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Deem-se exemplos:
“Na realidade, o que temos nesses casos é, a uma só vez, parataxe e hipotaxe, mas não
no mesmo nível de estruturação gramatical” (Evanildo Bechara);
“Não é da língua culta usar este verbo como não pronominal e, a uma só vez, como
transitivo relativo introduzido por de” (Carlos Nougué);
“Provinciana e moderna a uma só vez, a crônica modernista revela uma tensão contínua
entre tempos diversos e espaços heterogêneos, fundindo numa liga complexa
componentes discrepantes, provenientes de formas distintas, mas mescladas” (Arrigucci
Junior);
“Aqui estou pois, Filha. Sujeito e em terra a uma vez alheia e nossa, como cumpre a
fado português” (Maria Velho da Costa).
OBSERVAÇÃO: Pode-se, e é preferido, como visto dos exemplos acima, dar-se o adjetivo só
desta construção ao modo de reforço, da mesma sorte que a um tempo (a um só tempo). Porque
pode redundar não raro em anfibologia, não se usem a expressão à vez, que tem registrada a
1
Apud Padre Pedro Adrião, Tradições Clássicas da Língua Portuguesa, 2ª edição. Academia Brasileira de Letras,
2010. – É de notar que era mais comum à época lançar mão da preposição a em lugar da em, o que se dá
modernamente ao revés. Por isso vimos, no mesmo Lucena e em outros, expressões como “a uma só bofetada”,
“Começaram de subir a um mesmo tempo” (Jacinto),
significação de ‘por turnos, vez a vez’ ou variantes como à mesma vez, à vez que, à mesma vez
que, etc., construções estas que são por um lado cacofônicas e por outro nunca tiveram lugar
em português.