Sunteți pe pagina 1din 7

FUELLER, Lon L.O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA.

Tradução por
PLAUTO FARACO DE AZEVEDO. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4600466/mod_resource/content/1/Lon%20F
uller.pdf>. Acesso em: 01 Maio 2019

O Caso dos Exploradores de Cavernas Suprema Corte de Newgarth do ano de


4300, após serem condenados à forca os acusados recorrem da decisão do tribunal.
Os fatos e sentença são enunciados pelo presidente desse alto tribunal Truepenny,
C. J, Os quatro acusado são membros de uma organização amadora de exploração
de cavernas, em meio ao ano de 4299 eles em companhia de Roger Whetmore,
quando já distantes da entrada da caverna, ela ficou obstruída devido à um
desmoronamento dessa forma bloqueando assim a única saída; Não retornando para
casa as famílias dos exploradores o secretario da sociedade é notificado e avisa as
autoridades, mas a tarefa de abrir a entrada se provou muito difícil sendo libertados
apenas no trigésimo segundo dia; o resgate preocupados com o fato dos exploradores
possuir poucos suprimentos no vigésimo dia tentam contato por rádio(Pag.6)

Ao serem indagados do tempo que faltava para abrir a entrada os engenheiros


respondem faltar mais dez dias, os exploradores então perguntam a um medico do
acampamento se conseguiriam se manter vivos, mas a resposta não foi animadora,
Whetmore então pergunta se existiria a possibilidade se eles devorassem um deles,
ao serem libertados se descobre que Whetmore serviu de alimento à seus
companheiros; Segundo os acusados Whetmore deu a ideia de tirar no dado quem
seria devorado, hesitantes de inicio todos concordaram, mas não antes de Whetmore
mudar de ideia, mas já tendo sido decidido os dados foram lançados a sorte lhe fugiu
e ele morreu, ao fim os sobreviventes são resgatados e tratados sendo então
denunciados por homicídio.(Pag.7)

Em um longo veredito são julgados culpados e sentenciados a forca, logo após


o juiz e o júri mandam petições para o chefe do executivo para comutar a pena a
prisão de seis meses, eles chegaram a essa conclusão tendo em vista o dispositivo
legal disponível “"Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido
com a morte". N.C.S.A. (n.s.) § 12-A” Truepenny finaliza propondo que seja seguida
a decisão do júri e juiz em primeira instancia pois dessa maneira a justiça será feita
sem enfraquecer a letra da lei ou o encorajamento da sua transgressão.
Foster, J. acredita que o presidente tomou uma decisão deveras simplista,
acreditando que a discussão não esta pautada no destino dos acusados mas sim na
própria lei da Commonwealth, pois ao afirmar que sua aplicação pode nos
envergonhar e que precisamos de uma exceção vinda da cabeça do executivo seria
como dizer que a função dela não é ser justa(pag8)

No que o faz jus, a lei não conduz de forma obrigatória a conclusão que estes
homens são assassinos, mas sim inocentes, fundamentado em duas premissas,
primeiramente o direito positivo não deveria ser aplicado nessa situação mas sim o
direito natural, no entendimento que o direito positivo regulamenta a coexistência em
sociedade, em uma situação onde tal existência é impossível as disposições legais
cessam e assim o direito positivo desaparece; vendo no local mesmo que dentro das
fronteiras nacionais estava “distante” da sociedade não sendo assim aplicável as
normas positivas.(pag9)

Conclui que ao ser morto, whetmore e os acusados se encontravam em um


estado natural, não sendo possível portanto aplicar nossas leis, não sendo portanto
culpados de qualquer crime, o que eles realizaram estavam de acordo com o contrato
realizado por eles sendo valido para eles naquela ocasião; sendo levado em
consideração afirmações de pensadores antigos o direito é encontrado a partir da
noção de um contrato e o governo dessa commonwealth é comprovadamente criado
na base de um contrato, tudo se baseando nessa constituição se não conseguimos
se basear em algo mais alto que ela no que os acusados poderiam se basear mais
alto que a constituição que eles fizeram.(pag10)

Claro que existe uma certa intranquilidade em toda logica apresentada até
agora ao pensar na vida humana como algo que não deveria ser sacrificada, mas
observando bem o caso podemos notar um ótimo exemplo para o quão ilusória essa
concepção é, durante as escavações dez trabalhadores morreram como os
engenheiros e funcionários públicos tinham conhecimento dos riscos, se estes dez
morrem de forma justa para salvar aqueles presos não seria também justo o sacrifício
de um para com os 4 companheiros? Qualquer obra possui riscos as vidas dos
trabalhadores porem é tudo calculado e projeto segue em frente considerando esses
sacrifícios.
Iniciando o segundo fundamento do voto, supondo que o direito positivo
alcançasse os acusados na maneira literal da lei eles à infringiram, mas um aforisma
antigo do direito é que se pode infringir a letra da lei sem a violar pois ela deve ser
interpretada de uma maneira racional tendo como exemplo outras casos é possível
ver este preceito sendo utilizado nas mais diversas áreas do direito(pag.11)

O dispositivo legal não deve ser aplicado de forma literal, já a vários séculos
que se observa por exemplo a aceitação da legitima defesa, ela não é aplicável tendo
em vista a lei literal, mas sim a lei em seu propósito, é possível observar os objetivos
do código penal e perceber que ele não foi feito para ser aplicado nos casos de
legitima defesa, essa linha de raciocínio não duvida da lei, pelo menos não na sua
interpretação racional tendo em vista que é esperado um mínimo de interpretação pelo
sistema judiciário sendo possível chegar a conclusão que os réus são
inocentes.(pag.12)

Tatting, J.: como juiz esta habituado à decidir os casos pela racionalidade
porem esse em especifico é mais difícil que o normal, do ponto de vista emocional a
simpatia pelos acusados e aversão pelos atos dos próprios torna essa divisão mais
complexa, e após observar o voto do companheiro analisa-o criticamente pelos seus
erros e falácias, eles não estão sobre julgo do direito positivo? A partir de qual
momento? Nós sendo juízes das leis de nosso país podemos aplicar esse
jusnaturalismo o qual eles estavam inseridos? E ainda mais um código natural odioso
o qual homicídio é deixado de lado por simples contratos realizados ainda de maneira
desordeira.(pag.13)

Inclusive a argumentação de Foster pode ser utilizado contra o mesmo, se o


homicídio era “legal” não seria possível, caso Whetmore matasse os agressores para
se defender, alegar legitima defesa; observando a invalidade da primeira parte de seu
voto ao ver o segundo, onde Foster tenta demonstrar que os dispositivos legais do N.
C. S. A. (n. s.) § 12-A. não foram violados, mas seu raciocínio é turvo e ambíguo; A
essência dessa argumentação pode ser colocada das seguintes maneiras: nenhuma
lei independente de seu texto deve ser aplicada contradizendo seu propósito levando
assim a comparação entre o ocorrido e o excludente da legitima defesa, e de fato uma
lei deve ser aplicada segundo seu proposito.(pag.14)

Mas como aplicar a lei pelo seu proposito se um lei possui muitas vezes
diversos propósitos ou até propósitos questionáveis? Uma dificuldade com certa
similaridade surge na sua explicação da excludente da legitima defesa que por mais
que exista tal fundamento também há outro critério, a doutrina ensinada a gerações
no direito refere a ideia de que a lei do homicídio explicita a intenção de matar e na
legitima defesa o que ocorre é uma resposta a um impulso, além de que qual
exatamente seria o alcance da exceção? Nesse caso fizeram pela sorte, mas e se a
situação tivesse sido diferente a exceção também se aplicaria?(pag.15)

Ao examinar bem e se envolver nesse caso chega-se a observação de sua


intrínseca e complexa malha, onde se torna difícil encontra uma real solução, Tatting
termina por não encontrar a solução seguindo seu raciocínio ou o de Foster então
escolhe por se abster na decisão.
Keen, J. começa deixando de lado duas questões que não competem a esse tribunal,
sendo a primeira o fato da clemencia que na verdade é um competência do poder
executivo cabendo aos juízes a decisão da condenação e afirma que na sua opinião
do âmbito privado acredita ser necessário aplicar uma clemencia ainda maior tendo
em vista o que o réu já passou.(pag.16)

Como segunda questão não cabe na função decidir se o que o réu cometeu foi
justo ou não mas sim aplicar a lei da Commonwealth, portanto descarta sem comentar
a primeira parte do voto de Foster, a única questão real a ser discutida é se os
acusados privaram Whetmore de sua vida de forma intencional; onde então surgem
tanta discussão de algo que seria tão obvio, ao contrario de seus colegas Keen
respeita sua função e dever de deixar de lado opiniões pessoais para aplicar a lei de
verdade; já até houve um tempo na Commonwealth onde as obrigações do três
poderes se confundiam e acabava com o poder judiciário legislando e reelaborando
as leis, porem isso acabou com um guerra civil entre os três poderes(pag.17)

Mas o tempo passou e a situação não é mais como no passado ao invés da


reinante incerteza agora existe um principia no qual cabe ao poder judiciário aplicar
de forma fiel a lei e aplicar ele através de seu significado aparente sem se deixar levar
por opiniões pessoais, claro que a tradição profissional é grande o suficiente para que
ainda muitos juízes ainda lidam com as leis de tais maneiras arcaicas, sendo fácil
fazer um voto igual a de outra pessoas sendo apenas encontrar o “proposito” desse
legislador que se baseia nas lacunas da lei e não na lei propriamente dita, e como
dizer que essa lei realmente possui um proposito se ela é totalmente baseada numa
convicção humana de que o assassinato é naturalmente injusto.(pag.18)

E se não conseguimos chegar ao qual é o propósito do § 12A, como é possível


afirmar as lacunas dele? E é possível observar um linha de pensamento semelhante
na excludente da legitima defesa, ideia essa que permeia os votos de Tatting e Foster,
mas a questão de verdade não esta em seu suposto proposito mas em seu alcance,
se Whetmore não oferecia ameaça a vida do réu a excludente não deve ser aplicada
nessa situação, e essa tentativa de Foster em reescrever o significado de uma lei
dizendo ser legitima cai perante o discurso de Tatting (pag.19)

Claro que o resultado dessa briga entre os votos já tinha um resultado


esperado, um fracasso na função jurídica, já que é impossível aplicar a lei como tal
esta escrita e ao mesmo tempo a alterar em vista os desejos pessoais; Claro que essa
visão apresentada não será bem vista, mas nem sempre a opinião popular anda em
conjunto com a aplicação fiel da lei e as consequências que viria com a confusão do
dever do poder judiciário, conclui-se a necessidade de seguir a letra da lei sendo então
confirmado a sentença condenatória.
Handy, J. Escuta estupefato os raciocínios surgidos neste caso, mas
decepcionado que entre as diversas discussões nas mais diversas áreas do direito e
ninguém questionou a natureza jurídica do contrato (pag.20)

Esta questão deve ser vista sob um visão pratica, pois dessa maneira o caso
se torna muito mais simples de se resolver, mas antes o governo é um assunto
humano e ser mal governado vem a ser quando os governantes não compreendem
as concepções formadas pelo povo e seu clamor, de todos os poderes o mais
propenso de perder esse tato é o judiciário, no geral os juízes e advogados apenas
passam o tempo todo procurando desconstruir o a tese do lado oposto e quanto mais
abstrato as ideias mais longa essa discussão se torna, além de ver como maneira
mais eficiente de lidar com situação sua adesão a essa filosofia possui uma maior
profundidade (pag.21)

O desacordo entre governo e governantes já causou muita miséria no passado,


e quando não há mais sociedade os argumentos de quase todos os juízes até agora
cai por terra; mas como afirmou a facilidade do caso agora vê alguns fatos,
primeiramente esse é um caso que alcançou grande visibilidade e segundo
sondagens cerca de noventa por cento da população acredita que deveria ser
concedido perdão aos acusados, sendo importante manter a harmonia entre opinião
publica e o tribunal seria mais viável o voto a favor dos acusados, mesmo que essa
ideia seja um absurdo na visão de outros juízes (pag.22)

Na aplicação da pena existe quatro situações onde o réu poderia escapar de


uma punição, tirando a decisão judicial as outras formas não escapam do uso da
emoção para tomar a decisão, se a situação tivesse sido decidido pelo júri mesmo que
houvesse um instrução do não excludente da pena devido a situação dificilmente iria
valer de algo na tomada de decisão, mas quando se analisa a sondagem publica
chega-se a uma ideia, os dez por cento contra em grande parte foram levados a essa
conclusão devido suas fontes, mas nem nesses como no noventa por cento se
encontra alguém que defende que o tribunal deveria condena-los para outro poder os
absolver, e essa ideia permeia as discussões desse tribunal (pag.23)

Mas o mais preocupante é o fato de que o chefe do poder executivo muito


provavelmente ira seguir com a decisão que for tomada nesse tribunal, mesmo que
essa informação possa vir a ser apenas uma fofoca como os outros juízes se
recusariam a se reunir com o executivo para pensar em uma solução não existe o que
fazer a não ser levar isso em consideração, mas tendo em vista todo o discurso
realizado pelos outros juízes percebe-se que de fato eles tinham conhecimento disso
e tentaram ao máximo falar o que o executivo deveria fazer, quanto mais senil Handy
fica mais perplexo com a falta de capacidade para aplicar o senso comum que o
judiciário muitas vezes possui(pag.24)

Esse caso dos exploradores de caverna em muito se assemelha a um antigo


caso de Handy envolvendo uma seita religiosa, a pouco formado estudou atentamente
o caso e chegou a conclusão semelhante a de Tatting no presente momento, porem
aplicou o senso comum e percebeu qual seria a decisão a se tomar naquele caso;
agora trinta anos após o caso se observa um caso semelhante, portanto Handy
declara-os inocentes.(pag.25)

Tatting, J. Ao ser indagado se desejava manter sua imparcialidade afirma que


sim. Com empate na decisão a condenação foi confirmada, os acusados morrem na
forca no dia 2 de abril de 4300 as 6 horas da manhã (pag.26)

S-ar putea să vă placă și