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Entenda por que a pesquisa científica é importante para a sociedade
05 de julho de 2019
Pesquisadora científica e mestre em Ciências mostra como esse trabalho é fundamental para encontrar
respostas que levem ao desenvolvimento dos países

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Uma pessoa que investiga os processos de transformação, sejam eles sociais, econômicos, humanos ou químicos, e a partir dessa
investigação constrói conhecimentos que são essenciais para o desenvolvimento de uma nação. Esta é definição de pesquisador
científico segundo Anna Benite, professora-doutora da Universidade Federal de Goiás, mestre em Ciências e Licenciada em
Química pela UFRJ, além de integrante da Associação Brasileira de Pesquisa e Ensino de Ciências e da Associação Brasileira de
Pesquisadores Negros (ABPN).

A especialista afirma que 95% dos conhecimentos produzidos no Brasil vêm das universidades, e que esse trabalho traz
explicações para diversos fenômenos que nos movem. “Quem faz pesquisa científica também é quem ensina e forma novos
pesquisadores e profissionais do ramo”, reflete.

“Nenhuma nação consegue evoluir sem pesquisa científica”, afirma Benite. “Se estamos hoje em uma sociedade tecnológica, isso
se deve aos pesquisadores que criam modelos de pesquisa, validam dados e os publicam. Essa sistematização é fundamental para
alimentar a produção de conhecimento”.

As origens de quem faz pesquisa científica


A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) foi criada em 8 de julho de 1948. A iniciativa organizou pesquisadores de
forma a estimular o desenvolvimento científico e institucionalizar a ciência no país. A data se tornou o Dia Nacional da Ciência e o
Dia Nacional do Pesquisador em 2008.

Um dos fundadores foi o médico José Reis, que defendia a educação e o conhecimento para a construção de uma sociedade mais
justa. Reis atuou na pesquisa de doenças aviárias (repercutida nos Estados Unidos, onde estudou durante um ano) e na tradução
de livros sobre o tema. Ele dá nome ao Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, concedido pelo Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) a instituições que contribuíram para a divulgação da ciência no Brasil.

A carreira de Anna Benite na Ciência começou em sua graduação em Química, no período noturno na Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ). Ela escolheu o curso por acreditar ser o mais adequado à sua situação naquele momento. “Fiz vestibular para um
curso no qual teria mais condições de entrar, que se adequasse ao meu perfil de mulher negra, pobre e que não fosse um curso no
qual passasse o dia inteiro na universidade, e que pudesse me formar e já trabalhar”.

Ao longo do curso, no entanto, as coisas mudaram. Ela viu outras possibilidades ao trabalhar no centro de Ciências Biomédicas
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). “Trabalhei com bioquímicos que me fizeram perceber que eles eram o que eu
gostaria de ser. Queria estar naquele meio com a chance de, todos os dias, estudar e ter acesso a novas informações que têm
impacto sobre a vida das pessoas e nas trajetórias das sociedades”.

Benite seguiu o caminho acadêmico e atuou em pesquisas sobre fármacos e uma série de complexidades científicas. “Foi um
caminho no qual as coisas se encaixaram: entrei para um trabalho para me manter e ele me encaminhou. Muitas pessoas foram
solidárias à minha trajetória. Fiz mestrado e doutorado sem computador, então precisei de pessoas que apostaram em mim. Hoje,

eu ensino sobre isso”, diz.

Por onde começar


Como acompanhar o
Não existe uma faculdade certa para se tornar pesquisador científico. Para quem tem mundo da pesquisa
interesse em seguir na profissão, o caminho mais comum é ingressar um programa científica?
de iniciação científica durante a graduação. Muitas universidades oferecem bolsas de
Sites das universidades, como o Instituto
estudo para estudantes que participam de projetos de pesquisa executados por
de Ciência Biológicas da Universidade
professores de várias áreas do conhecimento.
Federal de Goiás, e de associações como
A Iniciação Científica é um programa orientado de longo prazo (de um a dois anos) a Sociedade Brasileira de Química – que
em que o aluno seleciona um tema — que deve depender da linha de pesquisa, possui uma iniciativa para estudantes da
interesse ou currículo do professor que será o orientador — e, com uma abordagem escola básica conhecerem a sociedade
inovadora, desenvolve o estudo. científica – são boas fontes para o
público geral. Além de sites como o
Após a Graduação, o próximo passo é ingressar em uma Pós-Graduação Stricto
Ciência Hoje e a Revista Fapesp que
Sensu (Mestrado e Doutorado), para continuar com as pesquisas, produzir e publicar
também disponibilizam informação
artigos, além de participar de congressos para que seu nome se torne mais
sobre ciência e pesquisa científica.
conhecido na área.

Desafios científicos e sociais


Dados recentes da Fiocruz mostram que 93% dos mais de 2 mil jovens entrevistados não sabem dizer o nome de um único
cientista brasileiro. O fato de a ciência ser apresentada tardiamente aos jovens também representa um desafio. “O conjunto de
ciências, que é amplo, é apresentado muito tarde aos jovens e um agravante é que valorizamos pouco a profissão de pesquisador
científico no Brasil”.

A doutora afirma que um dos grandes desafios da pesquisa científica é atravessar um momento no qual a ciência tem sido
desacreditada, além da falta de investimento em pesquisa, que engessa a capacidade de produção de conhecimento. /
A diversidade, com destaque para uma maior representatividade de gênero e raça na profissão, é outro item considerado
fundamental para aproximar o público em geral, especialmente estudantes, da ciência e da pesquisa científica. “É assim que se
muda esse quadro de interesse da juventude, por meio do ensino de uma ciência que seja plural e que dialogue com os problemas
de uma sociedade real, que seja dinâmica e cative os alunos justamente por ser viva e empolgar”, finaliza.

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Tags:Educação

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