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Viver com sabedoria

Quando lemos as principais notícias sobre o Brasil e o mundo na atualidade, o que mais
encontramos são exemplos da falta de sabedoria, de fato, exemplos da estupidez humana no
trato com a vida de um modo geral. É comum lermos que pessoas tratam com muito mais zelo
e carinho de seus animais de estimação do que de outros seres humanos – um dia destes vi em
um portal de notícias que há toda uma indústria de bem-estar e entretenimento para animais
domésticos, que faz circular verdadeira fortuna no mundo. Nada contra cuidar bem dos
bichinhos, mas como justificar as fortunas gastas no mundo para esse cuidado enquanto milhões
de pessoas morrem por absoluta falta de alimento, sem que ninguém se preocupe com elas?
Como justificar os gastos absurdos com bolsas, roupas e demais acessórios “da moda”, quando
não se investe praticamente nada na educação? E não estou falando do “governo”, estou
falando de membros da sociedade, de nossos concidadãos e concidadãs.

Poderia multiplicar exemplos, mas isso seria demonstração de falta de sabedoria. Para lidar com
a preguiça, um provérbio bíblico diz: “vá ter com a formiga, preguiçoso...”! Assim, vamos dirigir
nossa atenção à própria Escritura, aquele bela coleção de pequenos livros que a Igreja reconhece
como Palavra do Deus plenamente sábio e inteligente.

O princípio básico de toda a sabedoria, na Escritura, é o temor do Senhor (Pv 1,7; 2,5; 9,10; etc.).
O que significa temer a Deus? A própria Sabedoria, personificada no capítulo 8 de Provérbios,
nos explica: “O temor do SENHOR consiste em odiar o mal; a soberba, a arrogância, o mau
caminho e a boca perversa, eu os odeio” (8,13). Esta explicação parece negativa, mas, quando
examinamos o texto com mais cuidado, percebemos que ele é tremendamente positivo. O
temor do Senhor não é medo de Deus, não se trata de ficar apavorado diante de um Deus que
pode matar, condenar ao inferno ou qualquer coisa ainda pior do que isso. Não! O temor do
Senhor não tem a ver com o medo, tem a ver, sim, com a preferência.

O texto de Pv 8,13 usa duas vezes o verbo “odiar” (nas versões mais tradicionais, “aborrecer” –
uma palavra cujo sentido se tornou bem diferente do que tinha há décadas). “Odiar” é sinônimo
de rejeitar – o texto fala de uma pessoa que, diante da oferta de ‘bens’ preciosos: a soberba, a
arrogância, a injustiça e a linguagem violenta – é capaz de dizer “Não”! Temer a Deus é saber
escolher. Escolher o próprio Deus e valorizá-lo acima de todas as coisas que aparentemente
tornam a vida boa e agradável (dinheiro, poder, felicidade, bens, amizades, etc.). Em especial,
temer a Deus é discernir entre o bem e o mal e escolher o bem, pois somente o bem é expressão
da pessoa divina. O texto descreve, negativamente, a pessoa que não teme a Deus: é alguém
soberbo, arrogante, injusto, violento. Parece até que Provérbios está descrevendo o tipo de
pessoa que, hoje em dia, se tornou padrão de comportamento, virou “mito”.

Para viver com sabedoria é preciso, então, em primeiro e em último lugar, temer a Deus. É
preciso, acima de tudo, escolher Deus como a fonte de todo bem e valor na vida. Que é preciso
para ser feliz? Deus. De que necessitamos para viver com tranquilidade? Deus. Que pode nos
dar segurança? Deus. Onde encontraremos a verdadeira satisfação na vida? Em Deus. A
estupidez humana na atualidade se manifesta nas escolhas absolutamente erradas que fazemos:
escolhemos ‘coisas’ para dar sentido à vida; um carro da marca “x”, uma casa no bairro “y”, uma
roupa da grife “z”. Também se manifesta nas escolhas equivocadas que fazemos quando se trata
das relações interpessoais e sociais. Escolhemos “ideologias” ao invés de escolhermos amar o
próximo como a nós mesmos. Por amor a uma ideologia desrespeitamos e consideramos outras
pessoas como nossas inimigas. Falta sabedoria no mundo de hoje por que as pessoas não temem
a Deus, por isso suas escolhas frequentemente são más.
A humanidade se tornou estúpida e ignorante por que escolhe o que não deveria escolher. Suas
preferências estão equivocadas: “porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o
temor do SENHOR; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha
repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se
fartarão” (Pv 1,29-31). Na “sociedade da informação” em que hoje vivemos, falta
desesperadamente conhecimento. A informação acaba gerando ignorância. Sabemos
(pensamos que sabemos) tudo sobre tudo, a ciência explica todas as coisas, os experts em
maquiagem, alimentação, moradia, etc. nos ensinam diariamente na TV, nos vlogs, no youtube,
etc. como fazer direito as coisas. Ensinam a fazer, mas não tem a menor ideia sobre como viver.
No mundo de hoje nos tornamos especialistas em ‘fazer’, em performance, e acabamos
completamente ignorantes em relação ao viver.

Para viver sabiamente é necessário fazer uma escolha fundamental e viver fielmente a essa
escolha. Para ser uma pessoa sábia é preciso escolher Deus, em primeiro e em último lugar em
nossa vida. Deus, não o dinheiro, nem o poder, nem o prestígio, nem o consumo, nem a
ideologia, nem a própria igreja ou a religião. Escolher Deus, conhece-lo e amá-lo acima de tudo.
E tornar essa escolha consequente no dia-a-dia. Isso significa, pelo menos, estudar a Palavra
diariamente; contemplar a criação como expressão da bondade de Deus; amar o próximo como
amamos a nós mesmos. Significa, sim, viver para Deus e não para nós mesmos. Sábia é a pessoa
que vive para Deus, a pessoa que “busca em primeiro lugar o Reino de Deus”, pois essa pessoa
é capaz de fazer escolhas acertadas e estabelecer as prioridades adequadas em seu dia-a-dia.
Você quer ser uma pessoa sábia?

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