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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E DA TERRA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
QUIMICA INORGANICA

Edilberto Geraldo de Medeiros

Aplicação dos Compostos de Coordenação na Química


Analítica Quantitativa e Qualitativa

Natal/RN
Maio - 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E DA TERRA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
QUIMICA INORGANICA

Aplicação dos Compostos de Coordenação na Química


Analítica Quantitativa e Qualitativa

Edilberto Geraldo de Medeiros

Relatório apresentado ao curo de


Engenharia Química da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte como
requisito da disciplina de Química
Inorgânica.

Orientador(a): Dr. Robson Fernandes

Natal/RN
Maio – 2010
1 – INTRODUÇÃO

Compostos de coordenação são substâncias que contêm um átomo ou íon central


(que freqüentemente é um metal) rodeado por um grupo de íons, moléculas ou radicais
ligados ao elemento central por forças que variam de acordo com as características e
estequiometria das espécies envolvidas.
Esses compostos estão presentes na maioria dos processos que envolvem
espécies inorgânicas em temperaturas não muito elevadas. Para que se tenha uma idéia
da importância desse tipo de composto, basta citar os fatos seguintes, que são
conduzidos por espécies coordenadas:

a) A respiração, ou mais precisamente, a troca de gás carbônico pelo oxigênio no


organismo, cujo responsável maior é a hemoglobina, que é um complexo que tem o
ferro (II) como elemento central;
b) A fotossíntese, que é um dos processos vitais para os vegetais, e é realizada pela
clorofila, que é um complexo cujo elemento central é o magnésio;
c) A produção de polietileno seria inviável em larga escala se não fosse o
desenvolvimento dos catalisadores de Ziegler-Natta (que são compostos de
coordenação), que promovem polimerização de etileno, à pressão e temperatura
moderadas.
Fatos como estes fazem com que cerca de 70% dos trabalhos realizados sobre
química inorgânica se relacionem aos compostos de coordenação. Estes compostos,
atualmente, recebem as denominações de adutos ou complexos, dependendo das
espécies coordenadas serem neutras ou iônicas. Suas propriedades físicas e químicas
variam bastante. Por exemplo:

a) Quando em solução alguns se dissociam em suas espécies constituintes, outras


permanecem com seus ligantes coordenados aos metais;
b) Na forma pura, alguns são estáveis apenas a baixas temperaturas, outros mantêm suas
identidades mesmo a altas temperaturas, podendo, até, serem volatilizados;
c) Os que têm elementos de transição como átomo central, algumas vezes são
paramagnéticos, enquanto aqueles que têm elementos representativos como átomo
central sempre são diamagnéticos.
d) Da mesma forma, os compostos de metais de transição em geral são coloridos,
enquanto os elementos representativos são brancos.
e) Apesar dessas diferenças, existe suficiente convergência nos métodos de preparação,
nas estruturas e no comportamento químico, que permite estudar esses compostos como
constituintes de uma classe de substâncias.
Os compostos de coordenação são utilizados na química analítica com fins
diversos. Este relatório tem a finalidade de apresentar algumas aplicações dos mesmos
na química analítica quantitativa e qualitativa.
2 – DESENVOLVIMENTO

2.1 – Aplicação dos Compostos de Coordenação na Química Analítica


Qualitativa:
2.1.1 – Formação e Estabilidade de Complexos na Analise Química
Qualitativa:
Em analise qualitativa inorgânica, utilizam-se amplamente as reações que levam
a formação de complexos: Um íon complexo (ou molécula) consta de um átomo central
(íon) e vários ligantes intimamente acoplados a ele. As quantidades relativas desses
componentes num complexo estável parecem seguir uma estequiometria bem definida,
embora isso não possa ser interpretado dentro do conceito clássico de valência. O átomo
central pode ser caracterizado pelo numero de coordenação, um numero inteiro, que
indica o numero de ligantes monodentados, que podem formar um complexo estável
com um átomo central. Na maioria dos casos o numero de coordenação é 6, podendo
ainda ocorrer os números 2 e 8.
O numero do coordenação representa o numero de espaços disponíveis em torno
do átomo ou íon central na denominada esfera de coordenação, cada um dos quais pode
ser ocupado por um ligante (monodentado). A disposição dos ligantes em torno do
átomo central é simétrica. Assim, um complexo, cujo átomo central tenha um numero
de coordenação igual a 6, compreende um íon central no centro de um octaedro,
enquanto os seis ligantes ocupam os espaços determinados pelos vértices do octaedro.
Ao numero de coordenação 4, normalmente, corresponde uma simetria tetraédrica, se
bem que uma disposição plana (ou quase plana), onde o átomo central ocupe o centro de
um quadrado e os quatro íons situem-se nos cantos, também seja comum.
Os íons inorgânicos simples e as moléculas formam ligantes monodentados, isto
é, um íon ou molécula ocupa um dos espaços disponíveis m torno do íon central na
esfera de coordenação, mas também são conhecidos ligantes bidentados (como o íon
dipiridlila), tridentados e até tetradentados. Os complexos formados por ligantes
dentados são, muitas vezes, denominados quelatos, nome originário do grego que
significa a pinça do caranguejo que morde um objeto como o ligante polidentado agarra
o íon central. A formação de complexos quelatos é extensamente utilizada em analise
química quantitativa (titulações complexométricas).
A formação de complexos na analise qualitativa inorgânica ocorre
constantemente e é utilizada na separação ou identificação. Um dos mais freqüentes
fenômenos que ocorre na formação de um íons complexo é uma mudança de cor na
solução. Exemplo:

Cu2+ + 4NH3 (solução azul)  [Cu(NH3)4]2+ (solução azul-escuro)

Um outro fenômeno importante, muitas vezes observado quando da formação de


íons complexos, é um aumento de solubilidade. Muitos precipitados podem dissolver-se
em decorrência da formação de complexos:

AgCl(s) + 2NH3  [Ag(NH3)2]+ + Cl-


AgI(s) + 2S2O32-  [Ag(S2O3)2]3+ + I-

A formação de complexo é responsável pela dissolução dos precipitados em


excesso do reagente:

AgCN(s) + CN-  [Ag(CN)2]-


BiI3(s) + I-  [BiI4]-

A estabilidade dos complexos pode ser estudada a partir da aplicação da lei da


ação das massas sobre os equilíbrios de dissociação. Principio semelhante aplicado a
expressão da força relativa de ácidos e bases.

2.1.2 – Aplicação dos Complexos em Analise Qualitativa Inorgânica:


A formação de complexos apresenta dois campos importantes de aplicação em
analise qualitativa inorgânica:

a) Testes específicos para íons:


Algumas reações, conduzindo a formação de complexos, podem ser utilizadas
como testes específicos para íons. Temos assim uma reação especifica e muito sensível
para identificação do cobre pela amônia, quando se forma tetraminocuprato azul-escuro:

Cu2+ + 4NH3 (azul)  [Cu(NH3)4]2+ (azul-escuro)


Somente o níquel apresentaria uma reação semelhante, formando o íon
hexaminoniquelato (II), [Ni(NH3)4]2+. No entanto, com alguma pratica, cobre e níquel
podem ser diferenciados entre si.
Outra aplicação importante é o teste para íons ferro (III) com tiocianato
(sulfocianeto). Em meio ligeiramente ácido, forma-se uma coloração de um vermelho
intenso, devido a formação gradual dos seguinte complexos:

Fe3+ + SCN-  [FeSCN]2+


[FeSCN]2+ + SCN-  [Fe(SCN)2]+
[Fe(SCN)2]+ + SCN-  [Fe(SCN)3]
[Fe(SCN)3] + SCN-  [Fe(SCN)4]-
[Fe(SCN)4]- + SCN-  [Fe(SCN)5]2-
[Fe(SCN)5]2-+ SCN-  [Fe(SCN)6]3-

De todos esses, [Fe(SCN)3] é um não eletrólito, e pode ser facilmente extraído


por éter ou álcool amílico. Os complexos com cargas positivas são cátions e, numa
eletrolise, encaminham-se para o cátodo, enquanto aqueles com cargas negativas são
aníons e dirigem-se ao anodo. Esta reação é especifica para íons ferro III; até mesmo os
íons ferro II não reagem com o tiocianato. Na realidade, este teste é, muitas vezes,
utilizado na identificação de ferro III, mesmo na presença dos íons ferro II.
Alguns complexos são precipitados, como o precipitado vermelho brilhante
formado pela reação entre os íons níquel II e dimetilglioxima.

b) Mascaramento:
Ao testarmos um íon especifico com algum reagente, podem ocorrer
interferências devido a presença de outros íons na solução, que também reagem com o
reagente. Em alguns casos, é possível evitar essa interferência pela adição de reagente
denominados agentes de mascaramento, que formam complexos estáveis com os íons
interferentes. Não há necessidade de uma separação física dos íons envolvidos e,
portanto, o tempo empregado no ensaio pode ser reduzido consideravelmente.
O mascaramento pode ser alcançado pela dissolução de precipitados ou pela
dissolução seletiva de um precipitado como parte de uma mistura. Assim, ao
analisarmos o chumbo na presença de prata, produzimos uma mistura de precipitados de
cloreto de chumbo e prata.

2.1.3 – Os mais importantes complexos utilizados em Analise Qualitativa:


Em analise qualitativa inorgânica, os complexos são freqüentemente
encontrados. Os mais importantes são:

a) Aquocomplexos: A maioria dos íons comuns estão em solução aquosa sob a forma de
aquocomplexos. Como o [Ni(HsO)6]2+;
b) Aminocomplexos: São formados pela adição de um excesso de amônia a certos íons
metálicos como o [Ag(NH3)2]+;
c)Complexos de halogenatos: Íons halogenatos que são frequentemente coordenados
aos íons metálicos, formando alogenatos complexos;
d) Complexos de cianetos e tiocianatos: Os íons cianeto formam complexos estáveis
com vários metais, como [Ag(CN)2]-;
e) Complexos quelatos;
f) Hidroxocomplexos.

2.2 – Aplicação dos Compostos de Coordenação na Química Analítica


Quantitativa:
A determinação da composição elemental de produtos naturais ou produtos
sintéticos comerciais é uma prática comum em química analítica. Em análise
quantitativa por volumetria, determina-se a quantidade de um composto ou elemento
presente numa amostra através de uma reacção química característica e especifica para
esse composto ou elemento. As reacções empregues em análise volumétrica são de
quatro tipos: neutralização, oxidação - redução, precipitação e complexação.
Uma volumetria de complexação é aquela em que durante a adição de titulante à
solução a titular se forma um complexo solúvel e estável. Terá então que existir em
solução um agente complexante (ligando), o qual se irá ligar à espécie a dosear (catião
metálico). As reacções de complexação não se dão numa só etapa, mas sim em tantas
quantas as necessárias para satisfazer o número de coordenação do catião metálico
(número de coordenação é o número de átomos directamente ligados ao catião
metálico). Existem, no entanto, ligandos que se unem ao átomo central por mais do que
uma ligação coordenada - ligandos polidentados, os quais rodeiam aquele, formando
cadeiais cíclicas.
Aos complexos de ligandos polidentados dá-se o nome de quelatos. Os quelatos
são mais estáveis que os complexos comuns, verificando-se um aumento de
estabilidade, quando se substituem n ligações unidentados por um ligando n-dentado. A
este aumento de estabilidade dá-se o nome de efeito de quelatação, o qual tem o seu
valor máximo quando as cadeias cíclicas formadas têm 5 ou 6 átomos. No geral, o
reagente orgânico mais usado de forma a formar quelatos é o ácido
etilenodiaminotetracético, mais conhecido por E.D.T.A.
O E.D.T.A. forma sempre complexos na proporção de 1:1. Além disso, os
complexos de E.D.T.A. são sempre estáveis, solúveis e formam-se rapidamente. Para
simplificar as equações e estequiometria, costumam-se representar o E.D.T.A. por H4Y.
O E.D.T.A. é uma substância primária, pois pode obter-se puro, podendo ser seco a uma
temperatura de 150ºC, sem perigo de decomposição. Não é higroscópico, mas não é
muito usado na preparação de soluções-padrão, em virtude da sua baixa solubilidade em
água. As soluções-padrão de E.D.T.A. devem ser conservadas em frasco de polietileno,
pois se o frasco for de vidro, este pode ser atacado pelo E.D.T.A. Nas volumetrias de
complexação, os indicadores utilizados, na detecção do ponto final, são reagentes
orgânicos que originam, com o ião metálico a dosear, compostos de cores
características. Estas cores diferem bastante da cor própria do indicador. A cor da
solução titulada muda perto do ponto de equivalência, quando quase todos os catiões
que estão a ser doseados são complexados pelo titulante, isto é, quando a concentração
dos iões metálicos em solução diminui bastante.
Normalmente atribuímos ao EDTA a forma H4Y e ao sal dissódico Na2H2Y, que
fornece o ião H2Y2- , formador do complexo em meio aquoso.
Para detectarmos o ponto termo do ensaio, necessitamos de um indicador. Como
indicador usamos também uma espécie quelante que apresenta cores diferentes na forma
livre e complexada, o que depende do pH, sendo que o complexo metal-indicador (MIn)
deverá ser menos estável que o complexo M-EDTA (indicador do ião metálico):

M-In + EDTA M-EDTA + In ,


3 – CONCLUSÃO

Pode-se definir um composto de coordenação ou complexo como sendo um


composto formado por um átomo metálico (na quase totalidade dos casos, um metal de
transição) envolvido por átomos, moléculas ou grupos de átomos, em número igual ou
superior ao estado de oxidação mais alto do metal (os ligantes são aqueles representados
dentro dos colchetes, junto com o metal).

A química analítica é o ramo da química que trata da identificação ou


quantificação de espécies ou elementos químicos. Os compostos de coordenação podem
ser aplicados nos métodos clássicos da química analítica: a analise quantitativa e analise
qualitativa.

A análise qualitativa é empregada quando se pretende determinar ou identificar


as espécies ou elementos químicos presentes numa amostra, podendo ser eles atômicos
ou moleculares. Que pode ser de origem mineral, animal e vegetal. Na analise
qualitativa os compostos de coordenação podem ser utilizados para fazer testes
específicos para os íons e para mascaramento.

A análise quantitativa é empregada para se determinar a quantidade de uma


espécie ou elemento químico numa amostra. Sendo utilizada para a determinação de
concentrações, volumes ou massa exata da substância, através de técnicas de:
gravimetria, volumetria, instrumentais, entre outras é expressa por resultados numéricos
dos componentes da amostra. Muitos íons metálicos formam complexos estáveis,
solúveis em água com um grande número de aminas terciárias contendo grupos
carboxílicos. A formação destes complexos serve como base para a titulação
complexométrica de uma variedade de íons metálicos. Apesar de existir um grande
número de compostos usados na complexometria, um dos mais comuns é o ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA).
REFERÊNCIAS

[1] MAHAN, Bruce M.; MAYERS, Rollie J. Química um curso universitário. 4.ed.
Rio de Janeiro; Tradução de Koiti Araki; Denise de Oliveira Silva; Flavio Massao
Matsumoto. São Paulo: Edgard Bluncher, 2003.
[2] RUIZ, Andoni Garritz; GUERRERO, Jose Antonio Chamiso. Quimica. Tradução
de Giovani S. Crisi. Sao Paulo: Prentice Hall, 2002.
[3] COTTON, A. F.; WILKINSON, G. Quimica Inorganica. Rio de Janeiro: Editora
Livros Técnicos e Cientificos, 1982.
[4] VOGEL, Arthur Israel. Química Analítica Qualitativa. Tradução por Antonio
Gilmeno. 5 ed. – São Paulo: Mestre Jou, 1981.

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