................................................................... 46
3.2.1 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2015...................................... 46
3.2.2 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2016...................................... 47
3.2.3 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2017...................................... 47
3.2.4 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2018...................................... 48
3.3 APURAÇÃO DOS DADOS DAS OCORRÊNCIAS NO PERÍODO 2015 A 2018....... 48
3.3.1 Gráfico das ocorrências através do Diagrama de Pareto ........................................ 49
3.4 ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS .................................................................................. 51
3.4.1 Análise das ocorrências, causa: Não identificada ..................................................... 51
3.4.2 Análise das ocorrências, causa: Temporal ................................................................ 54
3.4.3 Análise das ocorrências, causa: Falha de material ou equipamentos .................... 55
3.4.4 Análise das ocorrências, causa: Animais .................................................................. 58
3.4.5 Análise das ocorrências, causa: Por contato ou queda de árvore ........................... 60
3.4.6 Custos referentes a desligamentos não programados. ............................................. 66
3.4.6.1 Análise de custos, causa: Não identificada................................................................. 66
3.4.6.2 Análise de custos, causa: Temporal............................................................................ 67
3.4.6.3 Análise de custos, causa: Falha de material ou equipamento ..................................... 69
3.4.6.4 Análise de custos, causa: Animais.............................................................................. 71
3.4.6.5 Análise de custos, causa: Por contato ou queda de árvore ......................................... 73
3.4.6.6 Tabela resumo ............................................................................................................ 74
4 DIAGNÓSTICO DOS 10 PRINCIPAIS PONTOS DAS OCORRÊNCIAS COM
CAUSA NÃO IDENTIFICADA NA COMUNIDADE DE AIURÊ ................................... 75
4.1 ANÁLISE DAS OCORRÊMCIAS POR MÊS/ANO ...................................................... 76
4.2 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 213 ..................................... 77
4.3 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 211 ..................................... 79
4.4 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 218 ..................................... 81
4.5 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 406 ..................................... 84
4.6 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 405 ..................................... 86
4.7 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 207 ..................................... 88
4.8 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 416 ..................................... 90
4.9 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 307 ..................................... 91
4.10 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 210 ..................................... 93
4.11 EQUIPAMENTO TRANSFORMADOR 15 KVA CÓDIGO 474 .................................. 98
4.12 ANÁLISE DA INSPEÇÃO VISUAL E REGISTRO DE FOTOS ................................. 99
5 AÇÕES PARA POSSÍVEIS REDUÇÕES DOS INDICADORES ............................. 101
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 102
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 104
ANEXOS ............................................................................................................................... 107
ANEXO A – RAMAL DO SECCIONADOR 211 .............................................................. 108
ANEXO B – RAMAL DO SECCIONADOR 211 .............................................................. 109
ANEXO C – RAMAL DO SECCIONADOR 210 .............................................................. 110
ANEXO D – RAMAL DO SECCIONADOR 210 .............................................................. 111
18

1 INTRODUÇÃO

A estrutura do sistema elétrico brasileiro é formada por três processos básicos: a


geração de energia elétrica, a qual pode ser proveniente de diversas fontes, tais como
hidrelétricas, termoelétricas, renováveis, entre outras; a transmissão desde as geradoras até as
subestações; e a distribuição, que faz a entrega do produto ao consumidor final.
As operações das instalações de geração e transmissão de energia elétrica do
Sistema Interligado Nacional – SIN, ficam sob responsabilidade do Operador Nacional do
Sistema Elétrico - ONS, assim como o planejamento da operação dos sistemas isolados do
país.
A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, é o órgão público responsável
por fiscalizar e regular o sistema elétrico brasileiro num todo, envolvendo a geração,
transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. Este órgão estabelece que as
concessionárias e permissionárias devem manter um padrão de continuidade que respeite os
limites especificados.
A mensuração da qualidade do serviço é realizada através de indicadores, que são
formados através do atendimento das interrupções ocorridas no fornecimento de energia
elétrica. No âmbito coletivo, tem-se os indicadores DEC e FEC, Duração Equivalente de
Interrupção por Unidade Consumidora e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade
Consumidora, respectivamente. No que diz respeito a indicadores individuais, temos DIC,
FIC e DMIC, Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora, Frequência de
Interrupção Individual por Unidade Consumidora e Duração Máxima de Interrupção por
Unidade Consumidora, na devida ordem.
Haja vista, que é de suma importância manter a qualidade do serviço prestado aos
consumidores, o presente estudo tem como objetivo analisar os indicadores através de
técnicas que visam identificar as principais causas que contribuem na formação dos índices de
qualidade do serviço. Uma vez identificados os problemas, pode-se propor soluções e
apresentar um estudo de viabilidade técnica de implantação destas, e deste modo potencializar
a eficácia da Cooperativa de Eletricidade de Grão-Pará - CERGAPA, empresa permissionária
de prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica.
A não conformidade com a exigência da ANEEL perante os índices estabelecidos,
ou seja, a violação destes, pode gerar compensação qual deve ser efetuada por meio de crédito
na fatura do consumidor, ou ainda, acarretar para a CERGAPA a perda da permissão da
19

prestação do serviço. Ressaltando que os fatores que comprometem a qualidade do serviço


podem estar ligados diretamente ou indiretamente à empresa.
De maneira direta pode-se deter a falta de manutenção preventiva ou preditiva das
redes de distribuição, sendo prudente seguir corretamente os planos de ações em casos de falta
de energia, através de acompanhamentos estatísticos, avaliando in loco o estado do
equipamento, o local de instalação, os dados fornecidos pelo fabricante.
Conforme Patton Jr (1983):

A manutenção preventiva caracteriza-se pelo trabalho sistemático para evitar a


ocorrência de falhas procurando a sua prevenção, mantendo um controle contínuo
sobre o equipamento. A manutenção preventiva é considerada como o ponto de
apoio das atividades de manutenção, envolvendo tarefas sistemáticas tais como: as
inspeções, substituição de peças e reformas.

Conforme Moubray (1997):

A manutenção preditiva caracteriza-se pela previsibilidade da deterioração do


equipamento, prevenindo falhas por meio do monitoramento dos parâmetros
principais, com o equipamento em funcionamento. A manutenção preditiva é a
execução da manutenção no momento adequado, antes que o equipamento apresente
falha, e tem a finalidade de evitar a falha funcional ou evitar as consequências
desta).

E por último, também podemos minimizar estas falhas por meio da empresa,
usando um método mais avançado de manutenção que seria o monitoramento/medição de
equipamentos com custo mais elevados. De forma indireta são diversos os fatores, como
desligamentos externos, interferência de terceiros, eventos ambientais e principalmente
ocorrências provenientes de intempéries climáticas.

1.1 JUSTIFICATIVA

A CERGAPA tem como missão distribuir energia aos seus consumidores e


associados dentro dos padrões de qualidade e continuidade estabelecidos pela legislação
vigente, proporcionando atendimento isonômico e o desenvolvimento econômico e social na
região.
Diante disto, o presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo a análise
da qualidade do serviço prestado ao consumidor, ressaltando que a qualidade está diretamente
relacionada com a interrupção no fornecimento de energia elétrica, e por sua vez a interrupção
no fornecimento de energia elétrica é a principal causa de insatisfação dos consumidores e
20

associados. Estas interrupções estão relacionadas diretamente com o faturamento e avarias de


equipamentos tanto da permissionária quanto dos consumidores e perdas de qualidade e
imagem da empresa. Perante os dados apresentados, vejamos a definição de qualidade do
produto, qualidade do serviço e qualidade do atendimento, para que haja clareza no objetivo
deste estudo.
Qualidade do produto: refere-se à conformidade do nível de tensão em regime
permanente e as perturbações na forma de onda de tensão.
Qualidade do serviço: está referenciada com a avaliação das interrupções no
fornecimento de energia elétrica. Tal avaliação está relacionada com os indicadores de
continuidade coletivos e individuais. Sendo DEC e FEC classificados como coletivos e, DIC,
FIC e DMIC classificados como individuais.
Qualidade do atendimento: pode ser definido como o grau de satisfação do
consumidor/associado com o atendimento prestado e o nível de efetivação das obrigações da
permissionária.
Por conseguinte, será realizado um estudo para identificar quais as principais
causas de interrupção no fornecimento de energia elétrica na Cooperativa de Eletricidade
Grão-Pará – CERGAPA e consequentemente analisar a qualidade do serviço prestado.

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

De acordo com os dados apurados e apresentados no Gráfico 1, fica visível a não


conformidade por parte da permissionária com os indicadores estabelecidos pela ANEEL nos
anos de 2015 e 2016. Os indicadores obtidos pela CERGAPA entre 2015 e 2018 e as metas
estabelecidas pela ANEEL para este mesmo período estão apresentados no Gráfico 1 e
Gráfico 2.
21

Gráfico 1 – Meta do indicador coletivo DEC estipulado pela ANEEL e o apurado pela
CERGAPA, no período 2015/2018

DEC (Horas)
70 62,48
60
50 43
40,48 41
40 32,25
30 22 23,72 22
20 11,34
10 1,72 0 0
0
2015 2016 2017 2018

Meta Apurado Ultrapassagem

Fonte: Elaboração dos autores (2018).

Gráfico 2 – Meta do indicador coletivo FEC estipulado pela ANEEL e o apurado pela
CERGAPA, no período 2015/2018

FEC (nº de interrupções)


60
49,98
50 43 41
38,06
40
28,98
30 23,92
22 21
20 16,06
15,17
10
0 0
0
2015 2016 2017 2018

Meta Apurado Ultrpassagem

Fonte: Elaboração dos autores (2018).

Perante os dados apresentados, existe a necessidade de monitoramento dos índices


para que estes estejam de acordo com as metas, e deste modo define-se o seguinte problema:
Quais são as principais causas a serem analisadas com a finalidade de reduzir os índices
futuros de continuidade, estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, e
que representam a qualidade do serviço prestado?
22

De que modo minimizar os possíveis danos futuros no sistema de Distribuição de


Energia Elétrica da Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA, acarretando a
redução dos índices de continuidade e na melhoria do serviço prestado? Com possível
aplicação a partir do 2º semestre de 2019.
Através destes questionamentos define-se o problema, e a partir deste, será
apresentado um estudo que irá abranger as ocorrências emergenciais com interrupção no
fornecimento de energia elétrica entre os anos de 2015 e 2018.

1.3 OBJETIVOS

Melhoria dos índices de continuidade do serviço prestado aos consumidores com


possível aplicação a partir do 2º semestre de 2019.

1.3.1 Objetivo geral

Identificar quais as principais causas que afetam a qualidade do serviço prestado.

1.3.2 Objetivos específicos

A seguir serão relatados os objetivos específicos deste estudo, que irão nortear o
desenvolvimento das atividades necessárias para a realização do trabalho de conclusão de
curso. Vejamos então quais são:
• Detectar as causas responsáveis pela inconformidade dos indicadores de
continuidade, visando a correção destes.
• Diagnosticar a localização dos possíveis pontos dos problemas e mapeá-los de
acordo com o(s) município(s) e sua(s) respectiva(s) comunidade(s). Este
diagnóstico pode ser realizado através de consulta na base de dados da
CERGAPA, qual detém os registros de interrupções no fornecimento de
energia elétrica na área de sua permissão de distribuição.
• Realizar levantamento de campo para investigação das causas. Através da
localização e mapeamento de possíveis pontos que oferecem risco, será
realizada visita a campo para então identificar na prática quais são os possíveis
causadores das interrupções de energia elétrica.
23

• Apresentar diagnóstico final. Este por sua vez, irá apresentar os dados
coletados em campo, demonstrando os possíveis causadores das faltas de
energia.

1.4 DELIMITAÇÕES

Tema: "Análise dos Índices de Qualidade do Serviço do Sistema de Distribuição


de Energia Elétrica da Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA – Período
2015/2018.
A abordagem do estudo irá ocorrer com base na análise dos índices de qualidade
do serviço através dos indicadores coletivos DEC e FEC, da Cooperativa de Eletricidade de
Grão-Pará – CERGAPA, empresa permissionária de distribuição de energia elétrica. O
período de apuração será 2015/2018.

1.5 METODOLOGIA

Este trabalho de conclusão de curso busca-se atingir seu objetivo principal, que é
realizar uma análise relacionando a qualidade do serviço de energia elétrica prestado pela
Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA, com a metodologia de regulação e
fiscalização da ANEEL no decorrer dos anos.
Uma ferramenta utilizada e que tem a função de garantir que a empresa organize
seus processos, não importando a sua natureza, é o Ciclo PDCA ou SDCA, significa Plan,
Do, Check, Action (Planejar, Fazer, Verificar e Agir).
O estudo tem por finalidade realizar uma pesquisa aplicada apresentando os dados
coletados dentre os anos 2015/218.
Conforme Thiollent (2009, p.36):

A pesquisa aplicada concentra-se em torno dos problemas presentes nas atividades


das instituições, organizações, grupos ou atores sociais. Ela está empenhada na
elaboração de diagnósticos, identificação de problemas e busca de soluções.
Responde a uma demanda formulada por clientes, atores sociais ou instituições.

Visa-se também uma pesquisa descritiva, onde serão analisados e mostrados todos
os índices levantados no banco de dados da empresa, os autores irão verificar quais os
maiores obstáculos junto a mesma, contudo, buscando quais as melhores soluções a serem
seguidas.
24

Conforme Perovano (2014):

O processo descritivo visa à identificação, registro e análise das características,


fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo. Esse tipo de
pesquisa pode ser entendido como um estudo de caso onde, após a coleta de dados, é
realizada uma análise das relações entre as variáveis para uma posterior
determinação dos efeitos resultantes em uma empresa, sistema de produção ou
produto.

Para tanto será realizada coleta de dados quantitativos, através do histórico dos
indicadores de continuidade coletivos: DEC e FEC, e individuais: DIC, FIC e DMIC, ao
longo do período de 2015 a 2018, dentro da área de permissão a qual a CERGAPA é
responsável. Ressaltando que serão analisados somente os indicadores de continuidade
coletivos, mencionados acima.
Outro método relevante será o dedutivo, onde os autores terão como base, dados
verídicos para realizar os estudos necessários, possibilitando a obtenção de resultados a partir
do 2° semestre de 2019.
Como procedimento final serão realizadas tanto pesquisas bibliográficas como
estudos de caso, pois serão abordados os principais assuntos relacionados ao tema do trabalho,
correlacionando o setor técnico da empresa com o departamento financeiro dela. Para que isso
tudo seja possível será executado um estudo de caso, onde será observado qual mecanismo
será útil e consequentemente viável para a empresa. Por fim esperamos apontar soluções que
agreguem no desempenho final do serviço prestado ao qual a CERGAPA é responsável, ou
seja, que o presente trabalho possa influenciar de forma positiva nos resultados que a empresa
almeja e consequentemente deixe de prejudicar e ressarcir os seus consumidores.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está estruturado em 6 capítulos, sendo eles:


No primeiro capítulo, é apresentado um breve panorama que antecede o conteúdo
relacionado ao trabalho, ou seja, tema, problema, justificativa, delimitações, objetivo geral,
objetivos específicos, metodologia do trabalho e estrutura do trabalho.
No capítulo 2 é apresentada a fundamentação teórica, onde são levantados os
principais conceitos sobre o tema proposto, e analisados documentos que contribuíram de
maneira significativa para o desenvolvimento deste trabalho.
25

O capítulo 3 descreve o estudo de caso, onde é mostrado o histórico da


Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA, sua estrutura organizacional, e
identificação e análise das ocorrências emergenciais no período 2015/2018.
No capítulo 4 são descritos e diagnosticados os 10 pontos reincidentes das
ocorrências com causa não identificada, visando uma maior clareza junto ao trabalho.
No capítulo 5 são apresentadas recomendações para o problema descrito.
E por fim, o capítulo 6 apresenta as considerações finais sobre o estudo de caso da
Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA, referente a análise das ocorrências
emergenciais.
26

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 INDICADORES DE DESEMPENHO

A maioria das grandes empresas utilizam indicadores financeiros, de


produtividade ou de qualidade para verificar seu posicionamento no mercado e para definir
ações em seu planejamento estratégico. No caso das empresas do setor elétrico, a utilização
dos indicadores de desempenho é imposta pelos órgãos controladores como a ANEEL. Com
isso os indicadores de desempenho são índices que servem para avaliação dos processos de
uma empresa, permitindo através de acompanhamento dos resultados obtidos, nortear as
tomadas de decisão da empresa.
As distribuidoras do setor elétrico são avaliadas constantemente em diversos
aspectos, principalmente no que condiz ao fornecimento de energia elétrica.
A avaliação qualitativa é uma das formas de se qualificar as distribuidoras, onde é
mensurado a continuidade do fornecimento de energia elétrica através de pesquisas de
satisfação, que resultam no Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor (IASC). Contudo,
buscando resultados mais objetivos e próximos da realidade, recomenda-se outras formas de
avaliação de satisfação do consumidor.
Minayo (2008) destaca que na pesquisa qualitativa, o importante é a objetivação,
pois durante a investigação científica é preciso reconhecer a complexidade do objeto de
estudo, rever criticamente as teorias sobre o tema, estabelecer conceitos e teorias relevantes,
usar técnicas de coleta de dados adequadas e, por fim, analisar todo o material de forma
específica e contextualizada
A análise quantitativa é outro fator importantíssimo e recomendado na qualidade
do fornecimento ao consumidor, pois é através desta análise que se busca os indicadores de
qualidade do serviço prestado aos seus consumidores.
De acordo com Minayo (2008), os métodos quantitativos têm o objetivo de
mostrar dados, indicadores e tendências observáveis, ou produzir modelos teóricos abstratos
com elevada aplicabilidade prática. Suas investigações evidenciam a regularidade dos
fenômenos.
A Figura 1 apresenta a Política e Qualidade da CERGAPA através de um
organograma.
27

Figura 1 – Organograma: Política e Qualidade da CERGAPA

Responsabilidade Apuração Indicadores de


e Confiabilidade de dados continuidade

Cergapa Prestação de
serviços
Agilidade
Satisfação
Gestão de Qualidade
Qualidade Eficiência

Requisitos dos
Estatuto Consumidores/ Legais e
regulamentares
Associados da Aneel

Fonte: CERGAPA (2018).

2.2 ÍNDICE ANEEL DE SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR – IASC

Conforme a ANEEL (2015):

O que é o Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor? O Iasc é um indicador que


permite avaliar a satisfação do consumidor residencial com os serviços prestados
pelas distribuidoras de energia elétrica.
Como é obtido o Iasc? O Iasc é obtido anualmente a partir de pesquisa amostral
realizada com consumidores de todas as distribuidoras, concessionárias e
permissionárias, que atuam no território nacional. São realizadas cerca de 25.000
entrevistas.
Quais as variáveis avaliadas na pesquisa do Iasc? São cinco:
a) qualidade percebida;
b) valor percebido (relação custo-benefício);
c) satisfação global;
d) confiança no fornecedor;
e) fidelidade.
Qual a premiação das empresas vencedoras do Prêmio Iasc? As empresas mais bem
avaliadas pelos consumidores recebem troféu, certificado e o selo Iasc. O selo pode
ser aplicado nas faturas de energia elétrica e no material de comunicação
institucional.
De que forma a ANEEL utiliza as informações obtidas na pesquisa do Iasc? Os
resultados do Iasc são utilizados para subsidiar o aprimoramento dos instrumentos
regulatórios e a priorização das ações de fiscalização.

No ano de 2018 a Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA obteve o


segundo lugar no Iasc para permissionárias até 10.000 unidades consumidoras, ficando atrás
apenas da Cooperativa de Eletrificação Lauro Muller – COOPERMILA, sendo que nos anos
anteriores também teve posição relevante no cenário nacional. Conforme levantamento junto
ao site da ANEEL, concorreram ao prêmio 18 permissionárias até 10.000 unidades
28

consumidoras em todo Brasil, tendo a CERGAPA a pontuação de 80,87 no nível de satisfação


do consumidor.
A Figura 2 apresenta relatório Iasc da CERGAPA referente ao ano de 2018.

Figura 2- Iasc CERGAPA

Fonte: ANEEL (2019).


29

2.3 INDICADORES DE TEMPO DE ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS


EMERGENCIAIS

A avaliação do atendimento às ocorrências emergenciais ocorre através de


indicadores quais estão vinculados a conjuntos de unidades consumidoras. A apuração destes
é de responsabilidade da distribuidora e deve ocorrer de forma mensal para cada conjunto de
unidades consumidoras, a expressão destes é dada em minutos. Vejamos os indicadores
disponíveis:
a) TMP – Tempo Médio de Preparação: indicador que mede o quão eficiente são
os meios de comunicação, dimensionamento de equipes e o Centro de
Operação da Distribuição – C.O.D.;
b) TMD – Tempo Médio de Deslocamento: indicador responsável por identificar
a eficácia da localização das equipes de manutenção e operação;
c) TME – Tempo Médio de Execução: indicador que mede a eficácia do
restabelecimento do sistema de distribuição pelas equipes de manutenção e
operação;
d) TMAE – Tempo Médio de Atendimento a Ocorrências Emergenciais:
indicador que mensura o tempo médio para atendimento de emergência;
e) NUMOCORR – Número de Ocorrências Emergenciais;
f) NIE – Número de Ocorrências Emergenciais com Interrupção de Energia
Elétrica.

2.4 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE


ENERGIA ELÉTRICA

A avaliação da qualidade do serviço público de distribuição de energia elétrica é


realizada através da análise das interrupções ocorridas no fornecimento de energia elétrica de
determinada região ou município. Para realizar a mensuração desta, destacam-se os
indicadores de continuidade, quais são classificados como coletivos e individuais e definidos
de acordo com o Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição – PRODIST.
Conforme Barros, Borelli, Gedra (Gerenciamento de energia, p 31):

O desenvolvimento tecnológico trouxe inúmeros benefícios aos consumidores


residenciais, comerciais e industriais de energia elétrica, pela utilização de novos
equipamentos. Além dessa utilização, outros serviços envolvendo iluminação
30

pública, saúde, telecomunicações, sistema bancário e transporte público podem ser


comprometidos diante da qualidade de energia elétrica fornecida.

De acordo com a ANEEL (2016), o PRODIST normatiza e padroniza as


atividades técnicas relacionadas ao funcionamento e desempenho dos sistemas de distribuição
de energia elétrica.
De acordo com a ANEEL (2016), ressalta-se que, similarmente a outros
indicadores no mundo, os indicadores são apurados para as interrupções maiores que 3
minutos, sendo admitidos alguns expurgos na sua apuração.

2.4.1 Indicadores coletivos de continuidade

Perante a necessidade de assegurar a qualidade do serviço público prestado, existe


uma exigência por parte da ANEEL, onde as prestadoras devem manter um padrão mínimo de
continuidade do fornecimento de energia elétrica, assim, estabelecendo limites para os
seguintes indicadores coletivos:
De acordo com o PRODIST Módulo 8 - Qualidade da Energia Elétrica Versão
vigente: Revisão 10, da ANEEL (2017), define-se:

a) DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora;


∑𝐶𝑐
𝑖=1 𝐷𝐼𝐶(𝑖) (1)
𝐷𝐸𝐶 =
𝐶𝑐
b) FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora.
∑𝐶𝑐
𝑖=1 𝐹𝐼𝐶(𝑖) (2)
𝐹𝐸𝐶 =
𝐶𝑐
Onde:
DEC = duração equivalente de interrupção por unidade consumidora, expressa em
horas e centésimos de hora;
FEC = frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora, expressa em
número de interrupções e centésimos do número de interrupções;
i = índice de unidades consumidoras atendidas em BT ou MT faturadas do conjunto;
Cc = número total de unidades consumidoras faturadas do conjunto no período de
apuração, atendidas em BT ou MT;
DIC(i) = Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora, excluindo-se
as centrais geradoras;
FIC(i) = Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora,
excluindo-se as centrais geradoras.

O envio dos indicadores é de responsabilidade da distribuidora e ocorre de forma


mensal, já sua apuração fica a cargo da ANEEL, que avalia os indicadores do mês, do
trimestre e do ano. A consistência dos dados é formada pelo somatório do tempo e número de
vezes que a unidade consumidora permaneceu sem energia elétrica, tornando possível
avaliação da continuidade da energia elétrica que está sendo disponibilizada à população.
31

2.4.2 Indicadores individuais de continuidade

Para os índices individuais, o acompanhamento ocorre do mesmo modo, porém a


apuração ocorre para cada unidade consumidora e não para uma coletividade. Vejamos a
seguir os indicadores individuais:
De acordo com o PRODIST Módulo 8 - Qualidade da Energia Elétrica Versão
vigente: Revisão 10, da ANEEL (2017), define-se:

a) DIC – Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora;


𝑛
(3)
𝐷𝐼𝐶 = ∑ 𝑡(𝑖)
𝑖=1
b) FIC – Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora;
𝐹𝐼𝐶 = 𝑛 (4)
c) DMIC – Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade
Consumidora;
𝐷𝑀𝐼𝐶 = 𝑡(𝑖)𝑚𝑎𝑥 (5)
d) DICRI – Duração da Interrupção Individual Ocorrida em Dia Crítico por
Unidade Consumidora.
𝐷𝐼𝐶𝑅𝐼 = 𝑡crítico (6)
Onde:
DIC = duração de interrupção individual por unidade consumidora ou por ponto de
conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
FIC = frequência de interrupção individual por unidade consumidora ou por ponto
de conexão, expressa em número de interrupções;
DMIC = duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora ou por
ponto de conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
DICRI = duração da interrupção individual ocorrida em dia crítico por unidade
consumidora ou ponto de conexão, expressa em horas e centésimos de hora;
i = índice de interrupções da unidade consumidora ou por ponto de conexão no
período de apuração, variando de 1 a n;
n = número de interrupções da unidade consumidora ou por ponto de conexão
considerado, no período de apuração;
t(i) = tempo de duração da interrupção (i) da unidade consumidora considerada ou
do ponto de conexão, no período de apuração;
t(i) max = valor correspondente ao tempo da máxima duração de interrupção
contínua (i), no período de apuração, verificada na unidade consumidora ou no
ponto de conexão considerado, expresso em horas e centésimos de horas;
tcrítico = duração da interrupção ocorrida em Dia Crítico.

Dia Crítico - Dia em que a quantidade de ocorrências emergenciais em um


conjunto elétrico ultrapassar determinado limite, estabelecido como a média mais três desvios
padrões, dos valores diários verificados nos 12 meses do ano anterior. Resolução Normativa
ANEEL n. 482, de 17 de abril de 2012 (Diário Oficial, de 19 abr. 2012, seção 1, p. 53)
Os limites individuas DIC e FIC são apurados de modo mensal, trimestral e anual,
porém o DMIC e apurado apenas de forma mensal. O limite do indicador DICRI é
especificado para cada interrupção ocorrida em dia crítico.
32

2.4.3 Compensação pela transgressão dos limites de continuidade

Quando ocorrer o não cumprimento dos indicadores de continuidade a nível


individual, deverá ser realizada a compensação financeira ao consumidor, tal compensação
deve ocorrer de maneira automática, sendo paga com prazo de até 2 meses após o mês base de
apuração (mês correspondente ao da interrupção).
Para manter a confiabilidade, os valores são passíveis de fiscalização por parte da
ANEEL, qual deve ser informada dos valores pagos ao consumidor em até 3 meses
posteriores a apuração do indicador.

2.5 REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

É a parte do sistema elétrico, com tensão até 13,8 kV de acordo com o estudo
realizado na CERGAPA, compreendida entre os equipamentos de proteção dos alimentadores
instalados na subestação e os pontos de entrega de energia aos consumidores.
A Figura 3 apresenta a composição de um sistema elétrico de potência.

Figura 3- Composição de um sistema elétrico de potência

Fonte: UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2014).


33

2.5.1 Configuração do sistema elétrico

A Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA possui em sua totalidade,


compreendendo entre rede primária e rede secundária 652,30 km de extensão de rede. A
configuração do sistema elétrico da CERGAPA compreende o sistema Radial e Anel, quais
serão exemplificados a seguir.

2.5.1.1 Sistema radial

Um sistema radial como mostra a Figura 4, é um arranjo que possui uma única
fonte alimentando múltiplas cargas e é geralmente associada a um sistema de distribuição.

Figura 4- Sistema radial

Fonte: CEFET – Centro federal de educação tecnológica do Rio Grande do Norte (2010).

A construção de tal sistema é relativamente econômica, mas do ponto de vista da


confiabilidade é muito insuficiente, pois a perda da fonte acarreta a falta de energia elétrica
para todos os consumidores. Do ponto de vista do sistema de proteção, um sistema radial
apresenta uma complexidade menor, pois a corrente de curto-circuito flui sempre no mesmo
sentido, isto é, da fonte para o local da falta. Desde que nos sistemas radiais, os geradores
estejam eletricamente distantes, as correntes de curtos-circuitos não variam muito com as
mudanças nas capacidades geradoras.

2.5.1.2 Sistema anel

A Figura 5 mostra um exemplo de um sistema em anel. Normalmente, esta


34

configuração é utilizada para sistemas de transmissão onde as linhas e as fontes interligadas


fornecem uma maior flexibilidade.

Figura 5- Sistema anel

Fonte: CEFET – Centro federal de educação tecnológica do Rio Grande do Norte (2010).

Conforme Fujio, Walmir (2015, p.91):

A direção dos fluxos das correntes de curtos-circuitos é imprevisível. Além disso, as


magnitudes dessas correntes variam em uma faixa muito grande com a mudança da
configuração do sistema e da capacidade de geração no momento do curto-circuito.

A vantagem de um sistema em anel em relação ao sistema radial é que há


possibilidade de realizar manobras para as possíveis manutenções (emergenciais ou não
emergenciais) sem desenergizar todo o alimentador.

2.5.2 Defeitos em alimentadores de energia elétrica

“Um sistema elétrico está constantemente sujeito a ocorrências que causam


distúrbios no seu estado normal. Estas perturbações alteram as grandezas elétricas (corrente,
tensão, frequência), provocando violações nas restrições operativas” (FREITAS, IKEDA,
DIAS, MEDEIROS, SILVA, 2012, p.1).
Nestes casos são necessárias ações corretivas, preventivas e principalmente
preditivas para sanar ou limitar as consequências desses distúrbios.
A utilização da manutenção corretiva é aceitável em casos onde a falha do
equipamento não envolve riscos de segurança ou ao meio ambiente, onde seu custo é
35

inferior a outros métodos de manutenção ou em casos de peças ou equipamentos


sobressalentes (BRANCO, 2008; KARDEC e NASCIF, 2009, PAPIC et al., 2009).

Existem vários tipos de perturbações nas redes de energia elétrica, a seguir estão as
mais comuns:
a) Abalroamento;
b) Vegetação na rede;
c) Curto circuito por temporal;
d) Sobrecarga no alimentador;
e) Rompimento do cabo por oxidação ou corrosão;
f) Vandalismo;
g) Descargas atmosféricas;
h) Vendaval;
i) Defeito nos equipamentos instalados ao longo dos alimentadores:
transformadores, reguladores de tensão, religadores, chaves faca e a óleo;
j) Salitre ou sujeiras nos isoladores, provocando curto circuito fase-terra;
k) Condutores desregulados;
l) Tensão baixa devido à má conexão nas emendas dos cabos;
m) Para-raios em curto circuito;
n) Cruzeta quebrada por esforço ou apodrecimento;
o) Defeito em consumidor atendido em média tensão;
p) Animais na rede.

2.5.3 Localização de defeitos em redes de distribuição

Atualmente a detecção de defeitos em redes de distribuição é realizada através da


inspeção visual, da informação de terceiros (associados, consumidores, não consumidores) e
por sistemas/softwares automatizados que proporcionam mais eficiência e agilidade no
restabelecimento da energia elétrica. Estes, de uma forma prática e segura vem auxiliando em
muito a localização dos defeitos na rede e por consequência na melhoria dos índices de
qualidade de serviço.
A Figura 6 apresenta o Sistema de Georreferenciamento da CERGAPA e a Figura
7 apresenta o Sistema de automação e controle das informações da CERGAPA.
36

Figura 6- Sistema de Georreferenciamento da CERGAPA

Fonte: CERGAPA (2019).

Figura 7- Sistema de automação e controle das informações da CERGAPA

Fonte: CERGAPA (2019).

2.6 PRODIST MÓDULO 8

Os procedimentos de distribuição - PRODIST são documentos elaborados pela


ANEEL e normatizam e padronizam as atividades técnicas relacionadas ao funcionamento e
desempenho dos sistemas de distribuição de energia elétrica (ANEEL, 2016).
Objetivo do PRODIST é estabelecer os procedimentos relativos à qualidade da
energia elétrica – QEE, abordando a qualidade do produto e a qualidade do serviço prestado e
a qualidade do tratamento de reclamações.
37

Para a qualidade do produto, este módulo define a terminologia e os indicadores,


caracteriza os fenômenos, estabelece os limites ou valores de referência, a metodologia de
medição, a gestão das reclamações relativas à conformidade de tensão em regime permanente
e às perturbações na forma de onda de tensão e os estudos específicos de qualidade da energia
elétrica para fins de acesso aos sistemas de distribuição.
Para a qualidade do fornecimento de energia elétrica, este módulo estabelece a
metodologia para apuração dos indicadores de continuidade e dos tempos de atendimento a
ocorrências emergenciais, definindo padrões e responsabilidades.
Para a qualidade do tratamento de reclamações, este módulo estabelece a
metodologia de cálculo dos limites do indicador de qualidade comercial FER (Frequência
Equivalente de Reclamação).
Os procedimentos de qualidade da energia elétrica definidos neste módulo devem
ser observados por:
a) consumidores com instalações conectadas em qualquer classe de tensão de
distribuição;
b) centrais geradoras;
c) distribuidoras;
d) agentes importadores ou exportadores de energia elétrica;
e) transmissoras detentoras de Demais Instalações de Transmissão – DIT;
f) Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS.
Os procedimentos de qualidade da energia elétrica definidos neste módulo se
aplicam aos atendimentos realizados por Microssistema Isolado de Geração e Distribuição de
Energia Elétrica – MIGDI e Sistemas Individuais de Geração de Energia Elétrica com Fontes
Intermitentes – SIGFI, exceto o que estiver disposto em Resolução específica. As centrais
geradoras que se conectam às Demais Instalações de Transmissão – DIT ou às instalações sob
responsabilidade de distribuidora em nível de tensão superior a 69 kV ou celebram Contrato
de Uso do Sistema de Transmissão – CUST devem também observar o disposto nos
Procedimentos de Rede.

2.7 ASPECTOS GEOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO DE GRÃO-PARÁ SC

O município localiza-se na região sul do Estado de Santa Catarina, na


microrregião de Tubarão. Grão-Pará possui uma área territorial de 338,156 km². Possui 6.228
habitantes e está a uma altitude de 93 metros acima do nível do mar. O município tem
38

distância de 192 km da capital do estado e 259 km do porto de Itajaí. A temperatura média é


de 19,2 graus Celsius, e o bioma principal é a Mata Atlântica.
O relevo do município é bastante acidentado, sendo que, em sua área está a
passagem rodoviária pela Serra Geral, denominada Estrada da Serra do Corvo Branco e a
Janela Furada, no Parque Estadual da Serra Furada. O clima do município classifica-se como
mesotérmico úmido. Apresenta uma temperatura média anual de 19,2ºC, e o índice
pluviométrico varia de 1.300 mm a 1.500 mm por ano. As geadas são constantes no inverno,
com verões quentes. Temperatura máxima 35ºC e temperatura mínima -05ºC. Quanto à
hidrografia do município é banhado pelos rios Pequeno, Braço Esquerdo e Capivaras. O solo
é bastante acidentado, possuindo características que possibilitam o cultivo de diversos
produtos agrícolas. O município também conhece algumas serras: a Serra Geral, com seus
contrafortes, caracteriza a topografia do território do seu município. A passagem rodoviária na
Serra Geral, denominada Estrada da Serra do Corvo Branco e a Janela Furada, uma formação
natural que se encontra localizada no Parque Estadual da Serra Furada, são atrações pela sua
beleza natural.

2.7.1 Vegetação

A vegetação é marcada pelos serrados e capoeiras. Uma parte do terreno está em


cultivo. A mata nativa tem sido preservada em grande parte até os nossos dias. A derrubada
das matas para o aproveitamento do solo é suprida pelo reflorestamento na sua maior parte
com pinus elliottii e eucalipto.
A Figura 8 apresenta a espécie pinus elliottii e a Figura 9 apresenta a espécie
eucalipto.
39

Figura 8- Pinus elliottii

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 9- Eucalipto

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


40

2.7.2 Descargas atmosféricas

De acordo com a NBR 5419 descargas atmosféricas são definidas como uma
descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens,
acarretando assim impulsos de vários kiloamperes.
O raio, que também pode ser chamado de relâmpago, é um fenômeno natural, é
uma forma de percebermos a energia elétrica sendo manifestada em um efeito visível aos
olhos de forma luminosa. A descarga atmosférica provoca uma corrente elétrica de imensa
intensidade que ao longo do seu percurso ioniza o ar e cria um plasma que emite radiação
eletromagnética, em parte sob forma de luz.
É interessante saber que não existem meios práticos (de acordo com normas
vigentes) que impeçam a queda de uma descarga atmosférica sobre estruturas, edificações e
equipamentos, sendo desta forma todas as soluções utilizadas em Sistemas de Proteção de
Descargas Atmosféricas (SPDA) formas de se amenizar o efeito possivelmente destruidor de
uma destas descargas atmosféricas.

2.7.3 Trovoadas

Relâmpago e trovão são os nomes dados, respectivamente, à luz e ao som dos


raios. O trovão chega depois do relâmpago, porque o som caminha mais devagar do que a luz.
Os raios se formam quando certa região de uma nuvem acumula excesso de carga elétrica,
positiva ou negativa. Se isso ocorre, o raio é o meio de desfazer a tensão, por meio da
transmissão da eletricidade.
Em geral, há uma área de carga positiva no alto das nuvens, uma área negativa no
miolo e uma pequena área positiva embaixo, normalmente, raios ocorrem nas cúmulos-
nimbos.
Os relâmpagos mais brilhantes são aqueles em que uma nuvem fica eletricamente
conectada ao chão. O trovão ocorre porque a região do raio se aquece rapidamente e, por
aumento de pressão, desloca uma grande massa de ar.
41

2.8 FAIXA DE SEGURANÇA

A faixa de segurança pode ser definida como uma faixa ao longo do eixo da linha
de transmissão, subtransmissão ou distribuição, e tem como finalidade a garantia de bom
desempenho da linha, a segurança das instalações e de terceiros.
E por base, temos a seguinte lei ordinária:

LEI ORDINÁRIA Nº 17.588, DE 30 DE OUTUBRO DE 2018

Estabelece limites para o plantio de árvores exóticas e nativas próximo a rede


de distribuição de energia elétrica.

O Governador do Estado de Santa Catarina


Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembleia Legislativa decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° - A faixa de segurança mínima para o plantio de árvores exóticas e outras de
grande porte junto às redes de distribuição de energia elétrica é de 30 (trinta) metros,
(15 metros de cada lado, a partir do eixo central) para espécies folhosas, e de 15
(quinze) metros (7,5 metros de cada lado, a partir do eixo central) para espécies
coníferas.
Parágrafo único. A árvore plantada na faixa de segurança e cortada pela
concessionária será disposta no local para que o proprietário lhe dê o devido destino.
Art. 2° - Nas áreas definidas como faixa de segurança, o proprietário poderá:
I - Plantar vegetação rasteira;
II - Plantar vegetação com porte de até 3 (três) metros de altura; ou
III - utilizar para pastagem.
Art. 3° - A poda e a supressão da vegetação das áreas de faixa de segurança
(servidão), previstas nesta Lei, serão de competência da empresa concessionária das
redes de distribuição de energia elétrica.
§ 1º As árvores nativas existentes que estiverem dentro dos limites estabelecidos por
esta Lei somente poderão ser cortadas mediante autorização expressa do órgão
ambiental competente.
§ 2º É facultada a celebração de acordo visando à execução compartilhada,
supervisionada pelos proprietários, das atividades de supressão ou poda da
vegetação.
Art. 5º - É concedido o prazo de até 8 (oito) anos, a contar da publicação desta Lei
no Diário Oficial do Estado (DOE), para que a empresa concessionária das redes de
distribuição de energia elétrica, ou seus prepostos, proceda à adequação aos
parâmetros definidos no art. 1º desta Lei.
Art. 6º - O Chefe do Poder Executivo regulamentará esta Lei, nos termos do inciso
III do art. 71 da Constituição do Estado de Santa Catarina.
Art. 7º - Esta Lei entra em vigor no prazo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias a
contar da data de sua publicação.
Florianópolis, 30 de outubro de 2018.
EDUARDO PINHO MOREIRA
Governador do Estado
42

2.9 PDCA

O Ciclo PDCA ou SDCA, significa Plan, Do, Check, Action (Planejar, Fazer,
Verificar e Agir). Esse método tem a função de garantir que a empresa organize seus
processos, não importando a sua natureza.
Campos (1996) define o Método de Melhorias – ou Ciclo PDCA na seguinte
citação: “O PDCA é um método de gerenciamento de processos ou de sistemas. É o caminho
para se atingirem as metas atribuídas aos produtos dos sistemas empresariais”.
Esse ciclo foi criado por Walter A. Shewart, na década de 20, mas ele se tornou
conhecido quando William Edward Deming, um dos gurus da gestão de qualidade, espalhou o
conceito pelo mundo. Por esse motivo, o ciclo PDCA ficou conhecido a partir da década de
1950 como ‘Ciclo Deming’. Através dessa teoria, cada processo da empresa passa por quatro
fases:

Planejar (Plan)
Nesta fase são definidos os objetivos de cada processo até chegar ao
produto/serviço finais requeridos pelo cliente, levando em consideração a política da empresa.
Baseado nesta política, o planejamento deve ser composto pelos seguintes passos:
a) Identificação do Problema;
b) Estabelecimento de Metas;
c) Análise do Fenômeno;
d) Análise do Processo;
e) Plano de Ação.

Fazer (Do)
Momento em que o plano será executado, assim os indivíduos que participarem da
implantação do ciclo PDCA deverão realizar treinamentos de acordo com o método. Cada
processo é realizado, conforme aquilo que foi definido na primeira fase. Assim são coletados
dados para uma análise posterior.

Checar (Check)
Com a implantação, os processos são analisados através de ferramentas próprias,
para verificar se cada processo cumpre aquilo que foi proposto no planejamento. É nessa fase
que poderão ser encontrados erros ou falhas no processo.
43

Agir (Action)
De acordo com o resultado na etapa ‘checar’, serão observadas as falhas nos
processos e se os objetivos foram atingidos, caso contrário, estes devem ser melhorados e as
etapas se reiniciam.
44

3 ESTUDO DE CASO: COOPERATIVA DE ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ

A Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA está situada na rua Jorge


Lacerda, número 45, bairro Centro, município de Grão-Pará, Santa Catarina, foi fundada em
22 de fevereiro de 1962 com 38 associados, tendo como primeiro Presidente o Sr. João Batista
Alberton. No início, por mais ou menos 10 anos, a Cooperativa funcionava em parceria com a
Prefeitura Municipal.
No final do ano de 2018 a CERGAPA possuía em seu sistema 3751 unidades
consumidoras (UCs) ligadas, ou seja, estavam estas gerando consumo mensalmente junto a
mesma. Sendo classificadas de acordo com as seguintes classes: Alta tensão: 7 UCs; Rural:
2121 UCs; Residencial: 1249 UCs; Comercial: 242 UCs; Industrial: 69 UCs; Poderes
Públicos: 54 UCs; Serviços Públicos: 7 UCs e Consumo Próprio: 2 UCs.
A CERGAPA abrange além do município de Grão-Pará, parte também dos
municípios de Braço do Norte e Rio Fortuna. Destas 3751 unidades consumidoras atendidas
pela CERGAPA, 240 encontram-se no município de Braço do Norte e 104 no município de
Rio Fortuna.
A Figura 10 apresenta a fachada frontal da Sede da CERGAPA.

Figura 10- Sede da CERGAPA

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

A Cooperativa sempre teve por objetivo principal a distribuição de energia elétrica


para uso domiciliar, rural, comercial e industrial, de modo a atender os associados e
consumidores.
45

No período de 1962 a 2018, a cooperativa teve uma evolução muito grande. Os


mais de 3.820 associados, contam hoje com sede própria e uma equipe de 30 colaboradores a
disposição.

3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A Composição do Conselho de Administração - Mandato 2016 a 2019 compõe-se


de 15 diretores, incluindo o Presidente e Vice-Presidente. A CERGAPA, por sua vez, é
dividida em departamento: Administrativo, Comercial e Técnico/Operacional.
A Figura 11 apresenta o organograma da CERGAPA.

Figura 11- Organograma

Fonte: Setor Administrativo da CERGAPA (2017).


46

Conforme a CERGAPA (2018):

Missão: Distribuir energia aos seus consumidores e associados dentro dos padrões
de qualidade e continuidade estabelecidos pela legislação vigente, proporcionando
atendimento de excelência e isonômico e o desenvolvimento econômico e social na
região.
Visão: Estar entre as Cooperativas do Brasil mais bem avaliadas pelos seus
consumidores.
Valores: Isonomia no Atendimento / Gestão Democrática / Ética na Prestação de
Serviço / Transparência / Responsabilidade Social.
Política de Qualidade: A COOPERATIVA DE ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ –
CERGAPA promove a melhoria contínua de seu sistema de gestão da qualidade
buscando:
Responsabilidade e a confiabilidade na apuração dos dados para geração dos
indicadores de continuidade, qualidade comercial e reclamações;
Satisfação dos consumidores/associados através da prestação de serviços com
agilidade e qualidade e eficiência no tratamento de suas reclamações;
Atendendo ao estatuto da cooperativa, requisitos dos consumidores/associados,
legais e regulamentares da ANEEL (CERGAPA, 2018).

3.2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS EMERGENCIAIS NO


PERÍODO 2015/2018

A seguir serão apresentados os indicadores de ocorrências emergenciais


registrados anualmente, e posteriormente apontada a somatória das ocorrências durante o
período supracitado.

3.2.1 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2015

Conforme o Quadro 1, pode-se identificar que ocorreram 618 registros de


ocorrências emergências, das quais 463 ocorrências causaram interrupção no fornecimento de
energia elétrica e serão contabilizadas na apuração dos dados.
47

Quadro 1- Resumo do conjunto Grão-Pará no ano 2015

Fonte: CERGAPA (2019).

3.2.2 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2016

Conforme o Quadro 2, pode-se identificar que ocorreram 623 registros de


ocorrências emergências, das quais 446 ocorrências causaram interrupção no fornecimento de
energia elétrica e serão contabilizadas na apuração dos dados.

Quadro 2- Resumo do conjunto Grão-Pará no ano 2016

Fonte: CERGAPA (2019).

3.2.3 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2017

Conforme o Quadro 3, pode-se identificar que ocorreram 679 registros de


ocorrências emergências, das quais 506 ocorrências causaram interrupção no fornecimento de
energia elétrica e serão contabilizadas na apuração dos dados.
48

Quadro 3- Resumo do conjunto Grão-Pará no ano 2017

Fonte: CERGAPA (2019).

3.2.4 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2018

Conforme o Quadro 4, pode-se identificar que ocorreram 638 registros de


ocorrências emergências, das quais 495 ocorrências causaram interrupção no fornecimento de
energia elétrica e serão contabilizadas na apuração dos dados.

Quadro 4- Resumo no conjunto Grão-Pará no ano 2018

Fonte: CERGAPA (2019).

3.3 APURAÇÃO DOS DADOS DAS OCORRÊNCIAS NO PERÍODO 2015 A 2018

A Tabela 1 irá quantificar as ocorrências e suas respectivas causas.


49

Tabela 1- Apuração das ocorrências no período 2015/2018


Causas Quantidade Percentual
Não identificadas 1069 55,97%
Temporal 160 8,38%
Falha de material ou equipamento 158 8,27%
Animais 148 7,75%
Por contato ou queda de árvore 143 7,49%
Ventos 73 3,82%
Interferência de terceiros 54 2,83%
Descarga atmosférica 43 2,25%
Abalroamento 24 1,26%
Externa não programada 13 0,68%
Acidente 5 0,26%
Erro manutenção 3 0,16%
Objeto na rede 3 0,16%
Empresas de serviços públicos ou suas contratadas 3 0,16%
Subtensão 2 0,10%
Sobrecarga 2 0,10%
Ampliação de rede 1 0,05%
Interrupção em situação de emergência 1 0,05%
Serviço mal executado 1 0,05%
Defeito cliente afetando outros 1 0,05%
Defeito interno não afetando outras unidades consumidoras 1 0,05%
Desligamento para manutenção emergencial 1 0,05%
Manutenção Corretiva 1 0,05%
Total 1910 100,00%
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

3.3.1 Gráfico das ocorrências através do Diagrama de Pareto

A análise das ocorrências será feita através do diagrama de Pareto, também


conhecido como regra dos 80/20, este diagrama é uma ferramenta da qualidade e descreve que
80% das consequências são resultantes de 20% das causas. Deste modo, pode-se determinar
quais os principais problemas a serem identificados e analisados.
O Gráfico 3 apresenta a análise das ocorrências através do diagrama de Pareto.
50

Gráfico 3- Diagrama de Pareto

Diagrama de Pareto
1910 100,00%

1719 90,00%

1528 80,00%

1337 70,00%

1146 1069 60,00%

955 50,00%

764 40,00%

573 30,00%

382 160 148 73 20,00%


158 143
191 54 43 24 13 10,00%
5 3 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1
0 0,00%

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Conforme o Gráfico 3, das 23 causas listadas, as cinco primeiras correspondem a


21,74% do total. Sendo assim, analisando um total de 1910 ocorrências durante o período
2015/2018, chegamos a 1678 ocorrências, que resultariam nas cinco primeiras causas, sendo
estas, responsáveis por 87,85 % de todas das ocorrências.
Entre as principais causas de ocorrências no sistema elétrico da CERGAPA
encontram-se as: Não identificadas, Temporal, Falha de material ou equipamentos, Animais e
Por contato ou queda de árvore na rede, respectivamente.
O foco principal do estudo estará voltado para a análise das ocorrências com causa
não identificada. Será realizada análise das 1069 ocorrências, identificando quais os
pontos/localidades, períodos do ano e equipamentos com maior incidência. Após este
levantamento de dados, serão realizadas visitas em campo na localidade com maior número
51

de ocorrências, com o intuito de identificar e registrar possíveis causas das interrupções do


fornecimento de energia elétrica nos 10 equipamentos com maior registro de ocorrências.
As demais causas quais já estão identificadas, serão analisadas e posteriormente
serão apresentados relatórios.

3.4 ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS

Nesta etapa, as ocorrências relacionadas as cinco principais causas citadas acima


serão analisadas individualmente.

3.4.1 Análise das ocorrências, causa: Não identificada

A causa classificada como “Não identificada” é a responsável pela grande maioria


das faltas de energia, totalizando 1069 registros, o que corresponde a 55,97% do total. Perante
estes valores fica evidente a necessidade de melhoria na identificação das causas, deste modo,
será realizada análise para identificar quais as localidades com maior número de atendimentos
e posteriormente serão realizadas visitas a campo com o intuito de identificar possíveis
causas, conforme já descrito anteriormente.
A apuração de ocorrências por equipamentos não está apresentada no estudo
devido a sua extensão. Neste ponto foram analisadas 854 ocorrências, quais foram
reincidentes em equipamentos, correspondendo a aproximadamente 80% do total. Perante os
dados apurados, identificou-se que as 854 ocorrências ocorreram em 203 equipamentos, dos
1030 instalados na área de permissão, correspondendo a aproximadamente 20% do total.
Foram identificadas 19 localidades/bairros afetados pelas faltas de energia, envolvendo
transformadores, chaves fusíveis, religadores e subestação.
O Gráfico 4 apresenta as localidades/bairros e suas respectivas faltas de energia.
52

Gráfico 4- Ocorrências por localidades/bairros

Diagrama de Pareto
860 100,00%

774 90,00%

688 80,00%

602 70,00%

516 60,00%

430 50,00%

344 40,00%

258 30,00%
184
172 20,00%
82 80 77 69
86 53 48 48 10,00%
37 36 34 19 18 18 17 12 12 6 2 2
0 0,00%

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

A Figura 12 apresenta a localização das localidades/bairros do município através


do Google Earth Pro.
53

Figura 12- Mapa com as localidades/bairros

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


54

A localidade de Aiurê foi a com maior número de ocorrências, somando 184 de


um total de 854. Foram 36 equipamentos envolvidos, sendo 20 ramais de alta tensão (chaves
fusíveis) e 16 transformadores.
Serão analisados os 10 equipamentos com maior número de ocorrências, pois fica
inviável a análise de todos os equipamentos devido a extensão dos resultados a serem
apresentados. Porém a análise destes servirá como norte para a continuação do estudo fora do
ambiente acadêmico.
A Tabela 2 apresenta o número de ocorrências por seccionador na
localidade/bairro Aiurê.

Tabela 2- Ocorrências por seccionador da localidade/bairro Aiurê


Identificação dos equipamentos Ocorrências não
identificadas
Seccionador 213 24
Seccionador 211 16
Seccionador 218 12
Seccionador 406 11
Seccionador 405 09
Seccionador 207 09
Seccionador 416 09
Seccionador 307 08
Seccionador 210 07
Transformador 474 05
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

O capítulo 4 irá abranger o estudo da identificação de possíveis causas para as


ocorrências nos seccionadores citados acima, estudo este realizado em campo e com auxílio
de inspeções termográficas realizadas nos anos de 2016, 2017 e 2018.

3.4.2 Análise das ocorrências, causa: Temporal

Mais comum no verão, o temporal pode ser descrito como uma mudança repentina
no clima, acompanhado de chuvas, trovoadas, descargas atmosféricas e ventos fortes. Devido
a estas características, há possiblidade de pequenas ocorrências até grandes estragos causados
na rede de distribuição, podendo causar danos em todos os tipos de equipamentos.
55

A causa em questão foi identificada como responsável por 160 ocorrências


durante o período analisado, sendo que 120 ocorreram nas estações de verão, 33 nas estações
de primavera e 07 ocorreram nas estações de outono.
No Gráfico 5, são apresentados os tipos de equipamentos que foram atingidos e
suas respectivas quantidades de atendimentos, ressaltando que em único atendimento pode
acarretar a atuação de mais de um equipamento.

Gráfico 5- Ocorrências por temporal

Número de interrupções por equipamento


120
109

100

80

60

40
40

21
20

2 1
0
Consumidor Transformador Seccionador Religador Subestação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Conforme os dados apresentados, as 160 ocorrências ocasionaram interrupções


em 173 equipamentos.

3.4.3 Análise das ocorrências, causa: Falha de material ou equipamentos

A falha no material ou equipamentos pode ser proveniente de alguns fatores, tais


como: degradação do material, má utilização, falta de manutenção preventiva, entre outros.
Determinar a causa da falha é primordial, pois através da identificação pode-se promover a
prevenção ou correção do problema.
No Gráfico 6 são apresentados os tipos de equipamentos que foram atingidos e
suas respectivas quantidades de atendimentos, ressaltando que em único atendimento pode
acarretar a atuação de mais de um equipamento.
56

Gráfico 6- Ocorrências por falha de material ou equipamentos

Número de interrupções por equipamento


90
78
80

70

60

50 44
40

30
22
20
9 8
10

0
Consumidor Transformador Seccionador Religador Subestação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Conforme os dados apresentados, as 158 ocorrências ocasionaram interrupções


em 161 equipamentos.
No Gráfico 7, são apresentados os materiais/equipamentos e o número de
ocorrências, possibilitando uma análise mais específica sobre a prioridade de manutenção.

Gráfico 7- Identificação das falhas por materiais/equipamentos

Falhas por equipamentos


5 1
12

14

71

25

33

Conexão Cabos/ Fios Transformadores Chaves seccionadoras Isoladores Para raios Religador

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


57

A Figura 13 e a Figura 14 apresentam materiais danificados.

Figura 13- Falha de conexão em conector de aperto

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

A seta na Figura 13 identifica o azinhavre causado pela oxidação do material,


oxidação esta que é proveniente de uma falha na conexão.

Figura 14- Chave fusível danificada por possível falha na isolação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


58

3.4.4 Análise das ocorrências, causa: Animais

Os tipos de animais que causaram faltas de energia no período analisado são: ave,
rato, lagartixa, carrasco e equino. Dentre estes, o animal que mais acarretou solicitações de
atendimento foi a ave, sendo que dos 148 atendimentos realizados, 144 foram causados por
este.
Lembrando que, dentre as tantas aves que ocasionam as faltas, o João-de-Barro ou
popularmente conhecido como Forneiro, é a espécie de ave que mais causa transtornos na
rede elétrica. Esta ave costuma construir seu ninho muito próximo dos cabos de alta tensão,
mais precisamente realizam suas “obras” na estrutura do poste, ou seja, na cruzeta, bem
próximo aos isoladores que sustentam os cabos, na maioria das vezes as faltas de energia
acontecem em dias úmidos, devido ao próprio ninho servir como um condutor e causar um
curto circuito. Na Figura 15 pode-se observar ninhos de aves na cruzeta, bem próximos dos
isoladores.

Figura 15- Ninhos de pássaros próximos dos isoladores

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

No Gráfico 8, são apresentados os tipos de equipamentos que foram atingidos e


suas respectivas quantidades de atendimentos, ressaltando que em único atendimento pode
acarretar a atuação de mais de um equipamento.
59

Gráfico 8- Ocorrências por animais na rede

Número de interrupções por equipamento


120
110

100

80

60
47

40

20
3 4
0
Transformador Seccionador Religador Subestação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

De acordo com o Gráfico 8, o equipamento transformador é o que possui maior


número de ocorrências, totalizando 109, na sequência temos o seccionador com 49
ocorrências, o religador com 4 ocorrências e subestação com 2 ocorrências. Deste modo, as
148 ocorrências ocasionaram a atuação de 164 equipamentos.
A Figura 16 e a Figura 17 demonstram aves encontradas na estrutura do poste e no
solo, respectivamente.

Figura 16- Ave na rede

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


60

Figura 17- Aves encontradas no local da Figura 16

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Conforme a Figura 17, observa-se duas aves encontradas no mesmo local, quais
foram responsáveis por interrupções no fornecimento de energia elétrica.

3.4.5 Análise das ocorrências, causa: Por contato ou queda de árvore

Este tipo de ocorrência também é uma das grandes causadoras de faltas na rede
elétrica da CERGAPA. O município de Grão-Pará possui uma grande área de
reflorestamentos, dentre as espécies que mais se destacam estão o pinus e o eucalipto.
Durante principalmente o verão, em períodos de temporais, vendavais, estas
espécies de árvores são as grandes responsáveis por atendimentos, ocasionado grandes
prejuízos ao patrimônio da CERGAPA. Lembrando que muitas vezes estes prejuízos
poderiam ser minimizados, pois muitas áreas onde estão localizados estes reflorestamentos
não respeitam as distâncias mínimas de plantio.
No Gráfico 9, são apresentados os tipos de equipamentos que foram atingidos e
suas respectivas quantidades de atendimentos, ressaltando que em único atendimento pode
acarretar a atuação de mais de um equipamento.
61

Gráfico 9- Ocorrências por contato ou queda de árvore

Número de interrupções por tipo de


equipamento
100
90
87

80
70
60
50
41
40
30
20 12
10
7
1
0
Consumidor Transformador Seccionador Religador Subestação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

As 143 ocorrências identificadas com esta causa, foram responsáveis por um total
de 148 interrupções em diferentes equipamentos.
A Figura 18 e a Figura 19 apresentam o contato ou possível contato da vegetação
com a rede elétrica.

Figura 18- Vegetação na rede de baixa tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


62

Na Figura 18, observa-se o contato da vegetação com a rede de baixa tensão e


com o transformador, podendo causar danos aos cabos da rede e/ou transformador.

Figura 19- Eucaliptos próximos a rede de alta tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

A Figura 19 demonstra eucaliptos de grande porte ao lado da rede de alta tensão,


oferecendo alto risco para toda a estrutura da rede e podendo acarretar faltas de energia para
todo o município de Grão-Pará caso ocorra a queda destes sobre a rede.
A Figura 20 destaca a estrutura do ponto em questão, onde há um religador do
tipo Noja RC-10 instalado, um equipamento de custo elevado.
63

Figura 20- Destaque do equipamento religador

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Além de ser um equipamento com custo elevado, a manutenção ou substituição do


mesmo não ocorre de modo repentino. Devido ao alto custo e o baixo índice de manutenção,
não há um equipamento reserva em estoque.
A Figura 21, Figura 22 e Figura 23 apresentam imagens que demonstram
claramente a possibilidade de contato ou queda de árvores com a rede. Trata-se de três
imagens do mesmo local, das quais duas imagens foram realizadas com o auxílio de um
drone.
64

Figura 21- Rede de alta tensão entre eucaliptos

Cabos de alta tensão

Poste de alta tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


65

Figura 22- Imagem aérea do local da Figura 21

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 23- Imagem aérea do local da Figura 21

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


66

3.4.6 Custos referentes a desligamentos não programados.

A seguir exemplifica-se custos relacionados a um atendimento realizado para cada


umas das cinco principais causas, não contabilizando o lucro cessante.

3.4.6.1 Análise de custos, causa: Não identificada

De acordo com o processo de número 5321/18 (Documento interno), foi realizado


o procedimento de reenergização da chave fusível n° 218.
a) Distância da sede até o local (ida e volta): 32 km;
b) Causa: Não identificada;
c) Veículo: Toyota Hilux;
d) Funcionários relacionados: 2.
Obs.: Nesse processo não houve despesas com material, somente mão de obra e
deslocamento.
A Figura 24 apresenta o custo com mão de obra, a Figura 25 apresenta o custo
com deslocamento do veículo e o Quadro 5 apresenta o custo total do atendimento.

Figura 24- Custos com mão de obra

Fonte: CERGAPA (2019).


67

Figura 25- Custo com deslocamento

Fonte: CERGAPA (2019).

Quadro 5- Custo total do atendimento


Custo total do atendimento
R$ 72,46
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

3.4.6.2 Análise de custos, causa: Temporal

De acordo com o processo de número 357/15 (Documento interno), foram


reenergizadas fases AB da chave fusível n° 258.
a) Distância da sede até o local (ida e volta): 25 km;
b) Causa: Temporal;
c) Veículo: Toyota Hilux;
d) Funcionários envolvidos: 2.
A Figura 26 apresenta o custo com material, a Figura 27 apresenta o custo com
mão de obra, a Figura 28 apresenta o custo com deslocamento do veículo e o Quadro 6
apresenta o custo total do atendimento.
68

Figura 26- Custo com materiais

Fonte: CERGAPA (2019).

Figura 27- Custos com mão de obra

Fonte: CERGAPA (2019).


69

Figura 28- Custo com deslocamento

Fonte: CERGAPA (2019).

Quadro 6- Custo total do atendimento


Custo total do atendimento
R$ 95,54
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

3.4.6.3 Análise de custos, causa: Falha de material ou equipamento

De acordo com o processo de número 1036/17 (Documento interno), foi realizado


o procedimento de reenergização do seccionador.
a) Distância da sede até o local (ida e volta): 20 km;
b) Fato ocorrido: Isolador danificado;
c) Veículo: Toyota Hilux;
d) Funcionários envolvidos: 2.
A Figura 29 apresenta o custo com material, a Figura 30 apresenta o custo com
mão de obra, a Figura 31 apresenta o custo com deslocamento do veículo e o Quadro 7
apresenta o custo total do atendimento.
70

Figura 29- Custo com material

Fonte: CERGAPA (2019).

Figura 30- Custo com mão de obra

Fonte: CERGAPA (2019).


71

Figura 31- Custo com deslocamento

Fonte: CERGAPA (2019).

Quadro 7- Custo total do atendimento


Custo total do atendimento
R$ 104,18
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

3.4.6.4 Análise de custos, causa: Animais

De acordo com o processo de número 2172/16 (Documento interno), foi realizado


o procedimento de reenergização da fase C referente a instalação transformadora de n° 382.
a) Distância da sede até o local (ida e volta): 16 km;
b) Fato ocorrido: Pássaro ocasionou falta de energia;
c) Veículo: Toyota Hilux;
d) Funcionários relacionados: 2
Obs.: Nesse processo não houve despesas com material, somente mão de obra e
deslocamento.
A Figura 32 apresenta o custo com mão de obra, a Figura 33 apresenta o custo
com deslocamento do veículo e o Quadro 8 apresenta o custo total do atendimento.
72

Figura 32- Custo com mão de obra

Fonte: CERGAPA (2019).

Figura 33- Custo com deslocamento

Fonte: CERGAPA (2019).

Quadro 8- Custo total do atendimento


Custo total do atendimento
R$ 47,29
Fonte: Elaboração dos autores (2019).
73

3.4.6.5 Análise de custos, causa: Por contato ou queda de árvore

De acordo com o processo de número 2622/18 (Documento interno), foi realizado


o procedimento de reenergização da chave fusível n° 357.
a) Distância da sede até o local (ida e volta): 48 km.
b) Fato ocorrido: Árvore da espécie pinus sobre a rede de alta tensão.
c) Veículo: Toyota Hilux.
d) Funcionários relacionados: 2.
Obs.: Nesse processo não houve despesas com material, somente mão de obra e
deslocamento.
A Figura 34 apresenta o custo com mão de obra, a Figura 35 apresenta o custo
com deslocamento do veículo e o Quadro 9 apresenta o custo total do atendimento.

Figura 34- Custo com mão de obra

Fonte: CERGAPA (2019).


74

Figura 35- Custo com deslocamento

Fonte: CERGAPA (2019).

Quadro 9- Custo total do atendimento


Custo total do atendimento
R$ 153,29
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

3.4.6.6 Tabela resumo

A Tabela 3 demostra o resumo dos custos apresentados anteriormente.

Tabela 3- Tabela resumo


Causa Processo Custo
Não identificada 5321/18 R$ 72,46
Temporal 357/15 R$ 95,54
Falha de material ou equipamento 1036/17 R$ 104,18
Animais 2172/16 R$ 47,29
Por contato ou queda de árvore 2622/18 R$ 153,29
Fonte: Elaboração dos autores (2019).
75

4 DIAGNÓSTICO DOS 10 PRINCIPAIS PONTOS DAS OCORRÊNCIAS COM


CAUSA NÃO IDENTIFICADA NA COMUNIDADE DE AIURÊ

Com este capítulo visa-se a identificação das possíveis causas das interrupções do
fornecimento de energia elétrica que foram classificadas com a causa em questão.
A Figura 36 apresenta a localização dos equipamentos analisados.

Figura 36- Localização dos equipamentos analisados

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


76

4.1 ANÁLISE DAS OCORRÊMCIAS POR MÊS/ANO

O Gráfico 10 quantifica as ocorrências nos 10 equipamentos analisados,


demonstrando de forma mensal, durante os quatro anos apurados.

Gráfico 10- Ocorrências por período

Título do Gráfico
12
10
10
8
8 7 7
6
6 5
44 4 4 4 4
4 3 3 33 3 3 3
22 22 2 2 2
2 1 11 11 1 1 1 1 1 1
0 0 00 0 0 00 0 0 0
0

2015 2016 2017 2018

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

A Figura 37 demonstra a quantidade de descargas atmosféricas por km² por ano


na localidade de Aiurê.

Figura 37- ELAT- INPE

Fonte: http://www.inpe.br/webelat/ABNT_NBR5419_Ng/ (2019).


77

De acordo com a Figura 37, o índice de descargas atmosféricas correspondente a


região do Aiurê é de 8,3 descargas por km² por ano.

4.2 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 213

A Tabela 4 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 4- Características do seccionador 213


Ocorrência não identificadas 24
Distância da subestação até o seccionador 32,37 km
Extensão da rede primária após o seccionador 10,99 km
Transformadores instalados no ramal 15
Somatório das potências dos transformadores 163 kVA
Unidades consumidoras atendidas 32
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados


pontos que possam ocasionar faltas de energia.
A Figura 38, a Figura 39, a Figura 40 e a Figura 41 demonstram os pontos
identificados.

Figura 38- Rede de alta tensão próxima aos eucaliptos

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


78

Figura 39- Rede de alta tensão próxima aos eucaliptos

Cabos de alta tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 40- Vão de rede extenso

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


79

Figura 41- Isoladores com pino inclinado, possível defeito causado na estrutura
do isolador devido a esforço excessivo

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

4.3 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 211

A Tabela 5 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 5- Características do seccionador 211


Ocorrência não identificadas 16
Distância da subestação até o seccionador 29,93 km
Extensão da rede primária após o seccionador 16,53 km
Transformadores instalados no ramal 19
Somatório das potências dos transformadores 345 kVA
Unidades consumidoras atendidas 23
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados os


seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
80

A Figura 42, a Figura 43, Figura 44 e a Figura 45 demonstram os pontos


identificados.

Figura 42- Rede de alta tensão próxima aos eucaliptos

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 43- Casca de eucalipto no condutor de alta tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


81

Figura 44- Inspeção termográfica- ANEXO A

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 45- Inspeção termográfica- ANEXO B

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

4.4 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 218

A Tabela 6 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 6- Características do seccionador 218


Ocorrência não identificadas 12
Distância da subestação até o seccionador 32,07 km
Extensão da rede primária após o seccionador 11,01 km
Transformadores instalados no ramal 12
Somatório das potências dos transformadores 80 kVA
Unidades consumidoras atendidas 12
Fonte: Elaboração dos autores (2019).
82

Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados os


seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
A Figura 46, a Figura 47 e a Figura 48 demonstram os pontos identificados.

Figura 46- Rede de alta tensão entre a vegetação

Poste

Poste

Cabo

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


83

Figura 47- Rede de alta tensão próxima de eucaliptos

Cabo de alta tensão

Poste

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 48- Destaque do poste da figura acima

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


84

4.5 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 406

A Tabela 7 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 7- Características do seccionador 406


Ocorrência não identificadas 11
Distância da subestação até o seccionador 25,33 km
Extensão da rede primária após o seccionador 2,36 km
Transformadores instalados no ramal 5
Somatório das potências dos transformadores 120 kVA
Unidades consumidoras atendidas 15
Fonte: Elaboração dos autores (2019).
Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados os
seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
A Figura 49, a Figura 50, a Figura 51 e a Figura 52 demonstram os pontos
identificados.

Figura 49- Rede de alta tensão baixa e próxima de árvores e vegetação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


85

Figura 50- Rede de alta tensão próxima de eucaliptos

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 51- Rede de alta tensão próxima de eucaliptos

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


86

Figura 52- Ninho de pássaro próximo ao isolador

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

4.6 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 405

A Tabela 8 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 8- Características do seccionador 405


Ocorrência não identificadas 09
Distância da subestação até o seccionador 33,25 km
Extensão da rede primária após o seccionador 11,61 km
Transformadores instalados no ramal 13
Somatório das potências dos transformadores 185 kVA
Unidades consumidoras atendidas 18
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados os


seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
A Figura 53 e a Figura 54 demonstram os pontos identificados.
87

Figura 53- Rede de alta tensão próxima a vegetação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 54- Rede de alta tensão próxima a vegetação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


88

4.7 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 207

A Tabela 9 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 9- Características do seccionador 207


Ocorrência não identificadas 09
Distância da subestação até o seccionador 29,65 km
Extensão da rede primária após o seccionador 3,60 km
Transformadores instalados no ramal 5
Somatório das potências dos transformadores 255 kVA
Unidades consumidoras atendidas 15
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados os


seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
A Figura 55, a Figura 56 e a Figura 57 demonstram os pontos identificados.

Figura 55- Rede de alta tensão entre a vegetação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


89

Figura 56- Ninhos de pássaros próximos aos isoladores de alta tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 57- Rede de alta tensão entre a vegetação

Rede de alta tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


90

4.8 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 416

A Tabela 10 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 10- Características do seccionador 416


Ocorrência não identificadas 09
Distância da subestação até o seccionador 34,56 km
Extensão da rede primária após o seccionador 2,42 km
Transformadores instalados no ramal 05
Somatório das potências dos transformadores 50 kVA
Unidades consumidoras atendidas 04
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados os


seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
A Figura 58 e a Figura 59 demonstram os pontos identificados.

Figura 58- Rede de alta tensão próxima a vegetação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


91

Figura 59- Rede de alta tensão entre a vegetação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

4.9 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 307

A Tabela 11 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 11- Características do seccionador 307


Ocorrência não identificadas 08
Distância da subestação até o seccionador 34,56 km
Extensão da rede primária após o seccionador 5,92 km
Transformadores instalados no ramal 03
Somatório das potências dos transformadores 15 kVA
Unidades consumidoras atendidas 03
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados os


seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
A Figura 60, a Figura 61 e a Figura 62 demonstram os pontos identificados.
92

Figura 60- Rede de alta tensão próxima a vegetação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 61- Identificação de um isolador danificado

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


93

Figura 62- Detalhamento do isolador danificado

Fonte: Os Elaboração dos autores (2019).

4.10 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 210

A Tabela 12 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 12- Características do seccionador 210


Ocorrência não identificadas 07
Distância da subestação até o seccionador 29,66 km
Extensão da rede primária após o seccionador 27,15 km
Transformadores instalados no ramal 35
Somatório das potências dos transformadores 398 kVA
Unidades consumidoras atendidas 76
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Após visita a campo e inspeção do ramal de alta tensão, foram identificados os


seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
As figuras entre a Figura 63 e a Figura 71 demonstram os pontos identificados.
94

Figura 63- Rede de alta tensão entre a vegetação

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 64- Isoladores de alta tensão com acúmulo de sujeira

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


95

Figura 65- Destaque de isolador com acúmulo de sujeira

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 66- Ninho de pássaros em contato com o isolador de alta tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


96

Figura 67- Ninho de pássaros

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 68- Cascas de eucalipto e ninho de pássaros no mesmo ponto

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


97

Figura 69- Estrutura de alta tensão com destaque da casca de eucalipto

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 70- Inspeção termográfica- ANEXO C

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Figura 71- Inspeção termográfica- ANEXO D

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


98

4.11 EQUIPAMENTO TRANSFORMADOR 15 KVA CÓDIGO 474

A Tabela 13 apresenta algumas características do equipamento.

Tabela 13- Características do transformador 474


Ocorrência não identificadas 05
Distância da subestação até o seccionador 25,15 km
Extensão da rede secundária 172 m
Unidades consumidoras atendidas 02
Fonte: Elaboração dos autores (2019).

Após visita a campo e inspeção da rede de baixa tensão, foram identificados os


seguintes pontos que possam ocasionar faltas de energia.
A Figura 72 e a Figura 73 demonstram os pontos identificados.

Figura 72- Rede de baixa tensão frouxa

Rede de baixa tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).


99

Figura 73- Rede entre eucaliptos

Poste

Rede de baixa
tensão

Fonte: Elaboração dos autores (2019).

4.12 ANÁLISE DA INSPEÇÃO VISUAL E REGISTRO DE FOTOS

Durante a realização das visitas a campo pode-se observar vários pontos que
podem ser levados em consideração no que diz respeito a faltas de energia elétrica com a
causa não identificada.
100

Como pode-se observar nas figuras acima, alguns fatores chamam muita atenção
em relação a essas possíveis causas, como: ninho de pássaros, isolador quebrado ou com
excesso de limo, árvores próximas a rede, cascas de árvores na rede e equipamentos com
defeito, identificados em inspeções termográficas.
Alguns ramais vistoriados possuem um ponto em comum que pode ser o fator
determinante para as devidas faltas não identificadas: vegetação muito próxima da rede
elétrica. Este tipo de problema é muito recorrente no município de Grão-Pará, pois ele possui
um vasto território, englobando em sua maioria florestas de mata nativa e também muitos
reflorestamentos, que por sinal não param de aumentar ano após ano.
101

5 AÇÕES PARA POSSÍVEIS REDUÇÕES DOS INDICADORES

Dentre os problemas apresentados, pode-se sugerir soluções práticas no que


tangem o referido trabalho de conclusão de curso. As possíveis causas das faltas de energia
elétrica não identificadas podem ser minimizadas se forem observadas as normas vigentes que
regem a Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA.
Vimos que uma das maiores causas dessas faltas são as vegetações muito
próximas das redes elétricas, como solução para este caso, podemos sugerir que se façam as
devidas podas dessas árvores e também que sejam respeitados os limites devidos de plantio,
ou seja, de 30 (trinta) metros (15 metros de cada lado, a partir do eixo central) para espécies
folhosas, e de 15 (quinze) metros (7,5 metros de cada lado, a partir do eixo central) para
espécies coníferas. Outra solução para esta causa seria a proteção dos cabos de alta tensão em
meio a estes reflorestamentos, ou seja, se aplicaria uma capa protetora sobre eles para que
com isso, principalmente durante ventanias em tempos de temporais, um cabo não se choque
ao outro, não ocasionando assim desligamentos indevidos.
Em relação aos ninhos de pássaros sobre as estruturas de alta tensão, mais
precisamente sobre as cruzetas, pode-se sugerir como solução, afastadores de ninhos de
pássaros, material de fácil aplicação e que possui uma significativa contribuição para a
diminuição desse problema.
Outra causa encontrada e que possui solução prática, seria a substituição dos
isoladores de alta tensão quebrados e a limpeza dos que possuem sujeira, mais precisamente
“limo” em suas extremidades, com isso se evitaria consequentemente a perda de sua isolação
e fugas de corrente.
Procurando priorizar ações, com intuito de se reduzir custos, as manutenções são
essenciais no quadro econômico de qualquer empresa. Como visto anteriormente, se tratando
de materiais aplicados como afastadores de ninho de pássaros e capas protetoras para cabos e
também a substituição de isoladores com defeitos possuem um custo relativamente baixo
quando comparados aos custos de deslocamentos e homem/hora para atendimentos a
desligamentos não programados. Assim tanto a manutenção preditiva, conjuntamente com a
manutenção preventiva são fundamentais para que se obtenha resultados significativos
visando a melhor forma de condução dos trabalhos a serem realizados.
102

6 CONCLUSÃO

A rápida e eficiente localização que originam as causas das faltas ocorridas nos
alimentadores de distribuição, ainda hoje é uma barreira a ser vencida pelas companhias de
distribuição de energia elétrica. Faltas permanentes em alimentadores podem gerar, tanto para
as distribuidoras como para os consumidores, transtornos e prejuízos de natureza econômica e
social.
A manutenção preditiva é imprescindível em quase todos os setores, seja na
indústria, na medicina e principalmente no que diz respeito ao respectivo trabalho, ou seja, a
área elétrica. Empresas que não utilizam programas de manutenção preditiva podem ser
consideradas antiquadas em detrimento de outras que tiram máximo proveito de todos os
recursos.
Na atualidade a detecção de falhas em equipamentos elétricos é uma realidade
constante, a grande maioria das empresas do setor elétrico brasileiro possui em seu patrimônio
equipamentos que possibilitam identificar com rapidez e eficácia as possíveis falhas no seu
sistema. Diante de todos os fatos levantados e apresentados durante a elaboração deste
trabalho de conclusão de curso, o maior obstáculo a ser enfrentado é relacionado as áreas
onde se tem uma grande proporção de reflorestamentos. Possuindo uma vasta extensão de
rede, a CERGAPA possui vários trechos próximos a estes reflorestamentos, sendo isso muito
prejudicial e danoso ao funcionamento do sistema em si. Com isso o diagnóstico rápido e
eficaz destas falhas se torna primordial para o aprimoramento dos índices de qualidade, tema
foco deste trabalho.
A identificação da causa da interrupção no fornecimento de energia elétrica deve
ser realizada durante a ocorrência, os autores identificaram que após o atendimento, em visitas
posteriores, pode-se identificar possíveis causas, mas não a causa real da interrupção.
Os indicadores de continuidade coletivos DEC e FEC são importantíssimos para
que possamos analisar de forma abrangente todos os serviços realizados pela empresa. Estes
indicadores são acima de tudo o “termômetro” para que, novas técnicas sejam implantadas
dentro da empresa, procurando assim reduzir ao máximo as causas identificadas e não
identificadas analisadas durante a elaboração do trabalho. Com intuito preliminar de verificar
principalmente os pontos mais críticos da rede elétrica, identificamos através de visitas a
campo quais regiões apresentaram uma relevância maior de ocorrências em relação as outras.
Assim podemos dar um enfoque maior a estas regiões, visando as manutenções necessárias
para correções destas possíveis falhas. Evidencia-se também que, de acordo com as
103

legislações vigentes, é necessário respeitá-las, pois possibilita efeitos futuros positivos, quer
sejam estes no campo econômico ou funcional da empresa.
Com intuito de trazer alguma contribuição, os autores buscaram analisar os
índices de qualidade através dos indicadores já mencionados anteriormente, visando com isso
a redução deles. Os objetivos propostos no trabalho foram alcançados, pois identificou-se com
mais clareza quais as medidas necessárias a serem tomadas, propondo assim se estabelecer
uma nova metodologia de trabalho dentro da empresa, acarretando consequentemente
benefícios para a mesma e principalmente uma maior satisfação para seu
associado/consumidor.
104

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ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. Procedimentos de distribuição de energia


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107

ANEXOS
108

ANEXO A – Ramal do seccionador 211


109

ANEXO B – Ramal do seccionador 211


110

ANEXO C – Ramal do seccionador 210


111

ANEXO D – Ramal do seccionador 210

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