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solo com cimento, JÚNIOR (2014) recomenda que engenheiros, quando diante
de projetos que prevêem misturas com outros materiais, se possível, executar
testes antes de aplicar esta técnica na obra, para ter conhecimento da quantidade
de cada um dos elementos misturados, da umidade exigida, dentre outras
características;
c) Imprimação: é uma camada de ligantes asfáltico, através de um sistema diluído
de cura média, CM-30, aplicado logo sobre a base, com finalidades como:
impermeabilizar e garantir coesão e aderência. JÚNIOR (2014). A norma
responsável por regulamentar os serviços de imprimação é a 144/2012 – ES do
DNIT. O processo exige isolamento com relação ao tráfego, logo, deverá,
primeiramente, ser sinalizada, para garantir, além da segurança de todos, que os
serviços tenham uma boa qualidade. O CM-30 é aplicado acima da base e,
segundo a norma citada anteriormente, não pode ultrapassar a temperatura de
45ºC;
d) Pintura de Ligação: semelhante à imprimação, porém tem a finalidade de
promover aderência entre as camadas, e estas são geralmente de revestimento
asfáltico. A aplicação ocorre também de forma semelhante, com um cuidado
maior para que não se tenha impurezas na camada inferior;
e) Revestimento Asfáltico: um dos tipos de revestimento asfáltico mais usado nas
vias, tanto urbanas como rodovias, é o CBUQ – Concreto Betuminoso Usinado a
Quente, geralmente composto por agregados e um ligante, o CAP – Cimento
Asfáltico de Petróleo, misturados a uma temperatura que varia de 107ºC à 177ºC.
É a camada que receberá os primeiros impactos dos veículos, logo, deve ser
rigorosamente testada e analisada em laboratório antes de ser aplicada. A norma
técnica que regulamenta os serviços é a DNIT 031/2006 – ES. Para aplicação do
CBUQ são primordiais algumas máquinas e equipamentos como vibroacabadora
de asfalto, rolo metálico liso, rolo de pneus e caminhões basculantes.
2.2.4 Sistemas de Drenagem
Drenagem é uma operação escoar às águas dos terrenos úmidos, por meio de
canalização especial. (SENÇO, 2001).
Um sistema de drenagem conciso e de boa funcionalidade preserva o
pavimento asfáltico, pois a água pode prejudicar o asfalto de diversas formas,
como, por exemplo, se passar abaixo da pista, pode levar o solo embora,
deixando vazios e provocando a queda do pavimento sobre esses vazios. Outra
forma é a formação de poças de água na pista, que irá oferecer riscos aos
veículos, além de fazer com que a vida útil da pista seja menor.
O sistema de drenagem é composto por diversos dispositivos ou
elementos como valetas, sarjeta, bueiros, drenos, taludes etc. e, juntos têm o
objetivo de captar a água advinda de precipitações e direcioná-la para uma seção
onde não vá prejudicar o sistema de pavimentação nem a segurança da pista,
com acumulo de água ou alagamentos. (SENÇO, 2001).
As vias podem ser atingidas por água que provém de diversas fontes, tais como:
chuvas diretas sobre a plataforma; fluxo de águas superficiais de terrenos
adjacentes; inundações de cursos de água; e infiltração subterrânea.
Um sistema de drenagem superficial tem por objetivo a captação ou interceptação e
remoção das águas precipitadas, sobre as estradas e áreas adjacentes, que escoam
superficialmente. A água superficial é a água que resta de uma chuva após serem deduzidas as
perdas por evaporação e por infiltração.
As águas superficiais devem ser removidas ou conduzidas para fora do corpo estradal,
ou para locais apropriados de desague seguro, para evitar a sua acumulação na estrada, bem
como visando proporcionar estabilidade aos maciços de terra que constituem a infraestrutura e
não causar erosão nos terrenos marginais. O sistema de drenagem superficial se compõe dos
seguintes dispositivos, os quais serão detalhados na sequência: valeta de proteção de corte;
valeta de proteção de aterro; sarjeta de corte; sarjeta e meio-fio de aterro; sarjeta de canteiro
central e de banquetas; transposição de segmentos de sarjetas; saída e descida d’água em
talude; dissipador de energia; bueiro de greide; caixa coletora; bacia de captação e vala de
derivação; vala lateral e corta-rio.
2 PAVIMENTAÇÃO
Medina (1997), os pavimentos asfálticos, as camadas de base, sub-base e reforço do
subleito são de grande importância estrutural. Estes limitam as tensões e deformações na
estrutura do pavimento, no qual a combinação de materiais e espessuras das camadas
constituintes, formam os pavimentos.
DNIT (2017), pavimentos asfálticos são:
(...) Normalmente constituídos de quatro camadas: revestimento, base, sub-base e reforço do subleito.
O revestimento é composto por uma mistura constituída basicamente de agregados pétreos e ligante
asfáltico, sendo a camada superior destinada a resistir diretamente às ações do tráfego e transmiti-las
de forma atenuada às camadas inferiores, além de impermeabilizar o pavimento e melhorar as
condições de conforto e segurança da via. (...) Pode ser necessária a execução do reforço do subleito,
que consiste em uma camada com espessura constante, executada quando o subleito possui baixa
capacidade de suporte e também permite reduzir a espessura da subbase. Esta camada de reforço deve
possuir características técnicas superiores ao material do subleito original e inferiores ao material da
sub-base (DNIT, 2017, p.3).
(...) Camada de revestimento primário com utilização de agregado reciclado deve observar ― espessura
máxima camada compactada de revestimento primário: 20 cm; ― umidade de compactação: ± 1,5%, em
relação à umidade ótima obtida em laboratório (ensaio de Proctor, na energia normal); ― grau de
compactação (%) deve ser de no mínimo 100% em relação ao ensaio de compactação - energia normal
(NBR/15115, 2004, p.10).
MATERIAIS
ABNT (NBR/15115, 2004), a camada de reforço do subleito, sub-base e base de agregado
reciclado deve ser executada com materiais que atendam aos seguintes requisitos:
(...) a) deve ser evitada a presença de madeiras, vidros, plásticos, gessos, forros, tubulações, fiações
elétricas e papéis ou materiais orgânicos ou não inertes, classificados como classe “B”, “C” e “D” pela
Resolução CONAMA nº 307; b) o agregado reciclado deve apresentar curva granulométrica, obtida por
meio do ensaio da ABNT NBR 7181, bem graduada, não uniforme, com coeficiente de uniformidade Cu ≥
10 (Cu = D60 / D10); c) a porcentagem que passa na peneira 0,42 mm (nº 40) deve ficar entre 10% e
40%; d) os agregados reciclados devem ser classificados quanto ao tipo de emprego possível na
execução de camadas de pavimentos, segundo parâmetros de Índice de Suporte Califórnia (CBR),
obtidos por meio do ensaio da ABNT NBR 9895, conforme abaixo discriminado: ― material para
execução de reforço de subleito: CBR ≥ 12%, expansão ≤ 1,0% (energia de compactação normal,
conforme ABNT NBR 7182 e ABNT NBR 6457); ― material para execução de sub-base: CBR ≥ 20%,
expansão ≤ 1,0% (energia de compactação intermediária, conforme ABNT NBR 7182 e ABNT NBR 6457);
― material para execução de base de pavimento: CBR ≥ 60%, expansão ≤ 0,5% (energia de compactação
intermediária, conforme ABNT NBR 7182 e ABNT NBR 6457); é permitido o uso como material de base
somente para vias de tráfego com N ≤ 106 repetições do eixo-padrão de 80 kN no período de projeto; e)
no de materiais que não atendam às exigências da alínea anterior, estes podem ser estabilizados
granulometricamente, conforme a ABNT NBR 11804, ou com adição de cimento e/ou cal hidratada, e
neste caso ser submetidos ao ensaio de resistência à compressão simples, após 7 dias de cura, devendo
apresentar resistência de no mínimo 2,1 MPa, em corpos-de-prova moldados na energia de
compactação especificada (NBR/15115, 2004, p.2).
sua compactação, para obtenção da espessura de projeto. Neste caso, a camada deve ser refeita
(NBR/15115, 2004, p.4).
Compactação dos materiais, devem ser observados os seguintes aspectos, de acordo com a
Norma ABNT (NBR/15115, 2004):
(...) a) tendo em vista a importância das condições de compactação da camada de agregado reciclado,
recomenda-se a execução de trechos experimentais, com a finalidade de definir os tipos de equipamentos
de compactação e a seqüência executiva mais apropriada, objetivando alcançar, de forma mais eficaz, a
espessura e o grau de compactação especificados para a camada; b) a energia de compactação a ser
adotada na execução da camada de agregado reciclado deve ser no mínimo de: ― camada de reforço do
subleito – energia normal; ― camada de base e sub-base – energia intermediária (NBR/15115, 2004, p.4).
Como tambem segue a Norma ABNT (NBR/15115, 2004), para execução de compactação:
(...) c) o teor de umidade da mistura, por ocasião da compactação da camada de agregado reciclado,
deve estar compreendido no intervalo de ± 1,5% em relação à umidade ótima obtida no ensaio de
compactação executado com a energia especificada; d) a compactação da camada de agregado
reciclado deve ser executada mediante o emprego de rolos compactadores do tipo pé-de-carneiro
vibratório e liso vibratório; e) nos trechos em tangente, a compactação deve evoluir partindo das bordas
para o eixo e, nas curvas, partindo da borda interna para a borda externa. Em cada passada, o
equipamento utilizado deve recobrir ao menos a metade da faixa anteriormente comprimida; f) durante
a compactação, se necessário, pode ser promovido o umedecimento da camada para correção da
umidade; g) as manobras do equipamento de compactação que impliquem variações direcionais
prejudiciais à qualidade dos serviços devem ocorrer fora da área de compactação; h) o grau de
compactação mínimo exigido para a camada acabada deve ser de 100% em relação à massa específica
aparente seca máxima obtida em laboratório, na energia especificada. O número de passadas do
compactador deve ser definido em função dos trechos experimentais executados; i) em lugares
inacessíveis aos equipamentos de compressão, ou onde seu emprego não for recomendável, a
compactação requerida deve ser feita por meio de compactadores portáteis manuais ou mecânicos
(NBR/15115, 2004, p.5
3 ACOMPANHAMENTO DA PAVIMENTAÇÃO
Primeiramente seguimos a Norma ABNT (NBR/15115, 2004), e seus critérios de Execução
de Pavimentação.
O procedimento adotado foi bem simples, primeiramente foi feita a limpeza da via, utilizou-
se uma moto niveladora para fazer a terraplanagem. Em seguida os caminhões despejavam
o cascalho sobre o terreno já nivelado. A moto niveladora em seguida espalhava todo o
cascalho sobre o terreno.
Após a moto niveladora espalhar o cascalho passava-se um trator com um rolo
compactador. Depois da compactação com o cascalho foi lançado um pó de pedra e feito o
espalhamento manual. Após a compactação pronta, começou o processo de Pavimentação e
colocação do asfalto. Como terreno era muito grande, com muitos lotes, foram vários dias
de estagio em colocação de Pavimento Flexível.
Após isto foi feito o recorte do excesso do Pavimento asfáltico, para a colocação do meio
fio. Primeiramente é importante ressaltar, que é mais correto e pratico colocar o meio fio
primeiro, para evitar acumulo de agua entre o asfalto e o meio fio. Mas como a empresa
responsável pela fabricação do meio fio demorou, o engenheiro encarregado achou mais
correto colocar primeiramente o asfalto e após isto colocar o meio fio, porque tinha o dia
Homem/trabalho, ou seja muitos funcionários parados, e esperar pelo meio fio seria perder
tempo e dinheiro.
Porem isso exigiu um trabalho redobrado, pois teve que ser executado todo um processo
de recorte do asfalto, e algumas vezes, por mal execução da quebra do Pavimento não
Flexível, devido aos funcionários, este teve que ser corrigido, após a colocação do meio fio,
uma nova camada de Pavimento Flexível teve que ser recolocado, como segue a seguir
algumas fotos deste processo, de acordo com a figura 1 e 2 a seguir.
Durante o estágio, a obra encontrava-se na fase de finalização dos serviços de terraplenagem e início da
construção da sub-base em solo laterítico e base em brita graduada simples.
No canteiro de obra, a principal atividade do estágio foi o acompanhamento técnico da execução de
terraplenagem e da construção da sub-base. Neste período, participou-se de diversos ensaios de
confirmação da qualidade dos materiais utilizados nos serviços em andamento, bem como dos ensaios
iniciais que definiram as características de comportamento das camadas de sub-base, de base e dos
revestimentos (asfáltico e concreto-cimento). Por meio destes ensaios foram conhecidos os parâmetros de
acompanhamento e controle de execução das respectivas camadas. Dentre os ensaios pode-se destacar:
- Determinação da umidade pelo método Speedy;
- Determinação da massa específica usando frasco de areia;
- Ensaio de CBR;
- Deflectometria com Viga Bencklelman;
No Anexo III há fotos de ensaios e controles realizados no campo.
Paralelamente às atividades no campo, fez-se um estudo sobre o projeto com a finalidade de compreender
o que havia sido feito e o que seria realizado na obra.
3.2. Trabalho no escritório
As outras áreas de atuação da Rocha Engenharia são consultoria e projetos em obras de infra-estrutura
aeroportuária. Estes trabalhos são realizados, principalmente, em escritório.
Durante este período, pode-se acompanhar e ajudar de diversas formas o Engenheiro Nelson Rocha em
suas atividades. Pode-se destacar duas principais: Estudo do dimensionamento de pavimentos rígidos e
flexíveis e Relatório para a determinação do Número de Classificação de Pavimentos Aeroportuários -
PCN-ACN.
3.2.1. Estudo do dimensionamento de pavimentos rígidos e flexíveis
A finalidade deste estudo era conferir as dimensões propostas no projeto do Aeroporto da Serra da
Capivara e verificar se essas dimensões eram satisfatórias tanto economicamente, quanto estruturalmente.
Inicialmente, utilizou-se como fonte de estudou sobre o dimensionamento de pavimentos o Circular
Consultivo AC-150 emitido pela FAA, Federal Aviation Administration. Em seguida, calculou-se, com
base na aeronave de projeto, as espessuras das camadas do pavimento.
Os resultados encontrados indicam que as dimensões de projeto satisfazem a resistência exigida para a
segurança na operação do aeródromo.