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que é a descentralização?

DISPONIVEL EM:
https://www.dn.pt/poder/descentralizacao-o-que-e-isso-9841793.html

É o processo de transferência de competências, que atualmente são exercidas


pelo Estado central, para as autarquias. Os termos concretos do que será
transferido estão a ser negociados, há já dois anos, entre o executivo e a
Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). Até agora foi
aprovada a lei-quadro da descentralização, que estabelece apenas
princípios genéricos, que vão ser especificados em decretos setoriais do
governo (os primeiros sete foram hoje aprovados)

Que competências vão passar para as autarquias?SUBSCREVER

São 23 as áreas em que está previsto que as autarquias venham a assumir


novas competências. Entre as mais importantes contam-se a saúde, a
educação, a habitação, a justiça, a ação social, a cultura ou o património.

Para além destas, os municípios passam também a assumir novas


responsabilidades nas áreas da proteção, saúde animal e segurança alimentar,
no policiamento de proximidade, no estacionamento público, nas vias de
comunicação, na captação de investimento, nas estruturas de atendimento ao
cidadão e na segurança contra incêndios em edifícios. Áreas protegidas, áreas
portuárias e praias. A promoção turística e modalidades afins dos jogos de
fortuna ou azar também passam a ficar sob a alçada das autarquias.

O que é que isto significa em concreto?

Depende das áreas. Por exemplo, na educação (que ainda está em


negociações), o Estado central quer passar para as autarquias a
propriedade física de todas as escolas do ensino básico e secundário (996
escolas no total), bem como do pessoal não docente (43 mil funcionários).
Ou seja, passam a ficar a cargo das autarquias as obras nos edifícios escolares
- sejam grandes ou pequenas -, as refeições escolares ou a ação social escolar.
Caberá também aos municípios assegurar questões como a segurança ou a
contratualização de água e eletricidade. No capítulo dos recursos humanos, as
câmaras ficam responsáveis pela contratação e gestão de funcionários. Já os
professores mantém-se na alçada do Ministério da Educação, que continua
também a ditar os calendários escolares e as orientações pedagógicas.

Na área da saúde, os centros de saúde também passam a ser geridos


pelas autarquias, no que respeita à manutenção dos edifícios, segurança ou
limpeza. Com exceção dos médicos e dos enfermeiros, os restantes
funcionários também passam para a esfera autárquica.

Que diferença faz esta mudança, para os cidadãos?


O princípio que preside à descentralização é o de que as autarquias, pelo fator
de proximidade, estão mais capacitadas para responder às necessidades locais
e para gerir os vários equipamentos no seu território. Na prática, as câmaras
passam a ser os interlocutores dos cidadãos e empresas num conjunto
muito mais alargado de situações.

Um exemplo: a autorização e licenciamento de equipamentos de praia passa a


ser feita junto das autarquias, que ficarão também responsáveis pela limpeza
das zonas balneares, sejam elas praias marítimas ou fluviais.

Que dinheiro vai passar o Estado para as autarquias?

Esta é uma das grandes controvérsias em torno da descentralização. De acordo


com um relatório elaborado pela secretaria de Estado das Autarquias Locais,
entregue à Associação Nacional de Municípios Portugueses, o governo quer
transferir para o poder local 889,7 milhões de euros. Deste valor global, a
grande fatia destina-se ao setor da educação - 797 milhões, a distribuir
pelos 308 municípios de Portugal continental. Na saúde, a estimativa é de
83 milhões de euros, na habitação de 7,6 milhões de euros. Para a cultura vai
1,1 milhões de euros.

Mas as autarquias estão muito longe de se dar por satisfeitas com estes
valores, que dizem não cobrir os gastos que vão ter com as novas
competências. Por exemplo, na área da educação a verba a transferir é
considerada insuficiente, até porque em muitos casos o parque escolar que vai
passar para os municípios está degradado e a necessitar de grandes obras. O
mesmo princípio é invocado para os centros de saúde.

Há consenso quanto a este processo de descentralização?

Não, pelo contrário. Embora todos os partidos se afirmem defensores do


princípio de atribuir maiores competências ao poder local, este processo
conduzido pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, está a
revelar-se polémico. À esquerda, BE e PCP defendem a criação de regiões - a
sempre invocada regionalização - e argumentam que aqui se trata de uma
municipalização, com a agravante de poder pôr em causa a universalidade e a
equidade no acesso quer à educação, quer à saúde.

À direita, o CDS é um crítico de primeira hora. Já o PSD, chegou a assinar com


o governo, em abril, um acordo-chapéu para a transferência de novas
competências para as autarquias, mas tem-se progressivamente afastado do
processo, com muitas críticas ao desempenho do executivo.

E há uma outra frente de contestação ao processo, das próprias


autarquias, com destaque para a Câmara Municipal do Porto. Rui Moreira,
líder do município, até já ameaçou retirar a Invicta da ANMP, defendendo que
as competências a transferir não são mais do que encargos administrativos,
desprovidos de qualquer poder real de decisão.
Quando é que a descentralização será implementada?

De acordo com a lei-quadro que regula a transferência de competências para as


autarquias, os municípios têm até 2021 para assumir as novas competências.
Até lá, os municípios decidem anualmente quais as áreas que querem chamar a
si - podem assumir as novas competências apenas parcialmente, ou mesmo
não assumir nenhuma. Mas em 2021 a transferência torna-se obrigatória.

Tipos[editar | editar código-fonte]


Visualizado o conceito de descentralização da prestação dos serviços públicos, há que
destacar os modelos de descentralização adotados pela doutrina. Não há, pelos
doutrinadores, uniformidade na classificação das subespécies de descentralização.
Entretanto, é mais didática a apresentação feita pela professora Maria Sylvia Zanella di
Pietro, em seu livro Direito Administrativo, São Paulo, Ed. Atlas, 1997, 8° ed. Pg. 296 e ss.
Em seu curso, a professora Maria Sylvia divide a descentralização inicialmente em política
e administrativa.

Descentralização política[editar | editar código-fonte]


A descentralização política ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições
próprias que não decorrem do ente central. A descentralização política decorre
diretamente da constituição (o fundamento de validade é o texto constitucional) e
independe da manifestação do ente central (União).

Descentralização administrativa[editar | editar código-fonte]


Ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições que decorrem do ente central,
que empresta sua competência administrativa constitucional a um dos entes da federação,
tais como os Estados-Membros, os municípios e o distrito federal, para a consecução dos
serviços públicos.
Assim, entende-se que, na descentralização administrativa, os entes descentralizados têm
capacidade para gerir os seus próprios negócios, mas com subordinação a leis postas pelo
ente central.
A descentralização administrativa se apresenta de três formas. Pode serː territorial ou
geográfica; por serviços, funcional ou técnica; e por colaboração.
Descentralização territorial ou geográfica[editar | editar código-fonte]
É a que se verifica quando uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada
de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade jurídica própria e com
a capacidade legislativa (quando existente) subordinada a normas emanadas do poder
central.
No Brasil, podem ser incluídos, nessa modalidade de descentralização, os Territórios
federais do Brasil, embora estes, na atualidade, não existam mais.
Descentralização por serviços[editar | editar código-fonte]
A descentralização por serviços, funcional ou técnica é a que se verifica quando o poder
público (União, Estados, Distrito Federal ou Município), por meio de uma lei, cria uma
pessoa jurídica de direito público (autarquia) e, a ela, atribui a titularidade (não a plena,
mas a decorrente de lei) e a execução de serviço público descentralizado. Na
descentralização por serviços, o ente descentralizado passa a deter a "titularidade" e a
execução do serviço nos termos da lei, não devendo e não podendo sofrer interferências
indevidas por parte do ente que lhe deu vida. Deve, pois, desempenhar o seu mister da
melhor forma e de acordo com a estrita demarcação legal.
Descentralização por colaboração[editar | editar código-fonte]
A descentralização por colaboração é a que se verifica quando por meio de contrato
(concessão de serviço público) ou de ato administrativo unilateral (permissão de serviço
público), se transfere a execução de determinado serviço público a pessoa jurídica de
direito privado, previamente existente, conservando o poder público, in totum, a titularidade
do serviço, o que permite, ao ente público, dispor do serviço de acordo com o interesse
público.
Doutrina minoritária permite, ignorando o DL 200/67, a transferência da titularidade legal e
da execução de serviço público a pessoa jurídica de direito privado. Essa classificação
permitiria, no Brasil, a transferência da titularidade legal e da execução dos serviços
às sociedades de economia mista e às empresas públicas.
Feitas as distinções concernentes ao tema, vale recordar que a descentralização não se
confunde com a desconcentração.

Desconcentração[editar | editar código-fonte]


A desconcentração é procedimento eminentemente interno, significando, tão somente, a
substituição de um órgão por dois ou mais com o objetivo de acelerar a prestação do
serviço. Na desconcentração, o serviço era centralizado e continuou centralizado, pois que
a substituição se processou apenas internamente.
Na desconcentração, as atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que
compõe a hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre um e
outros. Isso é feito com o intuito de desafogar, ou seja, desconcentrar, tirar, do centro, um
grande volume de atribuições para permitir o seu mais adequado e racional desempenho.
As definições e as diferenças entre "descentralização administrativa" e "desconcentração
administrativa" costumam ser cobradas com muita frequência nas provas de direito
administrativo de qualquer concurso público. O assunto não é difícil, embora não seja raro
encontrarmos equívocos em muitos materiais preparatórios.

No direito administrativo brasileiro[editar | editar código-


fonte]
Ver artigo principal: Autarquia (direito administrativo brasileiro)
No âmbito do direito administrativo brasileiro, autarquias são pessoas jurídicas de direito
público, criadas por lei específica (art. 37, XIX, da constituição federal), que dispõem de
patrimônio próprio e realizam atividades típicas do Estado, de forma descentralizada.

No direito constitucional português[editar | editar código-


fonte]
Em Portugal, o termo "autarquia" é, sobretudo, aplicado às autarquias locais.
Presentemente, existem duas categorias de autarquias locais: os municípios e
as freguesias. Como autarquias locais, a Constituição também prevê a eventual criação de
regiões administrativas e de organizações territoriais especiais nas grandes áreas urbanas
e nas ilhas.[4]
No passado, a organização administrativa portuguesa também teve órgãos
representativos, constituindo, assim, autarquias locais. Os distritos (nos períodos de 1878–
1892, de 1913–1937 e de 1959–1976) e as províncias (no período de 1937–1959).[5]
As eleições para os órgãos representativos das autarquias locais são designadas "eleições
autárquicas". São designados "autarcas" os membros dos órgãos executivos das
autarquias locais (câmaras municipais e juntas de freguesia), sobretudo aqueles que têm
funções executivas.

Na história portuguesa[editar | editar código-fonte]


No regime corporativo do Estado Novo português, além das autarquias locais, também
eram referidos, como autarquias, os organismos corporativos dotados de personalidade
jurídica, representativos dos grupos profissionais. Eram autarquias os sindicatos,
os grémios, as casas do povo e as casas dos pescadores, bem como as suas federações
e uniões e as corporações.[6]

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