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Rosana Zanella

Baseado no texto de Alcides Ignácio


Júnior
A Primeira Entrevista não corresponde
necessariamente à primeira sessão, e sim a
todas as sessões iniciais que se realizam até
que se possa obter uma percepção
relativamente clara da dinâmica do cliente,
ou seja, a totalidade do seu padrão de
interação no campo organismo-meio
ambiente, o que inclui os pontos de fluidez e
os pontos de interrupção nesta dinâmica.
 Podemos dividir a Primeira Entrevista em três
partes:

 Estabelecendo o vínculo
 Explorando dados
 Delineando uma percepção “diagnóstica”

 Trata-se de uma divisão eminentemente
didática, pois estas partes acontecem quase
que concomitantemente na prática. Porém, é
de vital importância que o terapeuta
respeite a predominância de uma, em
detrenimento das outras, de acordo com o
momento em que se está da Primeira
Entrevista, ou seja, se no começo, no meio
ou no fim.
 Estabelecendo o vínculo

 O que justifica o terapeuta priorizar o
estabelecimento de vínculo no início da
Primeira Entrevista é o fato de que, sem
este, a exploração de dados fica seriamente
prejudicada e conseqüentemente, também a
delineação “diagnóstica”, pois sem vínculo o
cliente não traz os dados de forma clara e
ampla, tornando-se difícil a obtenção de um
fechamento “diagnóstico”, e assim, a
efetivação de uma Primeira Entrevista.
 Na verdade, se o estabelecimento de vínculo
não ocorre, raramente o cliente permanente
vindo às sessões, interrompendo com muita
facilidade a continuidade do processo
terapêutico.

 A postura do terapeuta diante do cliente é
o primeiro aspecto que eu quero aqui
abordar, pois tal postura é fundamentada
numa visão filosófica própria como também
num corpo teórico específico, principalmente
a Teoria de Campo e o Método Dialógico.
 O vínculo terapeuta-cliente não é algo
unilateral, algo que provém do cliente em
relação ao terapeuta, e sim algo –
proporcional e bilateral, que ocorre entre o
terapeuta e o cliente, ou seja, na proporção
em que o cliente vai “dando” ao terapeuta o
lugar de terapeuta, o terapeuta vai “dando”
ao cliente o lugar de cliente, e assim vice-
versa.
 O cliente sempre sinaliza para o terapeuta,
através de palavras e atitudes mais ou menos
intencionais e/ ou conscientizadas se o
terapeuta o está ou não acompanhando para o
estabelecimento de vínculo.

 É muito importante que o terapeuta considere
o nível de conscientização que o cliente possui
de sua própria dinâmica, como também o nível
de evitação que este possui em relação a
mudanças, pois estes níveis caminham de acordo
com a maior ou menor existência de suporte
interno e/ ou externo no campo do cliente e,
dessa forma, precisam ser respeitados, neste
momento inicial da Primeira Entrevista.
 Explorando dados

 Havendo o vínculo, o terapeuta pode ficar
mais a vontade para centrar-se na exploração de
dados.

 Explorar dados significa o terapeuta apreender,
através de seu próprio aparato perceptivo,
afetivo e cognitivo, o manifestar-se do cliente,
no seu aspecto verbal e não verbal (corporal), na
sua forma e conteúdo, ou seja, na totalidade de
seu manifestar-se, seja esta conscientizada ou
não pelo cliente no momento.
 Então o terapeuta apreende com sua
totalidade uma outra totalidade, que é o
cliente, onde as “informações” que ele traz,
a maneira como as organiza e transmite para
o terapeuta, sua movimentação corporal, e o
“desenho” que ele vai, mais ou menos
conscientemente, fazendo de si mesmo na
relação com o seu mundo, constituem esta
totalidade.
 A função do terapeuta nesta etapa, em que a
exploração dos dados é figura, consiste no
caminhar com o cliente no sentido da “simples”
clarificação do que está acontecendo no campo
organismo- meio ambiente para uma
compreensão e delineação da queixa daquilo que
realmente motiva o cliente à terapia.

 Eu saliento isto, porque muito freqüentemente
observo que, por vezes, alguns terapeutas
priorizam um “trabalhar” com o cliente num
momento em que a simples exploração de dados
deveria ser figura, ou seja, eles intencionam
trabalhar com o cliente, sem que a Primeira
Entrevista tenha sido efetivada.
 Distinguimosa existência de dois tipos de
questões que o terapeuta dirige ao cliente:
Questões de Frente e Questões de Bolso.
 Elas também tecem uma relação de figura e
fundo na apreensão do terapeuta ao cliente.

 a) Questões de Frente: São questões que o
terapeuta, desde a chegada do cliente à sessão,
começa a dirigir ao cliente. São essas:
 a-1) “O QUE ESTÁ ACONTECENDO?” – Traz
dados do conteúdo do que está acontecendo.
 a-2) “COMO É ISTO QUE ESTÁ ACONTECENDO?”
– Traz dados que especificam e particularizam o
conteúdo daquele cliente.
 a-3) “ONDE E QUANDO ACONTECE?” – Traz
dados que contextualizam, em termos de espaço
e tempo e de objetos pertinentes de relação, o
conteúdo e a forma deste acontecer específico.
 a-4) “ONDE E QUANDO MAIS ACONTECE?” – Traz
dados mais apurados de padrão de interação do
cliente, uma vez que tal padrão é desfocado da
exclusiva correlação com um único objeto de relação
e/ ou espaço e tempo.
 a-5) “DESDE QUANDO ACONTECE?” – Traz dados de
um passado mais ou menos remoto e que está
totalmente engajado no momento presente do
cliente, como também dados da intensidade
qualitativa do que acontece relacionada à quantidade
de tempo em que “isto” vem acontecendo.
 a-6) “O QUE, COMO, ONDE E QUANDO ACONTECEU
ESTE MOMENTO?” – Traz dados mais detalhados deste
passado pertinente ao presente, possibilitando um
entendimento aprofundado, na sua origem, da
maneira como este está organizado na percepção
atual do cliente.
 Devido ao fato de o terapeuta ter como
função primordial a percepção de
intervenção na fronteira-ego de contato do
cliente, ele exerce então duas posições que
também tecem uma relação de figura e
fundo, ou seja, de predominância de uma em
detrimento de outra, conforme o momento
presente da sessão.
 Uma é de observador e mediador da
comunicação EU-NÃO EU, o que mais comumente
conhecemos como a comunicação organismo-
meio ambiente.
 A outra posição é de “simples e puro” objeto
de relação, aquele que se diferencia como um
NÃO EU para o Eu-cliente, seja esta relação mais
ou menos transferencial.

 Então, num dado momento, é figura a relação


do cliente com as “suas coisas” e, em outro
momento, é figura a relação dele com o
terapeuta.
 Assimcomo sempre nos é importante saber
das características que o cliente salienta à
sua percepção de cada objeto de relação em
destaque no seu campo, é igualmente
importante estarmos conscientes das nossas
características particulares, enquanto
pessoa-terapeuta, para sabermos quais
dessas características transmitimos para o
cliente e quais e como ele ressalta na sua
própria percepção.
 Uma vez que o cliente que procura terapia,
na maioria das vezes, está confuso na sua
visão e ação no mundo, torna-se essencial
que o terapeuta esteja o mais possível
clarificado de sua posição (postura) diante do
cliente, pois só assim este poderá se oferecer
como referencial estável de relação para que
o cliente se vincule e inicie o encontro
consigo mesmo.
 Uma postura aberta, receptiva e uma
intervenção fenomenológica, ou seja, que
retrate com o mínimo de interpretação
possível o que está sendo manifestado pelo
cliente em termos daquilo que lhe acontece,
são pontos que também favorecem o
estabelecimento do vínculo, pois uma vez
que o cliente se sente bem recebido e
“compreendido” amplamente dentro da sua
situação, ele se vincula ao terapeuta e vice-
versa.
 b) Questões de Bolso: São questões, de caráter
mais informativo do que descritivo que o
terapeuta mantém à parte, até que se faça
oportuno dirigi-los ao cliente, evitando assim
uma investigação do tipo “pergunta-resposta” e
propiciando que os dados obtidos dessa forma,
venham de maneira mais ampla e
contextualizada para o terapeuta.

 As “Questões de Bolso” não são tão


determinadas e específicas quanto às de frente.
Elas variam em número e forma conforme cada
cliente e terapeuta mas, mesmo assim,
enumerarei algumas que considero importantes:
 b-1) Genetograma da família atual, situando dados
como: idade, posição, profissão, estado civil,
religião, sexo do cliente e dos demais membros
dessas famílias ou dessa “grande” família.
 b-2) Forma de interação do cliente com sua família,
seu chefe e/ ou colegas de trabalho, seus amigos e
conhecidos, seus “inimigos” e estranhos, seu parceiro
“amoroso” (namoro ou casamento).

 Os dados da história pessoal do cliente como da de


sua família são de vital importância para que se possa
compreender a dinâmica do mesmo.
O principal interesse do Gestalt-terapeuta na
exploração de todos estes dados, não é tanto
descobrir a veracidade ou não dos fatos e sim
saber, juntamente com o cliente, como ele
organiza estes dados no seu campo
perceptivo e que tipo de ação se dá, a partir
dessa forma de organização, pois toda pessoa
age com ela mesma e com o mundo que a
circunda, a partir da forma como percebe a
si-mesma e este mundo.
 Delineando uma percepção “diagnóstica”

 Quando se faz claro, numa unidade total de


interação do cliente com seu “específico” meio,
retratando os aspectos mais estáveis e, como
também, os mais mutáveis do seu padrão de
funcionamento, chegamos então ao final da
“Primeira Entrevista”.

 O que denota que temos, então, um parecer


“diagnóstico” do cliente, ou seja, da forma como
ele funciona com o meio, que faz com que se
interrompa ou restrinja seu contato organismo-
meio, podendo-se afirmar, então, que ele está
ou tem um problema.
 Não existe problema em si e, sim, uma
interação organismo-meio que não leva à
satisfação organísmica e que assim
chamamos de problema. E para entendermos
como se constitui um problema, é necessário
sabermos como a pessoa participa para a
manutenção deste problema, ou seja, suas
razões organísmicas para tal forma de
interação com o meio, como também, as
características particulares deste meio
(objeto de relação) com o qual a pessoa está
em interação.
 Na constituição de um problema sempre há a
presença de 3 (três) pontos:

 1- O que acontece
 2- O que a pessoa faz
 3- Não satisfação

 Na grande maioria das vezes a pessoa parte do


ponto nº 01 (o que acontece) e em seguida para
o ponto nº 03 (não satisfação), nunca situando ou
situando de forma insuficiente o ponto nº 02 (o
que ela faz).
 Incluímos aqui o ponto nº 04, representando a
EFETIVA MUDANÇA, pois é exatamente o ponto
onde a pessoa (cliente) quer chegar, ou seja, ela
quer que toda a configuração situacional se
transforme sem ser preciso entrar em contato
com o que ela faz (ponto-2). Isto é impossível;
uma vez que a minha interação organismo-meio
é a mesma, os resultados obtidos continuarão os
mesmos, nenhuma mudança acontecerá.
Metaforicamente falando, é como a pessoa
querer que os ovos cozidos que ela come todas
as manhãs tenha uma consistência mais líquida,
ao mesmo tempo, que continua aplicando o
mesmo tempo de cozimento que os leva a ficar
mais sólidos.
 Toda forma de ação que não leva à
satisfação, detona pontos de interrupção no
padrão de interação do organismo com seu
meio, que aparecem, conforme a forma de
cada pessoa funcionar, em diferentes
momentos, desde a formação até a
destruição da Gestalt, delineando assim uma
dinâmica da pessoa, ou seja, um
“diagnóstico” do funcionamento do campo
(organismo + meio ambiente).
 O ponto de interrupção é correlacionado e/
ou situado dentro do processo de formação e
destruição de gestalten, das quatro
qualidades de contato (perceptiva-afetiva-
cognitiva e motora), da função ego
alienação-assimilação, das fases do
desenvolvimento da pessoa, segundo Fritz
Perls, de um diagnóstico diferencial entre
neurose e psicose e entre dinâmica histérica,
dinâmica depressiva e dinâmica obsessiva,
dentro da visão de saúde e doença da Gestalt
Terapia.
satisfação
Pessoa faz

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