Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Coordenação de Produção
Edição de Textos | Primeira Revisão
Francieme de Melo Lobato Costa
Capa
Maurício Nascimento
1. ARREPENDER-SE PROFUNDAMENTE
Precisamos entender que nosso êxito no futuro está atrelado à
nossa correção de desonra no passado.
Muitos acham que só pelo fato de terem se “arrependido” e
acertado suas vidas com Deus, está tudo resolvido. Na verdade, o
verdadeiro arrependimento conserta o passado e nos leva a uma
dimensão de entendimento de que estamos em trilhos novos.
Precisamos consertar os danos do passado.
O verdadeiro arrependimento nos leva também ao entendimento
de que um despertar de fé pura rege agora a nossa vida e história.
Ninguém chegará ao futuro ignorando a rota do passado. O passado
tem o trampolim que nos impulsiona para um futuro de conquista.
Os mentores, sejam indiretos ou diretos, são uma ferramenta
necessária para moldar nosso caráter. Não há como elucidarmos um
sucesso se não consertarmos nosso histórico com mentores. A honra
estabelece princípios que nos soltam ou nos prendem até
cumprirmos sua exigência.
Quem criou a honra foi Deus. Ele a instituiu e deixou regras.
Gostando ou não, precisamos segui-la. Nada que queremos
conquistar com legitimidade poderá ser conquistado ignorando o
princípio da honra. A honra é uma rota que só permite transeuntes
por ela quando movidos pelo princípio primário: o bom caráter!
Quando a honra é executada, os caminhos de dificuldades são
encurtados; quando a honra é resistida, até o caminho fácil se torna
complicado. Não podemos quebrar princípio da honra, pois é como
um jardim de flores que se transforma em abrolhos, como rotas de
lírios que se tornam campos de espinhos. Conheço muitas pessoas
que eram um sucesso enquanto honravam, e se tornaram
derrotados quando quebraram o princípio.
O princípio da honra tem força executiva; depois de
estabelecido, ninguém pode legislar para reverter. Uma desonra só
terá restituição mediante arrependimento. Ninguém é suficiente
para quebrar esse princípio e em si mesmo restaurá-lo; isso só é
possível com arrependimento, que é a mudança de atitude.
Honrar mentores é um sinal de aceitação a nós mesmos; desonrar
mentores é a denúncia mais viva que nós odiamos a nossa essência.
Quando desonramos as autoridades constituídas sobre nós, estamos
protestando o lado bom que possuímos, que ainda não foi
alcançado, pois quebrar princípio de autoridade é uma constatação
que a identidade da honra está comprometida em nós.
O ser humano herdou uma natureza: Dizer sim para a desonra e
se aliar à iniquidade. Quando a essência do Novo Adão entra em
operação, a nova natureza aborta a desobediência e recepciona o
princípio da honra. O ser humano comum se esforça para honrar.
Pela educação, podemos ter esse treino, mas o êxito está na nova
natureza.
Precisamos restituir caminhos e estabelecer novidades na nova
caminhada, e uma das formas de provarmos que estamos
regenerados é guardar as costas dos nossos mentores, mesmo
quando não compreendemos o que estão fazendo no momento. Não
há como sermos felizes e conquistadores com somatórias de dívidas
no passado, ofendendo a integridade daqueles que investiram no
nosso caráter.
Restituição é possível com o arrependimento consolidado no
caráter, pois ninguém terá êxito no futuro com uma nódoa no
princípio que o próprio Eterno estabeleceu. Consertar histórico é
ser devolvido à sua essência.
2. CONSERTAR ROTAS DO PASSADO
Devemos voltar ao lugar de dor que causamos ou nos causaram.
“Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.”
(Salmo 34:19). Não há como criar um desconforto no passado e não
colher consequências similares no futuro. É extremamente danoso
termos históricos de desonra na caminhada do deserto, e, nos oásis,
querermos que todos nos deem água. A honra é a água do deserto; a
desonra é a escassez no oásis.
É salutar saber que toda semente plantada agora é uma ordem
para o futuro. A ordem é: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e
arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te
arrependeres.” (Apocalipse 2:5). Claro que nossa alma,
manipuladora como é, possessa de orgulho, nunca fará o caminho
do retorno sem uma ordem do espírito.
Para consertarmos caminhos, requer-se uma engenharia chamada
Korban, que é o Kuf, uma rota de retorno para conhecermos a
origem. Alguém só será pleno quando limpar seus históricos do
passado.
A resistência a limpar passado se dá por causa da regência de
Leviatã, que é o mentor da desonra, que entrou em Ben-Shachar
(Filho da Honra) e se transformou em desfigurado pela quebra do
princípio,transformando-se em o patriarca da desonra.
Essa mesma regência ainda possui alguns líderes que não sabem
como fazer esse caminho e ficam atados, até que,sem auxílio
algum,tombem do seu ego elevado, em queda livre, e destruam a
sua vida e a vida dos descendentes.
Caminhos novos de sucesso se conquistam conhecendo e
assumindo o histórico velho que promoveu desastres da desonra.
Não há como se estabelecer uma novidade no futuro com
atrocidade de quebra de princípio no passado.
Nosso histórico é pautado por aquilo que se estabelece do
presente para o futuro, contanto que tenhamos um passado regado
no caráter da honra. Como podemos esperar êxito lá na frente se
não fomos corrigidos lá atrás?
Já causei muitos desconfortos... Alguns pela minha imaturidade,
outros pela impetuosidade, mas o mais grave foi pelo princípio
quebrado. Lembro-me de
dois episódios tenebrosos, e, em ambos, fiz caminhos de perdão.
Em um deles, julgo que estava correto, mas o outro eu precisava
mesmo de uma palavra liberada.
No primeiro, eu tive pleno êxito. No segundo, a pessoa me
atendeu por tabela, mandou recado e não quis me receber. Enviei
cartas, e-mails, telefonemas, viajei algumas vezes só para bater na
porta do seu escritório, mas não me recebeu nem lá nem na sua
residência. Entendi que a pessoa estava magoada e que não era a
hora de conversar comigo.
Já tentei outras vezes sem êxito, enviei intercessores... Já fiz o
papel da segunda milha. O Senhor me disse: Um dia, eu restaurarei!
Guardei a palavra! Mas, outro dia, conversando com meu Amigo
Espírito Santo, Ele me ministrou uma palavra: “Ao que te ferir
numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houvertirado a
capa, nem a túnica recuses; e dá a qualquer que te pedir; e ao que
tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.” (Lucas 6:29,30). “E, ao
que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a
capa; e,se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele
duas.” (Mateus 5:41). O Pai mandou deixar a túnica quando lhe
pedirem a capa, mandou andar a segunda milha quando lhe pedirem
para andar uma. A terceira milha é a quebra do princípio.
Perguntando a Deus o que era isso, Ele me disse: A primeira milha
é a Minha Palavra cumprida. A segunda milha é o princípio vivido. A
terceira milha é o coração do homem querendo fazer o que só Eu
posso fazer. Assim sendo, aquietei o coração e estou deixando Ele
fazer o que só Ele sabe fazer.
Sou interpelado por alguns que não conhecem meu histórico.
Quando narro, em confiança, ficam estarrecidos ao saberem como
alguém pode passar tantos anos na prova. É fidelidade, o caráter do
povo curado. Um teste à honra.
Quero adverti-lo que a honra genuína só será respeitada quando
for aprovada nos testes. Não existe honra que não seja provada.
Durante a prova, há muita guerra para que o princípio não seja
ferido.
Acredito nos líderes que sabem que não é preciso concordância
para o princípio ser obedecido. Quando um adolescente quer
contrair relacionamento e os pais dizem seguramente ‘Não!’, e eles
não entendem, pois são possessos de hormônios, só vão agradecer
depois. Assim é com o princípio da honra. Mesmo sendo adultos, não
estamos tão maduros para algumas coisas, pois a vida é uma escola
eterna, e um século não é igual ao outro, existem os conflitos de
geração.
Por isso, passaremos por vários testes até esse ‘caraterzinho’ ser
aprovado. E quando aprovado, seremos julgados maduros no
princípio que tanto falamos.Isso é Korbanoth, a honra aos mentores
que estão acima de nós, onde podemos rever conceitos e princípios
para não tornar danoso nosso caminho, e plantarmos sementes
que nos deem mentoreados plenamente sarados.
O nosso passado é um histórico que nos dará êxito ou fracasso,
pois não há como uma semente negar a sua espécie. Nada do que
estamos colhendo hoje não tem um ontem que está gritando
‘conserte’ ou ‘desfrute’; ‘obrigado’ ou ‘socorro’.
Para não somarmos históricos de fracasso, devemos considerar o
passado. Mesmo sabendo que não temos passado nas mãos de Deus,
podemos mantê-lo na mão dos homens.
Geralmente, a desonra não se aplica ao caráter do nosso
passado, mas no histórico pós-convertido, pois muitos, depois que
conhecem o Eterno, voltam por rebeldia à natureza do passado e
constroem um histórico danoso, colhendo consequências
inevitáveis.
Nossa proposta é que não fujamos das atrocidades, uma vez que
a revelação nos alcançou. Como eu sei se causei uma desonra a
alguém? Durante essa leitura, você se lembrou de muitas pessoas;
são elas que você deve procurar, gostando ou não! Siga vencendo
seu orgulho para que o futuro de sucesso bata à sua porta e a honra
faça morada na sua casa.
HONRAR O LÍDER
Dr. Mike Murdock diz que triste é o homem que deixa de andar
com um líder que Deus respalda. Eu creio nessa verdade. Como
líderes e como discípulos, precisamos honrar os nossos líderes,
aqueles que ministram sobre nós.
Devemos manter o respeito aos nossos líderes e prestar honra a
eles.Isso é Korban e agrada a Deus. Seu líder tem respaldo do céu
para ministrar sobre você, então, honre-o.
Talvez você esteja, como líder, sendo desprezado por homens,
porque eles não conhecem o princípio do Korban, mas você será
honrado por Deus. Espere, porque quando um líder é honrado por
Deus, ele se torna um paradigma, alguém diferente de todos,
porque Deus dá o que não é comum a homens comuns. O líder que
Deus honra é a diferença da sua sociedade.
Chega um momento no qual Deus muda a nossa sorte pelo
princípio da honra. Tudo o que você precisa fazer é ser inegociável
no seu manto, na sua unção, no seu caráter, na sua honra prestada
ao Senhor.
Todo grande líder passa por um grande treinamento. Todo grande
líder passa por uma grande prova.
Não existe ministério grande sem que haja por trás uma grande
renúncia. Os homens comuns não entendem isso, mas não há
problema, porque é do céu que vem a nossa resposta e onde
encontramos nosso real valor.
Tudo que passamos na vida é para nosso treinamento. O que
somos e o que temos não depende dos comentários feitos pelos
homens; o que vale para nós é o que vem do Trono do Deus Todo
Poderoso.
Não estamos na Terra para enfeite. Não somos souvenir gospel.
Nascemos para impactar a nossa geração de forma a levá-la a
mudar caráter. Nossa chamada é inegociável porque é Korban de
Deus, é o que vamos devolver a Ele, aos pais, aos líderes, aos
sacerdotes, às pessoas.
OS DIREITOS DO KORBAN
O Korban dá sete direitos:
1. DIREITO DE AMAR
O Korban é movido por um sentimento maior que o dever. É ter a
consciência de que você faz, porque ama.
Você honra, porque ama. E quando não ama, move-se pelo
princípio para aprender a amar.
Amar é uma decisão. Quem ama não desonra, mas planta honra
em amor. E mesmo que as pessoas plantem sementes de ódio para
que você não as ame, ame-as por decisão.
As pessoas que amam estão protegidas nelas mesmas e recebem
a bênção do Eterno para viver com saúde.
Estas não adoecem porque colocam em prática o Korban da
honra.
A honra manifesta o amor saudável, sem paixão, mas com
verdade. Devemos nos amar na verdade.
2. DIREITO DE DEDICAÇÃO
Dedicação é uma doutrina de exercício. Um Korban na direção de
Deus, porque a fé e a honra são gêmeas.
A fé e a honra andam em cumplicidade para realizar milagres
sobrenaturais.
A palavra dedicação, que está no livro de João 10:22, quando
Jesus estava na Festa da Dedicação, era a Festa dos Milagres.
Então,toda a pessoa dedicada tem direito aos milagres de Deus.
O Korban da dedicação é acender a luz para a manifestação de
um milagre novo, pois quem honra tem milagres garantidos na sua
direção e na extensão daqueles que ama. Os que honram através da
dedicação recebem milagres que já não esperavam mais.
3. DIREITO DO RESPEITO
O respeito é o caminho para que a semente seja aceita. As
pessoas respeitosas são pessoas que honram e, por onde passam, são
aceitas pela postura digna que
possuem. Isso é Korban.
A Bíblia diz: A quem respeito, respeito; a quem tributo, tributo; a
quem honra, honra. “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem
tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a
quem honra, honra.” (Romanos 13:7). O Senhor coloca respeito,
tributo e honra no mesmo nível.
As pessoas que se respeitam tributam ao outro honra e louvor. As
pessoas que honram, tributam ao outro respeito. Respeito e honra
são cúmplices, são dídimos, parecidos, iguais,são como adjetivos e
não substantivos. Estão dentro do mesmo quadro.
E a Bíblia mostra que o respeito é uma ferramenta do Eterno
para manifestar no nosso caráter a honra do Senhor. Quando
respeitamos, a honra nos alcança. É como se respeito fosse uma
espécie de raio bom que vem na nossa direção e nos alcança porque
sabemos respeitar as pessoas que vêm na nossa direção.
Se Deus disse SIM para alguém e NÃO para nós, não podemos
desrespeitar. Então, quando se levanta um líder sobre nós, mesmo
que não concordemos, devemos respeitar, porque é bíblico. Você
pode não concordar com o Presidente, Governador, Prefeito, etc.,
mas, pela Bíblia, você deve respeito.
A honra é uma ordem divina que não pode ser quebrada para
quem tem o caráter do Eterno. Gostando ou não de quem está
liderando sobre nós, a nossa obrigação é respeitar. O nome disso é
Korban.
Korban é uma honra para Deus antes de ser para os homens.
Quando estamos honrando as autoridades que estão sobre nós,
estamos ofertando em Deus e não apenas nos homens.
4. DIREITO DE REVERÊNCIA
A reverência é uma ação que soleniza o que está sendo
ministrado, é saber agir com reverência diante do que nos é
ministrado. A Bíblia diz que há tempo para TODAS as
coisas(Eclesiastes 3). Ora,se há tempo para todas as coisas, então,
também, há tempo para reverência.
Você precisa entender que há momentos na Igreja que você pode
conversar, rir, alegrar-se, etc., mas quando o culto começa, você
deve agir com reverência, obedecendo aos comandos:salto de
alegria, gritos de júbilos, louvor, adoração, dízimos, ofertas,
primícias, ministração da Palavra... Tudo com reverência, para
usufruir a presença do Senhor.
Mas há aqueles que não conseguem ter reverência quando estão
na Casa do Senhor. É como se não conhecessem o versículo que diz
que devemos guardar nossos pés quando entrarmos na Casa do nosso
Deus. “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque
chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos,
pois não sabem que fazem mal.” (Eclesiastes 5:1).
Reverência na Casa do Senhor é honra, é Korban para Deus.
Quando estamos na presença do Senhor, não devemos dividir nosso
tempo com nada nem ninguém. É
o nosso Korban, a nossa reverência, é cumprir o princípio da
honra.
A Palavra de Deus diz: O Senhor está no Seu Santo Templo, cale-
se diante dEle toda a Terra. “Mas o Senhor está no seu santo
templo; cale-se diante dele toda a terra.” (Habacuque 2:20). Então,
a nossa quietude, a nossa reverência é uma oferta a Deus. E quando
Jesus entrou no Templo e expulsou os comerciantes de lá, Seus
discípulos se lembraram do que ensinava a Palavra: “... O zelo da
tua casa me devorará.” (João 2:13-18).
Lembro-me de que certa vez, quando eu estava na Inglaterra,
nós vimos a Rainha. E na presença dela, precisávamos nos dobrar e
permanecer assim por um período de tempo, até ela passar. E eu
queria levantar, olhar, pois estava curioso, e o guarda chamou
minha atenção, pois enquanto a Rainha estava passando, eu não
poderia mexer.
Naquele dia, entendi a importância da reverência não só a Deus,
mas também às autoridades, porque todo protocolo é caráter de
honra. Os protocolos são necessários. Nossas Igrejas precisam voltar
aos protocolos e deixar as agitações baratas sem finalidades.
Vemos tantos adultos quebrando princípios que deveriam ser
cumpridos, como o princípio da honra. A reverência precisa ser
embutida no nosso caráter como um sinal de honra, do Korban de
Deus.
5. DIREITO DE FIDELIDADE
Direito de fidelidade é o exercício do caráter para trazer
resultados aprovados. Toda fidelidade requer o meu caráter
tratado.
Quando somos fiéis, somos abertos ao tratamento de caráter. As
pessoas que não são fiéis, quando começa o Korban de Deus, o
tratamento de caráter, a oferta para Deus, vão embora, porque
gostam da rebelião;são sócias de todo sentimento que não permite
a chamada da glória de Deus na sua direção.
Há pessoas que são tão infiéis na chamada profética que não
conseguem compreender o que está aparente. Todos enxergam,
menos os infiéis. Na verdade, a fidelidade de caráter tem que ser
visível. Você não pode ter uma fidelidade apenas declarada, a
fidelidade tem que ser provada, principalmente na ausência.
Você prova a verdadeira fidelidade quando está a sós. Deus sabe
todas as coisas. Então,se você quer saber o quanto é fiel, julgue
pela sua postura quando está só e passa uma mulher, se você deseja
ou não, mesmo sendo casado. Julgue pela sua postura diante de um
canal de TV, se você assiste ou não programas inapropriados, que
você precisa trocar o canal quando alguém se aproxima.
A fidelidade é um teste de caráter quando estamos sozinhos e
não acompanhados. É quando olhamos para Deus e dizemos que
renunciamos qualquer coisa que possa estimular a carne... E
entregamos como libação. Isso é Korban da honra. E ainda que
alguém se levante para dizer que somos infiéis, o Senhor conhece a
nossa fidelidade.
Muitos são os que recebem o título de fiéis, mas sabem, dentro
deles mesmos, que não são fiéis. O Korban da honra é um teste
individual. A minha fidelidade é um teste pessoal, não na
coletividade apenas, mas, principalmente, quando estou só.
6. DIREITO DE INTEGRIDADE
Direito de integridade é a resposta do que foi inserido no caráter.
Integridade é tudo aquilo que vem de fora para dentro. Há pessoas
que dizem que você é íntegro, mas elas não podem falar sobre
integridade, porque nem elas compreendem o significado da
palavra, nem conhecem você o suficiente para determinarem seu
nível de integridade.
Não faça nenhum tipo de negociata, porque isso influencia a sua
integridade. As pessoas precisam saber quem somos a partir do que
está internalizado, interiorizado, a partir da sua integridade.
Não adianta alguém chegar e dizer que o indivíduo tal é
íntegro,se ele sabe que no dia anterior, ele estava assistindo
pornografia na Internet ou na TV. Então, não adianta as pessoas
terem um conceito a seu respeito que não retrata, exatamente,
quem você é.
Integridade é um conceito que primeiro você precisa ter de você
mesmo para, depois, as pessoas terem a seu respeito. Isso é
integridade verdadeira e isso é Korban de honra.
7. DIREITO DE DIGNIDADE
Direito de dignidade é o que as pessoas dizem de você e que você
sabe que é. Está escrito: “Digno és, Senhor, de receber glória, e
honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade
são e foram criadas.” (Apocalipse 4:11)
O seu nome, no Korban da honra, deve tornar-se um atrativo
para glorificar o Eterno, de forma que todos reconheçam que você é
digno de ser reconhecido como homem de Deus.
Todas as pessoas que são íntegras se tornam dignas, porque
honram. Dignidade é a sedimentação da segurança interior.
Dignidade é a fé consolidada.
Honra é investimento do meu tempo. Honra é Korban. O nosso
tempo deve ser Korban para o Senhor.
CAPÍTULO 4
O RESPEITO À FAMÍLIA É UM KORBAN DE
HONRA
A família mudará de níveis, alcançará dimensões maiores, viverá
o que nunca viveu e terá o que nunca teve quando conhecer o
princípio da honra.
A honra é uma semente de destino. Todas as vezes que você
planta uma honra você está estabelecendo um novo destino. Não
temos como ensaiar destinos desprezando princípios e a verdade do
Reino.
Jesus ensinou e ministrou aos homens mais escolados, aos líderes
mais bem preparados, chamados fariseus, que tinham doutrina e
toda uma essência de ensino. Os fariseus haviam estabelecido
princípios para reger o povo dentro do chamado judaísmo. Eles
estabeleceram 613 leis, chamadas de Talmude, baseadas na
doutrina da Lei. Essas 613 leis são chamadas ‘Leis do Korban’, a
interpretação da Torah, especificamente do Pentateuco, os cinco
primeiros livros da Bíblia – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio. Baseados nesses cinco livros, os fariseus escreveram
613 mandamentos, as leis no talite, que significam proteção.
Quando você usa o talite, é como se estivesse coberto e
protegido. Um judeu de tradição não ora sem o seu talite; Jesus
usava talite. Os judeus leem a Torah, oram e usam o talite
constantemente sobre a cabeça, como sinal de reverência,
proteção e cuidado.
A Bíblia mostra que a mulher do fluxo de sangue tocou em Jesus,
mas ela tocou na orla das Suas vestes, ou seja, ela tocou no talite.
E,segundo a lei, ela pegou na parte do talite que diz que se cresse
na promessa da cura, seria curada. Ao sentir o toque, Jesus disse
que dEle saíra virtude.
As palavras de Jesus significavam que a mulher havia tocado no
decreto de cura, de saúde, porque eram 613 decretos, que ainda
estão disponíveis para nossas vidas nos dias atuais. Os 613 decretos
podem ser homologados dentro da nossa casa e família para
começar um histórico novo.
Independente das suas dificuldades, você precisa crer que
através do cumprimento do princípio de honra, Deus entrará na sua
história de vida e fará o impossível acontecer por você e pela sua
família. Essa é a visão do Reino.
As leis estudadas, chamadas Leis do Korban, estavam sendo
interpretadas; alguns fizeram a interpretação das leis já
homologadas e daí nasceram os interesses pessoais, doutrinas que
feriram o caráter, o princípio.
Nós não podemos usar o princípio, criar uma doutrina em cima do
princípio e distorcer o caráter precípuo do princípio,só para gestar
vantagens na nossa vida.
Mas os fariseus pegaram os princípios da Torah, já interpretados
pelo Talmude, e começaram a trabalhar para interesses pessoais,
violentando o princípio espiritual chamado Korbanoth, o plural de
Korban, que significa o princípio da honra.
HONRA NA FAMÍLIA
Jesus, quando começou a ensinar sobre Korban, começou dizendo
que devemos honrar pai e mãe. Ou seja, Ele começou o princípio
pela família. Todo o nosso êxito começa por família. Nosso
ministério só tem êxito se estiver bem na família.
Existem situações nas quais o inimigo das nossas almas tem
trabalhado para gerar um desconforto na família. Se você for um
líder poderoso em todas as áreas, mas a sua família for minguada,
você não se sentirá um líder completo. Porém,se você não tiver
muito êxito no seu ministério, mas a sua família for completa, você
tem todo um testemunho para contar quanto Deus efetuou, falou,
fez e executou na sua vida. E isso faz com que o seu ministério
tenha mais relevância.
Tudo começa pela família e não há como ser diferente, é o que
podemos comprovar nos textos abaixo relacionados:
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus
dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.”(Êxodo 20:12).
“E quem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente será
morto.” (Êxodo 21:17).
“Honra teu pai e tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou,
para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra
que te dá o Senhor teu Deus.”(Deuteronômio 5:16).
“Quando um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe,
certamente morrerá; amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu
sangue será sobre ele.” (Levítico 20:9)
“Vós, filhos,sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto
é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento
com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a
terra.” (Efésios 6:1-3).
Todos os textos apresentados ensinam e repetem o que Jesus
ensinou sobre honrar pai e mãe, e a importância de honrar família.
Quem honra família tem direito à restituição. Isso deve ser doutrina
para nós.
Quem recupera o princípio da honra familiar, recupera tudo o que
os pais, lá no passado, perderam, e tem direito a ser restituído.
Quando isso acontece, entramos no melhor tempo de colheita, pois
a honra cancela a maldição.
Sabemos que a maldição existe; é uma realidade. Se os pais
forem idólatras, a maldição recai sobre os filhos. Os filhos herdam
no sentido espiritual, porque a guerra espiritual da maldade é
instalada até quatro gerações, como uma punição. Mas, de igual
forma,se nós, os filhos de Deus, vivermos de forma correta, a
bênção atingirá mil gerações e teremos direito a honra.
O que Deus nos mostra é que maldição se encerra, mas bênção
não tem fim, só começo. Tudo que foi maldição precisa ser lançado
no abismo para que a bênção seja perpetuada de geração a
geração.
Os filhos de Deus têm o direito ao Korbanoth do Reino, direito à
bênção por mil gerações. E a bênção a qual temos direito chama-se
Korbanoth, honra aos pais, honra aos sacerdotes, honra aos líderes,
honra às cadeias de autoridades que estão sobre nós.
Quando honramos pai e mãe, não temos dificuldades para honrar
e respeitar mais ninguém na sociedade. Mas quando desonramos pai
e mãe, não temos sedimentação no caráter para honrar mais
ninguém. E por causa das distorções de caráter, começamos a
confrontar os pais, desrespeitar as lideranças e tudo que se instala
como cadeias de autoridade sobre nós. Por causa da maldição de
rebelião, a desonra é instalada.
O que precisamos é tomar posse da verdade da Palavra e não
deixarmos que o diabo ganhe vantagens em nossa vida. Todo nível
de bênção instalada que nós, como resultado de honra, plantamos
no pai, na mãe e nas demais autoridades constituídas, colhemos
para nós e para a nossa descendência. É algo maior que nós, mais
agigantado que nós, é uma promessa.
Korban se entende por renunciar ou entregar com alegria aquilo
que possuímos. Devemos honrar os nossos pais e as cadeias de
autoridade, mesmo que isso implique em renúncia. Eu não acredito
que alguém alcance um grande êxito sem ter por trás uma grande
renúncia. Todas as pessoas que alcançam um grande êxito, por trás
do grande êxito, há uma enorme e grandiosa renúncia.
Tudo que você renuncia hoje é uma poderosa semente para
garantir um futuro de esperança. A nossa renúncia nos garante um
futuro glorioso. Só quando aprendemos a renunciar, a sentir dor e a
fazer sacrifício,
entendemos o que significa Korbanoth.
Sacrifício é renúncia, é Korban. Quando ‘engolimos’ algumas
coisas em função da obediência, é um Korban para Deus, é
Korbanoth. Quando renunciamos alguma coisa em função de, é
Korban. Quando renunciamos no presente aquilo que sonhamos para
o nosso futuro, é Korban, pois renúncia é tudo aquilo pelo que
pagamos um preço alto, que dói e que custa muito caro. Se algo não
dói e não custa caro, não representa renúncia, mas troca. Renúncia
é você abrir mão em troca de nada.
Quantos homens e quantas mulheres trocaram tudo o que tinham
por uma convicção de aliança! É algo tão generoso que mais à
frente prosperam abundantemente por causa da renúncia. Tudo
aquilo que é renunciado na Terra é homologado no céu como honra.
E na Terra, a maior autoridade que devemos respeitar são o pai e a
mãe, e a maior honra que podemos dar após Deus é à família. Isso é
Korban.
Korban significa também envolver ou receber completamente,
reconhecimento de autoridade sobre, como referência de mestres
ungidos por Deus para cuidar do
Seu povo. Também está ligado a respeito aos sacerdotes,
lideranças,Igreja e a todos que Deus constituiu. Porém, a maior
autoridade respeitada e que deve ser considerada de forma
precípua são os pais.
Por experiência ministerial e conhecimento, sei que todas as
pessoas que confrontam liderança não têm saúde de
relacionamento em casa, com a família. Todas as pessoas que
confrontam liderança não sabem o que é gestar relacionamento
saudável com os pais, com a família. Então, independente do líder
que é levantado sobre, elas desrespeitam.
Mulheres que não respeitam o marido, normalmente, tiveram
problemas com o pai. Todos os maridos que não cuidam da esposa
como deveriam, enfrentaram problemas com a mãe. E ambos levam
suas situações mal resolvidas para dentro do casamento, mostrando
assim que não entenderam o princípio do Korbanoth, do Korban.
A partir de agora, quando você vir aquele líder, aquele discípulo
se inflamando contra você e contra o ministério, pode saber que é
devido às questões mal resolvidas dentro da própria casa e que são
transferidas para a liderança. O discípulo vê o líder como se fosse o
pai ou a mãe, e entra uma vingança consciente e inconsciente, que
faz quebrar o princípio do respeito sacerdotal, impedindo o
cumprimento do princípio da honra.
KUF, HONRA DE ESSÊNCIA
Kuf significa honra de essência ou essência da sua honra, que
vem como Korban ou Kuf, relacionado à abertura de coração, a
alargar a mente aos ensinos corretos.
Kuf é estar aberto para o novo de Deus na sua vida, para receber
as novidades que estão prontas para serem instaladas em você.
Nunca vi alguém quebrar princípio de honra e terminar bem.
Quem quebra princípio de honra começa a construir um fim
desastroso que só pode ser consertado através de retorno de
caminho, fazendo tudo de novo. A honra só é restituída com honra.
A honra não é restituída com a confissão no presente de que tudo
acabou no passado.
Quando nos convertemos ao Senhor e temos uma nova vida com
Deus, devemos voltar ao princípio da honra e começar a fazer a
rota de arrependimento. O filho pródigo, enquanto não entendeu
Korban, não voltou arrependido e não teve como ser restituído.
Ninguém é restituído de longe, ninguém é restituído à distância,
todos são restituídos face a face. A restituição exige face, rosto.
Todas as pessoas que querem ser restituídas precisam devolver o
rosto, precisam refazer caminhos. Isso é Korban ou Korbanoth, das
quais também originaram a palavra Kuf, que mostra uma
representatividade com honra. É como abrir o coração para algo
novo, honrando a Deus, os pais, os sacerdotes e todas as
autoridades que representam Deus na sua vida.
O seu líder representa Deus na sua vida? Se o seu líder não
representa Deus na sua vida, não vale a pena segui-lo. Precisamos
dar cara ao que cremos, honrar o que cremos. É uma questão de
legitimidade, de fé que precisa ser consolidada na nossa vida. Não
podemos desonrar aqueles que nos abençoam. Automaticamente,
não podemos desonrar nossos pais e autoridades constituídas por
Deus. Se somos crentes, pessoas nascidas de novo, precisamos ter o
entendimento de honra, do Korban do Reino. Isso significa que o
líder que está sobre você deve ser honrado.
O princípio da honra está ligado à obediência. Deus, quando nos
mandou honrar pai e mãe, mandou honrar e pronto, é princípio que
deve ser cumprido. Ele
não estabeleceu um modelo de pai e de mãe que deveria ser
honrado, mas todo pai e toda mãe. Logo, devemos cumprir o
princípio de honrar pai e mãe, e honrar o líder que está sobre
nós.Isso é cumprir o princípio da honra. Ninguém peca por obedecer.
O que não podemos é criar algo abrupto e que fira o princípio da
Palavra e do que Deus ensina.
Honrar é um princípio de Deus, uma exigência de Deus. Deus é
reivindicador de honra. Podemos lembrar que quando Simão, o
leproso, questionou Jesus por causa da pecadora que lavava os pés
dEle e os enxugava com os próprios cabelos, Jesus disse a Simão que
ao entrar na casa, ele não havia Lhe lavado os pés, nem Lhe dado
um beijo sequer. Em outras palavras, o que Jesus estava dizendo a
Simão é que ele não O havia honrado. Devemos honrar quem
merece honra e todos os que são levantados por Deus sobre nós
devem ser honrados.
Então, seremos, pelo princípio da honra, restituídos em todas as
coisas.
Em Malaquias 1:1-6, vemos que Deus exige honra. Deus quer ser
honrado. “Peso da palavra do Senhor contra Israel, por intermédio
de Malaquias. Eu vos tenho amado, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Em
que nos tem amado? Não era Esaú irmão de Jacó? disse o
Senhor;todavia amei a Jacó, e odiei a Esaú; e fiz dos seus montes
uma desolação, e dei a sua herança aos chacais do deserto. Ainda
que Edom diga: Empobrecidos estamos, porém tornaremos a
edificar os lugares desolados; assim diz o Senhor dos Exércitos: Eles
edificarão, e eu destruirei; e lhes chamarão: Termo de impiedade, e
povo contra quem o Senhor está irado para sempre. E os vossos
olhos o verão, e direis: O Senhor seja engrandecido além dos termos
de Israel. O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai,
onde está a minha honra?
E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o Senhor dos
Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós
dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome?”.
Se nós O conhecemos, precisamos conhecer as pautas de honra
na direção dEle. A honra é um ritual. Na verdade, a honra exige um
ritual. Ninguém honra só com palavras, honramos com atitudes. A
honra exige uma atitude que nos faz entrar em níveis diferentes
pela honra.
Kuf é a matriz de Kaparah, que significa expiação, sacrifício,
oferta em propiciatório, dar o melhor, honrar ministrando amor
estimável entre família, irmãos, sacerdócio, autoridades. Em toda
festa de Yom Kipur, eles procuram um Kaparah, aquele em quem vão
destilar amor, as pessoas às quais você declara que ama. E não
apenas declara, mas torna visível e consolidada a declaração.
O plural de Kaparah é Kaparoth que significa exercer honra aos
pais, aos líderes, aos mentores e às autoridades constituídas sobre a
nossa vida. É uma palavra que está relacionada à extensão da honra
direcionada. A honra precisa ir em direção de alguém. Você precisa
honrar alguém, independente de.
Quantas vezes, no trabalho, aquele chefe que você acha chato,
não é chato como você pensa... Porém, se ele for bonzinho demais,
nem ele nem você conquistam e avançam. Pessoas boazinhas não
avançam nem conquistam, porque não são respeitadas. Não se trata
de ser mal-educado, mas firme nas decisões para não ser
manipulado, nem deixar que plantem em você sementes de engano.
Você pode ser amável, doce, mas deve ser firme para não ser
manipulado. A firmeza dilata honra distinta. Quando estamos sendo
firmes, não estamos sendo firmes por nós mesmos, mas por causas.
A nossa firmeza deve ter um motivo, deve ser por causa de pessoas
e situações. Precisamos ser firmes para destilar as honras que Deus
quer que destilemos nas pessoas e nas situações.
As famílias serão reajustadas e curadas quando os pais forem
dóceis, mas sem perder a firmeza, quando forem líderes de
autoridade. Então, entrarão o Korbanoth, o Kuf, o Kaparah e o
Kaparoth do Reino. Você precisa ter a viva convicção do motivo
pelo qual está honrando. Korban é gerar um sacrifício na família.
Amar o cônjuge não é sacrifício, mas é uma oferta. Seu amor é uma
oferta, porque ofertamos amor.
Korban é um vaso, com a letra hebraica Kuf, e essa letra diz
tudo: honrando a Deus. Esse vaso nunca fica vazio, ou seja, quanto
mais amor você plantar, mais amor você terá. Quanto mais amor
você plantar, mais amor colherá.
Quando estamos embriagados de amor, as pessoas que estão ao
nosso redor mudam. Quando somos intragáveis, todos que estão ao
nosso lado adoecem. Por isso, precisamos ser embriagados de amor
para que todos mudem ao nosso redor. Firmes sem perder a doçura.
Isso é o Reino de Deus, o Korbanoth do Reino, a essência da honra
destilada na direção da família, dos sacerdotes, dos líderes e das
autoridades que estão construídas sobre nós.
Acredito que começará uma grande guinada na nossa vida e
viveremos o extraordinário na família a partir do princípio da
honra. Faremos o diferencial e seremos a diferença. Korbanoth, o
plural de Korban, que veio da raiz Kuf, que originou Kaparah, gerou
algo dizendo que Deus assinará um decreto favorável para nossa
vida.
Deus diz que se honrarmos, se entendermos Korban, Ele assinará
um decreto favorável para nossa família. Esse decreto tem a
assinatura de G’mar Chatimá Tová, é quando você cumpre
Kaparoth, quando você cumpre Korban, quando você cumpre a
honra. São decretos favoráveis sobre a nossa vida.
Quando você abre a mente para o princípio da honra, algo é
assinado no Trono. As pessoas que honram, fazem com que o
cartório espiritual assine, carimbe e devolva um documento
dizendo que está ratificada a aliança para viver os melhores dias na
Terra. O G’mar Chatimá Tová é a assinatura favorável que vem do
Trono, que só acontece uma vez no ano na visão hebraica, mas na
visão cristã, acontece quantas vezes forem necessárias no dia e em
vários momentos.
Prepare-se para viver o princípio da honra e colher honra em
todas as áreas, principalmente na família, o Korban da Honra de
Deus para mudar a história do Seu povo e da Sua gente. Deus vai
entrar com uma assinatura favorável porque o Korban do Reino nos
faz ter aliança com o Eterno e Ele com a nossa casa.
CAPÍTULO 5
KORBAN, O PRINCÍPIO QUE NOS
LEVA A UM DESTINO
Quando aprendemos, temos a ferramenta da comunicação para
correr velozmente. Cada um de nós precisa descobrir o potencial
que tem. Somos homens e mulheres de um potencial tremendo, mas
muitas vezes escondido. Somente diante de um desafio somos
levados a colocar o nosso potencial para fora. Ninguém consegue
descobrir o seu potencial se não enfrentar os desafios que se
apresentam diante da sua história.
Os desafios reescrevem o líder. Os desafios constroem a história
de um líder. Os desafios levam o líder para lugares altos. Se você
não se sente desafiado, você nunca será um grande líder. O grande
líder sente-se desafiado em todos os seus caminhos.
Qual foi a última vez que você se sentiu desafiado? Onde você foi
desafiado? Quando e por quê?
Temos muitos motivos para sermos desafiados. Alguns são
legítimos, outros são tolos. Devemos lutar pelos motivos de realeza
que enobrecem Deus, a família, os mentores e nós mesmos. Não
podemos brigar por causas que não são nobres. Somos homens e
mulheres de grande avivamento e precisamos saber por qual causa
estamos lutando.
Para lutar, você precisa:
1. SENTIMENTOS MALIGNOS
Quantas vezes temos sentimentos ruins, somos assolados por
pensamentos malignos. E há até os que vivem possuídos por
pensamentos de carnalidade. A Bíblia diz que isso é sarkós, precisa
morrer. Alguns pensamentos que invadem a nossa mente precisam
morrer, ser banidos.
Não podemos evitar que um pássaro pouse na nossa cabeça, mas
podemos evitar que ele faça um ninho. Então, não podemos evitar
alguns pensamentos, mas podemos evitar que o diabo faça ninho na
nossa mente. Um pensamento é alimentado quando há emissão e
recepção. Quando há um emissor e um receptor, há reforço. Porque,
na verdade, você só reforça um pensamento se souber que o outro
vai concordar. Você nunca reforça o pensamento se desconfia que o
outro não vai concordar.
Você busca aliados para reforçar o seu pensamento e o nome
disso é malignidade ou santidade. Quando temos um pensamento
ruim e buscamos reforço, é malignidade. Quando temos um
pensamento bom da parte de Deus e buscamos reforço, é santidade.
Seja bom ou ruim, sempre procuramos pessoas com os mesmos
pensamentos para alimentar, ou seja, procuramos os grupos
homogêneos. É o que descreve Efésios 2:1-3, mostrando a essência
do pensamento enchendo a nossa natureza e revelando na nossa
nova natureza que temos uma tendência a ser filhos da ira. “E vos
vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro
tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe
das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da
desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos
nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros
também.”
Ira é sarkós, carnalidade. Procuramos sempre alguém para
encher a nossa mente na carnalidade, na qual estamos operando.
Por exemplo, os grupos homogêneos
se preferem. Eles são chamados na Psicologia de lambedores de
feridas. Um fica lambendo a ferida do outro, como os cães fazem
uns com os outros.
Não podemos deixar o cachorro lamber feridas, pelo contrário, as
feridas precisam ser expostas diante de Deus para serem saradas.
Deus precisa sarar todo pensamento contrário ao conhecimento
dEle para que nasçam homens e mulheres com pensamentos
adequados, que sejam Korban ao Eterno.
A Bíblia diz que há pensamentos que devem morrer. Tudo o que
vier à sua mente e for maligno, precisa morrer. Não alimente
pensamentos de morte que destroem a sua vida, família e a
sociedade que você vive. Não permita que isso aconteça!
Zele pelo seu nome e pelo seu testemunho. Você só tem um nome
e não pode perdê-lo, porque a Bíblia chama de tesouro. Se o seu
nome for denegrido, você está perdido. Seja o melhor que você
puder para não deixar que seu nome caia em descrédito. Você é
Korban para Deus.
Precisamos entender que pensamentos malignos têm direito de
nos visitar, porque são legítimos. A Bíblia diz que quando esses
pensamentos vêm, a pessoa se revela como filho da ira, como
qualquer outra pessoa. Tudo depende da forma como você reage. Se
você alimenta esses pensamentos, você se torna igual à maioria,
como filho da ira. Os pensamentos malignos não podem crescer
dentro de nós, antes têm que morrer.
Pensamentos de adultério, homicídios, suicídios, malignidades,
que não conseguimos nem mesmo diagnosticar, precisam morrer.
Pensamentos podem vir, mas a bênção consiste em resistir. A Bíblia
diz que em Deus temos poder para resistir o dia mau. Você pode até
não estar olhando, e passar uma mulher bonita e você fingir que
não viu... Não é a isso que me refiro, mas a você resistir e saber
que a sua aliança está acima dos seus sentimentos ou de
pensamentos malignos.
Existem pensamentos que depõem contra nossa própria sorte,
casamento, finanças, ministério e visão que Deus nos entregou.
Precisamos ser fortes. Agarrar nos nas grandezas de Deus e não na
nossa pequenez. Não podemos ser medíocres! Deixar que a mente se
encha de contrariedades que não correspondem à Palavra de Deus.
Quando entendemos que há uma bênção sobre a nossa vida, não
permitimos que nenhum sentimento contrário pouse na nossa
mente. E se vem um sentimento contrário, repreendemos, porque
vem de encontro ao que Deus está nos dando e ao que estamos
construindo. Então,se vem um pensamento contrário, um
pensamento maligno, imediatamente deve ser rejeitado, senão não
nascem os grandes projetos.
Pensamentos malignos matam projetos divinos.
Não permita que isso aconteça em sua vida. Os pensamentos
malignos devem ser rejeitados para que os projetos divinos não
morram.
2. VONTADES DA CARNE
De vez em quando, você pensa em comer uma deliciosa pizza,
daquelas bem crocantes, com um refrigerante bem geladinho... Essa
é uma vontade natural, onde não há pecado, se você não der lugar
à glutonaria, é claro. Porém, o que dizer do paganismo, que é tão
bonito, mas tão nocivo quanto é bonito?! Só que a nossa carne exige
e gosta das coisas bonitas, ainda que não admita e não queira
assumir o que está por trás. E esse é o problema. Às vezes, até
quebramos princípios espirituais para ter o bonito, mesmo quando
não agrada a Deus.
Quando trabalhei no livro Sarkós, a comida do urso, percebi o
quanto precisamos deixar morrer a carnalidade, a natureza
pecaminosa, porque a carne nos faz exigências violentas. Até cito o
exemplo da carne desejar comer um churrasco, às 23h, por
exemplo, depois passa mal, porque a carne é cretina, pede e depois
nos pune.
Guarde isto: Tudo que a carne solicita, em seguida, após o pedido
atendido, vem a punição. A carne pede e a carne pune. Por isso, a
Bíblia diz que devemos mortificar a obra da carne e não a
carne.Isso porque, na maioria das vezes, a solicitação da carne se
transforma em obra maligna. Algumas vezes a carne, após colocar
remorso na pessoa, ainda cita o nome de Deus: Meu Deus, por que
eu fiz isso? Por isso, não brinque com a carne. Observe que um casal
de namorados dá o primeiro beijo e acha gostoso, depois dá o
segundo, depois dá o terceiro, depois... É melhor pararmos por
aqui, porque já sabemos onde eles vão parar e também como vão
se arrepender. A carne pede e pune o tempo todo.
A carnalidade não tem limites. Um dia Jesus ensinando disse que
o homem que pensasse de forma impura em uma mulher já havia
praticado adultério com ela.
Toda a obra da carne fica sem limites. Tudo começa no
pensamento. Se você quiser manter-se santo, evite carnalidade.
Não pense, também, que quando casar, poderá tudo, porque não é
assim. Marido não pode violentar o corpo da esposa, e esposa não
pode violentar o corpo do marido.Imagine algo: Se você não tem
aliança ainda e a carne já faz solicitações, o que ela não irá impor
após
o casamento?
Infelizmente, alguns maridos não tratam bem a esposa e
arrumam ‘amante’ – quando a verdadeira amante é a mulher da
aliança – e fazem para a ‘amante’ o que não fazem pela esposa e
pela família. Ou seja, não cumprem o princípio, mas satisfazem a
carne. E Deus quer nos ensinar a matar a carne para viver Korban.
Korban é uma honra tão extensa que faz morrer a carnalidade, as
ações da carne, para que o princípio seja cumprido e não permita
que a carne ocupe a ação do espírito. Quantas vezes, a carne está
tão fortalecida que vai roubando a ação de valores e princípios no
casamento, na família, na vida pessoal e em todas as áreas.
É chegado um tempo de pautarmos nossa vida na santidade e na
consagração ao Senhor. Korban é um ato de santidade. Deus está
solicitando a nossa santidade e nos convocando para sermos santos
cada vez mais e mais.Isso implica em matar as ações da carne,
aprender a esmurrar a carne e valorizar o plano do espírito. É uma
convocação! Deus nos chama à santidade!
SELANDO O RELACIONAMENTO
Jesus confrontou os fariseus porque não tinham selo no
relacionamento. Os fariseus disputavam entre si. E quando há
disputa, a conquista é enfraquecida. A conquista de território
verdadeira acontece quando limpamos os relacionamentos. O maior
problema entre os fariseus, além de ensinar Korban de forma
errada, era a disputa entre eles.
Em Marcos 7, Jesus ensina que Korban não era para honra
própria, mas honra para todos. O Korban de Yeshua é você
considerar as pessoas superiores a você. Jesus nos ensinou que a
cada passo de humildade que damos, alcançamos vitórias. Um passo
de soberba é uma queda na própria escada.
Não permita a soberba! Deus quer que toda a soberba seja
removida do meio da Igreja para que aprendamos a nos humilhar
diante das pessoas. Onde está a soberba, está instalada a queda.
Onde está a humildade, está instalada a honra. E todo Korban é
revestido de humildade para que a honra seja coroada.
O Korban da honra gerencia uma educação no relacionamento,
onde todos têm o direito de gozar respeito. É fazer o caminho do
arrependimento para gerar respeito, plantando a semente do
respeito que será devolvido com honra. Quem quer ser respeitado,
planta a semente do respeito e colhe o fruto da honra.
Ninguém pode ir ao Altarsem ter uma vida liberta, curada e sem
responsabilidades. Korban é Altar curado. Eu sou um homem que
tem muito respeito pelo Altar. Sei que o Altar me liberta, cura,
transforma, restaura, ministra. O Altar me ministra vida. Do Altar,
eu me visto e me calço, alimento a mim e a minha família. O Altar
é liberador de vida e o nome disso é Korban. Ninguém nunca
trabalhou para Deus para ficar devendo nada a ninguém.
O seu Altar são as células, os 12, as Macrocélulas, as Bases. Para
mim, à medida que eu ministro, sou ministrado. Quando eu vejo o
Altar, fala de Korban, o lugar onde eu libero a minha essência para
Deus, onde eu queimo incenso para o Eterno, o lugar onde o nível
espiritual vai se elevando, crescendo e a salvação vai se
desenvolvendo. É um Korban de honra. Onde você está
plantado,será para honra ao Senhor, que receberá como oferta
agradável diante da Sua presença.
Como alguém pode usar o Altar para libertinagem, imoralidade e
expressar doenças, quando o Altar é para provar a nossa libertação,
cura, transformação, restauração e responsabilidade para o Eterno?
O Altar deve ser usado para honrar a Deus, como uma oferta para
Ele chamada Korban de honra.
KORBAN É RESPEITO
Korban é respeito, é uma ferramenta de grande valor, grande
poder, quando aplicada diariamente nas oportunidades que nem
sempre exigem essa honra e esse respeito. Deus vai ungir sua boca
para que quando você falar, seja um altar de honra, um altar
consagrado ao nosso Deus com palavras de bênçãos, de paz, de
vida. Quando você falar, todos verão que você é um profeta porque
a Palavra de Deus na sua boca é verdade e muda destinos.
Korban é respeito e é a honra nivelada, onde todos são partícipes
do mesmo direito. Através do respeito, sabemos que os lugares
conquistados são um presente do Eterno e não um esforço do nosso
próprio braço. O respeito que você goza é por causa do caráter do
Eterno impresso na sua essência, e o nome disso é Korban de honra.
Respeito é um mandamento divino, que culmina com a
manifestação do caráter da Honra, como está escrito em Romanos
13:7. “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem
honra, honra.” A Bíblia diz que um dia você viverá o respeito
galgado pelo Korban de Deus. É como se Deus estivesse ofertando
dEle em você. Deus tem ofertado em nossas vidas:
. A PAZ. A paz que temos é oferta de Deus.
. A ALEGRIA. Deus ofertou em nós a alegria; a alegria que temos
é oferta de Deus.
. O AMOR. Recebemos dEle amor; esse amor que derramamos nas
pessoas é oferta de Deus.
. A GRATIDÃO. Quando damos gratidão, só conseguimos ter
gratidão na direção das pessoas porque é uma oferta que recebemos
de Deus.
. A REDENÇÃO. Deus ofertou em nós a Redenção; a Redenção que
temos é oferta de Deus.
Paz, alegria, amor, gratidão, redenção, tudo isso está embutido
em Jesus. O nome dessa Oferta é Jesus. Jesus é a nossa Oferta que
traz paz, alegria, gratidão, redenção, mudança de natureza,
mudança de mente que nos leva para algo maior. Deus sabe nos
ofertar e essa oferta para nós é Korban. Você será o altar onde Deus
oferta, será o Korban do nosso Deus.
Muitos que têm ofertado no Altar de Deus podem começar a se
preparar, porque Deus vai começar a ofertar neles. Deus plantará
uma oferta na sua vida que você será cheio de tanta alegria que
não caberá em você mesmo. E se cumprirá o que a Palavra diz:
você não andará embriagado de vinho, mas do Espírito Santo de
Deus, como está escrito em Efésios 5:18. “E não vos embriagueis
com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito...”
Você será o transporte da glória de Deus, pois Deus decidiu investir
na sua essência.
Você foi feito não só para ser ofertado e para ofertar, mas você
também foi feito como uma base, um Altar onde Deus oferta e são
ofertas generosas. Por causa do respeito, da honra equilibrada, você
se tornará um grande depósito onde Deus colocará toda a essência
dEle para mudar a sua vida, a sua família, a história do seu povo e
de todos com quem você se relacionar.
Respeito é uma oportunidade que nem sempre exige a honra
pessoal. Respeito é um conjunto de valores que, quando se cumpre,
ganha um nome: HONRA. Onde está o respeito, está a honra.
Respeito e honra são dídimos, são gêmeos.
Todas as vezes que você respeita, você planta uma semente de
honra e uma porta nova se abre na sua direção. Todas as vezes que
você desrespeita, você planta uma semente de desonra e a porta
aberta se fecha.
Saiba que a partir de uma decisão de cumprir princípios, é
possível recuperar o tempo perdido. A honra tem um nome:
RESTITUIÇÃO. E Deus pode entrar no seu histórico e restituir a sua
vida e o seu histórico. Se você quer fazer uma grande conquista,
uma conquista relevante, você precisa aprender a honrar e exercer
o respeito.
Respeito é uma semente que gera um fruto chamado
CREDIBILIDADE. Se você viver com respeito, comerá o fruto da
HONRA. E você passará a sua vida toda comendo o fruto da honra,
porque isso é Korban de Deus.
Há pessoas que precisam ser novamente credibilizadas. Crédito é
algo muito sério. Quando uma pessoa perde o crédito com outra, é
como se ela fosse arrancada do coração. E muitos estão vivendo
assim:sem crédito com a família, com os discípulos, com a Igreja,
com a sociedade. Estão vivendo como Icabode (lá se foi a glória do
Senhor), mas virá uma restituição de nome, respeito e credibilidade
da parte de Deus, e você viverá um recobrar de tudo o que foi
perdido e roubado no meio do caminho.
Se havia algo que você não tinha mais esperança, através do
Korban da honra, você verá a manifestação. Na autoridade do
Nome de Jesus, podemos demolir demônios, principados e
potestades que trabalham para roubar o valor de homens de
excelência, o Korban de Deus, a bênção da nobreza do caráter
dosfilhos de Deus. Então, podemos viver o melhor de Deus e o
tempo de paz, alegria, prosperidade que o Senhor tem para cada
um de nós, credibilizados pelo Korban da honra.
Korban é respeito, é crédito restituído, é honra. Korban é
essência da honra, a qual todos os que cumprem princípios têm
direito.
CAPÍTULO 7
TEMPO, UM KORBAN DE HONRA
N Passamos a vida toda lendo a Bíblia e não conhecemos muita
coisa, como a palavra Korban, que não é notada por muitos, mas
adotada pelos cabalistas, Nova Era, grupos da mentalização
positiva e pessoas que usam o Evangelho, mas não querem o
Evangelho, utilizando-o apenas para reforço de discurso.
No Novo Testamento, a palavra Korban aparece apenas em
Marcos 7:11, como já fora mencionado nos capítulos anteriores.
Mas, encontramos Korban em vários textos bíblicos de Levítico, o
livro da oferta e da generosidade, onde podemos mergulhar no
princípio do ensino e aprender sobre os tipos de ofertas.
Na tradição, os rabinos começaram a ensinar os filhos a serem
irresponsáveis com os pais, porque os filhos davam uma oferta ao
Templo e diziam não ter mais responsabilidade com os pais,
isentando-se da obrigação com os pais, que envelheciam e morriam
sozinhos.
O que percebemos é que a eficácia da palavra foi se perdendo e
a responsabilidade foi sendo deixada de lado. Jesus mostrou a eles
que o Korban era usado de forma errada e para uso pessoal.
Korban, no conceito bíblico, é devolver honra a quem merece
honra. Ou seja, alguns chefes não merecem respeito, por causa da
atitude deles, mas Jesus ensinou que o princípio da honra é uma
dívida eterna do nosso caráter. Sempre teremos que prestar honra a
alguém, isso é Korban, a forma de você entrar com generosidade e
cumprir o seu papel e a sua chamada.
TEMPO DA VISITAÇÃO, OPORTUNIDADE E REVELAÇÃO
Em Marcos 7:11, Jesus estava, também, ensinando, falando para
aproveitar o tempo da visitação, oportunidade e revelação.
Visitação, oportunidade e revelação estão dentro de um tempo.
Deus, em um tempo, visita-nos. Deus, em um tempo, dá-nos
oportunidade. Deus, em um tempo, revela-nos o que Ele quer da
nossa essência.
Tudo que Deus reivindica de nós, como a honra, é para que
tenhamos uma melhor qualidade de vida. Ele é Senhor sobre tudo.
Ele sabe que nós precisamos de um tempo e o tempo está
diagnosticado. Eu diria que o tempo é o investimento da honra.
As pessoas que sabem viver o tempo, que sabem confeccionar ou
industrializar o tempo, estão plantando sementes para o futuro. Um
exemplo de usar bem o tempo é você parar, diariamente, para
pensar o que você faz do seu dia. Como pode um cristão, alguém
que nasceu de novo, acordar e não orar, não dobrar os joelhos
diante do Senhor, não ler a Bíblia, não reservar um tempo para
estar a sós com Deus e cantar louvores? E depois ainda quer ter um
dia de êxito... Impossível!
A Bíblia diz que dobrar os joelhos diante de Deus é prestar honra
de reconhecimento. Quando você dobra o joelho, você está
reconhecendo a autoridade de Jesus na sua vida. Não se trata de
um ato religioso, mas de se humilhar na presença do Deus Todo
Poderoso, do Rei dos reis, dAquele que era, que é e que há de vir.
Não somos um povo doutrinado a fazer devocional diário. A
oração da manhã define o seu dia. A leitura da Palavra pela manhã
define o seu dia. O dobrar do joelho define o tempo do dia. Essas
atitudes demonstram que o seu dia está separado, consagrado para
o Senhor. Isso é Korban de honra.
Korban é entrar na presença do Eterno, pedindo ao meu Rei que
Ele cuide de mim, da minha casa, da minha família, das minhas
finanças, e não permita que o inimigo vingativo entre no meu
território. Korban é blindar todas as áreas.
O que você faz nas primeiras horas define todo o seu tempo. O
que você faz nas primeiras horas da semana define a sua semana. O
que você faz nas primeiras horas do mês define todo o seu mês. O
que você faz nas primeiras horas do ano define todo o seu ano.
É comum no dia 31 de cada ano as pessoas fazerem promessas
que, na maioria das vezes, não são cumpridas. Alguns fazem voto
para Deus, esquecendo-se do que está escrito em Eclesiastes 5, que
diz que o homem que faz um voto e não cumpre, é considerado
tolo. “Quando a Deusfizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo;
porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que
não votes do que votares e não cumprires.” (Eclesiastes 5:4,5)
Cumprir os votos é obrigação do nascido de novo. Quando
fazemos um voto, estamos empenhando nossa palavra. Quando
cumprimos um voto, fazemos um ritual de honra.
O ritual de honra é elaborado, feito, consolidado. À medida que
entramos no mundo espiritual e homologamos, firmamos diante de
Deus algo, Deus começa a nos registrar em memória eterna, e
começa um novo histórico na nossa vida.
RESTITUÍDOS NO TEMPO
Para que sejamos restituídos no tempo, precisamos fazer votos
de honra. Quando fazemos um voto de honra, cumpre-se Joel 2:23-
26. “E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor
vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva temporã;
fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia. E as
eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de
azeite. E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta,
e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército que enviei contra vós.
E comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do
Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente;
e o meu povo nunca mais será envergonhado.”
Deus mesmo mostra que nós, como homens e mulheres, quando
nos devolvemos para Ele em ação de honra, algo maravilhoso
acontece no mundo espiritual e somos restituídos. Deus vai restituir
os anos que foram consumidos pelo gafanhoto. Ora, para que haja
restitui- ção, é porque antes algo foi perdido, foi levado, como em
um assalto ou um furto.
Quando alguém é assaltado, o ladrão, na ameaça moral, usando
palavras de baixo calão, consegue levar tudo da vítima. Já o roubo
não, o roubo é arquitetado, planejado. Por isso, a Bíblia diz que o
inimigo vem para roubar, matar e destruir (João 10:10). Sabemos
que o diabo trabalha, planeja, arquiteta, estuda.
O roubo é um trauma. E Satanás sabe como arquitetar traumas e
nos roubar. Quantas vezes somos roubados, o tempo passa e é como
se nem sentíssemos mais falta do que fora roubado de nós. Existem
coisas nossas, que são roubadas e, aparentemente, não sentimos.
Tive uma experiência com um presente que comprei para o meu
filho, Davih. Dei a ele um cordão com a harpa de Davi, comprado
em Jerusalém. E, passado um tempo, quando procuramos onde
estava guardado, havia desaparecido.
Davih jamais sentiria falta se eu não lhe contasse que ele fora
roubado do seu primeiro presente de Jerusalém. Assim pode
acontecer conosco. Quantas coisas estão prontas para nós, no
mundo espiritual, mas que o diabo roubou, pegou e segurou nas
regiões celestes, e que ele não quer devolver.
A Bíblia diz, em Marcos 3:17, que é preciso entrar na casa do
valente, amarrar o valente e tirar de lá tudo o que o diabo roubou.
Então, vem a restituição de tudo que foi roubado na vida e na
história. Podemos ser roubados de coisas que são nossas e que não
sabemos que temos.
Daniel, homem tremendo, homem de Deus, orando e jejuando,
pediu uma bênção ao Senhor. E Deus disse a ele que na mesma hora
em que a bênção foi pedida, foi também liberada, mas que o
principado da Pérsia havia segurado a bênção. E foram necessários
anjos de reforço para guerrear contra o principado para liberar a
bênção.
Através do exemplo de Daniel, aprendemos que muitas bênçãos,
as quais temos direito, estão presas nas mãos de principados. É
preciso estabelecer a vingança do Senhor para ser restituído. Glória
a Deus pela promessa: “E restituir-vos-ei os anos que comeu o
gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército
que enviei contra vós.” (Joel 2:25)
O QUE É RESTITUIÇÃO
RESTITUIÇÃO É DEVOLUÇÃO DE TEMPO PERDIDO
Todo o tempo que o diabo roubou da sua vida será restituído.
Este é o compromisso moral, espiritual e ético de Deus para
conosco: restituir-nos do que fomos roubados.
Lembro-me de que um dia estava orando, e ouvi Deus falar
claramente comigo que eu precisava me dar conta do que havia
sido roubado da minha vida como paz, alegria, unção, conquista,
prosperidade... E o Senhor foi me ministrando sobre o quanto eu
havia sido roubado e não me dava conta. Foi quando Ele me
apresentou o projeto da restituição, que está em Gênesis 20,
quando o Senhor restitui Sara a Abraão porque ela pertencia a ele e
não podia estar na mão de outro.
1. HONRAR A DEUS
Para se honrar a Deus, não é preciso entregar dinheiro e tudo o
que temos. O que Deus quer genuinamente de nós é a nossa fé.
Se entendermos Quem é Deus na nossa vida, o dízimo, a oferta
com propósito e as primícias são um selo no mundo espiritual para
fazer com que o Reino corra de uma forma veloz.
Os sacerdotes não precisam extorquir nem invadir a fé de
ninguém; não precisam roubar o povo, utilizando o discurso e a
pseudoautoridade para tirar o direito das pessoas. Não somos
fariseus!
Entregar a Deus o verdadeiro Korban é uma forma de honrá-lO.
Os fariseus se utilizavam de forma inapropriada de Korban e, por
isso, famílias inteiras morreram, pois lhes faltava alimento. E Jesus
entra dizendo que ai daquele que utilizasse Korban de forma
errada, para autobenefício, visto ser uma oferta para o Eterno.
O Korban deve ser devolvido, mas de forma livre. As pessoas
devem ser livres para ofertar. Há muitos que podem ofertar valores
altos. Que estes façam, contanto que não seja uma imposição, pois
Korban é o entendimento de dar o que se pode dar. É estimular a fé
sem estuprar o princípio.
Korban é o que eu posso fazer e não o que as pessoas querem que
eu faça. Korban não nos leva a passar necessidades, mas deve ser
um ajuste para que cada um, de acordo com a sua realidade,
comece a ministrar no Altar de Deus. Então, a partir daí, comece a
desatar prosperidade distinta na vida de cada homem e de cada
mulher, para que em um tempo recorde, o Senhor traga o
Korban do Trono, a essência da honra, e ministre sobre essa
pessoa, e faça dela um líder desatado em uma prosperidade sem
medida. Korban é uma oferta chamada honra irrevogável. Korban é
ter relacionamentos saudáveis, relacionamentos curados. Não
podemos ser doentes e querer entender Korban, porque Korban só
entende quem é doutrinado.
Korban é uma honra que não pode ser negociada. As pessoas
doentes, disfuncionadas, não têm o entendimento de Korban e não
podem fazer o que está acima das forças delas.
Korban nos leva a ter relacionamentos curados. Se você quer ter
um relacionamento curado, quer ter uma família curada, quer ter
cura no discipulado, trabalho e geografia na qual convive, precisa
do Korban de Deus, como uma oferta de honra para curar os
relacionamentos.
As pessoas viviam tão atormentadas que levavam a oferta diante
do sacerdote em busca de paz nas suas casas. Só que os fariseus
entraram e começaram a manipular, porque há sempre os
manipuladores da doutrina solene. E a estes, só Deus pune. Todo
espírito farisaico que está entrando para corromper a doutrina será
ajustado por Deus para que gestemos um relacionamento curado do
homem com Deus.
O relacionamento de Deus com o homem é curado. Mas nem
sempre o relacionamento do homem com Deus é curado. Há pessoas
que, pelo discurso, mostram que são doentes na direção de Deus.
Deus disse em Isaías e em Malaquias que a mente fica apodrecida,
cheia de tumores(Isaías 1) e que o homem perdeu o direito de se
relacionar com Ele porque perdeu a honra (Malaquias 1).
Honra, Korban, é uma exigência de Deus para com o homem. Da
parte de Deus para com o homem, tudo é limpo. Mas da parte do
homem para com Deus, tudo precisa estar puro e santo. E Deus vai
santificar o nosso relacionamento com Ele.
2. HONRAR O SACERDOTE
Quando avalio o nível de comprometimento que cada pessoa tem
com seu líder, fico impressionado como essa semente foi divulgada e
muitosjá assimilaram esse principio. É fácil declarar que quem ama
a Deus, honra o mentor, mas a expressão honra ao sacerdote vai
requerer de nós uma postura de seriedade e de princípio entendido,
pois somos treinados na nossa natureza pecaminosa a desonrar os
mentores que estão sobre nós.
O sacerdote é o eleito de Deus, isso independente dos crédulos
religiosos e bíblicos. Sabemos que sacerdócio é uma função, que
deverá ser desenvolvida na direção de Deus e só para Deus.
Ninguém na Terra, nem o rei, tem mais autoridade divina do que o
sacerdote. Ele é responsável para: Libertar, Curar e Restaurar. Por
isso, ele tem alguns princípios de honra que devem ser requeridos,
pois quando Deus quer ministrar ao povo, usa o sacerdote. “O filho
honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a
minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o
SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu
nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome?”
(Malaquias 1:6)
Verdade é que Deus trabalhou no caráter do povo de tal maneira
que, para que o povo entendesse e valorizasse esse ofício, Deus deu
a liberdade de uma geração ser chamada de Sacerdócio Real. Isso
significa que cada um deveria dominar com eficácia esse ofício.
“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a
Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura se contém: Eis
que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E
quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que
credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os
edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina, e uma
pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam
na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram
destinados. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que
vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em
outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não
tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes
misericórdia.” (I Pedro 2:5-10)
Nós descobrimos que o povo, mesmo com esse legado, busca um
sacerdote para desenvolver as suas funções sacerdotais, pois o
sacerdote é um eleito de Deus para realizar coisas que não são
comuns. Por isso, mesmo uma geração tendo esse ofício, vamos
precisar de homens que possam tratar-nos, desenvolver essa função
e trazer para nós a graça de encontrarmos o caminho de volta para
Deus, para a família e para nós mesmos.
A honra é o requisito básico para manter uma sociedade em curso
livre e devolver heranças que estão escondidas. Existem muitos
aspectos, que nós sabemos, que o sacerdócio precisa de ajuda, e,
como filhos do sacerdócio, devemos participar para que o descaso
com o povo não entre em evidência.
O sacerdote é honrado quando nós cumprimos o papel de
liderados, e, debaixo de obediência, seguindo os princípios da
Palavra, que poderá reger uma vida de êxito em todas as suas
escalas.
Podemos desenvolver esse Korban de muitas formas: prestando
serviço pela comunidade; orientando o povo a uma vida de
exemplo; suprindo as necessidades físicas e materiais da sociedade
onde estamos plantados; desenvolvendo projetos que tragam um
maior conforto para o povo desassistido, etc.
Porém, existe a honra na casa do líder(sacerdote) que precisa ser
executada; esse é o nosso Korban, que não tem nada a ver com
ofertas de compra de princípios, de nos deixar isentos com as
obrigações de cuidado com Deus, família e sacerdotes (líderes que
estão sobre nós espiritualmente).
A doutrina romana advoga os pactos de pobreza. Lembro que,
ainda quando criança, meus pais e vizinhos conversavam
escandalizados com um sacerdote romano que andava arrastando
uma sandália velha e quebrada, e roupas em trapos. Havia outra
vizinha que dizia: Isso é que é homem de Deus, não tem vaidade,
fez pacto de pobreza, não quer nada, nem tem ambição por nada, é
exemplo de líder. Bem, como eu não tinha entendimento do que era
sacerdócio, não opinava, e minha idade não permitia falar, mas não
me isentava de raciocinar: Que sacerdócio é esse?!
Claro que isso não é modelo, pois na Bíblia não existem pactos de
pobreza. Essa é uma doutrina de fórum íntimo, que devemos
respeitar, mas não significa que devemos concordar. Nós somos
líderes que precisamos nos preparar para ser exemplo e modelo em
tudo (I Timóteo 4:12).
Quando eu era Pastor denominacional, um dia uma ovelha
(diácono) me disse: Pastor, não tem dinheiro para lhe pagar por
causa da construção. Nós fizemos uma vaquinha para o senhor não
passar fome; tá aqui o dinheiro, dá para seu suprimento do mês se o
senhor comprar o básico. Eu respondi: Hoje é o último dia na minha
vida que uma ovelha rica humilha um Pastor pobre! E decidi romper
com laços de humilhação, requerendo o meu Korbanoth em Deus, a
honra sacerdotal, e Deus mudou a minha sorte! Foi uma decisão em
Deus, o Sacerdote Maior.
Mas, por esse espírito plantado no passado, há um descaso na
rota sacerdotal, e muitos líderes utilizam a pobreza e se tornam
sócios da desgraça. É claro que nós estamos vivendo dias de
mudança, e existem muitos exageros, mas honrar nunca é muito,
desde que o princípio não seja quebrado. Honrar o sacerdote é um
direito que temos para liberar muitas coisas que estão rompidas no
mundo espiritual. “E o sacerdote avaliará,seja bom ou seja
mau;segundo a avaliação do sacerdote, assim será.” (Levítico 27:12)
Como líderes de um tremendo avivamento, que restauram o
sacerdócio, precisamos entender que a honra não está somente em
entregar as primícias, como sinal do tributo pago a um governo,
nem que agora podemos agir como queremos, exigindo direitos
sobre o sacerdócio. Não!
Devemos honrar nosso líder,sim, pela vida modelo que ele possui
e, principalmente, por Quem ele representa, Jesus, para que por
essa honra,seja desatada herança sobre nossa família.
“E as primícias de todos os primeiros frutos de tudo, e toda a
oblação de tudo, de todas as vossas oblações, serão dos sacerdotes;
também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para
que faça repousar a bênção sobre a tua casa.” (Ezequiel 44:30)
A nossa missão é procurar canais de honra que promovam um
bem-estar para o sacerdote, família e comunidade, e todos debaixo
dessa missão, cumprirem o princípio do Korbanoth, que é honrar seu
líder em todos os níveis e não permitir que a desonra bata à nossa
porta por não cumprirmos esses pontos que seguem: Suprir as
necessidades físicas e materiais da sociedade onde estamos
plantados; desenvolver projetos que tragam um maior conforto
para o povo desassistido, cuidar da sua casa e da sua vida. Isso é
Korban de honra, que nosso líder é suprido do mínimo na sua
história e desenvolve um ministério com tranquilidade.
3. HONRAR OS MENTORES
Honrar os mentores também é uma espécie de Korban. Quando
temos um relacionamento sadio com Deus, temos um
relacionamento sadio com os nossos mentores.
O reflexo do seu relacionamento difícil com os seus mentores é
porque você está ferido com Deus e precisa de cura. E Deus quer
curá-lo. Korban é cura entre relacionamento de mentoreados com
mentores. Não há nada mais saudável do que gerar e ter um
relacionamento de êxito entre os mentores e os mentoreados.
Se você adquire feridas com os seus mentores, o seu
relacionamento com Deus está contaminado. Não há como você
estar saudável com Deus e mal com os homens. A cura que Deus faz
em nós é suficiente para que vivamos bem com todos os homens.
Korban é entendimento de relacionamento. O Senhor mostrou
que os fariseus viviam mal com Deus, com os homens e mal com
eles mesmos. Você sabe qual é o trunfo de uma guerra? É quando os
seus guerreiros são inimigos entre si. Enquanto os guerreiros estão
unidos, a guerra está ganha. Quando divergem no pensamento,
perdem a guerra.
A Bíblia diz que é preciso ter pensamentos de unidade. Se formos
unidos, nada nos separa. O trunfo de uma guerra está na unidade
dos liderados, daqueles que recebem comandos e não murmuram
entre si, mas cumprem o propósito e conseguem desbaratar o
inimigo no meio do campo de guerra.
Os fariseus entenderam apenas deles para eles mesmos, do povo
para eles e de Deus para eles. Só eles usufruíam e ainda oprimiam a
todos que estavam sob a autoridade deles. E o que aconteceu foi
que houve uma
guerra, uma disputa de territórios entre os fariseus e eles
começaram a se dividir por causa das motivações contrárias.
Depois, houve uma guerra entre os fariseus e o povo, porque não
estavam trazendo mais Korban. Os fariseus começaram a se
relacionar mal com Deus, com o povo e entre eles mesmos.
Quando estamos mal com os homens, ficamos mal com Deus,
ficamos mal com os mentores e mal com o povo. Todo tipo de
enfermidade que você está enfrentando na sua vida, no meio da sua
família, no meio dos 12, na comunidade que você vive, está
relacionada a uma falha e compromisso no Korban de honra com
Deus. Deus quer ajustar, porque se estivermos bem com Deus, vamos
reconciliar-nos com todos os homens.
Aqueles que têm paz com Deus têm paz com os homens. Isso é
abertura de relacionamento.
O que precisamos é ter a essência da honra, o Korban que traz
cura no relacionamento entre nós e o Senhor, entre nós e o povo,
entre nós e a família e entre todos os quais convivemos. Seremos
curados a partir de Deus.
Todo Korban é uma oferta de honra dada ao Senhor e a honra é
dada por palavras de reconhecimento de que Deus é o Senhor sobre
as nossas vidas e sobre tudo o que possuímos. Então, o diabo não
pode ganhar vantagem no nosso relacionamento.
Praticaremos o Korban e entregaremos nossa oferta a Deus,
sabedores de que a honra manifesta o amor saudável, sem paixão,
mas com verdade.
CAPÍTULO 9
KORBAN,
UM VASO DE HONRA
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos
atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no
nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos
nossos corpos; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues
à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste
também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a
morte, mas em vós a vida. E temos, portanto, o mesmo espírito de
fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por
isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus
nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco.
Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada
por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um
peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são
temporais, e as que se não veem são eternas.” (II Coríntios 4:7-18)
Na cultura hebraica, o Korban – a oferta de destino – era
colocado em um vaso específico, conhecido como vaso de honra.
Na visão bíblica, o vaso era considerado uma das formas do
indivíduo colocar sua semente, sua oferta. Como um sinal de se
dirigir ao Altar, representava prestar uma honra de destino a Deus,
aos familiares ou até
mesmo ao sacerdote, para honrar os pactos feitos na comunidade
eclesiástica, ou seja, nas Sinagogas ou Templo Sagrado de
Jerusalém.
O vaso, na cultura hebraica, tem uma função de valor muito
grande. Em torno dos vasos, a vida do povo girava, pois serviam
para colocar água, guardar alimento, guardar jóias e ornar casas
simples ou palácios.
Até os dias de hoje, o vaso em Israel e na cultura ocidental tem
um significado de valor muito grande. Um bom amigo em Israel, em
nome do governo israelense, reconhecendo os meus serviços
prestados àquela comunidade, entregou-me um vaso dos dias de
Neemias...
Você pode imaginar o valor histórico?!
Quando ele me entregou, disse: “Isso é uma honra, é um Korban.
Estamos reconhecendo o senhor como um dos líderes mais
influentes no nosso território. E a melhor maneira de honrá-lo, é
entregar-lhe um dos nossos vasos históricos”.
Como eu não sou Arqueólogo, mas Teólogo, fiquei meditando em
algumas coisas... Como era a comunidade daqueles dias? Quem fez
aquele vaso? A quem ele serviu? Certamente, não imaginaram que
um dia esse mesmo vaso estaria nas mãos de um estudante da
Torah, um homem que em pleno século 21 estaria dando um valor
histórico-espiritual àquele singelo objeto.
Todos que chegam ao meu escritório perguntam:
Meu Pastor, por que esse vaso falta um pedaço? E eu respondo: O
outro pedaço está em Israel. Para que esse vaso seja completo, na
aliança de ambos, Israel tem que me dar a parte que falta, e eu,
devolver o vaso. Se isso não acontecer, estaremos ligados para
sempre, pois isso é um Korban de honra.
Korban é sinalizado por um vaso, um vaso de honra que está
vazio e preparado para receber voluntariedades de sacrifício,
ofertas ou sementes, como está em I Tessalonicenses 4:4 e II
Coríntios 4:9. Vaso de santidade e honra – Korban. A promessa é que
o Senhor fará de nós um vaso de honra.
Claro que alguns não vão gostar muito da ideia, pois só
entendíamos Korban com a mente judaica, ou doutrinas ocidentais,
ou até mesmo cabalistas, pois não ousamos estudar os porquês.
E como Jesus utilizou uma parábola para ensinar o Korban, e
introduziu como princípio de honra ensinado por Moisés, agora
podemos conceituar Korban de outra forma. Na parábola, Jesus, na
Sua singularidade, responsabiliza o indivíduo diante de Deus, dos
Pais e Sacerdotes,sem tradição, mas pela guarda do princípio da
honra.
A NOIVA SANTA
A forma do Tet é Vaso de Honra ou Korban de honra, depósito
onde se coloca a vida por intermédio de uma semente, ou seja,
oferta, mas, também, onde se coloca a nossa integridade, tudo que
somos e temos, nossa vida. Surge também um vaso ou taça, fruto
de honra intercessória, que é um tipo de gestação legítima que
obedece aos princípios do Korbanoth. É como a taça de Apocalipse,
que estão cheias das intercessões dos santos, prontas para serem
respondidas e derramadas sobre nós (Apocalipse 5:8).
Tet também é uma palavra alusiva à noite que se prepara em
contagem regressiva; após nove meses, dá à luz seus filhos
esperados. Está relacionado ao caráter reprodutor da Noiva de
Cristo, que tem a missão de frutificar para o Noivo. No figurativo,
como esposa desposada que a seu tempo se prepara para dar o filho
da aliança, ou seja, a multiplicação do Seu Reino.
Por ser a nona letra, o número que corresponde em hebraico,
Tet, aponta o mesmo sentido dos nove meses da gestação, o
completo nos dons espirituais, um tempo programado para
frutificar, gestado em grande expectativa.
Tet, os dons em operação, inclusive o de servir e como devemos
honrar servindo, ensina-nos também que o tempo do Kuf, palavra
originária para Korban, vai-nos levar ao entendimento que a honra
obedece a fases.
Ainda que não se cumpra a gestação, devemos esperar com
grande expectativa. “Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso
em santificação e honra.” (I Tessalonicenses 4:4).
Não podemos entender Korban sem vermos que existem
princípios que precisam ser guardados, e que nos levam a pontos de
excelência e honra, por causa do chamado que o Senhor nos fez.
A quebra do princípio Korbanoth traz-nos atrocidades
irreparáveis. Precisamos estar em alerta, pois esse princípio foi
quebrado nos céus por Ben-Shachar, Lúcifer, que perdeu o direito da
presença de Deus.
O mesmo princípio quebrado no Éden trouxe atrocidades, e eles
perderam o direito de ficar na terra, no Jardim do Éden. Perderam
o território,tiveram que plantar e colher dentro de outra
expectativa, pois não podiam mais regressar à terra da promessa. O
Éden se fechou de forma que não podiam regressar. A desonra é a
única infração que impossibilita o retorno ao território antes
possuído.
Assim também quando Israel pecou com a desonra a Deus, trouxe
consigo uma consequência terrível e ficou por quatro séculos em um
cativeiro, sem perspectiva de ver a terra da promessa que o Senhor
prometeu a seus pais.
É lamentável quando o vaso de honra se torna vaso de ira.
Quando o vaso de misericórdia se torna juízo, entramos por uma
rota perigosa e não encontramos o caminho do retorno.
Só um princípio criado pelo Eterno devolve a oportunidade do
novo, do recomeçar, de consertar o vaso, de soerguer o vaso de
honra que se tornou em vergonha: ARREPENDIMENTO.
Arrependimento é a chave do retorno.
Havendo arrependimento, não existe vaso frágil ou navio potente
que a mão do Eterno não restaure. Através do arrependimento, o
Senhor conserta as arestas, impede que o navio (ministério) afunde
e conserta o vaso para não perder o óleo novo, unção.
Todos têm a oportunidade de serem restituídos e de se lançarem
nas novidades de Deus com um ministério restaurado, devolvidos à
sua essência através do arrependimento, voltando a ser um Vaso de
Santidade e Honra.
EPÍLOGO
Sei que você foi acrescentado com esta leitura; esta foi a nossa
intenção. Conceituar hoje honra é extremante complicado, pois a
ciência do comportamento social tem apontado vantagens e
oportunidades como uma ferramenta de sobrevivência, e, ao
mesmo tempo, de amostragem de capacitação.
Quanto mais uma pessoa migra de empresa, setores, chefes e
autoridades, mostra a sua habilidade. Isso claramente gesta uma
desconfiança e falta de coragem de lideranças fortes investirem
mais nos seus mentoreados, pois eles fogem quando o mercado os
solicita com outras propostas vantajosas.
Nem mesmo em nosso setor familiar, as donas-de casa não
querem investir nas empregadas domésticas, pois depois de
plantarem nessas vidas, elas saltam para outras oportunidades,
desvalorizando o que lhes fora entregue. E em outros lugares,
mostra o caráter forjado e mais depurado no setor de trabalho. É
um investimento arriscado.
Assim sucede em grandes empresas e até mesmo em setores
privados e públicos. Todos estão propensos a sofrerem essa desonra,
pois depois dos mestres e empregados estarem treinados, eles saem
em busca de salários melhores e desonram os que investiram na
formação nova de cada um deles.
O discurso deste livro, de entrar por um estímulo de avanço e
valores, não dá o direito de aventuras, pois nós precisamos de
pessoas que se qualifiquem, mas que não sejam migratórias. A
cultura de migrar tira a essência do compromisso, e as chamadas
oportunidades podem fraturar relacionamentos extremamente
relevantes.
Agora pasmem, até mesmo nos setores sacerdotais, áreas de
vocacionados, existem os oportunistas, fazendo da sua vocação um
mercado de capitalização de finanças, que querem ter o mesmo
direito daqueles que estão acima deles. É como se a vocação fosse
o campo de finanças e um mercado para enriquecer pobres que não
se preparam para galgarem posições honrosas.
O que vemos é que esses indivíduos não se deram bem no setor
secular, mas querem investir no Reino e fazer da Casa de Deus
oportunidade de mercado, como se fosse mais uma empresa. A
Palavra os chama de Simão, que querem usar os dons para
ganharem dinheiro (Atos 8:1-25).
Muitos, pela formação que possuem, estão em um nível que o
esforço e investimento educacional e profissional, não lhes
permitem estar onde estão, usufruindo os bens e salário que
possuem, pois muita gente no mercado secular, com mais
capacitação não tem nem recebe o que esses estão sendo honrados
e não agradecem ao Eterno e aos seus mentores. É a falta do
Korbanoth.
Estamos mais desconfiados que antes, pois homens de aliança
não se encontram facilmente no nosso contexto, e observamos que
cada um se move na sua naturalidade de querer, e não valorizam
mais as alianças, que são o pêndulo social, para que estejamos mais
saudáveis na nossa rota de confiança. “Sabe, porém, isto: que nos
últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens
amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem
afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis,
sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais
amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de
piedade, mas negando a eficácia dela. Destes, afasta-te.” (II
Timóteo 3:1-5)
Quando encontramos um desafio como este material, ficamos até
temerosos, pois não estamos fazendo uma apologia de mercado, o
que não queremos é desperdício. Ninguém quer fazer investimentos
e perder o que fora investido. Isso é Korban, quando você
reconhece e honra aqueles que plantaram no seu caráter.
Jesus fez uma equipe. Ele investiu tempo, graça, unção, energia,
conhecimento, visão, sonhos e um projeto fabuloso que só se
cumpriria com a doação da Sua vida; e Ele o fez, doou Sua vida
pelo sonho.
Quando Jesus viu a possibilidade de perder Seu investimento
(Korban) cercou Seus discípulos e os doutrinou. Alguns estudiosos
chegam até a calcular quanto custou em finanças o investimento de
Jesus na vida dos discípulos, que foi o único empreendimento que se
sustentou até os dias de hoje sem sofrer solução de continuidade.
Quanto valeria o investimento que Jesus fez em cada discípulo,
em finanças? Segundo líderes que estudam finanças e mercado,
Jesus investiu muito dinheiro (em outra moeda é claro) em cada
discípulo, nos quesitos acima citados. Por esses e outros motivos,
Ele não soltou a Sua equipe.
Jesus é chamado o Korban, Ele é a maior Oferta, porque alguns
dão a vida pelos seus negócios e não têm sucesso duradouro, mas
Ele não trocou os negócios desta vida por Sua chamada, mas fez da
Sua chamada o negócio da Sua vida, sem reverter cultura e
costumes que são princípios de vida. Por isso, não desistiu do Seu
investimento.
Foram vários níveis de ofertas,tempo, graça, doutrina, ensinos
diretos e a própria vida. Por isso, Ele Se tornou o nosso Korban.
Entenda que quando Jesus estava falando que eles desonravam os
pais e trocavam o valor da honra, Ele estava falando dEle mesmo
que Se fez o honrador da doutrina do Pai, para Se tornar Senhor
sobre todos.
Acredito, sem sombra de dúvidas, se é que eu posso falar isso,
que Jesus, como nosso Korban, deu-nos uma lição: Somos o Altar
onde Deus oferta a Sua graça, dons, talentos, inteligência,
sabedoria e, claro, a Sua preciosa vida. Somos hospedeiros do
Korban Eterno.
Agora entendendo o Korban da honra, você sabe que há uma
transferência, e cada um de nós é um testemunho do Korban de
Deus, que se move na Terra, para vencer o espírito farisaico,
comprometer-nos de uma forma mais saudável com o Eterno e, com
todas as nossas atitudes, darmos um Korban ao Senhor, que é o
mínimo de honra que podemos destilar na Sua direção.