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Direitos Humanos e
dos Povos
Julho, 2019
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Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2019
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ÍNDICE
O que é a Carta Africana
dos Direitos Humanos e dos
Povos?
As tarefas de
supervisão e de
interpretação
A Carta Africana da Carta foram
dos Direitos confiadas a
A Carta Africana Humanos e dos Comissão Africana
dos Direito Povos entrou dos Direitos
Humanos e dos em vigor em 21 Humanos e dos
Povos foi aprovada de Outubro de Povos – CADHP,
por unanimidade 1986, tendo sido que foi criada em
pela Assembleia declarado essa 1987, cuja sede
da Organização da data como o está em Banjul,
Unidade Africana “Dia Africano dos Gâmbia, desde
(OUA), em 1981? Direitos Humanos”. 1989.
5
A proteção dos direitos do Homem no continente Africa-
no decorre de circunstâncias históricas específicas, relacionadas
com a descolonização e o direito à autodeterminação dos povos,
que dominaram os trabalhos da Organização de Unidade Africa-
na (OUA), desde 1963, data da sua criação, até ao final da década
de 70 do século passado. Com efeito, a questão dos Direitos do
Homem apenas surge formalmente no Preâmbulo da Carta da
OUA, nas referências à adesão aos princípios da Declaração Uni-
versal dos Direitos do Homem, ao direito dos povos a disporem
do seu próprio destino, bem como a cooperação em matéria de
respeito pelos direitos do Homem.
Decorrido o processo de independência dos Estados Afri-
canos, surge a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Po-
vos, ou Carta de Banjul, aprovada pela Conferência Ministerial
da OUA, em Banjul, Gâmbia, em janeiro de 1981, sendo adotada
pela Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da OUA,
em 27 de junho de 1981, em Nairobi, Quénia, tendo entrado em
vigor em 1986. A Carta foi no entanto complementada em ou-
tubro de 1988, através do primeiro Protocolo em que se criou o
Tribunal Africana de Direitos do Homem e dos Povos.
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II. DIVISÃO DA CARTA
III
II – Das – Disposi-
I
Medidas de ções Diversas
– Dos
Salvaguarda (artigos 64º
Direitos
(artigos 30º a a 68º)
e Deveres
63º)
(artigos 1º a
29º)
Sabia que:
II. DIVISÃO DA CARTA
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A RETER:
Os DIREITOS são estabelecidos no primeiro capítulo da Car-
ta, enquanto os DEVERES estão expressos no segundo.
De entre os direitos destacam-se:
• Igualdade perante a lei e igual proteção da lei;
• Inviolabilidade da vida, integridade física e moral;
• Dignidade inerente à pessoa humana e reconhecimen-
to da personalidade.
• Proibição de todas as formas de exploração do Homem,
especialmente a escravatura, o tráfico de pessoas, a tortura física
ou moral e as penas ou tratamentos cruéis.
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III. RECONHECE COMO FONTES:
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IV. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
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ção revela-se tanto mais grave quanto CRDSTP (33º e 19º)
a Carta não proíbe expressamente o
CRDSTP (41º /4)
chamado trabalho forçado.
• O direito à liberdade e à se- CRDSTP (41º /3)
gurança encontra-se enunciado no ar- CRDSTP (57º, 58º, 60º,
tigo 6.º. Na mesma linha está o artigo 66º e 124º)
7.º relativo à administração da justiça,
que consagra o direito de acesso aos CRDSTP (15º, 57º e 58º)
tribunais, a presunção de inocência, o CRDSTP (9º, 47º e 48º);
direito à defesa, o direito a ser julgado CP (219º, 235º, 236º,
num prazo razoável, bem como o prin- 245º, 246º e 255º)
cípio da irretroactividade da lei penal.
• As liberdades de consciência
e de profissão e prática religiosa pre-
vistas no artigo 8.º
• O direito à informação e a li-
berdade de expressão estão contem-
plados no artigo 9.º, de modo sucinto
e sem limitações precisas, apenas en-
quadrados pelo âmbito das “leis e re-
gulamentos” citados no n.º 2 do mesmo artigo.
• O artigo 10.º enuncia o direito à liberdade de associa-
ção, bem como o direito de recusar a dela fazer parte. Esta última
remete simplesmente para a lei, acrescida da remissão para o ar-
tigo 29.º da própria Carta, que enuncia deveres, entre os quais o
dever de solidariedade social e nacional, sobretudo quando elas
estejam ameaçadas (n.º 4).
• A liberdade de reunião surge consagrada no artigo 11.º,
mas as restrições, para além de estarem limitadas pela lei e regu-
lamentos, devem ainda respeitar a segurança nacional, a segu-
rança dos outros, a saúde, a moral e os direitos e liberdades das
pessoas.
CRDSTP (30º e
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b. DIREITOS ECONÓMICOS E SOCIAIS
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V. INOVAÇÕES IMPORTANTES DA CARTA
15
VI. O IMPACTO DA CARTA AFRICANA SOBRE
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VII. OS DIREITOS PROTEGIDOS E DEVERES
ENUNCIADOS
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VIII. DIREITOS DOS POVOS E DIREITOS DA
“TERCEIRA GERAÇÃO”
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IX. CONCLUSÃO
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