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TURMA: PSICOLOGIA 8MA

DISCIPLINA: ÉTICA E PROFISSIONALISMO EM PSICOLOGIA


DOCENTE: ARTHUR SAMPAIO
DISCENTES:
ADRIANO SILVA
ANNA BEATRIZ SIMPLÍCO DE OLIVEIRA
CLÁUDIO ROCHA DA COSTA
ISRAEL ALVES DE MEDEIROS
JÉSSICA LETÍCIA SILVA DE MELO
JOELMA NÁJNA ROCHA FREITAS

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

MOSSORÓ-RN

DEZEMBRO/2019
INTRODUÇÃO

Ao pesquisarmos acerca desta temática, encontramos algumas definições acerca


de violência. O dicionário define violência como qualidade ou característica de violento.
Ato de crueldade; emprego de meios violentos; fúria repentina; Coação que leva uma
pessoa à sujeição de alguém (MICHAELIS, 2011).

A violência pode ser natural ou artificial. A natural, ninguém está livre dela, é
própria dos seres humanos. No segundo caso, resulta de um excesso de força de uns sobre
os outros. A origem do nome violência vem do latim, violentia, que é o ato de violar o
outro ou de se violar. Indica algo fora do estado natural, forçado, comportamento
deliberado que produz danos físicos como ferimentos, tortura, morte ou danos psíquicos.
A violência expressa atos contrário a liberdade e a vontade de alguém (MODENA, 2016)

Existem vários tipos de violência, dentre elas: violência física, violência sexual,
violência social e violência psicológica. A violência que estaremos abordando no presente
trabalho, é a violência contra a mulher. Aja vista que, a violência contra a mulher vem
sofrendo um aumento exacerbado não somente no Brasil, mas mundialmente (SILVA,
2007).

No Brasil, cerca de cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos, onde os


companheiros são os responsáveis por mais de 80% dos casos reportados. Estes dados
foram coletados através da pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado.
Apesar dos dados alarmantes, muitas vezes essa gravidade não é devidamente
reconhecida, graças a mecanismos históricos e culturais que geram e mantêm
desigualdades entre homens e mulheres e alimentam um pacto de silêncio e conivência
com estes crimes (CÂMARA MUNICIPAL DE ITAJAÍ –RJ,2016).

Portanto é de suma importância debatermos sobre esta temática, pois os danos


físicos, psíquicos, sociais abrange tanto a esfera individual da vítima quanto coletiva,
causando um impacto social que exige cada vez mais a tomada de medidas preventivas,
políticas e programas especializados para este tipo de enfrentamento. Estudos
populacionais indicam que as mulheres estão mais vulneráveis a sofrer violência por parte
de parceiros íntimos ou ex-parceiros do que por estranhos, revelando a maior exposição
das mulheres no âmbito doméstico do que no espaço público (Schraiber e col., 2002).
PESQUISA TEÓRICA

Dentre as diferentes formas de violência de gênero citam-se a violência


intrafamiliar ou violência doméstica e a violência no trabalho, que se manifestam através
de agressões físicas, psicológicas e sociais. (CAISQUE; FUREGATO, 2006).

A violência intrafamiliar é uma forma de violência a que muitas mulheres estão


submetidas, tendo origem entre os membros da família, independentemente se o agressor
esteja ou não compartilhando o mesmo domicílio. As agressões incluem violação,
maltrato físico, psicológico, econômico e, algumas vezes, pode culminar com a morte da
mulher maltratada. (CAISQUE; FUREGATO, 2006).

Na violência doméstica, a agressão advém do companheiro ou de outro membro


da família indo além das paredes do lar. Na violência de gênero, os agressores são pessoas
próximas às agredidas ocorrendo em espaços privados ou públicos. (CAISQUE;
FUREGATO, 2006).

Uma das formas mais comuns de violência contra as mulheres é a praticada pelo
marido ou um parceiro íntimo. O fato é que as mulheres, em geral, estão emocionalmente
envolvidas com quem as vitimiza e dependem economicamente deles. Esta violência
perpetrada por parceiro íntimo ocorre em todos os países, independentemente de grupo
social, econômico, religioso ou cultural. Isto se dá por uma visão cultural que se tem da
mulher, vista como “sexo frágil”. (GARCIA; HEISE, 2002).

Duas das formas mais comuns de violência contra a mulher são o abuso por parte
dos companheiros íntimos e a atividade sexual forçada, ocorrendo tanto na infância, como
na adolescência ou na vida adulta. O abuso pelo companheiro íntimo, também conhecido
como violência doméstica, maltrato da esposa ou agressão, quase sempre é acompanhado
por abuso psicológico e, em grande parte dos casos, por relações sexuais forçadas. Em
sua maioria, as mulheres maltratadas por seus companheiros sofrem agressões.
(CAISQUE; FUREGATO, 2006).

A violência contra as mulheres e as meninas incluem o maltrato físico, assim como


o abuso sexual, psicológico e econômico. Novamente, pode se afirmar que a violência
“baseada no gênero” desenvolve-se como resultado da condição subordinada da mulher
na sociedade. (GARCIA; HEISE, 2002).
Deste modo, é visto que existem vários tipos de violência contra a mulher, tanto
por meio da agressão física, como também, agressão psicológica e social e violência
sexual. A agressão física, é o tipo de tipo de violência contra a mulher que é mais evidente
e difícil de esconder dado que se reflete no seu aspecto físico. A violência física é
entendida como toda ação que implica o uso da força contra a mulher em qualquer idade
e circunstância, podendo manifestar-se por pancadas, chutes, beliscões, mordidas,
lançamento de objetos, empurrões, bofetadas, surras, etc. (CAISQUE; FUREGATO,
2006).

Já a agressão psicológica, é um tipo de violência que é detectado com maior


dificuldade, pois são mais difíceis de se observar e comprovar. A violência psicológica
ou violência emocional ocorre através da rejeição de carinho, ameaças de espancamento
à mulher e seus filhos, impedimentos à mulher de trabalhar, ter amizades ou sair
(CAISQUE; FUREGATO, 2006).

A violência psicológica, pode levar a pessoa a se sentir desvalorizada, sofrer de


ansiedade e adoecer com facilidade, situações que se arrastam durante muito tempo e, se
agravadas, podem levar a pessoa a provocar suicídio. A violência sexual, por sua vez, é
toda a ação na qual uma pessoa, em situação de poder, obriga uma outra à realização de
práticas sexuais contra a vontade, por meio da força física, da influência psicológica
(intimidação, aliciamento, sedução), ou do uso de armas ou drogas (SILVA, 2007).

Considera-se a violência social como toda ação prejudicial à mulher, ditada pelas
condutas ou atitudes de aceitação ou rejeição que a sociedade estabelece como adequadas
frente a violência que sofre a mulher, assim como as condições sociais que envolvem a
situação em que vive a vítima da violência. (CAISQUE; FUREGATO, 2006).

A prática de violência contra a mulher é antiga e suas consequências refletem


diferentes aspectos da vida das vítimas e da sociedade. No Brasil, com o advento da
constituição federal de 1988, juntamente com as revoluções e ascensão dos movimentos
feministas no País da década de 80, os movimentos assumiram postura protagonista
acerca dos direitos, deveres e proteção da mulher em todo cerco geopolítico, cultural,
social e econômico, batendo de frente com a violência de gênero que até hoje encontramos
no meio social. (MORAES & RIBEIRO, 2012)

Foi então que medidas legislativas, governamentais e não governamentais foram


criadas para o combate a violência contra a mulher. Dentre elas, destacam-se as
Delegacias especiais de atendimento à mulher criada em 1985. Com a criação das
DEAMs, acabaram personalizando os seus atendimentos e reduziram com isso o receio
que muitas mulheres tinham de ir à polícia. (MORAES & RIBEIRO, 2012)

Nossa legislação atual, traz a resolução da lei 11.340, mais conhecida como Lei
Maria da Penha (LMP), sancionada em agosto de 2006, sendo esta específica para casos
de violência contra mulher, concebida através de várias críticas feministas e lutas políticas
a favor proteção a dignidade da mulher. Além das medidas punitivas, a LMP indica
medidas preventivas, assistenciais, educativas e de proteção à mulher e aos filhos,
trabalho que é realizado por uma equipe técnica, geralmente formada por psicólogos e
assistentes sociais. (MORAES & RIBEIRO, 2012)

Neste ponto, o Estado ainda se encontra em desenvolvimento e fortalecimento de


políticas e programas especiais de assistência à saúde e proteção de mulheres que
sofreram algum tipo de violência, tanto na esfera doméstica á sexual. A acessibilidade
dos programas responsáveis pela lei Maria da Penha ainda é muito escassa no País, pois
há precariedade na intersetorialidade, integralidade destes programas.

No âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), recomenda-se na Estratégia Saúde


da Família (ESF) a presença de pelo menos um profissional da área de saúde mental,
contando também com o auxílio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), com o
objetivo de ampliar a abrangência e a resolubilidade das ações da atenção básica. A
finalidade dos atendimentos realizados por psicólogos no âmbito da ESF, destaca-se a
importância no fomento de ações para prevenção e diminuição dos agravos referentes à
violência doméstica. (GOMES, et al. 2014)

Deste modo, participando do processo mais amplo de resgate e fortalecimento da


autoestima da mulher, que na dimensão individual expressa à valorização de si, dando
suporte psicológico não só para as mulheres, como também aos filhos. A importância de
um trabalho interdisciplinar e multiprofissional de profissionais especializados na área
social é cada vez mais relevante, contando com assistente social, psicólogos(as) apoio
jurídico de advogados e sendo acobertado pelo SUS, sendo o SUS a porta de entrada para
este tipo de demanda. (GOMES, et al. 2014)
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho abordou o tema da violência contra mulher em suas variadas


formas. O mesmo trouxe uma contribuição para a reflexão sobre a importância da
sensibilização quanto ao tema e os impactos causados pelo mesmo no dia a dia das
mulheres brasileiras. Procuramos abordar o assunto a partir de uma perspectiva ética,
psicológica, política e social. Mostrar que a violência está presente nas diversas camadas
da sociedade e que as mulheres tem sido vítimas, causando danos físico, psicológicos e
sociais. Ressaltamos também que a violência que mulheres são acometidas não são
somente a doméstica ou as que acorre das relações amorosas e familiares. Elas têm sofrido
também a violência que vem por simplesmente ser mulher. São violentadas quando são
discriminadas, quando são assediadas, quando são vistas como objeto sexual, quando
recebem os menores salários, quando são obrigadas a se calarem e tantos outros
desrespeitos.
Por isso, precisamos continuar falando sobre esse assunto tão importante, mas
também estarmos comprometidos com uma nova mentalidade. As leis existem, mas as
mulheres ainda não têm sido beneficiadas como deveriam, por causa da morosidade e
falta de ações mais efetivas no combate a violência e proteção as mulheres. Nesse sentido,
os desafios mais eminentes para a garantia dos direitos humanos às mulheres,
compreendem, fundamentalmente, a necessidade de uma contraofensiva à ideologia
conservadora, hegemônica no parlamento brasileiro, e a luta por políticas públicas e
equipamentos sociais que sejam efetivos em uma sociedade permeada por relações de
opressão, exploração e também apropriação sobre as mulheres, que promove
cotidianamente situações de violência permeadas e potencializadas pelo sexismo e pelo
racismo.
REFERÊNCIAS

CÂMARA MUNICIPAL DE ITAGUAÍ –RJ. Violência doméstica: O perigo está mais


próximo do que se imagina. <.
http://www.camaraitaguai.rj.gov.br/index.php/banner/296-pelo-fim-da-violencia-a-
mulher> Acessado em: out, 2018

GOMES, Nadirlene Pereira et al. Cuidado às mulheres em situação de violência conjugal:


importância do psicólogo na Estratégia de Saúde da Família. Psicologia USP, v. 25, n. 1,
p. 63-69, 2014.
MICHAELIS, Dicionário. Disponível em< www. uol. com. br/michaelis>. Acesso em, v.
19, 2011.

MODENA, Maura Regina. Conceitos e formas de violência. Caxias do Sul, RS: Educs,
2016.

NAÇÕES UNIDAS. Declaração universal dos direitos humanos: Brasília: UNESCO,


1998. Disponível em:
<http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf>.Acesso em: 20 maio
2015.

SILVA, Luciane Lemos da; COELHO, Elza Berger Salema; CAPONI, Sandra Noemi
Cucurullo de. Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência
física doméstica. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 11, p. 93-103, 2007.

García-Moreno C, Heise LL. Violência perpetrada por parceiros íntimos. In: World
Health Organization. World Report on violence and Health. Genebra: OMS; 2002; p. 91-
121.
Casique, L. C., & Furegato, A. R. F. (2006). Violência contra mulheres: reflexões
teóricas. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 14(6).
MORAES, Aparecida Fonseca; RIBEIRO, Letícia. As políticas de combate à violência
contra a mulher no Brasil e a “responsabilização” dos “homens autores de
violência”. Sexualidad, Salud y Sociedad-Revista Latinoamericana, n. 11, p. 37-58,
2012.
SCHRAIBER, L. B. et al. Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção
primária à saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 36, n. 4, p. 470-477, 2002.

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