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Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 1

Indice
Introdução...........................................................................02
1. A Torá no tempo do Mashiach ......................................04
2. O Mashiach e Torat Moshê..............................................11
3. O Mashiach e a tradição religiosa...................................18
4. O Mashiach e a Torá na derashá al Haar [do monte].....25
5. O Mashiach e o Shabat...................................................32
6. A Morte do Mashiach e a Torá......................................39
7. Mashiach, o objetivo da Torá...........................................46
8. A Torá e a Lei do Mashiach.............................................53
9. O Mashiach, a Torá e a HaBesorá..................................60
10. O Mashiach, a Torá e as alianças..................................67
11. Os Emissários e a Torá..................................................74
12. A congregação do Mashiach e a Torá.........................81
13. O Reino do Maschiach e a Torá......................................88
Glossário.............................................................................95

2 O Mashiach e a Torá
Introdução
Torá e o amor
“Desde o início do grande conflito no Céu, tem sido o intento de Ha-satan subverter
a Torá dada pelo Eterno” (O Grande Conflito, p. 582 Adaptado).
Por quê? Porque a Torá, como fundamento do governo de HaShem, expressa a inte-
gridade moral do Universo, e destruir a Torá seria arruinar a ordem moral da própria criação.
Se não existisse nenhum deus, e não existisse vida, o Universo seria amoral.
Não imoral, como tendo mau comportamento, mas amoral, não tendo moralidade,
porque nada nele, como as rochas sem vida se deslocando pelo Universo, poderia mani-
festar qualidades morais.
No entanto, D-s existe, e os seres humanos também, e fomos criados como seres
morais com a capacidade de dar e receber amor. No entanto, para que esse amor exista, a
liberdade moral deve existir, porque o amor é um conceito moral que não poderia surgir em
um Universo amoral, composto de apenas rochas e espaço frio.
Moralidade significa a capacidade de escolher o certo ou errado, o bom ou mau.
Para que o Universo seja moral, para que seja possível a existência do bem ou do mal, do
certo ou errado, só existe uma forma: a existência de uma lei [Torá] que defina o certo e o
errado.
É pecado ter cabelo vermelho? Não. Por que não? Porque a Torá não proíbe cabelo
vermelho. Moralidade sem a Torá é tão impossível quanto o pensamento sem mente.
O amor não pode existir sem liberdade moral. E a liberdade moral não pode existir
sem Torá. A base do amor é a liberdade, e a base da liberdade é a Torá. Assim, a essência
do governo de D-s, o fundamento desse governo de amor, é Sua Torá. Por isso, Ha-satan
deseja “subverter a Torá dada pelo Eterno.” O ataque à Torá é um ataque ao caráter do
Mashiach e à ordem moral da criação.
A ligação entre nosso D-s amoroso e a observância de Suas Mitzvot é muito forte (I João
5:3). Pelo menos para os seres criados, a moralidade se fundamenta na Torá moral de
HaShem.

O Autor das lições deste trimestre é Keith Augustus Burton, professor na Universida-
de Oakwood, USA.

Notas:
1. Este guia de estudo é uma versão adaptada das lições da Escola Sabatina
ao contexto judaico-adventista. É usada pelos membros da Beth Bnei Tsion de Flo-
rianópolis [Congregação judaico-adventista] como auxiliar ao estudo semanal. Visa
apenas tornar a linguagem mais acessível a esse contexto. Nenhuma mudança no
conteúdo é realizada. Apenas adaptações linguísticas.
2. A versão bíblica adotada nesta lição adaptada é a Bíblia Judaica Completa.
3. Nos rodapés de cada dia encontram-se referências para leituras de estudo
para as Parashiot, leitura anual da Bíblia e RPSP. Não referem-se ao tema da lição
Beth Midrash.
4. O horário de acendimento das velas, pôr do sol e Havdalá tem por referên-
cia Florianópolis, SC.
5. As indicações para festas encontram-se junto aos cabeçalhos.

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 3


Lição 1 30 de março [28 Adar II] a 5 abril [5 Nissan]

A Torá no tempo do Mashiach

VERSO PARA MEMORIZAR: “Pois todas as vezes que os gentios, que não tem a
Torá, fazem naturalmente o que a Torá requer, esses apesar de não terem a torá, são
a Torá para si mesmos!” Romanos 2:14

Leituras da semana: Lucas 2:1-15, Heb. 10:28, Devarim [Deut.] 17:2-6, Vayikrá [Lev.]
1:1-9, Lucas 14:1-6, Tiago 2:8-12

Parashá 28 ‫ מצרע‬METSORA [LEPROSO]: Vayikrá 14.1 - 15.33


Haftará: 2Rs 7.3-20
B’rit Hadashá: Mt. 9.20-26; Mc 5.24b-34; Lc 8.42b-48; Hb 13.4;
Mt 23.16 - 24.2,30,31
Tehilim [Salmo] 120
Na maioria das sociedades, várias leis funcionam ao mesmo tempo. Pode haver leis
gerais que se aplicam a todos e leis que tem validade apenas em uma comunidade especí-
fica.
No início da Era Comum, quando uma pessoa usava a palavra comum para “lei”
(nomos, em grego, lex em latim e Torá em hebraico), podia estar se referindo a qualquer
uma de uma série de leis. Muitas vezes, o único indicador quanto à lei exata que estava em
discussão era o contexto da conversa. Assim, à medida que estudarmos neste trimestre,
sempre precisaremos ter em mente o contexto imediato, a fim de entender melhor qual lei
está sendo discutida.
A lição desta semana examina as várias leis que estavam em vigência na comuni-
dade durante o tempo do Mashiach e das primeiras congregações dos crentes em Yeshua
HaMashiach. Estudaremos essas diversas leis, mas apenas no contexto de sua utilidade
para estabelecer a base para o estudo da Torá que será nosso foco principal neste trimes-
tre: a Torá moral de HaShem: Assêret Hadibrot

4 O Mashiach e a Torá
domingo, 30 de março [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 28 Sivan 5774]

Lei Romana
1. Leia Lucas 2:1-5. De que forma Yosef e Myriam interagiram com o poder político?
Que lições podemos aprender com isso?

Desde o tempo da primeira república, os romanos reconheciam a importância das


leis escritas para o governo da sociedade. Na verdade, o sistema de direito constitucional
estabelecido pelos romanos continua sendo a base dos sistemas jurídicos encontrados em
muitas sociedades democráticas atuais.
Na maior parte das vezes, Roma permitia que os reinos vassalos mantivessem os
próprios costumes, mas todos os súditos deviam obedecer às leis do império e do senado
romano. Obviamente, isso era válido também para Yosef e Myriam.
A ênfase da lei romana era a ordem na sociedade. Por isso, ela não abordava apenas ques-
tões de governo, mas também estabelecia regras para o comportamento no âmbito domés-
tico. Além de estipular os procedimentos para a seleção de pessoas para cargos públicos,
o direito romano também lidava com coisas como o adultério e a relação entre senhores e
escravos. Muitos dos códigos sociais são semelhantes aos encontrados nos tempos antes
da era comum e em outras sociedades.
Todas as tentativas de entender a cultura em que os livros da B´rit Hadashá foram
escritos devem levar em conta o fato de que o Império Romano formava o cenário político
para o mundo em que viveram Yeshua e as primeiras congregações que criam ser ele o
Mashiach. Muitas coisas que ocorreram na era comum, desde a morte de Yeshua até a
prisão de Sha’ul, fazem muito mais sentido quando conhecemos o contexto de seu tempo.
Não é preciso ser especialista em história romana a fim de compreender o que pre-
cisamos para a salvação [Yeshuá]. No entanto, o conhecimento histórico é realmente útil.

Apesar do milagre da gravidez de Myriam e da atuação de HaShem nesse aconteci-


mento, o casal ainda obedeceu à lei, que exigia que eles deixassem seu lar, mesmo quando
Myriam estava em um estágio avançado da gravidez. Não teria sido melhor simplesmente
ter ficado em casa, considerando as circunstâncias extraordinárias? O que suas ações en-
sinam sobre a atitude que devemos ter para com a lei civil? Pense na facilidade que eles
teriam para justificar a desobediência.

Leitura Parashat Metsorá, 1ª Alyá (Levítico 14:1-14:12)


Tehilim [Salmos] 135-139 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 33
Leitura Anual: Sh’mu’el Alef [I Samuel] 24-27

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segunda, 31 de março [‫ יום שני‬Yom Sheni 29 Sivan 5774]

Lei Civil antes da era comum


Embora os judeus estivessem sob o domínio romano na época de Yeshua, eles re-
ceberam autoridade sobre questões exclusivas de seus costumes e religião (Atos 18:15).
O órgão legislativo responsável pela administração da lei judaica era chamado Sanhedrin.
Às vezes mencionado como conselho (João 11:47; Atos 5:27), o Sanhedrin era composto
por 71 homens escolhidos entre os Cohanim, anciãos e rabanim e era presidido pelo Cohen
Gadol. Servia como uma espécie de Supremo Tribunal Federal que lidava com costumes,
tradições e Halachá.
A lei civil judaica estava fundamentada nos códigos civis revelados no Chumash.
Porque Moshê foi o autor da Torá, as leis são mencionadas como a lei de Moshê. Quando
HaShem originalmente deu a Torá à Moshê, planejou um estado em que Ele seria o gover-
nante e o povo cumpriria Suas mitzvot. Na época de Yeshua, os judeus estavam sujeitos ao
direito romano. No entanto, o governo romano permitia que eles usassem a Torat Moshê a
fim de resolver questões relacionadas com seus costumes. Nesse aspecto, o trabalho do
Sanhedrin era especialmente importante.
A B´rit Hadashá apresenta vários exemplos de aplicação da Torat Moshê, ou de re-
ferências a ela, em questões civis: homens judeus ainda deviam pagar o imposto de meio
sido para o Beit HaMiqdash (Mat. 17:24-27; Shemot 30:13); divórcios ainda eram regidos
pelas disposições estabelecidas por Moshê (Mt 19:7; Dt 24:1-4); as pessoas ainda seguiam
a lei do yibum, em que a viúva devia se casar com o irmão de seu marido (Mt 22:24; Dt
25:5); meninos faziam a B´rit Milá no oitavo dia (Jo 7:23; Lv 12:3) e os adúlteros deviam ser
punidos por apedrejamento (João 8:5; Dt 22:23, 24).

2. Leia Mateus 26:59-61; Hebreus 10:28; Devarim 17:2-6. Que princípio importante é
visto nesses textos? O que isso nos diz a respeito dos conceitos bíblicos de justiça e igual-
dade?


Leia algumas leis civis encontradas nos primeiros livros da Bíblia. Algumas des-
sas leis não nos parecem estranhas? Veja, por exemplo, Devarim 21. Considerando que
HaShem é o autor dessas leis, o que isso nos diz sobre a confiança que devemos ter nEle
em todas as coisas, principalmente naquilo que não compreendemos completamente?

Leitura Parashat Metsorá, 2ª Alyá (Levítico 14:13-14:20)


Tehilim [Salmos] 140-150 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 34
Leitura Anual: Sh’mu’el Alef [I Samuel] 28-31

6 O Mashiach e a Torá
terça, 1 de abril [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 1 de Nissan 5774]

Torat Moshê: corbanot


3. Leia Vayikrá 1:1-9; 2:14-16; 5:11-13. A que essas mitzvot se referiam? Que impor-
tantes verdades elas ensinavam?

Além das leis civis de Yisra’el, havia também o que é geralmente chamado de “lei
cerimonial” Torat Moshê: corbanot Essa lei estava centralizada no Mishcan e em seus ri-
tuais, os quais foram projetados para ensinar aos filhos de Yisra’el o plano da salvação e
apontar para eles o Mashiach que viria. Nas passagens da Torá acima, por duas vezes é
mencionado que a Kaparah seria feita por intermédio dessas cerimônias. Essas leis foram
consideradas “miniprofecias” do Mashiach e Sua obra expiatória pelos pecados do povo.
“A Torat Moshê: Corbanot foi dada pelo Mashiach. Mesmo depois que ela não mais
devia ser observada, Sha’ul a apresentou aos judeus em sua verdadeira posição e valor,
mostrando seu lugar no plano da redenção e sua relação com a obra do Mashiach. E o
grande emissário declara gloriosa essa lei, digna de seu divino Autor. O serviço solene
do Mishcan tipificava as grandiosas verdades que seriam reveladas durante gerações su-
cessivas. [ ... ] Assim, através de séculos e séculos de trevas e apostasia, a confiança se
conservou viva no coração dos homens até chegar o tempo para o advento do Mashiach
prometido” (Patriarcas e Profetas, p. 367 adaptado).
Instituído por Yeshua, o sistema de corbanot foi concebido para funcionar apenas
como um tipo, um símbolo de uma realidade futura: a vinda de Yeshua, Sua morte e minis-
tério como Cohen. Uma vez que Ele completasse Sua obra na Terra, esse antigo sistema,
com seus Corbanot, rituais já não seria necessário (Hebreus 9:9-12).
Embora já não observemos os corbanot da torat Moshê, ao estudá-la, podemos reu-
nir ideias sobre o plano da salvação.
No centro do serviço do Mishcan santuário estava o corban, que apontava para a
morte de Yeshua. Por que nossa salvação depende da Sua morte em nosso favor? O que
isso diz sobre o custo do pecado?

Leitura Parashat Metsorá, 3ª Alyá (Levítico 14:21-14:32)


Tehilim [Salmos] 1-9 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 35
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 1-4

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 7


quarta, 2 de abril [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 2 de Nissan 5774]

Halachá
Além da Torat Moshê, os judeus da época de Yeshua também estavam familiariza-
dos com a lei dos rabanim. Estes eram o braço acadêmico dos p’rushim, e assumiam a
responsabilidade de garantir que a Torat Moshê permanecesse relevante para o povo. Os
rabanim contaram 613 mitzvot na Torá (incluindo 39 relacionadas ao shabat). Eles usavam
essas mitzvot como base para sua legislação e complementavam as Torá escrita com uma
Torá oral que consistia em interpretações dos principais rabanim.
A torá oral é conhecida como halachá, que significa “caminhar”. Os rabanim consi-
deravam que, se o povo seguisse suas numerosas halachoth, eles iriam andar no caminho
das 613 principais mitzvot. Embora tenham surgido como Torá oral, as halachoth rabínicas
foram organizadas e registradas em forma de livro. Algumas das interpretações da época
de Yeshua sobreviveram em comentários conhecidos como Midrash, enquanto outras es-
tão registradas em uma coleção de leis chamada Mishná.

4. Leia Lucas 14:1-6; João 9. Embora Yeshua tenha sido acusado de transgredir o
shabat com Seus milagres de cura, será que o Tanach considerava pecado curar no dia
de shabat? Como podemos evitar os erros de interpretação enquanto procuramos “andar
fielmente no caminho”?

Embora seja fácil ridicularizar muitas dessas mitzvot contidas na torá oral, especial-
mente porque elas foram usadas contra Yeshua, a falha estava mais na atitude dos líderes,
não nas mitzvot. Ainda que cumpridas, muitas vezes, de maneira legalista, as halakoth fo-
ram feitas para ser muito espirituais, infundindo um elemento espiritual nas atividades mais
rotineiras, dando-lhes um significado religioso.

Como podemos dar um significado religioso às mais corriqueiras atividadesde nossa vida?

Leitura Parashat Metsorá, 4ª Alyá (Levítico 14:33-14:53)


Tehilim [Salmos] 10-17 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 36
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 5-7

8 O Mashiach e a Torá
quinta, 3 de abril [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 3 Nissan 5774]

Asseret Hadibrot [Lei Moral]


Por mais que o direito ronano, a Torat Moshê e a Halachá impactassem a vida dos
judeus que viveram em Yisra’el no primeiro século, muitas pessoas que seguiam a religião
de Yisra’el viviam fora da Palestina e além das fronteiras do Império Romano. Assim, muitas
dessas leis não teriam desempenhado um papel importante em sua vida.
No entanto, todo seguidor do D-s de Yisra’el teria sido fiel aos Asseret Hadibrot. “As-
seret Hadibrot proviam a estrutura moral que sustentava Yisra’el. A metáfora que a Bíblia
usa para expressar essa relação é aliança. Embora a metáfora venha da esfera do direito
internacional, é errado compreender as mitzvot apenas como um resumo das obrigações
de Yisra’el para com D-s. [ ... ] A obediência de Yisra’el aos Asseret Hadibrot era mais uma
resposta ao amor do que uma questão de submissão à vontade divina” (Leslie J. Hoppe, ‘Ten
Commandments” [Dez Mandamentos], Ferdmans Dictionary of the Bible [Dicionário da Bíblia]; Grand Rapids, MI: Eerdr-
nans, 2000, p. 1.285). Todos adaptados
Asseret Hadibrot superavam qualquer sistema jurídico conhecido por judeus no pri-
meiro século. Mesmo os p’rushim, que tinham memorizado meticulosamente as 613 mitz-
vot, reconheciam a importância dos Asseret Hadibrot.
A divisão da Mishná no Tamid (5:1) contém uma mitzvá de recitar os Asseret Hadibrot dia-
riamente.
Acreditava-se que todas as outras mitzvot estavam contidas no Asseret Hadibrot. Na
verdade, o filósofo judeu Filo, contemporâneo de Yeshua, escreveu um livro sobre a posi-
ção central que os Asseret Hadibrot tinham entre todas as mitzvot bíblicas.
5. Leia Mateus 19:16-19; Romanos 13:8-10; Tiago 2:8-12. O que esses versos dizem
sobre o papel do Asseret Hadibrot na vida dos seguidores do Mashiach?


Os escritores da HaBesora da B´rit Hadashá reconheciam o propósito dos Asseret
Hadibrot para o Povo de Deus. Algumas das lições deste trimestre falarão sobre a maneira
pela qual O Mashiach interagiu com outros sistemas de leis do Seu tempo. No entanto, a
ênfase principal será Sua relação com Asseret Hadibrot, conhecidos como dez mandamen-
tos, a “lei moral”.

Leitura Parashat Metsorá, 5ª Alyá (Levítico 14:54-15:15)


Tehilim [Salmos] 18-22 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 37
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 8-10

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sexta, 4 de abril [‫ יום שישי‬Yom Shishi 4 Nissan 5774]

Estudo adicional
Leia de Ellen White,TI, v. 1, p. 201-204: “Prestar Juramento.”

“Se Adam não tivesse transgredido a mitzvá dada por D-s, nunca teria sido instituída
a Torat Moshê. HaBesorá foi primeiramente dado a Adam na declaração que lhe foi feita, de
que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente; e foi transmitido através de sucessi-
vas gerações a Noach, Avraham e Moshê. O conhecimento da Torá dada pelo Eterno e do
plano da salvação foi comunicado a Adam e Havah pelo próprio Mashiach. Entesouraram
cuidadosamente a importante lição, transmitindo-a verbalmente aos filhos e aos filhos dos
filhos. Assim foi preservado o conhecimento da Torá” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 230
Adaptado).

Perguntas para reflexão

1. Antes de Moshê escrever a Torá, os egípcios e babilônios tinham leis civis que
eram, em alguns casos, semelhantes às leis de Deus. Até mesmo as sociedades ateístas
têm leis que protegem o povo e as propriedades. A lei geralmente é fundamentada em
conceitos morais; a lei deve levar as pessoas a evitar o mal e a praticar o bem. Onde as
sociedades obtêm esse senso do bem e do mal?

2. Como o conceito do bem e do mal afeta a questão da existência de D-s? Em


outras palavras, se D-s não existe, de onde vêm os conceitos do bem e do mal?

3. Falamos sobre diversas leis: Lei da gravidade, lei do movimento, leis internacio-
nais, Constituição Federal e legislação tributária. O que todas essas leis têm em comum?
No que elas diferem? Quais são as consequências da violação dessas leis? Quais são os
benefícios de se cooperar com elas? Como os princípios dessas leis nos ajudam a enten-
der o propósito do Asseret Hadibrot em relação à vida daqueles que aceitam Yeshua como
Mashiach?

4. Como evitar, em nossos dias, sobrecarregar a Torá com regras que não foram
planejadas por HaShem? Por que é fácil cometer esse erro, ainda que estejamos bem-in-
tencionados?

Leitura Parashat Metsorá, 6ª Alyá (Levítico 15:16-15:28)


Tehilim [Salmos] 23-28 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 38
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 11,12
Acendimento das velas: 17:51 • Pôr do Sol: 18:09 • Havdalá: 18:43

Shabat, 5 de abril [‫ שבת‬Shabat 5 Nissan 5774]


Leitura Parashat Metsorá, 7ª Alyá (Levítico 15:29-15:33)
Tehilim [Salmos] 29-34 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 39
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 13,14

10 O Mashiach e a Torá
Lição 2 6 a 12 de abril [6 a 12 Nissan]

O Mashiach e Torat Moshê

VERSO PARA MEMORIZAR: “Se vocês realmente cressem em Moshê, creriam em


mim, porque ele escreveu a meu respeito.” João 5:46

Leituras da semana: Lucas 2:21-24; Shemot 13:2, 12; Lucas 2:41-52; Mateus 17:24-
27; João 8:1-11; Devarim 22:23-24

Parashá 29 ‫ תומ ירחא‬ACHAREI MOT [APÓS A MORTE]: Vayikra 16.1-18.30


Haftará: Ez 22.1-19
B’rit Hadashá: Romanos 3.19-28;9.30 - 10.13; 1Cor. 5.1-13 com 2 coríntios 2.1-11;
Gálatas 3.10-14; Hebreus 7.23-10.25. Hb 9.11-28
Tehilim [Salmo] 26

Muitos religiosos conheceram histórias sobre a relação supostamente negativa de


Yeshua para com a religião judaica, um equívoco lamentável que só ajudou a alimentar o
antissemitismo ao longo dos séculos. Yeshua falou contra os abusos da religião, isso é ver-
dade, mas não contra a própria religião judaica. Afinal, Ele foi o fundador dela.
De fato, os relatos dos livros da HaBesorá sobre Sua vida e ministério mostram que
Yeshua era um judeu fiel, totalmente imerso na cultura judaica, desde o momento de Seu
nascimento até a última semana de Sua vida na Terra.
Como todo judeu fiel no primeiro século, Yeshua estava sujeito à Torat Moshê. Cria-
do em um lar de pais judeus fiéis, Ele apreciava plenamente Sua rica herança terrena,
enraizada na providência divina. Ele sabia que o Eterno havia inspirado Moshê a escrever
a Torá, com o objetivo de criar uma sociedade que refletisse Sua vontade e servisse como
farol para Kol Goyim.
Ele cumpriu fielmente a letra da Torá. Na B´rit Milá, Bar Mitzvá, na Sua visita a Beit
HaMiqdash para as festas e na Sua atitude sobre os impostos, Yeshua permaneceu fiel a
um sistema que seria cumprido por Sua morte no madeiro e ministério celestial. Mesmo
sabendo como tudo seria cumprido, Ele foi fiel.
Nesta semana, examinaremos mais algumas leis que o próprio Yeshua cumpriu.

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 11


domingo, 6 de abril [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 6 Nissan 5774]

B’rit Milá e Hanucá [dedicação] (Lucas 2:21-24)


O Eterno estabeleceu Sua aliança com Avraham, dizendo que ele seria o pai de mui-
tas nações (Bereshit 17:4). Quando D-s fez essa aliança, Avraham estava com 99 anos de
idade, tendo gerado Yishma’el poucos anos antes, e ainda não tinha visto o nascimento de
seu filho prometido, Yitzhak. No entanto, ele foi instruído a fazer B’rit Milá, assim como to-
dos os homens de sua casa, e foi orientado a garantir que cada filho nascido em sua casa,
a partir daquele dia, fosse circuncidado ao oitavo dia (Bereshit 17:9-12). Esse sinal era tão
importante que a B’rit Milá ocorria mesmo que o oitavo dia caísse em um shabat (Vayikrá
12:3; João 7:22).
Essa verdade nos dá uma compreensão melhor dos primeiros dias da vida de
Yeshua. Os relatos dos livros da HaBesorá mostram que Yosef e Myriam foram escolhidos
para ser os pais terrenos de Yeshua, pelo menos em parte, por causa da sua piedade. Yosef
é descrito como um Tzadik (Mateus 1:19), e o anjo disse a Myriam: “Foste Favorecida de
D-s” (Lucas 1:30). Quando Yeshua tinha oito dias de vida, Seus pais realizaram a cerimônia
da B’rit Milá e Lhe deram o nome judeu, da mesma forma que havia ocorrido com um nú-
mero incontável de meninos hebreus em tempos passados.
Imagine, o Filho de D-s, agora em forma humana, passando pelo mesmo ritual que
Ele havia instituído muitos séculos antes!

1. Leia Lucas 2:21-24 à luz de Shemot 13:2, 12 e Vayikrá 12:1-8. O que esses textos
nos dizem sobre Yosef e Myriam? O que podemos aprender com o exemplo deles?

A Bíblia é clara ao dizer que Myriam era virgem quando foi escolhida para ser a
mãe de Yeshua (Lucas 1:27). Então, Yeshua foi o primeiro filho que “abriu seu ventre”. De
acordo com Shemot 13, todo primogênito entre os filhos de Yisra’el (de animal ou humano)
devia ser dedicado[Hanucá] ao Eterno. A lei também determinava em Vayikrá 12:2-5 que,
após o nascimento de um menino, a mulher ficava impura por 40 dias (80 dias se fosse
menina). No fim desse período, ela devia se apresentar ao Cohen e oferecer um Corban.
Como judeus piedosos, Myriam e Yosef cumpriram meticulosamente as obrigações da Torá
e garantiram que o Filho de D-s levasse as marcas da aliança.

Leitura Parashat Acharê, 1ª Alyá (Levítico 16:1-16:17)


Tehilim [Salmos] 35-38 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 40
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 15-17

12 O Mashiach e a Torá
segunda, 7 de abril [‫ יום שני‬Yom Sheni 7 Nissan 5774]

Festas Judaicas (João 5:1)


“Depois disso, houve uma festa, e Yeshua subiu a Yerushalayim” (João 5:1)
O primeiro grande período festivo no ano civil judaico é Chag Matzot (festa dos pães
ázimos), que começa com Pêssach. O festival comemora a libertação dos israelitas da
escravidão do Egito, quando o anjo da morte passou por cima (a palavra Pêssach significa
passar por cima) das casas dos que colocaram o sangue nas mezuzot.

2. Quantas vezes Yeshua celebrou a Pêssach? Lucas 2:41-43; João 2:13-23; Matti-
tyachu [Mateus] 26:17-20

Cinquenta dias após a Pêssach ocorre Shavuot, muitas vezes referida pelo seu nome gre-
go, Pentecostes. Embora as Escrituras não apresentem uma razão para o Shavuot os raba-
nim acreditavam que o festival comemora a entrega da Torá a Moshê. Não há registro nos
relatos dos livros da HaBesorá de que Yeshua Celebrou Shavuot. No entanto, antes de Sua
ascensão Ele aconselhou Seus Talmidim a esperar em Yerushalayim para serem imersos
pelo Ruach Elohim (Atos 1:4, 5). Esse evento realmente ocorreu em Shavuot (Atos 2:1-4).
O último período de festas do ano civil judaico é o Sucot e o Yom Kipur. O Yom Kipur
representava o dia em que o pecado era purificado do acampamento e o povo estava em
harmonia com o Eterno. Sucot comemora o tempo em que Yisra’el teve que viver em tendas
no deserto.
Além das festas da Torá, temos dois festivais que comemoram a intervenção histó-
rica de HaShem. O primeiro é Purim, que marca o livramento do povo judeu do genocídio,
quando Ester apelou ao rei persa. O segundo é Hanucá, também conhecido como a Festa
da Dedicação (João 10:22), que celebra a vitória dos macabeus sobre os gregos em 164
(aec)
Os Corbanot das festas bíblicas foram eliminadas há muito tempo, pois encontraram
seu cumprimento no Mashiach. Ainda comemoramos as festas e podemos aprender muito
ao estudá-las e considerar as mensagens que elas contêm, porque todas elas ensinam
lições sobre a divina graça salvadora e Seu poder para libertar.

O que podemos fazer para manter diante de nós a realidade de HaShem, o que Ele
fez por nós e o que Ele nos pede?

Leitura Parashat Acharê, 2ª Alyá (Levítico 16:18-16:24)


Tehilim [Salmos] 39-43 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 41
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 18,19

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 13


terça, 8 de abril [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 8 Nissan 5774]

Yeshua no Beit HaMiqdash


A B’rit Hadashá não nos diz muito sobre a infância de Yeshua. Um relato, porém, que
traz grande discernimento é o de Lucas 2:41-52, a história da visita de Yeshua e Seus pais
a Yerushalayim durante Pêssach.

3. Com base em Lucas 2:41-52, responda às seguintes perguntas:


a. Como essa história ilustra o caráter judaico da B’rit Hadashá e a centralidade da
religião em tudo o que acontecia?

b. Qual é a importância do fato de que essa história aconteceu durante Pêssach?

e. Por quantos dias os pais de Yeshua não conseguiram encontrá-Lo? Que lembran-
ça isso traz a você?

d. Embora Yeshua fosse uma criança obediente, Sua resposta aos pais parece ter
sido quase uma repreensão. Que ponto importante essa resposta contém? O que isso nos
diz sobre o que deve ter prioridade em nossa vida?

Leia Lucas 2:51. O que significa a submissão de Yeshua? Como esse verso nos dá
ainda mais compreensão sobre a condescendência de HaShem para nossa salvação? O
que isso nos ensina sobre a necessidade de submissão na hora e no lugar certos?

Leitura Parashat Acharê, 3ª Alyá (Levítico 16:25-16:34)


Tehilim [Salmos] 44-48 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 42
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 20, 21

14 O Mashiach e a Torá
quarta, 9 de abril [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 9 Nissan 5774]

Tributos (Mat. 17:24-27)


Como foi mencionado na lição da semana passada, a Torat Moshê tinha componen-
tes civis e cerimoniais. O aspecto cerimonial significa que Beit HaMiqdash estava no centro
da vida religiosa judaica. De fato, no primeiro século, provavelmente Beit HaMiqdash fosse
a única estrutura remanescente que dava aos judeus algum senso de identidade nacional.
Beit HaMiqdash que estava em Yerushalayim passou por reformas durante o mi-
nistério de Yeshua. Herodes, o Grande, tinha iniciado o grandioso projeto em cerca de 20
a.e.c. e a obra não seria totalmente concluída até 66 e.c. Reconhecendo a seriedade com
a qual muitos judeus lidavam com a fé, os romanos permitiram que eles coletassem os
próprios impostos, a fim de cobrir os custos envolvidos com a manutenção do Beit HaMiq-
dash. Todo judeu do sexo masculino com mais de vinte anos devia pagar o imposto de meio
shekel, independentemente de sua condição econômica (Shemot 30:13; 38:26).

4. Leia Mateus 17:24-27. O que Yeshua quis dizer quando declarou: “[ ... ] para que
não os escandalizemos”? Qual princípio contido nessas palavras devemos aplicar em nos-
sa vida?

Parece que os coletores de impostos do Beit HaMiqdash viajavam por todas as pro-
víncias para assegurar que todo homem cumprisse sua obrigação legal. A resposta inicial
de Kefa aos cobradores de impostos dá a impressão de que Yeshua pagava regularmente
Seus impostos (Mateus 17:24, 25). No entanto, como Filho de D-s, Yeshua parece ques-
tionar a cobrança do imposto para a manutenção da casa de Seu Pai. Ele não deveria ser
isento?
“Se Yeshua houvesse pago o tributo sem protestar, teria, virtualmente, reconhecido a
justiça da reivindicação [de que Ele devia pagar], tendo assim negado Sua divindade. Mas
ao passo que viu ser bom satisfazer à exigência, negou o direito sobre o qual ela estava
fundamentada. Provendo o necessário para pagamento do tributo, Ele deu o testemunho
de Seu caráter divino. Foi demonstrado que Ele era um com o Eterno e, portanto, não Se
achava sob tributo, como um simples súdito do reino” (O Desejado de Todas as Nações, p.
434 adaptado).
No entanto, Yeshua escolheu sujeitar-Se às autoridades e ordenou que Kefa tirasse
a moeda para o imposto da boca do primeiro peixe que ele pegasse. O sido na boca do
peixe foi suficiente para pagar o imposto de Yeshua e Kefa.
Yeshua pagou o imposto do Beit HaMiqdash, mesmo sabendo que aquela magnífica
estrutura em breve seria destruída (Mateus 24:1, 2). O que isso deve nos dizer sobre nossa
obrigação de ser fiel nos dízimos e ofertas, independentemente dos problemas que cremos
que existam?

Leitura Parashat Acharê, 4ª Alyá (Levítico 17:1-17:7)


Tehilim [Salmos] 49-54 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 43
Leitura Anual: Sh’mu’el Bet [II Samuel] 22-24

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 15


quinta, 10 de abril [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 10 Nissan 5774]

Aplicação da Torá (Mat. 5:17-20)


Como vimos, Yeshua foi um cidadão fiel que cumpriu Suas responsabilidades como
judeu, mesmo quando Sua vida estava em perigo (leia, por exemplo, João 7:1, 25, 26;
10:31). Na verdade, Yeshua deixou claro que não era Seu propósito abolir “a Torá ou os
Profetas” (Mateus 5:17-20).

5. Como, então, devemos entender João 8:1-11 e Mateus 19:1-9, à luz de Devarim
22:23, 24 e 24:1-4?

Alguns dos p’rushim estavam sempre tentando expor Yeshua como um transgressor
da Torá (leia, por exemplo, João 8:6). Quando apresentaram a Ele a mulher apanhada no
ato de adultério, colocaram a seguinte questão: “A Torá nos mandou que tais mulheres se-
jam apedrejadas; Tu, pois, que dizes?” (João 8:5). Curiosamente, Yeshua não respondeu
diretamente à pergunta. Na verdade, Ele confirmou a Torá com Sua resposta: “Aquele que
dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra” (João 8:7). Ele não disse
que ela não deveria ser apedrejada, mas simplesmente obrigou esses homens a pensar
em suas próprias transgressões da torá. Mesmo a liberação da mulher estava em harmonia
com a Torát Moshê, porque ninguém ficou para apontar um dedo acusador, e pelo menos
duas testemunhas eram necessárias para administrar a justiça (Devarim17:6).
No incidente sobre divórcio e novo casamento, Yeshua parece contradizer a Torá
com Sua insistência em afirmar que originalmente não havia fundamento para o divór-
cio (Mateus 19:4-6). Quando os p’rushim mencionaram a Mitzvah de Moshê em Devarim
24:1-4, Yeshua colocou tudo na devida perspectiva. Em nenhuma parte Moshê ordenou o
divórcio. No entanto, por causa da obstinação do povo, Moshê estabeleceu uma “tolerân-
cia” para o divórcio (Mateus 19:8). Assim, vemos que, mesmo quando Yeshua avaliou uma
mitzvá de Moshê, Ele não a desprezou. Yeshua era um judeu fiel em todos os sentidos,
obedecendo à Torat Moshê.

Como podemos equilibrar justiça e graça para os que caem em pecado? Se é inevi-
tável errar, seria melhor errar ao lado da justiça ou da misericórdia? Por quê?

Leitura Parashat Acharê, 5ª Alyá (Levítico 17:8-18:5)


Tehilim [Salmos] 55-59 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 44
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 1-2

16 O Mashiach e a Torá
sexta, 11 de abril [‫ יום שישי‬Yom Shishi 11 Nissan 5774]

Estudo adicional
Leia, O Desejado de Todas as Nações, p. 447-454: “Na Festa dos Tabernáculos”; p.
455-462: “Por Entre Laços”

“Três vezes por ano era exigido dos judeus que se reunissem em Yerushalayim
para fins religiosos. Envolto na coluna de nuvem, o invisível Guia de Yisra’el havia dado
instruções quanto a essas reuniões. Durante o cativeiro dos judeus, elas não puderam ser
observadas; [ ... ] Era desígnio de D-s que esses aniversários O trouxessem à mente do
povo” (O Desejado de Todas as Nações, p. 447).

“Era natural que os pais de Yeshua O considerassem seu filho, pois Ele estava dia-
riamente com eles. Em muitos aspectos, Sua vida era como a das outras crianças. Era
difícil para os pais compreender que Ele era o Filho de D-s. Estavam em risco de deixar de
reconhecer a benção concedida a eles pela presença do Redentor do mundo. A aflição de
sua separação dEle, e a branda reprovação contida em Suas palavras, tinham o objetivo de
impressioná-los quanto à santidade do que lhes fora confiado” (Ellen G. White, O Desejado
de Todas as Nações, p. 81).

Perguntas para reflexão

1. Embora Yeshua tivesse estabelecido essas mitzvot, quando Ele assumiu a huma-
nidade, submeteu-Se a elas. O que isso nos diz sobre o caráter de HaShem?

2. Tente se colocar no lugar de Yosef e Myriam. É de admirar que eles não entendes-
sem plenamente todos os aspectos que envolviam Yeshua? Não há muitas coisas sobre
Yeshua que nós também não entendemos? Como podemos aprender a confiar e a obede-
cer, apesar das muitas coisas que não entendemos?

Leitura Parashat Acharê, 6ª Alyá (Levítico 18:6-18:21)


Tehilim [Salmos] 60-65 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 45
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 3,4
Acendimento das velas: 17:44 • Pôr do Sol: 18:02 • Havdalá: 18:36

Shabat, 12 de abril [‫ שבת‬Shabat 12 Nissan 5774] - SHABAT HAGADOL


Leitura Parashat Acharê, 7ª Alyá (Levítico 18:22-18:30)
Tehilim [Salmos] 66-68 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 46
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 5,6

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 17


Lição 3 13 a 19 de abril [13 a 19 Nissan]

O Mashiach e a tradição religiosa

VERSO PARA MEMORIZAR: “ Essas pessoas me honram com seus lábios, mas seu
coração está muito longe de mim. O fato de me adorarem é inútil; porque ensinam
regras inventadas por homens como se fossem minhas.” (Mateus 15:8-9).

Leituras da semana: Mat. 23:1-7, Mat. 15:1-6, Isa. 29:13, Mat. 5:17-20, Rom. 10:3.
Pêssach [PÁSCOA JUDAICA]
Parashá 30 ‫ םישדק‬KEDOSHIM [SANTOS]: Vayikra 19.1 - 20.27
Haftará: Amós 9.7-15; Ez 22.1-19
B’rit Hadashá: Mt. 5.33-37; 5.43-48; 15.1-11; 19.16-30; 22.33-40; Marcos 7.1-23;
12.28-34; Lucas 10.25-39; Romanos 13.8-10; Gálatas 5.13-26; Tg 2.1-9; 1Pe. 1.13-21;
Hb 9.11-28
Tehilim [Salmo] 15

John Wesley, sugeriu que uma pessoa religiosa é influenciada por quatro fatores:
confiança, razão, Escrituras e tradição. No entanto, Ele não quis dizer que todos os quatro
aspectos tenham igual autoridade. Ele reconheceu que a Bíblia é fundamental, mas tam-
bém reconheceu que a confiança, a capacidade de raciocinar e a tradição religiosa afetam
a maneira pela qual a Bíblia é interpretada.
Muitos teólogos modernos dão mais valor à razão, à tradição ou à opinião pessoal
do que ao claro ensino das Escrituras.
A lição desta semana estuda as tradições religiosas sobre as quais os Soferim e
p’rushim fundamentavam muitos dos seus ensinamentos. Os sábios rabanim que original-
mente escreveram essas tradições respeitavam muito as Escrituras e não tinham intenção
de que essas tradições fossem elevadas à condição de Palavra de D-s.
No entanto, alguns de seus zelosos discípulos confundiram o método com a mensa-
gem e, com isso, deslocaram o foco da divina revelação escrita para a tradição humana.

18 O Mashiach e a Torá
domingo, 13 de abril [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 13 Nissan 5774]

Cadeira de Moshê
Embora os Soferim e p’rushim pareçam ser dois grupos distintos, que simplesmente
foram colocados no mesmo conjunto, os Soferim provavelmente fossem um subgrupo dos
p’rushim (Atos 23:9). Os p’rushim se tornaram um grupo notável durante o tempo do Impé-
rio Grego. Acredita-se que fossem os remanescentes de uma seita judaica piedosa, conhe-
cida como Chasidim, que ajudaram a combater na revolta dos Macabeus contra a Grécia.
O título p’rush [fariseu] é derivado do hebraico paras, que significa “separar”. Numa
época em que muitos judeus haviam se tornado muito influenciados pelas culturas pagãs,
os p’rushim entenderam que seu dever era garantir que a lei fosse ensinada a todos os ho-
mens judeus. Para realizar essa tarefa, eles estabeleceram a função do rabbi, que significa
literalmente “meu grande” ou “meu professor”.
Ao dizer que “na cadeira de Moshê, se assentaram os Soferim e os p’rushim”, Yeshua
reconheceu a posição deles como mestres do povo (Mateus 23:2, 3). Afinal, pelo menos
eles tinham assumido a responsabilidade de assegurar que o povo fosse instruído no cami-
nho da torá.

1. Leia Matityahu [Mateus] 23:1-7. Qual foi um dos maiores problemas de Yeshua
com os Soferim e p’rushim?

A maioria das referências aos Soferim e p’rushim na B’rit Hadashá é negativa. Con-
siderando a cumplicidade que muitos deles tiveram na morte de Yeshua e na perseguição
aos Seus talmidim, esse negativismo foi bem merecido Membros desses grupos pareciam
estar à espreita nas esquinas e se escondendo atrás das árvores, esperando que as pes-
soas cometessem erros, para que eles pudessem aplicar a torá contra elas. Essa imagem
do p’rushim é tão frequente nas Escrituras que essa palavra geralmente é usada como
sinónimo de legalista. Ao considerar atentamente esse texto, descobrimos que o grande
problema de Yeshua com os p’rushim não era seu desejo de que os outros guardassem a
Torat Moshê, mas o fato de que eles não a estavam guardando. Eles eram hipócritas, pois
diziam uma coisa, mas faziam outra, e até mesmo quando faziam as coisas certas, faziam
isso pelas razões erradas.

Leia novamente o que Yeshua disse sobre os Soferim e p’rushim. Será que temos as
mesmas atitudes dos p’rushim? O que precisamos mudar?

Leitura Parashat Kedoshim, 1ª Alyá (Levítico 19:1-19:14)


Tehilim [Salmos] 69-71 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 47
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 7,8

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 19


segunda, 14 de abril [‫ יום שני‬Yom Sheni 14 Nissan 5774]

Erev Pêssach - Primeiro Seder hoje à noite


Mitzvot humanas
Embora os Soferim e p’rushim se assentassem “na cadeira de Moshê”, sua fonte de
autoridade para a instrução religiosa extrapolava o Tanach.
A torá que os p’rushim utilizavam consistia em interpretações bíblicas dos principais
sábios rabanim. Essas interpretações não tinham a intenção de substituir as Escrituras,
mas de complementá-las. No início, elas circulavam por via oral. Posteriormente, os soferim
começaram a reuní-las em livros.
A primeira publicação oficial da Halachá não apareceu até o fim do segundo século
da era comum, quando o rabbi Yehuda Ha-Nasi (Judá, o Príncipe) publicou a Mishná.
As leis registradas na Mishná refletem cerca de quatro séculos de interpretação ra-
bínica. Entre os rabbanim que contribuíram estão muitos que viveram na época de Yeshua,
sendo os mais notáveis Hillel e Shammai. Houve também Gamaliel, neto de Hillel e também
moré de Sha’ul.

2. Leia Mateus 15:1-6. Qual foi a controvérsia nesse episódio? Qual erro Yeshua
procurou corrigir?

Na lição um, aprendemos que a leis rabínicas eram chamadas halachá, cujo signifi-
cado é “caminhar”. Os rabanim consideravam que, se uma pessoa andasse nos caminhos
das leis menores, acabariam cumprindo as leis mais importantes.
No entanto, em algum lugar ao longo do caminho, as leis menores começaram a assumir
maior status, e depois de um tempo ficou difícil distinguir o que era tradicional do que era
bíblico.
Não parece que Yeshua tivesse problema com a existência das regras dos p’rushim.
Para Yeshua, o problema era a elevação dessas regras à condição de “doutrina”. Nenhum
ser humano tem o poder de criar restrições religiosas e elevá-las ao nível de mitzvá de
HaShem. Mas isso não quer dizer que os que acreditam que Yeshua é o Mashiach estejam
proibidos de criar regulamentos que ajudem a governar o comportamento da comunidade.
A instrução prática poderia ajudar muito as pessoas na observância da Torá. No en-
tanto, jamais se deve permitir que a instrução assuma o lugar da própria Torá.

Quais regras, tradições e costumes da nossa congregação nos ajudam a viver com
mais fidelidade e obediência à Torá? Anote-os e comente na Beth Midrash LeShabat. Qual
é o papel dessas regras na sua comunidade de fé?

Leitura Parashat Kedoshim, 2ª Alyá (Levítico 19:15-19:22)


Tehilim [Salmos] 72-76 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 48
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 9,10
Acendimento das velas: 17:41

20 O Mashiach e a Torá
terça, 15 de abril [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 15 Nissan 5774]

Pêssach • Segundo Seder hoje à noite • Hoje conte 1


Tradições dos sábios [anciãos]
Como vimos, alguns dos rabanim prestavam tanta atenção às regras e tradições
criadas para auxiliar na observância da Torat Moshê que não conseguiam distinguir as di-
ferenças entre elas. Depois de algum tempo, as palavras dos rabanim ganharam status de
keneh. As pessoas pensavam que elas eram tão obrigatórias quanto as Escrituras. Com
toda a probabilidade, quando os sábios originalmente escreveram seus comentários, não
tinham a intenção de adicioná-los às páginas das Escrituras. No entanto, seus dedicados
talmidim provavelmente considerassem ser seu dever compartilhar essas interpretações
únicas com a população em geral.

3. Leia novamente Mateus 15:1, 2. Em qual texto da Torá essa tradição estava fun-
damentada? Que lição podemos aprender com isso? Leia também Marcos 7:3, 4; Mt 15:11

Somos levados a procurar um texto bíblico que ordene: “Tu deves realizar o n´tila-
t-yadayim antes de comer”. No entanto, essa ordem não teria surpreendido os Soferim e
p’rushim quando alguns confrontaram Yeshua, porque eles deixaram claro que os talmidim
não estavam transgredindo a Torá, mas a “tradição dos sábios”. A intensidade com que eles
fizeram a pergunta faz parecer que, para os p’rushim, essa era uma grave transgressão
religiosa.
Os profissionais de saúde e os pais provavelmente gostariam de dar uma justificativa
higiênica ou psicológica para a aparente compulsão obsessiva dos p’rushim com o ato de
lavar as mãos. No entanto, estudiosos acreditam que a questão fosse realmente a impu-
reza cerimonial de não fazer a b´rachá do n´tilat-yadayim. Aparentemente, a preocupação
dos p’rushim era que, enquanto as pessoas realizavam suas tarefas diárias, tocariam em
coisas que haviam sido contaminadas. Consequentemente, se comessem sem lavar as
mãos, seriam contaminadas cerimonialmente ao tocar no alimento.
Visto que eles acusaram os talmidim de Yeshua, podemos concluir que o próprio
Yeshua não transgrediu essa bem conhecida tradição (Marcos 7:3). No entanto, Ele sabia
muito bem que a maior preocupação dos p’rushim estava nas coisas secundárias.

Leia Yesha’yahu [Isaías] 29:13. Que princípios bíblicos importantes são revelados
nessa passagem? Por que é tão importante nos lembrarmos deles?

Leitura Parashat Kedoshim, 3ª Alyá (Levítico 19:23-19:32)


Tehilim [Salmos] 77-78 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 49
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 11,12
Acendimento das velas: 18:33

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 21


quarta, 16 de abril [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 16 Nissan 5774]

Pêssach • Omer Dia 1 • Hoje conte 2


Preceitos dos homens
“Não cessou ainda a substituição dos preceitos de D-s pelos dos homens. Mesmo
entre os que creem em Yeshua como Mashiach acham-se instituições e costumes que não
têm melhor fundamento que as tradições dos pais. Essas instituições, fundamentadas em
autoridade meramente humana, têm suplantado as de indicação divina. Os homens se
apegam às suas tradições e reverenciam seus costumes, nutrindo ódio contra os que lhes
procuram mostrar que estão em erro. [ ... ] Em lugar da autoridade dos chamados pioneiros
da congregação, HaShem pede que aceitemos a Palavra do Avinu Malkeinu, o Senhor do
Céu e da Terra” (O Desejado de Todas as Nações, p. 398 adaptado)

4. Leia Mateus 15:3-6. Levando em conta o contexto de Shemot 20:12, Devarim


5:16, Mateus 19:19 e Efésios 6:2, quais foram as duas graves acusações feitas por Yeshua
contra os p’rushim?

Quando os p’rushim confrontaram Yeshua a respeito do incidente relacionado à


questão de fazer n´tilat-yadayim, esperavam que Ele respondesse diretamente à sua acu-
sação. No entanto, em Seu estilo único, Yeshua os confrontou com uma pergunta que era o
verdadeiro cerne da questão. Yeshua queria que eles soubessem que o problema não era
de não fazer n´tilat-yadayim nem a entrega do dízimo, mas a elevação dos padrões huma-
nos acima dos padrões divinos. Os p’rushim podiam apresentar uma explicação lógica para
sua posição sobre o ato de fazer n´tilat-yadayim. Provavelmente, eles também argumentas-
sem que sua canalização de recursos para a causa de HaShem, e não para seus pais, era
uma expressão de seu incomparável amor a D-s.
Embora os p’rushim possam ter tido motivos lógicos para suas ações, D-s não espe-
ra que os seres humanos O amem de acordo com a própria vontade humana. Era bom que
eles estivessem preocupados com disciplina e vida santa, mas essa preocupação jamais
deveria obscurecer a vontade de HaShem. Os p’rushim deveriam ter lembrado que as 613
mitzvot registradas na Torá eram harmoniosas e não contraditórias. Nenhuma das mitzvot
tinha por objetivo suplantar as outras. No entanto, a insistência deles em seguir a “tradição
dos sábios [anciãos]” invalidava a Palavra do Eterno (Mateus 15:6), pelo menos no que di-
zia respeito aos próprios p’rushim. Vendo a si mesmos como os protetores da Torá, devem
ter ficado chocados, e até escandalizados, pela alegação de que estavam transgredindo
e invalidando a Torá, mediante as próprias tradições que eles achavam que ajudavam as
pessoas a observar fielmente a torá!

Leitura Parashat Kedoshim, 4ª Alyá (Levítico 19:33-19:37)


Tehilim [Salmos] 79-82 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 50
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 13,14
Acendimento das velas: 18:32

22 O Mashiach e a Torá
quinta, 17 de abril [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 17 Nissan 5774]

Pêssach • Omer Dia 2 • Hoje conte 3


Justiça excessiva (Mat. 5:20)
5. Leia Mateus 5:17-20. De que maneiras podemos entender a advertência de
Yeshua em Mateus 5:20? Leia também Romanos 10:3.

Se lido isoladamente, Mateus 5:20 poderia ser visto como um convite para exceder
o zelo de alguns p’rushim, isto é, fazer o que eles faziam, de modo mais intenso.
Mas era isso que Yeshua estava dizendo? Felizmente, a resposta a essa pergunta
está ao nosso alcance. A lição de ontem mostrou que era comum os Soferim e p’rushim ele-
varem as regras da tradição acima da Torá. Yeshua precisou dizer-lhes que as suas ações
na realidade invalidavam a clara Palavra de HaShem. A lição de segunda-feira também
mencionou que, embora os Soferim e p’rushim provavelmente tivessem bom conteúdo em
seu ensino, muitos deles viviam de maneira hipócrita.
Nesse cenário, não é difícil perceber o verdadeiro sentimento por trás da declaração
de Yeshua. Ele poderia muito bem estar se referindo àquilo sobre o que havia advertido
em outra ocasião: “Portanto quem desobedecer à menor dessas mitzvot e ensinar outras
pessoas a agirem da mesma forma será chamado ‘menor’ no Olam Habá.” (Mt 5:19). Os
p’rushim estavam tão concentrados nas mitzvot de origem humana que transgrediam aber-
tamente as mitzvot de D-s. A justiça deles estava fundamentada em seus próprios esforços
e, como tal, era defeituosa. Muito tempo antes, Yesha’yahu havia declarado que a justiça
humana não passa de “trapos de menstruação [trapo da imundícia]” (Yesha’yahu [Isaías]
64:6).
O tipo de justiça que Yeshua promove começa no coração. No incidente relacionado
à tradição de fazer n´tilat-yadayim, Ele apontou o erro dos p’rushim citando Yesha’yahu
[Isaías] 29:13: “Essas pessoas [ ... ] se aproximam de mim com palavras vazias, a honra
que me conferem não é verdadeira; pois, de fato, mantêm o coração longe de mim.” A jus-
tiça que D-s procura é mais profunda do que a ação visível.
Yeshua pede uma justiça que exceda aquela que os p’rushim julgavam possuir. A
justiça que conta não é obtida mediante a execução de cada item de uma lista de tare-
fas. Podemos alcançá-la somente quando exercemos confiança em Yeshua HaMashiach
e suplicamos Sua justiça sobre nós. É uma justiça que provém de uma entrega total de si
mesmo e da intensa percepção de que precisamos de Yeshua como nosso Substituto e
Exemplo.

Leia Romanos 10:3. Como esse texto nos ajuda a ver o que significa a verdadeira
justiça?

Leitura Parashat Kedoshim, 5ª Alyá (Levítico 20:1-20:7)


Tehilim [Salmos] 83-87 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 51
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 15,16

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 23


sexta, 18 de abril [‫ יום שישי‬Yom Shishi 18 Nissan 5774]

Pêssach • Omer Dia 3 • Hoje conte 4


Estudo adicional
Para mais informações sobre o tema desta semana, leia, O Desejado de Todas as
Nações, p. 395-398: “Tradição”; p. 610-620: “Ais Sobre os Fasiseus [P’rushim]”; leia tam-
bém Mateus 23.
“Que todos os que aceitam a autoridade humana, os costumes da congregação ou
as tradições dos Pais, atendam à advertência comunicada nas palavras do Mashiach: “Es-
sas pessoas me honram com seus lábios, mas seu coração está muito longe de mim.” (Mt
15:9, O Desejado de Todas as Nações, p. 398 adaptado).

Perguntas para reflexão

1. Quais são as tradições seguidas pela comunidade judaico-adventista Beth Bnei


Tsion [BBTs]? Por que é importante reconhecê-las como tais? Por que são tradições impor-
tantes, e qual é o papel delas em nossa comunidade? Quais delas têm significado univer-
sal, e quais se baseiam em fatores locais e culturais?

2. “Permitiram os crentes, não raro, que o adversário por meio deles opera se no
próprio tempo em que deveriam ter sido completamente consagrados a D-s e ao avanço
de Sua obra. Inconscientemente se têm extraviado para longe do caminho da justiça. Aca-
lentando espírito de crítica e censura, de piedade e orgulho com excesso de zelo farisaico,
entristeceram o Ruach Elohim e retardaram grandemente a obra dos mensageiros divinos”
(Ellen G. White, TI, v. 9, p. 125 adaptado). Como alguém pode “inconscientemente” se ex-
traviar para longe do caminho da justiça? Que passos uma pessoa pode dar para evitar a
atitude de justiça própria e hipocrisia?

3. Pense na ordem do Sidur no Shacharit da Beth Bnei Tsion [BBTs]. Por que ela
adota essa ordem específica? Qual é o significado de cada item na liturgia (por exemplo,
MaTovu, Barechu, Keriat Shemá, etc.)? Que aspectos do Shacharit revelam quanto a tra-
dição está entrelaçada à nossa fé? Pelo simples fato de ser tradição, significa que algo é
ruim?

Leitura Parashat Kedoshim, 6ª Alyá (Levítico 20:8-20:22)


Tehilim [Salmos] 88-89 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 52
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 17-19
Acendimento das velas: 17:37 • Pôr do Sol: 17:55 • Havdalá: 18:29
Shabat, 19 de abril [‫ שבת‬Shabat 19 Nissan 5774]
Pêssach • Omer Dia 4 • Hoje conte 5
Leitura Parashat Kedoshim, 7ª Alyá (Levítico 20:23-20:27)
Tehilim [Salmos] 90-96 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 53
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 20, 21

24 O Mashiach e a Torá
Lição 4 20 a 26 de abril [18 a 25 Nissan]

O Mashiach e a Torá na derashá al Haar

VERSO PARA MEMORIZAR: “Não pensem que vim abolir a Torá ou os profetas. Não
vim abolir, mas completar. Sim, é verdade! Digo a vocês: até que os céus e a terra
passem, nem mesmo um ‫[ י‬Yod] ou um traço da Torá passará - não até que todas as
coisas que precisam acontecer tenham ocorrido.” (Mateus 5:17, 18).

Leituras da semana: Mat. 5:17-20, Lucas 16:16, Mat. 5:21-32, Rom. 7:24, Mat. 5:33-
37, 5:38-48.

Parashá 30 ‫ םישדק‬KEDOSHIM [SANTOS]: Vayikra 19.1 - 20.27


Haftará: Amós 9.7-15; Ez 22.1-19
B’rit Hadashá: Mt. 5.33-37; 5.43-48; 15.1-11; 19.16-30; 22.33-40; Marcos 7.1-23;
12.28-34; Lucas 10.25-39; Romanos 13.8-10; Gálatas 5.13-26; Tg 2.1-9; 1 Kefa [1Pe.]
1.13-21; Hb 9.11-28
Tehilim [Salmo] 15

Quando a maioria das pessoas pensa sobre a Derashá al Haar, pensa automatica-
mente nas “bem-aventuranças” (Mateus 5:1-12). No entanto, a Derashá al Haar abrange
três capítulos, que foram divididos em quatro seções. As “bem-aventuranças” constituem
apenas a primeira seção. Na segunda seção, Yeshua compara os religiosos à luz e ao sal
(Mateus 5:13-16). Na terceira, Mateus 5:17-48, Yeshua nos dá uma nova e mais profunda
perspectiva sobre a Torá. A quarta seção é a mais longa, Mateus 6:1-7:23, na qual Yeshua
apresenta um claro ensino sobre o comportamento religioso. A Derashá al Haar termina
com a midrash [parábola] dos dois construtores, um sábio e outro tolo (Mt 7:24-27), que
enfatiza a importância da obediência ao que D-s nos chama a fazer.
Nesta semana, examinaremos a terceira seção, Mateus 5:17-48, para descobrir o
que ela nos ensina sobre a Torá.

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 25


domingo, 20 de abril [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 20 Nissan 5774]

Pêssach • Omer Dia 5 • Hoje conte 6


“Um ‫[ י‬Yod] ou um traço”
1. Leia Mateus 5:17-20. Que lição importante essa passagem ensina sobre a verda-
deira obediência à torá? O que Yeshua sugeriu sobre a atitude dos p’rushim em relação à
Torá?

Yeshua começou essa seção afirmando que não veio para abolir “a Torá ou Neviim”
(Mateus 5:17). Embora não haja nenhuma referência a isso, muitos veem essa expressão
como uma fórmula convencionada para representar todo o Tanach (leia também Mateus
7:12; 11:13; 22:40; Lucas 16:16; At 13:15; 24:14; Rm 3:21).
A despeito do que Seus adversários alegavam, Yeshua não atacou o próprio livro
que revelava a vontade de Seu Pai. Em vez disso, Seu objetivo era “completar [cumprir]” a
Torá e a Neviim, não revogá-los.
A palavra usada para “cumprir” (plero) significa literalmente “encher completamente”
ou “completar”. Ela tem o sentido de “encher até a borda”. Há duas maneiras de entender a
palavra “completar”. Uma delas é colocar a ênfase em Yeshua como sendo o cumprimento
das Escrituras (por exemplo, Lucas 24:25-27; João 5:39). No entanto, a chave para com-
preender esse texto está no contexto imediato, que mostra que Yeshua não veio para abolir
as Escrituras, mas para revelar sua essência interior.
Tendo estabelecido Seu propósito mais amplo, Yeshua mudou a ênfase do Tanach,
em geral, para a Torá, em particular. Quase como se soubesse que as pessoas um dia O
acusariam de abolir a torá, Ele advertiu que, enquanto o céu e a Terra permanecerem, a
torá continuará existindo, “até que todas as coisas que precisam acontecer tenham ocorri-
do.” (Mateus 5:18). Com essa declaração, Yeshua confirmou a perpetuidade da Torá.
Na verdade, a Torá é tão importante que todo aquele que transgredir seus preceitos
“será chamado o menor no Olam Habá” (Mateus 5:19). Essa é apenas uma forma de dizer
que ele não estará no reino. Por outro lado, aquele que permanecer fiel à torá estará no
reino. Yeshua não hesitou em apontar que Ele não estava promovendo a justiça vazia dos
Soferim e p’rushim, mas uma justiça que brotava de um coração que ama a HaShem e pro-
cura cumprir Sua vontade.

Leitura Parashat Kedoshim, 1ª Alyá (Levítico 19:1-19:14)


Tehilim [Salmos] 97-103 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 54
Leitura Anual: M’lakhim Alef [I Reis] 22; M’lakhim Bet [II Reis] 1
Acendimento das velas: 17:35

26 O Mashiach e a Torá
segunda, 21 de abril [‫ יום שני‬Yom Sheni 21 Nissan 5774]

Pêssach • Omer Dia 6 • Hoje conte 7


Homicídio (Mat. 5:21-26)
Depois de esclarecer Sua intenção de confirmar a Torá Yeshua começou a explicar
uma justiça que excede a dos Soferim e p’rushim. Ele começou citando o sexto manda-
mento (Shemot 20:13) e resumindo, a partir da Torat Moshê, a pena por sua transgressão
(Shemot 2-1:12; Vayikrá 24:17).
O sexto mandamento não inclui todos os casos em que uma pessoa mata outra.
Em casos de homicídio, uma pessoa podia fugir para uma cidade de refúgio e obter asilo
temporário (Shemot 21:13; B’midbar 35:12). No entanto, aquele que intencionalmente tira-
va a vida de alguém seria julgado rapidamente. Em Sua explicação, Yeshua não focalizou
o ato em si, mas o motivo e as intenções de quem comete o ato. Uma pessoa podia tirar
uma vida acidentalmente, mas aquele que teve a intenção de tirar uma vida pecou antes da
execução do terrível ato. Muitos assassinos em potencial são impedidos apenas pela falta
de oportunidade.

2. Leia Mateus 5:22. O que Yeshua comparou ao assassinato? Como I João 3:15
enfatiza esse ponto? Qual foi a verdadeira questão que Yeshua apontou, e o que isso nos
diz sobre o alcance da Torá dada pelo Eterno?

Embora a Bíblia frequentemente fale sobre o poder das palavras, Yeshua levou a
questão para um nível mais profundo. Muitas vezes, o único propósito das palavras ásperas
ou xingamentos é despertar sentimentos negativos na vítima. A lição de Yeshua foi muita
clara. Não apenas aqueles que executam o crime são culpados de assassinato, mas tam-
bém os que falam palavras rudes para os outros ou alimentam pensamentos homicidas. Ele
aconselhou os que abrigam tais pensamentos a se reconciliarem com suas vítimas antes
de ir para o altar (Mateus 5:23-26).

Pense na implicação das palavras de Yeshua no texto da lição de hoje. Quais pala-
vras você tem falado aos semelhantes? O que esse elevado padrão ensina sobre a neces-
sidade de ser coberto pela justiça do Mashiach?

Leitura Parashat Kedoshim, 2ª Alyá (Levítico 19:15-19:22)


Tehilim [Salmos] 104-105 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 55
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 2, 3
Acendimento das velas: 18:27

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 27


terça, 22 de abril [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 22 Nissan 5774]

Pêssach • Omer Dia 7 • Hoje conte 8


Adulterio (Mat. 5:27-32)
O exemplo que Yeshua apresentou em seguida envolve as mitzvot sobre o adultério.
Primeiro, ele citou o sétimo mandamento: “Não cometa adultério’’. No contexto da Torat
Moshê, o adultério ocorria quando uma pessoa casada se envolvia sexualmente com al-
guém que não fosse seu cônjuge. A torá era muito clara em que ambas as partes culpadas
de adultério deviam ser condenadas à morte. Assim como acontece com o sexto manda-
mento, Yeshua mostrou as implicações mais profundas dessa mitzvá específica.
O adultério muitas vezes começa muito antes da concretização do ato. Da mesma
forma que o assassinato começa com a intenção de causar dano permanente a alguém, o
adultério começa no exato momento em que o indivíduo deseja sensualmente outra pes-
soa, casada ou solteira, com quem ele não é casado.

3. Leia Mateus 5:29, 30. Yeshua poderia ter sido mais firme ao descrever o perigo do
pecado? Depois de considerar esse texto, leia Romanos 7:24. Que verdades importantes
são encontradas ali?

Yeshua ofereceu uma solução instantânea para aqueles pecados que foram expos-
tos. A solução não é seguir com o pecado, mas fazer uma autocirurgia radical. Com metáfo-
ras fortes, Yeshua aconselhou a pessoa que tem o problema a fazer o que é necessário se
ela deseja entrar no Olam Habá. Isso pode significar tomar um caminho diferente para ir ao
trabalho ou terminar uma amizade querida, mas o ganho eterno supera em grande medida
as paixões do momento.
Como vimos antes, Moshê permitiu o divórcio, embora soubesse que isso não fosse
parte do plano original de D-s. Depois de advertir os homens casados contra seus olhares
impuros e admoestá-los a controlar seus impulsos, Yeshua incentivou a fidelidade no casa-
mento.
“A entrega da vontade é representada como arrancar o olho ou cortar a mão. Parece-
nos muitas vezes que, sujeitar a vontade a HaShem é o mesmo que consentir em passar
pela vida mutilado ou aleijado. Porém, como Mashiach disse, é melhor que o eu seja muti-
lado, ferido e aleijado, desde que entremos na vida. Aquilo que consideramos um desastre,
é a porta para um mais elevado bem” (Ellen G. White, O MDC, p. 61 adaptado).
Que implicações as palavras da citação acima têm para você?

Leitura Parashat Kedoshim, 3ª Alyá (Levítico 19:23-19:32)


Tehilim [Salmos] 106-107 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 56
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 4,5

28 O Mashiach e a Torá
quarta, 23 de abril [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 23 Nissan 5774]

Omer Dia 8 • Hoje conte 9


Promessas, Promessas... (Mat. 5:33-37)
As duas primeiras antíteses (sobre o homicídio e o adultério) fundamentam-se no
Asseret Hadibrot. A antítese a respeito do divórcio e as que se seguem são tiradas de ou-
tras seções da Torá, incluindo aquela sobre o falso juramento e o cumprimento das promes-
sas feitas ao Eterno.

4. Leia Vayikrá 19:11-13. Que pontos específicos são destacados nesse texto?
Leia também Shemot 20:7.

A Torat Moshê específica, citada por Yeshua, está listada em uma seção de Vayikrá
que condena uma série de práticas enganosas. Nesse contexto, também é evidente que a
preocupação de Yeshua é com as intenções. Qualquer pessoa que faz uma promessa sem
intenção de cumpri-la toma uma decisão consciente de pecar.
Embora a mitzvá contra o falso juramento (Vayikrá 19:11-13) esteja relacionado a
promessas feitas a outras pessoas, o segundo dito [mandamento] (Shemot 20:7) diz res-
peito a promessas feitas a HaShem.

5. Leia Devarim 23:21-23. De que forma esses versos se relacionam com as pala-
vras de Yeshua em Mateus 5:33-37? Leia também Atos 5:1-11.


Ao contrário da pessoa culpada de falso juramento, aquela que faz um compromis-
so financeiro com D-s não está necessariamente com intenção de enganar. No entanto,
Yeshua conhece a natureza humana e adverte para que não façamos promessas das quais
possamos nos arrepen-der mais tarde. A história de Hananyah e Shappirah, que fizeram
uma promessa a HaShem com toda a intenção de cumpri-la, mas mudaram de ideia e
receberam de D-s o juízo fatal, é um poderoso exemplo da maneira pela qual o Eterno vê
esse pecado. Em lugar de fazer promessas que o indivíduo pode não conseguir cumprir, o
religioso deve ser uma pessoa de integridade, cujo “sim” signifique “sim” e cujo “não” signi-
fique “não’’.
Pense em um momento no qual você fez uma promessa (a uma pessoa ou a HaShem)
que você pretendia cumprir, mas não cumpriu. Como você pode evitar esse problema? E
quanto às promessas feitas a si mesmo, as quais você renegou?
Leitura Parashat Kedoshim, 4ª Alyá (Levítico 19:33-19:37)
Tehilim [Salmos] 108-112 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 57
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 6-8

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 29


quinta, 24 de abril [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 24 Nissan 5774]

Omer Dia 9 • Hoje conte 10


Lex Talionis (Mat. 5:38-48)
Parece que o tema comum nesta passagem (Mateus 5:38-48) é a vingança. Esse
primeiro tema diz respeito às muitas mitzvot na Torát Moshê construídos sobre o princípio
de retribuir um crime com punição igual, uma ideia chamada lex talionis [lei de talião], uma
expressão latina que significa “lei da retaliação”.
Como vemos em uma série de passagens (Shemot 21:22-25; Vayikrá 24:17-21; De-
varim 19:21), a torá exigia que o ofensor sofresse a mesma experiência da vítima. Se a
vítima perdesse um olho, braço, pé, ou a vida, o agressor também deveria passar por isso.
Essa “lei da retaliação” era comum em várias civilizações antigas. Por que não, uma vez
que a torá parece revelar um simples princípio de justiça?
É importante perceber que esse princípio existia para limitar a retaliação, ou seja,
para impedir que as pessoas tirassem do mal feito a elas mais do que tinham o direito de
tirar. Assim, em muitos aspectos, essa lei devia garantir que a justiça não fosse pervertida.
Portanto, em Mateus 5:38-42 Yeshua não estava necessariamente atacando a legi-
timidade de uma lei que exigia que uma pessoa fosse punida por um crime. Em vez disso,
Yeshua focalizou a resposta dos religiosos às pessoas que tentam tirar vantagem deles. Em
vez de procurar oportunidades para vingança, os religiosos devem “retaliar” com bondade,
algo que podemos fazer somente mediante a graça de HaShem agindo em nós. Nesse
apelo, Yeshua nos leva a um nível mais profundo em nossa compreensão do que significa
ser um seguidor do Eterno.
A antítese final aborda a atitude que promove o amor aos amigos e ódio aos inimi-
gos. A Mitzvá do amor ao próximo é encontrado em Vayikrá 19:18. Apesar da orientação
encontrada em Devarim 23:3-6, acerca dos moa’vi e ‘amoni, não há texto explícito que exija
ódio para com os inimigos.
No contexto da época de Yeshua, os judeus eram cidadãos de segunda classe, por-
que estavam sob a opressão estrangeira do poder romano, que ocupava sua terra. Levan-
do em conta sua opressão, eles provavelmente se sentissem justificados em odiar o inimigo
que, às vezes, os oprimia severamente. Yeshua mostrou-lhes uma melhor maneira de viver,
mesmo sob circunstâncias desagradáveis.

6. Leia Mateus 5:44, 45. Qual é a mensagem de Yeshua nessa passagem? De que
forma você pode aplicar esse ensinamento na própria vida em relação a alguém que o te-
nha prejudicado?

Leitura Parashat Kedoshim, 5ª Alyá (Levítico 20:1-20:7)


Tehilim [Salmos] 113-118 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 58
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 9-11

30 O Mashiach e a Torá
sexta, 25 de abril [‫ יום שישי‬Yom Shishi 25 Nissan 5774]

Omer Dia 10 • Hoje conte 11


Estudo adicional
Leia O Desejado de Todas as Nações, p. 298-314: “O Sermão da Montanha”.
“Yeshua toma separadamente as mitzvot, e lhes expõe a profundidade e a largura
das reivindicações. Em lugar de remover um Yod de sua força, mostra quão vasto é o al-
cance de seus princípios[ ... ]” (O Desejado de Todas as Nações, p. 310 adaptado).
O amor é o princípio de ligação na Torá. Em cada uma das antíteses, Yeshua exalta
o princípio do amor: o amor impede que uma pessoa alimente o ódio contra seu irmão,
mantém marido e mulher juntos, desafia o religioso a ser sempre honesto em suas relações
com os outros e com HaShem, permite que a pessoa reaja com bondade quando prejudica-
da e capacita o indivíduo a tratar o inimigo como ele gostaria de ser tratado.

Perguntas para reflexão

1. Yeshua disse: “Ouvistes que foi dito aos nossos pais” (Mateus 5:21). Em seguida,
disse: “Mas eu lhes digo [...]” Depois, apresentava as antíteses. Note que alguns dos ditos
“aos pais” foram citações diretas da Torá ou tiradas dos ensinamentos do Tanach. Assim,
o problema não estava com as referências, mas com a maneira pela qual elas haviam sido
interpretadas. Consideramos as coisas de modo muito superficial, ignorando o significado
mais profundo?

2. Muitos caem na armadilha de interpretar textos de forma isolada. Em Mateus


5:48, somos exortados a ser perfeitos como nosso Avinu Shebashamayim. Como a inter-
pretação desse texto em seu contexto imediato (Mateus 5:43-48) demonstra a importância
do cuidadoso estudo da Bíblia? Como você responderia a alguém que alegasse que esse
texto ensina a impecabilidade? O que o texto está ensinando? Por que esse ensino revela
o verdadeiro significado de ser seguidor de Yeshua?

3. Como os textos que estudamos, especialmente sobre o homicídio e o adultério,


mostram o erro dos que afirmam que a torá foi abolida depois do sacrifício do Mashiach?

Leitura Parashat Kedoshim, 6ª Alyá (Levítico 20:8-20:22)


Tehilim [Salmos] 119, Versículos 1-96 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 59
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 12-14
Acendimento das velas: 17:30 • Pôr do Sol: 17:48 • Havdalá: 18:23
Shabat, 26 de abril [‫ שבת‬Shabat 26 Nissan 5774]
Omer Dia 11 • Hoje conte 12
Leitura Parashat Kedoshim, 7ª Alyá (Levítico 20:23-20:27)
Tehilim [Salmos] 119, Versículos 97-176 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 60
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 15-17

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 31


Lição 5 27 de abril a 3 de maio [27 Nissan a 3 Iyar]

O Mashiach e o Shabat

VERSO PARA MEMORIZAR: “O Shabat foi feito para o ser humano, mas não o ser
humano para o Shabat. Portanto o filho do homem é Senhor até mesmo do Shabat.”
(Marcos 2:27, 28).

Leituras da semana: Bereshit [Gen.] 2:1-3, Heb. 1:1-3, Atos 13:14, Marcos 2:23-
28, João 5:1-9, Isa. 65:17.

Parashá 31 ‫ רמא‬EMOR [FALA]: Vayikrá [Lev.] 21.1 - 24.23


Haftará: Ez 44.15-31
B’rit Hadashá: Mat. 5:38-42; Gálatas 3:26-29 1Pe 2.4-10
Tehilim [Salmo] 42

A esmagadora maioria das denominações cristãs observam o domingo como dia


de “descanso” e adoração (embora a esmagadora maioria dos guardadores do domingo
realmente não descansem nesse dia). A “observância” do domingo é tão comum entre os
cristãos modernos, que muitos acreditam que esse dia seja o “shabat cristão”.
Isso não foi sempre assim. Ao contrário, como uma continuação da fé israelita, os
crentes em Yeshua como Mashiach não descartaram todos os símbolos de sua religião-
mãe, incluindo o shabat, o sétimo dia. Durante algum tempo, a única Bíblia que os primeiros
crentes tinham para guiá-los era o Tanach. Não é de admirar que a questão de um dia de
adoração alternativo não fosse introduzida nas congregações dos crentes em Yeshua até
mais de um século depois do Mashiach ter subido ao Céu. Além disso, foi somente no sé-
culo IV, com o Édito de Constantino, que a observância do domingo se tornou a política da
igreja dominante. Quase todo o cristianismo aderiu à guarda do domingo, apesar do ensino
bíblico de que o sétimo dia continua sendo o verdadeiro shabat.
A lição desta semana estudará a relação entre o Mashiach e o shabat.

32 O Mashiach e a Torá
domingo, 27 de abril [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 27 Nissan 5774]

Omer Dia 12 • Hoje conte 13


O Shabat Judaico? (Shemot 20:8-11)
Embora muitos se refiram ao sétimo dia como o “shabat judaico”, a Bíblia revela que
o shabat precede os judeus em muitos séculos. Suas raízes remontam à própria criação. O
texto de Bereshit 2:1-3 declara que, depois que o Eterno havia concluído Seus atos de cria-
ção em seis dias, Ele descansou no sétimo dia e, em seguida, “D-s abençoou o sétimo dia
e o separou como santo”. Isso mostra claramente a posição elevada do shabat na criação
de D-s. Além da bênção, o shabat também foi “separado como santo”. Em outras palavras,
D-s aplicou algumas das Suas qualidades a esse monumento no tempo.

1. Compare os dois textos que citam a mitzvá do shabat, Shemot 20:8-11 e Devarim
5:12-15. Qual é a relação entre esses textos e a teoria de que o shabat é apenas para os
judeus?

A diferença mais notável entre os dois textos sobre a mitzvá do shabat é a razão para
a observância desse dia. Shemot faz uma referência direta a Bereshit 2:3, ao realçar o fato
de que D-s “abençoou” e “separou como santo” o dia de shabat.
Por outro lado, Devarim 5:15 aponta para o livramento de Yisra’el da escravidão no
Egito como sendo uma razão para a guarda do shabat. Com base no texto de Devarim,
muitos acreditam que o shabat seja apenas para os judeus. No entanto, esse argumento
ignora completamente o fato de que o texto de Shemot aponta para a criação, quando o
Eterno estabeleceu o shabat para toda a humanidade.
Além disso, a referência de Devarim 5:15 à libertação do Egito é um símbolo da
salvação que temos no Mashiach. Por isso, o shabat é um símbolo não apenas da criação,
mas também da redenção; dois temas interligados na Bíblia (Hebreus 1:1-3; Colossenses
1:13-20; Jo 1:1-14). Unicamente pelo fato de Yeshua HaMashiach ser nosso Criador, Ele
pode também ser nosso Redentor, e o shabat é o símbolo de Sua obra nesses dois aspec-
tos.

Qualquer pessoa pode alegar que está descansando no Mashiach. Em sua experi-
ência, como a observância do shabat o ajuda a encontrar esse descanso?

Leitura Parashat Emor, 1ª Alyá (Levítico 21:1-21:15)


Tehilim [Salmos] 120-134 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 61
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 18,19

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 33


segunda, 28 de abril [‫ יום שני‬Yom Sheni 28 Nissan 5774]

Omer Dia 13 • Hoje conte 14


Um tempo para descanso e adoração (Lucas 4:16)
De acordo com Colossenses 1:16 e Hebreus 1:2, o Mashiach pré-encarnado esteve
diretamente envolvido no processo da criação. Esses textos declaram que todas as coisas
criadas vieram à existência por meio dEle. Além disso, Sha’ul declarou que O Mashiach
participou da criação das coisas “invisíveis” (Colossenses 1:16, 17), o que, evidentemente,
inclui o shabat. Embora O Mashiach tenha sido uma figura central no processo de criação,
quando Se tornou humano, Ele Se sujeitou às mitzvot de Seu Pai (João 15:10). Como as
lições anteriores mostraram, Yeshua Se opôs a certas tradições e aproveitava todas as
oportunidades para corrigir o comportamento religioso que não estivesse fundamentado na
vontade de HaShem. Se Yeshua quisesse abolir a mitzvá do shabat, Ele teve muitas opor-
tunidades para fazer exatamente isso.
A maioria dos textos sobre o shabat no Tanach fala do shabat como dia de descanso.
A compreensão de” descanso” em muitas línguas modernas pode levar alguns a acreditar
que devemos passar as horas do shabat dormindo e relaxando. Embora possamos fazer
isso em algum momento no shabat, o verdadeiro significado de descanso é “cessação”,
“interrupção” ou “pausa”. O shabat é o dia em que podemos fazer uma pausa na rotina dos
primeiros seis dias e desfrutar tempo especial com o Criador.
Na época do Mashiach, os judeus realizavam um Shacharit a D-s a cada shabat
(Lucas 4:16). Os que viviam em Yerushalayim participavam dos cultos especiais de oração
no Beit HaMiqdash, onde a Shacharit de Shabat era diferente da que ocorria nos outros
dias da semana. Judeus que viviam em outras partes do mundo desenvolveram a sinagoga
como um lugar de encontro social e adoração. Aos shabatot, desde que um mínimo de dez
homens estivessem presentes (um minyan [número mínimo]), um culto de adoração pode-
ria acontecer.

2. O que os seguintes textos nos informam sobre a guarda do shabat entre os pri-
meiros crentes em Yeshua como Mashiach? O que isso nos diz sobre a afirmação de que o
shabat foi mudado para o domingo em honra à ressurreição? At 13:14, 42, 44; 16:13; 17:2;
18:4; Hb4:9

Levando em conta suas raízes judaicas, era natural que os primeiros crentes em Yeshua
Hamashiach adorassem no dia prescrito no Tanach. No entanto, quase vinte anos após a
ascensão de Yeshua, ainda era “costume” de Sha’ul frequentar uma sinagoga aos shabatot
(Atos 17:2). Assim, nenhuma evidência bíblica mostra que os primeiros crentes em Yeshua
guardassem o domingo em lugar do shabat.

Leitura Parashat Emor, 2ª Alyá (Levítico 21:16-22:16)


Tehilim [Salmos] 135-139 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 62
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 20, 21

34 O Mashiach e a Torá
terça, 29 de abril [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 29 Nissan 5774]

Omer Dia 14 • Hoje conte 15


Um tempo para se alegrar (Marcos 2:27-28)
Muitos que afirmam guardar o shabat nem sempre entendem o que implica a ob-
servância desse dia. Como faziam alguns dos p’rushim no tempo de Yeshua, as pessoas
ainda hoje têm aprisionado o shabat atrás dos muros rígidos das normas e regulamentos
(enquanto outros quase o transformaram em um dia igual a qualquer outro). O shabat deve
ser ocasião de alegria, não um fardo, mas ainda assim é um dia para ser santificado.
Durante o tempo em que Yeshua esteve na Terra, alguns dos líderes religiosos ha-
viam envolvido a mitzvá do shabat com 39 outros mitzvot. Eles argumentavam que, se as
pessoas guardassem essas 39 mitzvot, o shabat seria perfeitamente observado. Como re-
sultado dessa bem intencionada legislação, o shabat, que foi planejado para ser deleitoso,
de fato, tornou-se um jugo para muitos.

3. Leia atentamente Marcos 2:23-28. Por que os talmidim colheram grãos? Será que
o texto indica que Yeshua participou com os talmidim? Alguma mitzvá bíblica foi transgredi-
da?

Quando Yeshua e Seus talmidim passaram por um campo em dia de shabat, os


talmidim decidiram satisfazer a fome colhendo grãos. Embora o campo não pertencesse
a eles, essa ação era permitida pela torat Moshê (Devarim 23:25), ainda que os p’rushim
interpretassem isso como transgressão de outra mitzvá que proibia arar e colher no shabat
(Shemot 34:21). Aparentemente, Yeshua não participou do alimento. No entanto, Ele tomou
tempo para defender a ação dos talmidim. Yeshua lembrou aos p’rushim que o próprio
David e seus homens, quando estavam com fome, comeram o pão do Mishcan, o que era
“proibido”.
Em Marcos 2:27, 28, Yeshua disse que o shabat foi feito para benefício do ser hu-
mano, não o inverso. Em outras palavras, o shabat não foi feito a fim de ser adorado, mas
para oferecer oportunidades de adoração. Como dom de HaShem para todos os seres
humanos, o shabat não foi feito para oprimir, mas afim de proporcionar alívio e libertação.
É realmente uma forma de experimentar nosso descanso e liberdade no Mashiach.

Quais são algumas das coisas que você pode fazer com mais facilidade no shabat do que
em outros dias da semana, por causa das obrigações de sua rotina? Comente na Beth Mi-
drash Leshabat.

Leitura Parashat Emor, 3ª Alyá (Levítico 22:17-22:33)


Tehilim [Salmos] 140-144 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 63
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 22, 23

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 35


quarta, 30 de abril [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 30 Nissan 5774]

Rosh Chodesh • Omer Dia 15 • Hoje conte 16


Um tempo para curar (Lucas 13:16)
Quando o Eterno criou o mundo, declarou que tudo era “muito bom” (Bereshit 1:31),
perfeito em todos os sentidos. No entanto, com a entrada do pecado, a criação foi corrom-
pida com o mal, um impacto percebido em toda parte. Os seres humanos, embora criados
à imagem de D-s, se tornaram sujeitos à doença, deterioração e morte. Costumamos dizer
que a morte faz parte da vida. No entanto, a morte é a negação da vida, não parte dela,
jamais houve a intenção de que experimentássemos a morte.
Tendo em conta o plano original de HaShem para a humanidade, não é nenhuma
surpresa que alguns dos mais impressionantes milagres de cura de Yeshua tenham ocorri-
do no shabat.

4. Recapitule as histórias de cura no shabat em Marcos 3:1-6; Lucas 13:10-17; João


5:1-9; 9:1-14. Que lições esses milagres nos ensinam sobre o verdadeiro propósito do sha-
bat?

Cada um dos milagres de cura no shabat é espetacular e serve para demonstrar o


verdadeiro significado desse dia. Antes de Yeshua curar o homem da mão atrofiada (Mc
3:1-6), fez uma pergunta retórica: “É lícito nos shabatot fazer o bem ou fazer o mal? Salvar
a vida ou tirá-la?” (Marcos 3:4). Se uma pessoa tem oportunidade de aliviar o sofrimento
no dia da libertação, por que não deveria fazê-lo? Na verdade, a cura da mulher encurvada
demonstra poderosamente o propósito libertador do shabat (Lucas 13:10-17). Quando criti-
cado pela cura, Yeshua perguntou: “Esta mulher é filha de Avraham e Ha-satan a manteve
presa por dezoito anos. Não deveria ser ela liberta dessa escravidão no dia de shabat?” (Lc
13:16)
O tema da libertação também está presente nos relatos da cura, junto ao tanque
de Beit’zata, do homem que tinha estado doente durante 38 anos (João 5:1-9), e da cura
do cego de nascença (João 9:1-14). Em resposta à acusação de alguns p’rushim de que
Yeshua transgredia o shabat com Seus milagres de cura, Ele declarou: “Meu Pai tem traba-
lhado até agora e eu também estou trabalhando” (João 5:17). Se HaShem não aprovasse
a cura, ela não teria acontecido. Quando se trata de aliviar a miséria humana, HaShem não
descansa.

Os erros desses líderes mostram como os preconceitos podem nos cegar até mes-
mo para verdades óbvias. Alguma verdade foi obscurecida em nossa mente por causa dos
preconceitos?

Leitura Parashat Emor, 4ª Alyá (Levítico 23:1-23:22)


Tehilim [Salmos] 145-150 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 64
Leitura Anual: M’lakhim Bet [II Reis] 24, 25

36 O Mashiach e a Torá
quinta, 1 de maio [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 1 Iyar 5774]

Rosh Chodesh • Omer Dia 16 • Hoje conte 17


Uma Nova criação
O shabat não somente nos lembra da capacidade criadora de D-s, mas aponta para
Suas promessas de restauração. Na realidade, a cada cura de uma pessoa no shabat, a
promessa de restauração eterna era confirmada. De modo único, shabat proporciona uma
visão que remonta aos primórdios da história da Terra e se estende para o destino final da
humanidade. Por isso, podemos dizer que o shabat aponta tanto para a criação quanto para
a redenção.
O Eterno criou este mundo uma vez. Mas, devido ao pecado, Sua criação foi per-
vertida. No entanto, essa perversão não durará para sempre. Um elemento-chave do plano
de salvação é a restauração, não apenas da Terra, mas também das pessoas feitas à Sua
imagem, as quais receberão novamente essa imagem e viverão no Olam Habá. Este será o
aspecto mais importante da restauração. O mesmo D-s que no princípio criou a Terra, feito
que celebramos a cada sétimo dia, recriará a Terra. Medite neste fato: É tão importante lem-
brar a criação que somos orientados a fazer isso de uma forma especial, a cada semana.

5. Leia os textos a seguir. Qual é a ligação entre a mensagem de cada um deles e o


significado do shabat?

Yesha’yahu [Isaías] 65:17:___________________________________________________

Yesha’yahu [Isaías] 66:22: __________________________________________________

Revelação 21:1:___________________________________________________________

2Corintios5:17:______________________________________________________________

Galatás 6:15: _____________________________________________________________

Revelação 21:5:___________________________________________________________

O shabat” declara que Aquele que criou todas as coisas no Céu e na Terra, e por
quem todas as coisas se mantêm unidas, é a cabeça da congregação, e que por Seu poder
somos reconciliados com D-s. [ ... ] o shabat é um sinal do poder do Mashiach para nos
fazer santos. E é dado a todos quantos O Mashiach santifica. Como sinal de Seu poder
santificador, o shabat é dado a todos quantos, por meio do Mashiach, se tornam parte do
Yisra’el de D-s” (O Desejado de Todas as Nações, p. 288 adaptado).

Na prática, o que você pode fazer para permitir que o poder de HaShem o santifi-
que? Que escolhas diárias podem ajudar ou atrapalhar esse processo de recriação em sua
vida?

Leitura Parashat Emor, 5ª Alyá (Levítico 23:23-23:32)


Tehilim [Salmos] 1-9 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 65
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas] 1-3

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 37


sexta, 2 de maio [‫ יום שישי‬Yom Shishi 2 Iyar 5774]

Omer Dia 17 • Hoje conte 18


Estudo adicional
“Desde o início do grande conflito no Céu, tem sido o intento de Ha-satan subverter
a Torá dada pelo Eterno. Foi para realizar isto que ele entrou em rebelião contra o Criador;
e, embora fosse expulso do Céu, continuou a mesma luta na Terra.
Enganar os homens, levando-os assim a transgredir a Torá, é o objetivo que perseverante-
mente ele tem procurado atingir. Quer seja isto alcançado pondo de parte toda a torá, quer
rejeitando uma de suas mitzvot, o resultado será finalmente o mesmo. Aquele que tropeça
“em um só ponto” manifesta desprezo pela torá toda; sua influência e exemplo estão do
lado da transgressão; torna-se “culpado de todos” (Tiago 2:10; O Grande Conflito, p. 582
adaptado).

Perguntas para reflexão

1. Considere a declaração acima. A rejeição ao shabat ao longo da história nos ajuda


a entender o ataque de Ha-satan à Torá?

2. Nos textos seguintes (Marcos 3:2; Lucas 13:14; João 5:18; 9:16) Yeshua foi acu-
sado de transgre-dir o shabat. Leia também Shemot 20:8-11 e responda: O que você diria
aos que afirmam que essas passagens seriam evidências de que Yeshua tivesse transgre-
dido o shabat?

3. Quais atividades você pretende fazer aos shabatot com a família e com a congre-
gação, aproveitando mais os benefícios desse dia especial?

4. Para você, o shabat é um dia de libertação, descanso e liberdade, ou é de mal


-estar, escravidão e estresse? Como você pode desfrutar o shabat, torná-lo prazeroso,
como somos instruídos neste verso: “Se você contiver seu pé no Shabat e não procurar os
próprios interesses no meu dia santo; se você chamar o Shabat de delícia, o santo dia de
Adonai, digno de honra; e então honrar, não cuidando dos afazeres comuns nem procuran-
do os seus interesses ou falando a respeito deles; (Yesha’yachu [Isaías] 58:13)?

Leitura Parashat Emor, 6ª Alyá (Levítico 23:33-23:44)


Tehilim [Salmos] 10-17 - Leitura Reavivados por sua palavra: Isaías 66
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas] 4-6
Acendimento das velas: 17:24 • Pôr do Sol: 17:42 • Havdalá: 18:18
Shabat, 3 de maio [‫ שבת‬Shabat 3 Iyar 5774]
Omer Dia 18 • Hoje conte 19
Leitura Parashat Emor, 7ª Alyá (Levítico 24:1-24:23)
Tehilim [Salmos] 18-22 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 1
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas] 7-9

38 O Mashiach e a Torá
Lição 6 4 a 10 de maio [4 a 10 Iyar]

A Morte do Mashiach e a Torá

VERSO PARA MEMORIZAR: “Assim meus irmãos, vocês foram mortos em relação
à Torá por meio do corpo do Mashiach, para que possam pertencer a outra pessoa,
isto é, àquele que foi ressuscitado dentre os mortos, a fim de darmos fruto para D-s.”
(Romanos 7:4).

Leituras da semana: Rom. 7:1-6; 8:5-8; Rom. 7:7-13; Rom. 4:15; Atos 13:38-39; Gal.
3:10.
Parashá 32 ‫ בהר‬BAHAR [NO MONTE]: Vayikrá [Lev.] 25.1 - 26.2
Haftará: Jr 32.6-27
B’rit Hadashá: Lucas 4:16-21; I Coríntios 7.21-24; Gálatas 6.7-10; Lc 4.16-21
Tehilim [Salmo] 112

Um homem está dirigindo muito acima do limite de velocidade. De repente, ele vê


piscando em seu espelho retrovisor as luzes vermelhas e azuis de um carro da polícia
e ouve o toque da sirene. Ele para o carro, e pega a carteira de motorista. O policial se
aproxima, pega a carteira e volta para a viatura. O motorista imagina qual seria o valor da
multa, porque estava muito acima do limite de velocidade e também se preocupa com sua
capacidade de pagar a multa.
Alguns minutos depois, o policial volta e diz: “OK, senhor, o que faremos para que
você não tenha que enfrentar a penalidade da lei novamente é abolir a lei. Você não precisa
mais se preocupar com o limite de velocidade.”
Por mais ridícula que seja essa história, não é muito diferente da teologia que ensina
que, depois da morte de Yeshua, os Asseret Hadibrot foram abolidos. Nesta semana, estu-
daremos a morte de Yeshua e o que isso significa em relação à Torá.

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 39


domingo, 4 de maio [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 4 Iyar 5774]

Omer Dia 19 • Hoje conte 20


Mortos em relação à Torá
1. Examine atentamente Romanos 7:1-6 e resuma o que Sha’ul diz. Tenha em mente
outras passagens bíblicas sobre a Torá.

Embora algumas versões da Bíblia tenham traduzido incorretamente o verso 1, onde


está escrito que “a Torá possui autoridade sobre uma pessoa apenas quando ela vive”, uma
interpretação literal é: “Toda pessoa viva está sob o domínio da torá”. A ênfase não está nos
mortos, mas nos vivos.
O exemplo do casamento demonstra que toda pessoa casada que tenha um rela-
cionamento íntimo com alguém que não seja seu cônjuge transgride a torá e é culpada de
adultério. Somente quando o cônjuge morre, a pessoa pode se unir a outra sem transgredir
a torá.
Além disso, alguns argumentam que essa passagem mostra a morte da torá. No
entanto, ela realmente mostra a morte de urna pessoa para a torá por meio do corpo do
Mashiach (Romanos 7:4). De acordo com Romanos 6:6, a parte da pessoa que morre é “o
velho homem”. Quando unida à velha natureza, a pessoa é condenada pela torá e, por isso,
fica presa em um relacionamento infeliz (Romanos 7:9-11, 24). Depois da morte da velha
natureza, a pessoa fica livre para entrar em um relacionamento com outro, o Mashiach res-
surreto (Romanos 7:4).
O que Sha’ul está dizendo é que, uma vez que a torá domina a pessoa viva, a torá
dada pelo Eterno D-s também deve governar a nova união. No entanto, o fato de que o
crente em Yeshua como Mashiach agora está unido em matrimônio com o Mashiach signifi-
ca que a torá não é mais um instrumento de condenação. O crente em Yeshua fica livre da
condenação da torá, porque ele está coberto pela justiça de Yeshua.
Sha’ul não afirma que os Asseret Hadibrot, que definem o pecado, estão agora abo-
lidos. Isso estaria em contradição com grande parte da Bíblia, incluindo os próprios escritos
do emissári. Em vez disso, ele fala sobre o novo relacionamento que uma pessoa tem com
a torá mediante a confiança em Yeshua. A torá ainda é obrigatória, mas para aquele que crê
em Yeshua, aquele que morreu para o eu e para o pecado, a torá não mais o mantém nas
garras da condenação, porque ele passa a pertencer a outra pessoa, Yeshua Hamashiach
.

Leitura Parashat Behar, 1ª Alyá (Levítico 25:1-25:13)


Tehilim [Salmos] 23-28 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 2
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas] 10-12

40 O Mashiach e a Torá
segunda, 5 de maio [‫ יום שני‬Yom Sheni 5 Iyar 5774]

Omer Dia 20 • Hoje conte 21


A Torá do Pecado e da morte (Rom. 8:1-8)
Sha’ul assegura ao crente em Yeshua que “não há mais nenhuma condenação es-
perando por aqueles que estão em união com Yeshua HaMashiach.
“Por que? Porque a torá do Espírito que produz vida em união com Yeshua, me liber-
tou da ‘Torá’ do pecado e da morte” (Rm 8:1, 2). Se lêssemos esses versos à parte de seu
contexto imediato, poderia parecer que Sha’ul estivesse se referindo a duas toratot opos-
tas: a torá da vida e a torá do pecado e da morte. No entanto, a diferença não está com a
torá, mas com o indivíduo antes e depois que ele recebe o Mashiach.

2. De que forma a discussão de Sha’ul em Romanos 7:7-13 ilustra o papel da torá?

A função da torá depende da pessoa com a qual ela está associada. A mesma faca,
por exemplo, pode ser utilizada por um cirurgião para curar ou por um assassino para ma-
tar. Da mesma forma, um ladrão que transgride uma lei para roubar a bolsa de alguém esta-
rá em um relacionamento diferente com a lei em comparação com aquele a quem a lei deve
proteger (o dono da bolsa). A própria torá, às vezes, pode ser descrita como santa, justa e
boa (Romanos 7:12), ou como a “lei do pecado e da morte” (Romanos 8:2). No entanto, da
mesma forma que a vingança retributiva de HaShem não o impede de ser um D-s de amor,
a função da torá como reveladora do pecado e da morte não a torna pecaminosa.
De acordo com Romanos 8:5-8, a torá é um instrumento do “pecado e da morte” para
aquele que “tem a mente voltada para as coisas relativas a ela [velha natureza]” (Romanos
8:5). Isso descreve a pessoa que ainda está casada com o “velha natureza” e não tem ne-
nhum desejo aparente de romper esse relacionamento e unir-se ao Mashiach ressuscitado.
Como resultado dessa união pecaminosa, a pessoa se encontra em “inimizade contra o
Eterno” e Sua torá, uma vez que estão em lados opostos (Romanos 8:7).
Então, Sha’ul enfatiza que é impossível para “a mentalidade da carne” se submeter
à torá, e “agradar a D-s” (Romanos 8:7, 8, NVI). Obviamente, isso não é uma referência
ao indivíduo que luta em Romanos 7:13-25, uma vez que esse alguém serve à torá “com
a mente” (Romanos 7:25). Sha’ul provavelmente estivesse se referindo aos que, por sua
maldade, “suprimem a verdade” (Romanos 1:18). É para esses que se rebelam contra a so-
berania de D-s que a torá se torna um instrumento de pecado e de morte (Romanos 2:12).

O que você sente quando transgride a torá?

Leitura Parashat Behar, 2ª Alyá (Levítico 25:14-25:18)


Tehilim [Salmos] 29-34 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 3
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas] 13-16

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 41


terça, 6 de maio [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 6 Iyar 5774]

Omer Dia 21 • Hoje conte 22


O Poder da Torá
3. De acordo com Romanos 4:15, 5:13 e 7:7, qual é a função da torá? O que Roma-
nos 7:8-11 diz sobre o efeito da torá sobre a pessoa que a transgride?

Cada instrumento tem seu propósito. Assim como uma chave é utilizada para abrir
uma fechadura ou uma faca é usada para cortar, a torá é utilizada para definir o pecado.
Se não fosse pela torá, não haveria nenhum método absoluto para saber quais ações são
aceitáveis ou inaceitáveis diante dEle. Embora o pecado não possa existir sem a torá,
Sha’ul deixa claro que a torá não é parceira do pecado: “Então algo bom se tornou em fonte
de morte para mim? D-s não o permita! Ao contrário, o pecado operou a morte em mim por
meio do que era bom para que pudesse ser claramente exposto como pecado, de forma
que o pecado, por meio do mandamento, pudesse ser experimentado como algo sobrema-
neira pecaminoso.” (Romanos 7:13).

4. De que forma os textos acima lançam luz sobre 1Coríntios 15:54-58?

Se lido isoladamente, 1Coríntios 15:54-58 parece promover uma visão negativa da


torá. No entanto, a mensagem de Sha’ul é que a torá “fortalece” o pecado apenas porque
ela define o que é o pecado. E, certamente, “o que as pessoas merecem pelo pecado é a
morte” (Romanos 6:23). Se não fosse pela torá, não haveria morte, pois seria impossível
definir o pecado. Em 1Coríntios 15, o propósito de Sha’ul não é demonizar a torá, mas
demonstrar como, pela morte e ressurreição de Yeshua, todos os que creem podem expe-
rimentar a vitória sobre a morte, que ocorre por causa da transgressão da torá.

Quando foi a última vez que alguém pecou contra você, isto é, transgrediu a torá de
uma forma que o prejudicou? Como essa experiência o ajuda a entender o grande erro da
afirmação de que a torá foi abolida depois da morte do Mashiach?

Leitura Parashat Behar, 3ª Alyá (Levítico 25:19-25:24)


Tehilim [Salmos] 35-38 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 4
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas]17-20

42 O Mashiach e a Torá
quarta, 7 de maio[‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 7 Iyar 5774]

Omer Dia 22 • Hoje conte 23


A Torá impotente
Como vimos, embora em certo sentido a lei “fortaleça” o pecado, em outro sentido, a
torá é extremamente impotente. Como pode a mesma coisa ser ao mesmo tempo poderosa
e impotente?
Aqui, novamente, a diferença não está na torá, mas na pessoa. A torá obriga aque-
le que descobre que é pecador a reconhecer que está contrariando a vontade de D-s e,
portanto, seguindo no caminho da morte. Ao descobrir seu pecado, o pecador pode decidir
seguir a torá ao pé da letra. No entanto, o fato de que ele já pecou fez dele um candidato à
morte.

5. Leia Atos 13:38, 39; Romanos 8:3; Gálatas 3:21. O que esses textos nos dizem
sobre a torá e a salvação?

Algumas pessoas acreditam que a estrita observância da torá garante a salvação,


mas isso não é um ensinamento bíblico. A torá define o pecado (Romanos 7:7). Ela não o
perdoa (Gálatas 2:19-21). Por isso, Sha’ul observa que a mesma torá que fortalece o peca-
do também é “enferma” (Romanos 8:3). Ela é capaz de convencer o pecador dos pecados,
mas não pode torná-lo justo. Um espelho pode mostrar as nossas falhas, mas não pode
corrigi-las. Como Ellen G. White escreveu: “A torá não pode salvar aqueles a quem ela
condena. Ela não pode resgatar os que perecem” (Signs of the Times, 10 de novembro de
1890 adaptado).
Quando consideramos totalmente a finalidade da torá, é mais fácil entender por que
Yeshua Se tornou o sacrifício expiatório pela raça humana. A morte de Yeshua colocou os
pecadores em um relacionamento correto com HaShem e com Sua torá santa, justa e boa
(Romanos 7:12). Ao mesmo tempo, Sua morte mostrou a inutilidade da salvação pela ob-
servância da torá. Afinal, se a obediência à torá pudesse nos salvar, Yeshua não precisaria
ter morrido em nosso lugar. O fato de que Ele morreu por nós, revela que a obediência à
torá não pode nos salvar. Precisamos de algo muito mais drástico.

Apesar das muitas promessas de poder para obedecer à ltorá dada pelo Eterno, por
que essa obediência não é suficiente para garantir nossa salvação? Considere sua obser-
vância da torá. Se sua salvação dependesse de sua obediência, quanta esperança você
teria?

Leitura Parashat Behar, 4ª Alyá (Levítico 25:25-25:28)


Tehilim [Salmos] 39-43 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 5
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas] 21-24

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 43


quinta,8 de maio [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 8 Iyar 5774]

Omer Dia 23 • Hoje conte 24


A maldição da Torá
6. O que os textos a seguir dizem sobre a natureza humana? Como podemos ver a
realidade dessa verdade a cada dia? Tehilim [Salmo] 51:5; is 64:6; Romanos 3:23

Com exceção do Mashiach, todos os seres humanos têm uma experiência comum, visto
que todos foram infectados pelo pecado de Adam. Consequentemente, nenhum ser huma-
no comum jamais pode alegar ser totalmente tzadik. Há alguns, como Eliyahu e Hanokh,
que viveram excepcionalmente perto de D-s, mas nenhum deles foi capaz de viver de modo
completamente irrepreensível. Na verdade, foi com essa realidade em mente que Sha’ul
declarou: ‘Pois todo aquele que confia na guarda legalista dos mandamentos da Torá vive
sob maldição, porque está escrito: “Maldito quem não persistir em praticar todas as coisas
escritas no rolo da Torá” (Gálatas 3:10). A verdade é que a torá exige total e completa obe-
diência. Quem, a não ser Yeshua, algum dia já prestou essa obediência?

7. Como o texto de Romanos 6:23 ajuda a definir o que significa a “maldição da torá?
Leia também Bereshit 2:17; Ez. 18:4.

Todos estão naturalmente sob a maldição da torá. Porque a torá não tem margem
nenhuma para erro, é impossível que uma pessoa corrija um pecado passado. Consequen-
temente, a morte é o destino do indivíduo. Tiago pinta um quadro ainda mais sombrio ao
nos lembrar de que a transgressão em um ponto da torá é tão pecaminosa quanto a trans-
gressão em todos os pontos (Tiago 2:10). “O salário do pecado é a morte”, mas a morte não
é proporcional. Ela é total.
Quando reconhecemos a condição desamparada daqueles que estão sob a maldi-
ção, é mais fácil avaliar a extensão do amor de HaShem: “D-s, porém, demonstra seu amor
por nós no fato de o Mashiach ter morrido por nós enquanto ainda éramos pecadores”
(Romanos 5:8). Mediante Sua morte, “o Mashiach nos redimiu da maldição pronunciada na
torá, ao se tornar amaldiçoado em nosso lugar” (Gálatas 3:13).

Pense no que Sha’ul disse: “Os que se apoiam na prática da torá estão debaixo de
maldição” (Gálatas 3:10). Por isso, a torá não pode nos salvar. Assim, somos amaldiçoados
com a morte. Como o reconhecimento dessa verdade nos ajuda a valorizar o que recebe-
mos em Yeshua? De que forma manifestamos essa valorização em nossa vida? Leia 1João
5:3.

Leitura Parashat Behar, 5ª Alyá (Levítico 25:29-25:38)


Tehilim [Salmos] 44-48 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 6
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas] 25-27

44 O Mashiach e a Torá
sexta,9 de maio [‫ יום שישי‬Yom Shishi 9 Iyar 5774]

Omer Dia 24 • Hoje conte 25


Estudo adicional
Leia O Desejado de Todas as Nações, p. 758-764: “Está Consumado”. “A torá requer
justiça - vida justa, caráter perfeito; e isso o homem não tem para dar. [ ... ] Mas o Mashia-
ch, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes Ele
oferece como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos
homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de D-s. Mais
que isso, o Mashiach lhes comunica os atributos divinos.[ ... ] Assim, a própria justiça da
torá se cumpre no crente no Mashiach. HaShem ode ser ‘justo e justificador daquele que
tem confiança em Yeshua’” (Rm 3:26, O Desejado de Todas as Nações, p. 762 adaptado).
A morte de Yeshua demonstrou a permanência da Torá. Quando nossos primeiros
pais pecaram, D-s poderia ter abolido a torá, eliminando a penalidade da transgressão. No
entanto, isso significaria uma existência miserável em uma sociedade sem leis. Em vez
disso, D-s escolheu enviar Seu Filho como nosso substituto. Por isso, Ele recebeu a justa
penalidade pelo pecado, conforme exigido pela torá, em favor de todas as pessoas. Me-
diante a morte de Yeshua, a humanidade está em novo relacionamento com o Eterno. Isso
significa que, pela confiança em Yeshua, podemos ter o perdão de nossos pecados e nos
tornar perfeitos aos olhos de HaShem.

Perguntas para reflexão

1. Muitas religiões ensinam que, no fim da vida D-s compara as boas ações com as
más ações, antes de determinar qual será a recompensa da pessoa. O que está errado com
esse pensamento?

2. Yeshua morreu pelos nossos pecados. Se a obediência à torá pudesse acrescen-


tar alguma coisa a esse sacrifício, qual seria a eficácia do sacrifício do Mashiach?

3. Por que é falsa a ideia de que a torá foi abolida depois da morte do Mashiach?
Quando as pessoas defendem esse pensamento, o que elas realmente querem dizer que
foi abolido? Qual mitzvá as pessoas alegam que foi abolido?

Leitura Parashat Behar, 6ª Alyá (Levítico 25:39-25:46)


Tehilim [Salmos] 49-54 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 7
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Alef [I Crônicas] 28-29
Acendimento das velas: 17:19 • Pôr do Sol: 17:37 • Havdalá: 18:13
Shabat, 10 de maio [‫ שבת‬Shabat 10 Iyar 5774]
Omer Dia 25 • Hoje conte 26
Leitura Parashat Behar, 7ª Alyá (Levítico 25:47-26:2)
Tehilim [Salmos] 55-59 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 8
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 1-4

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 45


Lição 7 11 a 17 de maio [11 a 17 Iyar]

Mashiach, o objetivo da Torá

VERSO PARA MEMORIZAR: “porque o objetivo estabelecido pela Torá é o Mashiach,


que oferece justiça a todo que deposita sua confiança” (Romanos 10:4).

Leituras da semana: Rom. 5:12-21, 6:15-23, 7:13-25, 9:30-10:4, Gal. 3:19-24.

Parashá 21 ‫ בחקתי‬BECHUKOTAI [NOS MEUS ESTATUTOS]: Vayikrá [Lev.]


26.3 - 27.34
Haftará: Jr 16.19 - 17.14
B’rit Hadashá: João 14.15-21; 15:10-12; 1 Yochanan [1 João]; Mateus 22.1-14
Tehilim [Salmo] 105

Uma revista bem conhecida publicou um anúncio de página inteira com um título que
dizia: “Alcance a imortalidade! (não estamos brincando).” Em certo sentido, eles estavam
brincando, porque o anúncio continuava dizendo: “Para descobrir como deixar um legado
de caridade que faça doações em seu nome para sempre, contate-nos e solicite nosso livro
gratuito”.
Escritores, estudiosos, filósofos e teólogos, ao longo dos séculos, têm lutado com a
questão da morte e do que a morte faz com o sentido da nossa vida. Por isso, o anúncio
foi uma forma inteligente de ajudar as pessoas a lidar com sua mortalidade, ainda que, no
fim das contas, essa estratégia se mostrasse infrutífera. Em contrapartida, a B´rit Hadashá
mostra a única maneira de alcançar a imortalidade, e esta é por intermédio da confiança
em Yeshua. Não é pela observância da torá, ainda que devamos guardar a torá. De fato,
a obediência à torá não está em conflito com a graça. Ao contrário, como resultado de ter
recebido a graça, devemos obedecer à torá.
Nesta semana continuaremos estudando a torá e a graça.

46 O Mashiach e a Torá
domingo, 11 de maio [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 11 Iyar 5774]

Omer Dia 26 • Hoje conte 27


Onde o pecado foi multiplicado (Rom. 5:12-21)
Embora aponte pecados, a Torá é impotente para livrar-nos deles. No entanto, essa
mesma impotência nos mostra nossa necessidade de Yeshua, a única solução para o pe-
cado.

1. Leia Romanos 5:12-21. De que forma a mensagem da graça de D-s é revelada


nessa passagem?

Observe nessa passagem a constante associação entre o pecado e a morte. Repe-


tidamente eles aparecem em relação imediata um com o outro. Por isso, o pecado, a trans-
gressão da torá, leva à morte. Agora leia Romanos 5:20. Quando a torá “entrou em cena”,
o pecado foi multiplicado, no sentido de que a torá definiu claramente o que é o pecado.
No entanto, em vez de trazer o resultado natural do pecado, que é a morte, Sha’ul diz o
seguinte: “Onde o pecado foi multiplicado, a graça o foi muito mais”. Em outras palavras,
não importa quão perverso seja o pecado, a graça de D-s é suficiente para cobri-lo na vida
dos que clamam Suas promessas pela fé.
Influenciados pela tradução de 1 João 3:4, que diz: “de fato pecado é a transgres-
são da torá’’, muitos restringem o pecado à transgressão dos Asseret Hadibrot apenas. No
entanto, uma tradução mais literal é: “o pecado é iniquidade”. Tudo o que contraria os prin-
cípios de HaShem é pecado. Assim, embora os Asseret Hadibrot ainda não tivessem sido
formalmente revelados quando Adam comeu o fruto proibido, ele desobedeceu uma ordem
do Eterno (Bereshit 2:17) e se tornou, consequentemente, culpado de pecado. Na verdade,
foi por meio do pecado de Adam que a maldição da morte afetou todas as gerações da hu-
manidade (Romanos 5:12, 17, 21).
Em contraste com a infidelidade de Adam, a fidelidade de Yeshua à Torá resultou
na esperança de vida eterna. Embora tentado, Yeshua jamais cedeu ao pecado (Hebreus
4:15). Em Romanos, Sha’ul exalta a perfeita obediência de Yeshua, que resultou em vida
eterna (Romanos 5:18-21) para os que a aceitam. Como segundo Adam, Yeshua obedeceu
plenamente à torá e quebrou a maldição da morte. Sua justiça pode se tornar a justiça do
crente em Yeshua como Mashiach. Uma pessoa condenada à morte por herdar o pecado
do primeiro Adam pode abraçar o dom da vida, aceitando a justiça de Yeshua, o segundo
Adam.

Leitura Parashat Bechucotai, 1ª Alyá (Levítico 26:3-26:5)


Tehilim [Salmos] 60-65 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 9
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 5-7

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 47


segunda, 12 de maio [‫ יום שני‬Yom Sheni 12 Iyar 5774]

Omer Dia 27 • Hoje conte 28


Torá e Graça (Rom. 6:15-23)
Um dos conceitos mais difíceis de compreender é o contínuo papel da torá para
a pessoa salva pela graça. Se o crente em Yeshua como Mashiach alcança a justiça ao
aceitar a suficiência da vida e morte de Yeshua, por que ainda é necessário guardar a torá?
Essa questão oferece outra oportunidade de repetir um ponto-chave: a torá nunca foi des-
tinada a prover salvação. Sua função (após a queda) é definir o pecado. No entanto, o sa-
crifício do Mashiach não nega a necessidade de se obedecer à torá, da mesma forma que
uma pessoa perdoada em relação à infração do limite de velocidade não pode continuar a
transgredir essa regra.

2. De acordo com Romanos 6:12, 15-23, quais são as implicações de se viver


uma vida de graça? Considere especialmente Romanos 6:12, 15, 17.

A graça e a torá não são contrárias. Elas não negam uma à outra. Em vez disso, são
fortemente ligadas. A torá, uma vez que não pode nos salvar, mostra por que precisamos da
graça. A graça não se opõe à torá, mas à morte. Nosso problema não é a torá em si, mas a
morte eterna, que resultou da transgressão da torá. Sha’ul advertiu os crentes em Yeshua
para que fossem cuidadosos em não usar o prometido dom da graça para desculpar o
pecado (Romanos 6:12, 15). Porque o pecado é definido por intermédio da torá, quando
Sha’ul orienta os crentes em Yeshua a não pecar, está basicamente dizendo-lhes: Guardem
a torá, obedeçam às mitzvot!
“Sha’ul sempre exaltou a torá dada pelo Eterno. Ele havia mostrado que não há
poder na torá para salvar os homens da penalidade da desobediência; que os pecadores
precisam arrepender-se de seus pecados, e humilhar-se perante o Eterno, em cuja justa ira
incorreram pela transgressão de Sua torá, e precisam também exercer confiança no sacri-
fício do Mashiach como o único meio de perdão” (Atos dos Apóstolos, p. 393 adaptado).

Por que é tão fácil ser enganado pelo pensamento de que, se não somos salvos pela
torá, já não temos que obedecê-la?

Leitura Parashat Bechucotai, 2ª Alyá (Levítico 26:6-26:9)


Tehilim [Salmos] 66-68 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 10
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 8-9

48 O Mashiach e a Torá
terça, 13 de maio [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 13 Iyar 5774]

Omer Dia 28 • Hoje conte 29


O Homem miserável! (Rom. 7:21-25)
3. Leia Romanos 7:13-25. Como devemos entender esses versos? Sha’ul estava
falando de um homem antes de sua Teshuvá, ou essa é a experiência de um religioso? Que
razões você pode dar para sua resposta?

Se você estava inseguro quanto à definição da pessoa mencionada nesses versos,


você não está sozinho. Os sábios também lutaram com essa questão ao longo dos sécu-
los. A pessoa descrita nesse texto é alguém que tem prazer na Torá (dificilmente daria a
impressão de ser incrédulo), mas que parece ser escravo do pecado (o que não faz sentido,
porque foi prometido aos crentes no Mashiach poder sobre o pecado). O SDA Bible Com-
mentary, depois de considerar os argumentos de ambos os lados, diz: “Aparentemente, o
propósito principal de Sha’ul nessa passagem é mostrar a relação entre a torá, a HaBesorá
e a pessoa que foi despertada para intensas lutas contra o pecado, em preparação para a
salvação. A mensagem de Sha’ul é que, embora a torá possa servir para precipitar e inten-
sificar a luta, somente HaBesorá de Yeshua HaMashiach pode trazer vitória e alívio” (v. 6,
p. 554 adaptado).
Não importa como vemos esses versos, devemos sempre lembrar que a pessoa que
luta com o pecado ainda é capaz de fazer escolhas certas. Se esse não fosse o caso, todas
as promessas escritas por Sha’ul (e também de outros autores) acerca do poder sobre o
pecado não teriam sentido. Além disso, como Mateus 5 demonstra, geralmente o pecado
começa antes que um ato seja cometido. Consequentemente, uma pessoa transgride a
torá simplesmente por pensar em algo pecaminoso. Normalmente, essa realidade poderia
ser uma fonte de frustração. No entanto, no contexto de Romanos 7, o indivíduo pode estar
desamparado, mas não está desesperado. Para a pessoa que tem a mente controlada pelo
Espírito, a torá sempre presente serve como constante lembrete de que a libertação da
condenação é alcançada por meio de Yeshua (Rm 7:24-8:2).

Existem semelhanças entre os versos bíblicos para hoje e sua experiência com o
Eterno? Apesar de suas lutas, como você pode experimentar a mesma esperança que
Sha’ul expressou?

Leitura Parashat Bechucotai, 3ª Alyá (Levítico 26:10-26:46)


Tehilim [Salmos] 69-71 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 11
Leitura Anual:Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 10-13

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 49


quarta, 14 de maio [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 14 Iyar 5774]

Pêssach Sheini • Omer Dia 29 • Hoje conte 30


O Alvo da Torá (Rom. 9:30-10:4)
O título da lição desta semana vem de Romanos 10:4: “O objetivo estabelecido pela
Torá é o Mashiach”. Muitos dos que foram condicionados a pensar negativamente sobre a
torá interpretam automaticamente o texto da seguinte forma: “o Mashiach tornou a torá ob-
soleta”. No entanto, essa interpretação contradiz as muitas referências no livro de Romanos
e em outras partes da B´rit Hadashá que falam sobre a contínua relevância da torá.

4. Leia Romanos 9:30-10:4. De que modo a salvação é pela confiança e não pela
torá?

Assim como acontece com o restante da carta aos Romanos, o propósito de Sha’ul
nesses versos era demonstrar a verdadeira fonte da justiça. A torá é um indicador de justi-
ça, mas é impotente para tornar justas as pessoas. Por isso, Sha’ul retratou um paradoxo:
os Goyim, que nem sequer se esforçavam pela justiça, a obtiveram, enquanto Yisra’el,
que se esforçava para observar a justa torá, não a obteve. Sha’ul não estava excluindo os
judeus da justiça, nem estava dizendo que todos os Goyim eram tzadikim. Ele estava sim-
plesmente dizendo que a torá não traz justiça a um pecador, seja judeu ou Goy.
Muitos judeus eram sinceros em seu desejo de justiça, mas sua busca foi em vão
(Romanos 10:2). Eles eram zelosos em servir a HaShem, mas queriam fazer isso do seu
jeito. Eles haviam tomado um objeto da revelação o Eterno (a torá) e confundido com a
fonte de sua salvação. Por mais que a torá seja boa, não é boa o suficiente para salvar
alguém. Na verdade, em lugar de tornar justa uma pessoa, a torá destaca a pecaminosi-
dade dessa pessoa. Ela aumenta a necessidade de justiça. Por isso, Sha’ul descreveu o
Mashiach como o “objetivo” da torá. Ele não é o “objetivo” no sentido de acabar com a torá,
mas no sentido de ser a “finalidade” da torá, Aquele para quem a torá aponta. A torá conduz
o pecador ao Mashiach quando aquele se arrepende e olha para o Salvador em busca de
salvação. A torá lembra a todos os religiosos de que o Mashiach é a nossa justiça (Roma-
nos 10:4).

As pessoas que encaram a torá seriamente estão sempre em perigo de cair no le-
galismo e de procurar “estabelecer a sua própria” justiça (Romanos 70:3). A medida que
procuramos obedecer à torá, como evitar cair nessa armadilha sutil?

Leitura Parashat Bechucotai, 4ª Alyá (Levítico 27:1-27:15)


Tehilim [Salmos] 72-76 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 12
Leitura Anual:Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 14-16

50 O Mashiach e a Torá
quinta, 15 de maio [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 15 Iyar 5774]

Omer Dia 30 • Hoje conte 31


O Disciplinador (Gal. 3:19-24)
Em harmonia com o livro de Romanos, Sha’ul tem o cuidado de estipular em Gálatas
que o objetivo da torá é definir o pecado e não Justificar as pessoas (Galatas 3:19, 21).

5. Leia Gálatas 3:23, 24. Que imagens Sha’ul usou para descrever o propósito da
torá? Qual é o significado dessas imagens?

Dependendo da tradução, a torá é identificada no verso 24 como “moré”, “professor”,


“capataz”, “tutor” e “guardião”, entre outras designações. O termo refere a um escravo em-
pregado por um indivíduo rico para ser o disciplinador de seu filho. A responsabilidade do
tutor era garantir que o filho aprendesse a autodisciplina. Embora fosse um escravo, o tutor
recebia a autoridade para fazer o que fosse necessário para manter o filho dentro das nor-
mas, mesmo que isso significasse castigo físico. Quando o filho chegasse à idade adulta, o
tutor não mais tinha autoridade sobre ele.

6. À luz da explicação do papel do tutor, qual é o propósito da torá para alguém que
recebeu a salvação no Mashiach?

Embora o tutor não mais tivesse autoridade sobre o filho adulto, esperava-se que as
lições que o filho havia aprendido o habilitassem a tomar decisões maduras. Da mesma for-
ma, ainda que o crente em Yeshua como Mashiach não esteja sob o poder de condenação
da torá, como alguém que alcançou a maturidade, ele deve governar suas ações de acordo
com os princípios da torá.
Além de seu papel como tutor, a torá também funcionava como guardião que pro-
tegia o crente até que “viesse a confiança” (Galatás 3:23). Aqui, novamente, vemos que o
Mashiach é o “objetivo” ou finalidade, da torá. Sha’ul apresentou esse ponto explicitamente,
quando disse que a torá nos conduziu a o Mashiach, “ser declarados tzadikim com base na
confiança e na fidelidade.” (v. 24).

Leia atentamente Gálatas 3:21. Quais palavras deveriam acabar com a ideia de que
podemos ser salvos pela obediência à torá? Por que isso é uma notícia tão boa? Comente
na Beth Midrash LeShabat.

Leitura Parashat Bechucotai, 5ª Alyá (Levítico 27:16-27:21)


Tehilim [Salmos] 77-78 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 13
Leitura Anual:Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 17-20

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 51


sexta, 16 de maio [‫ יום שישי‬Yom Shishi 16 Iyar 5774]

Omer Dia 31 • Hoje conte 32


Estudo adicional
A torá nos revela o pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade do Mashiach e a
fugir para Ele em busca de perdão e shalom mediante o exercício do arrependimento para
com HaShem e confiança em Yeshua HaMashiach. [ ... ] “A Torá nas Asseret Hadibrot não
deve ser considerada tanto do lado proibitivo, como do lado da misericórdia. Suas proibi-
ções são a segura garantia de felicidade na obediência. Recebida no Mashiach, ela realiza
em nós a purificação do caráter que nos trará alegria através dos séculos da eternidade.
Para os obedientes ela é um muro de proteção. Contemplamos nela a bondade de HaShem
que, revelando aos homens os imutáveis princípios da justiça, procura resguardá-los dos
males que resultam da transgressão” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 234, 235 adaptado).

Perguntas para reflexão

1. Comente sobre a esperança encontrada em Gálatas 3:21. Como HaBesorá é cla-


ramente apresentado ali? Por que esse texto é o antídoto para o legalismo?

2. Muitos indivíduos bem-intencionados realçam a necessidade de alcançarmos a


“perfeição”, se quisermos entrar no reino. Infelizmente, os que abraçam essa doutrina não
apenas promovem a autossuficiência como chave para a salvação, mas ignoram a natu-
reza pecaminosa do homem. Os seres humanos possuem tendências herdadas para o
pecado e são constantemente bombardeados com a tentação. Ainda mais preocupante é
o desânimo que pode vir aos que estão constantemente olhando para si mesmos e para
seu desempenho como forma de avaliar sua salvação. Quem está à altura da santidade
de HaShem e de Sua Torá? Como podemos evitar as ideias que colocam a esperança da
salvação em outras coisas além do perdão do Mashiach?

3. Qual é a finalidade da torá?

Leitura Parashat Bechucotai, 6ª Alyá (Levítico 27:22-27:28)


Tehilim [Salmos] 79-82 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 14
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 21-23
Acendimento das velas: 17:15 • Pôr do Sol: 17:33 • Havdalá: 18:09
Shabat, 17 de maio [‫ שבת‬Shabat 17 Iyar 5774]
Omer Dia 32 • Hoje conte 33
Leitura Parashat Bechucotai, 7ª Alyá (Levítico 27:29-27:34)
Tehilim [Salmos] 83-87 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 15
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 24,25

52 O Mashiach e a Torá
Lição 8 18 a 24 de maio [18 a 24 Iyar]

A Torá e a lei do Mashiach

VERSO PARA MEMORIZAR: “Se vocês guardarem meus mandamentos, permanece-


rão no meu amor - como eu tenho guardado os mandamentos do meu Pai e permane-
ço em seu amor” (João 15:10).

Leituras da semana: Matt. 19:16-22; John 13:34-35; Gal. 6:1-5; Acts 17:31; John
5:30.
Parashá 34 ‫ במדבר‬BAMIDBAR [NO DESERTO]: Bamidbar [Nm] 1.1 - 4.20
Haftará:Os 2.1-22
B’rit Hadashá: Lucas 2:1-7; I Cor. 12:12-31; 1 Co 12.12-20
Tehilim [Salmo] 122

Na maioria das nações existe uma hierarquia de leis. No topo estão as leis que vêm
do governo nacional, obrigatórias para todos os que residem no país. Depois, há leis es-
taduais que dizem respeito aos habitantes de determinados territórios. Finalmente, as leis
municipais, que governam territórios ainda menores, as cidades e distritos. Embora seja
permitido que as diferentes divisões de um país façam leis relevantes para seus cidadãos,
ninguém pode fazer uma lei que contradiga a lei da nação. Ainda que as circunstâncias de-
terminem que certa lei seja aplicada de diferentes formas, a aplicação não pode se afastar
do espírito da lei.
Como supremo governante do Universo, o D-s criador estabeleceu leis para todas
as Suas criaturas. Quando Yeshua HaMashiach voluntariamente Se tornou humano, Ele Se
entregou a uma vida de obediência ao Pai (Filipenses 2:5-11) e aos Suas mitzvot. Assim,
tudo o que Yeshua ensinou, Sua perspectiva sobre a torá e até mesmo a “nova” mitzvá que
Ele deu, estavam sempre em plena harmonia com a torá de HaShem.

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 53


domingo, 18 de maio [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 18 Iyar 5774]

Lag BaOmer • Hoje conte 34


A Torá e os profetas
Alguns acreditam que as Asseret Hadibrot, entregues ao povo por intermédio de
Moshê em Horev, foram relevantes apenas para os israelitas antes do sacrifício do Mashia-
ch e não são obrigatórios no tempo da graça da B’rit Hadashá. Outros ensinam que os cren-
tes em Yeshua como Mashiach estão livres da torá especificamente da Asseret Hadibrot,
mas unicamente os de herança judaica ainda devem obedecer a ela. Como vimos, embora
a Bíblia ensine que as obras da torá não possam salvar ninguém, nenhuma passagem dá
licença para que alguém transgrida a torá. Se assim fosse, teríamos licença para pecar, e
a Bíblia estaria claramente se contradizendo em um tema crucial.
Nesse contexto, lembramos que HaShem revelou os termos de Sua aliança com
Yisra’el em tábuas de pedra que continham Asseret Hadibrot. No entanto, a Bíblia contém
muitos outras mitzvot que envolvem detalhes não encontrados nas Asseret Hadibrot. Ao
buscar uma compreensão abrangente da vontade de D-s, os rabbanim contaram 613 mitz-
vot bíblicas, as quais eles apoiaram nos Asseret Hadibrot. Yeshua parece ter ido além dos
rabbanim quando anunciou que não veio para “abolir a torá ou os Neviim” (Mateus 5:17).
Embora resumida nos Asseret Hadibrot, a Torá contém todos as mitzvot reveladas aos
Seus profetas.

1. Compare Mateus 19:16-22 e 22:34-40. O que essas passagens dizem sobre


Yeshua e Asseret Hadibrot?

Ainda que existam centenas de mitzvot que HaShem revelou em Sua Palavra, as
Asseret Hadibrot apresentam princípios sólidos que podem ser aplicados à todas as outras
mitzvot. Por isso, Yeshua mencionou cinco delas ao falar com o jovem rico. Encontramos
um resumo ainda mais convincente da Torá em Devarim 6:5 e Vayikrá 19:18, que é amar
ao Eterno e amar o próximo. Yeshua declarou: “Toda a Torá e os Neviim são dependentes
destas duas mitzvot.” (Mat. 22:40). Por fim, Yeshua e o Pai são unidos em propósito quando
exortam Suas criaturas a amar do modo pelo qual elas foram amadas. Nesse sentido, a
obediência à Torá é uma forma fundamental de expressar esse amor.

De que maneira você demonstra seu amor à D-s e ao próximo?

Leitura Parashat Bamidbar, 1ª Alyá (Números 1:1-1:19)


Tehilim [Salmos] 88-89 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 16
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 26-28

54 O Mashiach e a Torá
segunda, 19 de maio [‫ יום שני‬Yom Sheni 19 Iyar 5774]

Omer Dia 34 • Hoje conte 35


As “mitzvot” do amor (John 15:10)
As Escrituras oferecem uma série de exemplos da fidelidade de Yeshua à Torá. Por
exemplo, embora Suas palavras em Lucas 2:49 impliquem o entendimento que, ainda na
infância, Ele possuía sobre Sua identidade, quando Sua mãe expressou preocupação por
causa de Seu afastamento da família, Ele humildemente acompanhou Seus pais para casa
“e lhes obedecia” (Luc. 2:51). Em outra ocasião, Yeshua não quis Se curvar a Ha-satan
quando tentado no deserto, porque a adoração é reservada somente Adonai (Luc 4:8).
E há várias ilustrações de Sua observância do shabat (por exemplo, Lucas 4:16). Sha’ul
escreveu que toda a vida de Yeshua foi fundamentada na obediência à vontade de D-s (Fp
2:5-11). Hebreus diz que, apesar de tentado, Ele nunca pecou (Heb. 4:15). Assim, Ele po-
deria dizer ao Se aproximar de Suas horas finais: “Eu tenho guardado as mitzvot de Meu
Pai e permaneço no Seu amor” (João 15:10).

2. Leia João 13:34, 35. O que Yeshua quis dizer com a expressão “nova mitzvá”?

Yeshua entendia que existe relação entre a observância das mitzvot e o amor. Em-
bora não estejamos acostumados a falar sobre “regras” do amor, pode-se dizer que, na
realidade, as Asseret Hadibrot são essas regras. Eles nos mostram como HaShem deseja
que expressemos nosso amor por Ele e pelos outros.
D-s é amor (l João 4:16). Por isso, ao apresentar Sua mitzvá aos talmidim (João
13:34, 35), Yeshua estava simplesmente ampliando a torá do amor que se originou com
Seu Pai (João 3:16). Agora, porém, mais do que apenas amar uns aos outros como a nós
mesmos, devemos amar como Yeshua nos amou.
“Ao tempo em que essas palavras foram pronunciadas, os talmidim não as puderam
compreender; mas depois de haverem testemunhado os sofrimentos de o Mashiach, depois
de Sua morte, ressurreição e ascensão ao Céu, e após haver o Ruach Elohim repousado
sobre eles no Shavuot, tiveram mais clara compreensão do amor de HaShem, e da nature-
za desse amor que deviam ter uns pelos outros” (Atos dos Apóstolos, p. 547 adaptado).

Com a lição de hoje em mente, leia 7 João 3:16. Como podemos ter esse tipo de
amor? Como podemos morrer para o eu, a fim de expressarmos esse amor?

Leitura Parashat Bamidbar, 2ª Alyá (Números 1:20-1:54)


Tehilim [Salmos] 90-96 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 17
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 29-31

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 55


terça, 20 de maio [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 20 Iyar 5774]

Omer Dia 35 • Hoje conte 36


Tudo para todos
3. Considere com atenção as referências à torá em 1Coríntios 9:19-23. O que Sha’ul
está dizendo ali? Por que há uma ênfase tão forte na torá?

O desejo de HaShem é que todas as pessoas aceitem Seu dom de vida eterna e
se tornem cidadãs de Olam Habá. Em 1 Coríntios 9, Sha’ul revelou seu método de atrair
pessoas para o reino de D-s. Ele entendia que existem barreiras culturais que as impedem
de tomar uma decisão pela HaBesorá. Sha’ul estava disposto a adaptar-se à cultura das
pessoas para as quais ele testemunhava com o único propósito de vê-las salvas.
No fim, todos os que se tornam parte do reino do Eterno se sujeitam à Sua Torá.
Consequentemente, os que ministram em nome do Eterno também devem estar em har-
monia com a vontade de HaShem. Sha’ul não hesitou em afirmar que, embora ele usasse
métodos inovadores para alcançar as pessoas, ele sempre tinha o cuidado de permanecer
submisso aos preceitos da torá. Seu desejo de salvá-las não permitia que ele comprome-
tesse às mitzvot ao qual elas eram convidadas a servir. Ele podia se adaptar às leis cultu-
rais, desde que não houvesse conflito com a lei suprema. O princípio que regia seu método
era a “lei do Mashiach” (lCorintios 9:21).
Podemos também entender a referência de Sha’ul à “lei do Mashiach” como o mé-
todo que o Mashiach usou. Era um método fundamentado no amor para todas as pessoas
e não apenas para alguns escolhidos. Sha’ul não pretendia que a lei do Mashiach fosse
vista como alternativa à torá dada pelo Eterno. As duas trabalham harmoniosamente juntas
quando a lei de amor do Mashiach é usada para apresentar aos salvos pela graça a torá.
Na verdade, toda a seção, na qual Sha’ul explica abertamente tudo que ele estava disposto
a fazer para alcançar os perdidos, é um perfeito exemplo do tipo de amor abnegado reve-
lado na “lei do Mashiach”.

Até que ponto você está disposto a negar a si mesmo a fim de alcançar outros para o
Mashiach? Até que ponto você já se negou para alcançá-los? Você segue a “lei do Mashia-
ch”?

Leitura Parashat Bamidbar, 3ª Alyá (Números 2:1-2:34)


Tehilim [Salmos] 97-103 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 18
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 32,33

56 O Mashiach e a Torá
quarta,21 de maio [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 21 Iyar 5774]

Omer Dia 36 • Hoje conte 37


Cumprindo a lei do Mashiach (Gal. 6:2)
Seja revelada em documentos escritos ou na natureza, A Torá mostra a vontade de
HaShem para toda pessoa capaz de compreendê-la (Romanos 1:20; 2:12-16). Consequen-
temente, ninguém pode alegar ser ignorante acerca dos requisitos básicos de D-s. ‘Todos
pecaram e não são capazes de receber o louvor de D-s” (Romanos 3:23) e, portanto, são
destinados à destruição (Romanos 6:23; Ez 18:4). No entanto, nem tudo está perdido: a
maldição foi revertida pelo dom da vida eterna, que se tornou disponível mediante a vida,
morte e ressurreição de Yeshua HaMashiach (Efésios 2:8).
Segundo Sha’ul, a graça deve capacitar-nos a ter uma vida de obediência (Rom.
6:15; Ef. 2:10; Tt 2:11-14), embora, como sabemos muito bem, nem sempre vivemos de
maneira tão obediente e fiel como deveríamos.

4. De acordo com Gálatas 6:1-5, de que forma podemos manifestar a “lei do Mashia-
ch”?

É importante lembrar que todos são sujeitos à tentação e podem cair em pecado nos
momentos de fraqueza. Com esse reconhecimento, condenar imediatamente uma pessoa
que caiu é uma atitude insensível. Até mesmo Yeshua, que nunca pecou, estava disposto
a ajudar os que haviam sido vencidos pelo pecado. Ellen G. White escreveu sobre Yeshua:
Ele “não censurava a fraqueza humana” (O Desejado de Todas as Nações, p. 353). Sha’ul
exortou os crentes em Yeshua como Mashiach a oferecer auxílio com a finalidade de res-
tauração (Gálatas. 6:1). Em outras palavras, a pessoa que houvesse pecado devia ser
incentivada novamente a viver de acordo com os preceitos da Torá.
A lei do Mashiach é dirigida pela misericórdia. Se não fosse por Sua morte sacrifical,
não haveria razão para guardar a torá. No entanto, porque o Mashiach tornou possível a
vida eterna, há um incentivo para que os fiéis prossigam observando a torá depois de mo-
mentos de fraqueza. Todo aquele que cre em Yeshua deve usar a lei do Mashiach como um
veículo para conduzir o pecador arrependido de volta para o caminho da divina lei do amor.

Pense em um momento em que você errou e recebeu graça, ainda que não mere-
cesse isso (afinal, se merecesse, não seria graça). Você se lembrará da graça recebida na
próxima vez que for necessário demonstrá-la a alguém?

Leitura Parashat Bamidbar, 4ª Alyá (Números 3:1-3:13)


Tehilim [Salmos] 104-105 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 19
Leitura Anual: Divrei-HaYamim Bet [II Crônicas] 34-36

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 57


quinta, 22 de maio [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 22 Iyar 5774]

Omer Dia 37 • Hoje conte 38


Torá e Julgamento (João 5:30)
Embora a Torá seja uma lei de misericórdia, D-s finalmente a usará como padrão de
julgamento. D-s continuamente oferece oportunidades para que os pecadores se arrepen-
dam e decidam ser fiéis a Ele, mas chegará a hora em que o clamor será ouvido: “Todo
aquele que continua a agir impiamente, que o faça; todo aquele que é sujo, que viva na
sugeira. “também, todo aquele que é justo, continue a fazer justiça; e todo aquele que é
santo, continue a santificar-se”. (Revelação 22:11). Esse anúncio serve como prelúdio para
o julgamento final.

5. Em Revelação 14:7, o primeiro anjo proclama o juízo de D-s, ainda que outros
textos falem do julgamento do Mashiach (Atos 17:31; 2 Timóteo 4:1; 2Coríntios 5:10). Como
João 5:30 nos ajuda a compreender o papel de Yeshua no julgamento?

Embora o Mashiach tenha deixado de lado Sua natureza divina quando Se tornou
humano (Filipenses 2:5-11), Ele ainda tinha um relacionamento especial com o Avinu Malke-
inu. Quando os líderes religiosos O acusaram de blasfêmia, Ele informou Seus acusadores
de que HaShem Lhe tinha dado autoridade para cumprir tarefas divinas específicas (João
5:19-30), uma das quais era o julgamento. O fato de ter o Mashiach recebido a responsa-
bilidade do julgamento demonstra a misericórdia de D-s. Visto que o Mashiach Se uniu à
humanidade, está em posição de julgar com imparcialidade. Por causa da Sua familiaridade
com a experiência humana, Ele não condenaria uma pessoa injustamente. Na verdade, o
Mashiach sugere que a condenação não provém dEle, mas o pecador impenitente condena
a si mesmo quando se recusa a atender à ordem de HaShem (João 12:48).
Muitos estão familiarizados com o conteúdo da Torá, mas não sabem como guardá
-la. A torá não é uma lista de verificação que usamos para ver se estamos perto do reino.
Em vez disso, é um instrumento que expressa vários princípios do amor. Cumprir a Torá
não se limita a obedecer à torá a fim de obter o favor de HaShem, mas chama o religioso
a compartilhar o amor de HaShem com aqueles que dele necessitam. Como padrão de jul-
gamento, a Torá serve para medir o nível de amor que o indivíduo tem para com D-s e com
a humanidade. Quando Mashiach presidir o julgamento final, usará a imutável lei do amor
como padrão para julgar (Tiago 2:12).

Leitura Parashat Bamidbar, 5ª Alyá (Números 3:14-3:39)


Tehilim [Salmos] 106-107 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 20
Leitura Anual: Ezrah [Esdras] 1-3

58 O Mashiach e a Torá
sexta, 23 de maio [‫ יום שישי‬Yom Shishi 23 Iyar 5774]

Omer Dia 38 • Hoje conte 39


Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, TI, v. 7, p. 260-264: “Disciplina”; p. 265, 266: “Consideração
Mútua”.
“Carreguem as cargas pesadas uns dos outros, desta forma vocês cumprirão o ver-
dadeiro significado da Torá” (Gálatas 6:2).
Aqui, de novo, acha-se claramente exposto o nosso dever. Como podem os profes-
sos seguidores do Mashiach considerar tão levianamente essas ordens inspiradas? [ ... ]
“Pouco sabemos de nosso próprio coração, e pouca intuição temos de nossa própria
necessidade da misericórdia de HaShem. Por isso é que tão pouco acariciamos aquela
suave compaixão que Yeshua manifesta para conosco, e que devemos também manifestar
uns para com os outros. Devemos lembrar-nos de que nossos chaverim são fracos e falíveis
mortais, tais como nós mesmos. Suponhamos que um chaver, por falta de vigilância, tenha
sido arrastado pela tentação e que, contrariamente à sua conduta geral, tenha cometido
algum erro. Que procedimento devemos ter para com ele? Aprendemos, da história bíblica,
que homens empregados por HaShem para realizar uma grande e boa obra cometeram
pecados graves. O Eterno não os passou por alto, sem repreensão, tampouco rejeitou Seus
servos. [ ... ] Considerem os pobres e fracos mortais quão grande é sua necessidade de
misericórdia e longanimidade de HaShem e de seus chaverim. Guardem-se eles de julgar
e condenar os outros” (Ellen G. White, TI, v. 5, p. 246, 247 adaptado).

Perguntas para reflexão

1. Reflita sobre a citação acima. Por que é tão importante que ofereçamos graça aos
que pecam?

2. Pense em alguns personagens bíblicos bem conhecidos que caíram em pecado.


D-s os perdoou e continuou a usá-los. Que lição importante existe para nós nesses exem-
plos?

3. De que forma podemos aplicar a disciplina da congregação e, ao mesmo tempo,


mostrar graça e misericórdia aos que cometem pecado? Por que devemos entender que
esses dois conceitos, disciplina e graça, não estão em contradição?

Leitura Parashat Bamidbar, 6ª Alyá (Números 3:40-3:51)


Tehilim [Salmos] 108-112 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 21
Leitura Anual: Ezrah [Esdras] 4-6
Acendimento das velas: 17:12 • Pôr do Sol: 17:30 • Havdalá: 18:07
Shabat, 24 de maio [‫ שבת‬Shabat 24 Iyar 5774]
Omer Dia 39 • Hoje conte 40
Leitura Parashat Bamidbar, 7ª Alyá (Números 4:1-4:20)
Tehilim [Salmos] 113-118 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 22
Leitura Anual: Ezrah [Esdras] 7-10

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 59


Lição 9 25 a 31 de maio [25 Iyar a 2 Sivan]

O Mashiach, a Torá e a HaBesorá

VERSO PARA MEMORIZAR: “Porque a Torá foi dada por intermédio de Moshê; a gra-
ça e a verdade vieram por intermédio de Yeshua, o Mashiach” (João 1:17).

Leituras da semana: Rom. 7:7-12; Deut. 30:15-20; Matt. 7:24-27; Acts 10:34-35; John
15:10; Eph. 2:1.
Parashá 35 ‫ אשנ‬NASSO [LEVANTA]: Bamidbar [Num]  4.21 - 7.89
Haftará:Jz 13.2-25
B’rit Hadashá: João 7.53-8.11; Atos 21.17-32 At 21.17-26
Tehilim [Salmo] 67

Um século antes da era comum, o poeta romano Lucrécio escreveu um famoso poe-
ma que se perdeu na história até a Idade Média, chamado “Sobre a Natureza das Coisas”.
Embora geralmente acusado de ser ateu, em seu poema Lucrécio não negou a existência
dos deuses. Apenas argumentou que, em virtude de serem deuses, eles não teriam ne-
nhum interesse nas questões humanas.
Em contraste com isso, a Bíblia afirma que “Adonai Echad” e que Ele está muito
interessado no que acontece aqui. Duas manifestações desse interesse apaixonado pela
humanidade são encontradas na Torá (que deve orientar nossa maneira de viver) e em Sua
graça (Seu meio de nos salvar, mesmo que tenhamos transgredido a torá). Ainda que sejam
muitas vezes consideradas como contraditórias entre si, a torá e a graça estão necessaria-
mente ligadas. Seus métodos de operação podem ser diferentes, mas juntas elas revelam
que a justiça deve triunfar sobre o pecado. As manifestações da Torá e a graça do Eterno
oferecem forte evidência de Seu amor pela humanidade e de Seu desejo de nos salvar para
Olam Habá.

60 O Mashiach e a Torá
domingo, 25 de maio [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 25 Iyar 5774]

Omer Dia 40 • Hoje conte 41


O Pecado e a Torá
1. Leia Romanos 7:7-12. O que Sha’ul disse sobre a relação entre o pecado e a torá?
O que ele quis dizer com a seguinte pergunta: “É a torá pecaminosa?”

Sha’ul relacionou a torá e o pecado de modo tão estreito que fez a pergunta retórica:
“É a torá pecaminosa?” A resposta, certamente, é não. Ao contrário, no fim da seção,
ele disse: “Assim, a torá é santa; e o mandamento, santo, justo e bom” (Romanos 7:12).
O “assim” mostra a conclusão de seu argumento: longe de ser pecado, a torá é, de fato,
santa e boa.
O que Sha’ul diz aqui é semelhante à relação entre a lei criminal e o crime. Algo só
é criminoso se uma lei o retrata como tal. Você pode ir para a cadeia em um país por fazer
algo que em outro país é lícito. Por quê? Um país tem uma lei que proíbe essa ação, o outro
não. É a mesma ação, mas com duas consequências diferentes. O que faz a diferença? A
lei.
Um ponto crucial a ser lembrado é que, simplesmente porque uma coisa é lei não
significa que seja boa. No início da América, a lei exigia que as pessoas devolvessem es-
cravos fugitivos aos seus senhores. Era a lei. No entanto, estava longe de ser uma lei justa.
Porém, no caso da torá, sabemos que ela reflete o caráter de amoroso de D-s. Por isso,
temos as palavras de Sha’ul de que a torá é santa e boa. O que mais ela poderia ser, con-
siderando quem a criou?

2. Que significado existe na mitzvá que Sha’ul menciona em Romanos 7:7 para
provar seu ensinamento sobre a torá? Por que ele não escolheu outra mitzvá, como “Não
furtarás”?

Talvez Sha’ul tenha usado essa mitzvá específica, em lugar de alguns dos outros,
porque não parece tão óbvio que a cobiça seja pecado. Muitas pessoas podem não acredi-
tar que a cobiça seja um erro. Homicídio e furto, sim. Geralmente, nem precisamos das As-
seret Hadibrot para saber isso. Mas, e a cobiça? Assim, essa mitzvá é um exemplo perfeito
para revelar que é a torá que nos mostra o pecado. Caso contrário, não poderíamos saber
que a cobiça é algo errado.

Leitura Parashat Nassô, 1ª Alyá (Números 4:21-4:28)


Tehilim [Salmos] 119, Versículos 1-96 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 23
Leitura Anual: Nechemyah [Neemias] 1-4

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 61


segunda, 26 maio [‫ יום שני‬Yom Sheni 26 Iyar 5774]

Omer Dia 41 • Hoje conte 42


A Torá e Yisra’el (Deut. 30:15-18)
A promulgação da torá para Yisra’el foi um ato especial. Pouco antes da entrega da
torat moshê, HaShem lembrou Seu povo de que ele era um “reino de Cohanim e nação
separada” (Shemot [Êx] 19:6). Entre todas as nações na face da Terra, foi a Yisra’el que
D-s especialmente revelou Sua torá (Romanos 9:4). A torá não se destinava a ser um fardo
para as pessoas, mas a ser um instrumento por meio do qual a nação escolhida revelaria às
multidões o código moral que é a base do governo de HaShem. Yisra’el devia ser parceiro
de HaShem na missão de mostrar o amor do Eterno ao mundo, e a torá devia ser a marca
de identificação dos porta-vozes do Eterno.

3. De acordo com Devarim 30:15-20, qual é a relação entre a torá e as promessas


feitas a Avraham, Yitzak e Yako’ov? Como esses princípios se aplicam a nós, na B´rit Ha-
dashá? Leia Mateus 7:24-27.

O Eterno escolheu Yisra’el para ser Seu representante. Yisra’el seria o povo por
meio do qual as nações da Terra receberiam as bênçãos prometidas a Avraham, Yitzak
e Yako’ov. No entanto, as bênçãos não eram automáticas. Sendo uma nação escolhida,
Yisra’el precisava andar em harmonia com a vontade do Eterno. Moshê deixou claro que a
vida e a prosperidade sobreviriam ao povo somente se ele observasse suas mitzvot, regu-
lamentos e regras de HaShem (Shemot [Deut.] 30:15, 16).
Dados os inúmeros relatos de rebelião que mancharam a história de Yisra’el, a na-
ção não conseguiu viver de acordo com as condições da aliança. No entanto, não devemos
esquecer que “todos pecaram e não são capazes de receber o louvor de D-s” (Rom. 3:23).
Nenhuma nação na Terra cumpriu a vontade do Eterno. Mesmo na história recente, nações
que professam acreditar em D-s têm representado mal a causa do Eterno com guerras,
preconceitos e opressão.

Em sua experiência, qual é a relação entre obediência e confiaça? Quando você


obedece, o que acontece com sua confiança? E quando você desobedece? A obediência
fortalece a fé?

Leitura Parashat Nassô, 2ª Alyá (Números 4:29-4:49)


Tehilim [Salm] 119, Versículos 97-176 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 24
Leitura Anual: Nechemyah [Neemias] 5-8

62 O Mashiach e a Torá
terça, 27 de maio [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 27 Iyar 5774]

Omer Dia 42 • Hoje conte 43


A Torá e os Goyim (Atos 10:34, 35)
4. Leia Atos 10:34, 35; 17:26, 27; Romanos 1:20; 2:14. Qual é o ensinamento central
desses textos?

Apesar dos erros de Yisra’el, O Eterno não deixou os Goyim sem uma testemunha.
Aqueles que não tiveram o privilégio de receber a revelação escrita de HaShem recebeam
mensagens divinas por intermédio das páginas da revelação natural (Rom. 1:20). O divino
livro da natureza contém informações suficientes para conduzir pessoas a Ele.
O Eterno inspirou também uma medida de desejo espiritual em cada ser humano.
De acordo com Sha’ul, aqueles que sentem a presença do Ruach Elohim se envolvem
numa busca para encontrá-Lo (Atos 17:27). Muitas pessoas sentem um vazio no coração
que não pode ser preenchido pelas coisas que o mundo oferece: fama, poder, dinheiro,
sexo ou qualquer outra coisa. Na sua essência, essa foi a mensagem do livro de Kohelet
[Eclesiastes]. Esse vazio, essa insatisfação muitas vezes leva as pessoas a uma busca
por algo além, algo que transcenda a rotina da existência. Elas são atraídas para a verda-
de revelada, num desejo de acabar com os anseios e o vazio da alma. Seja a vontade de
HaShem revelada por meio de documentos escritos ou pela natureza, a pessoa que recebe
a revelação tem a responsabilidade de vivê-la. A verdade é a verdade, independentemente
do veículo que a transmite, e os que detêm a verdade experimentarão a ira do Eterno (Rm
1:18). Consequentemente, embora muitas pessoas possam não ter conhecido a Bíblia nem
os Asseret Hadibrot, D-s ainda as considera responsáveis pelas porções de verdade que
elas recolheram. Em última análise, todos serão julgados, e o padrão de julgamento será
a torá: seja a torá que D-s revelou claramente por meio de Moshê, ou, para os que não
conhecem a torá escrita, a lei da consciência, que se desenvolve quando ouvimos a voz do
Eterno na natureza.

Você já enfrentou decepções que mostraram que este mundo é inseguro e insatisfa-
tório? O que aprendeu com essas experiências sobre o que é realmente importante?

Leitura Parashat Nassô, 3ª Alyá (Números 5:1-5:10)


Tehilim [Salm] 120-134 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 25
Leitura Anual: Nechemyah [Neemias] 9-11

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 63


quarta, 28 de maio [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 28 Iyar 5774]

Omer Dia 43 • Hoje conte 44


Graça e verdade (João 1:17)
Yochanan resumiu a história da salvação em um verso: “A torá foi dada por intermé-
dio de Moshê; a graça e a verdade vieram por intermédio de Yeshua HaMashiach” (João
1:17). Como resultado do pecado de Adam, toda a humanidade foi afetada pela maldição
da morte. A maldição é intensificada pelo fato de que nenhuma pessoa nascida de pais
humanos, com exceção de Yeshua, ficou livre das inclinações pecaminosas. Portanto, o
Eterno escolheu um povo ao qual Ele revelou Sua torá, com a intenção de que o povo eleito
fosse Sua luz para as outras nações. HaShem não deu a torá a Yisra’el como meio de sal-
vação, mas como lembrete constante de sua necessidade de justiça.

5. Que exemplo de vida Yeshua nos deixou? Filipenses 2:8; João 15:10; Mateus
26:39

Quando desobedeceu à ordem expressa do Eterno, o primeiro Adam mergulhou o mundo


inteiro em desordem e escravidão. Por outro lado, mediante Sua vida obediente, o segundo
Adam, Yeshua, veio para libertar o mundo da escravidão que o primeiro Adam havia trazido.
Quando andou nesta Terra, Yeshua voluntariamente submeteu Sua vontade à vontade de
Seu Pai, e escolheu não pecar. Ao contrário do primeiro Adam, que trouxe condenação e
mentira ao mundo, Yeshua trouxe a “graça e a verdade”. A graça e a verdade não substitu-
íram a Torá. Em vez disso, Yeshua mostrou por que a Torá sozinha não era suficiente para
assegurar a salvação. A verdade que Ele trouxe foi uma compreensão mais completa da
graça.

6. Qual é a natureza da graça de Yeshua? Como Ele concedeu graça aos seres hu-
manos? Rom 6:23; Efésios 2:8

Graça também pode significar “dom” e está relacionada ao termo para alegria. O dom que
Yeshua dá à humanidade é a vida eterna. Além disso, a graça se manifesta como a presen-
ça interior do Mashiach, que habilita o indivíduo a participar da justiça que a torá promove.
Sha’ul afirmou que, ao condenar o pecado na carne, Yeshua tornou possível “que a justa
exigência da torá fosse plenamente cumprida em nós” (Romanos 8:4). A graça não apenas
nos livra da condenação da torá, mas nos capacita a guardar a torá da maneira que somos
chamados a fazer.

Leitura Parashat Nassô, 4ª Alyá (Números 5:11-6:27)


Tehilim [Salm] 135-139 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 26
Leitura Anual: Nechemyah [Neemias] 12,13

64 O Mashiach e a Torá
quinta, 29 de maio [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 29 Iyar 5774]

Omer Dia 44 • Hoje conte 45


A Torá e HaBesorá
Não importa quão “boa” seja nossa vida, ninguém pode escapar dos constantes
lembretes do pecado. Inevitavelmente, a felicidade é interrompida pela doença, morte e
desastres. Em nível pessoal, os sentimentos de segurança espiritual são frequentemente
desafiados pelas lembranças de pecados passados e, pior ainda, pelo impulso para pecar
novamente.

7. Qual é o efeito do pecado em nossa vida? Romanos 6:23; 7:24; Efésios 2:1

A pessoa que vive no pecado, na injustiça, é apenas um cadáver ambulante espe-


rando o dia em que dará o último suspiro. Quando Sha’ul avaliou a condição humana, ele
clamou em desespero: “Quem me livrará deste corpo sugeito à morte?” (Romanos 7:24).
Esse é um clamor por libertação da injustiça. Sha’ul logo percebeu que a libertação vem por
meio de Yeshua (Rm 7:25).
Essa é a HaBesorá. A boa notícia é que nós, que estávamos presos em corpos de
injustiça, podemos ser cobertos com a justiça do Mashiach. A HaBesorá é a garantia de que
podemos escapar da condenação da torá, porque agora possuímos a justiça promovida
pela torá (Romanos 8:1).
Quando Sha’ul escreveu aos membros da comunidade de Roma, a história da morte
de Yeshua ainda estava circulando por todo o império. Os que tinham ouvido estavam ple-
namente conscientes de que Ele havia morrido de uma forma escandalosa. Pessoas cujos
entes queridos eram executados tinham normalmente uma vida de vergonha. No entanto,
Sha’ul e muitos outros religiosos entenderam que a morte “vergonhosa” do Mashiach foi o
acontecimento mais poderoso da história humana. Por isso, Sha’ul declarou: “Não estou
envergonhado das boas novas, porque elas são o meio poderoso pelo qual D-s leva a sal-
vação a todo que mantém a confiança, especialmente para o judeu, mas também para o
goy.” (Romanos 1:16). A essência dessa HaBesorá é a grande promessa de que, no fim, a
morte não terá a palavra final e os salvos por Yeshua viverão para sempre no Olam Habá.

Muitas pessoas acreditam que a vida não tem sentido, porque sempre termina em
morte. Então, em longo prazo, nada do que fazemos terá importância. É difícil contestar
essa lógica, não é mesmo? Se tudo que fazemos e cada pessoa que influenciamos serão
destruídos e esquecidos para sempre, qual seria o sentido da vida?

Leitura Parashat Nassô, 5ª Alyá (Números 7:1-7:41)


Tehilim [Salm] 140-150 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 27
Leitura Anual: Ester 1-4

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 65


sexta, 30 de maio [‫ יום שישי‬Yom Shishi 1 Sivan 5774]

Rosh Chodesh • Omer Dia 45 • Hoje conte 46


Estudo adicional
“Torne-se distinto e claro o assunto de que não é possível efetuar coisa alguma em
nossa posição diante de HaShem ou no dom de HaShem para nós, por meio do mérito de
seres criados. Se a confiança e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o
Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma oportunidade para a fal-
sidade ser aceita como verdade. Se alguém pode merecer a salvação por alguma coisa
que faça, encontra-se, então... A salvação, nesse caso, consiste em parte numa dívida que
pode ser obtida como pagamento” (Fé e Obras, p. 19, 20).

Perguntas para reflexão

1. Embora o Eterno tivesse dado a Torá a Yisra’el por intermédio de Moshê, a Bíblia
sugere que Ele usa outros métodos para revelar Sua vontade a pessoas que podem não ter
acesso à revelação escrita (por exemplo, Romanos 1:20; 2:14; Atos 17:26, 27). Se HaShem
fala a todas as pessoas, qual é o propósito dos que levam as boas novas a outros?

2. João 1:17 afirma que “a graça e a verdade vieram por meio de Yeshua HaMashia-
ch”. Usando esse texto, muitas pessoas colocam a torá em oposição à graça e à verdade.
Por que essa é uma falsa dicotomia? De que forma a torá, a graça e a verdade trabalham
juntas para r''evelar-nos o caráter de HaShem, visto no plano da salvação?
3 O escritor russo Fiódor Dostoiévski criou um personagem que desejava estudar por que
mais pessoas não se matavam. Como ateu, ele não conseguia entender por que as pesso-
as desejariam viver uma vida sem sentido e tão cheia de sofrimento.

Comente na Beth Hamidrash LeShabat sobre a lógica desse pensamento.

Leitura Parashat Nassô, 6ª Alyá (Números 7:42-7:83)


Tehilim [Salm] 1-9 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 28
Leitura Anual: Ester 5-7
Acendimento das velas: 17:10 • Pôr do Sol: 17:28 • Havdalá: 18:05
Shabat, 31 de maio [‫ שבת‬Shabat 2 Sivan 5774]
Omer Dia 46 • Hoje conte 47
Leitura Parashat Nassô, 7ª Alyá (Números 7:84-7:89)
Tehilim [Salmos] 10-17 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 29
Leitura Anual: Ester 8-10

66 O Mashiach e a Torá
Lição 10 1 a 7 de junho [3 a 9 Sivan]

O Mashiach, a Torá e as alianças

VERSO PARA MEMORIZAR: “Por causa desta morte, ele é o mediador da B´rit Ha-
daschá [nova aliança] visto que a morte liberta as pessoas das transgressões come-
tidas sob a primeira aliança - os que tem sido chamados podem receber a prometida
herança eterna” (Hebreus 9:15).

Leituras da semana: : Gen. 9:12-17, 17:2-12, Gal. 3:15-28, Deut. 9:9, Heb. 10:11-18,
Heb. 9:15-28.
Parashá 36 ‫ בהעלתך‬BEHAALOTECHA [AO COLOCARES]: Bamidbar
[Num] 8.1 - 12.16
Haftará: Zc 2.14 - 4.7
B’rit Hadashá: João 19.31-37; Hebreus 3.1-6; 1Co 10.6-13
Tehilim [Salmo] 68

A eterna decisão divina de salvar a humanidade foi revelada ao longo dos séculos
por meio das alianças. Embora a Bíblia fale de alianças no plural (Romanos 9:4; Gálatas
4:24; Efésios 2:12), na realidade, só existe a aliança da graça, na qual a salvação é dada
aos pecadores, com base não em seus méritos, mas nos méritos de Yeshua, oferecidos a
todos os que clamam esses méritos pela confiança. O plural, alianças, significa simples-
mente que HaShem antecipou Seus propósitos de salvação ao reafirmar a aliança de várias
formas, a fim de atender às necessidades de Seu povo em diferentes épocas e contextos.
No entanto, é sempre a mesma aliança, a eterna aliança da graça salvadora de HaShem.
A essência dessa aliança é o constante e fiel amor do Eterno (Devarim [Dt] 7:9; l Reis
8:23; Daniel 9:4). Como parte dessa aliança, HaShem chama Seu povo a obedecer Sua
Torá, não como meio de salvação, mas como fruto dela. A Torá e a graça unidas sempre
foram centrais para a aliança eterna de D-s.

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 67


domingo, 1 de junho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 3 Sivan 5774]

Omer Dia 47 • Hoje conte 48


Sinais da Aliança (Gen. 9:12-17)
Uma aliança pode ser simplesmente definida como um acordo entre duas partes
com base em promessas feitas por uma, ou por ambas as partes. Existem dois métodos
básicos pelos quais uma aliança pode funcionar. No primeiro, as partes envolvidas na alian-
ça concordam com os termos do relacionamento e fazem promessas mútuas. Esse seria o
caso em um casamento, fusão de empresas e até mesmo na compra de imóveis. No segun-
do método, uma parte inicia a aliança, estipulando tanto as promessas quanto as condições
inegociáveis, e a outra parte é convidada a participar. Exemplos disso incluem o pagamento
de impostos ou de mensalidades em uma instituição educacional. Nos dois casos, cada
uma das partes é livre para se retirar da aliança, mas geralmente há uma consequência.
Por exemplo, uma pessoa que não paga a prestação de seu imóvel, pode perdê-lo, e um
cidadão que se recusa a pagar os impostos será processado.
Normalmente, uma aliança é estabelecida com pelo menos um símbolo. Por exem-
plo, uma pessoa que compra um imóvel financiado coloca várias assinaturas em um con-
trato de empréstimo imobiliário junto a uma instituição de crédito, a qual mantém o título
de propriedade do imóvel em garantia, até que o valor total seja pago. Para as pessoas
casadas, o cartório emite uma certidão de casamento. O documento não é a aliança, mas
um indicador de que a pessoa está comprometida com uma aliança.

1. Leia Bereshit [Gênesis] 9:12-17 e 17:2-12. Qual é a diferença entre o símbolo e


a aliança nessas passagens? Além disso, quais são as diferenças entre essas duas alian-
ças?

Em Bereshit [Gênesis] 9:9, HaShem fez uma aliança com a criação, estabelecendo que
Ele jamais destruiria a Terra novamente com água. Sempre que um arco-íris aparece no
Céu, todos devem se lembrar da promessa de D-s. O mesmo se pode dizer da marca da
B’rit Mila, que deve fazer todo judeu para lembrar do papel de Seu povo em abençoar Kol
Goyim. A primeira aliança foi feita com toda a humanidade, a outra especificamente com a
nação de Yisra’el. Além disso, na aliança feita com a humanidade depois do Dilúvio, as pes-
soas não tinham que fazer nada. A promessa estava ali, independentemente do que elas
fizessem. A situação foi diferente com a segunda aliança, feita com Yisra’el: o povo tinha
que fazer a sua parte no acordo.

Leitura Parashat Behaalotechá, 1ª Alyá (Números 8:1-8:14)


Tehilim [Salmos] 18-22 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 30
Leitura Anual: Iyov [Jó] 1, 2

68 O Mashiach e a Torá
segunda, 2 de junho [‫ יום שני‬Yom Sheni 4 Sivan 5774]

Omer Dia 48 • Hoje conte 49


Promessas da Aliança
Alianças são fundamentadas em promessas. Na verdade, e possível utilizar os dois
termos de forma alternada. Quando uma aliança é feita, espera-se que a pessoa que faz a
promessa (aliança) tenha capacidade de cumprir o que é prometido ou pactuado.
Antes da era comum, algumas alianças tratavam de questões limitadas e locais (por
exemplo, Gn 31:43-54). O incidente entre Yako’ov e Lavan demonstra que as alianças po-
diam ser negócios realizados dentro de uma sociedade e entre sociedades. O monumento
em Mispa devia servir como sinal de um tratado que se aplicaria apenas aos dois clãs.
Quando morressem aqueles a quem o tratado se aplicava, os termos do tratado seriam
irrelevantes. Ao contrário desse pacto feito entre seres humanos, as alianças que o Eterno
instituiu com Noach e Avraham têm implicações eternas.

2. Quais são as implicações mais amplas da aliança com Avraham Avinu? Gálatas
3:15-28

Em toda a Bíblia, D-s fez várias alianças universais nas quais Ele fez promessas
relevantes para toda a humanidade. Reconhecendo que toda a Terra tinha sido afetada
pelo Dilúvio, HaShem prometeu não permitir que Sua criação fosse devastada novamente
pela água. No caso de Avraham, HaShem viu a necessidade humana de justiça e prometeu
abençoar todas as nações mediante a descendência de Avraham (Bereshit [Gên.] 22:18).
Embora HaShem tenha feito a aliança do Sinai com uma nação específica, ela tam-
bém tem alcance universal. O Eterno foi muito claro ao declarar que qualquer estrangeiro
podia fazer parte do povo escolhido (por exemplo, Shemot [Êx.] 12:48, 49), e que a missão
de Yisra’el era ser uma luz para mostrar o Eterno para o mundo (Shemot [Êx.] 19:5, 6).

Como você entende seu relacionamento de aliança com HaShem? O que D-s pro-
meteu a você, e o que Ele lhe pediu em retribuição por essas promessas?

Leitura Parashat Behaalotechá, 2ª Alyá (Números 8:15-8:26)


Tehilim [Salmos] 23-28 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 31
Leitura Anual: Iyov [Jó] 3-5

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 69


terça, 3 de junho [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 5 Sivan 5774]

Omer Dia 49
As Tábuas da Aliança
Embora uma aliança seja alicerçada em promessas, geralmente há condições a
serem satisfeitas antes que as promessas sejam cumpridas. A aliança com Avraham envol-
via fazer a B’rit Milá em todos os homens nascidos na casa dele, ou seus descendentes.
Quando o Eterno fez uma aliança com Yisra’el, Ele pessoalmente gravou os requisitos para
o relacionamento em tábuas de pedra (Devarim [Dt] 9:8-11). Esses requisitos, preservados
nos Asseret Hadibrot, deviam formar a base da aliança eterna de HaShem com todos os
seres humanos.
Uma vez que eles detalham certos termos da aliança, os Asseret Hadibrot são, mui-
tas vezes, chamados de “tábuas da aliança” (Dt 9:9). Os Asseret Hadibrot não foram plane-
jados para ser um obstáculo em nosso caminho, dificultando a vida dos que firmaram uma
aliança com HaShem. Ao contrário, como expressão do amor de HaShem, as mitzvot foram
dados para benefício dos que entraram em um relacionamento de aliança com HaShem.

3. De que forma Jeremias 31:31-34 e Hebreus 10:11-18 confirmam a natureza eter-


na da Torá dada por D-s na B’rit Hadash?

Sob a aliança, em Horev, os Hebreus e os que se uniram à comunidade eram obri-


gados a demonstrar fidelidade à aliança guardando os Asseret Hadibrot. Quando violavam
uma mitzvá, deviam oferecer um animal como corban, se quisessem ter seus pecados
perdoados. Sob a nova aliança, do Golgotha, o povo de D-s ainda é obrigado a guardar os
Asseret Hadibrot. No entanto, quando pecam, eles não precisam oferecer Corbanim contí-
nuos, porque Yeshua é o seu Corban pleno e completo (Hebreus 9:11-14).
A B’rit Hadashá é muito melhor do que a antiga porque agora, pela confiança, cla-
mamos as promessas de perdão oferecidas a nós mediante a morte de Yeshua. “Há espe-
rança para nós somente quando estamos na aliança de Avraham, que é a aliança da graça
mediante a confiança no Mashiach Yeshua” (The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.077;
tradução do editor).

O que significa ter a torá escrita no coração? Isso é diferente de entender a torá ape-
nas como um código de obediência?

Leitura Parashat Behaalotechá, 3ª Alyá (Números 9:1-9:14)


Tehilim [Salmos] 29-34 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 32
Leitura Anual: Iyov [Jó] 6-7

70 O Mashiach e a Torá
quarta, 4 de junho [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 6 Sivan 5774]

Shavuot
A Aliança e HaBesorá (Heb. 9:15-22)
Havia fortes consequências para a violação de certas alianças bíblicas. O Eterno
advertiu Avraham de que todo homem não circuncidado seria eliminado do povo escolhido
(Bereshit [Gn] 17:14), e uma série de maldições foi dirigida aos que se recusassem a cum-
prir os termos da aliança em Horevi (Devarim [Dt] 27:11-26). Os que violassem os termos
da aliança seriam punidos com a morte (Ez 18:4). O mesmo é verdade em relação à B’rit
Hadashá: aqueles que se recusam a obedecer a Torá dada pelo Eterno não podem ter
acesso à vida eterna (Romanos 6:23).

4. Leia Hebreus 9:15-28. De que forma a HaBesorá é revelado nesses versos?

Hebreus 9:15-28 repete a história da HaBesorá, ao proclamar a atuação do Mashia-


ch para assegurar aos crentes as promessas da aliança. O verso 15 indica que Yeshua atua
como “Mediador” da B’rit Hadashá que, mediante Sua morte, oferece vida eterna aos que,
de outra forma, enfrentariam a destruição eterna.
Nos versos 16 e 17, algumas traduções desviam da discussão da “aliança” e introdu-
zem o termo “testamento” em seu lugar, embora ali seja usada a mesma palavra traduzida
por aliança em outros versos do capítulo. Isso traz a ideia da morte de Yeshua por nós.
Quando vista nesse contexto, a passagem lembra-nos de que, no Mashiach, a aliança exi-
ge a morte de cada pecador. Porém, o pecador pode ser coberto, purificado pelo sacrifício
do Mashiach e, assim, estar entre os que ansiosamente aguardam Sua vinda (Hebreus
9:28).
“Só então reconheceremos que nossa justiça é na verdade igual a trapos de mens-
truação, e que somente o sacrifício do Mashiach pode nos limpar da impureza do pecado e
renovar nosso coração à Sua semelhança” (Ellen G. White, CC, p. 29, adaptada).

O próprio Eterno, na pessoa de Yeshua, tomou sobre Si a punição por nossos peca-
dos, para livrar-nos da merecida condenação. O que isso diz sobre o caráter de HaShem?
Por que podemos confiar nEle, não importando nossa situação?

Leitura Parashat Behaalotechá, 4ª Alyá (Números 9:15-10:10)


Tehilim [Salmos] 35-38 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 33
Leitura Anual: Iyov [Jó] 8-10

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 71


quinta, 5 de junho [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 7 Sivan 5774]

Shavuot
Benefícios da Aliança
Em muitos casos, as pessoas podem experimentar as promessas de uma aliança
antes mesmo do cumprimento de todos os termos. Por exemplo, uma pessoa que com-
pra um imóvel tem a oportunidade de viver nele antes do fim do pagamento. Um cidadão
desfruta dos serviços públicos oferecidos pelo governo antes mesmo de começar a pagar
impostos. Os que entram em aliança com D-s podem também começar a experimentar os
benefícios dessa aliança antes do cumprimento das promessas no futuro.
Considerando os Asseret Hadibrot, pense na dor e no sofrimento que as pessoas po-
deriam evitar se simplesmente os obedecessem. Quem já não experimentou o sofrimento
causado pela transgressão dessas mitzvot? E ainda pior, esse sofrimento nem sempre se
limita à pessoa que viola a torá. Muitas vezes, outros, mesmo os mais próximos do pecador,
também sofrem.

5. De acordo com os textos a seguir, quais benefícios podemos encontrar, mesmo


hoje, por estar em um relacionamento de aliança com Yeshua?

2 Coríntios 4:16-18:________________________________________________________

1 João 5:11-13:____________________________________________________________

Filipenses:6:______________________________________________________________

João 5:24:_______________________________________________________________

Nas Boas-Novas de João, Yeshua usa uma linguagem muito forte quando declara
que aquele que O aceita “já passou da morte para a vida” (João 5:24, NVI). Tão confiante
é o crente em sua salvação que, embora confinado à Terra, ele pode afirmar que Yeshua
HaMashiach nos fez sentar com Ele no céu” (Efésios 2:6).

Se alguém lhe perguntasse: “O que significa estar sentado com Yeshua no Céu?”
(Efésios 2:6), O que você responderia, e por quê?

Leitura Parashat Behaalotechá, 5ª Alyá (Números 10:11-10:34)


Tehilim [Salmos] 39-43 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 34
Leitura Anual: Iyov [Jó] 11-14

72 O Mashiach e a Torá
sexta, 6 de junho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 8 Sivan 5774]

Estudo adicional
Leia, A Maravilhosa Graça de D-s [MM 1974], p. 129-135: Meditações sobre a “Aliança da Graça”.
“Esta mesma aliança foi renovada a Avraham, na promessa: ‘Em tua semente serão benditas Kol
Goyim’ (Bereshit [Gn] 22:18). Essa promessa apontava para o Mashiach. Assim Avraham a compreendeu
(Gálatas 3:8, 16), e confiou no Mashiach para o perdão dos pecados. Foi essa fé que lhe foi atribuída como
justiça.
“A aliança com Avraham mantinha também a autoridade da Torá dada pelo Eterno [ ... ] “A aliança
com Avraham foi ratificada pelo sacrifício do Mashiach, e é chamada a ‘segunda’, ou ‘B’rit’ Hadashá, porque o
sacrifício pelo qual foi selada foi vertido depois do sangue da primeira aliança.” (Patriarcas e Profetas, p. 371
adaptado).
“A aliança da graça não é uma verdade nova, porque desde a eternidade existira na mente de
HaShem” (Signs of the Times, 24 de agosto de 1891 adaptado).

Perguntas para reflexão

1. O que Shemot [Êxodo] 31:16 e Isaías 56:4-6 sugerem sobre a importância do shabat para a alian-
ça? Leia também Ezequiel 20.

2. Muitos pensam que a aliança feita com Avraham era de obras, em contraste com a B’rit Hadashá,
que é pela graça. Por que essa ideia é errada? Quais versos da Bíblia provam que a aliança sempre foi esta-
belecida na graça?

3. Embora Efésios 1 não use a expressão “aliança eterna”, a ideia da aliança aparece (v. 4, 10, 14,
21). Que significado existe na expressão “aliança eterna”’?

4. D-s prometeu que jamais destruiria novamente o mundo com um Dilúvio. Essa promessa foi sim-
bolizada pelo arco-íris. Se o Dilúvio tivesse sido apenas local, como alguns sugerem, o que aconteceria com
a promessa de D-s? Por que a ideia de que o Dilúvio não foi global é um grande ataque à verdade bíblica?
Se o Dilúvio tivesse sido apenas local, o que as inundações locais, desde então, fariam com a promessa da
aliança de D-s’?

Leitura Parashat Behaalotechá, 6ª Alyá (Números 10:35-11:29)


Tehilim [Salm] 44-48 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 35
Leitura Anual: Iyov [Jó] 15-17
Acendimento das velas: 17:09 • Pôr do Sol: 17:27 • Havdalá: 18:04

Shabat, 7 de junho [‫ שבת‬Shabat 9 Sivan 5774]


Leitura Parashat Behaalotechá, 7ª Alyá (Números 11:30-12:16)
Tehilim [Salmos] 49-54 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 36
Leitura Anual: Iyov [Jó] 18-19

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 73


Lição 11 8 a 14 de junho [10 a 16 Sivan]

Os Emissários e a Torá

VERSO PARA MEMORIZAR: “Portanto, a Torá é santa; isto é, o mandamento é santo,


justo e bom.” (Romanos 7:12).

Leituras da semana: Rom. 3:31, 6:15, Acts 10:9-14, John 15:1-11, James 2:1-26,
Heb. 3:7-19, Jude 5-7.
Parashá 37 ‫חלש‬-‫ ךל‬SHELACH LECHA [ENVIA]: Bamidbar [Nm] 13.1 - 15.41
Haftará: Js 2.1-24
B’rit Hadashá: Hebreus 3.7-19 Hb 3.7-19
Tehilim [Salmo] 64

Com tanta evidência para a contínua validade da Torá, por que muitos argumen-
tam contra ela? Em primeiro lugar, alguns (como vimos) consideram certos textos da B´rit
Hadashá que condenam uma falsa compreensão da função da torá, mas concluem que o
problema está com a própria torá. Como resultado, alegam que as Asseret Hadibrot não
são obrigatórios para os que estão na B’rit Hadashá.
Em segundo lugar, outros são tão convencidos de que o shabat não é obrigatório
para os crentes em Yeshua que, para justificar essa posição, afirmam que todos as mitzvot
perderam valor com o sacrifício do Mashiach.
Em terceiro lugar, alguns argumentam que os outros nove mitzvot das Asseret Hadi-
brot estão em vigor, mas o quarto, a mitzvá do shabat, foi substituído pelo domingo, obser-
vado em homenagem à ressurreição de Yeshua.
Existem inúmeros problemas com todas essas posições. Nesta semana, examina-
remos a atitude dos emissários do Mashiach acerca da torá, porque certamente, se a torá
tivesse sido anulada ou modificada após a morte do Mashiach, os emissários saberiam algo
sobre isso.

74 O Mashiach e a Torá
domingo, 8 de junho[‫ יום ראשון‬Yom Rishon 10 Sivan 5774]

Sha’ul e a Torá
Dizem que Sha’ul foi o verdadeiro fundador das comunidades dos crentes em Yeshua
HaMashiach. Isso está errado, é claro. Embora Sha’ul tenha contribuído muito para nossa
compreensão religiosa da doutrina dos crentes em Yeshua, incluindo 14 dos 27 livros da
B´rit Hadashá, praticamente todos os ensinamentos de seus escritos podem ser encontra-
dos em outras partes das Escrituras. A principal razão pela qual alguns alegam que Sha’ul
iniciou uma “nova” religião é o conceito errado acerca do seu ensinamento sobre torá e
graça.

1. Considere os seguintes textos: Romanos 3:28; 6:14; 7:4; Gálatas 3:24, 25. À pri-
meira vista, por qual razão, com base nesses versos, alguns pensam que eles anulam a
torá?

Lidos isoladamente, esses textos certamente dão a impressão de que a torá não
mais é relevante para o crente em Yeshua HaMashiach. No entanto, todos esses versos
pertencem a um contexto mais amplo que precisamos considerar para entender o que
Sha’ul está realmente dizendo.

2. Examine o contexto de cada um dos textos acima, dando especial atenção a


Romanos 3:31, 6:15, 7:7-12 e Gálatas 3:21. Como esses versos e o contexto deles nos
ajudam a entender melhor a mensagem de Sha’ul sobre a torá?

Para os que não entendem o conceito de justiça verdadeiramente procedida da obe-


diência pela confiança, pode parecer que Sha’ul está se contradizendo. Ele afirma que o
crente em Yeshua não está debaixo da torá. Ao mesmo tempo, ele diz que o crente em
Yeshua é obrigado a guardar a torá. O problema é resolvido quando lembramos que o Eter-
no exige justiça daqueles que afirmam estar em relacionamento com Ele. O padrão de justi-
ça é a Sua torá. No entanto, quando as pessoas se comparam com essa torá, ficam abaixo
desse padrão e, por isso, são condenadas pela torá. Se a torá fosse o meio de salvação,
então ninguém teria qualquer esperança de vida eterna. A esperança do crente em Yeshua
como Mashiach não é encontrada na torá, mas em Yeshua HaMashiach, que não apenas
guardou a torá perfeitamente, mas, por intermédio do poder miraculoso de HaShem, permi-
te que os crentes no Mashiach participem da Sua justiça (Romanos 8:3, 4). Podendo agora
obedecer à torá com uma consciência livre, porque o Mashiach removeu a condenação da
torá (Rm 7:25-8:2). A graça que vem por meio do Mashiach não nos isenta da torá, mas nos
leva a obedecê-la.

Leitura Parashat Shelach, 1ª Alyá (Números 13:1-13:20)


Tehilim [Salmos] 55-59 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 37
Leitura Anual: Iyov [Jó] 20-21

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 75


segunda, 9 de junho [‫ יום שני‬Yom Sheni 11 Sivan 5774]

Kefa e a Torá (1 Pedro 2:9)


Kefa foi um dos emissários mais próximos de Yeshua. Entre os primeiros escolhidos,
ele esteve presente em muitos dos principais eventos do ministério de Yeshua. Em Cesa-
réia de Filipe, ele fez a declaração de que Yeshua era o Mashiach (Mateus 16:13- 16). Kefa
seguiu o Salvador para a casa de Caifás, na noite em que Yeshua foi preso e julgado (Ma-
teus 26:57, 58). Na manhã em que o Yeshua ressuscitado apareceu aos talmidim junto ao
mar, foi Kefa quem recebeu instruções específicas sobre o ministério em favor do Mashiach
(Jo 21:15-19). Quando o primeiro grupo de crentes se reuniu no dia de Shavuot, Kefa foi o
principal orador. Certamente, se a torá tivesse sido alterada, Kefa saberia.

3. O que Atos 10:9-14 nos diz sobre a fidelidade de Kefa à Halachá depois da ascen-
são de Yeshua? Se Kefa pensava dessa maneira sobre mitzvot relacionadas à alimenta-
ção, qual era sua visão sobre a perpetuidade dos Asseret Hadibrot?

Kefa recebeu a visão alguns anos após a ascensão de Yeshua. Como resultado da derashá
dos talmidim, milhares de judeus já tinham aceitado Yeshua como Mashiach. Não há nada
no registro bíblico sugerindo que o conteúdo da mensagem incluísse instruções que levas-
sem à rejeição da torá. De maneira poderosa, o incidente em Atos 10 demonstra que os
primeiros crentes em Yeshua como Mashiach se identificavam totalmente com suas raízes
judaicas.

4. Compare 1Pedro 2:9 com Shemot [Êxodo] 19:6. Qual é o contexto de Shemot
[Êxodo] 19:6?

Quando Kefa se referiu aos seus leitores como “os Cohanim do Rei, nação santa”, eles
devem ter se lembrado da ocasião em que a Torá foi entregue em Horev. Como herdeiros
de Yisra’el, deviam continuar cumprindo os termos da aliança revelados na Torá dada pelo
Eterno. Então, logo depois de lembrar às pessoas a condição delas, Kefa as exortou a ter
uma vida de justiça (l Pe 2:11, 12). Ele também alertou seu público a ter cuidado com os
falsos rabbanim que promoviam uma HaBesorá sem Torá (2 Pedro 2:21; 3:2).

Lembre-se das vezes em que Kefa errou. Ainda assim, considere a graça estendida
a ele. Como podemos aprender (1) a estender esse tipo de graça aos outros e (2) a aceitar
a graça para nós mesmos quando erramos?

Leitura Parashat Shelach, 2ª Alyá (Números 13:21-14:7)


Tehilim [Salmos] 60-65 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 38
Leitura Anual: Iyov [Jó] 22-24

76 O Mashiach e a Torá
terça, 10 de junho [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 12 Sivan 5774]

João e a Torá
Depois de Sha’ul, Yochanan é o segundo em número de livros escritos da B’rit Ha-
dashá. Esse é o mesmo Yochanan que escreveu a HaBesorá, três cartas e o livro Revela-
ção. Como Kefa, ele estava entre os primeiros talmidim que Yeshua escolheu, e também
tinha um relacionamento especial com Yeshua. Por causa de sua proximidade com Yeshua,
ele é muitas vezes mencionado como “Yochanan, o amado”. A julgar pela conclusão da
HaBesorá escrita por ele (João 21:25), Yochanan conhecia muitas informações pessoais
sobre Yeshua. Certamente, alguém tão próximo de Yeshua como Yochanan saberia se
Yeshua tivesse anulado a Tora dada pelo Eterno.

5. Leia Yochanan 15:1-11 e 1 Yochanan 2:3-6. O que esses versos dizem sobre a
relação que devemos ter com as “mitzvot” de HaShem?

Perto do fim de Sua vida terrena, Yeshua pôde testemunhar aos Seus talmidim que
Ele havia sido fiel às Mitzvot de Seu Pai e, como resultado, havia permanecido no amor do
Pai (João 15:10). Yeshua não via as mitzvot como obstáculos a serem rejeitados ou descar-
tados, mas como diretrizes para um relacionamento amoroso com Ele e com outras pesso-
as. Quando Yochanan, o emissário amado, lembra os religiosos de sua obrigação para com
HaShem, ele usa a mesma linguagem do amor e unidade que Yeshua usa na HaBesorá. Na
verdade, Yochanan compreendeu que o amor sempre foi a essência da Torá (por exemplo,
2 João 6). Uma pessoa não pode alegar que está guardando a Torá se ela não se envolve
em relacionamento amoroso com HaShem e com outras pessoas.
“A torá requer que amemos aos outros assim como amamos a nós mesmos. Então,
toda faculdade e ação da mente devem ser exercidas para esse fim - realizar a maior quan-
tidade de bem. [ ... ] Quão agradável é ao Doador que empreguemos os dons reais da alma,
a fim de que possam produzir efeito poderoso sobre outros! São eles o elo entre HaShem
e os seres humanos, e revelam o Espírito do Mashiach e os atributos do Céu. O poder da
santidade, que pode ser visto, embora não seja ostentado, fala com mais eloquência do que
as derashot mais bem preparados. Fala de D-s e expõe diante de homens e mulheres o seu
dever mais poderosamente do que o podem fazer meras palavras” (Manuscript Releases,
v. 20, p. 138; o Mashiach Triunfante [MM 2002], p. 210 adaptado).

Você consegue ligar a Torá ao amor? Qual é a função da Torá dada pelo Eterno na
expressão do nosso amor?

Leitura Parashat Shelach, 3ª Alyá (Números 14:8-14:25)


Tehilim [Salmos] 66-68 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 39
Leitura Anual: Iyov [Jó] 25-28

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 77


quarta, 11 de junho [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 13 Sivan 5774]

Tiago[Ya’acov] e a Torá
“Não são eles que insultam o bom nome daquele a quem vocês pertencem? Se
vocês de fato mantiverem o objetivo da torá do Reino, em conformidade com a mitzvá
da passagem que diz: Veahavta lereacha kamôcha. [Amarás o teu próximo como a ti
mesmo] Estarás agindo bem. Mas se demonstrarem favoritismo, suas ações consti-
tuirão pecado e serão condenados pela torá como transgressores.” (Tiago 2:7-9).

Há apenas um livro na B´rit Hadashá atribuído a Tiago . Embora o autor não estipule
qual Tiago ele é, geralmente se aceita que essa carta foi escrita por Tiago, irmão de Yeshua.
Ainda que, talvez, a princípio ele tenha sido cético sobre a messianidade de Yeshua (Jo
7:5), posteriormente, Tiago foi elevado a uma influente posição de liderança na congrega-
ção da B´rit Hadashá (Atos 15:13; Gálatas 1:19). Portanto, se Yeshua tivesse a intenção de
anular a torá, Seu irmão certamente saberia.

6. Qual é a mensagem básica de Tiago 2:1-26? Por que Tiago resumiria a torá nos
versos 7-9, só para falar logo depois sobre guardar todas as mitzvot? Como esses versos
mostram a ligação entre amor e obediência à Torá?

Entendendo de modo equivocado o ensino de Sha’ul sobre a torá, alguns argumen-


tam que Tiago e Sha’ul se contradizem a respeito do papel da torá. O principal ponto de
discórdia é o lugar das obras na salvação. Sha’ul declara que somos salvos pela graça me-
diante a confiança independentemente das obras (Ef 2:8, 9), enquanto Tiago enfatiza que
“a confiança sem obras é morta” (Tg 2:26). Essas afirmações não são contraditórias. Tiago
está apenas expressando de forma contundente o que Sha’ul havia dito inúmeras vezes so-
bre o fato de que a graça não anula a torá. Como Sha’ul em Romanos 13:9, Tiago entendia
perfeitamente que a essência da torá dada pelo Eterno é o amor (Tg 2:8). Ninguém pode
realmente afirmar que guarda as mitzvot de HaShem, se não pratica atos de amor.

Leitura Parashat Shelach, 4ª Alyá (Números 14:26-15:7)


Tehilim [Salmos] 69-71 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 40
Leitura Anual: Iyov [Jó] 29-31

78 O Mashiach e a Torá
quinta, 12 de junho [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 14 Sivan 5774]

Yudah Judas e a Torá


Acredita-se que o livro de Judas, um dos mais curtos da B’rit Hadashá, tenha sido
escrito por outro irmão de Yeshua. Embora o autor se refira a si mesmo como “escravo”
[servo] de Yeshua HaMashiach, ele admite ser irmão de Tiago. Uma vez que Mattityachu
[Mateus] menciona Tiago e Judas como nomes de dois dos quatro irmãos de Yeshua (Mt
13:55), o Judas dessa breve carta é geralmente aceito como sendo irmão do Salvador. A
exemplo de todos os outros escritores bíblicos que estudamos, Judas saberia se Yeshua
tivesse anulado a torá.Ainda que Judas não faça referência à torá nem Asseret Hadibrot,
toda a sua carta é sobre fidelidade a HaShem e as consequências de transgredir a torá.

7. Leia Judas 4. Que afirmação nesse verso é relevante para nossa discussão?

A simples menção da graça exige a existência da torá, porque a graça não seria ne-
cessária se não houvesse pecado (Rm 5:18-6:15). A influência desses falsos mestres era
tão má que Judas a equiparou à negação do próprio Eterno.

8. Como Hebreus 3:7-19 ajuda a lançar luz sobre Judas 5-7? Como esses versos
juntos nos mostram a relação entre obediência e confiança?

Em seu estilo diplomático, Judas lembra ao seu público a experiência dos Hebreus,
que tinham sido libertados da escravidão do Egito. D-s havia revelado para eles a Sua for-
ça e lhes havia concedido Sua torá, mas, quando se tornaram infiéis, enfrentaram terríveis
consequências causadas pela separação entre eles e D-s.
Judas deixa muito claro que as pessoas podem, de fato, abandonar a confiança, e aque-
les que o fazem, enfrentarão o juízo. Judas é tão claro quanto o restante das Escrituras a
respeito de um ponto: todos os que afirmam confiarem e mm D-s devem estar dispostos a
expressar essa confiança mediante uma vida obediente.

Leia o livro de Judas. Em meio a todas as suas fortes advertências, que promessas
você pode
descobrir nele?

Leitura Parashat Shelach, 5ª Alyá (Números 15:8-15:16)


Tehilim [Salmos] 72-76 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 41
Leitura Anual: Iyov [Jó] 32-34

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 79


sexta, 13 de junho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 15 Sivan 5774]

Estudo adicional
Leia Signs of the Times, 5 de agosto de 1886: “The Law in the Christian Age”; disponível em:
https://egwwritings.org/singleframe.php.
“Por que os emissários deviam ensinar arrependimento para com HaShem? Porque o pe-
cador está em conflito com Avinu Malkeinu. Ele transgrediu a torá. Deve perceber seu peca-
do e se arrepender. Em seguida, qual é a sua tarefa? Olhar para Yeshua, cujo unicamente o
sacrifício pode nos purificar de todo o pecado. A confiança no Mashiach é necessária, pois
não há qualidade salvífica na torá. A torá condena, mas não pode perdoar o transgressor.
O pecador deve depender dos méritos do sacrifício do Mashiach [ .. .]” (Signs of the Times,
5 de agosto de 1886 adaptado).

Perguntas para reflexão

1. Medite na advertência de Judas 4. Se os homens estão proclamando a graça de


HaShem, evidentemente eles são religiosos. No entanto, Judas diz que eles estão negando
o Eterno. Que sérias implicações isso tem para os que afirmam que a graça de HaShem
anulou a torá? Quando as pessoas dizem que a torá foi abolida, do que realmente estão
tentando se livrar?

2. Como a negação da torá, até mesmo de apenas uma mitzvá, é usada por Ha-sa-
tan em sua pretensão de “destruir” a torá dada pelo Eterno?

Leitura Parashat Shelach, 6ª Alyá (Números 15:17-15:26)


Tehilim [Salmos] 77-78 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 42
Leitura Anual: Iyov [Jó] 35-37
Acendimento das velas: 17:09 • Pôr do Sol: 17:27 • Havdalá: 18:05

Shabat, 14 de junho [‫ שבת‬Shabat 16 Sivan 5774]


Leitura Parashat Shelach, 7ª Alyá (Números 15:27-15:41)
Tehilim [Salmos] 79-82 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 43
Leitura Anual: Iyov [Jó] 38-42

80 O Mashiach e a Torá
Lição 12 15 a 21 de junho [17 a 23 Sivan]

A congregação do Mashiach e a Torá

VERSO PARA MEMORIZAR: “Nesse momento, é necessária a perseverança da parte


do povo de D-s, dos que guardam seus mandamentos e são fiéis a Yeshua” (Revela-
ção 14:12).

Leituras da semana: Bereshit [Gen] 2:16-3:7, cap. 6, cap. 12, Deut. 7:6-12, Gal.
3:6-16, Rev. 12:17, 14:6-12.
Parashá 38 ‫ קרח‬KORACH [KORACH]: Bamidbar [Num]  16.1 - 18.32
Haftará: 1Sm 11.14 - 12.22
B’rit Hadashá: 2 Timóteo 2.8-21; Y’hudah 1-25; Rm 13.1-7
Tehilim [Salmo] 5

Numa corrida de revezamento, uma equipe geralmente consiste em quatro corredo-


res. Os membros da equipe podem ter competido um contra o outro em algum momento,
mas agora, como parte da mesma equipe, devem aprender a pensar como um. Na corrida
em si, a extensão da pista é dividida igualmente entre os participantes. Somente um mem-
bro da equipe pode correr em determinado momento: aquele que está segurando o bastão.
O bastão é passado habilmente de um corredor para o próximo até que a corrida termine.
Em certo sentido, o bastão é o único símbolo de continuidade entre os membros da equipe
de revezamento.
A congregação do Eterno se parece com uma equipe de revezamento. Começando
com Adam no Jardim do Éden, o bastão foi passado por várias etapas da história da sal-
vação: De Noach a Avraham. Posteriormente, vieram outras etapas: o Sinai, a congrega-
ção da B’rit Hadashá, a congregação recente e, agora, os que proclamam as mensagens
dos três anjos. O símbolo de continuidade para a congregação do Eterno é a Sua Torá, a
qual, depois da entrada do pecado, deve ser sempre combinada com a graça salvadora de
HaShem. Juntas, as duas são a essência da HaBesorá.
A lição desta semana traça a continuidade da Torá (e da graça) na congregação do
Eterno ao longo das eras.

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 81


domingo, 15 junho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 17 Sivan 5774]

de Adam a Noach
Em certo sentido, podemos falar de uma “congregação do Mashiach” apenas a partir
da época da B´rit Hadashá, quando os crentes primeiro testemunharam a vida, morte e
ressurreição de Yeshua. No entanto, podemos ver a “congregação do Mashiach” em um
contexto mais amplo. Em cada geração D-s “chamou” um povo para refletir Sua vontade
por meio de uma vida de fidelidade, confiança, amor e obediência.

1. Leia Bereshit [Gênesis] 2:16-3:7. Qual foi o teste dado a Adam e Havah? Por que
seres perfeitos necessitariam de tal teste?

A fim de serem capazes de amar, Adam e Havah tiveram que ser criados como seres
moralmente livres. Eles tinham que ter a capacidade e a liberdade de fazer o mal, mesmo
que não tivessem nenhuma razão válida para fazê-lo. O teste da árvore era um teste moral:
De que maneira eles usariam a liberdade moral que HaSHem lhes havia concedido?
Nós sabemos a resposta.
No centro da moralidade está a Torá dada pelo Eterno, que define para nós o bem
e o mal. Observe que a árvore foi chamada de árvore do conhecimento do “bem e do mal”.
Qual seria o propósito de uma mitzvá que proibisse mentir, furtar e matar se, no início,
esses seres fossem impedidos de fazer qualquer uma dessas coisas? A própria Torá seria
sem sentido em um universo de autômatos, seres capazes de fazer somente o bem. Po-
rém, não foi assim que HaShem nos criou. Ele não podia fazer isso se quisesse pessoas
capazes de amar. Embora após a queda Adam e Havah devessem “passar o bastão” para a
próxima geração, a espiral descendente no aspecto moral foi rápida e sórdida. De seus dois
primeiros filhos, somente Hevel escolheu se unir à congregação do Eterno, enquanto Kayim
se tornou possuído pelo espírito de cobiça, mentira, homicídio e desrespeito aos pais. As
coisas iam de mal a pior até que o mal ofuscou o bem, e no tempo do Dilúvio apenas Noach
e sua família podiam afirmar que eram membros da congregação do Mashiach.

Quantas vezes nas últimas 24 horas você fez escolhas, usando a liberdade que lhe
foi dada desde o Éden? Suas escolhas estavam em harmonia com as mitzvot das Asseret
Hadibrot?

Leitura Parashat Côrach, 1ª Alyá (Números 16:1-16:13)


Tehilim [Salmos] 83-87 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 44
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 1-9

82 O Mashiach e a Torá
segunda,16 junho [‫ יום שני‬Yom Sheni 18 Sivan 5774]

De Noach a Avraham (Bereshit 6:5-9)


O mundo no qual Noach nasceu era pior do que qualquer Sociedade que já existiu,
o que significa que deve ter sido muito ruim. Com pessoas vivendo por quase mil anos, não
é difícil imaginar como o mal podia se tornar enraizado na sociedade, a tal ponto que Has-
Shem se arrependeu de ter feito a humanidade sobre a terra!

2. Leia Bereshit [Gênesis] 6 e, depois, responda às seguintes perguntas:

a. Como devemos entender a ideia de que HaShem Se “arrependeu” de ter feito a


humanidade? Isso significa que HaShem não havia previsto o que aconteceria? Por quê?
Devarim 31:15-17

b. Ellen G. White e alguns de nossos sábios afirmam que as designações “filhos de


D-s” e “filhas dos homens” se referem ao casamento entre homens fiéis e mulheres infiéis.
Que lições podemos aprender em BereShit [Gênesis] 6 sobre a nossa interação com o
mundo?

e. Quais foram algumas das coisas que essas pessoas fizeram que desagradaram
ao Eterno? Essas coisas estão relacionadas com a Sua Torá?


d. Considere a descrição de Noach em Bereshit [Gênesis] 6. Que tipo de homem
ele era, especialmente em um mundo tão corrompido? Ao mesmo tempo, por que Noach
necessitava de “graça” aos olhos do Eterno? O que isso nos diz sobre a relação entre a
confiança e a Torá dada pelo Eterno, mesmo naquela época?

Leitura Parashat Côrach, 2ª Alyá (Números 16:14-16:19)


Tehilim [Salmos] 88-89 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 45
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 10-17

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 83


terça, 17 de junho [‫ יום שלישי‬Yom Shlishi 19 Sivan 5774]

De Avraham a Moshê
Depois do Dilúvio, Noach e seus filhos tinham a responsabilidade de ensinar aos
seus descendentes a vontade de HaShem. A família de Noach sabia que a destruição glo-
bal havia ocorrido no mundo como resultado da recusa da humanidade em obedecer às
mitzvot dadas pelo Eterno e, tendo experimentado a graça de D-s, eles poderiam fazer algo
para ajudar a desenvolver uma geração mais fiel. Infelizmente, não muito tempo depois do
Dilúvio, os habitantes da Terra novamente se rebelaram (Bereshit 11:1-9). “Muitos deles
negavam a existência de HaShem, e atribuíam o Dilúvio à operação de causas naturais.
Outros criam em um Ser supremo, e que fora Ele que destruíra o mundo antediluviano; e
seu coração, como o de Kayim, ergueu-se em rebelião contra aquele Ser” (Patriarcas e
Profetas, p. 119 adaptado).

3. De que maneira a torá e a graça atuam juntas? Bereshit 12; 15:1-6

HaShem chamou Avraham, descendente de Shem, e fez uma aliança de bênção com
ele (Bereshit 12:1-3). A Bíblia não apresenta nenhum critério para o chamado de Avraham.
Ele não parece ter tido o perfil justo de Noach. De fato, logo após o chamado, ele provou
ser covarde e enganador Bereshit 12:11-13), violando as Mitzvot dadas pelo Eterno. Apesar
disso, Avraham era um homem de fé verdadeira e, pela graça de HaShem, essa confiança
lhe foi creditada como justiça. Embora ele não fosse perfeito, estava disposto a ouvir a voz
de HaShem, mesmo que isso significasse confiar em D-s para coisas que pareciam quase
impossíveis do ponto de vista humano.
Avraham não estava sozinho entre os que estavam dispostos a ouvir a voz de
HaShem e obedecer aos Suas mitzvot. O Faraó (Bereshit 12:10-20), os dois Avimelek e
Yosef estavam bem conscientes de que HaShem não aprovava o adultério e a mentira.
O segundo Avimelek até mesmo repreendeu Yitzak por expor o povo à tentação (Bereshit
26:10). Ainda que D-s tivesse escolhido Avraham para uma tarefa específica, havia pes-
soas em muitas nações diferentes que O temiam. Na verdade, depois que Avraham e sua
aliança militar derrotaram Quedorlaomer e sua coalizão, Avraham foi abençoado pelo Rei
Melquisedeque, que era “Cohen do El-Elyion” (Bereshit 14:18). Essa é mais uma evidência
de que existia o conhecimento de D-s no mundo nessa época, antes mesmo da obra e mi-
nistério de Moshê.

Leitura Parashat Côrach, 3ª Alyá (Números 16:20-17:8)


Tehilim [Salmos] 90-96 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 46
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 18-22

84 O Mashiach e a Torá
quarta, 18 de junho [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 20 Sivan 5774]

De Moshê a Yeshua
Embora os antigos códigos de leis, encontrados no Egito e na Mesopotâmia, também
apresentem evidência de um amplo conhecimento dos princípios e preceitos encontrados
na Torá dada pelo Eterno, nenhum deles é completo. De fato, muitos desses códigos tam-
bém incluem leis que promovem idolatria e outras práticas que HaShem mais tarde conde-
nou. Então, D-s escolheu um povo para ser guardião de Sua verdadeira torá. Esse povo foi
a nação hebraica, os descendentes de Avraham e herdeiros da promessa da aliança feita
com ele muitos séculos antes, uma promessa cujo cumprimento final ocorreu somente em
Yeshua.

4. Leia Devarim 7:6-12. Como essa passagem revela a estreita relação entre a torá
e a graça?

Quando HaShem escolheu Yisra’el para ser o depositário de Sua Torá, Ele sabia que
esse povo era imperfeito. No entanto, confiou-lhes a tarefa de ensinar Sua vontade a outras
pessoas imperfeitas. A própria designação “reino de Cohanim e nação santa” (Shemot 19:6)
mostra que os Hebreus deviam ser Cohanim do Eterno, mediadores em favor do mundo
inteiro. Eles foram escolhidos para transmitir a verdade sobre a vontade de HaShem para
as nações confusas. Apesar dos erros, fracassos e, às vezes, franca rebelião de Yisra’el,
foi no meio desse povo que o Mashiach nasceu, viveu, ministrou e morreu, cumprindo a
promessa da aliança feita a Avraham muitos séculos antes.

5. Leia Gálatas 3:6-16. Qual é o verdadeiro significado da promessa da aliança?

Embora muitos no antigo Yisra’el compreendessem que o uso do substantivo singu-


lar “semente” se referisse a Yisra’el como uma entidade corporativa única, Sha’ul aqui apre-
senta o próprio Yeshua como o verdadeiro e pleno cumprimento da promessa da aliança.
Assim, a HaBesorá, com sua clara ênfase tanto na torá quanto na graça, manifesta e revela
mais plenamente a aliança.

Imagine todas as longas eras que se passaram desde o tempo em que Avraham
recebeu a promessa da aliança até o tempo do Mashiach. O que isso nos diz sobre a ne-
cessidade de paciência quando se trata de confiar em HaShem?

Leitura Parashat Côrach, 4ª Alyá (Números 17:9-17:15)


Tehilim [Salmos] 97-103 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 47
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 23-30

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 85


quinta, 19 de junho [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 21 Sivan 5774]

De Yeshua ao remanecente
Desde o Éden, o povo de D-s sempre foi cheia de pessoas falíveis. A própria insti-
tuição que devia ser testemunha da justiça de D-s necessitava dessa mesma justiça. En-
quanto “o bastão” passava de geração em geração, nenhum corredor foi digno o suficiente
para cruzar a linha de chegada. Nenhum dos que receberam a Torá foi capaz de atingir o
seu nível de justiça. A humanidade, ao que parecia, estava presa em um ciclo de futilidade
na busca pela aprovação de HaShem.
No entanto, quando parecia que toda a esperança havia acabado, O Eterno enviou
Seu Filho “para receber o bastão”. Como o segundo Adam, Yeshua veio sem pecado a
este mundo, e mediante constante devoção ao Pai conseguiu manter Sua obediência até
a sua morte. Com Sua ressurreição, Yeshua cruzou a linha de chegada, pois Ele quebrou
a cadeia da morte. Agora, por intermédio do poder do Ruach Elohim, o Mashiach ressusci-
tado partilha Sua justiça com cada crente. Essa mensagem, que sempre esteve no centro
da promessa da aliança, foi mais claramente entendida depois que Yeshua completou Seu
ministério terrestre, e a congregação da B´rit Hadashá se iniciou.
Infelizmente, o povo que creu ser Yehua o Mashiach, mesmo com toda essa luz, por
vezes mostrou-se menos fiel à aliança do que o antigo Yisra’el havia sido, e profunda apos-
tasia logo dominou quase todos os lugares. Muitos se levantaram e no século XVI, come-
çaram a reverter essa tendência, mas não foi completa, e muitas doutrinas e ensinamentos
falsos permaneceram entre os que criam ser Yeshua HaMashiach, incluindo concepções
erradas sobre o papel e a finalidade da Torá na vida do povo da B’rit Hadashá. HaShem
chamaria um povo remanescente para restaurar muitas verdades perdidas.

6. Leia Revelação 12:17 e 14:6-12. Como esses versos revelam tanto a torá quanto
a graça na mensagem de advertência final de HaShem para o mundo?

Guardar “as mitzvot do Eterno” é a maneira indicada para manifestar o amor verda-
deiro. Poderíamos obedecer exteriormente aos mandamentos, mas não manifestar amor?
Podemos guardar verdadeiramente as mitzvot se não mostramos amor?

Leitura Parashat Côrach, 5ª Alyá (Números 17:16-17:24)


Tehilim [Salmos] 104-105 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 48
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 31-35

86 O Mashiach e a Torá
sexta, 20 de junho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 22 Sivan 5774]

Estudo adicional
“Os três anjos de Revelação 14 representam o povo que aceita a luz das mensagens
de HaShem, e vão como agentes Seus fazer soar a advertência por toda a extensão e lar-
gura da Terra. o Mashiach declara a Seus seguidores: “Vocês são a luz do mundo” (Mateus
5:14). A toda pessoa que aceita a Yeshua, seu sacrifício diz: ‘Vede o valor da alma’; ‘Ide por
todo o mundo, anunciem a HaBesorá a toda criatura’ (Marcos 16:15). Não se deve permitir
que coisa alguma impeça esta obra. É a obra mais importante para este tempo; deve ser
de tão vasto alcance como a eternidade. O amor que Yeshua manifestou pelas pessoas no
sacrifício feito por sua redenção, impulsionará todos os Seus talmidim” (Ellen G. White, TI,
v. 5, p. 455, 456 adaptado).
“O tema da maior importância é a mensagem do terceiro anjo, que abrange as men-
sagens do primeiro e do segundo anjos” (Ellen G. White, Ev, p. 196 adaptado).

Perguntas para reflexão

1. Revelação 12:17 descreve os “remanescentes”. Com a presença de centenas de


outras congregações guardadoras do shabat, qual é o propósito específico da comunidade
Adventista do Sétimo Dia? O que estamos proclamando que essas outras congregações
não estão?

2. Leia Romanos 4:3, Gálatas 3:6 e Tiago 2:23, dentro de cada contexto. Como es-
ses versos nos ajudam a compreender a salvação por meio da confiança?

3. Note que na mensagem do primeiro anjo, que começa com as “boas-novas eter-
nas’’, há também uma proclamação de que “é chegada a hora do Seu juízo”. Assim, a Ha-
Besorá, a torá e o juízo aparecem juntos nas mensagens dos três anjos. Qual é o papel da
torá e da graça no juízo? Como todos eles se encaixam?

Leitura Parashat Côrach, 6ª Alyá (Números 17:25-18:20)


Tehilim [Salmos] 106-107- Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 49
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 36-39
Acendimento das velas: 17:10 • Pôr do Sol: 17:28 • Havdalá: 18:06

Shabat, 21 de junho [‫ שבת‬Shabat 23 Sivan 5774]


Leitura Parashat Côrach, 7ª Alyá (Números 18:21-18:32)
Tehilim [Salmos] 108-112 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 50
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 40-45

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 87


Lição 13 22 a 28 de junho [21 a 28 Adar II]

O Reino do Maschiach [Messias] e a Torá

VERSO PARA MEMORIZAR: “‘Pois esta é a Aliaça que farei com a casa de Yisra’el
depois daqueles dias’, diz Adonai; ‘porei minha Torá dentro deles e a escreverei em
seu coração; serei o D-s deles, e eles serão meu povo’” (Yiermeyahu [Jeremias]31:
32(33)).

Leituras da semana: Matt. 4:8-9; Dan. 2:44; 1 Pet. 2:11; 1 Cor. 6:9-11; Rev. 22:14-15;
1 Cor. 15:26.
Parashá 27 ‫ תקח‬CHUKAT [PRESCRIÇÃO]: Bamidbar [Num.]  19.1 - 22.1
Haftará:Jz 11.1-33
B’rit Hadashá: João 3.9-21;4.3-30;12.27-50; Jo 3.10-21
Tehilim [Salmo] 95

Em 2011, morreu Steve Jobs, fundador da Apple. Ele estava com 56 anos. Alguns
anos antes, depois de uma luta contra o câncer, ele declarou que a morte era “a melhor
invenção da vida”, porque ela nos obriga a alcançar o melhor que podemos aqui. Em outras
palavras, visto que o nosso tempo é tão limitado, enquanto temos tempo, devemos tentar
ser tão bem-sucedidos quanto possível. No entanto, Steve Jobs entendeu a questão de
modo equivocado. A morte, ou o fato de que ela é inevitável, o levava a buscar maior suces-
so neste mundo, quando, na verdade, deveria ter revelado a ele a futilidade de criar raízes
muito duradouras no solo superficial deste planeta. É verdade que Jobs realizou muitas coi-
sas, mas, em contraste com um milhão de anos ou com a eternidade, o que isso importa?
Na verdade, temos a promessa de que este mundo será destruído, e HaShem esta-
belecerá um Olam Habá novo e eterno, no qual o pecado e a morte (resultados da trans-
gressão da Torá dada pelo Eterno) nunca existirão. Nesta semana, consideraremos a ques-
tão de Olam Habá eterna de HaShem e o papel da Torá em relação a ele.

88 O Mashiach e a Torá
domingo, 22 de junho [‫ יום ראשון‬Yom Rishon 24 Sivan 5774]

O Reino de D-s
Quando D-s criou os primeiros seres humanos, deu-lhes domínio sobre todas as
coisas. Adam devia governar o mundo. No entanto, pela transgressão da mitzvá dada pelo
Eterno, ele perdeu o direito à soberania terrena, e o domínio passou para o argui-inimigo,
Ha-satan. Quando os representantes de outros mundos se reuniram diante de HaShem
durante o tempo dos patriarcas, foi Ha-satan quem apareceu como “delegado” da Terra (Jó
1:6).

1. Leia Efésios 2:2; 2 Coríntios 4:4; Mateus 4:8, 9. O que esses textos dizem sobre o poder
de Ha-satan neste mundo?

O que aconteceu durante as tentações no deserto é muito revelador. Ha-satan se


ofereceu para dar a Yeshua o domínio sobre todos os reinos da Terra caso Yeshua Se
prostrasse e o adorasse (Mateus 4:8, 9; Lucas 4:5-7). Yeshua veio para tomar o mundo
das mãos do inimigo, mas Ele só poderia fazer isso com o custo de Sua vida. Por isso, a
tentação deve ter sido muito forte, quando Ha-satan Lhe ofereceu o mundo! No entanto, se
Yeshua tivesse aceitado a proposta, teria caído na mesma cilada em que Adam caiu e, con-
sequentemente, seria culpado de violar a torá de Seu Pai. Além disso, o plano da salvação
teria sido abortado, e estaríamos mortos em nossos pecados.
Sabemos que Yeshua venceu e, em Sua vitória, temos a garantia da nossa vitória,
que é a vida no Olam Habá de HaShem, descrito em Daniel 2, quando a pedra cortada sem
auxílio de mãos destrói todos os reinos deste mundo. Depois, “O Eterno suscitará um reino
que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá
todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2:44).

Todos os reinos descritos em Daniel 2 cumpriram todas as predições a respeito deles, in-
cluindo a contínua desunião na Europa, simbolizada pela mistura do ferro com o barro nos
pés da estátua. Por que esses fatos devem nos ajudar a confiar na promessa do último
reino, aquele que “subsistirá para sempre’’?

Leitura Parashat Chucat, 1ª Alyá (Números 19:1-19:17)


Tehilim [Salmos] 113-118 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 51
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 46-50

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 89


segunda, 23 de junho [‫ יום שני‬Yom Sheni 25 Sivan 5774]

Cidadãos do Reino
Em alguns casos, pessoas que passam a viver em outro país, têm que renunciar
toda a lealdade à sua terra natal, se quiserem a cidadania em sua nova pátria. No entanto,
alguns países permitem que uma pessoa mantenha dupla cidadania, ou seja, podem jurar
lealdade a ambos os lugares.
No entanto, no grande conflito, não existe algo parecido com dupla cidadania. Es-
tamos de um lado ou do outro. O reino do mal tem lutado contra o reino da justiça durante
milênios. É impossível que uma pessoa seja fiel aos dois lados ao mesmo tempo. Temos
que escolher qual reino terá a nossa lealdade.

2. Leia 1Pedro 2:11, Hebreus 11:13, Efésios 2:12, Colossenses 1:13, Devarim 30:19
e Mateus 6:24. O que esses textos dizem sobre a impossibilidade de “dupla cidadania” no
grande conflito entre o Mashiach e Ha-satan? Qual é o papel da observância da Torá em
mostrar o que é a nossa cidadania? Revelação 14:12

Quando as pessoas tomam a decisão de seguir a o Mashiach, decidem virar as costas para
o reino de Há-Satan e passam a fazer parte de outro reino, o de Yeshua HaMashiach. Como
resultado, agora obedecem às Suas regras e às Suas mitzvot, em lugar das ordens de Ha-
satan. Porém, a obediência delas não é universalmente apreciada. Certamente, Há-Satan
não fica feliz com a escolha delas. Ele está ansioso para reconquistá-las. A fidelidade dos
seguidores do Mashiach também não é apreciada pelos incrédulos, que tendem a descon-
fiar dos “forasteiros e peregrinos” entre eles. Apesar desses obstáculos, HaShem tem um
povo cuja lealdade é voltada para Ele, não para “o governante deste mundo” (João 12:31).

Muitas vezes, estrangeiros se destacam porque são diferentes das pessoas nasci-
das em um país. Sendo “estrangeiros e peregrinos no mundo’: como devemos nos desta-
car? Devemos ser iguais em algum aspecto?

Leitura Parashat Chucat, 2ª Alyá (Números 19:18-20:6)


Tehilim [Salmos] 119, Versículos 1-96 - Leitura Reavivados por sua palavra: Jeremias 52
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 51-55

90 O Mashiach e a Torá
terça, 24 de junho [‫ יום שלישי‬Yom Shlish 26 Sivan 5774]

Confiança e a Torá
O tema dominante nas Escrituras é simples: D-s é amor. O amor de HaShem é de-
monstrado de modo mais poderoso em Sua graça. Com Seu poder ilimitado, Ele poderia
facilmente ter varrido a humanidade da face da Terra, mas em vez disso escolheu exercer
paciência e dar a todos a oportunidade de experimentar a plenitude da vida em Olam Habá.
Além disso, Seu amor é revelado no preço que Ele pagou com sua morte.
O amor de HaShem também está diretamente relacionado com Sua justiça. Tendo
provido inúmeras oportunidades para que as pessoas escolhessem seu destino, o D-s de
amor não irá forçá-las a entrar num reino que elas rejeitaram. Quando os perversos esti-
verem diante do trono de D-s no julgamento, serão condenados pelo próprio testemunho.
Ninguém que estiver diante do trono poderá dizer sinceramente que não tinha conhecimen-
to dos requisitos divinos. Quer pela revelação escrita ou natural, todos serão expostos aos
princípios básicos da Torá dada pelo Eterno. (Romanos 1:19, 20; 2:12-16).

3. Leia 1 Coríntios 6:9-11 e Revelação 22:14, 15. Quem entra e quem fica de fora de
Olam Habá? Por quê? Qual é o papel da Torá nessa questão? Observe o forte contraste
entre os dois grupos!

É fascinante que, ao combinar 1Coríntios 6:11 com Revelação 22:14, você encontra
fiéis justificados no nome de Yeshua HaMashiach, isto é, eles são justificados pela confian-
ça, “independentemente das obras da Torái” (Romanos 3:28). No entanto, eles também
guardam essa Torá.
“Não é um decreto arbitrário da parte de D-s que veda o Céu aos ímpios; estes são
excluídos por sua própria inaptidão para dele participar. A glória de HaShem lhes seria
um fogo consumidor. Prefeririam a destruição, para ser escondidos da face dAquele que
morreu para os redimir” (Ellen G. White, CC, p. 18). Como essas palavras nos ajudam a
entender o assunto doloroso do destino dos perdidos?

Leitura Parashat Chucat, 3ª Alyá (Números 20:7-20:13)


Tehilim [Salmos] 119: 97-176 - Leitura Reavivados por sua palavra: Lamentações 1
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 56-61

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 91


quarta, 25 de junho [‫ יום רביעי‬Yom Reviʻi 27 5774]

O eterno Olam Habá


O Eterno criou um mundo perfeito. O pecado entrou, e esse mundo perfeito ficou
severamente deteriorado. A história da redenção nos diz que Yeshua entrou na história
humana para que, entre outras coisas, a perfeição original fosse restaurada. Os redimidos
viverão em um mundo perfeito, onde o amor reina supremo. Como vimos, o amor só pode
existir em um Universo moral, somente em um Universo com seres morais, e, para que se-
jam morais, eles também precisam ser livres. Isso leva à questão: Poderia o mal surgir de
novo?

4. Com base em Daniel 7:27, João 3:16 e Revelação 21:4, responda: O mal se le-
vantará de novo? Qual é o significado do termo eterno?

Quando o Eterno criou o Universo, havia condições associadas à sua estabilidade.


Isso é mais evidente em Bereshit 2:17, em que Adam foi avisado de que a violação da or-
dem expressa de HaSHem resultaria em morte. A simples menção da morte indica que o
conceito de eternidade a partir de uma perspectiva humana era condicional. Adam experi-
mentaria vida eterna somente se permanecesse fiel a D-s.
No entanto, na Terra recriada, a morte não mais será uma realidade, o que significa
que viveremos para sempre, o cumprimento das muitas promessas das Escrituras. A pos-
sibilidade de que ocorra a rebelião é um ponto discutível. Mas, de acordo com a Bíblia, ela
não ocorrerá.

5. Leia Jeremias 31:31-34. Que princípio vemos nesse texto que esclarece por que
o mal não surgirá novamente?

O reino messiânico será formado por pessoas que permaneceram leais a HaShem
durante toda a sua experiência religiosa. Em face de perseguição e conflitos pessoais, eles
escolheram o caminho da obediência e demonstraram vontade de ter uma vida dedicada ao
serviço divino. O Eterno promete inscrever Sua Torá no coração delas para que elas façam
naturalmente as coisas agradáveis a Ele. Olam Habá, no reino do Mashiach, o pecado será
totalmente superado, e a justiça reinará suprema.

Leitura Parashat Chucat, 4ª Alyá (Números 20:14-20:21)


Tehilim [Salmos] 120-134 - Leitura Reavivados por sua palavra: Lamentações 2
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 62-67

92 O Mashiach e a Torá
quinta, 26 de junho [‫ יום חמישי‬Yom Ḥamishi 28 Sivan 5774]

A Torá no Reino
Entre as duras consequências do pecado, a morte tem sido a mais persistente. O
pecado pode ser vencido, Ha-satan pode ser resistido, mas, com apenas duas exceções
conhecidas dentre bilhões de pessoas (Enoque e Elias), quem escapou da morte? Um an-
tigo filósofo escreveu: “Quando se trata da morte, nós seres humanos vivemos todos em
uma cidade sem muros”.

6. Que mensagem encontramos em Revelação 20:14 e 1 Coríntios 15:26?

Com o poder atribuído à morte, não é de admirar que pouco antes do Mashiach es-
tabelecer o reino messiânico na Terra, Ele destruirá totalmente a morte.
Não há dúvida de que morte está relacionada com o pecado, o que significa que ela
também está relacionada com a Torá dada pelo Eterno, porque o pecado é a transgressão
da Torá dada pelo Eterno. Consequentemente, não pode haver pecado sem a torá. Embora
o pecado dependa da torá, ela é independente do pecado. Ou seja, a torá pode existir sem
o pecado. Na verdade, isso ocorreu durante todas as eras até que heilel ben-shachar se
rebelou no Céu.
“Quando Ha-satan se rebelou contra a lei do Eterno, a ideia de que existia uma lei
ocorreu aos anjos quase como o despertar para uma coisa em que não se havia pensado.
Em seu ministério, os anjos não são como servos, mas como filhos. Existe perfeita unidade
entre eles e seu Criador” (Ellen G. White, OMDC, p. 109 adaptado).
Com isso em mente, a ausência da morte e do pecado no Olam Habá não exige a
ausência da torá. Assim como a lei da gravidade é necessária para a interação harmoniosa
entre os elementos físicos do Universo, a torá moral de D-s é necessária para governar a
justa interação entre os santos. Quando D-s inscreve Sua torá no coração dos redimidos,
Seu único propósito é selar a decisão deles de andar no caminho da justiça pela eternidade.
Consequentemente, Sua torá se torna a própria essência do Seu reino. Então, temos todas
as razões para acreditar que os princípios da torá moral de HaShem existirão no reino eter-
no de D-s. A diferença é que esses princípios jamais serão violados ali, como aconteceu no
mundo de pecado.

Tente imaginar o ambiente perfeito do Céu: sem natureza caída, sem Há-Satan para
nos tentar, sem pecado e sem morte. Medite: O que em sua vida e em seu caráter não se
ajusta a esse ambiente eterno?

Leitura Parashat Chucat, 5ª Alyá (Números 20:22-21:9)


Tehilim [Salmos] 135-139 - Leitura Reavivados por sua palavra: Lamentações 3
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 68-71

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 93


sexta, 27 de junho [‫ יום שישי‬Yom Shishi 29 Sivan 5774]

Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 307-319: “Diante do Supremo Tribu-
nal”.
“Ha-satan havia declarado que era impossível ao homem obedecer às Mitzvot do
Eterno; e é verdade que por nossa própria força não lhes podemos obedecer. o Mashiach,
porém, veio na forma humana, e por Sua perfeita obediência provou que a humanidade e a
divindade combinadas podem obedecer a todos os preceitos de HaShem [ ... ]
“A vida do Mashiach na Terra foi uma expressão perfeita da Torá dada pelo Eterno, e
quando os que professam ser Seus filhos se tornarem semelhantes a o Mashiach no cará-
ter, obedecerão às mitzvot de D-s. Então o Eterno acreditará que eles fazem parte do grupo
que formará a família do Céu. Trajados com as vestes gloriosas da justiça do Mashiach,
participarão da ceia do Rei. [ ... ]” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 314, 315 adapta-
do).

Perguntas para reflexão

1. De que forma tanto a torá quanto a graça são reveladas na citação acima? Por
que é importante entender as duas juntas? O que acontece quando esses conceitos são
ensinados de modo isolado?

2. Steve Jobs afirmou que o espectro da morte deve nos levar a realizar tudo o que
pudermos enquanto estamos no mundo. Embora haja alguma verdade nessa ideia, ela não
é suficiente, porque não resolve o problema da morte e seus efeitos sobre o sentido da
vida. De fato, após a morte de Jobs, a capa da revista The New Yorker retratou Pedro, com
um iPad na mão, registrando a entrada de Steve Jobs pelas portas de pérola. Embora isso
possa ser simpático, que lição podemos aprender com o fato de que no Céu não haverá
iPads nem qualquer coisa que Steve Jobs tenha criado aqui na Terra?

3. Quais coisas estão na Terra e durarão para sempre? Quais coisas deixarão de
existir? Por que é importante saber a diferença entre elas?

Leitura Parashat Chucat, 6ª Alyá (Números 21:10-21:20)


Tehilim [Salmos] 140-144- Leitura Reavivados por sua palavra: Lamentações 4
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 72-77
Acendimento das velas: 17:10 • Pôr do Sol: 17:28 • Havdalá: 18:08
Rosh Chodesh
Shabat, 28 de junho [‫ שבת‬Shabat 30 Sivan 5774]
Leitura Parashat Chucat, 7ª Alyá (Números 21:21-22:1)
Tehilim [Salmos] 145-150 - Leitura Reavivados por sua palavra: Lamentações 5
Leitura Anual: Tehilim [Salmos] 78-80

94 O Mashiach e a Torá
Glossário
Adam: (do hebraico ‫ )םָדָא‬Adam, Ādām, Adão; masc. Homem

Adonai: (em hebraico:‫יָנֹדֲא‬, “meu Senhor”) O Eterno D-s de Yisra’el

Amoni: amonitas

a.e.c: vide antes da era comum

Antes da era comum (aec): Referido ao período usualmente chamado de antes de Cristo
(a.C.).

Asseret Hadibrot: mais comumente conhecida como os Dez Mandamentos. A tradução


que mais se aproxima de Assêret Hadibrot é “Dez Falas” ou “Dez Ditos”, sendo que estes
são dez princípios que incluem toda a Torá e seus 613 preceitos.

Avinu: Pai

Avinu, Malkeinu: Meu Pai, meu Rei

Avinu Shebashamayim: Pai celestial, Pai que está no céu

Avimelek: (hebraico: ‫ ) אבימלך‬Abimeleque

Beit HaMiqdash: Bet HaMikdash Templo Sagrado

Beit’zata: Betesda

B’midbar: Números (livro)

Bereshit: Gênesis (Livro)

B´rit Hadashá: Nova Aliança. Também usado para referir-se aos livros sagrados ou perío-
do do novo testamento.

B´rit Milá: circuncisão

Beth Midrash LeShabat: Casa de estudo do Shabat. Escola Sabatina.

Cohen: Sacerdote

Cohanim: Sacerdotes

Cohen Gadol: Sumo Sacerdote

Corban: Holocausto, Sacrifício

Corbanot: plural Holocaustos, Sacrifícios; é o nome dado aos diversos tipos de sacríficios
e ofertas.

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 95


Glossário [continuação]
Chag Matzot: festa dos pães ázimos

Chasidim: Piedosos

Chaver: amigo, Irmão (Hebrew: ‫רבח‬, literalmente, “amigo”)

Chaverim: Amigos, irmãos (Hebrew: ‫םירבח‬‎, literalmente, “amigos”)

Chumash: ou Humash (do hebraico ‫ שמוח‬vindo do termo chamesh (fem.)/ chamisha (mas.),
cinco. E também Pentateuco. Faz alusão aos cinco livros atribuídos a Moisés)

Devarim = Deuteronômio (Livro)

D-s: forma respeitosa de escrever o nome de Deus sem citar seu nome completo. Também
escrito como D-us ou D’us.

Derashá al Haar: Sermão da Montanha

e.c: vide era comum

Echad: É um. ex: Adonai Echad.

Era comum (ec): refere-se ao período comumente chamado de Anno Domini (AD) ou de-
pois de Cristo (dC).

Emissário(s): Apóstolo(s)

El-Elyion: D-s Altíssimo

Eliyahu: Elias

Goy: (Hebrew: ‫גוי‬‎, regular plural goyim ‫ )גוים‬Nação, gentil, não judeu.

Goyim: (goyim ‫ )גוים‬Plural de Goy nações (gentios) não judeus

HaBesorá: (do hebraico ‫ )הָרֹוׂשְּבַה‬A palavra Besorá significa novidades, notícias, mensa-
gem, um comunicado que recebeu, sentido do grego Evangelion. Boas Novas. Normalmen-
te referente às boas novas de Yeshua Hamashiach.

Halachá: Leis Judaica

Hananyah: Ananias; Hananyah e Shappirah = Ananias e Safira

Hanokh: Enoque

HaMashiach: ver Yeshua Hamashiach e Mashiach. O Ungido.

Hanucá: ou Chanuká - do Hebraico Dedicação; também faz-se referência à festa da dedi-


cação ou festa das luzes

96 O Mashiach e a Torá
Glossário [continuação]

Ha-Satan: O Adversário, Satan

HaShem: (do hebraico ‫)השם‬, significando O Nome. É uma forma para designar D-s dentro
do judaísmo, fora do contexto da reza ou da leitura pública do texto bíblico.

Havah: Eva

Heilel ben-shachar: lúcifer, “portador de luz”, representa a estrela da manhã (a estrela


matutina), a estrela D’Alva.

Hevel: Abel

Horev: Horebe, Sinai, Monte Horebe, Monte Sinai

Igueret: (carta em Hebraico) a palavra Epístola vem do latim epistula e do Grego epistolé.

Kaparah: expiação

Kayim: Caim

Kefa: Pedro

Keneh: canônico

Kohen: ver Cohen

Kohen Gadol: ver Cohen Gadol

Kohanim: Ver Cohanim

Kol Goyim: [todas as Nações]

Korban: Ver Corban

Korbanot: Ver Corbanot

Lavan: Labão

Mezuzot: umbrais das portas

Mishcan: santuário

Mashiach: (do hebraico mashiah, moshiah, mashiach, or moshiach”) que significa o ungi-
do. O Messias e traduzido para o grego como Χριστός (Khristós - Cristo)

Mitzvá: [em hebraico: ‫]הווצמ‬: “mandamento”; plural, mitzvos ou mitzvot; de ‫הוצ‬, tzavá, “co-
mando”).

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 97


Glossário [continuação]
Mitzvot: plural de Mitzvá; mandamentos

Moa’vi: moabi-tas

Moshê: Moisés

Noach: Noé

N´tilat-yadayim: Ritual de lavar as mãos.

Neviim: (do hebraico ‫ )םיאיבנ‬ou Profetas; é o nome de uma das três seções do Tanakh,
estando entre a Torá e Kethuvim.

Olam Rabá: Mundo vindouro, reino eterno

P’rush: Fariseu

P’rushim: Fariseus

Pêssach: Páscoa judaica, páscoa bíblica

Purim: Festa de Purim, Ester

Rabbi: rabino; mestre

Rabbanim: Rabinos

Ruach Elohim: Espírito de D-s

Ruach HaKodesh: Espírito daquele que é Santo, Espírito de D-s

Sanhedrin: Sinédrio

Soferim: Escribas

Shacharit: (em hebraico: ‫ )תִרֲחַש‬é a Tefilá (oração) diária da manhã do povo judeu, um dos
três momentos de oração de cada dia. É o maior serviço diário, incluindo várias orações,
mais do que os outros serviços do dia; culto, liturgia

Shalom: Paz. Paz dada por D-s

Shappirah: Safira; Hananyah e Shappirah = Ananias e Safira

Sha’ul: (do hebraico ‫ )שאול‬Saul, Paulo

Shavuot: Festa do pentecostes, semanas

Shekel: (em hebraico: ‫ ;שקל‬plural: shekels, sheqels, sheqalim, em hebraico: ‫שקלים‬‎), ou si-
clo em português, refere-se a uma das mais antigas unidades de peso, utilizada posterior-

98 O Mashiach e a Torá
Glossário [continuação]
mente como nome da moeda corrente do povo israelita. Este shekel possuía cerca de (11,4
gramas).

Shem: Sem, filho de Noach

Shemot: Êxodo (Livro)

Sucot: Festa dos Tabernáculos/Festa das Cabanas

Talmid: seguidor, discípulo

Talmidim: Plural de talmid. Discípulos, seguidores.

Tanach: ou Tanakh (em hebraico ‫ )תנ״ך‬é um acrônimo utilizado para denominar seu con-
junto de livros sagrados equivalente ao Antigo Testamento

Tehilim: Salmo

Teshuvá: Conversão; (em hebraico ‫תשובה‬, literalmente retorno) é a prática de voltar às


origens do judaísmo. Também tem o sentido de se arrepender dos pecados de maneira
profunda e sincera. Aquele que passa pelo processo de teshuvá com sucesso é chamado
de Baal Teshuva.

Torá: (do hebraico ‫הָרֹוּת‬, Torah significando lei, instrução, apontamento). Lei de Deus. É o
nome dado aos cinco primeiros livros do Tanach (também chamados de Hamisha Humshei
Torah, ‫ הרות ישמוח השמח‬- as cinco partes da Torá) Chamada também de Lei de Moisés (To-
rat Moshê, ‫)הֶׁשֹמ־תַרֹוּת‬, por vezes o termo “Torá”

ַ ]: lei de moisés, também chamada de lei mosaica nos termos aca-


Torat Moshê [‫ּתֹורת־מ ֹשֶ ׁה‬
dêmicos.

Tzadik: Homem Justo

Tzadikim: justos

Vayikrá: Levíticos

Yako’ov: Jacó, Tiago

Yishma’el: Ismael

Yerushalayim: Jerusalém

Yesha’yahu: Isaías

Yeshua: Jesus, O nome hebraico Yeshua ( ַ‫ י ֵׁשּוע‬/‫ )ישוע‬é uma forma alternativa de Yehoshua,
Josué, e é o nome completo de Jesus (transliterado ao grego Yeshua fica: Ιησου’α, “Iesu-
a”/”Ieshua” [também Ιησου’ς, “Iesu’ “/”Ieshu’ “/”Iesus”]; Yehoshua [ ַ‫ י ְהֹושֻ ׁע‬/‫יהושוע‬‎] O nome
“Yeshua” deriva-se de uma raiz hebraica formada por quatro letras – ‫( ישוע‬Yod, Shin, Vav e

Abr • Mai • Jun 2014 - Nissan • Iyar • Sivan 5774 99


Glossário [continuação]
Ayin) - que significa “salvar”

Yeshua Hamashiach: Jesus, o Messias. Salvador o Ungido.

Yibum: levirato

Yitzak: Isaque

Yochanan: João

Yom Kipur: Dia da Expiação

Fontes do glossário: Wikipedia, cafecomhebraico, chabad.org

100 O Mashiach e a Torá

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