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UNIVERSIDADE POSITIVO

POLÍTICA, ESTADO E CONSTITUIÇÃO


AULA SOBRE WEBER
Professor Lawrence Estivalet

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

a) Biografia:
- Nasce em 1864 e morre em 1920.
- Família protestante.
- Vida entre atividade intelectual e participação na vida política.
- Formação jurídica, passando pelo história e pela economia.
- Foi professor de economia nas Univ de Freiburg e Heidelberg.

b) Política:
- não ocupou qualquer posição oficial de grande relevância;
- o mais próximo foi ter participado da comissão de redação da constituição de
Weimar em 1919.

c) Época histórica:
- Viveu na entrada do século XX, em uma Alemanha atrasada que estava ainda
entrando lentamente no processo de modernização capitalista, recentemente unificada
por Bismarck.
- Enquanto Durkheim se encontrava na França moderna, Weber está na
Alemanha atrasada.

d) Principais obras:
- “A ética protestante e o espírito do capitalismo” (1904-1905)
- “Ciência como vocação” e “Política como vocação” (1918)
- “Economia e sociedade” (1922-inacabada)

e) Metodologia:
- distinção entre juízos de fato e juízos de valor (separação não
completamente possível)
- "Semi-positivista", pois há muitos elementos de sua obra que se opõem
frontalmente à concepção positivista de sociologia.
- No entanto, em outros momentos, existirão pontos de convergência entre ele
e o positivismo de um Durkheim por exemplo.

f) A questão da objetividade do conhecimento.


- Weber começa falando que a ligação do conhecimento a valores específicos
do cientista é inevitável.
- Separação entre juízos de fato e juízos de valor não é completamente
possível.
- Escolha de objeto revela certa visão de mundo, reflete valores do
pesquisador.
- Valores orientam a escolha do objeto de conhecimento, a direção da
investigação, o que é importante ou sem importância (essencial ou acessório),
fornecem a problemática (ou seja, que questões vão ser feitas ou não em relação à
realidade).

g) Valores determinam questões, mas não respostas


- os pressupostos das ciências sociais são subjetivos (válidos para uns e não
para outros),
- os resultados também sejam subjetivos (ou seja, válidos para uns e não para
outros).
- Os interesses sobre um objeto de estudo variam de um cientista para outro,
mas as conclusões a que se chega sobre o mesmo objeto não variam.

h) A sociologia, como ciência, se funda no debate entre ação e estrutura.


- Analise a sociedade a partir das ações dos indivíduos.
- Estudo do capitalismo, do estado e da sociedade, o direito e a religião.
- Racionalização
- Relações de poder e dominação (conflito)

1. TIPO IDEAL E AÇÃO SOCIAL

1.1. Tipo ideal

- É um instrumento teórico analítico.

- Um “modelo” que “sintetiza” objetos de estudos

a) Construção mental da realidade

- pesquisador seleciona certo número de características do objeto de estudo;

- depois, constrói um tipo.

 é útil para classificar objetos de estudo – por exemplo: desigualdade,


pobreza, democracia.

b) Teoria e realidade

- Buscamos aproximação da realidade

- Mas realidade é mais complexa

- objetivo não é de esgotar todas possibilidades das interpretações da realidade


empírica, mas apenas criar um instrumento teórico analítico.

- Nas palavras de Weber:

"Um conceito ideal é normalmente uma simplificação e generalização da


realidade. Partindo desse modelo, é possível analisar diversos fatos reais como
desvios do ideal: Tais construções (...) permitem-nos ver se, em traços particulares ou
em seu caráter total, os fenômenos se aproximam de uma de nossas construções,
determinar o grau de aproximação do fenômeno histórico e o tipo construído
teoricamente. Sob esse aspecto, a construção é simplesmente um recurso técnico que
facilita uma disposição e terminologia mais lúcidas"
1.2. AÇÃO SOCIAL:

- Conceito de sociologia: “ciência que pretende compreender


interpretativamente a ação social e assim explicá-la causalmente em seu curso e seus
efeitos”.

- Escopo de estudo: ação individual, e não do estudo de grupos maiores.

- Parte do indivíduo para chegar à sociedade, e não o contrário (sociedade


como reflexo das ações dos indivíduos, que se repetem).

- Diferente de Durkheim e Marx nesse sentido.

a) Ação e ação social

- Conceito de ação: é toda conduta humana dotada de um significado


subjetivo dado por quem a executa e orienta essa ação.

- Diferença de ação social: quando orientação tem em vista a ação de outro


ou outros agentes.

- Conceito de ação social: “uma ação que, quanto a seu sentido visado pelo
agente ou os agentes, se refere ao comportamento de outros, orientando-se por este
em seu curso”

Portanto:

- correspondência de condutas

- orientadas em uma relação social

- em que os atores agem de acordo com a ação dos outros.

b) Tipos ideias de ação social:


- tipos ideais: conceitos de base experimental contendo os caracteres mais
gerais e típicos da ação.
a) tradicional: baseada em usos, hábitos e costumes
b) afetiva: baseada em emoções e sentimentos
c) racional:
- orientada a fins: busca de um fim, tendo em vista, racionalmente, suas
causas, meios e consequências
- orientada a valores: busca racional de um valor (ex. honra)
Em verdade, está mais preocupado em estudar as ações racionais,
 racionalização seria a marca de seu tempo.

1.3. Relação social


- Conceito: “Comportamento reciprocamente referido quanto a seu conteúdo de
sentido por uma pluralidade de agentes e que se orienta por essa referência”.
- Consiste na probabilidade de que se aja de acordo com uma forma (ou
sentido).

Pode ser:
a) Comunitária: união por meio de subjetividade dos integrantes da
relação, consistindo nas ações tradicionais ou afetivas.
b) Societária: união racional como regra para fins e valores com escopo
de integração (ações racionais)

2. ORDEM LEGÍTIMA, PODER E DOMINAÇÃO


- “toda ação, especialmente ação social e, por sua vez, particularmente a
relação social podem ser orientadas, pelo lado dos participantes, pela representação
da existência de uma ordem legítima.”
- ou seja: permanência, integração das ações no tempo

Tipos
a) convenção: em que não há organização oficial encarregado de aplicar
sanções, decorrendo estas da reprovação coletiva.
b) direito: em que há o parâmetro legal, com órgão sancionador e reprovação
material.
c) costume e uso: em que, sem necessária organização sancionadora, há uma
ação mais duradoura (costume) dos hábitos e outra menos arraigada aos indivíduos
(uso).
Justificação da ordem legítima:
- tradição (ação tradicional): validade naquilo que sempre foi
- crença (ação efetiva): fundamentação subjetiva de valores
- estatuto (ação racional): fundado no direito.

Ordem legítima x Poder

- visão conflitiva da realidade social

- sociedade não é um todo harmônico (Durkheim e metáfora dos órgãos).

- organização social se funda em relações em que uns dominam sobre outros.

A) Conceito de poder:

“significa toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social,


mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade”

- independe da vontade de outrem

- relação social desequilibrada

- comando não necessariamente legítimo nem obediência forçosamente um


dever

B) Conceito de dominação:

“é a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado


conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis”.

 conceito que implica a noção de legitimidade.

 Tipos de dominação legítima:

a) tradicional: fundamenta-se no caráter sagrado das antigas tradições e


naqueles que são chamados pela tradição a exercer a autoridade.
- Senhor ou vários governam;

- obedecem "porque sim",

- legitimação religiosa ou costume, por hierarquias dadas desde sempre

- Por exemplo: relações de suserania e vassalagem na Idade Média.

b) carismática: é baseada na devoção afetiva à pessoa do senhor e a seus


dotes sobrenaturais (carisma) como faculdades mágicas, de revelações, de atos de
heroísmo, de poder intelectual.

- Obedecem um líder

- Enviado de deus pra terra

- ou possuidor de poderes mágicos e extraordinários

- Vem do "carismata", do "dom"

- Habilidade pessoal, social, psicológica

- Pelo seu carisma mantém grupo de dominados

- Ex: Jesus, Gandhi, Buda.

c) racional (legal ou burocrática): está baseada na legalidade da ordem e


dos títulos dos que exercem a autoridade manifestando-se, modernamente, pelo
estado/burocracia.

Mas por que a dominação racional é legal e burocrática?

Burocracia - Forma de dominação

- Forma mais acabada de dominação nos Estados-nação.

- Hierarquias de quem manda, quem obedece e como funciona.

- Existem competências divididas.


Várias competências - Exemplo:

- Como se pega carteirinha pra pagar meia passagem?

- ou passaporte?

- Empresa privada: concessão pública

- Competências: conta de luz e água (empresa privada), passaporte (esfera


federal, cidadania), carteira de RG (esfera estadual), certidão de nascimento
(municipal, cartório, privado por concessão pública).

Características - burocracia:

a) Corpo de funcionários

b) Qualificados segundo critérios racionais legais

- Isto é, concurso, diplomas, e não por "amigo, filho, do dono etc.".

- Pode ter algo diferente? Sim, mas não é tipo ideal. Tipo ideal trabalha com
"regras gerais".

Pessoas obediência por "racionalidade"

- Pessoas não obedecem "fulano", governante A, B, C

- Obedece polícia porque tem poder dado para exercer violência legítima;

- Violência contra "inimigos do Estado"

- Então a violência não é contra "pessoa", mas contra "inimigo"

 Legal:

- porque implica um direito estatuído racionalmente

- e este direito é um conjunto de regras abstratas

- ao qual tanto as autoridades quanto os membros da associação devem


obedecer
- de acordo com competências objetivas

 Burocrática:

- porque dominação equivale a administração

- e o estado moderno como a administração por excelência a exerce


burocraticamente

 Características:

1. exercício contínuo de funções oficiais vinculadas a regaras

2. existência de competências:

a) limitadas objetivamente

b) com atribuição de poderes

c) fixação de quais meios coercíveis podem ser utilizados

3. incidência do princípio da hierarquia oficial (controle e supervisão de cada


autoridade)

4. regras gerais e abstratas exercidas por quem tenha qualificação profissional

5. com separação absoluta entre quadro administrativo e meios de


administração e produção.

6. sem apropriação de cargo pela autoridade

7. com a princípio da documentação dos processos administrativos.

3. FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO


- o estado moderno é uma associação política de dominação
- Conceito: “a associação de dominação denominamos associação política,
quando sua subsistência e a sua vigência de suas ordens, dentro de determinado
território geográfico, estejam garantidas de modo contínuo mediante ameaça e a
aplicação de coação física por parte do quadro administrativo, ou seja, na medida em
que seu quadro administrativo reivindica com êxito o monopólio legítimo da coação
física para realizar as ordens vigentes”.
Ou
“estado é uma relação de domínio de homens sobre homens baseado na
coação (violência) legítima”.

Características gerais do estado moderno:


a) Centralização (dominação, administração e taxação)
b) Exército permanente e hierárquico
c) Monismo jurídico num território
d) Monopólio estatal da força
e) Despersonalização com relação aos governantes e
administradores (leis gerais e abstratas)
f) Sistemas de dominação e lei modificados apenas por legislação
g) Funcionalismo público como motor burocrático
h) Racionalização do mundo (calculabilidade e previsibilidade).

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