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MOSSORÓ-RN
DEZEMBRO/2019
INTRODUÇÃO
A violência pode ser natural ou artificial. A natural, ninguém está livre dela, é
própria dos seres humanos. No segundo caso, resulta de um excesso de força de uns sobre
os outros. A origem do nome violência vem do latim, violentia, que é o ato de violar o
outro ou de se violar. Indica algo fora do estado natural, forçado, comportamento
deliberado que produz danos físicos como ferimentos, tortura, morte ou danos psíquicos.
A violência expressa atos contrário a liberdade e a vontade de alguém (MODENA, 2016)
Existem vários tipos de violência, dentre elas: violência física, violência sexual,
violência social e violência psicológica. A violência que estaremos abordando no presente
trabalho, é a violência contra a mulher. Aja vista que, a violência contra a mulher vem
sofrendo um aumento exacerbado não somente no Brasil, mas mundialmente (SILVA,
2007).
Uma das formas mais comuns de violência contra as mulheres é a praticada pelo
marido ou um parceiro íntimo. O fato é que as mulheres, em geral, estão emocionalmente
envolvidas com quem as vitimiza e dependem economicamente deles. Esta violência
perpetrada por parceiro íntimo ocorre em todos os países, independentemente de grupo
social, econômico, religioso ou cultural. Isto se dá por uma visão cultural que se tem da
mulher, vista como “sexo frágil”. (GARCIA; HEISE, 2002).
Duas das formas mais comuns de violência contra a mulher são o abuso por parte
dos companheiros íntimos e a atividade sexual forçada, ocorrendo tanto na infância, como
na adolescência ou na vida adulta. O abuso pelo companheiro íntimo, também conhecido
como violência doméstica, maltrato da esposa ou agressão, quase sempre é acompanhado
por abuso psicológico e, em grande parte dos casos, por relações sexuais forçadas. Em
sua maioria, as mulheres maltratadas por seus companheiros sofrem agressões.
(CAISQUE; FUREGATO, 2006).
Considera-se a violência social como toda ação prejudicial à mulher, ditada pelas
condutas ou atitudes de aceitação ou rejeição que a sociedade estabelece como adequadas
frente a violência que sofre a mulher, assim como as condições sociais que envolvem a
situação em que vive a vítima da violência. (CAISQUE; FUREGATO, 2006).
Nossa legislação atual, traz a resolução da lei 11.340, mais conhecida como Lei
Maria da Penha (LMP), sancionada em agosto de 2006, sendo esta específica para casos
de violência contra mulher, concebida através de várias críticas feministas e lutas políticas
a favor proteção a dignidade da mulher. Além das medidas punitivas, a LMP indica
medidas preventivas, assistenciais, educativas e de proteção à mulher e aos filhos,
trabalho que é realizado por uma equipe técnica, geralmente formada por psicólogos e
assistentes sociais. (MORAES & RIBEIRO, 2012)
MODENA, Maura Regina. Conceitos e formas de violência. Caxias do Sul, RS: Educs,
2016.
SILVA, Luciane Lemos da; COELHO, Elza Berger Salema; CAPONI, Sandra Noemi
Cucurullo de. Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência
física doméstica. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 11, p. 93-103, 2007.
García-Moreno C, Heise LL. Violência perpetrada por parceiros íntimos. In: World
Health Organization. World Report on violence and Health. Genebra: OMS; 2002; p. 91-
121.
Casique, L. C., & Furegato, A. R. F. (2006). Violência contra mulheres: reflexões
teóricas. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 14(6).
MORAES, Aparecida Fonseca; RIBEIRO, Letícia. As políticas de combate à violência
contra a mulher no Brasil e a “responsabilização” dos “homens autores de
violência”. Sexualidad, Salud y Sociedad-Revista Latinoamericana, n. 11, p. 37-58,
2012.
SCHRAIBER, L. B. et al. Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção
primária à saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 36, n. 4, p. 470-477, 2002.