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Predestinação e Eleição Busca no R21

Publicado por  Plinio Sousa em  23/11/2016 08:35 Categorias  Pesquisar...

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precisava do Espírito
Santo?
5 estratégias para
verdadeiramente
reformar sua igreja

Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que
estavam destinados para a vida eterna (Atos 13.48). Mais lidos
A Humanidade do
Redentor (1/2)
INTRODUÇÃO
A Ceia do Senhor
O que é predestinação e eleição? A predestinação e a eleição são bíblicas? Como posso entender sobre a
predestinação e a eleição?
Supralapsarianismo,
O Sofisma da Presciência Infralapsarianismo,
Amyraldismo e
Os homens têm se esforçado em inventar sofismas para obscurecer a graça de Deus. Eles dizem que,
Arminianismo
apesar de Deus escolher os homens antes do inicio do mundo, ainda assim foi de acordo com a sua
Teorias Sobre a
presciência, que um seria diferente do outro. As Escrituras demonstram claramente que Deus não esperou
Origem da Alma
ver se os homens eram dignos ou não quando Ele os escolheu, mas os sofistas pensam que podem
Humana
obscurecer a graça de Deus, dizendo que embora Ele não tenha considerado os méritos passados, Ele tinha
Devorador: o
um olhar naqueles que estavam por vir.
mitológico demônio
Eles dizem que, embora Jacó e seu irmão Esaú não tivessem feito nem o bem nem o mal, e Deus tenha que ataca as finanças
escolhido um e recusado ao outro, ainda assim Ele previu (como todas as coisas são presentes para Ele) que O Dízimo na Lei
Esaú seria um homem vicioso, e que Jacó seria como se mostrou posteriormente. Mas essas são Mosaica
especulações tolas, porquanto elas simplesmente fazem de Paulo um mentiroso, os quais dizem que Deus
não recompensa nossas obras quando Ele nos escolhe, porque Ele fez isso antes do inicio do mundo.
Porém, se a autoridade de Paulo fosse abolida, ainda assim a questão é muito clara e evidente, não só nas
Sagradas Escrituras, mas também na razão, de modo que aqueles que fazem um escape desse tipo se Arquivo Mensal R21
mostram homens vazios de toda a habilidade.
Arquivo Mensal R21
Se buscarmos em nós mesmos a fundo, o que podemos encontrar de bom? Não foi toda a humanidade
Selecionar o mês
amaldiçoada? O que trazemos do ventre de nossa mãe a não ser pecado? Portanto, não diferimos nem um
pouco uns dos outros, mas apraz a Deus tomar para Si aqueles que Ele quer. E por esse motivo, Paulo usa
estas palavras em outro lugar, quando diz que os homens não têm do que se regozijar, pois nenhum homem
se encontra melhor do que seus companheiros, a não ser porque Deus o distingue. Então, se confessarmos
que Deus nos escolheu antes do inicio do mundo, segue-se necessariamente que Deus nos preparou para
Devocional John F.
receber a Sua graça. Ele concedeu sobre nós a bondade, que não estava em nós anteriormente. Porque Ele
MacArthur
não somente nos escolheu para sermos herdeiros do reino dos céus, mas também nos justifica e nos
governa pelo Seu Espírito Santo. O cristão deve ser muito bem resolvido nesta doutrina, estando além de
qualquer dúvida.

ARGUMENTAÇÃO

A doutrina da predestinação e eleição está particularmente associada ao Calvinismo. A predestinação e a


eleição são elementos que descende da teologia de João Calvino, e porque não dizer de Paulo e dos
apóstolos?! Dentro do espectro de crenças quanto à predestinação e eleição, é justamente no Calvinismo
que ambas possuem sua forma mais enfática entre os cristãos, muito conhecida pelo acróstico TULIP.

A predestinação e a eleição de Deus é fruto de Sua onisciência, como presciência, a qual Ele rege, de acordo
com a Sua vontade e absoluta Soberania em relação às pessoas e acontecimentos. Em uma forma Devocional Ligonier
insondável, por muitas vezes não compreensível ao nosso entendimento, por estar em uma esfera
diametralmente e infinitamente oposta a nossa esfera temporal e finita, Deus age continuamente com
liberdade total, de forma a realizar a Sua vontade de forma completa em acordo com Seu conselho. Como
podemos entender sobre predestinação e eleição? À luz de textos bíblicos mais claros e de antigos da fé.

“Somos como anões aos ombros de gigantes, pois podemos ver mais coisas do que eles e mais distantes,
não devido à acuidade da nossa vista ou à altura do nosso corpo, mas porque somos mantidos e elevados
pela estatura de gigantes” (Bernardo de Chartres, referido por João de Salisbúria, Metalogicon III – Webb
Oxford 1929).

Em outras palavras, o Calvinismo baseia sua doutrina da predestinação e eleição na perspectiva de que
Deus predestina previa e absolutamente a humanidade, escolhendo dentre os homens aqueles que irão ser
salvos e aqueles que vão ser condenados. Esta doutrina tira do homem qualquer possibilidade de rejeitar ou
aceitar livremente a graça divina.

Agostinho declarou o seguinte acerca da eleição:

Procuremos entender a vocação própria dos eleitos, os quais não são eleitos porque creram, mas são eleitos
para que cheguem a crer. O próprio Senhor revela a existência desta classe de vocação ao dizer: Não fostes
vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi (João 15.16). Pois, se fossem eleitos porque creram, tê-
lo-iam escolhido antes ao crer nele e assim merecerem ser eleitos. Evita, porém, esta interpretação aquele
que diz: Não fostes vós que me escolhestes. Não há dúvida que eles também o escolheram, quando nele
acreditaram. Daí o ter ele dito: Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, não porque
não o escolheram para ser escolhidos, mas para que o escolhessem, ele os escolheu. Isso porque a
misericórdia se lhes antecipou (Salmos 53.11) segundo a graça, não segundo uma dívida. Portanto, retirou-os
do mundo quando ele vivia no mundo, mas já eram eleitos em si mesmos antes da criação do mundo.
Portanto, Deus escolheu os crentes, mas para que o sejam e não porque já o eram. Diz o apóstolo Tiago:
Não escolheu Deus os pobres em bens deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que
prometeu aos que o amam? (Tiago 2.5). Destarte, ao escolher, fá-los ricos na fé, assim como herdeiros do
Reino. Pois, com razão, se diz que Deus escolheu nos que creem aquilo pelo qual os escolheu para neles
realizá-lo.

Tanto para o Calvinismo quanto para a doutrina agostiniana, não há livre-arbítrio. Para ambos, a soberania de
Deus prevalece. O cristão escolhido não pode rejeitar sua eleição, pois Deus há de curvá-lo até que ele
aceite a Sua graça.

Romanos 8.29–30 nos diz: Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à
imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes
também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também
glorificou. Efésios 1.5 e 11 diz: E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade (…) Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido
predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.

Muitas pessoas têm forte hostilidade à doutrina da predestinação e eleição. Entretanto, a predestinação e a
eleição é uma doutrina Bíblica. O segredo é compreender, biblicamente, o que significa os termos e a sua
aplicabilidade.

As palavras traduzidas como “predestinou” / “predestinados”, nas Escrituras citadas acima, vêm da palavra
grega proōrisen – προώρισεν, que carrega o significado de “anteriormente determinado”, “predestinar”,
“decidir de antemão” (cf. Romanos 8.29, 30; Atos 4.28; 1 Coríntios 2.7; Efésios 1.5, 11).

As palavras traduzidas como “como também nos elegeu” são kathōs exelexato – καθὼς ἐξελέξατο, que
carrega fortemente o significado de Deus Pai escolhendo os cristãos como aqueles que Ele separa da
multidão sem religião como seus amados, aos quais transformou, através da fé em Cristo, em cidadãos do
reino messiânico (cf. Tiago 2.5), de tal forma que o critério de escolha arraiga-se unicamente em Cristo e em
Seus méritos.

Outros significados:

“Escolher entre muitos, como Jesus escolheu Seus discípulos. Deus quem escolhe, quem Ele julga “dignos”
de receber Seus favores e separa do resto da humanidade para serem peculiarmente Seu e para ser
assistido continuamente pela Sua graciosa supervisão” (cf. Filipenses 1.6).

Então, predestinação e eleição é Deus determinando de antemão o acontecimento de certas coisas. E o que
Deus determinou antes que acontecesse? De acordo com Romanos 8.29–30, Deus pré-determinou que
certas pessoas estivessem em conformidade com a imagem de Seu filho, sendo chamadas, justificadas e
glorificadas. “O futuro dos redimidos é tão certo que, algumas vezes, o Novo Testamento fala de
acontecimentos futuros usando os verbos no tempo passado, como se já estivessem acontecido”.

E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que
justificou a estes também glorificou. (Romanos 8.30).

Note que os eleitos já são chamados (chamou), justificados (justificou), e glorificados (glorificou), dando
certeza de que algo já foi decretado por Deus e certamente acontecerá, sem que nada possa impedir.

Isaías 14.27 – Pois esse é o propósito do Senhor dos Exércitos; quem pode impedi-lo? Sua mão está
estendida; quem pode fazê-la recuar?

Jó 42.2 – Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado

Romanos 8.31 – 35 – Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente
com Ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus
quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita
de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia,
ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? (…) Pois estou convencido de que nem morte
nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem
profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em
Cristo Jesus, nosso Senhor.

Essencialmente, Deus predetermina que certas pessoas sejam salvas. Vários textos escriturísticos referem-
se aos crentes em Cristo como sendo escolhidos (Mateus 24.22, 31; Marcos 13.20, 27; Romanos 8.33; 9.11;
11.5 – 7, 28; Efésios 1.11; Colossenses 3.12; 1 Tessalonicenses 1.4; 1 Timóteo 5.21; 2 Timóteo 2.10; Tito 1.1;
1 Pedro 1.1, 2; 2.9; 2 Pedro 1.10). Confira nosso artigo 80 Razões porque um cristão não pode perder a
salvação.

A objeção mais comum à doutrina da predestinação e eleição é que ela não é justa. Por que Deus escolheria
algumas pessoas e não outras? O que é importante lembrar é que ninguém merece ser salvo. Todos nós
somos pecadores, pois todos nós pecamos e não somos pecadores porque pecamos, pecamos porque
somos pecadores (Romanos 3.23; Efésios 2.1 – 3) e todos merecemos punição eterna (Romanos 6.23). Ao
Deus procurar um justo sobre a terra, a Sua palavra declara:

Como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que
busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não
há nem um sequer. Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam. Veneno de serpentes
está em seus lábios. Suas bocas estão cheias de maldição e amargura. Seus pés são ágeis para derramar
sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz. Aos seus olhos é
inútil temer a Deus. Sabemos que tudo o que a lei diz, o diz àqueles que estão debaixo dela, para que toda
boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus (Romanos 3.10 – 19).

Como resultado, Deus seria perfeitamente justo em permitir que todos nós passássemos a eternidade no
inferno.
Entretanto, Deus escolhe salvar alguns para manifestar o Seu amor e, por essa eleição, outros não são
eleitos; por consequência sofrerão Sua ira. Ele não está sendo injusto com aqueles que não foram
escolhidos, porquanto eles estão recebendo aquilo que merecem. Ao escolher ter compaixão por alguns,
Deus não está sendo injusto com os outros. Ninguém merece nada de Deus, por isso ninguém pode protestar
se não receber nada de Deus.

Certa vez, John MacArthur disse:

Nunca suavize o evangelho. Se a verdade ofende, então deixe que ofenda. As pessoas passam toda a sua
vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento.

Essa verdade infelizmente ofende a muitos. Uma ilustração seria se eu desse dinheiro a cinco pessoas em
um grupo de 20. As 15 pessoas que não receberam o dinheiro ficariam aborrecidas? Provavelmente sim. Mas
elas têm o direito de se aborrecerem? Não. Por quê? Porque não devia dinheiro a nenhuma delas. Eu
simplesmente decidi ser generoso com algumas; não porque mereciam, mas porque eu quis ser generoso e
bondoso. Assim foi Deus.

A Bíblia diz que tudo o que devemos fazer é crer no Senhor Jesus Cristo e seremos salvos (João 3.16;
Romanos 10.9, 10). É isso que é importante. Não é preciso que você creia nessa doutrina para ser salvo;
basta apenas confiar em Cristo como a fonte de Sua salvação e a Cruz do Calvário como o meio dela.
Arrependei-vos, e crede no evangelho (Marcos 1.15). Todavia, é bem verdade que existem riquezas na
doutrina da predestinação e eleição, riquezas profundas, como gozo, segurança, paz e uma esperança viva e
eficazmente forte atuando na vida daqueles que a bem compreenderam, mas também existe algo nocivo.

João Calvino declarou:

Não devemos falar precipitadamente da eleição de Deus, e dizer que somos predestinados, a não ser se
completamente seguros da nossa salvação. Não devemos falar levianamente disto: se Deus nos tomou para
sermos Seus filhos ou não. Como então? Olhando para o que está estabelecido no evangelho. Ali Deus nos
mostra que Ele é nosso Pai, e que Ele nos trará à herança da vida, tendo nos marcado com o selo do Espírito
Santo em nossos corações, que é um testemunho indubitável da nossa salvação, se o recebemos por fé.

A Bíblia nunca descreve a Deus rejeitando quem nEle crê ou mandando de volta alguém que o busque
(Deuteronômio 4.29). De algum jeito, no mistério de Deus, a predestinação e eleição trabalham de mãos
dadas com a pessoa sendo atraída por Deus (João 6.44) e crendo na salvação (Romanos 1.16). Pense nesta
ilustração:

Uma pessoa passa por uma porta com uma placa contendo um convite que diz: Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mateus 11.28). Passa uma pessoa que não aceita, passa
outra que lê o convite, mas também não aceita. Contudo, uma terceira pessoa lê o convite e pensa: Esse
convite é para mim, eu senti que é para mim e vou aceita-lo. Mas, quando essa pessoa entra pela porta, ela
vê pela parte interior outra placa que diz: Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o
trouxer (Mateus 6.44).

Note que, até o momento, a pessoa talvez pense que a escolha foi dela própria, mas de alguma forma foi
Deus quem a levou até o Cristo de acordo com Filipenses 2.13: Porque Deus é o que opera em vós tanto o
querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. Em outro texto diz: Porque pela graça sois salvos, por
meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie (Efésios
2.8-9).

A salvação do início ao fim é uma obra sobrenatural de Deus. É de eternidade a eternidade. E por quê?
Porque todos os homens nascem mortos em seus delitos e pecados de acordo com Efésios 2.1: Vocês
estavam mortos em suas transgressões e pecados. E como um morto por ver, ouvir ou sentir alguma coisa?
É necessário que receba vida, e é exatamente isso que Deus faz. Ele nos dá vida de acordo com o texto de
Efésios 2.4, 5: Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida
juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos.

De acordo com os textos de Paulo, se quisermos conhecer a livre misericórdia de nosso Deus em nos salvar,
temos de ir até o Seu conselho eterno, pelo qual Ele nos escolheu antes da fundação do mundo. Disso
vemos que Ele não considerou nossas pessoas, nem a nossa dignidade, nem qualquer mérito que
poderíamos possivelmente possuir. Antes de nascermos, fomos arrolados em Seu registro. Ele já havia nos
adotado por Seus filhos. Portanto, vamos conceder tudo a Sua misericórdia, sabendo que não podemos nos
orgulhar de nós mesmos, a não ser que venhamos furtar Dele a honra que lhe pertence.

Após a sua conversão, Agostinho declarou (Solilóquio):

Estavas comigo, mas eu não estava contigo. Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se
em ti não existissem. Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez. Fulguraste e brilhaste e tua luz
afugentou minha cegueira. Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti. Eu te saboreei, e agora
tenho fome e sede de ti. Tu me tocaste, e agora ardo no desejo de tua paz.

Deus predestina quem será salvo; e devemos entender que quem recebe o dom da fé em Cristo para ser
salvo são os eleitos. Os dois fatos são igualmente verdadeiros. Outra ilustração é um arqueiro atirando uma
flecha. No momento em que a flecha está no ar, ela se senti livre para acertar qualquer parte do alvo, mas
sabemos que quem determinou a parte do alvo a ser acertada foi o arqueiro. Deus determinou o nosso alvo
antes da fundação do mundo em Cristo.

A origem de tudo é Deus, enquanto Ele faz a proposta de salvação ao ser humano, dando-lhe a liberdade de
resposta. Trata-se, pois, da unidade de um desígnio de salvação que da parte de Deus, como dom oferecido
e da parte do ser humano como resposta ou aceitação, sendo a recusa deste dom de Deus por parte do ser
humano a perda da unidade ou a cisão irremediável de seu ser. A manifestação de quem é o ser humano dá-
se progressivamente na história da salvação.

Outra coisa que devemos entender é que Deus não é somente amor, Ele também é justiça. Deus escolheu
vasos (pessoas) para manifestar Sua ira de acordo com o texto de Romanos 9.13 – 22. Como está escrito:
Eu amei a Jacó, porém aborreci a Esaú. Que diremos, pois? Há, porventura, em Deus injustiça? De modo
nenhum. Pois a Moisés disse: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de
quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não é daquele que quer, nem daquele que corre, mas de
Deus que usa de misericórdia. Pois disse a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti
o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome por toda a terra. Logo ele tem misericórdia de quem
quer, e a quem quer endurece. Dir-me-ás, então: Por que se queixa ele ainda? Pois quem resiste à sua
vontade? Mas antes, ó homem, quem és tu que replicas a Deus? Porventura a coisa formada dirá a quem a
formou: Por que me fizeste assim? Porventura não tem o oleiro poder sobre o barro para fazer da mesma
massa um vaso para honra, e outro para desonra? Que diremos, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a
conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim
de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória sobre os vasos de misericórdia, que de antemão
preparou para a glória.

Deus escolheu vasos de misericórdia para manifestar Sua glória, “bondade e amor” e outros vasos de ira
para manifestar Sua Justiça. Alguém pode perguntar: Como um Deus pode predestinar pessoas ao inferno?
A resposta é: Mas antes, ó homem, quem és tu que replicas a Deus? Porventura a coisa formada dirá a quem
a formou: Por que me fizeste assim? A Palavra de Deus nos coloca onde devemos sempre estar: no lugar de
criaturas.

NOTA: Nas passagens anteriores, Paulo esteve mostrando que, através de toda a história de Israel, houve
um contínuo processo de seleção e eleição por parte de Deus. Surge uma objeção muito natural: Se, no
fundo de todo processo está à eleição e o rechaço de Deus, como pode Deus condenar os homens que a
rejeitaram? A falta não é deles absolutamente; é realmente de Deus. A responsabilidade não recai sobre
eles, recai sobre Deus. A resposta de Paulo é simples, quase próxima da crueldade. Sua resposta é que
ninguém tem o direito de discutir com Deus. Quando um oleiro faz um vaso, este não pode replicar ao oleiro;
o oleiro tem absoluto poder sobre ele. Do mesmo montão de barro pode fazer um vaso para um propósito
honroso e outro para um propósito desonroso, e o barro não tem nada que ver com isso nem sequer tem
direito a protestar. Quanto a isso, Paulo toma a figura de Jeremias (Jeremias 18.1 – 6).

William Barclay afirma duas coisas sobre isso:

(1) É uma má analogia. Um grande comentarista do Novo Testamento disse que esta é uma daquelas
poucas passagens que desejaríamos que Paulo não tivesse escrito. Há uma diferença entre um montão de
barro e um ser humano. O ser humano é uma pessoa e o montão de barro uma coisa. Pode ser que alguém
possa fazer o que quiser com uma coisa, mas não pode fazer o que quiser com uma pessoa. O barro não
deseja replicar; o barro não deseja questionar. O barro não pode sentir nem pensar; o barro não pode ser
angustiado, nem afligido e torturado. Se alguém padeceu inexplicavelmente alguma tristeza tremenda, que
lhe rompe o coração e lhe entristece a alma, não seria de muita ajuda dizer-lhe que não tem direito a
lamentar-se, porque Deus pode fazer o que quiser. Este é o sinal de um tirano, não de um Pai amante. É um
fato básico do Evangelho que Deus não trata os homens como o oleiro trata o montão de barro; trata-os
como um pai amante trata a seu filho.

(2) Mas uma vez dito isso, devemos recordar uma coisa: esta passagem surgiu de um coração angustiado.
Paulo estava diante do fato entristecedor de que o próprio povo de Deus, seus próprios parentes, tinham
rechaçado e crucificado o próprio filho de Deus. Não era que Paulo queria dizer isto; viu-se forçado a dizê-lo.
A única explicação possível que pôde encontrar foi que, para seu próprio propósito, Deus tinha tido que cegar
de algum modo a seu próprio povo. De qualquer maneira, Paulo não deixa o argumento aqui. Continua
dizendo que este rechaço dos judeus aconteceu para que pudesse ser aberta a porta aos gentios. Agora,
mais uma vez, o argumento de Paulo não é satisfatório. Uma coisa quer dizer que Deus usou uma situação
pecaminosa para extrair dela algo bom; mas é uma coisa completamente diferente dizer que Deus elaborou
uma situação pecaminosa para tirar algo bom dela. De fato quer dizer que Deus fez o mal para que pudesse
surgir o bem. O que Paulo está dizendo é que Deus obscureceu deliberadamente as mentes, e cegou os
olhos, e endureceu os corações, da massa do povo judeu, para que se pudesse abrir o caminho de entrada
aos gentios. Novamente, devemos recordar que este não é o argumento de um teólogo tranquilamente
sentado pensando em seu estudo; é o argumento de um homem cujo coração estava desesperado por
encontrar alguma razão para uma situação completamente incompreensível. Enfim, a única resposta que
Paulo pode encontrar é que Deus o fez.

Agora, Paulo estava arguindo com judeus, e sabia que a única maneira em que podia sustentar seu
argumento era reforçá-lo com citações de suas próprias Escrituras. Assim, pois, continua citando textos para
provar que este rechaço dos judeus e esta aceitação dos gentios tinha sido realmente antecipado pelos
profetas. Oséias havia dito que Deus faria seu povo um povo que não era seu povo (Oséias 2.23). Disse que
um povo que não era o povo de Deus seria chamado filhos de Deus (Oséias 1.10). Mostra como Isaías tinha
previsto uma situação na qual Israel teria sido consumido se não tivesse ficado um remanescente (Isaías
10.22, 23; 13.10). O argumento de Paulo é que Israel teria previsto sua destruição só se a tivesse
compreendido. É fácil criticar Paulo nesta passagem; mas a única coisa que terá que lembrar é que Paulo,
em sua desesperada angústia por seu próprio povo, aferrava-se ao fato que, de algum modo, tudo é obra de
Deus. Para ele isto era a única coisa que ficava por dizer.

Existem textos claros onde Deus pré-ordenou pessoas para perdição como o texto de 2 Tessalonicenses 2.3-
4, que nos diz sobre a pessoa do anticristo: Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não
acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o Homem da iniquidade, o filho da perdição,
qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no
santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. Ou seja, Deus predestinou esse homem
para a perdição eterna justamente para manifestar a Sua terrível ira.

Em Apocalipse 13.5–8 declara como será este homem: E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas
e blasfêmias; e deu-se lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias
contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe
permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E
adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do
Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Em 2 Tessalonicenses 2.8–12 diz para qual motivo este homem será levantado sobre a terra e qual será o
seu fim no advento da volta de Cristo: E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro
da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás,
com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem,
porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do
erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram
prazer na iniquidade.

O texto declara que é Deus que enviará a “operação do erro” para que as pessoas creiam na mentira, para
que todos sejam julgados por não crerem na verdade. E por isso Deus se torna um Ser injusto? É claro que
não. É misterioso a todos os homens. Mas a Escritura declara que Deus é Justo em todos os Seus decretos.
Tu, cujos olhos são puros e imaculados, que não suportam ver o mal; que não podes tolerar a malignidade.
Então, por que tens paciência com os perversos? Por que ficas em silêncio enquanto os ímpios devoram os
que são mais justos que eles? (Habacuque 1.13). Porque tu, ó Deus, não tens prazer na injustiça, e contigo
não pode habitar o mal. Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a
maldade (Salmos 5.4, 5). Deus é verdadeiramente bom. Verdadeiramente bom é Deus para com Israel, para
com os limpos de coração (Salmos 73.1).

E por que essas pessoas receberão este juízo? A resposta está no texto: Porque não receberam o amor da
verdade para se salvarem (não foram eleitas para a manifestação do amor de Deus, mas pessoas escolhidas
para manifestação de Sua ira – justiça). E alguém pode perguntar: O anticristo, o homem iníquo, poderá se
arrepender? A resposta é não, pois Deus o predestinou para esse fim, a manifestação da Sua terrível ira será
sobre este homem. Deus o mandará para o inferno de acordo com o texto de Apocalipse 19.20: E a besta foi
presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal
da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com
enxofre. E Apocalipse 20.10: E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão
a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. O texto é profético, não
existindo como esta profecia ser alterada.

Um resumo sobre o anticristo: Jesus o chamou de “o abominável da desolação” (Mateus 24.15). Paulo o
chamou de “o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2 Tessalonicenses 2.3) e também de “o iníquo” (2
Tessalonicenses 2.8). João o chamou de “o anticristo” (1 João 2.18) e também “a besta que emerge do mar”
(Apocalipse 13.1; 19.20). O anticristo receberá o poder, o trono e grande autoridade de Satanás (Apocalipse
13.2). Será adorado (Apocalipse 13.4). Parecerá invencível (Apocalipse 13.4). Vai perseguir e matar os
santos (Apocalipse 13.7). Será adorado por todos os homens, exceto aqueles cujo nome está no livro da vida
(Apocalipse 13.8). O anticristo, porém, será derrotado fragorosamente por Jesus em Sua segunda vinda (2
Tessalonicenses 2.8). Será lançado no lago de fogo para sofrer eternamente (Apocalipse 19.20; 20.10). A
igreja de Cristo, porém, desfrutará das venturas eternas no novo céu e na nova terra (Apocalipse 21.1 – 7).

A responsabilidade do homem

O Senhor predestinar e o homem ser responsável são dois fatos que poucos podem ver claramente. São
tidos por inconsistentes e contraditórios; no entanto, essas são duas verdades que se convergem e se
encontrarão em alguma parte na eternidade, junto ao trono de Deus de onde procede toda a verdade.

Frequentemente, é dito que as doutrinas que cremos têm uma tendência a levar-nos ao pecado. Não sei
quem tem a audácia e o atrevimento de fazer tal afirmação, tendo em vista o fato de que os mais santos
homens que já existiram criam nelas. Quem se atreve a dizer que o Calvinismo é uma religião licenciosa, ou
o que pensa do caráter de Agostinho, Whitefield, Calvino, os quais foram grandes expositores destas
verdades, o que dirá dos puritanos? Se um homem houvesse sido um arminiano nesta época, ele teria sido
reputado como o pior dos hereges, mas agora nós somos vistos como hereges e eles como ortodoxos. Nós
temos regressado à antiga escola. Podemos trazer nossa descendência até os apóstolos. Podemos correr
uma linha de ouro até Jesus Cristo, passando por uma lista de poderosos pais, os quais sustentavam estas
gloriosas verdades. Pergunto: Onde acharemos homens melhores e mais santos? Nada faz um homem mais
virtuoso do que uma fé na verdade. Uma doutrina mentirosa levará a uma prática mentirosa. Ninguém pode
ter uma fé errônea sem daqui a pouco ter uma vida errônea também; eu creio que uma coisa naturalmente
leva à outra. De todos os homens, aqueles que têm uma piedade desinteressada, uma reverência mais
sublime, uma devoção mui ardente, são os que creem e que são salvos pela graça, sem as obras, mediante
a fé, e que isso não vem deles mesmos, mas é dom de Deus.

O amor do Pai não se destina a apenas uns poucos, mas também a um incontável número de pessoas.

Uma grande multidão, a qual nenhum homem pode contar, estará no céu. Um homem pode contar até
números bem altos; coloquem para trabalhar os seus Newtons, suas mais poderosas calculadoras e
certamente eles poderão contar grandes números. Mas Deus, e Ele somente, pode contar a multidão dos
seus redimidos. Eu creio que haverá mais pessoas no céu do que no inferno. Se alguém me perguntar por
que eu penso assim eu responderia: porque Cristo deve “ter a preeminência” em todas as coisas e eu não
consigo conceber como Ele poderia ter a preeminência se houvesse mais pessoas nos domínios de satanás
do que no paraíso. Além disso, eu jamais li alguma coisa afirmando que no inferno haveria uma grande
multidão que nenhum homem poderia contar.

C. H. Spurgeon declarou:

O falecido Sr. Denham colocou ao pé do seu retrato uma frase admirável: “A salvação é do Senhor”. Isso
representa a substância e a conclusão do calvinismo. Se alguém me perguntasse o que eu quero dizer com
ser um calvinista, eu lhe responderia: É alguém que diz que a salvação é do Senhor.

Agora, amados, quando ouvirem alguém rindo ou zombando de uma expiação limitada, podem lhes dizer
isso. Uma expiação universal (para todos) é como uma ponte de grande largura com somente metade de um
arco, ela não cruza o rio; chega somente à metade do caminho. Ela não pode assegurar a salvação de
ninguém. Ora, eu prefiro colocar meus pés sobre uma ponte tão estreita como a de Hungerford, que chega
até o fim, do que sobre uma ponte que é tão larga quanto o mundo, se ela não chega até o fim, do outro lado
do rio.

Se Deus me amou uma vez, então Ele me amará para sempre – C. H. Spurgeon.

CONCLUSÃO

João Calvino escreveu:

Não devemos falar precipitadamente da eleição de Deus, e dizer que somos predestinados, a não ser se
completamente seguros da nossa salvação. Não devemos falar levianamente disto: se Deus nos tomou para
sermos Seus filhos ou não. Como então? Olhando para o que está estabelecido no evangelho. Ali Deus nos
mostra que Ele é nosso Pai, e que Ele nos trará à herança da vida, tendo nos marcado com o selo do Espírito
Santo em nossos corações, que é um testemunho indubitável da nossa salvação, se o recebemos por fé.

Depois desse longo artigo, você deve consigo pensar: Sou um eleito (a)? Jesus morreu por mim? Serei salvo
(a)?
Deixando a controvérsia, contudo, responderei uma questão. Diga-me, então, pastor, por quem Cristo
morreu? Responda-me uma ou duas questões, e te direi se Ele morreu ou não por você. Você quer um
Salvador? Sente necessidade de um Salvador? Tem consciência do seu pecado hoje? O Espírito Santo lhe
ensinou que é um pecador? Então, Cristo morreu por você e será salvo.

Sente hoje que não tem esperança neste mundo, senão Cristo? Compreende que não pode oferecer por
você mesmo nenhuma expiação que satisfaça a justiça de Deus? Abandonaste toda confiança em você
mesmo? E pode dizer sob os seus joelhos dobrados: Senhor, salva-me ou perecerei?! Cristo morreu por
você. Porém, Se você diz: Sou tão bom como deve ser, posso ir ao céu por minhas próprias boas obras.
Então, lembre-se o que Escritura diz de Jesus: Eu não vim chamar os justos, senão, os pecadores ao
arrependimento. Enquanto permanecer neste estado, não há expiação para pregar a você. Mas, se você se
sente culpado, miserável, ciente da sua culpa, e está pronto a ter Cristo como seu único Salvador, não
somente te direi que pode ser salvo, mas o que é melhor, que será salvo. Quando está despido de tudo, não
tendo nada, exceto a esperança em Cristo, quando está preparado para vir com as mãos vazias para tomar a
Cristo para ser seu tudo, e você nada, então poderá olhar para Cristo e dizer:

“Tu, amado, Tu imolado Cordeiro de Deus, tuas aflições foram suportadas por mim. Por Tuas feridas fui
curado, e por Teus sofrimentos fui perdoado”.

E então, veja se paz de mente terá, porque se Cristo morreu por você, não pode se perder. Deus não pune
duas vezes a mesma coisa. Se Cristo foi punido pelo seu pecado, Ele jamais te punirá. Pagamento à justiça
de Deus não pode demandar, primeiro, da mão sangrenta do fiador, e então novamente da minha.

Nós podemos hoje, se crermos em Cristo, chegar ao próprio trono de Deus, permanecer ali, se nos disser:
Você é culpado? Poderemos dizer: Sim. Sou. Mas se a questão é colocada assim: O que você tem para
dizer? Por qual motivo não deveria ser castigado por sua culpa? Podemos responder:

“Grande Deus, tanto a sua Justiça como o seu amor são garantias de que o Senhor não nos punirá por
nossos pecados. Porquanto o Senhor não punistes a Cristo pelo pecado por nós? Como poderia o Senhor,
então, ser justo, ser Deus, se o Senhor puniu a Cristo, o substituto, e então o próprio homem mais tarde?”.

A única pergunta com a qual devemos nos preocupar é: Cristo morreu por mim? E a única resposta que
podemos dar é: Esta é uma Palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para
salvar os pecadores.

Você pode escrever o seu nome nessa frase, entre os pecadores, não entre os pecadores lisonjeiros “os que
se envaidecem em suas obras” achando que são aceitos por Deus por seus méritos, não esses, mas entre os
pecadores que se sentem como tais, entre os que choram sua culpa, entre os que a lamentam, entre os que
buscam misericórdia por causa dela em cada segundo de sua vida, em cada suspiro. É um pecador? Se
assim se sente, se assim reconhece, se assim professa, está convidado agora a crer que Jesus Cristo
morreu por você, por que é um pecador, e está convidado a cair sobre esta grande e inamovível rocha, e
achar segurança eterna no Senhor Jesus Cristo. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém
as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode
arrancar da mão de meu Pai (João 10.28-29). Amém.

No entanto, sustentemos firmemente o que aqui nos é ensinado: Deus, tendo nos escolhido antes do mundo
ter seu inicio, devemos atribuir a causa da nossa salvação à Sua livre bondade. Devemos confessar que Ele
não nos toma para sermos Seus filhos por qualquer mérito de nós mesmos, pois não tínhamos nada para
recomendar a nosso favor. Portanto, devemos colocar a causa e a fonte da nossa salvação somente Nele e
fundamentar a nós mesmos sobre isso; caso contrário, tudo que construirmos virá a ser nada.

Existe justiça em Deus em resgatar aqueles que não eram resgatáveis (a Igreja), e a justiça em Deus em
condenar a pecadores. Romanos 11.33 proclama: Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da
ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!

NOTAS:

1. A Graça II – Santo Agostinho, A Doutrina da Eleição.

2. João Calvino, Santo Agostinho. Solilóquios, p.31.

3. William Barclay, Romanos.

4. Sermão de C. H. Spurgeon (Uma defesa do Calvinismo).


Autor: Plínio Sousa

Divulgação: Reformados 21

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Ana Tyir
Pelo pouco achei muito bom...
Curtir · Responder · 16 sem

Apóstolo Arismendes Ferrar


Gostei do poste
Curtir · Responder · 1 · 14 sem

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Plinio Sousa
Soteropolitano. Fundador, Reitor e Docente no Instituto Reformado Santo Evangelho
— IRSE. Pastor Reformado, Bacharel em Teologia, Mestre em Teologia do Novo
Testamento. Psicólogo Cristão, Juiz de Paz Eclesiástico, Capelão Cristão, Missionário,
Palestrante e Escritor.

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