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Ministério de Discipulado

1. INTRODUÇÃO

O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aprendiz, baseado no modelo de Jesus e seus


discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aprendiz a plenitude da vida que tem em Cristo, que o
discípulo é capaz de treinar outros para ensinar e formar outros (2 Timóteo 2.2)

Não é uma tarefa impossível, ou difícil demais; e é algo essencial para o nosso próprio crescimento
pessoal.

Mesmos tratando-se de um processo de aprendizagem não deve ser visto como uma via de mão única,
de cima para baixo. Uma outra boa definição de discipulado seria ‘parceria’, onde um crente com um
pouco mais de experiência cresce junto com o discipulado. Deus pode trabalhar em ambos, edificando a
cada um. Se o discipulador não pensar assim ele corre o risco de ser hipócrita, ou de procurar produzir
um padrão pessoal seu na vida do discípulo, ou ainda criar a expectativa de um padrão inatingível.

Dinâmica das Expectativas

1. Quais as suas expectativas em relação ao discipulado? O que você espera pra a sua vida e para
a da pessoa discipulada?

2. Que expectativas você acha que a pessoa discipulada tem em mente? Em que são diferentes das
suas?

3. Como essas expectativas podem ser atingidas?

O ALVO FINAL DO DISCIPULADO


Formar discípulos integrados e que se multiplicam.

Características de uma boa integração


+4 Crescimento Espiritual Contínuo
1. Um membro integrado igreja é envolvido com
+3 Descoberta de dons espirituais
os propósitos da igreja.
+2 Integração na comunidade cristã 2. Um membro integrado participa
regularmente dos cultos. Não anda faltando à toa.
+1 Compreensão das consequências da fé
3. Um membro integrado experimenta
0 Entrega pessoal / Novo Nascimento crescimento espiritual contínuo.
4. Um membro integrado dá um sinal visível
-1 Decisão para a entrega pessoal
de sua integração na igreja.
-2 Estar perplexo e desconcertado 5. Um membro integrado faz novas
amizades na igreja.
-3 Atitude positiva em relação ao evangelho
6. Um membro integrado descobriu o seu
-4 Compreensão do Evagelho simples lugar na igreja.
7. Um membro integrado contribui
-5 Interesse pela fé cristã regularmente para o sustento da Igreja.
8. Um membro integrado tenta alcançar
-6 Imagem distorcida da fé cristã
outras pessoas com o evangelho.
-7 Contar com ‘um ser superior’
-8 Rejeiçao de tudo que é sobrenatural

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2. A MISSÃO DO DISCIPULADOR
“Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os
outros.” (Romanos 14.19).

“Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-
nos a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para
edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito:
As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim.” (Romanos 15.1-3).

O principal objetivo do discipulador é a edificação do discípulo.

Idéias para a edificação

1. Faça do encontro de discipulado um ‘culto’


Comece com conversas de ‘quebra-gelo’ (preparação).
Ore antes de iniciar, pedindo a direção de Deus.
Apresente o estudo num ambiente de conversa, não de professor-aluno.
Conclua intercedendo por necessidades do discípulo e de sua família, como também pela igreja.
Apresente suas necessidades também, para que o discípulo interceda por você. Assim, ambos
crescerão.

2. Identificar sentimentos
As barreiras emocionais são um dos maiores impedimentos ao crescimento espiritual. É preciso
identificar e respeitar os sentimentos do discípulo, de forma a permitir que ele esteja no encontro
como ele mesmo e não como acha que deve estar, nem com as máscaras que a vida lhe fizeram
criar.
Procure sempre ver o que está por trás das ações do discípulo (sem achar-se ‘sabedor’ da alma de
ninguém).

3. Discernindo problemas
Por que o crescimento não está acontecendo como deveria? Qual a verdadeira raiz dos problemas
apresentados? Por que a recusa em tocar em certos assuntos?
Para discernir problemas é preciso paciência, perseverança, firmeza e oração.

Algumas ‘fortalezas’ comuns:


Amarguras e ressentimentos
Feridas do passado
Herança familiar (raivoso, crítico, complexado, etc.)
Cegueira religiosa (idolatria, espiritismo, etc.)
Orgulho
Vícios
Compreensão errada a respeito da conversão

4. Confronte comportamentos negativos


“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” Efésios
4.15.
Não existe amor sem confronto, e o confronto não pode ser sem amor.

5. Pense em todas as opções


Evite trazer soluções simplistas para os problemas; busquem juntos em oração, considerando
várias opções ao mesmo tempo.
Peça conselhos de pessoas mais experientes.

6. Providencie informação
Não limite-se apenas à revista de discipulado. Incentive a leitura, empreste materiais, providencie
encontros com pessoas mais experientes, etc.

7. Ajude o discípulo a mudar seus paradigmas


Mais que informações queremos edificação, que significa que os valores de Deus estão
transformando a forma de pensar do discípulo. É preciso que ele seja encorajado a pensar com a
mente de Deus, formando novos paradigmas.

8. Demonstre atividades ministeriais práticas


Leve o discípulo para atividades práticas, até que ele descubra o seu próprio lugar no reino de
Deus.

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Seis atitudes do discipulador

1. O discipulador ouve
Existem três formas básicas de ouvir: através dos outros, através de nossas próprias idéias, e
através da própria pessoa que está falando. Aprenda a ouvir desta última forma.

Cinco erros comuns no ouvir


a. Ignorar o que está sendo dito, preparando-se para a resposta que precisa ser dada, ou
misturando a sua história com a da pessoa.
b. Parecer estar ouvindo, mas desligando-se mentalmente e depois dizendo ‘uhum...’ ‘pois
é’, ‘é assim mesmo’, etc.
c. Filtrar o que está ouvindo, selecionando o que quer ouvir e ignorando o restante; ou
achando saber mais que a própria pessoa que está falando e querendo forçá-la a dizer ou
pensar como o discipulador quer que ela pense e fale.
Cuidado: podemos ouvir em torno de 600 palavras por minuto, mas só conseguimos
falar cerca de 150. Portanto, quem ouve está em uma grande ‘vantagem’ em relação a
quem fala.
d. Ouvir intensamente, de forma a constranger ou denotar outra intenção.
e. Ouvir apenas as palavras, esquecendo dos sentimentos.

Como ouvir melhor


Use a escuta intencional ativa, procurando ouvir com os ouvidos da própria pessoa que fala.
Ouça com atenção, se preciso use a técnica do espelho (repetir o que foi dito).
Ouça com o corpo todo.
55% do que ouvimos vem da postura e dos gestos.
38% do que ouvimos vem do tom de voz.
7%, apenas 7%, do que ouvimos vem das palavras propriamente ditas.
E tudo isso ainda recebe a influência do estado emocional das pessoas envolvidas.

2. O discipulador intercede
Efésios 1.16: “Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações”.

1 João 5.16: “Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará
vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue. Toda
injustiça é pecado, e há pecado não para morte.”

3. O discipulador forma pelo exemplo próprio


1 Coríntios 11.1: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.’
Não é que tenhamos que aparentar perfeição, mas precisamos demonstrar ser pessoas que estão
crescendo e que tem compromisso com Cristo e com sua igreja.

4. O discipulador marca o passo


Ele dita o ritmo; por isso ele precisa de discernimento para apressar ou diminuir a ‘velocidade’ da
caminhada.

5. O discipulador ensina
Deve ensinar demonstrando e estando aberto às necessidades do discípulo.
O material que entregamos a ele deve servir apenas de guia.

6. O discipulador envolve o discípulo com outros cristãos


Win Arn, um pesquisador do crescimento de igrejas, detectou que, se um novo convertido
consegue forma 7 amizades nos seus 6 primeiros messes na igreja, esse novo convertido tem mais
dificuldade de afastar-se.

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3. DISCIPULADO E PRESTAÇÃO DE CONTAS


Um discipulador é alguém que se compromete a responder por outra (Gênesis 4.9). Por isso é essencial a
prestação de contas das responsabilidades mútuas (discipulador e discípulo). Nós devemos mais do que
passar informação, ou orar juntos.
Ser responsável significa que você fará sacrifícios. Os dias e horários marcados precisam ser
obedecidos, as tarefas precisam ser desenvolvidas, etc.
Ser responsável não significa tornar-se uma muleta. Um discipulado eficiente produz maturidade e
multiplicação, e não dependência.

Os estágios de um relacionamento de prestação de contas


1. Familiarizar-se
Não é possível haver prestação de contas nesse estagio; é o tempo de adquirir confiança e
intimidade na relação.
É o estágio para conhecimento mútuo.
As perguntas quaker tem ajudado nesse processo.
Onde você morou entre 7 e 12 anos?
Qual o meio de transporte sua família usava?
Quem era a pessoa mais próxima a você?
Quando Deus se tornou mais do que uma palavra para você?

2. Conflitos
Não é um estágio obrigatório, mas a intimidade tende a levar a conflitos, pois as máscaras
caíram e as pessoas sentem-se mais à vontade para serem sinceras.

3. Comunhão
É o momento de prestar contas.

4. Ministério
Quando os dois podem trabalhar juntos para servir a outros.

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4. QUESTÕES PRÁTICAS DO DISCIPULADO

4.1 O hábito de visitar.


Qual o melhor horário para as visitas?
O melhor horário é o do discípulo; se puder ser adequado ao do discipulador, perfeito.
Acessórios para visitação
Bíblia, coletânea com músicas, estudos avulsos, estudos do discipulado, cds de músicas
evangélicas, etc.
Como vestir-se.
Com simplicidade, mas de forma a considerar o discipulado como algo importante.
É bom ter os demais cuidados normais com roupa (decência, etc.), para evitar problemas ou
constrangimentos com os demais membros da família.
Assiduidade e Compromisso
O discipulador precisa sacrificar-se para priorizar os compromissos assumidos. Quebrar o processo
é extremamente prejudicial, pois passa a idéia de que o discipulado não é tão necessário, e quebra
a cadeia de multiplicação.

4.2 Acompanhamento
Familiar
Crianças não devem ser levadas pelo discipulador, e as que estão na casa do discípulo devem ser
cuidadas por outra pessoa, se possível, para permitir mais liberdade de parceria.
Se há carências financeiras, deve-se entrar em contato com o Ministério de Ação Social (veja-se o
apêndice 2).
No caso de jovens, avaliar como está o relacionamento com os pais, evitando escândalos para a
igreja. A avaliação precisa ser sincera, sem olhar apenas um dos lados da questão.
Eclesiástico
Esforçar-se por envolver o discípulo na vida eclesiástica da igreja, levando-o a atividades,
apresentando-o a pessoas e líderes, sem convencê-lo de nada, deixando-o sempre livre para
escolher seu próprio ministério.
(veja apêndice 5)

4.3 Casos intermitentes


Clara evidência de abandono do estudo por parte do discípulo
Isso acontece por dois motivos básicos: falta de afinidade com o discipulador, ou falta de
conversão genuína.
O discipulador precisa ter maturidade e bom senso para passar o discípulo para outra pessoa, se
perceber que o problema é com ele.
A conversão deve ser avaliada logo no primeiro encontro (veja apêndice 6)
Mudança de bairro ocorrendo nova integração com outra igreja
Insistir com a igreja onde ele esteja congregando-se atualmente para apoiar o novo convertido.
Insistir também no aspecto da conversão, para que o discípulo não deixe de freqüentar a igreja
apenas por não adaptar-se a uma nova realidade.

Perseguição familiar
Veja apêndice 7

Doença por ambas as partes:


Do Discipulador – providenciar outro
Do Discípulo – acompanhamento solidário

4.4 Conhecimento básico das doutrinas bíblias


Como transmitir uma verdade bíblica de modo eficaz?
Veja apêndice 8

Situações específicas
Discípulo analfabeto
Use linguagem popular e através de ilustrações do cotidiano, pode-se utilizar gravuras,
filmes, etc.
Hoje, dispomos de toda a Bíblia em áudio.
Discípulo com deficiência visual
Use recursos de áudio
Discípulo com deficiência auditiva
Acionar ministério de Libras

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Discípulo com conhecimentos básicos da Bíblia


O ensino ocorre de maneira que o mesmo possa ter uma visão mais ampla do que já
aprendeu tendo o discipulador o cuidado para ministrar os temas previstos nas lições e não
fugir deles.
Discípulo com conhecimentos amplos e concretos a respeito das Escrituras
Devem ser discipulados por quem pode aproveitar melhor essa oportunidade; nesses casos,
a revistinha de discipulado é apenas um guia de temas a serem explorados.
Se o discipulador não puder acompanhar o mesmo nível do discípulo, lembrar que discipular
não é apenas ensinar, é formar uma vida; assim, enfatizar não o conhecimento, mas a
prática desse conhecimento na vida, formando o caráter cristão do discípulo.
De qualquer forma, o discípulo deve ser incentivado a freqüentar a EBD para aprofundar
seus conhecimentos.

4.5 Como alcançar objetivos


Objetivos do estudo:
Através de atividades escritas (perguntas para recapitulação ao final da lição) e da revisão na
semana seguinte.

Das verdades bíblicas


Através de práticas e ações (desafios... Ex: tente ler a Bíblia todos os dias, convide alguém para ir
à igreja..., fale de Jesus a uma pessoa durante a semana , etc.)

Obs.: todos os desafios devem ser cobrados, estimulando o discípulo a tentar novamente caso o
tarefa não seja realizada, mas de modo que não venha a constrangê-lo.
(Reveja a parte de prestação de contas, pág. 4)

Atualize-se sempre... O mundo muda constantemente.


Leia livros, revistas... Recicle-se!
Estimule ao discípulo a fazer o mesmo.

4.6 Ao Discipulador cabe:


• Controlar o tempo de aplicação do estudo podendo recapitular o conteúdo na reunião seguinte,
• Adiar a conclusão do tema aplicado para a reunião seguinte,
• Repor lições,
• Avisar com antecedência a indisponibilidade no horário marcado, sempre remarcando o estudo
para uma data mais próxima.

4.7 Ao Discipulador é vedado:


• Promessa de emprego, ajuda de custo por parte da igreja, etc.
• Faltar compromissos sem a prévia explicação ao discípulo,
• Só falar e nunca ouvir nas reuniões,
• Só ouvir e não falar nas reuniões,
• Ser persuadido pelo discípulo,
• Aceitar compreensão errada da Bíblia,
• Comercializar algum artefato, produtos de revistas..., durante, antes e após as reuniões,
• Reivindicar ou insinuar lanches como estimulo para as reuniões,
• Concordar com críticas ou criticar a doutrina, igreja ou membros.
• Não ter uma vida de testemunho,
• Ser uma pessoa omissa nas atividades da igreja.

4.8 Ao Discipulador é louvável


• Abdicar do seu tempo para repor ou adiantar estudos
• Estimular ao discípulo a discipular um novo irmão,
• Presentear o discípulo com algum material bíblico, estimulando assim o interesse pela leitura,
• Acompanhá-lo na igreja apresentando-o aos irmãos
• Sentar ao lado do novo decidido nos cultos,
• Telefonar durante a semana,

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5. APÊNDICES

APÊNDICE 1
Pactos
Assuntos que devem fazer parte do acordo entre discípulo e discipulador, e que devem ser tratados nos
primeiros encontros.
Não é necessário que seja escrito formalmente. O propósito desse acordo é definir os objetivos para que
haja apoio mútuo. Escrevam os pontos-chave da discussão sobre suas expectativas.
Seguem abaixo alguns tópicos que devem estar no acordo:
1. Quando e onde as ligações telefônicas podem ser feitas.
2. O dia de semana em que vocês sempre terão seu encontro.
3. O horário em que vocês terão seus encontros semanais.
4. Permissão para que outras pessoas (como o pastor, por exemplo) saiba sobre assuntos
pessoais discutidos entre vocês dois.
5. Possibilidade de parentes e amigos serem convidados para seus encontros de discipulado.
6. O modo que vocês acham mais adequado para compartilhamento: por exemplo, em uma sala,
ou em uma refeição onde vocês possam conversar.
7. Alvos que os dois tenham para essa etapa de discipulado.
Como vocês farão a avaliação desse acordo? Vocês podem combinar um encontro mensal para uma
reavaliação? A verificação do progresso feita corretamente será de grande beneficio.

APÊNDICE 2
Princípios a serem lembrados
1. O princípio do ‘bambolê’. É preciso uma certa distancia entre você e o discípulo, não apenas
emocional, mas física também.

2. Não resolva problemas do discípulo. Ajude-o a resolver, para que ele adquira maturidade e não
crie dependência do discipulador.
Ajude o discípulo a tomar decisões sozinho.

3. Nunca dê ou empreste dinheiro diretamente ao discípulo. Qualquer ajuda deve ser indireta, e
com alguma ‘dificuldade’ (Atos 4.34-35).

4. Lembre sempre que caminhar em vitória é uma escolha (1 Coríntios 10.13).

5. Nunca, em hipótese alguma, nem por qualquer pretexto, fale mal da igreja ou de alguém dela.

6. Em todas os encontros, lembre que o discípulo deve discipular alguém logo após concluir o
discipulado. Tente criar uma ‘cadeia de multiplicação’.

APÊNDICE 3
Lidando com áreas problemáticas
1. O primeiro passo é ouvir, ouvir e ouvir.
Às vezes o problema é resolvido apenas com o desabafo.
Se não for, somente com muita compreensão do problema é que se pode chegar a uma solução.

2. Em lugar de dar conselhos, ofereça esclarecimentos.


Os conselhos são um risco muito grande para o discipulador, e podem gerar dependência da parte
do discípulo.

3. Não se deixe envolver, nem ser manipulado.


Às vezes, é uma disciplina de Deus; outras vezes, o discípulo precisa ‘assumir’ as conseqüências do
problema. E ainda existe a possibilidade do discípulo ser realmente ‘manipulador’.

4. Evite fazer críticas.


Se alguém está abrindo o coração, é porque quer ajuda (ou pelo menos pensa que quer).

5. Concentre-se no que precisa ser feito para que a vontade de Deus aconteça.

VONTADE DE DEUS

O QUE EXISTE O QUE PRECISA O QUE DEVERIA


SER FEITO EXISTIR

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6. Trabalhe com sinceridade em comportamentos repetitivos.


Confronte em amor, mas não deixe de tratar do problema.
Se preciso, busque ajuda de pessoas mais experientes.

APÊNDICE 4
Ajudando pessoas que tem dificuldade de expressar-se

Ajudando pessoas a falarem


A conversa no encontro de discipulado nem sempre flui facilmente, até porque não é fácil falar
sobre nós mesmos para outra pessoa. Algumas técnicas que facilitam esse processo são as
seguintes; cada uma deve ser usada no momento mais apropriado.

1. Técnicas de escuta
Objetivo: facilitar o fluxo da fala do discípulo.
Use um dos seguintes recursos:
• Afirmativas gestuais – com a cabeça, e todo o corpo, demonstra que está ouvindo.
• Eco – repetir as últimas palavras
• Elucidação – fazer perguntas para esclarecer mais
• Parafrasear – dizer o que entendeu do que o outro falou
• Comparações – comparar a fala com outras situações (cuidado para não misturar sua própria
história)
• Apontar contradições – (tipo de escuta mais ativa)

2. Tipos de perguntas
• Pergunta aberta – permite que a pessoa fale sobre muitas coisas.
• Pergunta fechada – limita a pessoa a uma resposta específica. Não deve ser usada.
Fechada. O que há com você hoje?
Aberta. Você não está parecendo hoje como nos outros dias. Aconteceu alguma coisa?

Fechada. A sua decepção amorosa deixou você desiludida, não foi?


Aberta. Percebo que você ficou desiludida por causa de sua decepção amorosa. Se estou
certo, fale-me como você se sente.

• Pergunta direta – são perguntas precisas. Não deve ser usada.


• Pergunta indireta – não parece com pergunta, mas fica claro que a pessoa deve falar alguma
coisa.
Direta. Você está desmotivada com essa situação?
Indireta. Estou tentando imaginar como lhe parece difícil ter motivação diante dessa situação.

• Pergunta dupla – coloca alternativas. Não é um tipo de pergunta útil.


Você prefere seu pai ou sair de casa?

• Bombardeio ou interrogatório – várias perguntas feita ao mesmo tempo; também é de pouca


utilidade.
• O uso do ‘por que’ – essa expressão denota interrogatório, necessidade de explicações,
desconforto, e isso tudo pode ser prejudicial ao fluxo da conversa. Em vez de ‘por que’ é
melhor usar ‘como’.
Por que você saiu de casa? Deve ser trocado por: Como é pra você ter saído de casa?

Ajudando as pessoas a falarem corretamente


Num momento oportuno, explique que existem três maneiras de falar:

INTERVENÇÃO
São atitudes expressivas do grupo; servem de ajuda, pois complementam ou ajudam a esclarecer
um fato.
INTERJEIÇÃO
São impossíveis de descrever o seu significado, e dependem da interpretação do orador: ‘ah’,
‘mas’, ‘bonito’, etc. Podem ajudar ou atrapalhar.
INTERRUPÇÃO
Quando atrapalham o raciocínio ou andamento da discussão. A interrupção é causada quando não
se presta atenção, se é prolixo, ou não se é objetivo.

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Ministério de Discipulado

APÊNDICE 5
Ministérios atuais da Memorial
Explique que a Rede Ministerial é o conjunto de ministérios da igreja. Acreditamos que qualquer atividade
pode virar ministério. Explique que o que deve ser levado em conta na escolha de um ministério é a
afinidade com o serviço que o ministério desenvolve.
Explique que existem serviços na igreja que não são parte da Rede Ministério, os chamados ministérios
eletivos; aproveite também para explicar sobre as congregações (futuras igrejas).

Ministérios eletivos
Diretoria – administra diretamente a igreja.
Conselho fiscal – auxilia a diretoria na administração das finanças da igreja.
Conselho missionário – conduz a igreja em campanhas missionárias.
Comissão de ética – auxilia a diretoria na administração da membresia da igreja.
Diáconos – auxiliam no ministério de visitação.
Diretoria da Escola Bíblica Dominical – administra a EBD.

Rede Ministerial propriamente dita e seus líderes


Ação Social – Doraci
Adoração – Davi
Coreografia – Gleiciane
Decoração – Toinha
Discipulado – Kinha
Evangelismo – Martin
Família – César e Adeilsa
Geração Radical – Fábio e Claudia
União Masculina - Jessy
Intercessão – Zélia
Infantil – Sara
Mocidade – Claiton
Mulher Cristã – Leda
Recepção - Luci
Trânsito – Sebastião
Terceira Idade – Zilmar
Apoio aos Pequenos Grupos – Karene
Libras – Fausto
Palavra Amiga – Késia
Comunicação – Leonardo

Congregações
Aldeias Altas – a 100 km de Timon
Aliança – no bairro Mutirão
Brasileira – a 180 km de Timon
Cidade Nova – em Timon
Flores – em Timon
Sóter – a 130 km de Timon

APÊNDICE 6
Aconselhamento de decididos
Aconselhamento deve ser uma prática constante em nossos trabalhos de evangelização. Sua importância
está em saber se a pessoa que foi à frente, num apelo, está realmente se convertendo, se entendeu o
que aconteceu; em caso contrário, o aconselhamento será a melhor oportunidade de apresentar o plano
de salvação.
Pode-se fazer o mesmo no primeiro encontro de discipulado, definindo que rumo tomar no discipulado.

Perguntas:
1. Já freqüentava alguma igreja evangélica antes?
2. Por que você tomou a decisão de receber a Cristo hoje?

No caso de respostas positivas


Aconselhamento: explicar as verdades fundamentais para um novo convertido.
1. Tem o perdão dos pecados e a paz com Deus (II Co 5.17, Rm 5.1).
2. Deve ter uma vida de leitura bíblica.
3. Deve ter uma vida de comunhão com a igreja (explicar o funcionamento, dias e horários
de cultos, etc.)

Treinamento de Discipuladores -9-


Ministério de Discipulado

Discipulado:
Começar logo o discipulado.

No caso de respostas duvidosas


Aconselhamento:
1. Fazer alguns esclarecimentos sobre a decisão: significado, conseqüências, etc.
2. Explicar as verdades fundamentais para um novo convertido.
Discipulado:
Separar a primeira reunião para esclarecimentos.

No caso de respostas negativas


Aconselhamento
1. Explicar o plano de salvação (use as 4 Leis Espirituais, por exemplo [apêndice 9])
2. Faça novo apelo.
Se a resposta for positiva, explique as verdades fundamentais para um novo
convertido.
Se a resposta for negativa, ofereça um estudo bíblico.
Discipulado
Comece com estudos evangelísticos antes do discipulado.

Para cada resposta das situações a seguir, determine o que deve ser feito: aconselhamento,
esclarecimento ou evangelismo.

Situação 01 – Jovem que quer livrar-se das drogas


Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Por que eu preciso de uma mudança; já tentei de tudo, até salão de macumba.
 Porque essa vida que eu levo não dá mais, eu preciso parar.
 Porque um amigo meu disse que só eu levantar é que eu conseguiria largar o vício.
 Porque eu vi um testemunho de um ex-drogado e ele disse que a gente tem de se
converter.
Situação 02 – Pessoa com problemas de saúde
Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Porque eu preciso de cura, eu quero entregar minha vida a Jesus para ele me curar.
 É um voto que eu estou fazendo a Deus pra ele me curar
 Porque eu tenho medo da morte e não quero ir pro inferno.
 Agora, com a morte se aproximando, eu percebo que muito do que eu fiz não tem valor.
Eu quero acertar no tempo que eu tiver de vida daqui pra frente.
Situação 03 – Pessoa com problemas de família
Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Porque a coisa lá em casa tá preta! Se eu pudesse nem voltaria para lá.
 Pra ver se as pessoas lá de casa vem também.
 Porque eu nem sei mais o que fazer; nem sei porque eu estou aqui.
 Porque eu vejo o meu vizinho que é crente e ele parece tão feliz.
Situação 04 – Adolescente que gostou da Igreja
Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Porque eu gostei daqui... é legal... animado... divertido.
 Porque meus pais querem isso pra mim, eles estão preocupados comigo, com medo de
que eu me envolva com o mundo.
 Porque eu nunca gostei do mundo, e agora entendo o plano de Deus pra mim.
 Porque eu tenho medo de cair no mundo, já que são tantas as tentações.
Situação 05 – Pessoa vinda da Assembléia de Deus
Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Porque eu vi que a Igreja aqui é diferente... tem mais animação.
 Porque aqui a gente pode tudo... lá na minha igreja é muito rígido.
 Porque eu fui muito maltratado(a) lá na Assembléia.
 Porque eu sou um pregador e lá na Assembléia eu não tenho oportunidade.
Situação 06 – Pessoa que se emocionou no culto.
Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Porque eu me emocionei bastante com tudo o que aconteceu... parece que o pastor estava
falando era comigo...
 Porque eu estou passando por muitos problemas e aqui eu me senti muito bem... senti
uma paz...
 Eu senti algo diferente quando eu entrei aqui... eu senti a presença de Deus, de verdade.
 Porque eu hoje entendi que Deus me ama e que eu preciso entregar minha vida a Ele.

Treinamento de Discipuladores - 10 -
Ministério de Discipulado

Situação 07 – Filho pressionado pelos pais


Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Porque meus pais querem que eu faça isso.
1ª  Porque meus pais já fizeram a decisão deles, e querem que eu faça a minha também.
2ª  Porque meus pais já fizeram a decisão deles, e por isso eu quero fazer a minha
também.
3ª  Porque meus pais já fizeram a decisão deles, e estão insistindo para que eu faça a
minha também.
Situação 08 – Pessoa que estava afastada
Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Porque eu estava afastado, mas hoje resolvi me reconciliar com Deus.
 Porque aquela música me tocou muito.
 Porque essa igreja não parece ser chata como a que eu freqüentava antes de me desviar.
 Porque eu cansei do mundo. Sei que Deus não vai me perdoar, mas eu vou tentar assim
mesmo.
Situação 09 – Pessoa confusa
Pergunta: Porque você foi à frente e aceitou a Cristo?
Respostas:  Porque eu me senti bem aqui, faz tempo que eu não me sinto assim... é disso que eu
preciso.
 Porque eu preciso de Deus... eu estou pensando até em suicídio...
 Porque a minha vida está confusa... eu não sei o que eu quero... preciso de ajuda...
 Não sei... só sei que eu preciso de alguma coisa... senão eu enlouqueço

APÊNDICE 7
Reagindo às perseguições
“Convicções fortes conquistam homens fortes, e então os fazem mais fortes."
Walter Bagehot

Introdução
Perseguição é um tratamento injusto que se recebe; se não for injusto, não é perseguição.
Tentação é uma atração ao pecado. Tribulação é adversidade, tormento, situação difícil. O cristão
sempre passa por provações e tentações, mas nem sempre é perseguido. Em paises como o nosso,
e em cidades menos interioranas como a nossa, casos de perseguição religiosa quase não existem;
diferente da igreja primitiva que enfrentou severas perseguições até o ano 313, quando o
imperador Constantino converteu-se ao cristianismo. Ainda hoje há perseguições em paises como
Arábia Saudita (o segundo pior em perseguição a cristãos).
A igreja primitiva foi perseguida pelas seguintes causas:
 O cristianismo era uma religião diferente. O império romano tolerava todas as religiões, desde
que seus adeptos também adorassem os deuses romanos. O próprio Estado romano era
endeusado, indo além de um simples sentimento de patriotismo. Os cristãos, porém, jamais
colocariam Jesus abaixo de César. Estavam dispostos a obedecer a todas as autoridades, desde
que essa obediência não afetasse sua lealdade a Cristo.
 O culto cristão, diferente dos cultos pagãos, que eram cheios de ídolos e cerimônias públicas, era
íntimo, e, às vezes, secreto, como no caso da Ceia do Senhor que era restrita aos membros da
congregação. Por estas diferenças os cristãos eram acusados de ateísmo (realizavam culto sem
imagens) e de praticar incesto e imoralidades em suas reuniões secretas.
 Causas Sociais. Pela pregação cristã, todos são iguais, tantos pobres como ricos; para as classes
mais baixas, isso não era problema, mas para as classes mais altas era uma ameaça real.
Junte-se a isso as preocupações dos vendedores de imagens e miniaturas, que temiam com a
possibilidade de uma religião sem ídolos.

Reagindo às perseguições
Jesus advertiu em Mateus 5.11-12 e que a perseguição verdadeira é: uma mentira, e por causa do
nome de Jesus. Assim, o primeiro passo é definir se se trata de perseguição mesmo: se o crente
não provocou, não induziu, se não há razões justas para o tratamento que se está recebendo, etc.
Nesse sentido é bom ressaltar que a Bíblia não nos exorta a sermos grosseiros com os incrédulos
(Colossenses 4.5-6). Até mesmo podemos nos adaptar a algumas circunstâncias, para melhor
aplicar e pregar o evangelho (1 Coríntios 919-22, como Paulo em Atenas [Atos 17]).

Confirmando tratar-se de real perseguição, vale ressaltar que não somos obrigados a aceitar
perseguição, uma vez que a Constituição Federal garante liberdade de crenças e opiniões; além
disso, é preciso definir as razões da oposição: é uma questão pessoal, ou uma questão de crença
mesmo?

Treinamento de Discipuladores - 11 -
Ministério de Discipulado

Questões pessoais podem ser resolvidas de forma pessoal; questões de crença podem ser
respondidas com explicações e debates, mas nem sempre. De qualquer forma, devemos estar
preparados para responder, com mansidão, a razão da esperança que há em nós (1 Pedro 3.15).

“A fé nunca sabe onde ela está sendo conduzida, mas ela ama e conhece Aquele que está
conduzindo."
-- Oswald Chambers

"A função da oração não é influenciar Deus, mas especialmente mudar a natureza
daquele que ora."
-- Soren Kierkegaard

APÊNDICE 8
As 7 leis da Aprendizagem

Mesmo que o assunto a seguir fale de sala de aula, ele pode ser adaptado ao processo de discipulado.

LEI N.º UM – A LEI DO PROFESSOR


O professor precisa conhecer o assunto a ser ensinado de forma completa e que lhe seja familiar.

Não se pode ensinar o que não se sabe. O aluno percebe de imediato quando o professor não está
seguro quanto ao que ensina, e logo deixa de ouvi-lo.
O que o professor precisa fazer:
• Estudar cada lição de forma renovada. O que se sabia no semestre passado pode já não ser
atual agora. O professor não pode se contentar em ensinar aquilo que todo mundo sabe como
se ninguém soubesse.
• Estudar a lição até que ela se torne pessoal, algo sobre o qual se possa falar naturalmente.
Ler anotações de um esboço não é ensinar. O esboço é bom e útil como guia, mas não pode
ser a fonte da lição. O conhecimento precisa estar naturalmente na mente do professor.
• Enquanto se estuda a lição, procurar encontrar uma ordem lógica, um alvo, o onde se quer
chegar. É essa ordem que facilita o entendimento do professor e do aluno.
• Enquanto se estuda a lição, também aproveitar para encontrar qual a utilidade do assunto
para a vida dos alunos. O domínio e utilidade de poucos assuntos é melhor que muitas
informações aparentemente desnecessárias.
• Não deixar de buscar ajuda em bons livros. Comprá-los, pedi-los emprestados, etc. Mas não
esquecer de que toda informação precisa ser primeiramente absorvida pelo que ensina. Se o
próprio professor não entender o que leu, não serão os alunos que vão fazê-lo.
O professor não pode confiar na ignorância dos próprios alunos. Na verdade, quanto mais débeis
os alunos, mais preparo deve ter o professor. Somente que tem domínio de um assunto pode ensiná-lo a
qualquer pessoa.
O fato de não ter apoio ou as condições ideais para ensinar não justificam as negligências do
professor. Também não deve o professor ludibriar sua ignorância e os alunos com ‘gritos’ ou vocabulário
complicado.
Deve se preparar para dar o melhor de si (Romanos 12.7b).

LEI N.º DOIS – A LEI DO ALUNO


O aluno precisa estar atento ao que se vai ensinar. O professor não deve falar antes de ter atenção
dos alunos, nem continuar depois de havê-la perdido.

Não pensemos que esta lei isenta o professor de qualquer esforço ou culpa, como se tudo
dependesse do aluno. É o professor o responsável por manter a atenção dos alunos. Se o professor
causar interesse e motivação no aluno, terá sua atenção.
Algumas dicas:
• A mente atende aos sentidos, que, como se sabe, são cinco. Apelar unicamente à audição é
buscar o insucesso. A mão do professor movimentando-se, seu sorriso simpático, um visual
colorido, uma piada, são ferramentas úteis e poderosas no desafio de prender a atenção dos
alunos.
• O tom de voz do professor também é ferramenta útil. Deve baixá-lo e aumentá-lo de forma a
criar emoção e interesse, evitando a monotonia.
• A atenção do aluno, conforme vamos estudar nas leis da Aprendizagem, se volta com mais
facilidade para aquilo que lhe interessa na prática, na sua vida mesmo.
• Sempre que o professor perceber que não tem mais a atenção do aluno, deve parar, usar de
algum artifício (piada, ilustração, recurso visual, atividade prática, perguntas direcionadas,
etc.), para ter novamente a atenção da turma. Falar quando não há atenção é perder tempo.

Treinamento de Discipuladores - 12 -
Ministério de Discipulado

• Lembrar do fator tempo. Por melhor que seja o assunto, os recursos, as ilustrações e o
próprio professor, não há como manter os alunos ‘presos’ por tempo indeterminado. Este
tempo diminui de acordo com a idade.
• Evitar e eliminar, a todo custo, os inimigos da atenção: ruídos externos, rotina, assuntos que
não sejam do interesse do aluno, visuais entregues antes do tempo, crianças no meio de
adultos, etc. O simples cumprir da lei n.º UM já é fator importante para se manter a atenção
dos alunos.
O primeiro alvo do professor é saber o que vai ensinar. O segundo é manter seus alunos presos a
si e ao assunto. Nisso, também deve pesquisar o máximo possível. Há bons livros sobre dinâmicas, e
também há muitas técnicas e formas de se apresentar uma aula, como veremos em outra parte de nosso
curso.

LEI N.º TRÊS – A LEI DA LINGUAGEM


A linguagem usada pelo professor deve ser comum a ele e ao aluno. Deve se tomar cuidado para
que o aluno entenda a mesma a coisa que o professor diz.

A sala de aula não é palco para que o professor faça sua exibição. Também não deve ser
considerada como lugar de ensino. A sala de aula deve ser lugar de aprendizagem. Se o professor não
falar a mesma língua do aluno, jamais haverá aprendizagem.
O que o professor deve fazer:
• Antes de mais nada, conhecer as palavras de seus alunos. Conhecer o vocabulário deles e
usá-lo.
• Adaptar-se a esse vocabulário, sem deixar de esforçar-se por aumentá-lo.
• Para expressar um pensamento, usar poucas palavras e as mais simples possíveis.
• Estar atento, observando se os alunos estão entendendo o que se está dizendo. Se perceber
que não houve entendimento, repetir a informação de forma mais simples e clara ainda.
• Ajudar o entendimento do aluno com ilustrações.
• Não se contentar quando o aluno diz que entendeu; fazer perguntas para ver se houve
entendimento de fato.
O professor bem sucedido não é aquele que mostra erudição, mas aquele que faz o aluno
aprender. O bom professor não é aquele que dá a matéria toda, mas aquele que se faz entender.

LEI N.º QUATRO – A LEI DA LIÇÃO


A verdade que se quer ensinar é aprendida através de alguma outra verdade já conhecida. O
professor precisa começar por aquilo que o aluno já sabe, e levá-lo assim a novos conhecimentos.

Ao se ensinar uma coisa a soldados, procurar usar ilustrações do quartel. O marinheiro só conhece
do mar, e deve ser aí a fonte para o professor se fazer entendido.
O que deve fazer o professor:
• Descobrir o que seus alunos sabem sobre o assunto, e começar por aí, levando-os a
crescerem mais em seus conhecimentos.
• Valorizar o conhecimento dos alunos, fazê-los se sentirem úteis e motivados a crescerem
ainda mais. Mostrar-lhes que estão no caminho certo, incentivando-os a progredirem. Isso
não é feito necessariamente com palavras, mas a atitude do professor deve demonstrar isso.
Ninguém gosta de ser considerado e tratado como ignorante. Usar de conhecimentos do
aluno é uma forma de tratá-los com importância e lhes prender a atenção.
• Dispor o assunto da lição de forma que um ponto seja seqüência do outro.
• Se vai apresentar problemas que precisem de solução, esforçar-se por retirá-los do contexto
e vida dos alunos. Lembrar que ensinar é também levar o aluno a aprender a pensar.
Talvez uma das experiências mais tristes para um aluno seja a de se sentir impotente diante de
um assunto. Isso desestimula totalmente, se não gerar até mesmo um trauma. Quando o professor não
apresenta assunto novo, e sim a continuação do conhecimento do aluno, ele está dando passos largos
para evitar esse desestímulo e trauma.
Um erro comum do professor que não atenta para isso, é não fazer a ligação entre os diversos
assuntos ensinados. Toda lição deve ser uma preparação a para a que virá depois.

LEI N.º CINCO – A LEI DO PROCESSO DE ENSINO


As leis que estamos ensinando abrangem quatro partes: o professor, o aluno, a linguagem e a
lição. A quinta lei diz respeito mais à lição do que as outras partes.

Ensinar é despertar e usar a mente do aluno para que ele aprenda o que se quer ensinar. Se
possível, nada lhe dizer do que ele possa aprender por si só.
Na verdade, podemos aprender sem professor. A maior parte das nossas experiências não foram
aprendidas através de um mestre, e sim por conta própria. E mais: aquilo que se aprende por si só, é

Treinamento de Discipuladores - 13 -
Ministério de Discipulado

mais marcante do que aquilo que se aprende com o professor. Na verdade, tudo o que se aprende
realmente é somente aquilo que a mente concluiu por si mesma.
Qual a importância do professor, então?
Simples. O conhecimento existe no mundo à nossa volta, mas ele está confuso e desordenado. O
professor é um guia, que facilita o aprendizado. Além de guia, deve ser ele, como já vimos, um
estimulador do aprendizado. Como disse o educador Comenius, ‘muitos professores semeiam plantas em
vez de sementes’. Quando não há perguntas da classe, não significa que aprenderam tudo. É mais
provável que não tenham aprendido nada.
Como conseguir fazer o aluno aprender por si mesmo?
• Fazendo com que o assunto lhe pareça interessante.
• Estimulando sua curiosidade sobre as informações transmitidas a ele. Isso se consegue por
meio de perguntas ou afirmações que o levem a pensar. Para crianças o método será outro,
pois elas se tem mais curiosidade pelo que apela aos sentidos e que sugiram atividades.
O interesse também vem pelo que é novo. Mesmo o velho precisa ser apresentado como se
fosse novo.
• Colocar-se você mesmo também a buscar soluções.
• Reprimir a impaciência até ver os próprios alunos descobrindo as verdades que estão sendo
ensinadas.
• Reprimir o desejo de dizer tudo o que você sabe sobre o assunto.
• Dar ao aluno tempo para pensar e cobrar este pensamento.
Conhecimento vem pelo pensar e não pelo ouvir. Simplesmente falar não é ensinar, nem
tampouco transmitir informações. Coisas que se aprendem não se esquecem; se seus alunos não
lembram do que você ensinou, na verdade não aprenderam.
Ensinar sem dar tempo e razões para que o aluno pense é desejar fracassar.

LEI N.º SEIS – A LEI DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Esta lei é uma continuação da anterior. Se o professor despertou o aluno, levando-o a descobrir as
verdades por si só, estará pronto para cumpri-la.

Exigir que o aluno reproduza a seu modo a lição que está aprendendo. Somente quando há uma
apropriação do assunto por parte do aluno é que algo lhe foi de fato ensinado.

Existem cinco níveis de aprendizado:


1. O aluno decora e recita o que o professor recomenda. Há professores que só aceitam as
respostas se forem iguais às do apontamento dado por ele. A prática mostrará que não houve
ensino neste nível.
2. O aluno memoriza e entende o que está memorizando. Aqui já há um avanço, mas ainda não
é o ideal desejado. Já parece com ensino, mas não é ensino eficaz.
3. O aluno explica o que aprendeu com suas próprias palavras. O professor que consegue levar
o aluno a esse estágio pode dizer que ensinou; muito se contentam com isso, mas não é
ainda suficiente.
4. O aluno busca provas para o que aprendeu. Quer averiguar o porquê de suas informações
adquiridas. Nesse processo, ele aprende ainda mais. Ele não somente explica o que aprendeu,
mas o faz com convicção! É o resultado do professor que ensinou também com convicção,
que despertou a atenção e interesse do aluno, que usou a linguagem certa, partindo do
conhecimento do próprio aluno, levando-o a descobrir a verdade por sua própria conta.
Mas ainda não é tudo!
5. O aluno aprende e relaciona aquilo que aprendeu com os mais variados assuntos e situações.
Está pronto para a vida! A sexta lei do ensino é um lembrete de que o professor precisa
chegar aqui.

Para isso, o aluno precisa ser lembrado constantemente de que há muito mais coisas implícitas do
que explícitas numa lição. Deve fazer com que o aluno expresse o que aprendeu com suas próprias
palavras, e levá-lo a colocar o ensino nas mais diferentes situações de suas vidas.
Mais uma vez é preciso calma. Paciência para que o aluno tenha tempo para pensar. É melhor
que o aluno, num trimestre da EBD, aprenda uma verdade apenas, do que ver 13 assuntos diferentes e
não aprender nenhum deles. O aluno só pode dizer que aprendeu quando é capaz de reproduzir aquilo
que aprendeu em suas próprias palavras e faz relação do aprendido com o restante do mundo; é quando
ele está pronto para praticar o que aprendeu.

LEI N.º SETE – A LEI DA RECAPITULAÇÃO E DA APLICAÇÃO


Como veremos ao estudar a sete leis do aprendizado, a nota que o aluno obtiver numa prova é a
nota do professor que o ensinou. A sétima lei diz o seguinte:

Treinamento de Discipuladores - 14 -
Ministério de Discipulado

A prova de que algo foi ensinado se processa através da recapitulação e aplicação.

A recapitulação é uma das melhores formas de ver se algo foi aprendido. E serve também para
corrigir um eventual erro de compreensão. Ademais, uma das melhores formas de se fixar algo é pela
repetição constante de seu conteúdo. Um antigo ditado diz: ‘cuidado com o homem de um só livro’. Isso
porque ele tem domínio completo do seu conteúdo.
À medida que se recapitula a lição se faz muito útil aplicar aquilo que está sendo ensinado às vidas
dos alunos. Na verdade a aplicação deve fazer parte de todo o processo de ensino, o que nem sempre
acontece pois não é tarefa fácil. Então, a aplicação, a utilidade do que foi estudado, deve fazer parte pelo
menos da recapitulação.
E é preciso recapitular até que haja de fato acontecido o aprendizado, a assimilação pelos alunos
daquilo que foi ensinado. Uma forma de recapitular é resumir o que foi ensinado; é o que tento fazer a
seguir, com nossas sete leis:

1. A LEI DO ENSINO – o professor precisa conhecer o que vai ensinar.


2. A LEI DO ALUNO – a atenção e interesse do aluno precisam ser conquistados.
3. A LEI DA LINGUAGEM – falar de forma que seja compreendido.
4. A LEI DA LIÇÃO – o aluno aprende mais quando se começa de algo que já ele conhece.
5. A LEI DO PROCESSO DE ENSINO – levar o aluno a aprender por si mesmo.
6. A LEI DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM – o aluno aprende quando reproduz o que foi
ensinado através de suas próprias palavras.
7. A LEI DA RECAPITULAÇÃO E DA APLICAÇÃO – o momento da recapitulação é o momento de
firmar, corrigir e aplicar o que foi aprendido.

MAIS UMA COISA

Não usar as sete leis não significa fracasso total, como também usá-la não significa sucesso
absoluto. Há um outro fator de extrema importância: a própria pessoa do professor. Se ele ensina com
entusiasmo, com vida, com dedicação e, principalmente, na dependência do Espírito Santo.
Técnica sem vida é quase inútil.
Parafraseando o que alguém disse: há professores que são admirados apenas por sua técnica, pelo
seu desempenho, e que não são vistos como humano pelos seus alunos. Eles gostam do trabalho do
professor, mas não gostam do professor.
É preciso técnica, mas é preciso vida também!

APÊNDICE 9
As 4 Leis Espirituais
Método de Bill Bright e da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo. E semelhante ao TTP:

1ª Lei — Deus te ama e tem iam plano maravilhoso para a sua vida.
João 3.16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 10.10.
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância.

Por quem nem todos experimentam desse plano maravilhoso?

2ª Lei — O homem e pecador e esta separado de Deus.


O homem é pecador
Romanos 3.23
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.

O homem foi criado para ter um relacionamento perfeito com Deus, mas por causa de sua
desobediência e rebeldia, escolheu seguir o seu próprio caminho, e seu relacionamento com
Deus desfez-se. Este estado de independência de Deus, caracterizado por uma atitude de
rebelião ou indiferença, é evidência do que a Bíblia chama de pecado.

Romanos 6.23
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus nosso Senhor.

Treinamento de Discipuladores - 15 -
Ministério de Discipulado

Deus é santo e o homem é pecador. Um grande abismo separa os dois. O homem está
continuamente procurando alcançar a Deus e a vida abundante através dos seus próprios
esforços: vida reta, boas obras, religião, filosofias, etc.

A 3a Lei oferece a solução.

3ª Lei — Jesus Cristo é a única provisão de Deus para o pecado do homem.


Por meio de Jesus, o homem pode conhecer o amor e o plano de Deus. Romanos 5.8,
1 Coríntios 15.3-4, João 14.6
Deus tomou a iniciativa de ligar o abismo que nos separa Dele ao enviar seu Filho, Jesus
Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar, pagando o preço dos nossos pecados.

Mas não é suficiente apenas saber essas leis:

4ª Lei — E preciso receber a Jesus com Salvador e Senhor


João 1.12, Efésios 2.8-9.
Receber a Cristo implica arrependimento, significa deixar de confiar em nossa capacidade para
nos salvar, crendo que Cristo é o único que pode perdoar os nossos pecados. Não é suficiente
crer intelectualmente que Jesus é o Filho de Deus e que morreu na cruz pelos nossos
pecados ou ter uma experiência emocional. Recebemos a Cristo pela fé, através de uma
decisão pessoal.
Estes dois círculos representam dois tipos de vida:

VIDA
CONTROLADA PELO "EU"

O "EU" no centro da vida.

CRISTO do lado de fora da vida.

Ações e atitude controladas pelo "EU ",


resultando em discórdias e frustrações.

Treinamento de Discipuladores - 16 -
Ministério de Discipulado

VIDA CONTROLADA POR


CRISTO

CRISTO no centro da vida.

O "EU" fora do centro.

Ações a atitudes controladas por


CRISTO, resultando em harmonia com
o plano de Deus.

Qual destes dois círculos representa a sua vida?

Como receber a Cristo como Senhor?

VOCÊ PODE RECEBER A CRISTO AGORA MESMO EM ORAÇÃO


(Orar é falar com Deus).
Deus conhece seu coração e está mais interessado na atitude do seu coração do que em suas
palavras. A oração seguinte serve como exemplo:
"Senhor Jesus, eu preciso de Ti. Eu Te agradeço por ter morrido na cruz pelos meus
pecados. Abro a porta da minha vida e Te recebo como meu Salvador e Senhor. Obrigado por
perdoar os meus pecados e me dar a vida eterna. Toma conta da minha vida e faça de mim o
tipo de pessoa que desejas que eu seja."
Esta oração expressa o desejo do seu coração?

Se for assim, faça esta oração agora mesmo e Cristo entrará em sua vida, como prometeu.

Treinamento de Discipuladores - 17 -

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