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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB CENTRO DE

CIÊNCIAS JURÍDICAS - CCJ


CURSO: Bacharelado em Direito
DISCIPLINA: Direito Tributário II
PROFESSOR: Jimmy Matias Nunes
MESTRE: 8º - MANHÃ CARGA HORÁRIA: 60 HORAS
UNO(A):
TRÍCULA:

ESTUDO DIRIGIDO – UNIDADE II


PESO: 2,0 (dois pontos).

QUESTÃO 1:
Marcelo decidiu não pagar o imposto de renda do último ano, pois sua esposa Júlia,
servidora pública, sofreu acidente de carro e foi declarada absolutamente incapaz, em
virtude de traumatismo craniano gravíssimo. Ocorre que a Receita Federal efetuou o
lançamento e notificou Marcelo, nos termos da lei, acerca do crédito tributário em aberto.
Quando Marcelo recebeu a notificação, ele se dirigiu à Receita e confessou a infração,
prontificando-se a pagar, de imediato, o tributo devido, sem multa ou juros de mora.
Diante do caso concreto acima narrado, responda: quais os requisitos para que a
responsabilidade por infração tributária seja excluída pelo instituto denúncia espontânea?
Marcelo poderá se beneficiar da denúncia espontânea? Fundamente sua resposta.

O Código Tributário Nacional traz como medida de política tributária e visando atrair de volta
à legalidade contribuintes que dela se afastaram o instituto da “denúncia espontânea”, oferecendo
em troca a garantia de não aplicação de medidas punitivas. De acordo com o art. 138 do CTN: “A
responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso,
do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de operação. Parágrafo único.
Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento com
infração”. Assim, se o contribuinte confessar o fato, corrigindo sua declaração, e pagando a
diferença de imposto devida, será beneficiado pelo instituto da denúncia espontânea, não sendo
punido. A configuração da denúncia espontânea, com o consequente benefício do afastamento da
responsabilidade pela infração, depende que a confissão seja realizada antes que o Fisco tome
qualquer providência tendente a lançar o tributo. Assim, é notório que o exemplo narrado, Marcelo
não poderá se beneficiar da denúncia espontânea.

QUESTÃO 2:
Em março de 2016, o Município X publicou lei instituindo novos critérios de
apuração e ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas. Com
base nessa nova orientação, em outubro do mesmo ano, o fisco municipal verificou a
ausência de declaração e recolhimento de valores do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza - ISSQN devidos pela pessoa jurídica Y, referentes ao ano-calendário 2014; diante
dessa constatação, lavrou auto de infração para cobrança dos valores inadimplidos.
No caso acima exposto, poderia a lei instituída pelo município X ter sido aplicada
aos lançamentos referentes a fatos geradores ocorridos antes de sua vigência?
Fundamente sua resposta.

R – Sim, poderia, a possibilidade está fundamentada no CTN em seu art. 144, §1°, que
dispõe o seguinte: “§ 1.º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência
do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de
fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado
ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros. O disposto no §1° contrasta com o caput do referido artigo,
este trata de legislação tributária material, em que nestes casos aplica-se a legislação vigente à
época do fato gerador, enquanto a situação descrita no §1° refere-se a legislação formal,
claramente percebida na referência que se faz aos “novos critérios de apuração ou processos de
fiscalização”.

QUESTÃO 3:
É possível haver alteração do lançamento após a notificação regular do sujeito
passivo? Se sim, em quais situações? Fundamente.

Via de regra, feita a notificação, o lançamento se presume definitivo, porém o artigo


145 do CTN apresenta os casos excepcionais nos quais poderão ser feitas as devidas
alterações, sendo elas: a impugnação do sujeito passivo; recurso de ofício; e a iniciativa de
ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 149.
A primeira se justifica por ser uma maneira legal de se insurgir contra a pretensão do
Fisco, em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Quanto à segunda
hipótese, ela se fundamenta na ideia de remessa necessária à instância superior, referindo-
se, nos casos fiscais, à necessidade da remessa do processo à segunda instância quando
o sujeito passivo que discorda de lançamento realizado, impugnando-o, e a autoridade
julgadora, anuindo com as justificativas da impugnação, desconstitui total ou parcialmente
o crédito, liberando o contribuinte de montante acima de certo valor. Por fim, coadunando
com o princípio da autotutela, a autoridade deverá agir de ofício quando verificado algum
vício, corrigindo-o.

QUESTÃO 4:
É possível dizer que o crédito tributário surge com o fato gerador? O que é
lançamento? Qual a natureza jurídica do lançamento? Quais as modalidades de
lançamento existentes no ordenamento jurídico-tributário brasileiro? Conceitue e
exemplifique cada uma dessas modalidades.
O crédito tributário surge apenas com o lançamento (feito com a existência do fato
gerador) que, conforme o artigo 142 do CTN, “é o procedimento administrativo tendente a
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributária, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
propor a aplicação da penalidade cabível” e, para maior parte da doutrina, possui natureza
declaratória.
Quanto às modalidades de lançamento, ela pode ser feita de ofício, por declaração
ou por homologação (“autolançamento”). Na primeira, a autoridade fiscal lança o tributo,
sem colaboração relevante do devedor, usando os dados que possui sobre o sujeito
passivo. É o que ocorre, por exemplo, no lançamento do IPTU. A segunda modalidade
(misto) ocorre mediante declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um deles
fornece à autoridade administrativa a matéria de fato necessária à constituição do crédito
tributário. Apesar de ter caído em desuso, cita-se como exemplo o caso do ITPI quando a
legislação municipal prevê o procedimento dessa forma. Já no lançamento por
homologação, caso do IR, o contribuinte tem papel fundamental no lançamento,
considerando que além de prestar todas as informações necessárias ao lançamento, ele
deve calcular o valor devido e da antecipação do seu recolhimento, sendo imposto ao Fisco,
realizar a sua homologação.

QUESTÃO 5:
Nos tributos sujeitos à lançamento por homologação, quais são os momentos em
que se considera constituído e extinto o crédito tributário? Fundamente.
A Autoridade Administrativa possui três formas de constituição do crédito tributário, quais
sejam, o lançamento por declaração, lançamento por homologação e por meio do
lançamento de ofício.
O lançamento por homologação ocorre quando o próprio sujeito passivo verifica a
ocorrência do fato gerador, calcula o tributo e realiza o pagamento, independentemente de
qualquer atuação prévia da autoridade administrativa. Esta apenas irá verificar se o
pagamento foi realizado corretamente, momento em que irá efetivar o lançamento tributário.
Nesse diapasão, a constituição definitiva do crédito tributário ocorre no momento em que a
autoridade administrativa toma conhecimento da atividade exercida pelo sujeito passivo e
a homologa.
Em contrapartida, o crédito será extinto quando for pago e posteriorme homologado
o lançamento. Ademais, no silêncio da autoridade fiscal competente, pelo prazo de cinco
anos, a contar da ocorrência do fato gerador, ocorre a homologação tácita e extinção do
crédito tributário, conforme o § 4º do art. 150 do CTN.

QUESTÃO 6:
Qual a diferença entre o lançamento por declaração e o lançamento por homologação?
Fundamente e exemplifique.

Primeiramente, em relação ao lançamento por declaração previsto no art. 147 do CTN, cuja
principal característica desse tipo de lançamento, é o fato do sujeito passivo ou até mesmo um
terceiro possuir a prerrogativa de informar à autoridade administrativa a ocorrência de um fato
gerador, ou seja, o contribuinte ou terceiro apresentará o formulário, contendo suas informações,
cujos os dados estando corretos, são tomando pelo Fisco para apurar o valor devido do tributo, com
base nos dados fornecidos.
O lançamento por homologação, por sua vez, está previsto no art. 150 do CTN, que
possibilita ao sujeito passivo lançar seus próprios tributos, quando a legislação atribua a ele o dever
de antecipar o pagamento desses sem prévio exame da autoridade administrativa competente, mas
que tomando conhecimento da atividade exercida e do respectivo pagamento, a autoridade deverá
homologar tal feito, fazendo com que estes sejam extintos após a realização desse ato de
conhecimento.

QUESTÃO 7:
A Assembleia Legislativa de determinado estado da federação aprovou lei de
parcelamento tributário estabelecendo, entre outras medidas, a suspensão, por 36 (trinta e seis)
meses, dos pagamentos devidos por tributos vencidos até o momento de aprovação da lei, o
parcelamento em 120 (cento e vinte) parcelas das dívidas e o perdão de
50% das multas tributárias devidas.
No contexto acima, quais causas de suspensão, extinção ou exclusão do crédito tributário
foram previstas na lei? Explique.

QUESTÃO 8:
Qual a diferença entre moratória geral e moratória individual? É possível dizer que, em
qualquer situação, a previsão legal de moratória gera direito subjetivo ao sujeito passivo?
Entende-se por moratoria quando um ente federativo diante de uma situação excepcional estende
o prazo para pagamento do tribute, pode ser concedida em carater geral e individual. A moratoria
geral abrange todos os sujeitos passivos, independente de caracteristicas individuais e gera direito
adquirido. Já moratória concedida em caráter individual depende de que o interessado demonstre,
em requerimento formulado à autoridade administrativa competente, o cumprimento de certas
condições e requisitos indispensáveis ao gozo do benefício. Com base nas informações e
comprovação documental fornecidas à autoridade fiscal, esta profere “despacho” reconhecendo ou
não o direito à moratória. Desta forma conclui-se que a moratória individual não gera direito
subjetivo, sendo necessário a comprovação ao físico para poder ter o direito concedido.

QUESTÃO 9:
Quais as diferenças entre REMISSÃO, ISENSÃO e ANISTIA?

Entende-se como Remissão a dispensa gratuita da dívida, feita pelo credor em benefício do
devedor. Em se tratando-se de crédito tributário, devido ao princípio da indisponibilidade do
patrimônio público, a remissão somente pode ser concedida com fundamento em lei específica (CF,
art. 150, § 6.°). As regras gerais sobre a remissão, como forma de extinção do crédito tributário,
encontram-se no art. 172 do CTN. A isenção configura-se como incidente sobre o crédito tributário
decorrente da obrigação de pagar o tributo em si e é regulada pelos artigos 176 a 179 do CTN e
sua previsão depende de legislação de cada ente em relação aos tributos sobre os quais tem
competência constitucional. Assim, não é possível que um ente federado crie por lei isenção sobre
tributo que não seja de sua competência. Tal forma de exclusão do crédito tributário pode ser
concedida em caráter geral, por lei que a preveja sem a necessidade de fixar condições para seu
usufruto, ou em caráter individual, quando o sujeito passivo da obrigação tributária deve demonstrar
ter as condições exigidas por lei para a concessão do benefício fiscal. Já em relação à anistia,
podemos dizer que também se trata de benefício fiscal regulado pelos artigos 180 a 182 do mesmo
Código. De início, ela difere da isenção com relação à sua extensão, esta pode ser concedida em
caráter geral ou individual, configurando benefício a todos ou apenas a alguns contribuintes que
atendam a certas condições. Em suma a isenção refere-se ao crédito tributário decorrente da
obrigação de pagar tributos, enquanto a anistia refere-se ao crédito cuja origem é a obrigação de
pagar multas decorrentes de infrações à legislação tributária.

QUESTÃO 10:
Quanto aos tributos sujeitos a lançamento por homologação, responda: qual o
prazo estabelecido pelo Código Tributário Nacional para que a Administração Tributária
efetue a homologação da atividade realizada pelo sujeito passivo? Qual a consequência
da não observância de tal prazo?
Disposto no art. 150, do Código Tributário Nacional, o lançamento por homologação
ocorre “quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o
pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a
homologa”. Se a lei não fixar prazo para a homologação, será ele de cinco anos, a contar da
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo
se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

QUESTÃO 11:
Determinado tributo deveria ter sido lançado no dia 09 de março de 2018, uma sexta-
feira, mas o contribuinte não providenciou a declaração do débito. A legislação desse
tributo
atribuiu ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa. Nessa situação hipotética, considerando-se a posição
majoritária do STJ, qual a data correta para o início da contagem do prazo quinquenal para
a fazenda pública constituir o crédito tributário?
Considerando a posição majoritária do STJ, com fulcro no entendimento da súmula
555, temos que quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial
quinquenal para que o fisco constitua o crédito tributário conta-se exclusivamente na
forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o
dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
Assim sendo, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-
se após 5 (cinco) anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado. Devido a isso, no caso em tela, levando em conta
que o tributo deveria ter sido lançado no dia 09 de março de 2018, a data correta para o
início da contagem do prazo quinquenal para a fazenda pública constituir o crédito
tributário é 1 de janeiro de 2019.

QUESTÃO 12:
O que se entende por prescrição intercorrente? Fundamente.

Conforme previsão do artigo 40, § 4º, da Lei de Execução Fiscal, incluído pela Lei nº
11.051/04 ficou sedimentado que o juiz está autorizado a decretar de ofício a Prescrição
Intercorrente, quando após suspenso o processo por um ano, decorra 5 (cinco) anos sem
manifestação da parte interessada, desta forma considera-se prescrição intercorrente
aquela que sobrevém ao despacho ordenatório do arquivamento dos autos da execução
fiscal, se houver inércia do titular da pretensão de cobrança do crédito fiscal, pelo prazo de
mais de cinco anos.

QUESTÃO 13:
Um determinado Estado concedeu desconto de 50% sobre as multas moratórias
aplicáveis aos contribuintes devedores do ICMS, desde que eles (1) requeressem esse benefício
até o dia 30/06/2010, (2) confessassem expressamente o débito do imposto e dos encargos
incidentes sobre ele, e (3) efetuassem o pagamento de todo o crédito tributário devido, com o
referido desconto, em, no máximo, 12 parcelas consecutivas. O não pagamento de qualquer
parcela, na data de vencimento, autorizaria a Fazenda Pública estadual a romper o acordo e a
ingressar, imediatamente, com ação de execução fiscal, para cobrança do valor remanescente,
objeto de confissão. Determinada empresa requereu o benefício em 25/10/2010, relativamente a
um débito líquido e certo, constituído definitivamente no mês de maio de 2006, confessou o débito
na mesma data, mas só pagou a primeira das 12 parcelas. Em razão disso, foi proposta a ação
de execução fiscal, e a empresa em questão foi regularmente citada em 10/02/2014. Ao oferecer
seus embargos à execução, dias depois de sua citação, ela alegou, entre outras coisas, a
ocorrência de prescrição. A decisão de primeira instância só foi proferida em março de 2016. A
tramitação do processo nunca parou.
Tendo em vista as normas do Código Tributário Nacional acerca desta matéria, é correto
afirmar que já tinha ocorrido a prescrição na data em que foi proferida a referida sentença?

Como a empresa requereu o benefício em 25/10/2010, fazendo assim a confissão do débito. No entanto
o contribuinte parcelou o crédito tributário em 12 meses e só pagou a 1° parcela. Neste caso o crédito
tributário fica SUSPENSO e se INTERROMPE a PRESCRIÇÃO.

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Art. 174 Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor.

O STJ entende que o parcelamento, por importar em ato inequívoco de reconhecimento de dívida,
importa em interrupção - e não suspensão - do prazo prescricional (STJ. 2ª Turma. rel. Min. Eliana
Calmon. DJe 19.06.2013).
Como a empresa foi regularmente citada em 10/02/2014, mais uma vez houve a interrupção da
prescrição, pela hipótese do Art. 174, I

I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação


dada pela Lcp nº 118, de 2005)

Desse modo:

● 05/2006 Constituído o crédito tributário


● 25/10/2010 A empresa requereu o benefício, confessou na mesma data e só pagou 1° parcela,
sendo assim, suspendeu o crédito tributário e interrompeu a prescrição! Voltou para 5 anos o
prazo para o fisco ajuizar a execução.

● 10/02/2014 regularmente citada nessa data, assim, não prescreveu o crédito tributário! Pois
de 2010 para 2014 se passaram 4 anos.

QUESTÃO 14:
Existem causas de suspensão da prescrição tributária? Explique.

Sim, existem. Nas causas de suspensão da prescrição, a fluência do prazo fica


temporariamente paralisada, voltando a correr pelo tempo remanescente se desaparecer
a circunstância que causou a suspensão.
A primeira causa de suspensão da prescrição é a inscrição na dívida ativa e está prevista
no art. 2º, § 3º, da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais ou LEF).
A segunda causa de suspensão da prescrição consta do art. 40 da LEF, a saber, se no
curso da execução fiscal o juiz suspender o processo enquanto não for localizado o
devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora. Nessa hipótese, o
prazo prescricional fica suspenso enquanto perdurar a suspensão da execução.
A terceira causa de suspensão da prescrição se dá nos casos de moratória,
parcelamento, isenção, remissão ou anistia concedidas em caráter individual de maneira
fraudulenta, pois, de acordo com o art. 155, parágrafo único, do CTN, o tempo decorrido
entre a concessão da vantagem e sua revogação não se computa para fins de prescrição

QUESTÃO 15:
Quais as diferenças entre a moratória parcelada e o parcelamento?

Apesar de ambos suspenderam o crédito tributário, a moratória parcelada é uma medida de


política econômica e social, ao passo que o parcelamento é uma medida de política fiscal. Além
disso, no parcelamento o sujeito passivo está inadimplente. A moratória parcelada refere apenas
ao tributo e sob créditos já constituídos quando estes não estão vencidos, ao passo que o
parcelamento inclui o tributo + multa + mora.

QUESTÃO 16:
É possível afirmar que o depósito do montante integral é requisito de admissibilidade de
impugnação administrativa ou de ação judicial que pretenda discutir sobre o lançamento de um
crédito tributário? Explique e fundamente.

QUESTÃO 17:
Quais as diferenças entre a consignação em pagamento e o depósito do montante
integral? Em quais situações o sujeito passivo está autorizado a realizar a consignação em
pagamento? Fundamente.
A diferença entre consignação em pagamento e o depósito do montante integral é que o primeiro
realiza o depósito do valor que entende ser devido e não aquele cobrado pelo Fisco, a consignação
tem como efeito apenas a suspensão do processo, uma vez que vai se analisar o que é ou não
devido, já o depósito integral tem como efeito a extinção do crédito tributário. É válido ressaltar, que
na consignação do pagamento, caso ao final da ação tenha visto que o contribuinte deve mais do
que o depositado, este deverá pagar o restante acrescido de juros de mora.
No art. 164 do CTN disciplina que a consignação ocorre nos seguintes casos: I – de recusa de
recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao
cumprimento de obrigação acessória (quando o contribuinte deseja pagar algum tributo e este é
impedido, pois só deixam pagar caso este quite todo o suposto débito); II – de subordinação do
recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal (quando o fisco
burocratiza sem fundamentar o pagamento do crédito tributário); III – de exigência, por mais de uma
pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador (pode ocorrer
em casos de município limítrofes no qual os dois cobra o mesmo contribuinte a pagar IPTU do
mesmo imóvel, gerando assim a bitributação).

QUESTÃO 18:
A empresa ABC Ltda. obtém na justiça medida liminar em mandado de segurança com o
objetivo de afastar o pagamento de imposto devido sobre determinada base de cálculo. Supondo
que a legislação nacional exija, com relação ao imposto em questão, a apresentação mensal de
declaração relativa à ocorrência de fatos geradores do imposto, é correto afirmar, com base no
Código Tributário Nacional, que a medida liminar obtida deve ser estendida à obrigação de
apresentar a referida declaração? Fundamente.
Não, uma vez que a medida liminar deferida é provisória, uma vez que ainda terá o julgamento do
mérito, sendo assim a mera suspensão da exigibilidade do crédito tributário por decisão judicial não
dispensa o cumprimento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal cujo
crédito seja suspenso, ou dela consequentes.

QUESTÃO 19:

Por meio de decreto de vigor e eficácia imediatos, o prefeito do município de Campina


Grande /PB, comovido por inundação ocorrida em seu território, isentou do pagamento de IPTU
por dois anos os proprietários dos imóveis mais afetados, tendo justificado a medida com base
na equidade. A referida isenção é válida? Fundamente.

QUESTÃO 20:
Danilo, proprietário de um único imóvel em que reside com sua esposa, no Município do
Queimadas/PB, é réu em ação de execução fiscal promovida pela Fazenda Pública Municipal por
falta de pagamento do IPTU. O referido, imóvel, por servir de residência do próprio casal, poderá
sofrer penhora no âmbito da ação de execução fiscal?

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