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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS


PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
DISCIPLINA: TEORIAS LINGUÍSTICAS – BASES E PERSPECTIVAS
PROF.ª: Drª MARIA AUGUSTA GONÇALVES DE MACEDO REINALDO
ALUNA: ARIANE SILVA DA COSTA SAMPAIO

REGISTRO DE LEITURA: AS AVENTURAS DE KARL MARX


CONTRA O BARÃO DE MÜNCHHAUSEN – Marxismo e
Positivismo na sociologia do conhecimento. De MICHAEL LÖWY

CAMPINA GRANDE - PB

SETEMBRO 2018
Como Lowy (1994) explica as diferentes concepções positivistas sobre a ciência?

Para Lowy (1994) as concepções positivistas estão fundamentadas em certas


premissas que estruturam a corrente de pensamento de modo coerente e operacional:

1 . A sociedade é regida por leis naturais, isto é, leis invariáveis, independentes


da vontade e da ação humanas; na vida social, reina uma harmonia natural.
2. A sociedade pode, portanto, ser epistemologicamente assimilada pela
natureza (o que classificaremos como “naturalismo positivista”) e ser estudada
pelos mesmos métodos, dérmarches e processos empregados pelas ciências da
natureza.
3. As ciências da sociedade, assim como as da natureza devem limitar-se à
observação e à explicação causal dos fenômenos, de forma objetiva, neutra,
livre de julgamentos de valor ou ideologias, descartando previamente todas as
prenoções e preconceitos. (LOWY, 1994, p. 17)

Assim, a ciência positiva para o autor deveria seguir as leis naturais, pois o
estudo cientifico deveria ter um caráter invariável, objetivo e neutro, não podendo o
pesquisador lançar mão de julgamentos ou ideologias durante suas análises, correndo o
risco de se ater a preconceitos.

O positivismo, segundo o autor, surge no final do século XVIII e início do século


XIX, com um ideal de combate a burguesia antiabsolutista, enquanto que na atualidade
tomou ares de uma ideologia conservadora identificada com a ordem estabelecida da
sociedade. (LOWY, 1994, p. 18)

O primeiro teórico citado por Lowy é Condorcet e dizendo que para ele a ciência
econômica e política pode ser estudada pelo método das ciências da natureza, com o
intuito de se afastar das “paixões” que podem atrapalhar os estudos científicos. É um ideal
de neutralidade na ciência, “sem interesses e paixões” (LOWY, 1994, p. 19).

Outro teórico mostrado em seu texto é o S. Simon, que assim como Condorcet
acreditava na neutralidade da ciência política assim como na ciência natural, mostrando-
se objetiva, chamando o corpo social de “filosofia social, constituída pelos fatos materiais
que derivam da observação direta da sociedade” (LOWY, 1994, p.21).

Já para Comte, tido como fundador do positivismo, a ideia de estudo das ciências
sociais como ciências naturais ainda permanece, de modo que os estudos políticos,
econômicos e sociais deveriam ser semelhantes aos astronômicos, físicos, químicos e
fisiológicos, submetidos a testes e observações que o comprovassem como sujeitos

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invariáveis, sendo um estudo fixo e homogêneo, em que estudos da ciência da natureza e
do homem são ramos do mesmo tronco. (LOWY, 1994, p. 23 e 24)

Assim, o discurso de Comte sobre o positivismo se estabelece que os estudos


deve se absterem de posicionamento ético ou político, limitando-se a constatar que o
“estado é natural, necessário, inevitável, e é produto de “leis invariáveis”” (LOWY, 1994,
p. 25). Com isso a classe burguesa deixa de ser revolucionária, passando a ser força social
associada ao poder.

Durkheim é outro positivista trabalhado por Lowy em seu texto. Considerado o


pai da sociologia, Durkheim inspira-se em Comte nos conceitos sobre o estudo das
ciências sociais, aprofundando-os e formatando assim a sociologia. Para o sociólogo, o
conceito central da ciência social é a lei social natural. O autor ainda traz a ideia de que
os estudos sociais devem estar fincados em métodos baseados nas ciências da natureza,
mostrando a precisão e neutralidade. E não só isso, o método de Durkheim justifica a
ordem social estabelecida, se afastando ainda mais de um modelo revolucionário do início
dos estudos positivistas. Durkheim afirma que os estudos da sociedade devem ser postos
a prova, que são fatos como os fenômenos físicos e por isso, não podem irromper a
vontade humana, e que as revoluções são tão impossíveis quanto os milagres. (LOWY,
1994, p. 27) O sociólogo assumia esse caráter conservador da sua teoria, já que acreditava
que assim como os fenômenos da natureza, os fatos sociais não podem ser modificados
de acordo com a vontade humana.

Lowy traz também as ideias de Max Weber que, segundo qual, não pode ser
considerado positivista, mas traz em sua teoria uma convergência com a positivista: a
necessidade de neutralidade das ciências sociais. Sua teoria de Wertbeziehung traz a
historicidade e o positivismo entrelaçados, assim Weber fica entre o determinismo social
de Durkheim e as teorias marxistas. Já a teoria de “Wert-freiheit (neutralidade axiológica
sem julgamento de valor) das respostas é de orientação positivista. O resultado desta
dualidade é, em nossa opinião, uma contradição irresolvível no próprio coração de sua
teoria da ciência.” (LOWY, 1994, p. 37). Assim, para Weber é preciso distinguir o que
era julgamento de fato e julgamento de valor e assim definir o que era a não-dedução dos
fatos a partir dos valores e a não-dedução dos valores a partir dos fatos. Ainda, o autor
defende que os pressupostos das ciências culturais são subjetivos, mas não quer dizer que
os resultados de pesquisa sejam subjetivos também, o interesse do estudo muda de um

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cientista para o outro, mas “as conclusões da investigação empírico-causal deveriam ser
aceitáveis e, nesse sentido, objetivas” (LOWY, 1994, p. 19).

Karl Popper é o último teórico positivista a ser abordado por Lowy. Assim como
Weber, Popper reconhece o caráter necessário dos pontos de vistas preliminares ou
pressupostos, mostrando assim que uma ciência não é um conjunto de fatos, defendendo
assim o ponto de vista de seu pesquisador assim como os seus interesses. Contudo,
diferentemente de Weber, Popper não tenta vincular esses pontos de vista as
configurações históricas e socioculturais, indo de encontro com os pressupostos que
tentam ligar a sociologia do conhecimento aos pressupostos cognitivos de grupos ou
classes sociais. (LOWY, 1994, p. 49). Popper traz originalidade para o campo quando
afirma que não basta a vontade e reconhecimento individual do cientista para trazer a
objetividade cientifica, fugindo assim dos preconceitos, no entanto a crítica feita pelo
autor a essa dificuldade de afastar-se dos preconceitos é tecida acerca dos sociólogos do
conhecimento (marxismo). O autor ainda permanece na continuidade da tradição de ver
a ciência social sem distinção da ciência natural, retomando assim a ideia de
“autodesidelogização” do cientista. (LOWY, 1994, p. 51).

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