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Tradução por
PLAUTO FARACO DE AZEVEDO. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4600466/mod_resource/content/1/Lon%20F
uller.pdf>. Acesso em: 01 Maio 2019
No que o faz jus, a lei não conduz de forma obrigatória a conclusão que estes
homens são assassinos, mas sim inocentes, fundamentado em duas premissas,
primeiramente o direito positivo não deveria ser aplicado nessa situação mas sim o
direito natural, no entendimento que o direito positivo regulamenta a coexistência em
sociedade, em uma situação onde tal existência é impossível as disposições legais
cessam e assim o direito positivo desaparece; vendo no local mesmo que dentro das
fronteiras nacionais estava “distante” da sociedade não sendo assim aplicável as
normas positivas.(pag9)
Claro que existe uma certa intranquilidade em toda logica apresentada até
agora ao pensar na vida humana como algo que não deveria ser sacrificada, mas
observando bem o caso podemos notar um ótimo exemplo para o quão ilusória essa
concepção é, durante as escavações dez trabalhadores morreram como os
engenheiros e funcionários públicos tinham conhecimento dos riscos, se estes dez
morrem de forma justa para salvar aqueles presos não seria também justo o sacrifício
de um para com os 4 companheiros? Qualquer obra possui riscos as vidas dos
trabalhadores porem é tudo calculado e projeto segue em frente considerando esses
sacrifícios.
Iniciando o segundo fundamento do voto, supondo que o direito positivo
alcançasse os acusados na maneira literal da lei eles à infringiram, mas um aforisma
antigo do direito é que se pode infringir a letra da lei sem a violar pois ela deve ser
interpretada de uma maneira racional tendo como exemplo outras casos é possível
ver este preceito sendo utilizado nas mais diversas áreas do direito(pag.11)
O dispositivo legal não deve ser aplicado de forma literal, já a vários séculos
que se observa por exemplo a aceitação da legitima defesa, ela não é aplicável tendo
em vista a lei literal, mas sim a lei em seu propósito, é possível observar os objetivos
do código penal e perceber que ele não foi feito para ser aplicado nos casos de
legitima defesa, essa linha de raciocínio não duvida da lei, pelo menos não na sua
interpretação racional tendo em vista que é esperado um mínimo de interpretação pelo
sistema judiciário sendo possível chegar a conclusão que os réus são
inocentes.(pag.12)
Tatting, J.: como juiz esta habituado à decidir os casos pela racionalidade
porem esse em especifico é mais difícil que o normal, do ponto de vista emocional a
simpatia pelos acusados e aversão pelos atos dos próprios torna essa divisão mais
complexa, e após observar o voto do companheiro analisa-o criticamente pelos seus
erros e falácias, eles não estão sobre julgo do direito positivo? A partir de qual
momento? Nós sendo juízes das leis de nosso país podemos aplicar esse
jusnaturalismo o qual eles estavam inseridos? E ainda mais um código natural odioso
o qual homicídio é deixado de lado por simples contratos realizados ainda de maneira
desordeira.(pag.13)
Mas como aplicar a lei pelo seu proposito se um lei possui muitas vezes
diversos propósitos ou até propósitos questionáveis? Uma dificuldade com certa
similaridade surge na sua explicação da excludente da legitima defesa que por mais
que exista tal fundamento também há outro critério, a doutrina ensinada a gerações
no direito refere a ideia de que a lei do homicídio explicita a intenção de matar e na
legitima defesa o que ocorre é uma resposta a um impulso, além de que qual
exatamente seria o alcance da exceção? Nesse caso fizeram pela sorte, mas e se a
situação tivesse sido diferente a exceção também se aplicaria?(pag.15)
Como segunda questão não cabe na função decidir se o que o réu cometeu foi
justo ou não mas sim aplicar a lei da Commonwealth, portanto descarta sem comentar
a primeira parte do voto de Foster, a única questão real a ser discutida é se os
acusados privaram Whetmore de sua vida de forma intencional; onde então surgem
tanta discussão de algo que seria tão obvio, ao contrario de seus colegas Keen
respeita sua função e dever de deixar de lado opiniões pessoais para aplicar a lei de
verdade; já até houve um tempo na Commonwealth onde as obrigações do três
poderes se confundiam e acabava com o poder judiciário legislando e reelaborando
as leis, porem isso acabou com um guerra civil entre os três poderes(pag.17)
Esta questão deve ser vista sob um visão pratica, pois dessa maneira o caso
se torna muito mais simples de se resolver, mas antes o governo é um assunto
humano e ser mal governado vem a ser quando os governantes não compreendem
as concepções formadas pelo povo e seu clamor, de todos os poderes o mais
propenso de perder esse tato é o judiciário, no geral os juízes e advogados apenas
passam o tempo todo procurando desconstruir o a tese do lado oposto e quanto mais
abstrato as ideias mais longa essa discussão se torna, além de ver como maneira
mais eficiente de lidar com situação sua adesão a essa filosofia possui uma maior
profundidade (pag.21)