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ONCOGENES
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A clonagem desses pontos de quebra mostrou que o oncogene
Abelson (ABL) estava translocado de sua localização normal no
cromossomo 9 para o cromossomo 22 (Ph1). O gene localizado
no ponto de quebra do cromossomo 22, que foi chamado BCR
(“breakpoint cluster region”), tem pontos de quebra em muitas
neoplasias. A justaposição desses genes leva à formação de um
RNAm quimérico de 8,5 kb, maior do que o RNAm normal do
ABL . Este RNAm é traduzido em uma proteina quimérica ABL
(210 kDa), com atividade tirosina quinase aumentada.
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Mapa da fusào gênica BCR-ABL em Leucemia Linfoblastica Aguda. (Forma-se
um DNA quimérico que dará origem a uma proteína quimérica de 190 kDa).
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Esses rearranjos apresentam duas conseqüências potenciais: 1)
ativação de genes chave no controle da proliferação celular e
diferenciação; 2) o rearranjo rompe genes não relacionados,
posicionados em cada um dos pontos de quebra cromossômicos
que então se fundem num gene quimérico. Pelo menos um dos
genes afetados tende a codificar um fator de transcrição
quimérico. Quando expresso, o produto da fusão
freqüentemente retém a especificidade de ligação ao DNA de um
dos genes parentais, ativando inapropriadamente a transcrição.
Diversos outros casos desses rearranjos já foram descritos
detalhadamente, tanto em análise citogenética, quanto
molecular. Todos os seus produtos quiméricos tem atividade
transformante.
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GENES SUPRESSORES DE TUMOR
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Modelo do desenvolvimento de retinoblastoma. Na parte superior, à
esquerda, 2 cromossomos 13 normais são representados. A formação de um
tumor pode resultar de um cromossomo com um único gene mutado (RB).
(Esta já é a constituição de um indivíduo com a forma hereditária de
retinoblastoma). A segunda alteração é a inativação de seu alelo.
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somática ou germinativa. Mutação de APC leva à proliferação
anormal de células. A hipometilação do DNA é então associada à
conversão de uma das células deste epitélio proliferativo em um
pequeno tumor benigno (adenoma). Ativação do gene RAS (12p)
frequentemente ocorre numa dessas células do tumor benigno,
levando a um crescimento seletivo, resultando num tumor maior
e pior (embora ainda benigno). Em seguida, uma mutação no
gene DCC (18q) pode fornecer a uma das células deste adenoma
já em progressão, a capacidade de proliferar ainda mais
anormalmente, originando um adenoma displástico que por sua
vez, atinge o estágio carcinomatoso. A transição de adenoma
avançado para carcinoma é frequentemente acompanhada, e
talvez dirigida, por mutações no gene p53 (17p). Isto também
poderia levar à capacidade de invasão, ou outras alterações
seriam necessárias para o processo metastático ser atingido
Nenhum estágio da tumorigênese é estático, incluindo o estágio
maligno; mutações adicionais ocorrem, dando origem a
pequenas subpopulações que podem permanecer como subtipos
clonais; estes representam as maiores dificuldades em
oncologia clínica, pois são reservatórios de células
geneticamente heterogêneas com capacidades variadas de
proliferação, diferenciação e metástases, e diferentes
sensibilidades a drogas, radiação e ataque imune.
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GENES DE REPARO DE DNA
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METILAÇÃO
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mesma carga genética. O que as diferencia é a manifestação de
um ou de outro gene durante o desenvolvimento e em toda a
sua vida para desativar genes desnecessários.
Em contraste, pequenas porções de DNA, chamadas ilhas CpG,
são comparativamente ricas em nucleotídeos CpG e quase
sempre estão livres de metilação. Estas ilhas CpG estão
freqüentemente localizadas na região promotora dos genes
humanos e a metilação dentro das ilhas está associada à
inativação da transcrição do gene correspondente.
O mecanismo molecular responsável pela manutenção do estado
de metilação livre das ilhas CpG ainda é desconhecido, mas, em
células embrionárias, parece servir como local de ligação de
proteínas específicas que impedem a metilação de novo . Essa
associação se faz necessária uma vez que a metilação do DNA
em regiões ricas em CG resulta em uma profunda inibição da
expressão gênica.
Em células cancerígenas, metilação anormal de DNA desativa
genes que normalmente evitariam divisões celulares impróprias.
Em outras palavras, o processo elimina um dos melhores
mecanismos do corpo para prevenir o dano a uma célula,
evitando que a mesma se torne cancerosa.
Na realidade, mais de 10% dos genes em alguns tipos de tumor
são inativados por metilação. A resistência à quimioterapia está,
na maioria dos casos, ligada ao grau de metilações anormais em
alguns tumores.
As alterações de metilação do DNA em células tumorais incluem
a perda da metilação em sequências normalmente metiladas
(hipometilação) e o ganho de seqüências metiladas em locais
geralmente não metilados (hipermetilação).
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