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Como conduzir a contratação, após declaração de licitação


deserta ou fracassada: é possível republicar o mesmo edital?
Pode-se aproveitar o mesmo processo?
Licitação / 21/02/2014 Por Araune C. A. Duarte da Silva  17

Normalmente quando a licitação é deserta ou é fracassada o interesse


da Administração na contratação permanece e, portanto, ela deverá
tentar a celebração do contrato novamente. Essa tentativa poderá
ocorrer via licitação, então é preciso compreender qual a melhor
forma de dar continuidade ao processo, para adotar os procedimentos
adequados, bem como para evitar novos problemas.

Cumpre esclarecer, primeiramente, que a licitação deve ser


formalizada através de um processo administrativo, em consonância
com o que dispõe o art. 38, da Lei nº 8.666/93. [1] De acordo com este
dispositivo, as providências iniciais do planejamento da licitação
exigem a abertura de um processo administrativo, com respectiva
autuação, protocolo e numeração e após, o servidor responsável deve
providenciar a autorização da autoridade competente, a elaboração
do termo de referência ou projeto básico, a descrição do objeto, as
necessárias justificativas bem como a demonstração de que existe
previsão orçamentária para se arcar com a despesa relativa ao objeto
que vai licitar.

Além disso, sabe-se também que outras providências são


imprescindíveis para a elaboração correta de um edital de licitação,
como pesquisa de preços, avaliação de mercado, definição de
modalidade, de critério de julgamento, entre outras, que são
relevantes para que o Edital seja elaborado em conformidade com a
necessidade da Administração e com a realidade de mercado,
aumentando assim as chances de sucesso do certame.

Após a tomada de todas as providências retro e, eventualmente


outras cabíveis de acordo com cada caso concreto, a Administração
providenciará a elaboração do Edital, a respectiva aprovação da
assessoria jurídica e por fim a sua divulgação, através da sua
publicação, encerrando-se, com isso, a fase de planejamento, ou fase
interna e tendo início a fase externa, ou a fase da licitação,
propriamente dita.
Como visto acima, o edital de licitação é parte integrante de todo o
processo administrativo, que engloba, além desse edital, uma série de
outros atos e documentos.

É importante destacar que o processo administrativo, quando


instaurado, recebe uma numeração, que o identifica. O edital da
licitação, por sua vez, também recebe uma numeração, que é
diferente da numeração do processo administrativo. O processo
administrativo é mais amplo que o Edital, ele contém toda a fase que
antecede o edital, vale dizer, o planejamento da licitação, a própria
licitação e ainda, eventualmente o contrato.

Assim, se a fase da licitação restar fracassada ou deserta, é possível


defender que a fase que a antecedeu poderá ser reaproveitada e a
Administração deverá renovar apenas a fase que frustrou, vale dizer, a
própria licitação. Para tanto, deverá providenciar novo edital e esse
sim deverá conter nova numeração, porque o antigo foi finalizado com
o fracasso/deserção do certame.

Assim, se após publicado o edital da licitação e ocorridas as sessões


correspondentes, esta restar deserta ou fracassada, parece que o que
se perdeu foi o edital em si, mas não o processo como um todo. Vale
dizer, se um edital de licitação frustrou, os atos anteriores, ocorridos
na fase de planejamento, poderão ser reaproveitados, inclusive o
próprio processo administrativo.

Por fim, é importante dizer que a Administração, antes de


simplesmente atribuir nova numeração ao Edital e relançá-lo, deverá
avaliar os motivos que levaram ao fracasso ou deserção da licitação
anterior, revendo atos eventualmente praticados, refazendo
orçamentos ou melhorando especificações técnicas, se for o caso, no
intuito de evitar novo fracasso do certame. Vale dizer, a Administração
antes de elaborar o novo edital e publicá-lo deverá procurar entender
o que levou ao fracasso ou ao desinteresse pela licitação anterior e
corrigir os eventuais erros ou falhas, colaborando para o sucesso do
novo certame. Assim, é de todo recomendável que a Administração,
antes da elaboração do novo edital, identifique eventuais atos falhos
que possam ter contribuído para o fracasso do Edital anterior e corrija-
os.

Para mais informações sobre o tema, recomendamos leitura do artigo


‘LICITAÇÃO DESERTA OU FRACASSADA: COMO CONDUZIR?’, publicado
na Revista Zênite de Licitações e Contratos – ILC nº 240, de fevereiro
de 2014, p. 138 e ss. O mesmo artigo está disponível na Web Zênite
Licitações e Contratos. Se você ainda não é assinante, envie um e-mail
para comercial@zenite.com.br ou ligue: (41) 2109-8660 e obtenha
informações.

[1] Da mesma forma, o art. 3º, da Lei nº 10.520/02, exige as


formalidades que deve conter a licitação realizada na modalidade
pregão, que se complementar com o art. 38, da Lei nº 8.666/93,
conforme permite o art. 9º da Lei do Pregão.

[Total: 37 Média: 2.7/5]


Tags: deserta, fracassada, frustrada, licitação, nova
contratação, repetição
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17 Comentários
Sebastião 13/03/2014

Com relação à uma nova numeração para o edital, cuja licitação restou deserta ou

fracassada, tenho entendimento diverso, pois se não se alcançou a finalidade

desejada, qual seja, a efetiva contratação e persiste a necessidade de contratação,

entendo que a numeração deva permanecer a mesma, destacando, após a

numeração, o termo repetição, ou no novo aviso, informar que trata-se de

repetição de licitação deserta.

RESPONDER 

SERGIO 14/06/2019

Com a mesma numeração no sistema é impossível, a menos que se

volte as fases.

RESPONDER 

Roberta 21/05/2014

Bom dia! O entendimento é o mesmo para o caso em que a frustração dos itens do

processo (seja por deserção seja por frustação) seja parcial? Ex: o processo X que

possui 30 itens é vinculado ao Pregão nº 001/2014. Quando de sua homologação,

dois itens foram desertos e dez itens foram frustrados. É possível adequar o Termo

de Referência, e consequentemente o edital, para lançar o Pregão nº 002/2014 com

apenas os doze itens que não lograram êxito no mesmo processo X?

RESPONDER 

Araune C. A. Duarte da Silva 03/09/2014

Olá Roberta! Como já dito em resposta a outro comentário, o

raciocínio é o mesmo. Neste caso haverá a homologação parcial dos

itens com sucesso e a declaração de fracasso ou deserção dos itens


frustrados. Para os itens frustrados, mantendo-se a necessidade de

adquiri-los, a Administração irá dar continuidade ao processo.

RESPONDER 

Roberta Ferreira do Nascimento 28/05/2014

Bom dia! O mesmo entendimento se dá quando, em mesmo processo (com 10 itens

), quatro itens são frustrados e cinco itens homologados? Ou seja, podemos

aproveitar o mesmo processo para comprar os 4 itens que restaram frustrados?

Desde já obrigada!

RESPONDER 

Araune C. A. Duarte da Silva 03/09/2014

Olá Roberta! O raciocínio é o mesmo. Neste caso haverá a

homologação parcial dos itens com sucesso e a declaração de fracasso

ou deserção dos itens frustrados. Para os itens frustrados, mantendo-

se a necessidade de adquiri-los, a Administração irá dar continuidade

ao processo.

Até mais!

RESPONDER 

Aline 30/01/2015

Relancei uma licitação deserta com o mesmo número anterior. È possível salvar o

processo, já que não pode haver dois resultados com o mesmo número de Pregão,

ou seja, deserta e adjudicado com o mesmo número?

RESPONDER 

Araune C. A. Duarte da Silva 04/03/2015

Prezada Aline, eventualmente você poderá retificar a numeração do

novo Edital, mediante justificativa, tomando a cautela de avaliar a

necessidade de republicação, recontagem de prazos, etc.

RESPONDER 

Luciano 06/03/2015

Processo que após duas licitações resultou DESERTO, pode se converter em uma

dispensa de licitação, aproveitando-se os atos da fase do planejamento e inclusive a

própria numeração atribuída ao processo? Ou esse deve ser extinto após sua
homologação pela Autoridade Superior, que na sequência poderá determinar a

instauração de novo (com nova numeração) processo para aquisição da solução?

RESPONDER 

Araune C. A. Duarte da Silva 16/03/2015

Olá Luciano!

Veja, o inciso V do art. 24 da Lei nº 8.666/93 dispõe que “Art. 24 É

dispensável a licitação: (…) V – quando não acudirem interessados à

licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem

prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as

condições preestabelecidas;”

Assim, com base nesse dispositivo pode-se elencar os seguintes

requisitos condicionantes da aplicabilidade dessa hipótese de

dispensa:

a) que a licitação anterior tenha sido declarada deserta (nenhum

interessado tenha comparecido);

b) que a repetição do certame licitatório acarrete prejuízo à

Administração (situação que deverá restar justificada no respectivo

processo administrativo);

c) que o contrato advindo do procedimento de dispensa contemple

todas as condições exigidas no edital e em seus anexos.

Assim, considerando esse terceiro requisito acima elencado, acredito

ser totalmente possível o aproveitamento do mesmo processo. Veja-

se, o dispositivo que permite a contratação por dispensa determina

que, por uma questão de isonomia, deverão ser mantidas no contrato

celebrado por dispensa todas as condições exigidas para fins de

habilitação e de execução do contrato.

Logo, manter a dispensa de licitação na sequencia do processo, após o

encerramento do Edital que restou deserto, com a respectiva

declaração de licitação deserta, é possível.

É importante lembrar que o processo engloba a contratação pública

almejada pela Administração. Nesse caso, houve duas tentativas de se

concluir o processo de contratação por meio de licitação, ambas

frustradas e, agora, pode-se tentar a conclusão por meio de uma

dispensa, o que pode ocorrer dentro do mesmo processo. Nesse

contexto, importante lembrar de encerrar a licitação deserta, com os

atos respectivos, bem como de inaugurar um “novo capítulo” no

processo para a dispensa de licitação, inclusive atribuindo ao termo de


dispensa numeração diferente da numeração dos Editais desertos.

Cordialmente,

RESPONDER 

João Correia 01/07/2015

Boa Tarde!

A minha duvida é:

Eu realizei um processo licitatório na modalidade Tomada de Preços, sendo que a 1ª

vez, foi considerada Fracassada, então foi feito uma nova publicação, marcando

para realização da 2ª vez, para o mesmo objeto, sendo mais uma vez Fracassada,

tomamos todos os procedimentos da Lei 8.666/93, usando o Art. 48, passado o

prazo, não compareceu nenhum licitante para apresentação de novos documentos.

A questão é que ja pedimos renovação de prazo dos recursos, diante da CAIXA, a

pergunta é: nessa situação podemos fazer uma contratação direta, atraves de

Dispensa de Licitação?

Atenciosamente

J. Correia

RESPONDER 

Araune C. A. Duarte da Silva 14/08/2015

Prezado João Correia,

Sobre o tema, veja-se material veiculado na Revista Zênite –

Informativo de Licitações e Contratos (ILC):

“É possível a contratação direta com fundamento no art. 24, inc. V, da

Lei nº 8.666/93 também nas hipóteses de licitação fracassada?

O art. 24, inc. V, da Lei nº 8.666/93 prevê a dispensa de licitação

‘quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,

justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a

Administração, mantidas, neste caso, todas as condições

preestabelecidas’.

A rigor, considera-se deserta a licitação para a qual não tenha sido

apresentada nenhuma proposta. Nesses casos, quando a repetição da

licitação for prejudicial ao interesse público, admite-se a celebração

de contratação direta por dispensa, sendo necessário para tanto

comprovar a impossibilidade de repetição e aplicar na contratação

direta todas as condições previstas no edital de licitação.

A submissão da contratação direta aos termos do edital praticados

anteriormente tem a finalidade de preservar o princípio da isonomia,


visto que a ausência de interessados poderia não ocorrer com a

modificação das condições do edital.

Em razão de o legislador ter admitido a aplicação dessa hipótese de

contratação direta apenas ‘quando não acudirem interessados à

licitação anterior’,uma primeira interpretação mais restritiva da

disciplina legal conduziria à impossibilidade de aplicá-la aos casos de

licitação fracassada. Isso porque, no certame fracassado, verifica-se a

presença de interessados por meio da apresentação de ofertas,

contudo, esses concorrentes são inabilitados e/ou suas propostas são

desclassificadas, de sorte que, ao final do procedimento, não se

obtém uma proposta válida, apta para a celebração do contrato

pretendido.

Não obstante, cogita-se uma segunda conclusão em vista da finalidade

pretendida pela norma. O pressuposto a autorizar a dispensa de

licitação na hipótese descrita no art. 24, inc. V, da Lei nº 8.666/93 não

parece ser o simples fato de não acudirem interessados à licitação

anterior, mas sim a necessidade de permitir a celebração da

contratação sem que ocorra prejuízo à Administração, quando a

licitação não alcançar esse fim e não houver tempo hábil para repeti-la

sem prejuízo para a Administração.

Identificado esse pressuposto para a hipótese de dispensa de licitação

em comento, vê-se que o resultado de uma licitação fracassada gera o

mesmo efeito de uma licitação deserta quando esses certames não

puderem ser repetidos sem prejuízo para a Administração. Daí porque

não seria razoável acreditar que a solução prevista pelo legislador

teria cabimento apenas para os casos de licitação deserta. Conclusão

nesse sentido determinaria a ocorrência de prejuízo para a

Administração no caso da licitação fracassada.

A 1ª Câmara do Tribunal de Contas da União adotou raciocínio em

sentido similar no Acórdão nº 4.748/2009:

‘4.4.3 Exame: Estabelece o art. 24, inciso V, da Lei 8.666, de 1993, a

possibilidade de dispensa de licitação pública se satisfeitas

simultaneamente as seguintes condições: (a) falta em certame

anterior de proposta reputada válida (interpretação extensiva dada

por este Tribunal à expressa hipótese de não-comparecimento de

interessados) e (b) impossibilidade justificada de repetição do

certame sem que haja prejuízo para a Administração, mantidas, neste

caso, todas as condições pré-estabelecidas’. (TCU, Acórdão nº

4.780/2009, 1ª Câmara, Rel. Min. Weder de Oliveira, DOU de

19.06.2012.)

Com base nessas razões, conclui-se ser possível a contratação direta


com fundamento no art. 24, inc. V, da Lei nº 8.666/93 também nas

hipóteses de licitação fracassada, desde que preenchidos os requisitos

legais, especialmente em vista do pressuposto que orienta essa

hipótese legal de dispensa de licitação.”

(Revista Zênite – Informativo de Licitações e Contratos (ILC), Curitiba:

Zênite, n. 223 , p. 956, set. 2012.)

RESPONDER 

CASSIA REGINA MATIAS SANTOS ABIJAUDE 21/09/2015

Excelente referencial teorico. Gostaria de receber o artigo

RESPONDER 

Araune C. A. Duarte da Silva 22/09/2015

Obrigada Cassia,

Continue acompanhando nosso Blog!

RESPONDER 

JONAS 09/11/2015

LICITAÇÃO DESERTA JÁ NA TERCEIRA CHAMADA POSSSO HOMOLOGAR?

RESPONDER 

Araune C. A. Duarte da Silva 12/11/2015

Prezado Jonas, se a licitação é deserta, consoante dito no post, o ideal

é assim declará-la.

RESPONDER 

José Marcelo Assunção Soares 10/05/2016

Muito resumido, porém, altamente esclarecedor e compreensível.

RESPONDER 

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