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Aula 02

Português p/ PC-RJ (Técnico de Necropsia) Com videoaulas - 2019

Décio Terror Filho

02559325705 - Luciana Cordeiro de Araújo


Décio Terror Filho
Aula 02

Usos de sinais de pontuação e notações


léxicas.
Sumário
1 – Pontuação (nível oração) .......................................................................................... 2
1 – O que é sintaxe? ...................................................................................................................... 2
1.1.1 Regência .................................................................................................................................................................. 3
1.1.2 Verbo intransitivo .................................................................................................................................................... 6
1.1.3 Adjunto adverbial .................................................................................................................................................... 7
Pontuação com adjunto adverbial “solto” ....................................................................................................................... 9
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1.1.4 Palavras denotativas................................................................................................................................................ 9
1.1.5 Predicativo ............................................................................................................................................................. 12
1.1.6 Aposto.................................................................................................................................................................... 14
1.1.7 Vocativo ................................................................................................................................................................. 15
1.1.8 Elipse do verbo (vírgula vicária) ............................................................................................................................. 15

2 – Pontuação (nível período composto por coordenação) .............................................22


1 – Frase ..................................................................................................................................... 22
2 – Período .................................................................................................................................. 33
3 – Oração .................................................................................................................................. 33
4 – Diferença entre coordenação e subordinação ....................................................................... 34
2.4.1 Conjunções coordenativas..................................................................................................................................... 38
i) Aditivas.................................................................................................................................................................... 39
ii) Adversativas ............................................................................................................................................................ 41
iii) Alternativas ......................................................................................................................................................... 43
iv) Conclusivas.......................................................................................................................................................... 43
v) Explicativas .............................................................................................................................................................. 45

5 – O comentário do autor / orações parentéticas ...................................................................... 50


3 – Pontuação (nível período composto por subordinação) ............................................53
1 – A pontuação e a classificação das orações adjetivas ............................................................. 53
1. Adjetivo explicativo................................................................................................................................................. 53
2. Adjetivo restritivo ................................................................................................................................................... 53

2 – Estrutura subordinada adverbial ........................................................................................... 59


4 – Lista de questões .....................................................................................................66

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5 – Gabarito ..................................................................................................................83

1 – PONTUAÇÃO (NÍVEL ORAÇÃO)


Olá!
Nesta aula falaremos da pontuação de maneira geral e da pontuação expressiva.
Veremos a pontuação interna, isto é, aquela realizada dentro de uma oração. Para tanto,
precisamos entender o que é sintaxe e quais são os termos básicos de uma oração.
Em seguida, falaremos da pontuação do período composto por coordenação e subordinação,
além da pontuação de acordo com os tipos de frases.
Falaremos da sintaxe da oração, com a seguinte pergunta:

1 – O QUE É SINTAXE?

A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. Cabe entender basicamente
que uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se flexiona de acordo com o sujeito
(de quem se fala) e relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade.
Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na estrutura SVO
(sujeito→verbo→complemento).

Agora, vamos identificar os principais termos da oração. Veja a relação do verbo dentro do
predicado. Nas frases de 1 a 4, os verbos “realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam dos
vocábulos posteriores para terem sentido na oração, por exemplo: realizou o quê?, duvidou de quê?,
enviou o quê? a quem?, tem o quê?
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para terem sentido. Isso
ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o complemento. Por isso falamos que o verbo
é transitivo. Sozinho, não consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento.
Dessa forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” e “certeza”
completam o sentido destes verbos.

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Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um obstáculo. Havendo
uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a preposição, o trânsito é livre, direto.
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o termo que vem em
seguida é seu complemento verbal direto. Já o complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o
trânsito está dificultado (indireto) tendo em vista a preposição “de”.
Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é chamado de transitivo
direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é
transitivo indireto (VTI) e seu complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos
pelo verbo: um(direto) e outro(indireto).
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o complemento verbal
direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal indireto é o objeto indireto(OI).

1.1.1 Regência

Como entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois necessita de um


complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo de “Regência”, pois ele exige, rege o
complemento. Se é um verbo que exige, é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo nas
gramáticas que trabalha só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), a
qual veremos nas próximas aulas. Mas agora cabe apenas entender a estrutura abaixo. Veja:

Regência Verbal
1. O candidato realizou a prova.
VTD + OD
2. duvidou do gabarito.
VTI + OI
3. enviou recursos à banca examinadora.
VTDI + OD + OI

Sujeito Predicado

Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter transitividade. Nomes
como certeza, obediência, dúvida, longe, perto, fiel, etc são chamados de transitivos porque
necessitam de um complemento para terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo,
obediência a alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é fiel a
algo ou a alguém.

Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual é chamado de


complemento nominal (CN).
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito na frase; por
exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante, podemos dizer que ele mora longe.
Neste caso o nome “longe” deixou de ser transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este

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ficou implícito. Por isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo.
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do verbo. Se há um nome
que exige complemento, então temos a Regência Nominal.
Veja a frase 4:

Regência Nominal

4. O candidato tem certeza de sua aprovação.


VTD + OD + CN

Sujeito Predicado

Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A expressão “de sua
aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o nome “certeza”: certeza de sua
aprovação.
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para descobrirmos quais preposições
iniciam o complemento nominal.
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 (VTD + OD + CN).
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum complemento verbal.
Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura posterior, naturalmente inseriremos uma
ou mais circunstâncias. A essas circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer
que o candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como viajou, a causa da
viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas
são as circunstâncias básicas, mas há mais e veremos isso adiante. Então veja como ficaria:

O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode aparecer junto a qualquer
verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na
frase 4, poderíamos inserir o adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”.
Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e sem transitividade (VI).
Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, dizemos que eles são os núcleos (palavra mais
importante) do predicado, assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura:

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Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e complemento nominal
em todos eles.
Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação.
Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo.
O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se flexiona de acordo com ele.
O verbo “estava” serve para ligar esta característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de
ligação, e o termo que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo.
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se flexiona de acordo
com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo seria “tranquila". A essa flexão
de um predicativo em relação ao sujeito damos o nome de Concordância Nominal. Na gramática,
há um capítulo só para a concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação ao sujeito é um
dos pontos principais, mas isso veremos em nossas próximas aulas.
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu predicado é chamado de
Predicado Nominal, com a seguinte estrutura:

O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também pode fazer parte do
predicado verbo-nominal; e isso será visto adiante. Por enquanto, é importante entender a seguinte
estrutura:

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Concordância verbal
Regência verbal
1. O candidato realizou a prova.
VTD + OD
2. duvidou do gabarito.
VTI + OI
3. enviou recursos à banca examinadora. Predicado
VTDI + OD + OI
Verbal
Regência nominal
4. tem certeza de sua aprovação.
VTD + OD + CN
5. viajou.
VI
6. estava tranquilo. Predicado
VL + predicativo Nominal
Concordância nominal

Sujeito Predicado

É muito importante perceber que entre os termos básicos acima, não há vírgula.
Vamos praticar um pouco?!!!
Cabe agora aprofundarmos um pouco mais na relação dos termos para entendermos melhor
a pontuação. Para isso, vamos ver a aplicação do verbo intransitivo.

1.1.2 Verbo intransitivo

Cabe agora aprofundarmos um pouco mais na relação dos termos para entendermos melhor
a pontuação. Para isso, vamos ver a aplicação do verbo intransitivo.
Intransitivo: Verbo que não exige complemento verbal.
Adoeci.
Fui à praia.
verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar
predicado verbal
Na realidade, há dois tipos de verbos intransitivos.
O primeiro diz respeito àquele que não exige nenhum termo que complemente seu sentido,
como “Adoeci.”; “Juvenal morreu.”; “Um vendaval ocorreu.”. Esses verbos não necessitam de termo
que os complete. Esse tipo de intransitividade mostra que o verbo por si só já transmite o sentido
necessário; podendo o autor acrescentar termos acessórios para transmitir mais clareza ou ser mais

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pontual no sentido, por exemplo: “Adoeci por causa do mau tempo.”; “Juvenal morreu anteontem.”
e “Um vendaval ocorreu aqui.”.
Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que produza sentido. Se
alguém diz que vai, tem que dizer que vai a algum lugar. Se alguém diz que voltou, tem que
continuar a fala mostrando de onde voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de
intransitividade com a transitividade indireta; mas há uma diferença muito grande, pois o termo que
completa o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente circunstâncias de lugar ou
modo. Veja:
Vou a São Paulo. Vim de Manaus. Estou bem.
O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele não transmite valores
circunstanciais de lugar ou de modo, sentidos que são demonstrados nos vocábulos “a São Paulo”,
“de Manaus” e “bem”. Quando se quer saber se há circunstância de lugar ou modo, faz-se a pergunta
“Onde?”, “Como?”, respectivamente. Assim, é importante notarmos os valores dos adjuntos
adverbiais, que são demonstrados em sua maioria no uso das preposições, as quais serão enfatizadas
a seguir. Didaticamente, podemos dividir o adjunto adverbial em dois tipos:

1.1.3 Adjunto adverbial

Adjunto adverbial solto: O problema ocorreu, naquela tarde de sábado.


Adjunto adverbial preso: Eu estou bem.
Eu estou em São Paulo.
Eu vim de São Paulo.

Caro aluno, esta divisão dos adjuntos adverbiais é apenas didática, não é cobrada em prova
dessa forma, mas entendermos isso é importante para a pontuação. Veja que não é comum vermos
vírgula separando adjuntos adverbiais presos, como as três últimas frases. Já com o adjunto
adverbial solto, é natural inserir a vírgula. Veja:
O problema ocorreu, naquela tarde de sábado.
Adjunto adverbial: É o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o advérbio, atribuindo-lhes
uma circunstância qualquer. Abaixo, listei para você o nome da palavra (morfologia) e a função que
esta palavra desempenha na oração (sintaxe).

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morfologia artigo+substantivo verbo advérbio de


intensidade

Os atletas correram muito.


sintaxe adj adn + núcleo verbo adjunto
intransitivo adverbial de
intensidade
sujeito predicado verbal
período simples

morfologia pronome + verbo + adjetivo


substantivo advérbio
de intensidade

Seu projeto é muito interessante.


sintaxe adj adn + núcleo VL + adj Predicativo do
adverbial sujeito
de intensidade
sujeito predicado nominal
período simples

Observações:
a) O adjunto adverbial pode ser representado por um advérbio, uma locução adverbial ou um
pronome relativo (que será visto nas próximas aulas).
Deixei o embrulho aqui. (advérbio)
À noite conversaremos. (locução adverbial)
A empresa onde trabalhei faliu. (pronome relativo)

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b) Pode ocorrer elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de tempo e modo:


Aquela noite, ela não veio. (Naquela noite)
Domingo ela estará aqui. (No domingo)
Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (De ouvidos atentos)

Pontuação com adjunto adverbial “solto”

É marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois este termo pode
movimentar-se para o início, para o meio ou para o fim da oração. Essa mobilidade é percebida nos
termos soltos, os quais não são exigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a
circunstância. Isso é notado principalmente nos advérbios de lugar, tempo e modo; nos advérbios
que modificam toda a oração (e não somente um termo); e nas locuções adverbiais:

O custo de vida é bem alto em Brasília.


Esta locução adverbial de lugar
Em Brasília, o custo de vida é bem alto. não é exigida pelo verbo, por
O custo de vida, em Brasília, é bem alto. isso se considera um termo
solto, o qual pode receber
O custo de vida é bem alto, em Brasília. vírgula. Compare com a
seguinte.

Prefeitos de várias cidades foram a Brasília. Esta locução adverbial de


A Brasília prefeitos de várias cidades foram. lugar é exigida pelo verbo,
por isso não se considera
Prefeitos de várias cidades a Brasília foram. termo solto, ela pode se
mover na oração, mas não
recebe vírgula.

Naturalmente, você já percebeu o problema.


Os advérbios referem-se a
Sim, eu sei. toda a oração.

Quando a locução adverbial solta (adjunto adverbial) for de grande extensão e estiver
antecipada da oração ou no meio dela, a vírgula será obrigatória. Se estiver no final, a vírgula será
facultativa.
Antes da última rodada, o time já se dizia campeão.
O time, antes da última rodada, já se dizia campeão.
O time já se dizia, antes da última rodada, campeão.
O time já se dizia campeão, antes da última rodada.
O time já se dizia campeão antes da última rodada.

1.1.4 Palavras denotativas

Há palavras semelhantes aos advérbios, mas que não constituem circunstâncias. São as
chamadas palavras denotativas. Veja algumas importantes.

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1. Designação: eis:
Eis o homem!
Esta construção admite que o substantivo posterior seja substituído pelo pronome oblíquo
átono o, na forma Ei-lo!

2. Exclusão: exceto, senão, salvo, menos, tirante, exclusive, ou melhor etc.


Voltaram todos, menos André.
Roubaram tudo, salvo o telefone.

3. Limitação: só, apenas, somente, unicamente:


Só Deus é imortal. Apenas um livro foi vendido.
A possibilidade de cobrança em prova é na interpretação de texto. Quando se inserem as
palavras só, somente, apenas; há o recurso textual chamado palavra categórica. Ele transmite uma
ideia veemente do autor, que não abre caminhos para outra possibilidade. Isso dirige a interpretação
de texto. Veja:
Só o rico ganha. O dinheiro chega apenas à classe nobre.
Compare com as estruturas sem essas palavras categóricas:
O rico ganha. O dinheiro chega à classe nobre.
Naturalmente, você observou que o sentido mudou significativamente. Na prova
normalmente o texto sugere algo de maneira geral, com a segunda construção. Já, na interpretação
de texto, a banca inclui a palavra categórica para o candidato perceber o erro.

4. Explicação, explanação ou exemplificação: a saber, por exemplo, isto é, como, ou melhor


etc.
Eram três irmãos, a saber, Pedro, Antônio e Gilberto.
Lá, no inverno, usa-se roupa pesada, como sobretudo e poncho.
Os elementos do mundo físico são quatro, a saber: terra, fogo, água e ar.
Esses valores são normalmente separados por vírgula ou dois-pontos. Pode-se ter em mente
que, quando se explica, quer-se ratificar, confirmar argumentos; então isso pode ser cobrado numa
interpretação de texto ou no uso da pontuação.

5. Inclusão: mesmo, além disso, ademais, até, também, inclusive, ainda, sobretudo, aliás etc.
Até o professor riu-se. Ninguém veio, mesmo o irmão.
I - Costumam-se ficar entre vírgulas as estruturas além disso, também, inclusive, ainda.
Normalmente a banca insere apenas uma das vírgulas e isso torna o texto errado.

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Ele disse, inclusive que não viria hoje. (errado)


Ele disse, inclusive, que não viria hoje. (certo)
II – Cumpre lembrar que não se pode confundir o valor de mesmo (inclusão), mesmo
(pronome demonstrativo de valor adjetivo), advérbio de afirmação/certeza e valor de
concessão/contraste.
O primeiro não se flexiona e pode ser substituído por até, inclusive:
Mesmo ela realizou as atividades.
O segundo flexiona-se e diz respeito a um reforço reflexivo, equivalendo a sozinha:
Ela mesma realizou as atividades.
O terceiro não se flexiona e serve para ratificar, confirmar uma ação, equivalendo-se a sim,
com certeza:
Ela realizou mesmo as atividades.
O quarto será visto mais detidamente nas orações subordinadas adverbiais concessivas. Ele
transmite contraste e faz subentender a conjunção embora, apesar de:
Mesmo sem falar, todos entenderam sua reprovação às opiniões.

6. Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes etc.


Comprei cinco, aliás, seis livros. Correu, isto é, voou até nossa casa.
Para a banca é importante notar a ideia de correção ao que foi dito anteriormente e por isso
a expressão deve ficar separada por vírgula(s). Note que a expressão “isto é” também foi vista como
explicação (ratificação), por isso deve-se ter muito cuidado com o contexto.

7. Situação: mas, então, pois, afinal, agora, etc.


Mas que felicidade. Então duvida que se falasse latim?
Pois não é que ele veio. Afinal, quem tem razão?
Posso mostrar-lhes o sítio; agora, vender eu não vendo.
A banca pergunta se os vocábulos “Mas”, “Então” e “Pois”, nestes casos, possuem valor de
oposição, conclusão e explicação, respectivamente. Pode-se notar claramente que não; estes
vocábulos apenas motivam o início do discurso, como ocorre com o coloquialismo “Hum...”, “senão
vejamos”, etc.

8. Expletivo e realce: é que; lá, cá, só, ora, que, mesmo, embora.
Nós é que somos brasileiros. Eu sei lá!
Eu cá me arranjo. Vejam só que coisa!

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Ora, decidamos logo o negócio. Oh! Que saudades que tenho!


É isso mesmo. Vá embora!
Normalmente as palavras expletivas ocorrem por motivo de ênfase e estilo; mas o vocábulo
“ora” geralmente inicia uma consideração do autor, uma avaliação que pode também ser entendida
como conclusão.
9. Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem:
Felizmente não me machuquei.
Ainda bem que o orador foi breve!

1.1.5 Predicativo

Esse termo se liga ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É


representado por diferentes classes gramaticais, como adjetivo, substantivo, numeral e pronome.
A seguir, perceba os pares com predicação nominal e predicação verbal, respectivamente.
Nestes exemplos, note que o grupo à esquerda é constituído de verbos de ligação mais os
predicativos. É fácil perceber o predicativo, pois basta o sujeito flexionar-se no plural, para que o
predicativo também se flexione, pois este caracteriza aquele. Já no grupo da direita, há predicação
verbal. Os vocábulos que vêm após os verbos não se flexionam por causa do sujeito, pois são
complementos verbais ou adjuntos adverbiais
O candidato está tranquilo. O candidato está na sala.
Os candidatos estão tranquilos. Os candidatos estão na sala.
Bom filho torna-se bom pai. Bom filho torna a casa.
Bons filhos tornam-se bons pais. Bons filhos tornam a casa.
A aula permanece difícil. A aula permanecerá no feriado.
As aulas permanecem difíceis. As aulas permanecerão no feriado.
Ela ficou triste. Ela ficou na praia.
Elas ficaram tristes. Elas ficaram na praia.
O paciente acha-se acamado. O estudante achou o local de prova.
Os pacientes acham-se acamados. Os estudantes acharam o local de prova.

Predicados nominais Predicados verbais

Agora, veremos o predicado verbo-nominal. Ele é composto do predicado verbal, o qual


possui como núcleo um verbo transitivo ou intransitivo, mais um predicativo do sujeito ou do objeto,
os quais veremos mais especificamente.

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I - Predicativo do sujeito (pode ocorrer num predicado nominal ou verbo-nominal).


A estrutura do predicado nominal é: verbo de ligação mais predicativo. Assim,
Ele continua enfermo.
Eu sou feliz.
Minha vida é maravilhosa.
sujeito Verbo de predicativo do sujeito
ligação
predicado nominal

A estrutura do predicado verbo-nominal é:

Predicado
verbo-nominal

O predicativo é constituído de adjetivo restritivo, que acumula uma característica chamada


de transitória, pois depende da ação verbal para produzir o sentido desejado. Veja:

Ela confirmou temerosa o crime.


sujeito VTD predicativo do objeto
sujeito direto
predicado verbo-nominal

Durante ou após o ato de confirmar, ela ficou temerosa. Isso é a característica transitória do
sujeito. Esta característica pode se deslocar na oração, desde que se separe por vírgula para não se
confundir com o adjunto adnominal:
Ela, temerosa, confirmou o crime.
Temerosa, ela confirmou o crime.
Ela confirmou o crime temerosa.
Sabendo-se que o adjunto adnominal é o termo adjetivo de valor restritivo que está junto ao
núcleo, note que a vírgula foi necessária nos dois primeiros exemplos para não se confundir
predicativo com adjunto adnominal, pois o adjetivo “temerosa” está próximo ao núcleo do sujeito

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“ela”. No último exemplo, a vírgula não foi usada justamente porque não se confunde o predicativo
do sujeito com o adjunto adnominal, haja vista que o adjetivo “temerosa” está distante do núcleo
do sujeito.

II - Predicativo do objeto direto (só pode ocorrer no predicado verbo-nominal)


Carlos deixou Ana zangada.
sujeito VTD OD predicativo do
OD
predicado verbo-nominal

Da mesma forma, a característica “zangada” ocorre após o ato de deixar. Por isso é transitória.

III - Predicativo do objeto indireto (só pode ocorrer no predicado verbo-nominal)


Gosto de meu filho sempre limpo
VTI OI adjunto predicativo
adverbial do OI
de tempo
predicado verbo-nominal
Note que o predicativo pode ser introduzido por preposição:
Chamei-o de louco.

1.1.6 Aposto

É um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O aposto
classifica-se em:
I – explicativo:
Raquel, contadora da firma, está viajando.
Só queria algo: apoio.
Um trabalho – tua monografia – foi premiado.
Obs.: O aposto explicativo pode vir com vírgulas, travessões, parênteses ou dois-pontos.

II - enumerativo ou distributivo:
Ganhei dois presentes: uma joia especial e um livro raro.
Suas reivindicações incluíam muitas coisas: melhor salário, melhores condições de
trabalho, assistência médica extensiva a familiares.
Obs.: O aposto enumerativo é antecedido por dois-pontos. Isso cai muito em prova.

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III - resumitivo ou recapitulativo:


Glória, poder, dinheiro, tudo passa.
Obs.: O sujeito composto “glória, dinheiro, poder” é resumido pelo pronome indefinido tudo. É
termo também antecedido de vírgula.
IV - especificativo ou apelativo:
O compositor Chico Buarque é também um excelente escritor.
O estado é cortado pelo rio São Francisco.
O aposto especificativo, que não pede sinais de pontuação, indica o nome de alguém ou algo
dito anteriormente.
Observação:
O aposto também pode se referir a uma oração:
Esforcei-me bastante, o que causou muita alegria em todos.
Obs.: Palavras como o, coisa, fato etc. podem referir-se a toda uma oração.

1.1.7 Vocativo

O nome vocativo nos faz pensar em várias palavras ligadas à ideia de “chamar”, “atrair a
atenção”: evocar, convocar, evocação, vocação. Vocativo é justamente o nome do termo sintático
que serve para nomear um interlocutor a que se dirige a palavra. É um termo independente: não faz
parte do sujeito nem do predicado, de valor exclamativo, muitas vezes confundido com o aposto,
pois exige vírgulas. Pode aparecer em posições variadas na frase.
Márcia, pegue o seu exemplar.
Veja, menina, aquela árvore.
Estamos aqui, papai.
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que
se está dirigindo a palavra. Numa oração como a primeira, não se deve confundir o vocativo
“Márcia” com o sujeito oculto da forma imperativa “pegue”, que é “você”.

1.1.8 Elipse do verbo (vírgula vicária)

É lícito suprimir o verbo ou outra palavra, os quais estejam facilmente subentendidos no


contexto:
Nós falamos de fatos concretos e vocês, de hipóteses remotas.
(= e vocês falam de hipóteses remotas)
As ruas estão esburacadas; os postes, sem luz.
(= os postes estão sem luz)

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(INAZ do Pará / FunGota de Araraquara-SP Advogado 2018)


A partir da leitura do trecho: “Em agosto foi aprovado nos EUA o primeiro tratamento comercial
para um tipo de leucemia com mau prognóstico e em 2018 são esperados os resultados das
primeiras terapias experimentais [...]”, considerando os critérios para o emprego da vírgula, pode-
se afirmar que:
A) O termo “nos EUA” deveria, obrigatoriamente, estar entre vírgulas por se tratar de um aposto.
B) Deveria ocorrer após o termo “em 2018”, para separar orações justapostas.
C) O termo “em 2018” deveria, obrigatoriamente, estar entre vírgulas por se tratar de um
adjunto adverbial breve.
D) Após o termo “em agosto”, é facultativo, por se tratar de um adjunto adverbial breve.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o adjunto adverbial de lugar “nos EUA” é de pequena
extensão e está intercalado. Assim, a dupla vírgula é facultativa.
A alternativa (B) está errada, pois o adjunto adverbial de tempo “em 2018” é de pequena
extensão e está intercalado. Assim, a dupla vírgula é facultativa, não cabendo apenas uma.
A alternativa (C) está errada, pois o adjunto adverbial de tempo “em 2018” é de pequena
extensão e está intercalado. Assim, a dupla vírgula é facultativa, e não obrigatória.
A alternativa (D) é a correta, pois o adjunto adverbial de tempo “Em agosto” é de pequena
extensão e está antecipado. Assim, a vírgula é facultativa.
Gabarito: D
(VUNESP / Prefeitura de Suzano - SP Professor 2018)
Assinale a alternativa em que as vírgulas estão corretamente empregadas, de acordo com a norma-
padrão da língua.
(A) No passado, os grandes pensadores do Iluminismo, ocupavam-se em refletir sobre a condição
humana.
(B) Por razões didáticas e para possibilitar, maior aprofundamento no conhecimento, os domínios
do saber foram separados.
(C) Novos desafios para a aprendizagem surgiram, com a separação, das disciplinas por áreas de
conhecimento.
(D) Mesmo em áreas específicas de conhecimento há, distâncias a serem transpostas, para a
efetivação da aprendizagem.
(E) O psicólogo cognitivista Steven Pinker chama a atenção, em seu livro recente, para a relevância
de análises quantitativas.

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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver vírgula entre sujeito e verbo. Note
que “No passado” é um adjunto adverbial antecipado e está corretamente separado por vírgula.
Veja a correção:
No passado, os grandes pensadores do Iluminismo ocupavam-se em refletir sobre a condição
humana.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “possibilitar” é transitivo direto e “maior
aprofundamento” é o objeto direto, por isso não cabe vírgula entre eles. Como toda a estrutura
adverbial “Por razões didáticas e para possibilitar maior aprofundamento no conhecimento” está
antecipada, a vírgula está corretamente empregada. Veja a correção:
Por razões didáticas e para possibilitar maior aprofundamento no conhecimento, os domínios do
saber foram separados.
A alternativa (C) está errada, pois o substantivo “separação” não pode ser separado por
vírgula do complemento nominal “das disciplinas”. Como se pode entender a expressão “com a
separação” como adjunto adverbial, a vírgula está correta. Veja a correção:
Novos desafios para a aprendizagem surgiram, com a separação das disciplinas por áreas de
conhecimento.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “há” é transitivo direto e “distâncias” é o objeto
direto, o qual não pode ser separado por vírgula. Como a expressão “para a efetivação da
aprendizagem” é um adjunto adverbial, pode ser separado por vírgula. Veja a correção:
Mesmo em áreas específicas de conhecimento há distâncias a serem transpostas, para a efetivação
da aprendizagem.
Observação: Na aula de concordância, veremos a transitividade do verbo “haver”, no sentido
de existir.
A alternativa (E) é a correta, pois a expressão “em seu livro recente” é um adjunto adverbial
intercalado, por isso pode ficar separado por dupla vírgula.
O psicólogo cognitivista Steven Pinker chama a atenção, em seu livro recente, para a relevância de
análises quantitativas.
Gabarito: E

(Gualimp / Câmara Municipal Conceição da Barra Assistente de Controle Interno 2018)


Analisando-se o trecho abaixo retirado do texto, manteria a sua correção gramatical e o seu sentido
original caso isolássemos entre vírgulas a palavra:
“O local de pouso na cratera Jezero oferece terreno geologicamente rico, com formações de terras
de até 3,6 bilhões de anos, que poderiam potencialmente responder questões importantes em
evolução planetária e astrobiologia”, [...]’
(A) “O local”
(B) “terreno”
(C) “formações”

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(D) “potencialmente”
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o termo “O local” é sujeito da oração “O local de
pouso na cratera Jezero oferece”. Portanto, não podemos isolar com vírgulas o sujeito da oração.
A alternativa (B) está errada, pois o termo “terreno” é objeto direto do verto transitivo direto
“oferece”. Logo, não podemos isolar com vírgulas o objeto do verbo.
A alternativa (C) está errada, pois o termo “formações” é o núcleo do adjunto adverbial “com
formações de terras de até 3,6 bilhões de anos”. Logo, não podemos isolá-lo com vírgulas.
A alternativa (D) é correta, pois o termo “potencialmente” é um adjunto adverbial deslocado.
Assim, poderíamos colocá-lo entre vírgulas e a correção gramatical e o sentido do enunciado seriam
mantidos. Veja:
“O local de pouso na cratera Jezero oferece terreno geologicamente rico, com formações de terras
de até 3,6 bilhões de anos, que poderiam, potencialmente, responder questões importantes em
evolução planetária e astrobiologia”.
Gabarito: D

(FCC / TRT 24ªR Técnico Judiciário – 2017)


As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas
em cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora, podem retratar tipos humanos e
costumes da região.
Após o deslocamento da expressão destacada, sem alterar o sentido da frase original, o uso da
vírgula fica correto em:
a) As peças em geral além da fauna e da flora, trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e
costumes da região.
b) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são
feitas nas cores da paisagem regional e podem além da fauna e da flora, retratar tipos humanos e
costumes da região.
c) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, além
da fauna e da flora são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e
costumes da região.
d) Além da fauna e da flora as peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, podem retratar tipos humanos e
costumes da região.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são
feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região, além
da fauna e da flora.
Comentário: Primeiramente, devemos notar que a expressão “além da fauna e da flora” faz parte
do grupo de palavras denotativas de adição, as quais têm, quanto à pontuação, comportamento
semelhante ao dos adjuntos adverbiais.

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É importante notar que, quando o adjunto adverbial de grande extensão estiver intercalado,
deve ficar entre duas vírgulas. Devido a isso, eliminamos as alternativas (A), (B).
Note que tal expressão é adicionada à informação “tipos humanos e costumes da região”.
Assim, entendemos que as peças em geral podem retratar tipos humanos e costumes da região e
também a fauna e da flora. Assim, a expressão “da fauna e da flora” deve se encontrar na última
oração.
Por isso, eliminamos também as alternativas (C) e (D).
Dessa forma, a alternativa (E) é a correta. Compare as duas frases: a original e a desta
alternativa:
As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas
em cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora, podem retratar tipos humanos e
costumes da região.
As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas
nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região, além da
fauna e da flora.
Gabarito: E

(Gualimp / Câmara Municipal Conceição da Barra Assistente de Controle Interno 2018)


Fragmento de texto: [...] disse Thomas Zarbuchen, administrador associado do Diretório de Missões
Científicas da NASA.
A vírgula imediatamente após a palavra “Zurbuchen” foi empregada para isolar:
(A) Elementos explicativos.
(B) Uma locução adverbial.
(C) O vocativo da oração.
(D) Uma oração coordenada sindética.
Comentário: O termo “administrador associado do Diretório de Missões Científicas da NASA” é
aposto explicativo do nome “Thomas Zarbuchen”. Assim, a vírgula imediatamente após a palavra
“Zurbuchen” foi empregada para isolar elementos explicativos.
Portanto, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

(FCC / SEGEP MA Auxiliar de Fiscalização – 2018)


Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois grupos: os tupis e os jês.
Os dois-pontos no trecho acima introduzem duas noções, simultaneamente, denominadas
a) enumeração e exemplificação.
b) enumeração e justificativa.
c) exemplificação e justificativa.

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d) explicação e exclusão.
e) exclusão e enumeração.
Comentário: A expressão “os tupis e os jês” ocupa a função de aposto enumerativo. Tal termo é
empregado para explicitar e exemplificar os “dois grupos”. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

(IADES / CFM - Analista de Tecnologia da Informação – 2018)


Fragmento de texto: Seu contato com as pesquisas de Manguinhos levaram o criador de Emília,
integrante da célebre turma do Sítio do Picapau Amarelo, a alterar completamente a concepção de
um de seus famosos personagens, o Jeca Tatu, e engajar-se em uma campanha pelo saneamento do
País: “O Jeca não é assim: está assim, e podemos mudar sua realidade.”
O trecho sublinhado no texto está isolado pela pontuação e exerce a função sintática de
A) adjunto adverbial.
B) aposto.
C) complemento nominal.
D) adjunto adnominal.
E) vocativo.
Comentário: A alternativa (B) é a correta, pois o termo “integrante da célebre turma do Sítio do
Picapau Amarelo” é aposto explicativo, o qual esclarece o nome “Emília”.
Gabarito: B

(CETREDE/PREFEITURA MUNICIPAL DE CANINDÉ-CE -AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO 2018)


Marque a opção em que a vírgula foi usada para separar o vocativo.
a) Brasília, Capital da República, foi fundada em 1960.
b) Minha casa tem quatro dormitórios, dois banheiros, três salas e bom quintal.
c) Eles gritavam. Eu, porém, nem me incomodava.
d) O tempo não é, meu amigo, aquilo que você pensou.
e) Casaram-se às nove horas. Duas horas depois, estavam separados.
Comentário: Sabendo-se que o vocativo é o termo que transmite a noção de chamamento, a frase
que apresenta tal termo é “O tempo não é, meu amigo, aquilo que você pensou.”.
Assim, “meu amigo” é o chamamento de alguém, é o vocativo. Por isso, a alternativa (D) é a
correta.
Gabarito: D

(IDECAN / IPC - ES - Procurador Previdenciário I – 2018)


Em “Júnior, hoje jantaremos fora!”, a presença da vírgula é obrigatória porque serve para:

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A) Isolar o vocativo.
B) Isolar o adjunto adverbial deslocado.
C) Separar orações coordenadas.
D) Intercalar expressões explicativas.
Comentário: Podemos entender que o nome próprio “Júnior” é o chamamento do interlocutor, é o
vocativo, a quem a pessoa se dirige. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

(FCC / PM AC Soldado – 2017)

(WALKER, Mort. Recruta Zero. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br)


O emprego da vírgula em Zero, quero a trincheira ali! tem a função de destacar o vocativo na oração,
assim como na frase:
a) Se os senhores precisarem de algo, chamem nossos comissários de bordo, que lhes atenderão
prontamente.
b) O avião irá decolar, os senhores devem permanecer com os cintos de segurança atados
durante a viagem.
c) Em caso de emergência, os senhores terão duas saídas, uma na parte dianteira e outra na
parte traseira da aeronave.
d) Senhores, permaneçam em seus assentos enquanto as luzes de suas cabines estiverem
apagadas.
e) Nós, comissários e pilotos, esperamos que os senhores apreciem nosso serviço de bordo.
Comentário: A vírgula empregada em “Zero, quero a trincheira ali!” ocorre para separar o vocativo,
termo que transmite noção de chamamento. O mesmo ocorre na alternativa (D), pois “Senhores”
também é um chamamento, um vocativo.
A alternativa (A) está errada. Veremos nas aulas posteriores que a oração subordinada
adverbial antecipada “Se os senhores precisarem de algo” deve ser seguida de vírgula. Além disso, a
oração subordinada adjetiva explicativa “que lhes atenderão prontamente” é precedida de vírgula.
A alternativa (B) está errada. Veremos nas próximas aulas que as orações coordenadas
assindéticas são separadas por vírgula.

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A alternativa (C) está errada, pois a primeira vírgula separa o adjunto adverbial antecipado
“Em caso de emergência” e a segunda vírgula separa o aposto enumerativo.
A alternativa (E) está errada, pois as duas vírgulas separam o aposto explicativo intercalado
“comissários e pilotos”.
Gabarito: D

(Gualimp / Câmara Municipal de Nova Venécia - Técnico Legislativo 2018)


“Difícil de carregar. Pior ainda, de funcionar.”
A vírgula empregada na frase é assim justificada:
(A) Separar aposto.
(B) Separar vocativo.
(C) Marcar oração deslocada.
(D) Marcar omissão de um termo.
Comentário: A vírgula foi empregada em “Difícil de carregar. Pior ainda, de funcionar.” para marcar
a elipse (omissão) do substantivo “difícil”, evitando, assim, a sua repetição.
Portanto, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

2 – PONTUAÇÃO (NÍVEL PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO)


Nesta segunda parte da aula, trabalharemos o período composto por coordenação,
abordando o princípio gramatical de frase, período e oração, o uso das conjunções e da pontuação.
Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a diferença entre frase,
período e oração.

1 – FRASE

Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. Podemos dizer que o
sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem quando houver as seguintes pontuações
finais (. ! ? : ...). Com isso, a próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula.
Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação.
O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A frase terminada com
esta pontuação é chamada de frase declarativa:
As aulas terminaram mais cedo.

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O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um sentimento. A frase


terminada com esta pontuação é chamada de frase exclamativa:
Socorro! Ajude-me!
O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:
Por que você não veio ontem?
Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção do leitor:
O rombo da corrupção? O povo paga.
Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma bem objetiva: O povo
paga o rombo da corrupção.
Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo que poderia ser
apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima.

(IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ens. Fundamental Anos Iniciais 2019)

O sinal de pontuação exclamativo está sendo utilizado na tirinha de maneira recorrente. No primeiro
e no terceiro quadrinho o sinal é utilizado predominantemente para:
A) dar ênfase a alguma coisa.
B) isolar frases.
C) isolar expressões explicativas.
D) indicar dúvida ou hesitação.
E) para separar os itens de uma sequência.

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Comentário: A exclamação é utilizada para transmitir certa emoção. Nesses quadrinhos, tal
expressividade se envolve na ênfase. Assim, após observar as demais alternativas, notamos que, por
exclusão, cabe apenas a alternativa (A).

Gabarito: A

(IDECAN / Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG Agente – 2014)


Em “O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil
conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?” (3º§), o ponto de
interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) exprimir espanto.
b) finalizar frase imperativa.
c) indicar continuação de um fato.
d) realizar pergunta, questionamento.
Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta,
questionamento. Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

(IDECAN / DETRAN-RO Agente – 2014)


No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas
estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) indicar pergunta.
b) exprimir admiração.
c) realçar uma palavra ou expressão.
d) fechar período de frases imperativas.
e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada.
Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta,
questionamento. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente cobrados nas provas,
mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Os outros empregos dessa pontuação
serão vistos adiante e em outras aulas. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma
citação, a fala de alguém, o recorte de um outro texto. Veja:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que transmite exatamente a fala
de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”.

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Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’ seria a voz do
personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.
Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” do personagem.
Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte quando necessário. Veja:
Discurso direto:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Discurso indireto:
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.
Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o uso das aspas, o que
nos ajudará bastante nas questões que envolvem citações.
Aspas
As aspas são empregadas:
a. Em citações textuais diretas:
O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.”
O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?”
Alguém comentou: “Não acredito!”
Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser usadas quando se quer
dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em particular:
O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou
destaque)
O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras usadas
pelo Ministro)
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica numa
palavra, sobressaindo uma ideia)
b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra:
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da carga
tributária, arrocho salarial, alta da inflação, perda do poder de compra...
Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso de pronunciamento oral,
indicarão a ironia ou impropriedade.
c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras estrangeiras ainda não
incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o seu uso no texto:
Essa manobra tem ar de “maracutaia”.
O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria dos
presentes, que era de leigos.
Favor dar um “feedback” confirmando sua presença.

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d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições, exemplificações e


assemelhados:
Foi discutida a “privatização das universidades federais” no encontro de reitores.
O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um conjunto é o
“máximo divisor comum”.
Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-, “contra”.
Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”...
Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma real”.

(VUNESP / PC-SP Escrivão de Polícia Civil 2018)

Acerca do emprego de aspas no primeiro e no segundo quadrinho da tira, é correto afirmar que,
a) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que a personagem quer destacar; no segundo, marcam
o emprego de palavra descontextualizada.
b) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que está sendo lida; no segundo, marcam uma
expressão de gíria.
c) no primeiro, as aspas sinalizam a citação de uma frase; no segundo, dão destaque a uma palavra.
d) em ambos, as aspas sinalizam expressões empregadas em sentido figurado pelo menino Calvin.
e) em ambos, as aspas sinalizam a fala da personagem que faz a pergunta ao tigre Haroldo.
Comentário: A expressão “Duas milhas marítimas é igual a dois nós.” é uma frase escrita em um
livro. Assim, as aspas sinalizam a citação de uma frase, a qual está sendo neste momento. Assim,
podemos excluir as alternativas (A), (D) e (E).
A palavra “nós”, no segundo quadrinho, é um destaque à palavra, e não uma gíria. Assim, a
alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

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(VUNESP / Prefeitura de Barretos – SP Agente de Comunicação Social 2018)


Fragmento de texto: O que conta é ser “reconhecido” pelos próprios semelhantes, mas não no
sentido do reconhecimento como estima ou prêmio, mas naquele mais banal que faz com que
alguém possa dizer ao vê-lo na rua: “Olhe, é ele mesmo!”. O valor predominante é aparecer e
naturalmente o meio mais seguro é a TV. E não é necessário ser um renomado economista ou um
médico agraciado com o prêmio Nobel, basta confessar num programa lacrimogêneo que foi traído
pelo cônjuge.
Nas frases do 3° parágrafo – O que conta é ser “reconhecido”… / “Olhe, é ele mesmo!”. –, as aspas
são empregadas, respectivamente, para
a) intensificar o sentido da palavra / destacar a ironia presente na expressão.
b) questionar o sentido da palavra / acentuar o valor significativo da expressão.
c) relativizar o sentido da palavra / indicar uma fala atribuída a outra pessoa.
d) acentuar o significado da palavra no texto / indicar que a expressão introduz um diálogo.
e) realçar a ironia presente na palavra / destacar o efeito de sentido da expressão no texto.
Comentário: Note que as aspas na palavra “reconhecido” sinalizam um sentido diferente, o que é
comprovado em seguida na expressão “não no sentido do reconhecimento como estima ou prêmio,
mas naquele mais banal que faz com que alguém possa dizer ao vê-lo na rua”. Assim, podemos
entender que houve uma relativização do sentido da palavra, isto é, esse sentido tem uma relação
direta com o contexto.
A expressão “Olhe, é ele mesmo!” é uma suposta frase que alguém teria dito. Assim, as aspas
sinalizam a citação direta, o discurso direto.
Dessa forma, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

(VUNESP / MPE-SP Analista Jurídico do Ministério Público 2018)


Fragmento de texto: Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os contornos
desse hipotético fim: se a democracia chegar ao seu termo, não teremos uma repetição da década
de 1930, defende. Não teremos violência de massas, movimentos armados, tanques nas ruas.
Vivemos em sociedades radicalmente diferentes – mais afluentes, envelhecidas, conectadas. E, além
disso, conhecemos o preço da brutalidade autoritária e totalitária. As nostalgias reacionárias são
coisa de jovens: eles desejam o que ignoram e ignoram o que desejam.
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo:
pela gradual suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização
dos freios e contrapesos do regime.
A democracia só sobrevive porque somos capazes de gerir as nossas frustrações quando os
resultados nos são desfavoráveis. Essa tolerância diminui de ano para ano.

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E diminui sob o chicote das redes sociais. Runciman acredita que o principal problema do mundo
virtual está no poder praticamente ilimitado que os gigantes tecnológicos exercem sobre os
usuários.
Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre
os poderes Executivo, Legislativo e até Judiciário. A democracia representativa, como a expressão
sugere, sempre foi um compromisso feliz entre a vontade do povo e a capacidade dos mais
preparados de filtrar as irracionalidades do povo.
Em passagens de vários parágrafos do texto o autor emprega dois-pontos. É correto afirmar que ele
se vale desse recurso de pontuação para
a) apresentar ideias que contrastam com outras precedentes, tal como ocorre nas passagens em
que se emprega travessão.
b) introduzir esclarecimentos acerca de ideias que apresenta, tal como ocorre nas passagens em que
se empregam travessão e parênteses.
c) fazer retificações necessárias para orientação do leitor, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam parênteses.
d) pôr em xeque pontos de vista defendidos por outrem, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam travessão e parênteses.
e) inserir comentários cuja pertinência é questionável no contexto, tal como ocorre nas passagens
em que se emprega travessão.
Comentário: Note que os segmentos sublinhados abaixo, após o sinal de dois-pontos, não
contrastam ideias, nem fazem retificação, nem colocam em xeque, nem há pertinência questionável.
Por isso eliminamos as alternativas (A), (C), (D) e (E).
Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os contornos desse hipotético fim:
se a democracia chegar ao seu termo, não teremos uma repetição da década de 1930, defende.
As nostalgias reacionárias são coisa de jovens: eles desejam o que ignoram e ignoram o que desejam.
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo:
pela gradual suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização
dos freios e contrapesos do regime.
Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre
os poderes Executivo, Legislativo e até Judiciário.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em diversas situações, as quais
serão vistas adiante.
Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a declaração que vinha
sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas
vezes o autor usa esta continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.

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Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita
munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e...
Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011,
em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer
nossa atenção ao problema.

Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também pode ser expresso
por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a qual significa “e as demais coisas”, muito
usada para que o leitor entenda que a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem
a informação necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte.
Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre o uso deste sinal de
pontuação:

Reticências
As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso sobretudo literário),
para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar a omissão de partes de um texto. Nesses
dois últimos casos, são usadas:
a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está incompleta:
Se o projeto será aprovado? Bem...
b. Para indicar hesitação:
Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo.
c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos, quando o orador é
interrompido):
– O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração)
– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe)
– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da
declaração, após a interrupção. Em seguida, foi concedida a palavra a outrem)
d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida, recomendando-se neste
caso o seu emprego entre colchetes:
“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.”
(CF, art. 182)

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Vivendo e...
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse
equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a
precisão que eu tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira
vez, o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude.
Gude era gude.
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando
pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento
das mãos. Hoje não sei que jeito é esse. [...]
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)
O emprego das reticências no título, sugere:
a) a incapacidade do autor em completar a ideia.
b) a caracterização de uma enumeração infinita.
c) um convite para que o leitor reflita sobre o tema.
d) a sinalização de um questionamento do leitor.
e) a representação de uma ideia polêmica.
Comentário: As reticências normalmente indicam que o leitor deve pensar para completar o
pensamento. Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

(Consulplan / CODESP Agente Comunitário – 2012)


Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda
a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua
casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus
dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma
gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma
pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas
que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que
sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores,
dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento
físico. Na maioria das vezes são dores na alma.

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Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para


A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta.
B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato.
C) acrescentar uma reflexão.
Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto nos mostra que não
houve expressão de indignação, explicação ou interrogativa.
Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas perceba que é o
parágrafo posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não o emprego das reticências. Assim, a
alternativa (E) é a correta, pois a esposa recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso
das reticências, houve algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de serem
expressas no texto, para ficarem no imaginário do leitor.
Gabarito: E

(Consulplan / Prefeitura C.V. Oficial Administrativo – 2010)


Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber das
novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma
enorme cabeça do Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de
alguém que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular ou internet,
e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de escrever. Isso tem 20 anos. O resultado
é que nos encontrávamos mais. Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as
pessoas.
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho anterior, as
reticências (...) foram utilizadas para:
A) Separar palavras da mesma classe gramatical.
B) Indicar continuação do pensamento.
C) Abreviar.
D) Suprimir, intencionalmente o verbo.
E) Destacar termos explicativos enfáticos.
Comentário: As reticências marcam aí uma pausa no discurso para uma interpretação a mais do
leitor: fazê-lo comparar, aprofundar no tema, naquilo que foi dito. Esse recurso é muito utilizado em
crônicas, pois o autor quer chamar a atenção de quem está lendo sobre o assunto.
Assim, entendemos que há uma continuação do pensamento, e a alternativa correta é a (B).
De acordo com a alternativa (A), para separarmos palavras de mesmo valor, usamos a
enumeração por meio de vírgulas.
De acordo com a alternativa (C), não há uma pontuação específica para abreviar. Isto depende
muito do contexto, e não cabe esta interpretação neste trecho do texto.

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De acordo com a alternativa (D), a supressão intencional do verbo é chamada de elipse verbal.
Neste caso inserimos uma vírgula. Veja: Eu estudo Matemática; você, Português.
A vírgula após a palavra “você” indica que o verbo “estuda” foi omitido para evitar repetição
de palavra.
De acordo com a alternativa (E), para destacarmos termos explicativos enfáticos, podemos
separar por travessões, vírgulas ou parênteses. Veja:
No ano passado, fui a Brasília (polo da representatividade democrática brasileira).
Gabarito: B

(Fund. Dom Cintra / IBASCAF Advogado – 2011)


Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-
homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa
que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel
e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na
parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o
pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre
por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra
se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas.
“Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no
chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego
da abreviatura etc no final desse período indica que:
A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita.
B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da escrita.
C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de alusões.
D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de expectativa que
favorece o riso.
E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer todos os detalhes
informativos ao leitor.
Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita, fatalmente a
enumeração seria tão extensa que o texto perderia o foco, o seu motivo. Assim, foi utilizado o
recurso da abreviatura “etc”, para mostrar ao leitor que as etapas foram várias, mas não interessava
listar todas ao leitor. Dessa forma, a alternativa correta é a (B).
A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de citar todas. Isso não
ocorreu por esquecimento.
A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em que o autor insere
uma expressão ou nome que faz referência (alusão) a um feito, uma virtude, uma moral. Exemplo:
Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates.

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Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”, como uma crítica à
presunção de inteligência de alguém.
Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc” deste texto.
A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada, na linguagem, com a
adversidade, oposição, contraste, por meio de conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”.
A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os detalhes, a abreviatura
“etc” não poderia ter sido usada, pois todos os elementos da enumeração deveriam ter sido
elencados.
Gabarito: B

Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.

2 – PERÍODO

Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.


Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido
completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá.
Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja:
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.
Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo.
Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de frase nominal.
Como o período deverá ter sentido completo, então a pontuação final dele deve ser a mesma
da frase: . ! ? : ...
Agora veremos a oração.

3 – ORAÇÃO

A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.


Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque, além
de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo diferente.
Assim, vejamos:

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1. “Socorro!” (apenas frase)


2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)
3. “Olá!” (apenas frase)
4. “Você está bem?” (frase, período e oração)
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações)
Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período
simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período
simples é também uma oração absoluta.
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com
“Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”.
Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o
mesmo que uma frase, portanto terá a mesma pontuação final de uma frase: . ! ? : ...
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração
dentro de um período composto é o nosso foco nesta e na próxima aula. Por isso dizemos que, além
da pontuação final vista acima, a oração pode ser sucedida por: ,; ─ e às vezes não receberá
nenhuma pontuação.
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por
subordinação. Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome
conforme sua função. Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica
também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação.

4 – DIFERENÇA ENTRE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:

1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova,
4
passará no concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que
temos também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto.
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso.”. Para que alguém consiga esse
resultado, deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as
atividades, ficar calmo durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as

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chamamos de estruturas coordenadas. Elas estão justapostas porque todas possuem o mesmo valor:
condição.
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. Mas perceba também que
a junção destas três condições (estruturadas em coordenação) foi necessária para se ter um
resultado: “passará no concurso”.
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso,
além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de
subordinação. Elas precisam de outra para terem sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração
4, ela teria sentido?

1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova

...

Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras
(subordinadas) tenham sentido.
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas,
paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4
(principal).
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração coordenada se liga a outra
também coordenada (ou também chamada de oração inicial).
A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. Veja:
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”
Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”,
“frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A enumeração de substantivos ocorre em qualquer
termo composto da oração (mais de um núcleo).
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser
substantivos (quando queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e
verbos (quando queremos demonstrar uma sequência de ações).
Veja:

1
Enumeração de substantivos:
Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.
Enumeração de adjetivos:
2
Achei a pintura clara, intrigante, linda!
Sequência de ações
3
Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa.

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Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar a vírgula após os
vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, respectivamente)? Lógico que não. Mas
isso não é novidade, não é?
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos
coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar
separado pela conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório.
Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”.

(IBFC / MGS Técnico Contábil – 2017)


Texto II
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão
Família êh!
Família áh!
Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:
a) indicar uma sequência infinita de termos.
b) separar elementos de uma enumeração.
c) marcar uma pausa longa entre as palavras.
d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.
Comentário: As vírgulas separam os substantivos enumerados “Família”, “família”, “Papai”,
“mamãe”, “titia”, “Família”, “família”. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

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(IDECAN / Prefeitura de Marilândia - ES Auxiliar Adm – 2016)

No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha e
um celular.", as vírgulas foram utilizadas para
a) exprimir espanto.
b) separar enumerações.
c) marcar pausa de longa duração.
d) destacar informações importantes.
Comentário: Vimos que os termos enumerados, coordenados são separados por vírgulas, o que
ocorreu em “um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha”.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

(IBFC / EBSERH UFSC Assistente Administrativo – 2016)


Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte.
“as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam indolentes,
imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”(1º§)
Ocorre, nessa passagem destacada, um predomínio de orações:
a) subordinadas adverbiais.
b) subordinadas adjetivas.
c) subordinadas substantivas.
d) reduzidas.
e) coordenadas.
Comentário: No segmento “as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se
balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”, as duas primeiras

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orações grifadas são coordenadas assindéticas e a última é coordenada sindética. Há apenas uma
oração subordinada (“que se balançavam indolentes”).
Assim, predominam neste período orações coordenadas e a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

(Consulplan / MAPA Administrador – 2014)


Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o motivo pelo qual as
vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o
debate, a controvérsia.”.
A) Separar uma enumeração.
B) Separar expressões retificativas.
C) Separar uma aposição explicativa.
D) Separar termos que serão retomados por pronome.
Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados “conversação entre iguais”, “a
polêmica”, “o debate” e “a controvérsia”. Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta.
Gabarito: A

2.4.1 Conjunções coordenativas

Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de cada estrutura
coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores
semânticos, de acordo com o esquema a seguir:

Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos
coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.

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A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma
oração coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai
depender de seu valor semântico, conforme apontado no esquema acima.
Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso a chamamos de
orações coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória,
independente do sentido. Exemplo:
Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)
Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)
Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e a possibilidade de
troca de conjunções de mesmo sentido.
Vejamos os principais valores:

i) Aditivas

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma
lógica. As principais são:
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como.
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias.
Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do
período composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção
aditiva, como os mostrados acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos
exemplos.
Ex.: Ele não caminha nem corre.
Josefina não trabalha, tampouco estuda.
Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.
A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:
a) quando o sujeito for diferente:
Ana estudou, e Jucélia trabalhou.
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa.
b) quando o sentido for de contraste, oposição:
Estudei muito, e não entendi nada.

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Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma
contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Apesar de
alguns autores usarem esta estrutura sem a vírgula, a norma culta a exige. Assim, pode-se considerá-
la como obrigatória.
c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no
texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:
Enumeração subjetiva:
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.
A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou
tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.
A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de
subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção para aumentar a força nos
argumentos.
Agora, vejamos a enumeração objetiva:
Enumeração objetiva:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.
A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou
tranquila, realizou a prova e saiu confiante.
Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar
aquilo que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa
enumeração subjetiva.
Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias.
Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem
prejuízo gramatical. Veja:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.
A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou
tranquila, realizou a prova, saiu confiante.
A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da
enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas.
Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos
enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja:
Uso do ponto e vírgula:

Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se
bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes.

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Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula, porque
há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório, porém
transmite maior clareza na enumeração. Assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e”
que une os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é utilizada para que
o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o penúltimo (5) como apenas um.
Assim veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da vírgula quando há
enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões internas, como visto anteriormente. Isso torna
o texto mais claro ao leitor. Exemplo:
A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do processamento com
particularidades ainda não plenamente entendidas por funcionários antigos; essa lógica tem trazido
prejuízos àqueles que não se adaptam ao novo.

ii) Adversativas

As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As


principais são:
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

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Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e
podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não
obstante, apesar disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções.
Ex.: Estudou muito, mas não passou.
Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.
Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos
básicos.
Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade
do planeta.
O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.
Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da oração, as conjunções
porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a capacidade de mobilidade, podendo se
posicionar também no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.
As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento
dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes
exemplos, pode ser substituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções
entretanto, contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas
acima.
Uso do ponto e vírgula:
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-se substituir a vírgula
que separa as orações adversativas por ponto e vírgula, quando há divisão interna. Veja:
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.
Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como
visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão
por ponto e vírgula. Veja:
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.
Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a
conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante.
Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.

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iii) Alternativas

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em cada uma das orações.
Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente não são separadas por vírgula.
Veja as principais conjunções:
ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
Ex.: Faça este trabalho novamente, ou procure outro emprego.
A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada pela banca FCC como conectivo de
orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos.
Inclusão:
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)
Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual dos termos, os dois
possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro possuem as características de bons candidatos.
Exclusão:
João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)
Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá Pedro e vice-versa.
Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor conjuntivo
indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser
duplos e iniciar cada uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece
por bons autores separando orações cujo conectivo é repetido:
Ora narrava, ora comentava.

iv) Conclusivas

A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados exemplos destas
construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a obrigatoriedade ou não deste sinal de
pontuação. Ele simplesmente pode ocorrer, é o registro mais aceitável.

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As conjunções coordenadas conclusivas são muito utilizadas em textos dissertativos, como


resultado de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As principais
conjunções são:
logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista
disso.
Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas.
O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente.
Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria.
Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil.
Estudou, então passou.
Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas conclusivas também
têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final da oração,
com vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.
Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se
após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda é a conclusiva. Note o último exemplo da
sequência anterior.
Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este tipo de oração
encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de
gerúndio, a qual será mais explorada adiante.
O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica ascensional.
As questões pedem muitas vezes para transformar essa oração reduzida em desenvolvida,
com as conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”. Neste caso, essa conjunção, além de ter
valor adicional, terá também o de conclusão. Veja:
O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória econômica
ascensional.
O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória econômica ascensional.
O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica ascensional.

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v) Explicativas

As conjunções coordenadas explicativas iniciam termo que esclarece uma declaração anterior
ou ameniza uma ordem.
As principais conjunções são:
porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.
As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é natural a banca
pedir para substituir essas conjunções explicativas por “uma vez que”, “já que”, etc.
Reconheceremos a seguir conjunções.
Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:
a) Esclarecimento de uma informação anterior:
Chorou muito, porque os olhos estão inchados.
Choveu durante a madrugada, pois o chão está alagado.
Era uma criança estudiosa, porquanto sempre tirava boas notas.
A vírgula neste caso é facultativa.
b) Amenização de uma ordem:
Volte logo, que vai chover.
A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada oração. A primeira
expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.
Tem sido cobrado bastante nas provas a inserção da conjunção coordenada explicativa com
a retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor semântico
da oração no texto. Veja os exemplos:
Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o vocábulo “Sua” mude a
inicial maiúscula para minúscula. Veja:
Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.(Note
que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.)
Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:

Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.

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Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de independentes. Isso porque
geralmente ela não depende de outra para fazer sentido.
Por esse motivo, muitas vezes podemos unir períodos simples e um único período composto e vice-
versa.

(VUNESP / Câmara de Monte Alto SP Auxiliar Técnico Legislativo 2019)


Assinale a alternativa em que, na reescrita da frase “Mas, nos últimos dez anos, o número de
imigrantes mexicanos nos EUA diminuiu...”, a substituição do termo em destaque mantém o sentido
original e o uso das vírgulas está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Nos, últimos dez anos portanto, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(B) Nos últimos, dez anos apesar disso, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(C) Nos últimos dez anos, contudo, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(D) Nos últimos dez anos, diminuiu por isso, o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(E) Nos últimos dez anos diminuiu, assim o número, de imigrantes mexicanos nos EUA...”
Comentário: A conjunção “mas” é coordenada adversativa, por isso pode ser substituída pela
conjunção coordenativa adversativa “contudo” e a alternativa (C) é a correta.
Note que “portanto”, “por isso” e “assim” apresentam valor conclusivo; e “apesar disso” é
expressão de valor adverbial concessivo.
Gabarito: C

(COPS-UEL / PC-PR Escrivão de Polícia 2018)


Fragmento de texto: As duas vítimas foram encaminhadas a um hospital e não correm risco de
morte. O primeiro deles, porém, corre o risco de ficar paraplégico, já que a bala se alojou na coluna.
Quanto ao uso de “porém”, em “O primeiro deles, porém, corre o risco de ficar paraplégico”,
considere as afirmativas a seguir.
I. O conectivo serve para pôr em oposição o risco de ficar paraplégico e a ausência de risco de
morte.
II. A conjunção serve para estabelecer oposição entre os estados de saúde das duas vítimas.
III. A conjunção está interposta entre o sujeito “O primeiro deles” e o verbo, o que requer que
ela esteja entre vírgulas.
IV. A conjunção pode ser deslocada para depois do termo “risco”, no mesmo período, sem exigir
vírgulas antes e após seu uso.
Assinale a alternativa correta.

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A) Somente as afirmativas I e II são corretas.


B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Comentário: A afirmativa I está correta, pois na oração anterior foi descartado o risco de morte,
contudo, há o risco da paraplegia. Assim, há uma oposição entre o risco de ficar paraplégico e a
ausência de risco de morte.
A afirmativa II está correta, pois o risco de morte foi descartado para as duas vítimas,
entretanto, apenas uma corre o risco de ficar paraplégica, havendo, portanto, a oposição entre os
estados de saúde das duas vítimas.
A afirmativa III está correta, pois a conjunção “porém” está entre o sujeito da oração “O
primeiro” e o verbo “corre”. Dessa forma, o conectivo está deslocado e a dupla vírgula é obrigatória.
A afirmativa IV está errada, pois, se a conjunção for deslocada para depois de “risco”, as
vírgulas continuam sendo obrigatórias. Observe:
O primeiro deles corre o risco, porém, de ficar paraplégico.
Portanto, as afirmativas I, II e II estão corretas e a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

(FCC / TRE SP Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: Sandberg, que mudou totalmente o conceito espectador/obra de arte com o
seu trabalho de duas décadas no Museu Stedelijk, de Amsterdã, iniciou sua palestra elogiando a
arquitetura do nosso MAM-RJ que, segundo ele, segue a sua teoria de que o público deve ver a obra
de arte de frente e não de lado, como acontece até agora com o museu convencional de quatro
paredes. O ideal, disse ele, é que as paredes do museu sejam de vidro e que as obras estejam à
mostra em painéis no centro do recinto. O museu não é uma estrutura sagrada e quem o frequenta
deve permanecer em contato com a natureza do lado de fora:
O museu não é uma estrutura sagrada e quem o frequenta deve permanecer em contato com a
natureza do lado de fora...
Quanto à pontuação do período acima, pode-se
I. acrescentar uma vírgula imediatamente antes da conjunção “e”, uma vez que separaria
orações com sujeitos diferentes.
II. substituir a conjunção “e” por dois-pontos, pois o que se segue pode ser entendido como
uma explicação da primeira parte da frase.
III. isolar com vírgulas a expressão “em contato”, uma vez que se trata de locução adverbial, sem
alteração do sentido original.
Está correto o que consta em

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(A) I e II, apenas.


(B) II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) II e III, apenas.
(E) I e III, apenas.
Comentário: A afirmação I está correta, pois a conjunção “e” separa orações de sujeitos diferentes.
Assim, a vírgula antes da conjunção “e” pode ser inserida. Veja:
O museu não é uma estrutura sagrada, e quem o frequenta deve permanecer em contato com a
natureza do lado de fora...
Para entendermos a afirmação II, devemos perceber que a conjunção “e” tem, originalmente,
o sentido de adição. Mas, contextualmente, pode-se entender um valor conclusivo ou até mesmo
explicativo. Para que isso fique claro, vamos, primeiramente, substituir a conjunção “e” pelo
conectivo conclusivo “por isso”. Veja:
O museu não é uma estrutura sagrada¹, por isso quem o frequenta deve permanecer em contato
com a natureza do lado de fora²...
Com isso, entendemos que a permanência em contato com a natureza do lado de fora² seria
o resultado, o efeito, a conclusão de o museu não ser uma estrutura sagrada¹.
Mas a questão afirmou que poderia haver valor de explicação nesta segunda oração. Dessa
forma, podemos perceber que houve uma afirmação de que o museu não é uma estrutura sagrada¹
e o esclarecimento dessa informação é o fato de que quem o frequenta deve permanecer em
contato com a natureza do lado de fora². Veja duas possibilidades de reescrita mantendo o sentido
explicativo (a primeira com conjunção, a segunda com dois pontos):
O museu não é uma estrutura sagrada¹, pois quem o frequenta deve permanecer em contato com a
natureza do lado de fora²...
O museu não é uma estrutura sagrada: quem o frequenta deve permanecer em contato com a
natureza do lado de fora²...
Assim, confirmamos que a oração coordenada aditiva pôde, contextualmente, mudar para o
sentido explicativo, sem prejudicar a coesão e a coerência no texto. Mudou-se o sentido, mas
permaneceu a lógica textual. Assim, a afirmação II está correta.
A afirmação III está errada, pois a expressão “em contato” encontra-se dentro do adjunto
adverbial “em contato com a natureza do lado de fora”, o qual pode ser precedido de vírgula, mas
não pode haver uma vírgula separando internamente tal termo sintático da oração.
Por tudo isso, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

(Fundatec / Pref Frederico Westphalen-RS Administrador – 2016)


Fragmento do texto: “A pessoa acaba demonstrando esses sinais de desgaste, e os outros
percebem. Às vezes, no ambiente organizacional, conta muito mais o que as pessoas percebem de

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você do que o trabalho que você realiza. Quando esse tipo de comportamento começa a aparecer,
é preciso parar e avaliar” – recomenda a psicóloga Ana Carolina da Silva, coordenadora do Escritório
de Carreiras da PUCRS.
Falta de entusiasmo, estagnação e __________ são outros indícios de que é preciso pisar no
freio e repensar a carreira. Sintomas físicos como febre, dores de cabeça e de barriga frequentes e
outras reações psicossomáticas também devem ser considerados como alerta, afirma o presidente
do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), José Roberto Marques.
O perfil dos empregados contemporâneos mudou. Atualmente, as cifras recebidas ao final do
mês nem sempre são determinantes para seguir ou não em uma empresa. As motivações internas
encabeçam a lista de prioridades da chamada geração Y. “Nas gerações dos nossos pais, o emprego
tinha como objetivo sustentar a família. Hoje, as pessoas querem ser felizes e buscam isso no
ambiente de trabalho” – aponta Ana Carolina.
Analise as seguintes assertivas a respeito da pontuação do texto e assinale V,
se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) O travessão da linha 14 poderia ser substituído por uma vírgula, sem acarretar incorreção à
frase.
( ) A vírgula da linha 1 é empregada para separar sujeitos diferentes.
( ) A vírgula da linha 6 é empregada para marcar um adjunto adverbial deslocado.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) F – V – F.
B) V – F – V.
C) F – F – V.
D) V – V – F.
E) F – F – F.
Comentário: A primeira afirmação é verdadeira, pois o travessão da linha 14 faz diferença entre a
fala de um personagem e a fala do narrador dentro de um discurso direto, o que pode ser sinalizado
por travessão ou vírgula. Assim, tal travessão pode ser substituído por uma vírgula, sem acarretar
incorreção à frase. Compare:
“Nas gerações dos nossos pais, o emprego tinha como objetivo sustentar a família. Hoje, as pessoas
querem ser felizes e buscam isso no ambiente de trabalho” – aponta Ana Carolina.
ou
“Nas gerações dos nossos pais, o emprego tinha como objetivo sustentar a família. Hoje, as pessoas
querem ser felizes e buscam isso no ambiente de trabalho”, aponta Ana Carolina.
A segunda afirmação é verdadeira. Para ficar mais claro, seria importante que a banca
simplesmente afirmasse que a vírgula está separando duas orações coordenadas aditivas,
enfatizando que cada uma possui um sujeito diferente. Bom, como sabemos que, para haver sujeitos
diferentes, deve haver orações diferentes (pois cada oração possui um só sujeito, seja ele simples,

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seja composto), essa afirmação de que a vírgula da linha 1 é empregada para separar sujeitos
diferentes faz subentender que separa orações com sujeitos diferentes. Como essas orações são
coordenadas aditivas, pode ocorrer vírgula.
A terceira afirmação é falsa, pois a vírgula está simplesmente separando os núcleos do sujeito,
e não adjunto adverbial.
Gabarito: D

(CRS PMMG / CFS QPPM – 2015)


O uso da vírgula está corretamente justificado em todas as alternativas abaixo, EXCETO:
A. ( ) “Cada sociedade tem os criminosos que merece, isto é, a prática do bem e do mal...” (ISOLAR
EXPRESSÃO EXPLICATIVA).
B. ( ) “A pena de morte tem como fundamento não o desejo de reparação ou de justiça, mas a sede
bruta de vingança”. (SEPARAR ORAÇÃO COORDENADA ADVERSATIVA).
C. ( ) “... através das vicissitudes do complexo de Édipo, temos que abrir mão de nossas primeiras –
e decisivas – paixões” (SUJEITO).
D. ( ) “A fome, a opressão espoliadora, o abandono da infância, o desemprego em massa, as
greves...” (separar os núcleos de um termo).
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois “isto é” faz parte de expressões denotativas de
explicação, por isso é separada por vírgula.
A alternativa (B) está correta, pois a conjunção “mas” é precedida de vírgula por iniciar oração
coordenada adversativa.
A alternativa (C) é a errada, pois a vírgula, neste caso, serve para separar o adjunto adverbial
deslocado “através das vicissitudes do complexo de Édipo”, e não um sujeito.
A alternativa (D) está correta, pois as vírgulas separam os núcleos enumerados, isto é, os
núcleos de um termo da oração.
Gabarito: C

5 – O COMENTÁRIO DO AUTOR / ORAÇÕES PARENTÉTICAS

Além das orações coordenadas, também são estruturas independentes as orações


intercaladas. Elas não fazem parte do grupo de orações coordenadas, pois são inserções feitas pelo
autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou
parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética ou comentário do autor e
transmite certos valores semânticos:
a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um dos meus melhores
amigos.

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b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:


D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada.
“Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces.” ( Machado
de Assis)
c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau:
José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe.
“É bem feiozinho, benza-o Deus, o tal teu amigo!” (Aluísio Azevedo)
d) escusa: o falante se desculpa:
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos
de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa frase bárbara) murmurei
comigo...” (Machado de Assis)
e) permissão: o falante solicita algo:
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu espírito era naquela
ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis)
f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado:
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui.
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo repreendeu
severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco)
Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.
g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:
“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos outros homens.”
(Machado de Assis)
“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório)
“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen)

(VUNESP / ISS Guarulhos – Inspetor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: O filme Roma está constantemente entre dois caminhos. É pessoal e grandioso,
popular e intelectual, tecnológico – rodado em 65 mm digital – e clássico – feito em preto e branco
com a mesma ousadia dos movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960. O título, uma
referência a Colonia Roma, bairro da Cidade do México, também remete a Roma, Cidade Aberta,
filme-símbolo do neorrealismo italiano assinado por Roberto Rossellini.

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As informações “rodado em 65 mm digital” e “feito em preto e branco com a mesma ousadia dos
movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960”, destacadas com travessões no
parágrafo, ligam-se, respectivamente, aos vocábulos tecnológico e clássico com o propósito de
(A) mostrar que são sinônimos.
(B) ilustrar a que se referem.
(C) contestar seus sentidos.
(D) apresentá-los como hipotéticos.
(E) distorcer seus significados.
Comentário: Certamente você notou que a expressão “rodado em 65 mm digital” serve para
comprovar que o filme é “tecnológico”. Além disso, notamos que a expressão “feito em preto e
branco com a mesma ousadia dos movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960”
comprova a característica dada pelo autor de “clássico”.
Assim, naturalmente eliminamos as alternativas (C) e (E), pois as expressões entre travessões
comprovam o sentido das palavras anteriores, e não as contestam ou as distorcem.
As expressões entre parênteses explicam e comprovam as palavras anteriores, por meio de
suas características, mas isso não quer dizer que sejam sinônimas das palavras anteriores. Assim,
eliminamos também a alternativa (A).
Tais expressões entre parênteses não são hipotéticas, não são suposições. Assim, eliminamos
também a alternativa (D), restando a (B) como a correta.
Gabarito: B
(VUNESP / C.M. Dois Córregos Oficial de Atendimento – 2018)
Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente Superior”, ou HSAM na sigla em
inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
O travessão introduz, com relação ao que se afirma anteriormente, uma informação com sentido
(A) explicativo.
(B) hipotético.
(C) corretivo.
(D) contraditório.
(E) concessivo.
Comentário: A oração “ela foi diagnosticada com uma síndrome rara chamada ‘Memória
Autobiográfica Altamente Superior’, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome
da Supermemória” é coordenada assindética explicativa. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

(Consulplan / Prefeitura Uberlândia-SP Advogado – 2012)

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Fragmento do texto: Proteção, sim; violação de privacidade, não. Esse é o desejo dos consumidores
brasileiros que navegam na Internet. E esse é o mote – mais que o mote, o alerta – que orienta a
campanha lançada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira,
contra o Projeto de Lei 84/99, que trata de crimes cibernéticos.
O uso de travessões no parágrafo acima indica
A) uma citação textual.
B) introdução de uma enumeração.
C) dúvida e hesitação referentes às ideias do texto.
D) atribuição de expressividade ao trecho que eles separam.
E) destaque de palavras não características da linguagem padrão.
Comentário: O trecho entre travessões é um comentário à parte do autor, o qual tem como
finalidade intensificar o sentido do vocábulo “mote”. Assim, entendemos que houve uma nova
atribuição de expressividade ao trecho “E esse é o mote ... que orienta a campanha lançada pelo
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira, contra o Projeto de Lei
84/99, que trata de crimes cibernéticos.”
Por isso, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

3 – PONTUAÇÃO (NÍVEL PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO)

1 – A PONTUAÇÃO E A CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES ADJETIVAS

Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é necessário sabermos a


diferença entre dois tipos de adjetivo.
1. Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, característica
inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo
homem é mortal, todo fogo é quente, todo leite é branco, então mortal, quente e branco
são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e leite.
2. Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja,
qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é
inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e
enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo e leite.
mortal quente branco explicativo
homem fogo leite
inteligente alto enriquecido restritivo

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Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o
seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente
como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como
adjunto adnominal. Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal.” Nessa frase, mortal
é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas
e sua função sintática é a de aposto explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”,
inteligente é adjetivo restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está
entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal.
Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do termo antecedente,
individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou amplifica características básicas sobre o
antecedente, que já se encontra suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos
o adjetivo “inteligente”.
1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.
2. O homem inteligente não joga lixo no chão.
Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, que raciocina. Essa é a
condição básica para que ele possa ter a capacidade cognitiva e então através dos séculos ter a
possibilidade de isso ser ampliado. Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo
e com isso há a função sintática de aposto explicativo.
Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois se sabe que nem todos
os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse não é um princípio só do poder de raciocínio,
mas da virtude, da educação. Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos
que nem todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo não está
separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto adnominal.
Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma oração subordinada
adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe um verbo, tornar-se-á oração subordinada
adjetiva restritiva. O uso de vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos
anteriormente. Veja:

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Portanto, dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá mudança de sentido.
Em determinados momentos, a vírgula poderá ser inserida ou retirada, isso fará com que a oração
mude o sentido, mas não quer dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo:
Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris.
Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris.
Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a expressão somente
aquele que.
Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de Angélica o qual mora em
Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela não foram citados no contexto. Portanto, sem
vírgulas, entende-se que ela tem mais de um irmão.
Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão de Angélica é ser
morador de Paris, pois ele é o único irmão.
Veja outros:
O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB.
O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB.
No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do curso farão a prova da
OAB, os outros não. Então o curso possui mais de oitocentos alunos. No segundo período, percebe-
se que todo o efetivo discente do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos.
Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta.
No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não apreciada,
conhecida pela felizarda. Aquela da qual gostar poderá ser escolhida. Porém, no segundo período, a
pessoa presenteada já conhecia a joia e já gostava dela, por isso passou a haver a característica
explicativa.
Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por vírgulas, travessões
e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração subordinada adjetiva explicativa.

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(CONSULPLAN /SEDUC-PA Professor Classe I Português 2018)


Em “Dancei com uma dona infeliz, / Que tem um tufão nos quadris, / Tem um japonês trás de
mim,” pode-se afirmar que a informação apresentada na oração adjetiva explicativa
A) assume a forma de um sintagma preposicional.
B) é introduzida por termo que preenche três funções: anafórica, conectiva e sintática.
C) tem função de delimitar a referência ao antecedente produzindo um alerta sobre ele.
D) indica uma variedade popular em que o pronome relativo é empregado apenas com função
conectiva.
Comentário: Notamos que a oração “que tem um tufão nos quadris” realmente é adjetiva, pois
“que” é um pronome relativo e retoma a expressão “dona infeliz”. Além disso, note que o verbo
“tem” é transitivo direto, o termo “um tufão” é o objeto direto, “nos quadris” é o adjunto adverbial
de lugar e o pronome relativo ocupa a função de sujeito. Como essa oração é precedida de vírgula,
é explicativa.
A alternativa (A) está errada, pois apenas as preposições ou locuções prepositivas podem ter
valor preposicional.
A alternativa (B) é a correta, pois o pronome relativo “que” apresenta função anafórica, haja
vista que retoma a expressão “dona infeliz”; com isso conecta a oração subordinada adjetiva à sua
principal; por fim, tal pronome apresenta a função sintática de sujeito.
A alternativa (C) está errada, pois a oração que delimita sentido é a adjetiva restritiva, e não
a explicativa.
A alternativa (D) está errada, pois não há variedade popular (linguagem popular) nesse
segmento.
Gabarito: B

(AOCP / Prefeitura de João Pessoa - PB Enfermeiro – 2018)


Analise as assertivas e assinale alternativa que aponta a(s) correta(s). a
I. No fragmento “O Bitcoin, uma criptomoeda, tem ficado cada vez mais popular.”, as vírgulas se
justificam por isolarem o aposto.
II. Em “Ele foi criado pelo misterioso Satoshi Nakamoto, que alega ser um japonês que já ultrapassou
os 40 anos.”, a vírgula restringe o antecedente.
III. Em casos como no excerto “Naquela época, o dólar estava bem mais barato no Brasil...”, a vírgula
se justifica por separar adjunto adverbial de tempo.
a) Apenas I.

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b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) I, II e III.
Comentário: A frase I está correta, pois “uma criptomoeda” é um aposto explicativo e por isso é
separado por dupla vírgula.
A frase II está errada, pois a oração “que alega” é subordinada adjetiva explicativa, pois está
precedida de vírgula. Assim, não restringe o antecedente.
A frase III está correta, pois a expressão “Naquela época” é precedida de vírgula por ser um
adjunto adverbial de tempo antecipado.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

(IDECAN / CBM DF Soldado – 2017)


Analise os fragmentos a seguir.
I. “A marca do testemunho é que ele torna os acontecimentos irreversíveis e o mal, sem
remédio.” (18º§)
II. “Isso não acontece com os jovens, que dependem dessa exibição como uma ponte para o
mundo.” (17º§)
III. “O virtuosismo de um violinista, por exemplo, dura somente o tempo da execução da
música...” (11º§)
IV. “É o testemunho dos outros que nos torna reais, e que efetiva tudo o que e como fizemos e
dissemos.” (6º§)
A supressão da(s) vírgula(s) altera o sentido do enunciado somente em
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e IV.
Comentário: A banca basicamente explorou a diferença de sentido entre as orações subordinadas
adjetivas. Com vírgula, ela é explicativa; sem vírgula, é restritiva.
Assim, somente a frase II, com a exclusão da vírgula, força a mudança de sentido: de
explicação para restrição.
Na frase I, a vírgula deixa mais claro o predicativo do objeto direto “sem remédio”. A exclusão
da vírgula não mudaria o sentido caracterizador do objeto direto “o mal”.
Na frase III, a dupla vírgula é obrigatória na expressão denotativa de exemplificação “por
exemplo”. Assim, a exclusão das vírgulas não mudaria o sentido, tornaria a frase errada
gramaticalmente.

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Na frase IV, a vírgula antes da conjunção “e” não é o ideal, haja vista que o sujeito da segunda
oração é o mesmo da oração anterior. Assim, a exclusão da vírgula tornaria o trecho correto
gramaticalmente.
Dessa forma, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

(FCC / TRE-SP Analista Judiciário – 2017)


Atente para as frases abaixo.
I. Sendo a amizade, um exercício de limites afetivos, há que se considerar alguma insatisfação,
que disso decorra.
II. A própria passagem do tempo faz com que, nossas amizades, venham a encontrar uma boa
forma de depuração.
III. Uma amizade, ainda que imperfeita, não nos decepcionará, a menos que lhe dermos um valor
absoluto.
É inteiramente adequada a virgulação do que está APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) I e III.
(D) III.
(E) II e III.
Comentário: A frase I está errada, pois não pode haver vírgula entre o sujeito “a amizade” e o
predicativo “um exercício de limites afetivos”. A segunda vírgula está correta, pois separa a oração
subordinada adverbial antecipada. A terceira vírgula está errada, pois a oração “que disso decorra”
é subordinada adjetiva restritiva. Veja a correção:
Sendo a amizade um exercício de limites afetivos, há que se considerar alguma insatisfação que disso
decorra.
A frase II está errada, pois o sujeito “nossas amizades” não pode ficar entre duas vírgulas.
Veja a correção:
A própria passagem do tempo faz com que nossas amizades venham a encontrar uma boa forma de
depuração.
A frase III está correta, pois as duas estruturas adverbiais (“ainda que imperfeita” e “a menos
que lhe dermos um valor absoluto”) estão corretamente separadas por vírgulas.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

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2 – ESTRUTURA SUBORDINADA ADVERBIAL

Sabemos que, se no enunciado há apenas um verbo, naturalmente temos apenas uma oração
(oração absoluta = período simples); porém, se houver outro verbo dentro deste enunciado, teremos
duas orações (período composto). Para iniciarmos, veja a estrutura abaixo.
O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo.
VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa
sujeito predicado verbal
período simples

A oração acima possui a estrutura básica S V O: “O candidato passou no concurso”. O termo


“devido ao seu esforço no estudo” é o adjunto adverbial. Esse termo transmite a causa de o aluno
ter passado no concurso. Por isso, podemos inserir a vírgula facultativamente. Esta estrutura não
foi obrigatória, ela foi inserida para que houvesse mais clareza e situasse melhor o leitor sobre a
circunstância que levou o candidato à aprovação.
Agora, perceba o seguinte: se disséssemos somente “Devido ao seu esforço no estudo”,
alguém entenderia o enunciado?
Logicamente, não! Concorda?
Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O, isto é: ela é
subordinada à principal:

Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que passaremos a ter duas
orações: a principal e a subordinada adverbial causal.

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Oração principal? Por quê?


Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas das outras e por isso
o nome da primeira é oração inicial, a oração principal é a base para que a oração subordinada possa
se apoiar nela, para transmitir coerência.
Oração subordinada? Por quê?
A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter sentido, assim como
aconteceu com o adjunto adverbial, no exemplo acima.
Oração adverbial? Por quê?
Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo “esforçou”, para que
houvesse a oração adverbial.
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para
o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada.
Via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração principal, será
iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou
vírgulas obrigatoriamente.

Antecipando a estrutura adverbial...

vírgula
obrigatória

Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso


adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto
sujeito
predicado verbal
período simples

vírgula
obrigatória

Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso


VTI + objeto indireto VTI objeto indireto
predicado verbal sujeito predicado verbal
oração subordinada adverbial causal oração principal
período composto

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Agora, intercalando...
vírgulas obrigatórias

O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso.


adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto
sujeito predicado verbal
período simples

vírgulas obrigatórias

O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso


VTI+ objeto indireto VTI objeto indireto
sujeito predicado verbal predicado verbal
oração subordinada adverbial causal
oração principal
período composto

As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos: desenvolvidas


(aquelas que possuem conjunção e verbos conjugados em modos e tempos verbais);
O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo.

oração principal oração subordinada adverbial causal


reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam a uma das formas
(desenvolvida)
nominais: gerúndio, infinitivo e particípio).

Vamos às questões!

(IBADE / IABAS Técnico de Enfermagem 2019)


A pontuação está correta em:
A) As folhas trocadas por Calvin com os alienígenas, serão expostas na escola.
B) É preciso estar consciente, de que nenhum estranho, ainda que aparentemente bom, será o
melhor para o planeta.
C) Calvin e Haroldo, apesar de muito amigos nem sempre estão de acordo quanto a questões
práticas, diante da vida.
D) Ainda que eles não nos destruíssem, perderíamos para sempre, nossa liberdade.

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E) Se os alienígenas invadirem o planeta, seremos todos subjugados, perdendo nossa identidade


humana.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não cabe vírgula entre o sujeito e o predicado:
As folhas trocadas por Calvin com os alienígenas serão expostas na escola.
A alternativa (B) está errada, pois não cabe vírgula entre o adjetivo “consciente” e a oração
subordinada substantiva completiva nominal “de que nenhum estranho (...) será o melhor para o
planeta”. Note que, intercalada nesta oração está a oração subordinada adverbial concessiva “ainda
que aparentemente bom”. Confirme:
É preciso estar consciente de que nenhum estranho, ainda que aparentemente bom, será o melhor
para o planeta.
A alternativa (C) está errada, pois o adjunto adverbial intercalado “apesar de muito amigos”
não pode ser apenas precedido de vírgula, mas deve ficar entre duas vírgulas. A expressão adverbial
“diante da vida” pode ser separada por vírgula. Confirme:
Calvin e Haroldo, apesar de muito amigos, nem sempre estão de acordo quanto a questões práticas,
diante da vida.
A alternativa (D) está errada, pois não cabe apenas uma vírgula separando o adjunto adverbial
intercalado. Note que a oração subordinada adverbial concessiva e antecipada “Ainda que eles não
nos destruíssem” está corretamente separada por vírgula. Confirme:
Ainda que eles não nos destruíssem, perderíamos, para sempre, nossa liberdade.
A alternativa (E) é a correta, pois a oração subordinada adverbial concessiva e antecipada está
separada por vírgula. Além disso, oração reduzida de gerúndio normalmente é separada por vírgula.
Se os alienígenas invadirem o planeta, seremos todos subjugados, perdendo nossa identidade
humana.
Gabarito: E

(FCC / ALE-RO Analista Legislativo 2018)


Assinale a opção que apresenta o segmento do texto em que a inclusão, a mudança de posição ou a
retirada de uma vírgula altera o sentido do texto.
(A) “Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens...” / Por outro lado somos tão
bombardeados por imagens.
(B) “Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva.” / Por isso a propaganda fica cada vez
mais agressiva.
(C) “Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva.” / Por isso a propaganda fica cada vez
mais, agressiva.
(D) “Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar ...” / Vivemos tão
apressados, que estamos perdendo a habilidade de observar.
(E) “...a habilidade de observar detalhadamente o que nos cerca.” / a habilidade de observar,
detalhadamente, o que nos cerca.

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Comentário: Na alternativa (A), a retirada de uma vírgula na primeira opção não altera o sentido do
texto, pois o sequenciador “Por outro lado” mantém o sentido de contraste estando ou não
separado por vírgula.
Na alternativa (B), a retirada de uma vírgula não altera o sentido do texto, pois o sequenciador
“por isso”, que é conclusivo, pode ou não ser seguido de vírgula.
A alternativa (C) é a que devemos marcar, pois o adjetivo “agressiva”, sem vírgula, é
simplesmente o predicativo do sujeito dentro de um predicado nominal e apresenta uma
característica peculiar do sujeito “a propaganda”. Além disso, entendemos que o verbo “fica” é de
ligação (sentido de tornar-se, passar a ser).
Com a inserção da vírgula, tal adjetivo passa a ser, sintaticamente, o predicativo do sujeito
dentro de um predicado verbo-nominal, isto é, passa a ser uma característica transitória, e o verbo
“fica” deixa de ser de ligação para ser intransitivo, isto é, ficar em algum lugar, permanecer em algum
lugar. Assim, passaríamos a entender que a propaganda fica cada vez mais (em algum lugar) e por
isso se torna agressiva (sentido transitório, ou seja, dependente de uma ação anterior).
Na alternativa (D), a inclusão de uma vírgula é facultativa, por se tratar de uma oração
principal, seguida de uma oração subordinada adverbial consecutiva.
Na alternativa (E), a inclusão de uma dupla vírgula não altera o sentido do texto, pois essa
pontuação é facultativa quando separa o adjunto adverbial intercalado de pequena extensão.
Gabarito: C

(IDECAN / INCA Analista – 2017)


Em “Se insistirmos nos dogmas ditos revolucionários – como a luta de classes e a demonização da
iniciativa privada –, não sairemos do impasse que inviabilizou o regime comunista onde ele se
implantou.”, a vírgula logo após o segundo travessão
a) tem seu emprego justificado já que separa oração adverbial anteposta à principal, conferindo
correção gramatical ao trecho.
b) é facultativa, seu emprego advém da necessidade de ser atribuída uma maior ênfase à oração
imediatamente posposta.
c) é obrigatória e separa objetos pleonásticos conferindo à argumentação a ênfase necessária à
compreensão do discurso apresentado.
d) poderia ser omitida preservando-se a correção gramatical do texto já que seu emprego tem
por objetivo apenas conferir ênfase à informação limitada pelos travessões.
Comentário: No período abaixo, há a oração subordinada adverbial condicional “Se insistirmos nos
dogmas ditos revolucionários– como a luta de classes e a demonização da iniciativa privada –”.
Dentro dessa oração, há uma expressão exemplificativa intercalada por duplo travessão. Assim, a
vírgula após o travessão separa toda a oração subordinada adverbial antecipada de sua oração
principal, que é “não sairemos do impasse”.

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Assim, tal vírgula é obrigatória. Confirme:


“Se insistirmos nos dogmas ditos revolucionários – como a luta de classes e a demonização da
iniciativa privada –, não sairemos do impasse que inviabilizou o regime comunista onde ele se
implantou.”
Dessa forma, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

(IDECAN / CBM DF Soldado – 2017)


Referente à pontuação, o terceiro parágrafo do texto estaria de igual modo correto como
apresentado em:
a) “Quando o cidadão descobre, que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas e não
existem separadas; cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
b) “Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas, não
existem separadas. Cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
c) “Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e, pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia – cidadania e democracia andam de mãos dadas e não
existem separadas. Cidadania, não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
d) “Quando o cidadão, descobre que ele, é o princípio do que existe e pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas e não
existem separadas. Cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
Comentário: Como as alternativas apresentam a mesma frase, ao comentarmos a correta, já
eliminamos os erros das demais.
A alternativa (B) é a correta. Veja que devemos separar por vírgula a estrutura subordinada
adverbial antecipada “Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir
com sua participação”.
Veja que essa estrutura é constituída da oração subordinada adverbial temporal “Quando o
cidadão descobre”, na sequência, há a oração subordinada substantiva objetiva direta “que ele é o
princípio do” e as orações subordinadas adjetivas restritivas “que existe e pode existir com sua
participação”, as quais se encontram coordenadas entre si pela conjunção “e”. Por isso, não cabe
vírgula entre todas elas.
Além disso, a segunda vírgula ocorreu para separar as orações coordenadas assindéticas
aditivas.

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A terceira vírgula ocorreu para separar o segmento coordenado adversativo “mas afirmação
de cada um em sua relação de solidariedade com os outros”.
“Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua participação,
começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas, não existem
separadas. Cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
Gabarito: B

(FGV / TJ SC Assistente Social – 2015)


“Geralmente gastavam pouco, mas como haviam recebido bastante na colheita do algodão, a
caminhada foi cheia de paradas para compras”.
Reescrevendo-se o período, mantém-se o sentido original apenas em:
(A) A caminhada foi cheia de paradas para compras, uma vez que haviam recebido bastante na
colheita do algodão, dado que geralmente gastavam pouco.
(B) Haviam recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para
compras porque geralmente gastavam pouco.
(C) Porque haviam recebido bastante na colheita do algodão, geralmente gastavam pouco, e a
caminhada foi cheia de paradas para compras.
(D) Ainda que geralmente gastassem pouco, a caminhada foi cheia de paradas para compras, pois
haviam recebido bastante na colheita do algodão.
(E) Em virtude de gastarem geralmente pouco e de haverem recebido bastante na colheita do
algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras.
Comentário: No período, há três orações, as quais estão identificadas com números:
“Geralmente gastavam pouco¹, mas² como haviam recebido bastante na colheita do algodão³, a
caminhada foi cheia de paradas para compras²”.
O segmento 1 é inicial, o segmento 2 é a oração coordenada adversativa e o segmento 3 é
uma oração subordinada adverbial causal. Assim, devemos achar, dentre as alternativas, uma
relação de contraste entre os segmentos 1 e 2, e uma relação de causa do segmento 3 em relação
ao 2.
A alternativa (A) está errada, porque o segmento 1 não se encontra em contraste com o
segmento 2. A locução conjuntiva “dado que” transmite valor causal, o que prejudica a informação
original. Veja:
A caminhada foi cheia de paradas para compras², uma vez que haviam recebido bastante na
colheita do algodão³, dado que geralmente gastavam pouco¹.
A alternativa (B) está errada, porque não houve relação de contraste entre os segmentos 1 e
2. Além disso, o segmento 1 não traduz valor de causa no texto original.
Haviam recebido bastante na colheita do algodão³, a caminhada foi cheia de paradas para
compras² porque geralmente gastavam pouco¹.

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A alternativa (C) está errada, porque não houve relação de adversidade entre os segmentos
1 e 2. Veja que houve mudança de sentido por conta da conjunção aditiva “e”. Também não houve
relação de causa entre os segmentos 3 e 2.
Porque haviam recebido bastante na colheita do algodão³, geralmente gastavam pouco¹, e a
caminhada foi cheia de paradas para compras².
A alternativa (D) é a correta. A relação de contraste se manteve entre os segmentos 1 e 2.
Agora, não há oração coordenada adversativa, mas a oração subordinada adverbial concessiva:
Ainda que geralmente gastassem pouco. A conjunção “pois” reafirma o valor de causa do segmento
3 em relação ao 2.
Ainda que geralmente gastassem pouco¹, a caminhada foi cheia de paradas para compras², pois
haviam recebido bastante na colheita do algodão³.
A alternativa (E) está errada, pois, no texto original, não há relação de adição entre os
segmentos 1 e 3. Assim, a conjunção “e” fez mudar o sentido. Além disso, não se observa relação de
==138b2c==

contraste, nem de causa na reescrita abaixo.


Em virtude de gastarem geralmente pouco¹ e de haverem recebido bastante na colheita do
algodão³, a caminhada foi cheia de paradas para compras².
Gabarito: D

4 – LISTA DE QUESTÕES

(INAZ do Pará / FunGota de Araraquara-SP Advogado 2018)


A partir da leitura do trecho: “Em agosto foi aprovado nos EUA o primeiro tratamento comercial
para um tipo de leucemia com mau prognóstico e em 2018 são esperados os resultados das
primeiras terapias experimentais [...]”, considerando os critérios para o emprego da vírgula, pode-
se afirmar que:
A) O termo “nos EUA” deveria, obrigatoriamente, estar entre vírgulas por se tratar de um aposto.
B) Deveria ocorrer após o termo “em 2018”, para separar orações justapostas.
C) O termo “em 2018” deveria, obrigatoriamente, estar entre vírgulas por se tratar de um
adjunto adverbial breve.
D) Após o termo “em agosto”, é facultativo, por se tratar de um adjunto adverbial breve.
(VUNESP / Prefeitura de Suzano - SP Professor 2018)
Assinale a alternativa em que as vírgulas estão corretamente empregadas, de acordo com a norma-
padrão da língua.

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(A) No passado, os grandes pensadores do Iluminismo, ocupavam-se em refletir sobre a condição


humana.
(B) Por razões didáticas e para possibilitar, maior aprofundamento no conhecimento, os domínios
do saber foram separados.
(C) Novos desafios para a aprendizagem surgiram, com a separação, das disciplinas por áreas de
conhecimento.
(D) Mesmo em áreas específicas de conhecimento há, distâncias a serem transpostas, para a
efetivação da aprendizagem.
(E) O psicólogo cognitivista Steven Pinker chama a atenção, em seu livro recente, para a relevância
de análises quantitativas.
(Gualimp / Câmara Municipal Conceição da Barra Assistente de Controle Interno 2018)
Analisando-se o trecho abaixo retirado do texto, manteria a sua correção gramatical e o seu sentido
original caso isolássemos entre vírgulas a palavra:
“O local de pouso na cratera Jezero oferece terreno geologicamente rico, com formações de terras
de até 3,6 bilhões de anos, que poderiam potencialmente responder questões importantes em
evolução planetária e astrobiologia”, [...]’
(A) “O local”
(B) “terreno”
(C) “formações”
(D) “potencialmente”
(FCC / TRT 24ªR Técnico Judiciário – 2017)
As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas
em cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora, podem retratar tipos humanos e
costumes da região.
Após o deslocamento da expressão destacada, sem alterar o sentido da frase original, o uso da
vírgula fica correto em:
a) As peças em geral além da fauna e da flora, trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e
costumes da região.
b) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são
feitas nas cores da paisagem regional e podem além da fauna e da flora, retratar tipos humanos e
costumes da região.
c) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, além
da fauna e da flora são feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e
costumes da região.

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d) Além da fauna e da flora as peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, podem retratar tipos humanos e
costumes da região.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são
feitas nas cores da paisagem regional e podem retratar tipos humanos e costumes da região, além
da fauna e da flora.
(Gualimp / Câmara Municipal Conceição da Barra Assistente de Controle Interno 2018)
Fragmento de texto: [...] disse Thomas Zarbuchen, administrador associado do Diretório de Missões
Científicas da NASA.
A vírgula imediatamente após a palavra “Zurbuchen” foi empregada para isolar:
(A) Elementos explicativos.
(B) Uma locução adverbial.
(C) O vocativo da oração.
(D) Uma oração coordenada sindética.
(FCC / SEGEP MA Auxiliar de Fiscalização – 2018)
Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois grupos: os tupis e os jês.
Os dois-pontos no trecho acima introduzem duas noções, simultaneamente, denominadas
a) enumeração e exemplificação.
b) enumeração e justificativa.
c) exemplificação e justificativa.
d) explicação e exclusão.
e) exclusão e enumeração.
(IADES / CFM - Analista de Tecnologia da Informação – 2018)
Fragmento de texto: Seu contato com as pesquisas de Manguinhos levaram o criador de Emília,
integrante da célebre turma do Sítio do Picapau Amarelo, a alterar completamente a concepção de
um de seus famosos personagens, o Jeca Tatu, e engajar-se em uma campanha pelo saneamento do
País: “O Jeca não é assim: está assim, e podemos mudar sua realidade.”
O trecho sublinhado no texto está isolado pela pontuação e exerce a função sintática de
A) adjunto adverbial.
B) aposto.
C) complemento nominal.
D) adjunto adnominal.
E) vocativo.

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(CETREDE/PREFEITURA MUNICIPAL DE CANINDÉ-CE -AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO 2018)


Marque a opção em que a vírgula foi usada para separar o vocativo.
a) Brasília, Capital da República, foi fundada em 1960.
b) Minha casa tem quatro dormitórios, dois banheiros, três salas e bom quintal.
c) Eles gritavam. Eu, porém, nem me incomodava.
d) O tempo não é, meu amigo, aquilo que você pensou.
e) Casaram-se às nove horas. Duas horas depois, estavam separados.
(IDECAN / IPC - ES - Procurador Previdenciário I – 2018)
Em “Júnior, hoje jantaremos fora!”, a presença da vírgula é obrigatória porque serve para:
A) Isolar o vocativo.
B) Isolar o adjunto adverbial deslocado.
C) Separar orações coordenadas.
D) Intercalar expressões explicativas.
(FCC / PM AC Soldado – 2017)

(WALKER, Mort. Recruta Zero. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br)


O emprego da vírgula em Zero, quero a trincheira ali! tem a função de destacar o vocativo na oração,
assim como na frase:
a) Se os senhores precisarem de algo, chamem nossos comissários de bordo, que lhes atenderão
prontamente.
b) O avião irá decolar, os senhores devem permanecer com os cintos de segurança atados
durante a viagem.
c) Em caso de emergência, os senhores terão duas saídas, uma na parte dianteira e outra na
parte traseira da aeronave.
d) Senhores, permaneçam em seus assentos enquanto as luzes de suas cabines estiverem
apagadas.
e) Nós, comissários e pilotos, esperamos que os senhores apreciem nosso serviço de bordo.

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(Gualimp / Câmara Municipal de Nova Venécia - Técnico Legislativo 2018)


“Difícil de carregar. Pior ainda, de funcionar.”
A vírgula empregada na frase é assim justificada:
(A) Separar aposto.
(B) Separar vocativo.
(C) Marcar oração deslocada.
(D) Marcar omissão de um termo.
(IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ens. Fundamental Anos Iniciais 2019)

O sinal de pontuação exclamativo está sendo utilizado na tirinha de maneira recorrente. No primeiro
e no terceiro quadrinho o sinal é utilizado predominantemente para:
A) dar ênfase a alguma coisa.
B) isolar frases.
C) isolar expressões explicativas.
D) indicar dúvida ou hesitação.
E) para separar os itens de uma sequência.
(IDECAN / Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG Agente – 2014)
Em “O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil
conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?” (3º§), o ponto de
interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) exprimir espanto.
b) finalizar frase imperativa.
c) indicar continuação de um fato.
d) realizar pergunta, questionamento.

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(IDECAN / DETRAN-RO Agente – 2014)


No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas
estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) indicar pergunta.
b) exprimir admiração.
c) realçar uma palavra ou expressão.
d) fechar período de frases imperativas.
e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada.
(VUNESP / PC-SP Escrivão de Polícia Civil 2018)

Acerca do emprego de aspas no primeiro e no segundo quadrinho da tira, é correto afirmar que,
a) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que a personagem quer destacar; no segundo, marcam
o emprego de palavra descontextualizada.
b) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que está sendo lida; no segundo, marcam uma
expressão de gíria.
c) no primeiro, as aspas sinalizam a citação de uma frase; no segundo, dão destaque a uma palavra.
d) em ambos, as aspas sinalizam expressões empregadas em sentido figurado pelo menino Calvin.
e) em ambos, as aspas sinalizam a fala da personagem que faz a pergunta ao tigre Haroldo.
(VUNESP / Prefeitura de Barretos – SP Agente de Comunicação Social 2018)
Fragmento de texto: O que conta é ser “reconhecido” pelos próprios semelhantes, mas não no
sentido do reconhecimento como estima ou prêmio, mas naquele mais banal que faz com que
alguém possa dizer ao vê-lo na rua: “Olhe, é ele mesmo!”. O valor predominante é aparecer e
naturalmente o meio mais seguro é a TV. E não é necessário ser um renomado economista ou um
médico agraciado com o prêmio Nobel, basta confessar num programa lacrimogêneo que foi traído
pelo cônjuge.
Nas frases do 3° parágrafo – O que conta é ser “reconhecido”… / “Olhe, é ele mesmo!”. –, as aspas
são empregadas, respectivamente, para
a) intensificar o sentido da palavra / destacar a ironia presente na expressão.
b) questionar o sentido da palavra / acentuar o valor significativo da expressão.

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c) relativizar o sentido da palavra / indicar uma fala atribuída a outra pessoa.


d) acentuar o significado da palavra no texto / indicar que a expressão introduz um diálogo.
e) realçar a ironia presente na palavra / destacar o efeito de sentido da expressão no texto.
(VUNESP / MPE-SP Analista Jurídico do Ministério Público 2018)
Fragmento de texto: Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os contornos
desse hipotético fim: se a democracia chegar ao seu termo, não teremos uma repetição da década
de 1930, defende. Não teremos violência de massas, movimentos armados, tanques nas ruas.
Vivemos em sociedades radicalmente diferentes – mais afluentes, envelhecidas, conectadas. E, além
disso, conhecemos o preço da brutalidade autoritária e totalitária. As nostalgias reacionárias são
coisa de jovens: eles desejam o que ignoram e ignoram o que desejam.
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo:
pela gradual suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização
dos freios e contrapesos do regime.
A democracia só sobrevive porque somos capazes de gerir as nossas frustrações quando os
resultados nos são desfavoráveis. Essa tolerância diminui de ano para ano.
E diminui sob o chicote das redes sociais. Runciman acredita que o principal problema do mundo
virtual está no poder praticamente ilimitado que os gigantes tecnológicos exercem sobre os
usuários.
Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre
os poderes Executivo, Legislativo e até Judiciário. A democracia representativa, como a expressão
sugere, sempre foi um compromisso feliz entre a vontade do povo e a capacidade dos mais
preparados de filtrar as irracionalidades do povo.
Em passagens de vários parágrafos do texto o autor emprega dois-pontos. É correto afirmar que ele
se vale desse recurso de pontuação para
a) apresentar ideias que contrastam com outras precedentes, tal como ocorre nas passagens em
que se emprega travessão.
b) introduzir esclarecimentos acerca de ideias que apresenta, tal como ocorre nas passagens em que
se empregam travessão e parênteses.
c) fazer retificações necessárias para orientação do leitor, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam parênteses.
d) pôr em xeque pontos de vista defendidos por outrem, tal como ocorre nas passagens em que se
empregam travessão e parênteses.
e) inserir comentários cuja pertinência é questionável no contexto, tal como ocorre nas passagens
em que se emprega travessão.
(IBFC / EBSERH Assistente Administrativo – 2017)
Vivendo e...
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse
equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais jogá-la com a

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precisão que eu tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira
vez, o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude.
Gude era gude.
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando
pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento
das mãos. Hoje não sei que jeito é esse. [...]
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)
O emprego das reticências no título, sugere:
a) a incapacidade do autor em completar a ideia.
b) a caracterização de uma enumeração infinita.
c) um convite para que o leitor reflita sobre o tema.
d) a sinalização de um questionamento do leitor.
e) a representação de uma ideia polêmica.
(Consulplan / CODESP Agente Comunitário – 2012)
Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda
a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua
casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus
dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma
gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma
pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas
que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que
sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores,
dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento
físico. Na maioria das vezes são dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta.
B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato.
C) acrescentar uma reflexão.
(Consulplan / Prefeitura C.V. Oficial Administrativo – 2010)
Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber das
novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma
enorme cabeça do Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de
alguém que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular ou internet,
e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de escrever. Isso tem 20 anos. O resultado
é que nos encontrávamos mais. Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as
pessoas.

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“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho anterior, as
reticências (...) foram utilizadas para:
A) Separar palavras da mesma classe gramatical.
B) Indicar continuação do pensamento.
C) Abreviar.
D) Suprimir, intencionalmente o verbo.
E) Destacar termos explicativos enfáticos.
(Fund. Dom Cintra / IBASCAF Advogado – 2011)
Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-
homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa
que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel
e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na
parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o
pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre
por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra
se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas.
“Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no
chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego
da abreviatura etc no final desse período indica que:
A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita.
B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da escrita.
C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de alusões.
D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de expectativa que
favorece o riso.
E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer todos os detalhes
informativos ao leitor.
(IBFC / MGS Técnico Contábil – 2017)
Texto II
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania

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Mas quando a filha quer fugir de casa


Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão
Família êh!
Família áh!
Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:
a) indicar uma sequência infinita de termos.
b) separar elementos de uma enumeração.
c) marcar uma pausa longa entre as palavras.
d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.
(IDECAN / Prefeitura de Marilândia - ES Auxiliar Adm – 2016)

No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha e
um celular.", as vírgulas foram utilizadas para
a) exprimir espanto.
b) separar enumerações.
c) marcar pausa de longa duração.
d) destacar informações importantes.
(IBFC / EBSERH UFSC Assistente Administrativo – 2016)
Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte.
“as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam indolentes,
imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”(1º§)
Ocorre, nessa passagem destacada, um predomínio de orações:

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a) subordinadas adverbiais.
b) subordinadas adjetivas.
c) subordinadas substantivas.
d) reduzidas.
e) coordenadas.

(Consulplan / MAPA Administrador – 2014)


Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o motivo pelo qual as
vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o
debate, a controvérsia.”.
A) Separar uma enumeração.
B) Separar expressões retificativas.
C) Separar uma aposição explicativa.
D) Separar termos que serão retomados por pronome.
(VUNESP / Câmara de Monte Alto SP Auxiliar Técnico Legislativo 2019)
Assinale a alternativa em que, na reescrita da frase “Mas, nos últimos dez anos, o número de
imigrantes mexicanos nos EUA diminuiu...”, a substituição do termo em destaque mantém o sentido
original e o uso das vírgulas está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Nos, últimos dez anos portanto, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(B) Nos últimos, dez anos apesar disso, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(C) Nos últimos dez anos, contudo, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(D) Nos últimos dez anos, diminuiu por isso, o número de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(E) Nos últimos dez anos diminuiu, assim o número, de imigrantes mexicanos nos EUA...”
(COPS-UEL / PC-PR Escrivão de Polícia 2018)
Fragmento de texto: As duas vítimas foram encaminhadas a um hospital e não correm risco de
morte. O primeiro deles, porém, corre o risco de ficar paraplégico, já que a bala se alojou na coluna.
Quanto ao uso de “porém”, em “O primeiro deles, porém, corre o risco de ficar paraplégico”,
considere as afirmativas a seguir.
I. O conectivo serve para pôr em oposição o risco de ficar paraplégico e a ausência de risco de
morte.
II. A conjunção serve para estabelecer oposição entre os estados de saúde das duas vítimas.
III. A conjunção está interposta entre o sujeito “O primeiro deles” e o verbo, o que requer que
ela esteja entre vírgulas.

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IV. A conjunção pode ser deslocada para depois do termo “risco”, no mesmo período, sem exigir
vírgulas antes e após seu uso.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
(FCC / TRE SP Analista Judiciário – 2017)
Fragmento do texto: Sandberg, que mudou totalmente o conceito espectador/obra de arte com o
seu trabalho de duas décadas no Museu Stedelijk, de Amsterdã, iniciou sua palestra elogiando a
arquitetura do nosso MAM-RJ que, segundo ele, segue a sua teoria de que o público deve ver a obra
de arte de frente e não de lado, como acontece até agora com o museu convencional de quatro
paredes. O ideal, disse ele, é que as paredes do museu sejam de vidro e que as obras estejam à
mostra em painéis no centro do recinto. O museu não é uma estrutura sagrada e quem o frequenta
deve permanecer em contato com a natureza do lado de fora:
O museu não é uma estrutura sagrada e quem o frequenta deve permanecer em contato com a
natureza do lado de fora...
Quanto à pontuação do período acima, pode-se
I. acrescentar uma vírgula imediatamente antes da conjunção “e”, uma vez que separaria
orações com sujeitos diferentes.
II. substituir a conjunção “e” por dois-pontos, pois o que se segue pode ser entendido como
uma explicação da primeira parte da frase.
III. isolar com vírgulas a expressão “em contato”, uma vez que se trata de locução adverbial, sem
alteração do sentido original.
Está correto o que consta em
(A) I e II, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) II e III, apenas.
(E) I e III, apenas.
(Fundatec / Pref Frederico Westphalen-RS Administrador – 2016)
Fragmento do texto: “A pessoa acaba demonstrando esses sinais de desgaste, e os outros
percebem. Às vezes, no ambiente organizacional, conta muito mais o que as pessoas percebem de
você do que o trabalho que você realiza. Quando esse tipo de comportamento começa a aparecer,

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é preciso parar e avaliar” – recomenda a psicóloga Ana Carolina da Silva, coordenadora do Escritório
de Carreiras da PUCRS.
Falta de entusiasmo, estagnação e __________ são outros indícios de que é preciso pisar no
freio e repensar a carreira. Sintomas físicos como febre, dores de cabeça e de barriga frequentes e
outras reações psicossomáticas também devem ser considerados como alerta, afirma o presidente
do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), José Roberto Marques.
O perfil dos empregados contemporâneos mudou. Atualmente, as cifras recebidas ao final do
mês nem sempre são determinantes para seguir ou não em uma empresa. As motivações internas
encabeçam a lista de prioridades da chamada geração Y. “Nas gerações dos nossos pais, o emprego
tinha como objetivo sustentar a família. Hoje, as pessoas querem ser felizes e buscam isso no
ambiente de trabalho” – aponta Ana Carolina.
Analise as seguintes assertivas a respeito da pontuação do texto e assinale V,
se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) O travessão da linha 14 poderia ser substituído por uma vírgula, sem acarretar incorreção à
frase.
( ) A vírgula da linha 1 é empregada para separar sujeitos diferentes.
( ) A vírgula da linha 6 é empregada para marcar um adjunto adverbial deslocado.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) F – V – F.
B) V – F – V.
C) F – F – V.
D) V – V – F.
(CRS PMMG / CFS QPPM – 2015)
O uso da vírgula está corretamente justificado em todas as alternativas abaixo, EXCETO:
A. ( ) “Cada sociedade tem os criminosos que merece, isto é, a prática do bem e do mal...” (ISOLAR
EXPRESSÃO EXPLICATIVA).
B. ( ) “A pena de morte tem como fundamento não o desejo de reparação ou de justiça, mas a sede
bruta de vingança”. (SEPARAR ORAÇÃO COORDENADA ADVERSATIVA).
C. ( ) “... através das vicissitudes do complexo de Édipo, temos que abrir mão de nossas primeiras –
e decisivas – paixões” (SUJEITO).
D. ( ) “A fome, a opressão espoliadora, o abandono da infância, o desemprego em massa, as
greves...” (separar os núcleos de um termo).

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(VUNESP / ISS Guarulhos – Inspetor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: O filme Roma está constantemente entre dois caminhos. É pessoal e grandioso,
popular e intelectual, tecnológico – rodado em 65 mm digital – e clássico – feito em preto e branco
com a mesma ousadia dos movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960. O título, uma
referência a Colonia Roma, bairro da Cidade do México, também remete a Roma, Cidade Aberta,
filme-símbolo do neorrealismo italiano assinado por Roberto Rossellini.
As informações “rodado em 65 mm digital” e “feito em preto e branco com a mesma ousadia dos
movimentos cinematográficos das décadas de 1950 e 1960”, destacadas com travessões no
parágrafo, ligam-se, respectivamente, aos vocábulos tecnológico e clássico com o propósito de
(A) mostrar que são sinônimos.
(B) ilustrar a que se referem.
(C) contestar seus sentidos.
(D) apresentá-los como hipotéticos.
(E) distorcer seus significados.
(VUNESP / C.M. Dois Córregos Oficial de Atendimento – 2018)
Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente Superior”, ou HSAM na sigla em
inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
O travessão introduz, com relação ao que se afirma anteriormente, uma informação com sentido
(A) explicativo.
(B) hipotético.
(C) corretivo.
(D) contraditório.
(E) concessivo.
(Consulplan / Prefeitura Uberlândia-SP Advogado – 2012)
Fragmento do texto: Proteção, sim; violação de privacidade, não. Esse é o desejo dos consumidores
brasileiros que navegam na Internet. E esse é o mote – mais que o mote, o alerta – que orienta a
campanha lançada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira,
contra o Projeto de Lei 84/99, que trata de crimes cibernéticos.
O uso de travessões no parágrafo acima indica
A) uma citação textual.
B) introdução de uma enumeração.
C) dúvida e hesitação referentes às ideias do texto.
D) atribuição de expressividade ao trecho que eles separam.
E) destaque de palavras não características da linguagem padrão.

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(CONSULPLAN /SEDUC-PA Professor Classe I Português 2018)


Em “Dancei com uma dona infeliz, / Que tem um tufão nos quadris, / Tem um japonês trás de
mim,” pode-se afirmar que a informação apresentada na oração adjetiva explicativa
A) assume a forma de um sintagma preposicional.
B) é introduzida por termo que preenche três funções: anafórica, conectiva e sintática.
C) tem função de delimitar a referência ao antecedente produzindo um alerta sobre ele.
D) indica uma variedade popular em que o pronome relativo é empregado apenas com função
conectiva.
(AOCP / Prefeitura de João Pessoa - PB Enfermeiro – 2018)
Analise as assertivas e assinale alternativa que aponta a(s) correta(s). a
I. No fragmento “O Bitcoin, uma criptomoeda, tem ficado cada vez mais popular.”, as vírgulas se
justificam por isolarem o aposto.
II. Em “Ele foi criado pelo misterioso Satoshi Nakamoto, que alega ser um japonês que já ultrapassou
os 40 anos.”, a vírgula restringe o antecedente.
III. Em casos como no excerto “Naquela época, o dólar estava bem mais barato no Brasil...”, a vírgula
se justifica por separar adjunto adverbial de tempo.
a) Apenas I.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) I, II e III.
(IDECAN / CBM DF Soldado – 2017)
Analise os fragmentos a seguir.
I. “A marca do testemunho é que ele torna os acontecimentos irreversíveis e o mal, sem
remédio.” (18º§)
II. “Isso não acontece com os jovens, que dependem dessa exibição como uma ponte para o
mundo.” (17º§)
III. “O virtuosismo de um violinista, por exemplo, dura somente o tempo da execução da
música...” (11º§)
IV. “É o testemunho dos outros que nos torna reais, e que efetiva tudo o que e como fizemos e
dissemos.” (6º§)
A supressão da(s) vírgula(s) altera o sentido do enunciado somente em
a) I.
b) II.
c) I e III.

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d) II e IV.
(FCC / TRE-SP Analista Judiciário – 2017)
Atente para as frases abaixo.
I. Sendo a amizade, um exercício de limites afetivos, há que se considerar alguma insatisfação,
que disso decorra.
II. A própria passagem do tempo faz com que, nossas amizades, venham a encontrar uma boa
forma de depuração.
III. Uma amizade, ainda que imperfeita, não nos decepcionará, a menos que lhe dermos um valor
absoluto.
É inteiramente adequada a virgulação do que está APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) I e III.
(D) III.
(E) II e III.
(IBADE / IABAS Técnico de Enfermagem 2019)
A pontuação está correta em:
A) As folhas trocadas por Calvin com os alienígenas, serão expostas na escola.
B) É preciso estar consciente, de que nenhum estranho, ainda que aparentemente bom, será o
melhor para o planeta.
C) Calvin e Haroldo, apesar de muito amigos nem sempre estão de acordo quanto a questões
práticas, diante da vida.
D) Ainda que eles não nos destruíssem, perderíamos para sempre, nossa liberdade.
E) Se os alienígenas invadirem o planeta, seremos todos subjugados, perdendo nossa identidade
humana.
(FCC / ALE-RO Analista Legislativo 2018)
Assinale a opção que apresenta o segmento do texto em que a inclusão, a mudança de posição ou a
retirada de uma vírgula altera o sentido do texto.
(A) “Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens...” / Por outro lado somos tão
bombardeados por imagens.
(B) “Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva.” / Por isso a propaganda fica cada vez
mais agressiva.
(C) “Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva.” / Por isso a propaganda fica cada vez
mais, agressiva.

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(D) “Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar ...” / Vivemos tão
apressados, que estamos perdendo a habilidade de observar.
(E) “...a habilidade de observar detalhadamente o que nos cerca.” / a habilidade de observar,
detalhadamente, o que nos cerca.
(IDECAN / INCA Analista – 2017)
Em “Se insistirmos nos dogmas ditos revolucionários – como a luta de classes e a demonização da
iniciativa privada –, não sairemos do impasse que inviabilizou o regime comunista onde ele se
implantou.”, a vírgula logo após o segundo travessão
a) tem seu emprego justificado já que separa oração adverbial anteposta à principal, conferindo
correção gramatical ao trecho.
b) é facultativa, seu emprego advém da necessidade de ser atribuída uma maior ênfase à oração
imediatamente posposta.
c) é obrigatória e separa objetos pleonásticos conferindo à argumentação a ênfase necessária à
compreensão do discurso apresentado.
d) poderia ser omitida preservando-se a correção gramatical do texto já que seu emprego tem
por objetivo apenas conferir ênfase à informação limitada pelos travessões.
(IDECAN / CBM DF Soldado – 2017)
Referente à pontuação, o terceiro parágrafo do texto estaria de igual modo correto como
apresentado em:
a) “Quando o cidadão descobre, que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas e não
existem separadas; cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
b) “Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas, não
existem separadas. Cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
c) “Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e, pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia – cidadania e democracia andam de mãos dadas e não
existem separadas. Cidadania, não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
d) “Quando o cidadão, descobre que ele, é o princípio do que existe e pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas e não
existem separadas. Cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua relação de
solidariedade com os outros.”
(FGV / TJ SC Assistente Social – 2015)
“Geralmente gastavam pouco, mas como haviam recebido bastante na colheita do algodão, a
caminhada foi cheia de paradas para compras”.

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Reescrevendo-se o período, mantém-se o sentido original apenas em:


(A) A caminhada foi cheia de paradas para compras, uma vez que haviam recebido bastante na
colheita do algodão, dado que geralmente gastavam pouco.
(B) Haviam recebido bastante na colheita do algodão, a caminhada foi cheia de paradas para
compras porque geralmente gastavam pouco.
(C) Porque haviam recebido bastante na colheita do algodão, geralmente gastavam pouco, e a
caminhada foi cheia de paradas para compras.
(D) Ainda que geralmente gastassem pouco, a caminhada foi cheia de paradas para compras, pois
haviam recebido bastante na colheita do algodão.
(E) Em virtude de gastarem geralmente pouco e de haverem recebido bastante na colheita do
algodão, a caminhada foi cheia de paradas para compras.

5 – GABARITO

1. D 15. C 29. D
2. E 16. C 30. C
3. D 17. B 31. B
4. E 18. C 32. A
5. A 19. E 33. D
6. A 20. B 34. B
7. B 21. B 35. B
8. D 22. B 36. B
9. A 23. B 37. D
10. D 24. E 38. E
11. D 25. A 39. C
12. A 26. C 40. A
13. D 27. D 41. B
14. A 28. A 42. D

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