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Conteúdo
1. Introdução
2. Cognição e Aprendizagem
3. Prática Educativa
4. Gestão de Tecnologias na Educação: adaptações, dinâmicas e resultados
5. Discussão
6. Considerações Finais
Referências
RESUMO: ABSTRACT:
Este trabalho apresenta a abordagem realizada This paper presents the structure of a Technology
durante uma disciplina de Gestão de Tecnologias Management in Education discipline for future
para licenciandos em computação. É realizada a teachers. It is performed the comparison to similar
comparação com edições de disciplinas similares em disciplines in undergraduate and graduate courses,
cursos de graduação e pós-graduação, além de in addition to detailing the dynamics adopted. The
detalhar as dinâmicas adotadas. Percebe-se a contributions are the earlier formation and the more
contribuição efetiva na formação precoce e o adequate approach to explain management forms,
interesse dos alunos. Sugere-se que as dinâmicas documents and technologies in the learning process.
sejam adotadas em outras disciplinas e contextos e We suggest that the dynamics can be adopted in
também uma discussão mais ampla no sentido de other disciplines and contexts.
conscientizar os discentes dos mais diversos cursos Key-words: Management Discipline, Future
quanto à documentação e atividades inerentes aos Teachers, Dynamics.
gestores e administradores.
Palavras-chave: Gestão de Tecnologias,
Dinâmicas, Licenciatura em Computação, Formação
Antecipada.
1. Introdução
"Há cerca de vinte anos, as principais plataformas de comunicação e os aparatos tecnológicos eram bem
diferentes" (DAMASCENO, 2015). No atual contexto científico e educacional é preciso orientar os alunos
(seja na sua formação básica ou superior) sobre onde buscar, de forma confiável, as informações, como
tratá-las e como utilizá-las. O processo de aquisição de informações exige profissionais críticos, criativos,
com capacidade de pensar e trabalhar em grupo (MERCADO, 2002).
El Tassa, Cruz e Schneckenberg (2014) discutem a formação do profissional de educação, em especial sua
formação à luz das concepções contemporâneas da educação. Aspectos da realidade social, experiência
diversificada, políticas públicas e modelos de gestão democrática são abordados para que este profissional
esteja preparado para uma parte da diversidade profissional que ele encontrará em sua carreira, e essa
abordagem se dá através do acesso às informações e em como utiliza-las no cotidiano escolar.
É importante que esteja claro que há uma diferença importante na facilidade de acesso às informações e no
tratamento das mesmas. Atualmente, o uso inovador da tecnologia aplicado à educação é uma realidade e
deve ser pautado, segundo o MEC (2007) em uma filosofia de aprendizagem que proporcione aos
estudantes efetiva interação no processo de ensino-aprendizagem. Afinal, o “aprendizado diário (...)
depende da transmissão dos conhecimentos de uma geração para outra, ou seja, de uma cultura base para
as transformações internas e para as adequações que o mundo exterior necessita” (BROUGÈRE, 2000).
Esse aprendizado entre gerações se relaciona com diversos setores dentro de uma mesma instituição de
ensino. Por exemplo, observando as atividades relacionadas a gestão (escolar), gerações diferentes atuam
no mesmo ambiente e a maioria dos diretores e professores conviveu por todo o tempo de sua formação,
até a graduação, em um cenário sem tecnologias e agora precisam coordenar, instruir, e dar aulas, para
nativos digitais (WPENSAR1; WPENSAR2, 2015); estes últimos, familiarizados com as tecnologias que
podem facilitar a rotina de trabalho dos gestores.
Este artigo apresenta um relato de experiência na disciplina “Gestão de Tecnologias na Educação”, do
curso de Licenciatura em Computação, que teve sua abordagem alterada na busca por atuar frente às
dificuldades mencionadas, ao problema da falta de formação específica da área de gestão, e da
diversidade de pontos de vista e de gerações no ambiente de trabalho. Outra inspiração para adaptações
foi a meta 16 do Plano Nacional de Educação (PNE), como incentivo de iniciação à formação de gestores,
considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino e da região (PNE).
Apesar de existirem trabalhos desenvolvidos no sentido de formar e treinar gestores, por exemplo
(MARINHO et al., 2011), o diferencial apresentado aqui se dá nas atividades propostas aos acadêmicos,
que envolveram contato mais próximo com o dia a dia das instituições da região de Santo Antônio de
Pádua, no Estado do Rio de Janeiro. Com abordagem similar, no sentido de conscientização de alunos,
mas com foco no ensino público (médio) para fatores relacionados à gestão de resíduos sólidos, é possível
identificar o trabalho de Xavier, Silva e Almeida (2016). Ainda com similaridades, Freitas et. al. (2016)
focam na formação docente para participação em concursos a partir da análise documental e dão maior
ênfase no estado do Paraná. Além destes aspectos, no trabalho apresentado neste artigo, houve incentivo
para a busca de documentação, realização de debate com um gestor e a proposta de soluções, pelos
alunos envolvidos, para as realidades do ensino básico, médio, técnico e superior públicos.
Antes de apresentar detalhadamente a forma de abordagem na disciplina, a seguir são discutidas cognição
e aprendizagem, importantes para as opções que foram adotadas. Posteriormente estão indicações da
prática educativa, a relevância dos acadêmicos e características do ambiente educacional. Na seção 4
estão as adaptações que foram realizadas considerando o plano nacional da educação (PNE) e um
levantamento de disciplinas similares. Ainda na mesma seção, encontra-se o relato de experiência
indicando as atividades propostas e os resultados obtidos. Por fim, as considerações finais, que buscam
uma síntese para fomentar a discussão a respeito das estratégias adotadas, da adaptabilidade a outros
cenários e a importância de formação antecipada ou precoce.
2. Cognição e Aprendizagem
Na relação ensino-aprendizagem é fundamental levar em consideração fatores individuais que interferem
diretamente na boa convivência, na forma de apresentar os conteúdos e no aproveitamento adequado de
cada assunto.
Fatores sensoriais atuam como a porta de entrada para toda e qualquer informação e os sistemas de
percepção estimulam o cérebro a interagir com o mundo, modelá-lo, qualificá-lo e compreendê-lo.
De acordo com Mednick (1973), a aprendizagem se dá de forma progressiva e com interação com o
meio, cujos processos se colocam no plano básico do comportamento e se caracteriza como a mudança
neste, em resultado da experiência.
O autor também apresenta um quadro com a quantidade média de recordações como função da
significação do material aprendido. Isso torna claro que, quanto mais familiar e natural o ambiente e o
discurso, maior é a assimilação por parte do estudante, e ainda enfatiza que
quanto mais significativo era o material, tanto mais depressa as pessoas podiam aprendê-lo.
Uma interpretação possível dessa descoberta (...) sugere que os itens significativos facilitam
amplamente a aprendizagem porque apareceram em muitos contextos e possuem uma
multiplicidade de associações que podem ajudar a preencher as lacunas entre eles. O
indivíduo pode nem estar ciente desse processo de ligação (MEDNICK, 1973).
Processos neurais facilitam ou dificultam a internalização ou associação de experiências adquiridas e
processos de memorização ajudam no desenvolvimento do indivíduo (GARCIA, SANTOS, 2005). Além
destes, vários fatores afetam, de forma direta ou indireta, a eficiência do aprendizado, sejam eles internos
ou externos, sensoriais, motivacionais, emocionais ou intelectuais (Figura 1).
Nos fatores emocionais, os estados de humor desempenham funções específicas diante de diversas
circunstâncias e a diversidade emocional retrata que mediante diferentes sentimentos e situações o
processo de aprendizagem pode ser otimizado ou dificultado, ponderado também por características
individuais (GOLEMAN, 1999; LABNEC, 2009).
Para Mednick (1973), trata-se de "um processo sensível facilmente afetado por alterações no aprendiz ou
no meio ambiente", que constitui uma transformação relativamente permanente" e que "não é diretamente
observável". Por estes motivos, o aprendiz deve ter sua motivação estimulada constantemente para que seu
desempenho se torne superior. Sinais verbais e não verbais são constantemente emitidos e percebidos,
sejam gesto, discurso, imagem, escrita, dentre outros, e, se coordenados e equilibrados tendem a
proporcionar melhores resultados. Neste sentido, a orientação de um indivíduo de mais experiência aliada
à uma boa preparação facilita o processo de aquisição de habilidades e conhecimentos (MEUNIER,
PERAYA, 2008).
Mednick (1973) ainda destaca a importância da recompensa, definida como "um acontecimento que segue
imediatamente uma resposta e incrementa a probabilidade dessa resposta", que deve estar associada ao
término de um estímulo (evento).
Estas características se tornam ainda mais importantes em ambientes onde ocorrem os processos
educativos, ou seja, na relação professor-aluno. Para Gorow (1977) a aprendizagem no ambiente escolar
envolve movimentos, estratégias, e incerteza, e é onde "o êxito requer alto grau de competência,
multiplicidade de habilidades e dedicação ao resultado final".
3. Prática Educativa
Os processos educativos são complexos e obedecem múltiplas determinantes, sejam da instituição, de
metodologias de ensino, de meios e condições existentes ou das próprias características e capacidades dos
professores. A prática educativa é algo que envolve a sequência de atividades, o papel dos professores e
alunos, a forma de estruturação de cada uma das partes envolvidas, a utilização dos espaços e do tempo, a
maneira de organizar os conteúdos, o uso de materiais e outros recursos didáticos e, finalmente, o sentido e
o papel da avaliação (ZABALA, 1998).
Outros fatores relevantes indicados por Zabala (1988) dizem respeito à organização da sala de aula, dos
conteúdos, dos materiais curriculares, dos recursos didáticos e a avaliação.
Ao professor cabe a função de proporcionar as condições, estabelecer objetivos, dar instruções, definir
tarefas e avaliar os resultados alcançados. Gorow (1977) indica sete pontos que precisam ser seguidos
para um bom aproveitamento do tempo e do conteúdo: (i) estabelecimento dos objetivos, (ii) análise do
assunto e das tarefas de aprendizagem, (iii) identificação da contribuição de cada estudante, (iv)
acompanhamento do aprendizado, (v) planejamento do programa de ensino com alternativas possíveis de
métodos e materiais, (vi) desenvolvimento de bom relacionamento interpessoal e incentivo ao trabalho
colaborativo em equipe, (vii) avaliação e julgamento crítico, buscando maneiras para aperfeiçoamento. De
forma enfática Gorow ainda aponta que o professor precisa "planejar um ‘sistema de instrução’ muito
próprio, que se ajuste à disciplina e aos alunos, e que incorpore decisões a respeito do que é importante",
onde suas habilidades e criatividade sejam desafiadas e estimuladas ao adequado desenvolvimento.
O professor deve sempre buscar o melhor jeito de ensinar; neste sentido, dicas e sugestões de especialistas
e profissionais com vivência na profissão são importantes. Conquistar a confiança dos colegas e alunos é
um desafio cotidiano, afinal, uma dinâmica eficiente em sala de aula e o conhecimento de todos os
envolvidos impacta diretamente no aprendizado e nos índices das avaliações (NOVA ESCOLA, 2014).
Oliveira (1975) apresenta, com relação a avaliação dos produtos de aprendizagem, que há uma tendência
à quantização, mas que sua necessidade é discutível. Ele ressalta a importância da revisão dos programas e
da tomada de decisões quanto "às vantagens e desvantagens de se introduzir modificações e adotar
inovações curriculares". Segundo ele, um dos problemas decorre de avaliar pelo hábito, já que sempre se
faz assim. O autor argumenta ainda que muitos são os itens avaliados corriqueiramente, mas que estes não
necessariamente têm impacto no real aprendizado e aproveitamento dos alunos, que deveria ser a razão
fundamental da educação ou do treinamento.
O autor (OLIVEIRA, 1975) também enumera quatro objetivos fundamentais em um "sistema de avaliação
construído dentro, e junto, a um sistema instrucional". O primeiro ponto abordado por ele é que a
avaliação deve atuar como feedback no sistema, de modo que o aluno forneça elementos para seis
aspectos:
1. reformular os objetivos da instrução;
2. reformular a própria instrução;
3. reformular os objetivos do aluno;
4. reformular o currículo;
5. verificar se os objetivos foram atingidos, pelo aluno ou pelo programa;
6. tomar decisões de natureza vária.
Trata-se, portanto, de peça central, cuja opinião é de suma importância para a constante atualização do
sistema. Oliveira (1975) coloca como segundo objetivo que, números devem ser usados como indicadores
das ações a serem tomadas e não apenas como valores finais de avaliações. Ele ainda indica que em um
enfoque sistêmico é preciso preocupação com a avaliação do aluno no contexto de um programa
(avaliação formativa) "envolvendo noções de eficácia, eficiência, custos e adequação aos objetivos ".
Como quarto objetivo, o mesmo autor indica que a avaliação deve ser entendida como integrante de um
sistema, e não uma parte exclusa ao mesmo; apesar de poder ter tarefas e objetivos específicos, também
faz parte do processo de construção do conhecimento.
Universidade Mestrado em
Gestão, Tecnologia Social e
Pública Estadual do Oeste Desenvolvimento 45
Sustentabilidade
do Paraná Rural Sustentável
Centralidade da gestão no campo socioambiental e sua aplicação ao campo das políticas públicas.
Empreendedorismo e tecnologia social, do projeto social convencional ao plano de negócio social.
Influência no processo de inovação na gestão de políticas socioambientais e de desenvolvimento
sustentável. Interface de estratégias de intervenção social numa perspectiva emancipatória e as múltiplas
faces da sustentabilidade no contexto da sociedade da informação e do conhecimento.
A gestão da escola como processo coletivo. A organização do trabalho escolar. Bases sociológicas da
gestão escolar. A organização da escola face às consolidações da sociedade capitalista. A sociedade
contemporânea e os movimentos de reforma e mudanças da escola. O impacto do modelo da administração
empresarial sobre a organização escolar. A organização democrática da escola pública: bases legais e os
desafios O conceito público e privado e suas implicações na organização escolar. O papel do gestor escolar
na organização dos espaços educativos. Planejamento, acompanhamento e avaliação do trabalho
pedagógico. Relação escola/comunidade. Política educacional no contexto das políticas públicas
A gestão da escola inclusiva deve ser efetivada sob diferentes enfoques. Idealizada às luzes dos Direitos
Universais do Homem, a escola inclusiva compreende o direito à equidade por excelência. Assim, é
importante que o papel do município, da escola e da família seja desempenhado a partir da fundamentação
filosófica afirmativa da concepção da educação especial. Essa, tem como pressuposto o direito de aprender,
independentemente das idiossincrasias dos alunos. Para tanto, requer-se todas as pessoas integrantes das
comunidades escolares mobilizadas e devidamente capacitadas para a mudança. A eficácia do ensino
inclusivo pode ser garantida pelo gestor capaz de conduzir em sua unidade, a construção democrática de um
Plano de Educação Escolar Inclusivo.
Universidade
Gestor Educacional: rumos da Especialização em
Estadual Paulista
Pública relação de poder e resistência na Gestão 30
"Júlio de Mesquita
escola Educacional
Filho"
Estudo propõe-se a focar sobre um dos principais fatores da organização escolar: os profissionais que nela
atuam. Para isto, faz –se necessário, num primeiro momento, suscitar reflexões que atinjam seus aspectos
conscientes e inconscientes, bem como sua atuação em nível individual/grupal e dimensione suas posturas
intelectuais frente a implementação de estratégias, capacidade de iniciativa e liderança, constitui um dos
caminhos escolhidos para romper com antigas e cristalizadas crenças que têm tradicionalmente orientado a
educação escolar e contribuído para a baixa qualidade de ensino em geral. Num segundo momento,estimular
o debate para a construção de uma sociedade que rejeite o autoritarismo e o individualismo exacerbado
alicerçando-se sob a ética humanista, posto ser o poder disciplinar uma dimensão constitutiva de qualquer
relação social ou discursiva, constituindo-se em tensão constante no dia-a-dia, e não emanações de “grupos
de poder”.
Esta disciplina tem a finalidade de oferecer uma oportunidade de diálogos e reflexões que contribuam para o
crescimento pessoal e profissional de todos os envolvidos, de modo especial pretende dimensionar a
responsabilidade dos supervisores e coordenadores pedagógicos que, no desenvolvimento de suas
atribuições profissionais, possam promover ações que contemplem o espaço da escola como campo de
atuação em prol da melhoria da qualidade do ensino e para a afirmação da formação de uma cidadania
efetivamente democrática. Pretendemos que os alunos compreendam que todas as dimensões da gestão
escolar se articulam e se interpenetram com impacto na construção da identidade da escola, de sua missão,
de seu clima institucional e, acima de tudo, impacto no processo ensino-aprendizagem.
Mestrado
Profissional em
Educação, Tecnologias e
Universidade do Gestão e
Pública Formação: Diálogos e 45
Estado da Bahia Tecnologias
Emergências Contemporâneas
Aplicadas à
Educação
Graduação em
Universidade
Gestão Estratégica de Tecnologia Engenharia 60h (30T e
Pública Tecnológica Federal
e Inovação Industrial Elétrica - 30P)
do Paraná, Curitiba
Ênfase Eletrônica
Gestão Estratégica de Pessoas: Valores humanos em RH; Gestão de RH como vantagem competitiva; Gestão
por competências; Capital intelectual nas organizações; Capital humano; Aprendizagem individual e coletiva
nas organizações; Educação Corporativa: Conceito e histórico; Tecnologia da informação; Gestão do
conhecimento corporativo; Aperfeiçoamento de TI para o profissional de RH: Educação corporativa e
educação à distância; Ensino a Distância: definição e características; Tecnologias tendência e
características; Visão geral das tecnologias de informação e comunicação na educação corporativa; Projetos
em EaD.
Universidade
Tecnológica Federal Licenciatura em
Pública Organização e Gestão Escolar 36
do Paraná, Campo Química
Mourão
O trabalho coletivo como princípio do processo educativo. Projeto Político Pedagógico. Compreender as
concepções que fundamentam as Teorias das Organizações e de Administração Escolar. Compreensão das
concepções que fundamentam a organização do trabalho administrativo-pedagógico. Relações de poder no
cotidiano da escola e suas implicações para o trabalho pedagógico.
Faculdade de
Políticas Educacionais e Gestão
Particular Ciências Sociais e Pedagogia 60
Escolar
Tecnológicas
Gestão educacional: conceitos, funções e princípios básicos. A função administrativa da unidade escolar e
do gestor: contextualização teórica e tendências atuais. A dimensão pedagógica do cotidiano da escola e o
papel do administrador escolar. Levantamento e análise da realidade escolar: o projeto político pedagógico,
o regimento escolar, o plano de direção, planejamento participativo e órgãos colegiados da escola.
Tecnologia em
Gestão das Funções Universidade do
Particular Gestão de 75
Organizacionais Contestado
Recursos Humanos
Conceitos essenciais da gestão empresarial; a compreensão das diversas variáveis que compõem o
processo administrativo; o desenvolvimento de capacidade crítica na análise das principais funções das
organizações e a percepção da sua importância para o alcance da efetividade administrativa em um ambiente
globalizado. Competências necessárias ao gestor e o papel da mudança e da inovação na gestão empresarial.
Significado das funções administrativas para o gestor. Visão tradicional, moderna e atual das funções
administrativas. O planejamento, a organização, a direção e o controle: conceituação, generalidades e
especificidades.
Em análise aos dados apresentados no Quadro 1 é possível fazer algumas observações importantes, as
quais estão esquematizadas na Figura 2.
Como quarta e última atividade da disciplina, os acadêmicos deveriam e realizar a proposta completa de
um curso de extensão na modalidade de Ensino à Distância (EaD). Um formulário deveria ser entregue
incluindo colaboradores, estudantes, vigência, cronograma (planejamento, execução, avaliação e relatório),
orçamento das diversas categorias de materiais indicando fonte, valor e quantidade, e, ainda, um projeto
que contivesse de forma reduzida: objetivos, revisão bibliográfica, materiais e métodos necessários.
Como pode ser percebido, para a conclusão do trabalho, desta quarta proposta, os alunos tiveram que
aplicar todos os conhecimentos adquiridos durante o período letivo e com as atividades propostas
anteriores, além de noções de gestão de recursos, elaboração de planos, metodologias didáticas para o
ensino a distância e formas de avaliação da aprendizagem.
5. Discussão
Os resultados obtidos com o planejamento adotado e a metodologia aplicada se relacionam a melhorias de
comportamento pessoal e interpessoal, familiaridade com a profissão e conhecimento da prática de gestão.
Dentre as melhorias citadas destacam-se, respectivamente:
1. Apresentação de trabalho, domínio de público, trabalho em grupo;
2. Contato com profissional experiente para perguntas, tira-dúvidas e contato com o dia a dia da
profissão;
3. Estudo de opções levando em consideração limitações financeiras; gestão de tempo, recursos e
pessoas; competições e problemas do relacionamento diário de profissionais com formação em
áreas distintas; escrita, discussão e proposta de solução.
Ainda sobre os benefícios obtidos, a apresentação de propostas em sala de aula por parte dos alunos
envolveu situações nas quais os alunos eram instigados a defender ou criticar as escolhas uns dos outros,
provocando como efeito colateral a melhoria na apresentação e domínio de público.
No decorrer das atividades, notou-se que exposições rápidas, em torno de 3 minutos favoreceram o
desenvolvimento das dinâmicas e estas otimizaram a aprendizagem. Ao final, ficou claro que agora eles
conhecem muito mais possibilidades de softwares e hardwares, mas também as estruturas e necessidades
das escolas da região.
Percebeu-se que, apesar de intenso, o período letivo foi extremamente produtivo e proveitoso para todos
os envolvidos. Um fato que pode ser constatado é que estes graduandos não terão as mesmas dificuldades
comumente identificadas na proposição de atividades de extensão, na relação com burocracias e na
execução de atividades administrativas, gerenciais e seus cargos e funções.
6. Considerações Finais
Este artigo aborda a importância da formação antecipada ou precoce para o futuro profissional de modo
similar ao discutido em Silva, Abarracin e Schirlo (2016), ou seja, para que os alunos tenham autonomia
para garantir o próprio crescimento e desenvolvimento. Não apenas conteúdos técnicos e pedagógicos,
mas também aspectos burocráticos foram abordados no âmbito da disciplina de Gestão de Tecnologias na
Educação. Afinal, a urgência para preencher uma vaga de gestor impacta no tempo de treinamento e
qualificação adequados. Freire et. al. (2016) apresentam uma pesquisa com fim exploratório-descritivo
com foco nas demandas de empresas e organizações. Um funcionário, diante da necessidade é indicado
por seu perfil, mesmo que não tenha formação adequada e se vê diante de uma situação delicada para
declinar da oportunidade.
Além de apresentar a experiência na formação antecipada ou precoce, neste trabalho foram indicados
conteúdos que influenciaram na escolha de abordagem e adaptação da ementa da disciplina de Gestão de
Tecnologias na Educação ministrada para o oitavo período do curso de Licenciatura em Computação na
Universidade Federal Fluminense, campus de Santo Antônio de Pádua, RJ.
A disciplina visou fornecer o contato inicial com planejamento, organização, avaliação, negociação, gestão
e promoção de soluções tecnológicas, não deixando de lado as burocracias, setores e a diversidade de
funções exercidas.
Foi dada ênfase em situações do dia a dia, aliada à busca por documentação, debate com gestor da região
e o incentivo à proposta de soluções adequadas a cenários reais do ensino básico, técnico e superior,
considerando principalmente aspectos financeiros.
Considera-se que este trabalho inicia um debate sobre a necessidade de formação de gestores nos cursos
de graduação, apresenta uma alternativa para ser discutida e aprimorada, mas que possui contribuições
com resultados aplicados e alternativas didáticas que melhoraram de forma significativa o conhecimento
dos alunos e teve ampla aceitação e engajamento.
Em uma primeira avaliação junto à comunidade de gestores, as dinâmicas discutidas aqui foram submetidas
para apreciação e aprovadas (PAIVA, OLIVEIRA, 2016). A análise de adaptações necessárias a outros
contextos de gestão é um dos trabalhos futuros possíveis e pretendidos.
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2. Mestre em Ciências Naturais (UENF) - Professora no Departamento de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra da
Universidade Federal Fluminense (glauciargonzaga@gmail.com)
3. Doutora em Ciência dos Materiais (PPGECT) - Professora na Universidade Tecnológica Federal do Paraná / Campus
Ponta Grossa (sanirutz@gmail.com)
Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 33) Año 2016
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