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Estudo do Comportamento da Ancoragem da Armadura do Pilar no

Bloco de Duas Estacas


Study Collumn Reiforcement Anchorage Behavior in two Pile Caps

R.P. RANDI (1); L.C. ALMEIDA (2); L.M. TRAUTWEIN (3); F.S. MUNHOZ (4)

(1) Engenheiro Civil, Mestrando em Estruturas pela Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
da Universidade Estadual de Campinas, ricardo_randi@hotmail.com, Campus Zeferino Vaz – Av. Albert
Einstein, 951 – Campinas-SP - Brasil
(2) Engenheiro Civil, Professor Doutor do Departamento de Estruturas da Faculdade de Engenharia Civil,
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, almeida@fec.unicamp.br, Campus
Zeferino Vaz – Av. Albert Einstein, 951 – Campinas-SP - Brasil
(3) Engenheiro Civil, Professor Doutor do Departamento de Estruturas da Faculdade de Engenharia Civil,
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, leandromt@fec.unicamp.br, Campus
Zeferino Vaz – Av. Albert Einstein, 951 – Campinas-SP - Brasil
(4) Engenheira Civil, Professora Doutora, Faculdade de Tecnologia de Jahu,
fabiana.munhoz@fatec.sp.gov.br, R. Frei Galvão - Jardim Pedro Ometto, Jaú - SP, Brasil

RESUMO
O presente artigo analisa e compara o comportamento numérico e experimental de blocos de concreto armado
sobre duas estacas, submetidos à carga centrada. A comparação de resultados é realizada entre o modelo
experimental de Munhoz (2014) e a análise numérica não linear com o emprego dos elementos finitos
bidimensionais do programa computacional ATENA 2D. O programa computacional ATENA permite a
modelagem do comportamento dos materiais - concreto e aço - com seus valores obtidos experimentalmente,
considerando aderência perfeita entre ambos. A análise comparativa de resultados e a validação do modelo
numérico serão realizadas através da curva carga versus deslocamento, do panorama de fissuração, das
tensões no concreto e das deformações nas armaduras e, por fim, da carga última suportada pelo modelo. A
partir do modelo validado, será realizado um estudo paramétrico do comprimento de ancoragem das barras
do pilar no interior do bloco e os resultados obtidos serão aqui apresentados e discutidos.
Palavra-Chave:concreto armado, blocos sobre estacas, análise numérica, elementos finitos, fundações.

ABSTRACT
This paper analysis and compares the numerical and experimental behavior of two reinforced concrete pile
caps under concentrated load. Results are compared to Munhoz (2014) experimental model and 2D non-linear
numerical analysis performed with the package ATENA 2D. ATENA software allows to model concrete and
steel from experimental values and are considered perfectly adherent. Load - deflection relation, stress in
concrete, strains in steel bars, ultimate load and cracks were compared. A parametric study will be developed
to discuss the bar anchorage length inside the pile.
Keywords: reinforced concrete, pile caps, numerical analyses, finite elements, foundation.

ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016


1 Introdução
A teoria mais aceita e difundida para a descrição do comportamento de blocos sobre
estacas é a de Blévot & Frémy (1967) que realizaram e publicaram um estudo experimental
sobre o assunto. Este estudo tornou-se uma referência para outros pesquisadores e
códigos normativos relacionados a blocos sobre estacas. A principal contribuição dos
autores supracitados é a elaboração da Teoria de Bielas e Tirantes que explica de forma
válida o fluxo de tensões nos blocos. Outra contribuição importante dos autores foi a
observação de que grande parte das peças ensaiadas apresentou ruína causada pelo
surgimento de fissuras paralelas ao fluxo de tensões de compressão nas bielas, oriundas
da ação de esforços de tração perpendiculares às bielas, também conhecido por
fendilhamento do concreto.
Durante décadas foram realizados novos estudos experimentais que comprovaram de
forma assertiva essas conclusões. A partir da evolução computacional e do Método dos
Elementos Finitos pode-se comprovar de forma analítica, e cada vez mais refinada, o
comportamento dos blocos.
Especificamente em pesquisas experimentais de bloco sobre duas estacas Mautoni (1972)
estudou de forma aprofundada os mecanismos de ruína dos blocos. Em sua pesquisa foram
ensaiados modelos com distribuições diferentes de armadura e constatou-se que os
modelos romperam por ruptura do concreto nas bielas de compressão (fendilhamento), ou
seja, da mesma forma que as peças ensaiadas por Blévot & Frémy (1967).
Acerca dos assuntos acima destacados, Buttignol (2011) realizou análises numéricas
comparativas aos ensaios experimentais de Delalibera (2006) e Miguel (2000) e constatou,
como os autores anteriormente citados, o fenômeno de fendilhamento e a formação das
bielas de compressão, comprovando a Teoria das Bielas e Tirantes. Ainda segundo
Buttignol (2011) a comparação entre os resultados numéricos e experimentais demonstrou
a complexidade de reprodução dos ensaios de laboratório em computador. Uma das
diferenças encontradas foi a rigidez estrutural dos blocos. Esta constatação também foi
observada por Delalibera (2006), que ainda cita três como os motivos que explicam a maior
rigidez do modelo numérico: acomodação dos modelos experimentais no início do ensaio,
consideração de aderência perfeita entre as barras de armadura e concreto e, finalmente,
a suposição de ligação perfeita entre as estacas e o bloco.
Em relação ao presente artigo dar-se-á maior importância para a comparação entre os
resultados experimentais e numéricos de blocos de concreto armado sobre duas estacas,
para a validação do modelo numérico com auxílio do programa computacional ATENA 2D
(2015), onde os resultados experimentais são oriundos do trabalho de Munhoz (2014).
Especificamente serão analisados os comportamentos da ancoragem das armaduras do
pilar no bloco sobre duas estacas. Sabe-se que atualmente não existem muitos trabalhos
acerca deste assunto. Notavelmente pode-se citar a pesquisa de Munhoz (2014), onde se
analisou, entre outros resultados, a influência da seção e das diferentes taxas de armadura
dos pilares na transmissão de esforços pilar-bloco. Segundo as análises da autora, as
forças nas barras da armadura dos pilares diminuem ao longo do seu comprimento de
ancoragem no bloco, mas são totalmente transferidas para o bloco a partir de certa
profundidade, dependendo da seção transversal do pilar e da quantidade e distribuição de
barras do pilar.

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1.1. Justificativa
Pode-se destacar a importância dos blocos de concreto armado sobre estacas como sendo
um elemento estrutural de transição de esforços da superestrutura para a infraestrutura ou
ainda, mais comumente, dos pilares para as estacas.
Sabe-se que os principais códigos normativos indicam o modelo de bielas e tirantes para o
dimensionamento do elemento bloco sobre estacas, como por exemplo o ACI-318/2014,
CEB-FIP/2010 e NBR 6118/2014. Em consequência disto, torna-se essencial a pesquisa
para melhor compressão do modelo e consequentemente maior segurança no
dimensionamento.
Com a evolução computacional e o advento do Método dos Elementos Finitos muitas
pesquisas passaram a utilizar, além de resultados experimentais, resultados provenientes
de análise numérica. No entanto, as análises numéricas devem apresentar resultados que
simulam, de forma mais precisa possível, o comportamento das estruturas submetidas aos
diferentes esforços. Por isso, as comparações entre os resultados experimentais e
numéricos devem ser estudadas com a finalidade de mostrar as convergências e
divergências entre os modelos, para uma maior segurança na utilização de programas
computacionais no dimensionamento de estruturas.
Em relação ao cerne deste artigo, ou seja, a análise do comportamento da ancoragem das
armaduras do pilar no bloco de duas estacas deve-se lembrar que são escassas as
pesquisas sobre o tema, tornando a realização deste trabalho justificável. A partir de
resultados confiáveis acerca da ancoragem das armaduras espera-se contribuir na
elaboração de normas e modelos mais preciso e econômicos.

2 Metodologia de análise
Foram realizadas comparações no comportamento de um bloco de concreto sobre duas
estacas. O programa computacional ATENA 2D (2015) foi utilizado para a modelagem do
bloco de concreto sobre duas estacas e as propriedades dos materiais, aço e concreto,
assim como a geometria do elemento foram baseados no modelo experimental
B110P125R2.5 de Munhoz (2014).
A Figura 1 mostra a geometria e a distribuição de armaduras do modelo analisado. O pilar
possui seção 12,5 cm x 12,5 cm e altura de 35,0 cm, para as armaduras longitudinais foram
utilizadas quatro barras de 12,5 mm, representando uma taxa de armadura de 2,5%,
utilizou-se ainda armadura de fretagem e estribos de 5,0 mm distribuídos ao longo do pilar.
O bloco possui geometria 110 cm x 15,0 cm x 40 cm e a armadura do tirante é formado por
quatro barras de 12,5 mm sobre as estacas, enquanto que a armadura superior é
constituída por três barras de 10,0 mm e a armadura do bloco é completada por estribos
horizontais e verticais de 6,3 mm. Por fim, as estacas possuem seção 12,5 cm x 12,5 cm,
altura de 40,0 cm (5,0 cm adentrando o bloco), armadura longitudinal (adentrando o bloco)
de 10,0 mm e estribos ao longo da estaca de 5,0 mm.
Foram escolhidos cinco parâmetros de comparação para a validação do modelo. A curva
carga versus deslocamento, o panorama de fissuração do concreto, o fluxo de tensões no
concreto, as deformações e tensões nas armaduras longitudinais do pilar e, finalmente, a
carga última de ruptura suportada pelo modelo. No caso de proximidade dos resultados
citados a validação da modelagem numérica será feita a partir do modelo experimental.

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Figura 1 – Geometria, distribuição de armaduras e locação dos extensômetros no modelo analisado

2.1 Análise numérica


O programa computacional ATENA 2D (2015), distribuído pela empresa Cervenka
Consulting (2015), é baseado no Método dos Elementos Finitos para composição de
análises não lineares em duas dimensões e foi utilizado para a modelagem do bloco sobre
duas estacas. Através da definição das propriedades dos materiais, imposição de vínculos
e aplicação de cargas externas pode-se simular de forma mais precisa possível o
comportamento de elementos estruturais de concreto armado. A imposição de vínculos é
realizada através do travamento dos deslocamentos do modelo a partir de apoios nas
direções x ou y, lembrando que a concepção da análise é somente em duas dimensões.
Para o caso do modelo apresentado neste artigo, foram impedidos os deslocamentos na
direção x (topo do pilar) e y (base das estacas). A aplicação de carregamento é feita através
de incremento de passos de cargas pré-determinados e para a solução de equações é
considerado o Método Newton-Raphson.

2.2 Propriedades dos materiais


As propriedades dos materiais necessárias para a análise numérica foram, na maioria,
obtidas dos resultados dos ensaios do modelo B110P125R2.5 de Munhoz (2014). Deve-se
salientar que foram utilizadas duas resistências características do concreto uma para as
estacas e outra para o bloco e pilar, conforme a Tabela 1.
Os comportamentos e modelos utilizados pelo programa computacional ATENA 2D (2015)
estão descritos no Manual Teórico – Parte 1, elaborado por Cervenka Consulting (2015). O
modelo constitutivo de fratura plástica, com uma curva de tensão versus deformação
caracterizada como na Figura 2(a), foi adotado para o concreto. A energia específica de
fratura, outro importante parâmetro para a modelagem de elementos de concreto, é dada
pela equação 1. A Figura 2(b) corresponde ao parâmetro que mede a taxa dessa energia e
este parâmetro é associado ao comportamento do elemento de concreto no regime não

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linear, ou seja, pós-fissurado. A Lei de Hooke é utilizada para descrever o comportamento
do concreto à tração no regime elástico. O comportamento do plano de ruptura após a
abertura das primeiras fissuras do elemento, ou seja, o regime de tensão pós-fissuração é
descrito através do critério de plasticidade de Drucker-Prager, como visto na Figura 2(c).
Para a compressão é utilizado o critério de ruptura de Rankine.

Figura 2 - Curvas tensão versus deformação característica do concreto, tensão versus abertura de fissuras
e relaxamento linear segundo o critério de Drucker Prager (Cervenka Consulting (2015))
𝒆𝒇
𝑮𝒇 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟐𝟓. 𝒇𝒕 ′ ..........................(Equação 1)
Com relação às curvas tensão versus deformação das armaduras, foram utilizados os
dados experimentais obtidos por Munhoz (2014). O programa computacional ATENA 2D
(2015) permite a construção da curva tensão versus deformação a partir de pontos
conhecidos com a finalidade de simular o comportamento da barra de aço mais próximo à
realidade.
Para as chapas de aço dos apoios das estacas e do ponto de aplicação de carga sobre o
pilar foi escolhido um material com comportamento elástico isotrópico (tensões planas). As
chapas foram utilizadas no modelo para auxiliar a distribuição das tensões nos pontos de
aplicação e reação das cargas. Para a interface chapa/pilar utilizou-se ligação rígida,
enquanto que na interface chapa/estacas utilizou-se um elemento de interface com a
finalidade de conectar de forma adequada os elementos de chapa e concreto.
As Tabelas 1 e 2 trazem os parâmetros físicos dos materiais utilizados no modelo numérico.
Para os concretos, os valores de resistência à compressão, resistência à tração, módulo de
elasticidade e coeficiente de Poisson foram retirados de ensaios experimentais enquanto a
energia específica de fratura foi calculada segundo a equação 1.

Tabela 1- Parâmetros do material concreto


Bloco e Pilar Estaca Unidade
Resistência à Compressão (fck) 33,86 77,91 MPa
Resistência à Tração (ft) 2,97 4,49 MPa
Módulo de Elasticidade (Ec) 35.110 44.050 MPa
Coeficiente de Poisson (ν) 0,20 0,20 -
Energia Específica de Fratura (Gf) 69,99 122,00 J/m²
Tabela 2 - Parâmetros das chapas de aço
Chapa Unidade

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Espessura 2,54 cm
Coeficiente de Poisson (ν) 0,30 -
Módulo de Elasticidade (Es) 210.000 MPa

No caso dos elementos de interface são utilizados seis parâmetros para simular o contato
e a rigidez entre os materiais adjacentes. Esses parâmetros são visualizados na Tabela 3.

Segundo o Manual Teórico – Parte 1, elaborado por Cervenka Consulting (2015), os


materiais dos elementos de interface são baseados no critério de Mohr-Coulomb. As
rigidezes normal e transversal correspondem ao comportamento elástico do material e os
valores máximos devem ser em torno de dez vezes o valor da rigidez dos elementos finitos
adjacentes. As rigidezes mínimas são utilizadas como uma suposição numérica após a
ruptura do elemento para manter a continuidade do equilíbrio do elemento estudado e
devem ser 0,001 vezes o valor máximo.
A resistência à tração da interface é utilizada para ponderar uma possível ruptura no
material da interface causada por tensões de tração. A coesão evita escorregamentos
horizontais entre os materiais, note que para a interface chapa/estaca o valor da coesão
deve ser maior do que zero, mesmo que a carga aplicada seja apenas vertical e distribuída
igualmente na chapa, pois com o início da deformação do elemento e da abertura de
fissuras pode ocorrer escorregamentos horizontais do modelo. A Figura 3 mostra o
comportamento dos elementos de interface.

Figura 3 - Comportamento dos elementos de interface (Cervenka Consulting (2015))

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3 Análise de resultados
Nesta seção serão apresentados, comparados e discutidos os resultados obtidos
numericamente em relação aos resultados experimentais.

3.1 Panorama de fissuração


Primeiramente deve-se salientar que existem diferenças na forma das medidas das fissuras
nos dois modelos, experimental e numérico. Deve-se levar em consideração o fato da
medida de abertura de fissura do modelo experimental ter sido realizada com fissurômetro
e a realizada pelo programa computacional é medida numericamente, onde o usuário pode
verificar fissuras de menor magnitude. Para efeito comparativo foram limitadas as fissuras
com abertura mínima de 0,05 mm no modelo numérico.

3.1.1 Primeiras fissuras visíveis


A Figura 4 mostra as primeiras fissuras visíveis e as primeiras fissuras inclinadas do modelo
experimental.

Figura 4 - Primeiras fissuras visíveis no modelo experimental (Munhoz (2014))

Segundo observações de Munhoz (2014) a primeira fissura visível surgiu centralizada com
uma carga de 198 kN, equivalente a 34,31% da carga de ruptura do modelo, 577 kN. Em
relação ao surgimento das primeiras fissuras inclinadas, na direção das bielas de
compressão, ocorreu a uma carga de 220 kN, equivalente a 38,12% da carga de ruptura do
modelo. Através de régua apropriada acompanhou-se o desenvolvimento da fissura inicial.
A abertura inicial anotada foi de 0,05 mm (198 kN) e a última medida anotada foi de 0,80
mm (500 kN).
Em contrapartida, no modelo numérico as primeiras fissuras acima de 0,05 mm surgiram
com carga de 240 kN, equivalente a 41,03% da carga de ruptura do modelo, 585 kN, e
evoluíram até uma abertura de 0,84 mm no passo de carga anterior a ruptura. Nota-se que
surgiram fissuras verticais e inclinadas com a carga de 240 kN. Outra observação
importante é que a fissura vertical, diferentemente do modelo experimental, não surgiu no
centro do bloco, mas sim em seções descentralizadas em relação ao eixo de simetria do
modelo como se pode verificar na Figura 5(a), onde o panorama de fissuração é mostrado
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com escala de linhas de contorno. Para efeito comparativo rastrearam-se os passos de
carga até a abertura da primeira fissura centrada, com abertura acima de 0,05 mm, a qual
surgiu com a carga de 290 kN, equivalente a 49,57% da carga de ruptura do modelo, como
pode ser visto na Figura 5(b).

Figura 5 - Primeiras fissuras visíveis, inclinadas e centralizadas no modelo numérico

3.1.2 Propagação das fissuras


Em relação à propagação das fissuras analisadas, observa-se que os modelos
experimental e numérico possuem comportamentos semelhantes, visto que, em ambos as
primeiras fissuras visíveis verticais não evoluíram para a direção da face superior do bloco
(somente para a face inferior) e as fissuras inclinadas (direção das bielas de compressão)
surgiram aproximadamente na metade da altura do bloco, propagando-se primeiramente
na direção do pilar e posteriormente na direção dos lados internos das estacas.

3.1.3 Panorama final de fissuração


A Figura 6 mostra os panoramas finais de fissuração para ambos os modelos. Observa-se
que ambos possuem configurações semelhantes em relação ao panorama de fissuração.

Figura 6 - Panorama de fissuração final dos modelos experimental e numérico

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Em ambos os modelos verifica-se aberturas de fissuras na direção das bielas comprimidas
(inclinadas) comprovando a existência de fluxo de tensões nesta direção. Pode-se notar
também, em ambos, a abertura de fissuras nas regiões inferiores do bloco, ou seja, na
região da armadura dos tirantes.

3.2 Deformações e deslocamentos


Os deslocamentos verticais provenientes do modelo experimental foram medidos com
auxílio de um transdutor de deslocamentos disposto na face inferior do bloco e as
deformações nas barras de armaduras foram medidas com auxílio de extensômetros
locados ao longo das barras. Foram plotados, nos gráficos desta seção, apenas os valores
até a carga de ruptura, 577 kN, desconsiderando os valores após esta carga.
No caso da análise numérica, o programa computacional permite a colocação de pontos de
monitoração em locais pré-determinados do modelo. É importante ressaltar que os
resultados dos pontos de monitoração podem ser implementados de duas formas, segundo
a opção escolhida pelo usuário:
 1º Nodes: esta opção retorna resultados do nó de um elemento finito mais próximo
às coordenadas de localização do ponto de monitoração. No caso, esta opção foi
utilizada para a obtenção dos resultados de forças externas e deslocamentos;
 2º Integration Points: esta opção retorna resultados relativos ao centro do elemento
finito mais próximo às coordenadas de localização do ponto de monitoração. No
caso, esta opção foi utilizada para obtenção dos resultados de deformações.

3.2.1 Curva carga versus deslocamento


A curva carga versus deslocamento, Figura 7, consiste nos resultados provenientes dos
pontos de monitoração E21 e E22, sendo respectivamente, a carga externa aplicada e a
medida do deslocamento vertical na face inferior do bloco. Nota-se o surgimento de
patamares em um determinado momento do ensaio, causado pelo aparecimento das
primeiras fissuras com abertura significativa no modelo. O deslocamento máximo, na
eminência da ruptura, para o modelo experimental foi 2,628 mm para uma carga última de
577 kN, enquanto que para o modelo numérico foi 2,044 mm para uma carga última de 585
kN, como pode ser verificado na curva carga versus deslocamento – Modificado.

Figura 7 - Curva carga versus deslocamento, original e modificado

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A partir da primeira curva carga versus deslocamento é possível verificar o fenômeno de
acomodação dos apoios e carga do modelo experimental no início do ensaio. Verifica-se a
existência de um intervalo não linear nas medidas de deslocamento, tornando as curvas
experimental e numérica distantes. Nota-se que após a modificação da curva experimental,
ou seja, após a retirada do intervalo não linear, as curvas experimental e numérica tornam-
se próximas e com comportamentos semelhantes.

3.2.2 Curva carga versus deformação nas barras longitudinais do pilar


Foram utilizados quatro pontos de monitoração nas barras longitudinais dos pilares.
Segundo Munhoz (2014) a escolha desses quatro pontos baseou-se nos estudos de Fusco
(1994), com o objetivo de verificar a variação de deformações e tensões ao longo das barras
do pilar. Nota-se que os extensômetros E13/E17, E14/E18, E15/E19 e E16/E20 são
simétricos e suas localizações ao longo das barras longitudinais são mostradas na Figura
1. Considerando a simetria e a proximidade dos resultados, são apresentados somente os
resultados dos extensômetros E13, E14, E15 e E16.
A partir das curvas da Figura 8 é possível verificar duas das justificativas do autor Delalibera
(2006) para explicar a maior rigidez do modelo numérico: a acomodação dos modelos
experimentais no início do ensaio e a consideração de aderência perfeita entre as barras
de armadura e concreto.

Figura 8 - Curvas carga versus deslocamento nas barras do pilar

Observa-se nas curvas dos extensômetros E13 e E14, que após determinada carga
(aproximadamente 500 kN) as medidas de deformações, no modelo experimental,
aumentam de forma brusca, contrariando o modelo numérico, onde as deformações
aumentam de forma suave e com pouca variação. O comportamento brusco é característico
do escorregamento entre armadura e concreto que ocorre em modelos experimentais
enquanto que no modelo numérico, onde a aderência é considerada perfeita, não se verifica
o fenômeno de escorregamento. Nota-se também, pelo início da curva do extensômetro
E15, a acomodação do modelo experimental, fato também verificado anteriormente na
curva carga versus deslocamento. No extensômetro E16 foi verificado o escoamento da
armadura longitudinal do pilar para o modelo experimental. Segundo dados da autora
Munhoz (2014) a deformação no escoamento da barra de 12,5 mm é 3,42 ‰ e esta
deformação máxima foi atingida com aproximadamente 572 kN, menor que a carga última
do ensaio de 577 kN. Pelas curvas da Figura 8 nota-se que a deformação atingiu 3,5 ‰.
No caso do modelo numérico não foi constada escoamento da armadura longitudinal do
pilar.

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Levando em consideração as observações acima, realizaram-se algumas alterações nos
dados experimentais com a finalidade de melhor comparar os comportamentos entre os
dois modelos, visto que alguns fenômenos não ocorrem no modelo numérico. Para as
curvas dos extensômetros 13 e 14 foram retirados os resultados que abrangem o fenômeno
de escorregamento da armadura. Na curva do extensômetro 15 alterou-se o início do
ensaio, a partir da regressão linear da curva original, a fim de descartar o intervalo do ensaio
caracterizado pela acomodação do modelo. Finalmente, para o extensômetro 16, foram
descartados os valores de deformação na barra acima de 2 ‰, visto que a máxima
deformação do concreto na compressão foi atingida. Os resultados das curvas modificadas
são visualizados na Figura 9.

Figura 9 - Curvas carga versus deslocamento, modificados, nas barras do pilar

Em relação ao extensômetro 13, a Figura 9 mostra que os comportamentos são


semelhantes para os modelos experimental e numérico. Inicialmente a armadura trabalhou
à compressão, região negativa do gráfico, e, após determinada carga, a armadura começa
a trabalhar à tração, causada pelo deslocamento devido à flexão do modelo, deslocando
também a armadura. Observa-se também que o patamar de abertura da primeira fissura
visível ocorre na região negativa do gráfico, para ambos os modelos.
O comportamento da barra no extensômetro 14, Figura 9, é apenas de compressão, visto
que são mais próximos à interface do bloco. Outra observação importante é o
comportamento após o patamar que surge oriundo da abertura das primeiras fissuras
visíveis. Nota-se que o modelo experimental apresenta um aumento brusco e exponencial
das deformações enquanto o modelo numérico apresenta um comportamento linear e
praticamente constante de aumento nas deformações comprovando uma maior rigidez do
modelo numérico.
Para os extensômetros 15 e 16 o comportamento da barra é de compressão durante todo
o ensaio. As medidas mostram resultados muito próximos ao modelo numérico. Observa-
se na Figura 9, que estes pontos apresentam comportamentos mais próximos entre os
modelos experimental e numérico se comparados aos outros pontos de monitoração, isto
pode ser explicado pela menor incidência de fissuras na região do pilar e
consequentemente uma menor influência no comportamento dos materiais. A partir dessas
duas curvas é possível verificar que o modelo numérico se deforma menos que o modelo
experimental, comprovando maior rigidez do modelo numérico. O não surgimento de
patamar nos valores de carga próximos à abertura das primeiras fissuras visíveis é uma
prova da menor influência dessas nos modelos apresentados.

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3.3 Ancoragem e transferência de esforços pilar – bloco
O concreto armado é constituído pelos materiais concreto e aço trabalhando
solidariamente. A solidariedade entre os materiais é o que impede escorregamentos
relativos entre eles, ou seja, é o que garante o trabalho em conjunto. Segundo Fusco (1994),
a solidariedade da armadura ao concreto é garantida pela existência de uma certa
aderência entre os dois materiais. Assim, pode-se colocar o fenômeno de aderência como
um dos principais, mas não único responsável pela integridade do funcionamento correto
de uma peça em concreto armado.
Adota-se o termo técnico “ancoragem” para designar o comprimento da barra de armadura
necessária para garantir o trabalho em conjunto do concreto e do aço. De acordo com a
NBR 6118:2014 (2014), a ancoragem das armaduras deve garantir a transferência integral
dos esforços aos quais as barras estão submetidas ao concreto.
Especificamente em casos práticos de dimensionamento e detalhamento de armaduras
pode haver divergências entre o comprimento necessário, o comprimento dimensionado e
o comprimento detalhado para execução em obras.

3.3.1 Resultados experimentais versus resultados numéricos


Analisando os dados obtidos experimentalmente por Munhoz (2014), apresentados na
Tabela 4, verifica-se a diminuição das deformações e tensões, ao longo do comprimento
das armaduras longitudinais do pilar. Os resultados obtidos para o caso da análise numérica
realizada no programa computacional também estão localizados na Tabela 4, e assim como
no modelo experimental verifica-se a diminuição das deformações e tensões ao longo do
comprimento das armaduras longitudinais do pilar. A comparação é realizada na carga de
ruptura teórica, 491,83 kN.
Tabela 3 – Deformações e tensões nas barras longitudinais para carga teórica de ruptura
Fu,teor E13 E14 E15 E16
Modelo
(kN) ε (‰) σ (MPa) ε (‰) σ (MPa) ε (‰) σ (MPa) ε (‰) σ (MPa)
B110P125R2.5 491,83 -0,023 -4,47 -0,702 -139,10 -1,375 -272,28 -2,013 -398,59
B110P125R2.5M1 491,83 0,026 5,17 -0,144 -28,50 -1,199 -237,43 -1,521 -301,19

Analisando os resultados dos dois modelos se observa comportamentos semelhantes entre


ambos. A Figura 10 mostra com clareza a brusca diminuição que ocorre nas tensões das
barras longitudinais do pilar.
Nota-se que nos pontos de monitoração localizados acima da intersecção pilar/bloco, as
deformações e tensões são praticamente constantes e a diminuição ocorre em pontos
inferiores à intersecção. Este fenômeno é causado por uma influência positiva das bielas
de compressão que se formam na região nodal superior do bloco, localizado na interface
pilar/bloco. A ocorrência de compressões nesta região colabora para uma ação confinante
do material concreto sobre o material aço aumentando assim a aderência entre ambos.
Levando em consideração que a ação confinante causada pela formação das bielas de
compressão colabora positivamente na transferência dos esforços das barras de armadura
para o concreto, comprovado experimentalmente e numericamente pelo fato de que em
regiões próximas aos extensômetros inferiores (aproximadamente 20 cm abaixo da face do
bloco) as deformações e tensões encontradas para o modelo B110P125R2.5 foram
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próximas de zero, pode-se corroborar para hipóteses de que a ancoragem necessária para
transferência de esforços entre pilar e bloco é um valor menor do que os valores
dimensionados e detalhados nos dias atuais.

Figura 10 - Distribuição de tensões nas armaduras longitudinais, modelos experimental e numérico

3.4 Rigidez e capacidade portante


Analisando a Figura 7, observa-se uma semelhança no comportamento dos modelos
experimental e numérico, com deslocamentos máximos, no momento da ruptura, de 2,628
mm e 2,044 mm respectivamente. Com esses resultados nota-se que o modelo numérico
é mais rígido. A maior rigidez do modelo numérico pode ser explicada, como citado
anteriormente por Delalibera (2006), pela acomodação dos modelos experimentais,
aderência perfeita entre armadura/concreto e suposição de ligação perfeita entre
estacas/bloco. Adicionalmente, durante a simulação numérica do modelo B110P125R2.5,
no programa ATENA 2D (2015), foi verificado ainda que os parâmetros de rigidez dos
elementos de interface pilar/bloco e bloco/estaca têm forte influencia na rigidez global do
modelo estudado.
Ainda pode-se citar, para o modelo experimental, a não conformidade dos materiais,
problemas construtivos e a imposição de condições de contorno com impedimento dos
deslocamentos na direção horizontal e na base das estacas, visto que, no modelo
experimental ocorreram deslocamentos não somente na direção de aplicação da carga,
mas também nas outras duas direções. Tais deslocamentos foram medidos com auxílio de
transdutores.
Nos estudos realizados por Buttignol (2011) também foram observadas divergências entre
as rigidezes de modelos experimentais e numéricos. Além disso, para comprovar este
efeito, Buttignol (2011) realizou alterações nos modelos, diminuindo as áreas de
vinculações das estacas e verificou alterações na rigidez do modelo numérico, ou seja,
houve uma convergência maior nos resultados da curva carga versus deslocamento.
Relativamente à capacidade portante, os valores últimos dos modelos experimental e
numérico foram próximos, sendo, 577 kN e 585 kN respectivamente. Esta divergência
equivale a uma diferença de 1,39% relativamente ao valor experimental.
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3.5 Fluxo de Tensões
O estudo do fluxo de tensões no interior de blocos sobre estacas é essencial para a
comprovação das observações experimentais realizadas por Blévot & Frémy (1967) e a
partir do trabalho desses autores surgiu o Método das Bielas e Tirantes. O método é
essencialmente constituído por admitir um modelo de treliça isostática no interior do bloco
sobre estacas, onde, existem regiões tracionadas e regiões comprimidas. Basicamente a
região tracionada (tirantes) é composta pelas barras de armadura, na parte inferior do bloco,
situadas sobre a cabeça das estacas enquanto que a região comprimida (bielas) é
composta pelo volume comprimido de concreto que surge a partir da região da interface
pilar/bloco até a região da interface bloco/estaca.
O trabalho de Munhoz (2014) mostra de forma clara que em todos os modelos
experimentais houve comportamento semelhante para o fluxo de tensões no interior do
bloco, observados pela abertura de fissuras. A partir da análise numérica, baseado no
modelo experimental B110P125R2.5, também se constatou comportamento semelhante
para o fluxo de tensões, isto pode ser verificado através da Figura 11. Denomina-se região
nodal superior a região de interface pilar/bloco onde predominam tensões de compressão
oriundas das cargas aplicadas nos pilares, enquanto que se denomina região nodal inferior
a região de interface bloco/estaca onde se tem tensões de compressão e tensões de tração.
As cargas aplicadas para os casos (a), (b) e (c) que compõem a Figura 11 são,
respectivamente, 33%, 66% e 100%, em relação à carga de ruptura, 585 kN. A evolução
da formação das bielas de compressão é proporcional à evolução da carga aplicada no
elemento. Nota-se que o fluxo de tensões assim como a propagação das bielas de
compressão ocorre de forma gradual no interior do elemento. Como observado nas letras
(b) e (c) nota-se que existe uma não uniformidade na distribuição de tensões sobre as
estacas, ou seja, existem regiões das estacas com maiores solicitações, notavelmente as
regiões mais solicitadas são as regiões da estaca mais próximas ao pilar. Os estudos dos
autores Buttignol (2011) e Delalibera (2006) corroboram para esta observação.

Figura 11 - Evolução do fluxo de tensões no modelo numérico

O panorama final do fluxo de tensões no interior do bloco é mostrado no caso (c).


Considerando que as tensões caminham para regiões mais rígidas na estrutura pode-se
observar que as tensões situadas na região nodal superior seguem o caminho para a região

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nodal inferior visto que a rigidez neste ponto é muito maior que a rigidez no centro do bloco,
onde ocorrem maiores deslocamentos. Observando o fluxo de tensões fica evidenciado que
as bielas de compressão se formam com uma inclinação característica.

4 Conclusão
A partir das análises realizadas conclui-se que a utilização do método dos elementos finitos
implementado no programa computacional ATENA 2D (2015) para análises não lineares
resulta em comportamentos semelhantes ao comportamento experimental para o bloco
analisado.
A observação do início de abertura de fissuras assim como a propagação das mesmas
levou a resultados positivos. O panorama de fissuração final dos dois modelos,
experimental e numérico, foi próximo, visto que o término de propagação das fissuras
(vertical e horizontal) para as cargas de ruptura ficaram relativamente próximas. Estes
resultados colaboram para um melhor entendimento do funcionamento de blocos sobre
estacas solicitadas por cargas centradas.
Relativamente às curvas carga versus deslocamento e carga versus deformação observou-
se pequenas disparidades nos resultados apresentados. No entanto, o comportamento das
curvas é similar, comprovando comportamentos semelhantes para os modelos. Nota-se,
como já discutido anteriormente, uma maior rigidez para o modelo numérico visto que os
deslocamentos e deformações são menores.
Os resultados provenientes do fluxo de tensões comprovaram, novamente, as observações
de Blévot & Frémy (1967) sobre a conformação das bielas de compressão em blocos sobre
estacas. Ainda conclui-se que a transmissão de esforços entre a região nodal superior e a
região nodal inferior acontece com certo ângulo de inclinação e também que existem
regiões das estacas que são mais solicitadas, notavelmente, as regiões mais próximas ao
pilar.
Quanto à ancoragem e transferência de esforços pilar-bloco, para os dois modelos, nota-
se uma diminuição brusca nas deformações e consequentemente nas tensões das
armaduras longitudinais do pilar, contrariando assim, a necessidade de ancorar as
armaduras até o fim do bloco. A rápida dissipação destas tensões é explicada por uma
influência positiva das bielas de compressão que se formam na região nodal superior do
bloco, ou seja, a ação confinante das tensões auxilia na transferência dos esforços das
barras para o concreto.
Finalmente, nota-se que os resultados relativos às cargas de ruptura dos modelos foram
próximos.

5 Agradecimentos
Primeiramente, agradecimento à Agência da CAPES pelo fomento que tornou viável a
realização deste trabalho de pesquisa e pelo apoio, que torna possível, esta publicação. E
agradecimentos também à Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da
UNICAMP, assim como ao Departamento de Estruturas e seus professores pelo apoio dado
e pela disponibilização das ferramentas e programas computacionais que viabilizaram este
trabalho.
6 Referências
ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016
ACI COMMITTEE 318 ON STANDARD BUILDING CODE. Building code requirements
for structural concrete - ACI 318R-14, American Concrete Institute, 2014.

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