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RESUMO: NARCISISMO EM FREUD

Componentes do Grupo: CRISTIANO; DENNER, FRANCISCO GABRIEL; GABRIELA e


GIOVANA CASARIN

Na teoria de Freud, o conceito de narcisismo representa um modo particular de relação com a


sexualidade. Apesar de tomar o mito da filosofia grega como base, Freud fez esse conceito evoluir,
trazendo à psicanálise novos desdobramentos para a teoria. Mesmo que o narcisismo tenha a ver com
a sexualidade, ele ultrapassa o auto-erotismo1, fornecendo a integração de uma figura positiva e
diferenciada do outro. É nesse sentido, que o mito de Narciso ganhou tamanha relevância na obra de
Freud. Não só pelo auto-erotismo contido no mito, mas porque serviu para ajudar a ilustrar a
subjetivação do indivíduo, numa primeira fase de sua teoria, até a consolidação do EU.
Torna-se salutar saber, para melhor compreender, a relação do auto-erotismo (na fase
originária do indivíduo) e o narcisimo (como fase intermediária para a constituição do EU), já que
Freud alude que não existe desde o início uma unidade comparável ao eu. Melhor dizendo: na gênese
temos as pulsões parciais que se satisfazem autoeroticamente, o EU tem que se ser desenvolvido. É,
justamente para esse desenvolvimento, que se tem que acrescentar ao autoerotismo, uma nova ação
psíquica, para que o narcisismo se constitua. O que se acrescenta ao autoerotismo, para dar forma ao
narcisimo, é o EU.
Clareando: o narcisismo como o processo pelo qual o sujeito assume a imagem do seu corpo próprio
como sua, e se identifica com ela (eu sou essa imagem). Implica o reconhecimento do eu a partir da
imagem do corpo próprio investida pelo outro. Esta caracterização na teoria de Freud, num primeiro
momento, se constitui como sendo, por ele intitulado, NARCISISMO PRIMÁRIO, que nada mais é
do que um investimento libidinal primitivo do EU 2. O Eu é investido de libido, e uma parte desta
libido é depois repassada aos objetos, no entanto, a lidido permanece retida no EU. Freud sugere uma
verdadeira estase (estagnação) da libido, uma permanência dela no eu, que realiza investimentos e
desinvestimentos no mundo exterior.
Se no passado o narcisimo era tido como PERVERSÃO, ou seja, como sendo a escolha do
próprio corpo como objeto de amor, em Freud, após seu principal artigo de 1914 a respeito do tema
(INTRODUÇÃO AO NARCISISMO), ele passa a ser considerado necessário à constituição da

1
O auto-erotismo caracterizaria o comportamento sexual em que o sujeito obtém prazer através da estimulação de seu
próprio corpo, num momento que precede a convergência das pulsões parciais para um objeto comum. A pulsão é
chamada parcial porque, segundo Freud, cada uma delas encontra satisfação pela excitação de um órgão – o chamado
prazer de órgão.
2
A constituição do ego permite à libido tomar essa imagem como objeto total, ou seja, o ego seria o primeiro objeto da
libido narcísica1. Posteriormente, a pulsão sexual busca uma pessoa para se satisfazer. Desta forma, as atividades sexuais
infantis caminhariam para a escolha de objeto. Seguindo este caminho a libido desinveste o ego e investe objetos externos.
subjetividade – é condição sine qua non para a formação do EU. A identificação primária que dá
origem ao supereu e ao ideal do eu, é também o que orienta a constituição do EU, do corpo e de sua
iamgem. Quando se fala em identificação primária narcísica, diz-se daquele momento em que o
indivíduo elege seus dois objetos sexuais: ele próprio e a mulher que cuida dele. Por causa disso,
segundo a teoria de Freud, concebe-se um NARCISISMO PRIMÁRIO em todos, quando em alguns
casos, manifesta-se de forma dominante em sua escolha objetal.

Quando se postula a relação do indivíduo com ele mesmo (narcisismo primário) e a


passagem na relação deste com os objetos (ou suas escolhas objetais), fala-se de uma outra “fase”
dentro do conceito de Narcismo: NARCISISMO SECUDÁRIO. No caso do narcisismo
secundário há dois momentos: primeiro o investimento nos objetos; e depois esse investimento
reforma para o seu (ego). Quando o bebê já é capaz de diferenciar seu próprio corpo do mundo
externo, ele identifica suas necessidades e quem ou o que as satisfaz; o sujeito concentra em um objeto
suas pulsões sexuais parciais, há um investimento objetal, que em geral se dirige para a mãe e o seio
como objeto parcial.

Com o tempo, a criança vai percebendo que ela não é o único desejo da mãe, que ela não é tudo
para ela; “(...) sua majestade, o bebê começa a ser destronado. Essa é a ferida infligida no narcisismo
primário da criança. A partir daí, o objetivo consistirá em fazer-se amar pelo outro, em agradá-lo para
reconquistar o seu amor; mas isso só pode ser feito através da satisfação de certas exigências; a do
ideal do seu eu”3 (Nazio, 1988, pág. 59).

Sobre esta libido presente no Ego e fora do mesmo (na concepção narcísica presente em sua
obra “Introdução ao Narcisismo”), Freud altera seu esquema pulsional anterior, postulando a
existência de uma só pulsão, a pulsão sexual, a libido, que passa a ter o EU como uma de suas
localizações possíveis4. O EU é um dos alvos da libido, como anteriormente já foi dito, tanto quanto
os demais objetos, mas não do mesmo modo. O EU irredutível ao mundo dos demais objetos, tem
força suficiente para constituir uma libido de natureza distinta, que Freud dá o nome de LIBIDO
NARCÍSICA. Portanto, não há uma só libido e dois pólos de investimento (o EU e os Objetos), há
duas libidos: a do EU – constituindo a libido narcísica e, por outro lado, a dos objetos – constituindo
a libido objetal. Essas duas noções bem alinhadas dentro da teoria de Freud, com os seus
desdobramentos, como já vistos, caracterizam a o que seja tido por Freud como Narcisismo.

3
NASIO, J. D., 1988. A criança magnífica da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar.
4
Quando o Eu se converte no objeto de investimento libidinal, tal fenômeno é chamado de narcisismo e se trata de um
processos intrinsecamente sexual.

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