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1.

Ensaios em Carga

1.1 Característica externa com carga indutiva “pura”


Através do ensaio em carga utilizando uma carga indutiva “pura” é determinada a sua
respetiva característica externa. Para isto, é necessário que a velocidade do alternador seja,
tanto quanto possível, a estipulada e que os pontos sejam registados a partir de U0 = 1,1UN e
até IS = 7,5 A.

𝑈0 = 1,1 ∗ 𝑈𝑁 = 1,1 ∗ 400 = 440 𝑉 𝑒 𝐼𝑆 = 7,5 𝐴


Na execução, foi mantida, o mais possível, constante a corrente de excitação If e iniciou-se o
registo dos pontos com uma tensão UF-F = 440 V e variou-se a carga indutiva para obter
diferentes correntes no estator IS entre os valores de 0 a 7,5 A. Como foi pedido, foram
registados 6 pontos espaçados igualmente na gama de valores da corrente IS.
Tabela 1 - Dados experimentais do ensaio com carga indutiva "pura"

Máquina Primária
UMP (V) 410 410 410 410 410 410
IMP (A) 9,7 9,7 9,7 9,7 9,7 9,7
fVEV (Hz) 50 50 50 50 50 50
Gerador
UF-F (V) 440 393,2 360,6 315,6 255,9 187,2
IS (A) 0 1,294 2,304 3,425 4,591 5,68
If (A) 3,215 3,21 3,218 3,218 3,225 3,223
f (Hz) 49,93 49,89 49,9 49,9 49,89 49,85

Na Tabela 1 é possível observar que para a tensão UF-F = 440 V a corrente de excitação
necessária é If = 3,215 A. Também é de realçar que não foi atingido o valor de corrente no
estator de IS = 7,5 A, pois dados os componentes e condições do ensaio o valor máximo obtido
neste caso foi de IS = 5,68 A.

A linha de característica externa da carga indutiva “pura” está representada na Figura 1 e


pode-se observar que com o aumento da corrente no estator a tensão neste diminui,
concluindo-se assim que o campo magnético do estator está na mesma direção, mas em
sentido oposto do campo principal, isto é, provoca a desmagnetização do indutor.
Figura 1 - Característica externa de uma carga indutiva "pura"

1.2 Característica externa com carga capacitiva “pura”


Para este ensaio e determinação da respetiva característica externa, foi também necessário
manter a velocidade do alternador no valor estipulado e os pontos foram registados entre os
valores de tensão U0 = 0,5 UN até US = 1,05 UN.

𝑈0 = 0,5 ∗ 500 = 200 𝑉 𝑒 𝑈𝑆 = 1,05 ∗ 400 = 420 𝑉


Foi mantida a corrente de excitação If e iniciado o ensaio com uma tensão UF-F = 200 V,
depois variou-se a carga capacitiva com o objetivo de obter tensões UF-F entre 200 V e 425 V.
Tal como no ensaio anterior, foram registados 6 pontos igualmente espaçados entre si, desta
vez pela gama de valores de tensão.
Tabela 2 - Dados experimentais do ensaio com carga capacitiva "pura"

Máquina Primária
UMP (V) 410 410 410 410 410 410
IMP (A) 9,7 9,7 9,7 9,7 9,7 9,7
fVEV (Hz) 50 50 50 50 50 50
Gerador
UF-F (V) 200,5 244,8 288,4 334,8 382,6 410
IS (A) 0 0,522 0,968 1,682 2,457 2,93
If (A) 0,817 0,817 0,817 0,818 0,819 0,819
f (Hz) 49,97 49,95 49,95 49,94 49,93 49,92

Na Tabela 2 é possível observar que para a tensão UF-F = 200,5V foi necessária a corrente de
excitação If = 0,817 A. No último ponto, a tensão obtida foi UF-F = 410 V.
A linha de característica externa da carga capacitiva “pura” está representada na Figura 2 e
pode-se observar que com o aumento da tensão entre fases no estator a corrente neste
também aumenta. Concluindo-se assim que o campo magnético está no mesmo sentido e
direção do campo principal, isto é, provoca a magnetização do indutor.

------------------------falta conclusão-----------------

Figura 2 - Característica externa de uma carga capacitiva "pura"

Na figura seguinte, Figura 3, estão as duas características representadas no mesmo sistema de


eixos.

Figura 3 - Características externas de uma carga indutiva "pura" e de uma capacitiva "pura"
1.3 Ponto de carga especificado
Para este ensaio, o fator de potência atribuído pelo professor ao grupo foi o indutivo, ou seja,
o cos ϕs ≈ 0,90 indutivo.

Anteriormente à realização do ensaio, foram calculados os valores previstos no gerador para a


corrente no estator IS e correntes por fase na carga resistiva IR e na carga indutiva IL, como
também o fator de carga FC.

Para a corrente do estator:


𝑆 4000
𝐼𝑆 = = = 5,77 𝐴
𝑈𝑁 ∗ √3 400 ∗ √3
Para a corrente na carga resistiva:

𝑃 = cos φs ∗ S = 0,9 ∗ 4000 = 3600 W


𝑃 3600
𝐼𝑅 = = = 5,196 𝐴
𝑈𝑁 ∗ √3 400 ∗ √3
Nota: Após a revisão dos cálculos verificou-se que o valor desta corrente que está no relatório
entregue na aula não se encontra totalmente correto, sendo este o valor que deveria lá
constar.

Para a corrente na carga indutiva:

𝑄 = sen(𝑐𝑜𝑠 −1 φs) ∗ S = sen(𝑐𝑜𝑠 −1 0,9) ∗ 4000 ≈ 1743,5595 VA


𝑄 1743.5595
𝐼𝐿 = = = 2,517 𝐴
𝑈𝑁 ∗ √3 400 ∗ √3
Para o fator de carga:
𝐼𝑆 5,77
𝐹𝐶 = = = 57,13%
𝐼𝑁 10,1
O conjunto de valores encontra-se na tabela seguinte:
Tabela 3 – Valores previstos no gerador para o ponto de carga especificado

Valores Previstos no Gerador (c/ Us-fN)


Is (A) / FC (%) 5,77 / 57,13
cos ϕs (ind) 0,9
IR (A) 5,196
IL (A) 2,517

Na execução, o gerador funcionou à frequência e tensão estipuladas, UN = 400 V e fN = 50 Hz,


com a potência aparente S ≈ 4 KVA e o fator de potência referido acima. Os valores retirados
do ensaio estão representados na Tabela 4.
Tabela 4 - Dados experimentais do ensaio para o ponto de funcionamento cos ϕs ≈ 0,90 indutivo

Valores Atingidos
Máquina
fVEV (Hz) 51 UMP (V) 405 IMP (A) 11,2 nr (rpm) 1499
Primária
Gerador UF-F (V) 400 f (Hz) 49,91 If (A) 5,36 IS (A) 5,865
IR (A) 5,221 IL (A) 2,472 FC (%) 57,5 cos ϕs (ind) 0,9

1.3.1 Resistência Estatórica / Temperatura Finais


Após a realização dos três ensaios propostos, foram medidas as resistências entre os pares de
terminais do estator do alternador, tais valores encontram-se representados na Tabela 5.

No cálculo da temperatura do enrolamento do estator utilizou-se a resistência de 25⁰C medida


no Trabalho Laboratorial 2, cujo valor é R(T25) = 2,3123 𝛺. A partir da equação que relaciona
a temperatura com as resistências foi possível obter a temperatura do enrolamento Tenr.
235 + 𝑇𝑒𝑛𝑟
𝑅(𝑇𝑒𝑛𝑟) = ∗ 𝑅(𝑇25)
235 + 𝑇25
𝑅(𝑇𝑒𝑛𝑟) ∗ (235 + 𝑇25) 2,5 ∗ (235 + 25)
𝑇𝑒𝑛𝑟 = − 235 = − 235 = 46.105 𝛺
𝑅(𝑇25) 2,3123
Tabela 5 - Valores medidos das resistências estatóricas e temperatura final

Resistência Estatórica / Temperaturas Finais


RUV (Ω) RVW (Ω) RWU (Ω) RS (Ω) Tenr (⁰C)
4,9 4,9 4,9 2,5 40,48

2. Modelo de Potier
O Modelo de Potier é um método indireto para previsão de características, desenvolvido para
modelizar máquinas síncronas trifásicas de rotor cilíndrico, funcionando estas em regime
permanente, sinusoidal e simétrico.

O Modelo de Potier utiliza dois parâmetros que foram vistos no Trabalho Laboratorial 2, a
razão do número efetivo de espiras induzido-indutor Ns/Nr e a impedância de Potier ZPo.
Cujos parâmetros foram determinados pela construção do Triângulo de Potier.

Para a construção do Triângulo de Potier são necessárias três curvas características da


máquina síncrona trifásica:

- Característica (de saturação) em vazio

- Característica em curto-circuito permanente e simétrico

- Característica (de sobre-excitação) com carga indutiva pura


Após a determinação dos parâmetros pode-se determinar as condições de funcionamento da
máquina.

2.1 Previsão indireta da corrente de excitação

Para cada fase do enrolamento do induzido está associada a equação elétrica:

𝐸 = 𝑈𝑆 + 𝑍𝑃𝑜 𝐼𝑆
Onde:

 E – f.e.m. em carga, induzida pela f.m.m resultante (FR ~ IfR)


 Us – tensão medida entre fase e neutro do induzido
 ZPo = Rs + jXPo – impedância de Potier

Juntando-se a equação magnética:


𝑁𝑠
𝐼𝑓 = 𝐼𝑓𝑟 − ( ) ∗ 𝐼𝑠
𝑁𝑟
Os dados da reactância de Potier XPo obtido no Trabalho Laboratorial 2 vão sofrer uma
correção, pois nesse trabalho, o valor de Rs foi considerado praticamente nulo. Usando o valor
de Rs correto, Rs = 2,3123 𝛺 e ZPo = 5,4566 𝛺 (que é o antigo valor de XPo), calculou-se o
valor correto de XPo.

𝑋𝑃𝑜 = √𝑍𝑃𝑜 2 − 𝑅𝑆 2 = √5,4566 2 − 2,31232 = 4.9424 𝛺

𝑁𝑠
= 0,4173
𝑁𝑟
Os valores obtidos para o ponto de carga específico importantes para calcular a corrente de
excitação estão apresentados perante o diagrama fasorial a seguir representado.

Figura 4 - Diagrama fasorial do Modelo de Potier com cos capacitivo


𝑐𝑜𝑠 𝜑𝑠 = 0,9 𝑖𝑛𝑑 → 𝜑𝑠 = −0,451 𝑟𝑎𝑑
𝐼𝑠 = 5,77 𝐴 → 𝐼𝑠 = 5,77∠ − 0,451 𝐴
𝑋𝑃𝑜 = 𝑗4,9424 𝛺 𝑒 𝑅𝑠 = 2,5 𝛺
𝑈𝑠 = 400∠0 𝑉
Logo, pode-se calcular E a partir da equação elétrica anteriormente referida com estes novos
valores.

𝐸 = 𝑈𝑆 + 𝑍𝑃𝑜 𝐼𝑆 = 𝑈𝑠 + 𝑅𝑠 𝐼𝑠 + 𝑋𝑃𝑜 𝐼𝑠
400∠0
𝐸= + 2,5 ∗ (5,77∠ − 0,451 ) + 𝑗4,9424 ∗ (5,77∠ − 0,451)
√3
𝐸 = 257.10 ∠ 0.08 𝑉
No cálculo da corrente de excitação If, é necessário obter o valor da corrente de excitação
resultante IfR. Com base na reta do entreferro corrigida (Figura 5) obtida no Trabalho
Laboratorial 2, é possível calcular IfR, visto que E está em função de IfR, como demonstrado na
equação seguinte:

𝐸(𝐼𝑓𝑅) = 237,77 ∗ 𝐼𝑓𝑅 + 0,0003

Figura 5 - Reta do entreferro corrigida do ensaio em vazio

A partir dessa equação obtém-se a corrente de excitação resultante IfR.


257,10 − 0,0003
𝐼𝑓𝑅 = = 1,0813 𝐴
237,77
𝐼𝑓𝑅 (𝑓𝑎𝑠𝑜𝑟𝑖𝑎𝑙) = 1,0813∠ 0,08 − 90 = 1,0813∠ − 89,92
De seguida, é calcula a corrente de excitação If (fasorial):
𝑁𝑠
𝐼𝑓 = 𝐼𝑓𝑅 − ( ) ∗ 𝐼𝑆
𝑁𝑟
𝐼𝑓 = (1,0813∠ − 89,92) − (0,4173) ∗ (5,77∠ − 0,451)

𝐼𝑓 = 2,58 ∠ 3,12 𝐴

Por fim, foi calculado o erro:


𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 2,58 − 2,5
𝑒𝑟𝑟𝑜 = =
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 2,5
𝑒𝑟𝑟𝑜 = 3,2%
Com isto concluímos que o valor calculado da corrente de excitação If é maior 3,2% em
relação ao valor medido, cujo desvio pode ter como origem várias causas.

Como método utilizado foi o Modelo de Potier, cuja aplicação é prioritariamente em máquinas
de rotor cilíndrico (liso), quando este é usado em máquinas de polos salientes, poderá existir
uma variação na utilização da força magneto motriz resultante, por a máquina aplicada não
possuir isotropia magnética. O método ideal para utilizar neste tipo de máquinas seria o
Método de Blondel, para o caso do estudo individual do comportamento da máquina, ou o de
Doherty-Nickle (Blondel simplificado), para o caso de estudo de um sistema multigerador.

Os consecutivos ajustes, crescentes e decrescentes, da corrente de excitação poderão ter


criado ciclos de histerese, indesejáveis ao ensaio. Consequentemente, a máquina síncrona foi
submetida a uma excitação elevada durante um elevado período de tempo, aumentando
assim as perdas de joule, também indesejáveis no experiência.

É também de salientar que no Modelo de Potier não são consideradas nem a histerese nem as
perdas magnéticas, justificando também a variação do valor de corrente calculado com o
medido.

O modelo não inclui a modelação das perdas “não joule”, isto é, perdas de excitação,
magnéticas e mecânicas da máquina.

Conclusão

Depois dos ensaios em carga realizados, conclui-se que se o alternador for ligado com uma
carga indutiva “pura" e com uma corrente de excitação constante, existirá uma queda na
tensão nos terminais do estator, provocando um efeito desmagnetizante neste. No caso do
ensaio com a carga capacitiva “pura", observa-se uma situação oposta, pois a tensão nos
terminais estatóricos aumenta, causando um efeito magnetizante neste.

Na utilização do Modelo de Potier para a previsão da corrente de excitação, conclui-se que


existem várias causas que justificam um desvio entre o valor medido e o calculado. No
entanto, é de salientar que, mesmo sendo utilizado um modelo não especifico para o tipo de
máquina utilizado, obteve-se um erro dentro do desejado (menor que 4%), tendo em conta
que se trata de uma experiência, sujeita a erros de medição, arredondamentos e
desconsideração de várias circunstâncias.

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