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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CAMPUS DE AQUIDAUANA
CURSO DE PEDAGOGIA

MAIARA DE SOUZA BARBOSA

RESUMO: Fundamentos e Práticas da Alfabetização

Atividade de resumo do livro Além da Alfabetização - Rosa Simó e Neus Rocas

Modulo 7

Aprendendo a ensinar, págs. 144 a 171

O presente trabalho tem por objetivo descrever resumidamente quatro atividades


realizadas pelos professores Rosa Simó e Neus Rocas, respectivamente nas séries: 1ª da pré-
escola (entre 4 e 5 anos), e 1ª, 3ª e 6ª séries do primeiro grau, e, a partir de então, abrir espaço
para a reflexão sobre como ministrar o ensino, uma vez que a atividade escolar é dinâmica, e
o professor muitas vezes fica sobrecarregado em suas atividades pedagógicas, e
invariavelmente não se detém para uma reflexão sobre a prática de ensino, tornando-o muitas
vezes um esforço redundante e automático.

Na elaboração desse estudo, foram observadas: motivo da atividade, justificativa teórica,


objetivo, desenvolvimento, análise e proposta de outras atividades.

 Primeira atividade: Reprodução coletiva de um bilhete


(Pré-escola /entre 4 e 5 anos).
A ideia principal na aplicação dessa atividade é a de que os alunos sejam capazes de
reproduzir textos a partir de um modelo, que propiciaria a eles a capacidade de organizar
coerentemente as informações e a estrutura sintática e léxica necessária ao texto.

Na apresentação da atividade, foi logo descrito como seria feito o bilhete, e qual seu
objetivo: “No bilhete que faremos, vamos colocar: ‘Papai e mamãe, na quinta-feira 13 haverá
uma reunião dos pais para falar do que fazemos na classe. Vamos nos reunir ás 5 da tarde, na
sala Alfazema. Esperamos por todos vocês’“.

Os alunos não deveriam transcrever o texto tal como produzido, mas usá-lo como modelo
para a produção do seu próprio texto, isso, de forma coletiva, participativa entre os alunos,
com a intervenção da professora como mediadora de conflitos.

Essa primeira experiência não deu muito certo, os alunos não conseguiram assimilar a
produção do texto, posteriormente, a professora, após várias conjecturas sobre o fracasso da
experiência, descobriu que ao produzir o texto, a forma como o enunciado estava exposto no
bilhete era ambígua, confundindo os alunos quanto a sua situação comunicativa, e a
ambiguidade estava no fato de que no bilhete havia duas vozes distintas como enunciadoras
de informação; a saber: “Papai e mamãe, na quinta-feira 13 haverá uma reunião dos pais para
falar do que fazemos na classe, Vamos nos reunir ás 5 da tarde,...” (a professora é a
protagonista da informação, mas existem elementos que permitem entender que os alunos
também participam do enunciado: “Papai e mamãe”, “... para falar do que fazemos na classe”,
“Vamos nos reunir ás 5 da tarde...”).

Tal situação comunicativa deveria ser reescrita para uma melhor fixação da mensagem, e
um novo modelo de bilhete foi redigido: “Papai e mamãe, na quinta feira 13, às 5 da tarde,
vocês devem vir ao colégio para falar com Suzana sobre as coisas eu fazemos na sala. Não
faltem que é importante”. Dessa vez, eles assimilaram bem a proposta textual e conseguiram
recriar a partir do modelo, outro enunciado de igual teor: “Papai e mamãe, na quinta-feira 13
haverá uma reunião de pais às 5 da tarde na sala Alfazema. Esperamos todos vocês”.

Para chegarem a esse discurso, tiveram que fazer exercícios de rememoração do


enunciado, todos colaboraram com suas memórias para a elaboração do bilhete, e foi
necessário reescrever o texto várias vezes com a intervenção da professora para que
organizassem as ideias. A experiência comprovou que a utilização de um texto modelo
facilitou muito para os alunos organizar o enunciado, também abriu outras possibilidades de
trabalhar textos diversificados:

1 – Introduzindo variações no modelo (formulando outros tipos de bilhetes)

2 – Diversificando a atividade linguístico-cognitiva (reescrita de textos, leituras, análises,


etc.).

3 – Diversificando o objetivo da atividade (trocar de posição enunciativa)


4 – Diversificando a forma de agrupar (fazer atividades individual, em duplas, grupos
maiores, etc.)

_________________________________________________________________

Leitura: interpretação e decodificação.

 Segunda atividade: Reconstrução textual de uma história em quadrinhos.


(1ª série do segundo grau)

Ler é uma atividade complexa, e o leitor precisa ser um processador de informações.


Assim, para ser um bom leitor, é preciso decodificar o objeto de leitura, ter conhecimento
básico do assunto digerido, e capacidade para poder recriá-lo num processo de conversação
lógica e coerente.

Na 1ª série do primeiro grau, existem alunos que no final do ano letivo já sabem ler
pequenos textos, outros, porém, preocupados em codificar (somar valores ao texto, baseados
em suas percepções), têm dificuldades no aprendizado. Assim, a proposta para esse tipo de
aluno é que ele faça uso do texto invariável (textos que devem ser reproduzidos na íntegra),
como por exemplo, uma poesia, música ou provérbio. Estes textos são em sua maioria, de
fácil assimilação.

Pensando nessa problemática, foi proposto ao grupo trabalhar com a reconstrução de uma
história em quadrinhos, que pode ser trabalhado quanto a informação textual e também visual.
Foi utilizado algumas etapas para esta atividade; primeiro houve uma leitura em voz alta pela
professora, em seguida leitura coletiva entre os alunos caracterizados de personagens, depois,
comentários, e, posteriormente, duplas se formaram em um trabalho de “montar e colar” as
atividades. Os alunos deveriam usar uma folha previamente preparada para receber os balões
da conversação entre os personagens, assim, as crianças iam recortando os balões e montando
a história.

Esta atividade favoreceu a troca de experiência entre os alunos, e possibilitou trabalhar


aspectos cognitivos visuais (personagens dos quadrinhos, forma das letras que expressavam
sentimentos ou sons, linguagem corporal, entre outras). Os alunos foram capazes de cumprir a
tarefa com relativa facilidade, o que levou os professores a repensarem as atividades para
serem ajustadas a um grau de dificuldade maior, uma vez que as características gráficas do
texto e os recursos visuais presentes no texto, e o curo espaço de tempo entre a leitura e o
trabalho proposto, cooperaram para a execução da tarefa dada aos alunos.

Alterar a tipologia textual seria incorreto, traria pobreza ao texto, então a proposta agora
era achar outro texto com características menos acentuadas de seus personagens, e que não
oferecessem muitas informações passiveis de interpretação. Desse modo, os alunos teriam que
exercitar a codificação da mensagem. Foi usada agora uma quadrinha com personagens mais
discretos e com fala menos peculiar, e propositalmente foram alterados os balões da fala dos
personagens para confundir ou dificultar uma possível interpretação visual. Também foi
prolongado o tempo entre a leitura do texto e a efetiva atividade sobre o mesmo.
Esta ação causou decidida interferência na forma como os alunos trabalharam o texto; um
determinado grupo, com mais facilidade na leitura, teve mais facilidade ao construir o
enunciado, utilizando o recurso da antecipação oral, ancorado na memorização prévia do texto
lido em sala, eles liam as falas e colocavam corretamente os balões no personagem, e logo
após, antecipavam o próximo texto. Outro grupo buscou na decodificação e conhecimento
prévio do texto, as ferramentas para sua conclusão.

Desse modo, pode-se observar que os alunos com maior grau de aprendizado, realizaram
suas leituras sem problemas, já os demais alunos, precisaram da intervenção dos professores
para decodificar e dar coerência ao texto.

A partir dessa experiência, ficou algumas questões:

1ª – seria importante encurtar o tempo entre a leitura e a atividade proposta para favorecer a
antecipação do texto por parte dos alunos?

2ª – Seria bom se houvesse usado menor quantidade de textos para facilitar a memorização?

Seja qual for a resposta, a reconstrução de textos propõe ao aluno uma reflexão sobre o texto,
exercita a compreensão e a produção textual, além dos mecanismos de antecipação e
decodificação.

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 Terceira atividade: Completar um texto narrativo com palavras previamente


eliminadas (3ª série do segundo grau)

A rã ou uma rã?

A terceira experiência teve como foco, os conhecimentos sobre gramática, e a proposta era
de que as crianças refletissem sobre os elementos da língua em diferentes situações de uso da
linguagem. A proposta era de que os alunos usassem de suas competências linguísticas e da
capacidade intuitiva de análise da língua para completar os exercícios. Para isso, seria feito
uso de textos construídos pelos próprios alunos, dos quais foram retiradas várias palavras de
diferentes classes gramaticais. Os alunos deveriam preencher as lacunas do texto de forma
coerente.

O objetivo era de que os alunos compreendessem que certas palavras podem ser mudadas,
outras não, devendo ser preenchidas com palavras específicas, trabalhando assim, as
categorias gramaticais.

A atividade exigia que as crianças lessem os textos em duplas, tentando inferir sobre as
palavras que faltavam e depois completar as lacunas. Depois de preenchidas, as correções
ficariam a cargo de outra dupla, num processo de permuta, o que proporcionou entre eles um
debate coletivo até chegarem a um consenso. Descobriram que por vezes trocaram artigo o
artigo indefinido “uma”, pelo artigo definido “o”, o pronome relativo “que”, e a conjunção
“e”; mas descobriram também que acertaram em muitos momentos ao usarem os sinônimos,
como no caso em que substituíram a palavra “aplicou”, pela palavra “deu”, na frase: “... e me
deu uma patada no traseiro...”. A releitura dos textos entre si foi preponderante para
admitirem seus erros.

Essa atividade permitiu aos alunos uma reflexão sobre a linguagem, e os fez observar as
relações de significado das classes gramaticais, ao mesmo tempo em que desenvolveram suas
críticas sobre o enunciado, isso, foi bom, porque permitiu aos alunos exercitar suas opiniões
sobre o texto.

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 Quarta atividade: Ortografia. – Com “bê” ou com “vê”?


(Alunos da sexta série)

Sabe-se que a função da linguagem escrita é representar a linguagem oral, portanto, é


necessário certo domínio da linguagem oral (principalmente da linguagem normativa), para
ter êxito em transcrevê-la fielmente. É aí que entra a ortografia na vida dos alunos.

Foi observado que os alunos cometiam poucos erros ortográficos nos exercícios
específicos (como ditados, por exemplo), mas os erros aumentavam quando as atividades
eram livres (textos livres, descritivos, redação, etc.). Pensando nessa problemática, foi
proposta uma atividade que privilegiava o esforço ortográfico; num primeiro momento, foi
entregue um desenho a cada aluno, e foi requerido que fizessem uma descrição sucinta do
desenho. Em seguida, cada aluno recebeu um roteiro para organizar a descrição do mesmo
desenho, agora, obedecendo às orientações do roteiro.

A atividade tinha como foco a reflexão sobre as diferenças entre as descrições produzidas
de forma pessoal e livre, e a segunda descrição organizada de forma a comtemplar a
ortografia. O resultado da atividade constatou que todos os alunos adicionaram quantidades
variáveis de palavras-modelo (adjetivos), em seus textos, e, em sua maioria, escreveram sem
erros de ortografia grande parte das palavras incorporadas ao texto, graças ao uso do modelo.
Mesmo assim, houve uma parcela considerável que cometeu erros ortográficos.

Finalizando:

O aprendizado é fruto de constante indagação, esse processo de insatisfação nos impulsiona


há sete anos, de forma progressiva, a buscarmos novas formas de encararmos nosso trabalho,
desse modo, a partir de formulações conceituais de análise e reflexão, aprendemos avaliar os
alunos e ao mesmo tempo as atividades que nós direcionamos a eles. Experimentamos em
nosso trabalho a ideia de “erro construtivo” e “conflito cognitivo”, e formularmos hipóteses
ao fazer uso da reflexão nas atividades propostas em sala. Criamos situações em que os alunos
puderam construir o conhecimento através de suas inferências sobre os textos, e descobrimos
que em muitos casos, eles sabem mais do que imaginamos.

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