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17/03/2017 Kenneth Frampton: “A primeira casa modernista foi construída no Brasil.

 Le Corbusier chegou 10 anos mais tarde” | Cultura | EL PAÍS Brasil

CULTURA

“A primeira casa modernista foi construída no Brasil. Le Corbusier chegou


10 anos mais tarde”
O arquiteto britânico Kenneth Frampton, autor de uma obra fundamental sobre a construção
moderna, prepara uma nova versão menos eurocêntrica
ANATXU ZABALBEASCOA

12 MAR 2017 - 17:44 CET

Kenneth Frampton, fotografado na Universidade Politécnica de Madri depois de receber o título de doutor honoris causa THOMAS CANET

Aos 50 anos, o arquiteto britânico Kenneth Frampton (Woking, Inglaterra, 1930) lançou um livro fundamental que
amarrava o conjunto de sua disciplina. O curioso de sua História crítica da arquitetura moderna, que continua a ser
publicada, com traduções para 11 idiomas (foi lançado no Brasil em 1997, com reedição em 2015, pela editora
Martins Fontes), é que a solidez de sua análise foi sendo construída ao longo de várias reedições revisadas. Na
primeira delas, este catedrático da Universidade de Colúmbia, onde ainda dá aulas de urbanismo, criou um termo
que revolucionou a própria modernidade do seu título: regionalismo crítico. Tratava-se de dar voz aos avanços
partindo de outras tradições: a modernidade inerente à arquitetura mediterrânea e a modernidade orgânica –mais
próxima da paisagem do que da abstração— da escandinava. “Um livro de referência que procura resumir a ideia
de que o conhecimento nunca se encerra”, afirma Frampton, no salão nobre da Universidade Politécnica de Madri.
Ele ainda está vestido com a toga e o barrete. Acaba de receber o título de doutor honoris causa, sendo o terceiro
arquiteto a obter a honraria, depois de Félix Candela e Norman Foster.
 

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Casa Modernista da rua Santa Cruz, de Gregori Warchavchik, em São Paulo

Frampton, que vive há mais de meio século em Nova York, observa que às vezes as mudanças na vida obrigam a
que se corrija o conteúdo de um livro. Como aconteceu quando a arquitetura abraçou o desconstrutivismo ou
quando passou a refletir a lógica da sustentabilidade, para não prejudicar o planeta. Ele admite, no entanto, que,
em outras ocasiões, as correções podem ser feitas também em razão da autocrítica. “Na revisão mais recente
[que ele está preparando para este ano], não quero apresentar um mundo eurocêntrico: a arquitetura da China,
da Índia ou da África também fazem parte do planeta”.

Mesquita de Bait Ur Rouf, em Daca, Bangladesh

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Como aconteceu de deixar a profissão de arquiteto para passar a contar a sua história? “Foi quando percebi que
nessa história existem profissionais muito melhores do que eu”, responde, sem dar voltas. Foi Robin Middleton,
editor da Thames & Hudson, quem lhe encomendou o trabalho de sua vida. Ele lembra que começou a entregá-lo
por capítulos, como os folhetins do século XIX, com cada um deles sendo publicado na revista World of Art.

Parlamento de Daca, obra de Louis I. Khan.

Middleton lhe deu dois conselhos essenciais: “Você não precisa de uma frase sobre alguma coisa que já disse. E
não precisa de um adjetivo que não acrescente nada”. Hoje Frampton considera que simplificar nem sempre é
positivo: “Minha história requer um leitor atento. Os livros sem muita retórica exigem mais atenção”.

Com 86 anos, articula a maior autocrítica a seu livro: “Deixamos de lado uma grande parte do
MAIS INFORMAÇÕES
mundo. Que você não conheça não quer dizer que não exista”. Como se completa, então, uma
América Latina
como escola de visão planetária? De quanto distanciamento é preciso para se escrever a história de uma
arquitetura disciplina? “É necessária a convicção de que você viu coisas que merecem ser contadas. E a
Unesco consagra Le humildade para deixar claro que o que você conta não é nunca a história. É a sua história.”
Corbusier e torna
Pampulha, de
Niemeyer, O catedrático conta que procurou conhecer todos os edifícios de que fala (“os que não
patrimônio mundial
conheci, eu os estudei”) e admite que o mais fascinante são os acasos. “Quando visitei o
 
Oito frases de Zaha arquiteto de Bangladesh Kashef Chowdhury, conheci o talento de sua ex-mulher, Marina
Hadid sobre ser Tabassum. A história da arquitetura moderna está cheia de uniões de pessoas com grande
mulher no mundo da
arquitetura talento que acabam em divórcio. A atenção se concentrou em um só dos lados, mas chegou o
momento de exaltar muitas dessas mulheres”, argumenta. Insiste em que é preciso prestar
Arquitetura
imprópria para as
atenção em quem tornou as coisas possíveis, como Muzharul Islam, um arquiteto de
elites Bangladesh que introduziu a modernidade nessa região da Ásia. Levou Louis Khan a construir
o Parlamento em Daca e depois fundou ali a Escola de Arquitetura. Ou Gregori Warchavchik, o
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imigrante russo que trouxe a modernidade para o Brasil e ergueu em São Paulo a primeira
casa modernista. Le Corbusier chegou 10 anos mais tarde.

Um arranha-céu não é arquitetura. É só dinheiro

Como seu próprio livro, Frampton considera que a modernidade é um projeto inacabado. “É mais um sinônimo de
progresso do que do despotismo da qual foi acusada”. Assistimos à dubaização do mundo? “Em Nova York um
arranha-céu é construído depois do outro. E são construções anódinas. Irrelevantes culturalmente. Só
representam o mercado. Não há significado nem simbolismo. Chama-se especulação e é a rainha de nossos dias.
Não sei quando isso vai parar. Mas me nego a aceitar que isso seja uma herança do Movimento Modernista. Não é
arquitetura. É só dinheiro.”

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· Urbanismo · América · Arte

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