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Tubarão
2019
ANTONIO CARLOS LEANDRO RASCKE
DEYVID DA COREGIO PEREIRA
Tubarão
2019
ANTONIO CARLOS LEANDRO RASCKE
DEYVID DA COREGIO PEREIRA
Agradecemos em primeiro lugar a Deus pela vida, pela nossa família, nossos
amigos, por estarem ao nosso lado nas horas em que mais precisamos.
Aos nossos pais pelo exemplo, pela dignidade, pelo esforço, pela abstenção, por
proporcionar esta oportunidade.
A Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará - CERGAPA por nos proporcionar esta
oportunidade, aos nossos colegas de trabalho pelo apoio que foi essencial para chegar ao fim
desta jornada.
Aos professores, mestres e orientadores da Universidade do Sul de Santa Catarina
pelo conhecimento, informações e atenção dispensada.
Ao nosso orientador Vilson Luiz Coelho pela atenção e disposição durante todo o
período, nosso reconhecimento especial.
Aos colegas de curso pelo incentivo, companheirismo, otimismo e espírito de
equipe.
“Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia
atômica: a vontade.” (ALBERT EINSTEIN).
RESUMO
A qualidade do serviço prestado aos consumidores de energia elétrica está diretamente ligada
a eficácia da empresa e com isso a satisfação dos consumidores. O presente estudo tem como
objetivo identificar quais as principais causas que afetam a qualidade do serviço na
CERGAPA. Para isto, foi realizada análise das ocorrências emergenciais com interrupção no
fornecimento de energia elétrica no período 2015/2018, por meio da avaliação dos indicadores
de continuidade coletivos: DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade
Consumidora), e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora).
Após análise foram identificadas as cinco principais causas, quais são o foco do estudo, a
principal causa está registrada como “Não identificada”. A identificação das causas ocorreu
através do diagrama de Pareto, este diagrama é uma ferramenta da qualidade e descreve que
80% das consequências são resultantes de 20% das causas. Foram realizadas visitas a campo
com o objetivo de identificar possíveis causas das faltas para a causa principal, qual é
responsável por 55,97% do total das ocorrências. A localidade que ocorreu a visita in loco é
Aiurê, onde foi identificada a maior reincidência. Ao término do estudo, constatou-se que o
contato ou queda de árvores na rede é a principal causa para a causa registrada como “Não
identificada”.
Gráfico 1 – Meta do indicador coletivo DEC estipulado pela ANEEL e o apurado pela
CERGAPA, no período 2015/2018 .......................................................................................... 21
Gráfico 2 – Meta do indicador coletivo FEC estipulado pela ANEEL e o apurado pela
CERGAPA, no período 2015/2018 .......................................................................................... 21
Gráfico 3- Diagrama de Pareto ................................................................................................. 50
Gráfico 4- Ocorrências por localidades/bairros ........................................................................ 52
Gráfico 5- Ocorrências por temporal ........................................................................................ 55
Gráfico 6- Ocorrências por falha de material ou equipamentos ............................................... 56
Gráfico 7- Identificação das falhas por materiais/equipamentos.............................................. 56
Gráfico 8- Ocorrências por animais na rede ............................................................................. 59
Gráfico 9- Ocorrências por contato ou queda de árvore ........................................................... 61
Gráfico 10- Ocorrências por período ........................................................................................ 76
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 18
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 19
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ...................................................................................... 20
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................... 22
1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 22
1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 22
1.4 DELIMITAÇÕES ............................................................................................................ 23
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................................ 23
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 24
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 26
2.1 INDICADORES DE DESEMPENHO ............................................................................ 26
2.2 ÍNDICE ANEEL DE SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR – IASC .............................. 27
2.3 INDICADORES DE TEMPO DE ATENDIMENTO ÀS OCORRÊNCIAS
EMERGENCIAIS .................................................................................................................... 29
2.4 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................................ 29
2.4.1 Indicadores coletivos de continuidade ....................................................................... 30
2.4.2 Indicadores individuais de continuidade .................................................................. 31
2.4.3 Compensação pela transgressão dos limites de continuidade ................................. 32
2.5 REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .............................................. 32
2.5.1 Configuração do sistema elétrico ............................................................................... 33
2.5.1.1 Sistema radial ............................................................................................................. 33
2.5.1.2 Sistema anel ................................................................................................................ 33
2.5.2 Defeitos em alimentadores de energia elétrica ......................................................... 34
2.5.3 Localização de defeitos em redes de distribuição ..................................................... 35
2.6 PRODIST MÓDULO 8 ................................................................................................... 36
2.7 ASPECTOS GEOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO DE GRÃO-PARÁ SC ....................... 37
2.7.1 Vegetação ..................................................................................................................... 38
2.7.2 Descargas atmosféricas ............................................................................................... 40
2.7.3 Trovoadas..................................................................................................................... 40
2.8 FAIXA DE SEGURANÇA.............................................................................................. 41
2.9 PDCA ............................................................................................................................... 42
3 ESTUDO DE CASO: COOPERATIVA DE ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ ......... 44
3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................. 45
3.2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS EMERGENCIAIS NO
PERÍODO 2015/2018 ............................................................................................................... 46
3.2.1 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2015...................................... 46
3.2.2 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2016...................................... 47
3.2.3 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2017...................................... 47
3.2.4 Indicadores de Ocorrências- Somente Emergenciais 2018...................................... 48
3.3 APURAÇÃO DOS DADOS DAS OCORRÊNCIAS NO PERÍODO 2015 A 2018....... 48
3.3.1 Gráfico das ocorrências através do Diagrama de Pareto ........................................ 49
3.4 ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS .................................................................................. 51
3.4.1 Análise das ocorrências, causa: Não identificada ..................................................... 51
3.4.2 Análise das ocorrências, causa: Temporal ................................................................ 54
3.4.3 Análise das ocorrências, causa: Falha de material ou equipamentos .................... 55
3.4.4 Análise das ocorrências, causa: Animais .................................................................. 58
3.4.5 Análise das ocorrências, causa: Por contato ou queda de árvore ........................... 60
3.4.6 Custos referentes a desligamentos não programados. ............................................. 66
3.4.6.1 Análise de custos, causa: Não identificada................................................................. 66
3.4.6.2 Análise de custos, causa: Temporal............................................................................ 67
3.4.6.3 Análise de custos, causa: Falha de material ou equipamento ..................................... 69
3.4.6.4 Análise de custos, causa: Animais.............................................................................. 71
3.4.6.5 Análise de custos, causa: Por contato ou queda de árvore ......................................... 73
3.4.6.6 Tabela resumo ............................................................................................................ 74
4 DIAGNÓSTICO DOS 10 PRINCIPAIS PONTOS DAS OCORRÊNCIAS COM
CAUSA NÃO IDENTIFICADA NA COMUNIDADE DE AIURÊ ................................... 75
4.1 ANÁLISE DAS OCORRÊMCIAS POR MÊS/ANO ...................................................... 76
4.2 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 213 ..................................... 77
4.3 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 211 ..................................... 79
4.4 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 218 ..................................... 81
4.5 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 406 ..................................... 84
4.6 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 405 ..................................... 86
4.7 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 207 ..................................... 88
4.8 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 416 ..................................... 90
4.9 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 307 ..................................... 91
4.10 SECCIONADOR DO TIPO CHAVE FUSÍVEL CÓDIGO 210 ..................................... 93
4.11 EQUIPAMENTO TRANSFORMADOR 15 KVA CÓDIGO 474 .................................. 98
4.12 ANÁLISE DA INSPEÇÃO VISUAL E REGISTRO DE FOTOS ................................. 99
5 AÇÕES PARA POSSÍVEIS REDUÇÕES DOS INDICADORES ............................. 101
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 102
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 104
ANEXOS ............................................................................................................................... 107
ANEXO A – RAMAL DO SECCIONADOR 211 .............................................................. 108
ANEXO B – RAMAL DO SECCIONADOR 211 .............................................................. 109
ANEXO C – RAMAL DO SECCIONADOR 210 .............................................................. 110
ANEXO D – RAMAL DO SECCIONADOR 210 .............................................................. 111
18
1 INTRODUÇÃO
E por último, também podemos minimizar estas falhas por meio da empresa,
usando um método mais avançado de manutenção que seria o monitoramento/medição de
equipamentos com custo mais elevados. De forma indireta são diversos os fatores, como
desligamentos externos, interferência de terceiros, eventos ambientais e principalmente
ocorrências provenientes de intempéries climáticas.
1.1 JUSTIFICATIVA
Gráfico 1 – Meta do indicador coletivo DEC estipulado pela ANEEL e o apurado pela
CERGAPA, no período 2015/2018
DEC (Horas)
70 62,48
60
50 43
40,48 41
40 32,25
30 22 23,72 22
20 11,34
10 1,72 0 0
0
2015 2016 2017 2018
Gráfico 2 – Meta do indicador coletivo FEC estipulado pela ANEEL e o apurado pela
CERGAPA, no período 2015/2018
1.3 OBJETIVOS
A seguir serão relatados os objetivos específicos deste estudo, que irão nortear o
desenvolvimento das atividades necessárias para a realização do trabalho de conclusão de
curso. Vejamos então quais são:
• Detectar as causas responsáveis pela inconformidade dos indicadores de
continuidade, visando a correção destes.
• Diagnosticar a localização dos possíveis pontos dos problemas e mapeá-los de
acordo com o(s) município(s) e sua(s) respectiva(s) comunidade(s). Este
diagnóstico pode ser realizado através de consulta na base de dados da
CERGAPA, qual detém os registros de interrupções no fornecimento de
energia elétrica na área de sua permissão de distribuição.
• Realizar levantamento de campo para investigação das causas. Através da
localização e mapeamento de possíveis pontos que oferecem risco, será
realizada visita a campo para então identificar na prática quais são os possíveis
causadores das interrupções de energia elétrica.
23
• Apresentar diagnóstico final. Este por sua vez, irá apresentar os dados
coletados em campo, demonstrando os possíveis causadores das faltas de
energia.
1.4 DELIMITAÇÕES
1.5 METODOLOGIA
Este trabalho de conclusão de curso busca-se atingir seu objetivo principal, que é
realizar uma análise relacionando a qualidade do serviço de energia elétrica prestado pela
Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará – CERGAPA, com a metodologia de regulação e
fiscalização da ANEEL no decorrer dos anos.
Uma ferramenta utilizada e que tem a função de garantir que a empresa organize
seus processos, não importando a sua natureza, é o Ciclo PDCA ou SDCA, significa Plan,
Do, Check, Action (Planejar, Fazer, Verificar e Agir).
O estudo tem por finalidade realizar uma pesquisa aplicada apresentando os dados
coletados dentre os anos 2015/218.
Conforme Thiollent (2009, p.36):
Visa-se também uma pesquisa descritiva, onde serão analisados e mostrados todos
os índices levantados no banco de dados da empresa, os autores irão verificar quais os
maiores obstáculos junto a mesma, contudo, buscando quais as melhores soluções a serem
seguidas.
24
Para tanto será realizada coleta de dados quantitativos, através do histórico dos
indicadores de continuidade coletivos: DEC e FEC, e individuais: DIC, FIC e DMIC, ao
longo do período de 2015 a 2018, dentro da área de permissão a qual a CERGAPA é
responsável. Ressaltando que serão analisados somente os indicadores de continuidade
coletivos, mencionados acima.
Outro método relevante será o dedutivo, onde os autores terão como base, dados
verídicos para realizar os estudos necessários, possibilitando a obtenção de resultados a partir
do 2° semestre de 2019.
Como procedimento final serão realizadas tanto pesquisas bibliográficas como
estudos de caso, pois serão abordados os principais assuntos relacionados ao tema do trabalho,
correlacionando o setor técnico da empresa com o departamento financeiro dela. Para que isso
tudo seja possível será executado um estudo de caso, onde será observado qual mecanismo
será útil e consequentemente viável para a empresa. Por fim esperamos apontar soluções que
agreguem no desempenho final do serviço prestado ao qual a CERGAPA é responsável, ou
seja, que o presente trabalho possa influenciar de forma positiva nos resultados que a empresa
almeja e consequentemente deixe de prejudicar e ressarcir os seus consumidores.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Cergapa Prestação de
serviços
Agilidade
Satisfação
Gestão de Qualidade
Qualidade Eficiência
Requisitos dos
Estatuto Consumidores/ Legais e
regulamentares
Associados da Aneel
É a parte do sistema elétrico, com tensão até 13,8 kV de acordo com o estudo
realizado na CERGAPA, compreendida entre os equipamentos de proteção dos alimentadores
instalados na subestação e os pontos de entrega de energia aos consumidores.
A Figura 3 apresenta a composição de um sistema elétrico de potência.
Um sistema radial como mostra a Figura 4, é um arranjo que possui uma única
fonte alimentando múltiplas cargas e é geralmente associada a um sistema de distribuição.
Fonte: CEFET – Centro federal de educação tecnológica do Rio Grande do Norte (2010).
Fonte: CEFET – Centro federal de educação tecnológica do Rio Grande do Norte (2010).
Existem vários tipos de perturbações nas redes de energia elétrica, a seguir estão as
mais comuns:
a) Abalroamento;
b) Vegetação na rede;
c) Curto circuito por temporal;
d) Sobrecarga no alimentador;
e) Rompimento do cabo por oxidação ou corrosão;
f) Vandalismo;
g) Descargas atmosféricas;
h) Vendaval;
i) Defeito nos equipamentos instalados ao longo dos alimentadores:
transformadores, reguladores de tensão, religadores, chaves faca e a óleo;
j) Salitre ou sujeiras nos isoladores, provocando curto circuito fase-terra;
k) Condutores desregulados;
l) Tensão baixa devido à má conexão nas emendas dos cabos;
m) Para-raios em curto circuito;
n) Cruzeta quebrada por esforço ou apodrecimento;
o) Defeito em consumidor atendido em média tensão;
p) Animais na rede.
2.7.1 Vegetação
Figura 9- Eucalipto
De acordo com a NBR 5419 descargas atmosféricas são definidas como uma
descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens,
acarretando assim impulsos de vários kiloamperes.
O raio, que também pode ser chamado de relâmpago, é um fenômeno natural, é
uma forma de percebermos a energia elétrica sendo manifestada em um efeito visível aos
olhos de forma luminosa. A descarga atmosférica provoca uma corrente elétrica de imensa
intensidade que ao longo do seu percurso ioniza o ar e cria um plasma que emite radiação
eletromagnética, em parte sob forma de luz.
É interessante saber que não existem meios práticos (de acordo com normas
vigentes) que impeçam a queda de uma descarga atmosférica sobre estruturas, edificações e
equipamentos, sendo desta forma todas as soluções utilizadas em Sistemas de Proteção de
Descargas Atmosféricas (SPDA) formas de se amenizar o efeito possivelmente destruidor de
uma destas descargas atmosféricas.
2.7.3 Trovoadas
A faixa de segurança pode ser definida como uma faixa ao longo do eixo da linha
de transmissão, subtransmissão ou distribuição, e tem como finalidade a garantia de bom
desempenho da linha, a segurança das instalações e de terceiros.
E por base, temos a seguinte lei ordinária:
2.9 PDCA
O Ciclo PDCA ou SDCA, significa Plan, Do, Check, Action (Planejar, Fazer,
Verificar e Agir). Esse método tem a função de garantir que a empresa organize seus
processos, não importando a sua natureza.
Campos (1996) define o Método de Melhorias – ou Ciclo PDCA na seguinte
citação: “O PDCA é um método de gerenciamento de processos ou de sistemas. É o caminho
para se atingirem as metas atribuídas aos produtos dos sistemas empresariais”.
Esse ciclo foi criado por Walter A. Shewart, na década de 20, mas ele se tornou
conhecido quando William Edward Deming, um dos gurus da gestão de qualidade, espalhou o
conceito pelo mundo. Por esse motivo, o ciclo PDCA ficou conhecido a partir da década de
1950 como ‘Ciclo Deming’. Através dessa teoria, cada processo da empresa passa por quatro
fases:
Planejar (Plan)
Nesta fase são definidos os objetivos de cada processo até chegar ao
produto/serviço finais requeridos pelo cliente, levando em consideração a política da empresa.
Baseado nesta política, o planejamento deve ser composto pelos seguintes passos:
a) Identificação do Problema;
b) Estabelecimento de Metas;
c) Análise do Fenômeno;
d) Análise do Processo;
e) Plano de Ação.
Fazer (Do)
Momento em que o plano será executado, assim os indivíduos que participarem da
implantação do ciclo PDCA deverão realizar treinamentos de acordo com o método. Cada
processo é realizado, conforme aquilo que foi definido na primeira fase. Assim são coletados
dados para uma análise posterior.
Checar (Check)
Com a implantação, os processos são analisados através de ferramentas próprias,
para verificar se cada processo cumpre aquilo que foi proposto no planejamento. É nessa fase
que poderão ser encontrados erros ou falhas no processo.
43
Agir (Action)
De acordo com o resultado na etapa ‘checar’, serão observadas as falhas nos
processos e se os objetivos foram atingidos, caso contrário, estes devem ser melhorados e as
etapas se reiniciam.
44
Missão: Distribuir energia aos seus consumidores e associados dentro dos padrões
de qualidade e continuidade estabelecidos pela legislação vigente, proporcionando
atendimento de excelência e isonômico e o desenvolvimento econômico e social na
região.
Visão: Estar entre as Cooperativas do Brasil mais bem avaliadas pelos seus
consumidores.
Valores: Isonomia no Atendimento / Gestão Democrática / Ética na Prestação de
Serviço / Transparência / Responsabilidade Social.
Política de Qualidade: A COOPERATIVA DE ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ –
CERGAPA promove a melhoria contínua de seu sistema de gestão da qualidade
buscando:
Responsabilidade e a confiabilidade na apuração dos dados para geração dos
indicadores de continuidade, qualidade comercial e reclamações;
Satisfação dos consumidores/associados através da prestação de serviços com
agilidade e qualidade e eficiência no tratamento de suas reclamações;
Atendendo ao estatuto da cooperativa, requisitos dos consumidores/associados,
legais e regulamentares da ANEEL (CERGAPA, 2018).
Diagrama de Pareto
1910 100,00%
1719 90,00%
1528 80,00%
1337 70,00%
955 50,00%
764 40,00%
573 30,00%
Diagrama de Pareto
860 100,00%
774 90,00%
688 80,00%
602 70,00%
516 60,00%
430 50,00%
344 40,00%
258 30,00%
184
172 20,00%
82 80 77 69
86 53 48 48 10,00%
37 36 34 19 18 18 17 12 12 6 2 2
0 0,00%
Mais comum no verão, o temporal pode ser descrito como uma mudança repentina
no clima, acompanhado de chuvas, trovoadas, descargas atmosféricas e ventos fortes. Devido
a estas características, há possiblidade de pequenas ocorrências até grandes estragos causados
na rede de distribuição, podendo causar danos em todos os tipos de equipamentos.
55
100
80
60
40
40
21
20
2 1
0
Consumidor Transformador Seccionador Religador Subestação
70
60
50 44
40
30
22
20
9 8
10
0
Consumidor Transformador Seccionador Religador Subestação
14
71
25
33
Conexão Cabos/ Fios Transformadores Chaves seccionadoras Isoladores Para raios Religador
Os tipos de animais que causaram faltas de energia no período analisado são: ave,
rato, lagartixa, carrasco e equino. Dentre estes, o animal que mais acarretou solicitações de
atendimento foi a ave, sendo que dos 148 atendimentos realizados, 144 foram causados por
este.
Lembrando que, dentre as tantas aves que ocasionam as faltas, o João-de-Barro ou
popularmente conhecido como Forneiro, é a espécie de ave que mais causa transtornos na
rede elétrica. Esta ave costuma construir seu ninho muito próximo dos cabos de alta tensão,
mais precisamente realizam suas “obras” na estrutura do poste, ou seja, na cruzeta, bem
próximo aos isoladores que sustentam os cabos, na maioria das vezes as faltas de energia
acontecem em dias úmidos, devido ao próprio ninho servir como um condutor e causar um
curto circuito. Na Figura 15 pode-se observar ninhos de aves na cruzeta, bem próximos dos
isoladores.
100
80
60
47
40
20
3 4
0
Transformador Seccionador Religador Subestação
Conforme a Figura 17, observa-se duas aves encontradas no mesmo local, quais
foram responsáveis por interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Este tipo de ocorrência também é uma das grandes causadoras de faltas na rede
elétrica da CERGAPA. O município de Grão-Pará possui uma grande área de
reflorestamentos, dentre as espécies que mais se destacam estão o pinus e o eucalipto.
Durante principalmente o verão, em períodos de temporais, vendavais, estas
espécies de árvores são as grandes responsáveis por atendimentos, ocasionado grandes
prejuízos ao patrimônio da CERGAPA. Lembrando que muitas vezes estes prejuízos
poderiam ser minimizados, pois muitas áreas onde estão localizados estes reflorestamentos
não respeitam as distâncias mínimas de plantio.
No Gráfico 9, são apresentados os tipos de equipamentos que foram atingidos e
suas respectivas quantidades de atendimentos, ressaltando que em único atendimento pode
acarretar a atuação de mais de um equipamento.
61
80
70
60
50
41
40
30
20 12
10
7
1
0
Consumidor Transformador Seccionador Religador Subestação
As 143 ocorrências identificadas com esta causa, foram responsáveis por um total
de 148 interrupções em diferentes equipamentos.
A Figura 18 e a Figura 19 apresentam o contato ou possível contato da vegetação
com a rede elétrica.
Com este capítulo visa-se a identificação das possíveis causas das interrupções do
fornecimento de energia elétrica que foram classificadas com a causa em questão.
A Figura 36 apresenta a localização dos equipamentos analisados.
Título do Gráfico
12
10
10
8
8 7 7
6
6 5
44 4 4 4 4
4 3 3 33 3 3 3
22 22 2 2 2
2 1 11 11 1 1 1 1 1 1
0 0 00 0 0 00 0 0 0
0
Figura 41- Isoladores com pino inclinado, possível defeito causado na estrutura
do isolador devido a esforço excessivo
Poste
Poste
Cabo
Poste
Poste
Rede de baixa
tensão
Durante a realização das visitas a campo pode-se observar vários pontos que
podem ser levados em consideração no que diz respeito a faltas de energia elétrica com a
causa não identificada.
100
Como pode-se observar nas figuras acima, alguns fatores chamam muita atenção
em relação a essas possíveis causas, como: ninho de pássaros, isolador quebrado ou com
excesso de limo, árvores próximas a rede, cascas de árvores na rede e equipamentos com
defeito, identificados em inspeções termográficas.
Alguns ramais vistoriados possuem um ponto em comum que pode ser o fator
determinante para as devidas faltas não identificadas: vegetação muito próxima da rede
elétrica. Este tipo de problema é muito recorrente no município de Grão-Pará, pois ele possui
um vasto território, englobando em sua maioria florestas de mata nativa e também muitos
reflorestamentos, que por sinal não param de aumentar ano após ano.
101
6 CONCLUSÃO
A rápida e eficiente localização que originam as causas das faltas ocorridas nos
alimentadores de distribuição, ainda hoje é uma barreira a ser vencida pelas companhias de
distribuição de energia elétrica. Faltas permanentes em alimentadores podem gerar, tanto para
as distribuidoras como para os consumidores, transtornos e prejuízos de natureza econômica e
social.
A manutenção preditiva é imprescindível em quase todos os setores, seja na
indústria, na medicina e principalmente no que diz respeito ao respectivo trabalho, ou seja, a
área elétrica. Empresas que não utilizam programas de manutenção preditiva podem ser
consideradas antiquadas em detrimento de outras que tiram máximo proveito de todos os
recursos.
Na atualidade a detecção de falhas em equipamentos elétricos é uma realidade
constante, a grande maioria das empresas do setor elétrico brasileiro possui em seu patrimônio
equipamentos que possibilitam identificar com rapidez e eficácia as possíveis falhas no seu
sistema. Diante de todos os fatos levantados e apresentados durante a elaboração deste
trabalho de conclusão de curso, o maior obstáculo a ser enfrentado é relacionado as áreas
onde se tem uma grande proporção de reflorestamentos. Possuindo uma vasta extensão de
rede, a CERGAPA possui vários trechos próximos a estes reflorestamentos, sendo isso muito
prejudicial e danoso ao funcionamento do sistema em si. Com isso o diagnóstico rápido e
eficaz destas falhas se torna primordial para o aprimoramento dos índices de qualidade, tema
foco deste trabalho.
A identificação da causa da interrupção no fornecimento de energia elétrica deve
ser realizada durante a ocorrência, os autores identificaram que após o atendimento, em visitas
posteriores, pode-se identificar possíveis causas, mas não a causa real da interrupção.
Os indicadores de continuidade coletivos DEC e FEC são importantíssimos para
que possamos analisar de forma abrangente todos os serviços realizados pela empresa. Estes
indicadores são acima de tudo o “termômetro” para que, novas técnicas sejam implantadas
dentro da empresa, procurando assim reduzir ao máximo as causas identificadas e não
identificadas analisadas durante a elaboração do trabalho. Com intuito preliminar de verificar
principalmente os pontos mais críticos da rede elétrica, identificamos através de visitas a
campo quais regiões apresentaram uma relevância maior de ocorrências em relação as outras.
Assim podemos dar um enfoque maior a estas regiões, visando as manutenções necessárias
para correções destas possíveis falhas. Evidencia-se também que, de acordo com as
103
legislações vigentes, é necessário respeitá-las, pois possibilita efeitos futuros positivos, quer
sejam estes no campo econômico ou funcional da empresa.
Com intuito de trazer alguma contribuição, os autores buscaram analisar os
índices de qualidade através dos indicadores já mencionados anteriormente, visando com isso
a redução deles. Os objetivos propostos no trabalho foram alcançados, pois identificou-se com
mais clareza quais as medidas necessárias a serem tomadas, propondo assim se estabelecer
uma nova metodologia de trabalho dentro da empresa, acarretando consequentemente
benefícios para a mesma e principalmente uma maior satisfação para seu
associado/consumidor.
104
REFERÊNCIAS
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ANEXOS
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