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Alyrio, Rovigati Danilo. Métodos e técnicas de pesquisa em administração.Rio de Janeiro: Fundação
CECIERJ, 2009.
Existem os tipos de pesquisa referentes aos processos exploratórios,
explicativos e descritivos. A pesquisa exploratória é caracterizada pela existência de
poucos dados disponíveis, em que se procura aprofundar e apurar idéias e a
construção de hipóteses. A pesquisa explicativa estuda fatores que determinam a
ocorrência de determinados fenômenos. Já na pesquisa descritiva se busca
essencialmente a enumeração e a ordenação de dados, sem o objetivo de
comprovar ou refutar hipóteses exploratórias, abrindo espaço para uma nova
pesquisa explicativa, fundamentada na experimentação.
Em relação ao processo de pesquisa, de modo geral, ainda pode se
fazer a distinção entre pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa, segundo se
realize ou não em função da quantificação. Na pesquisa quantitativa, a realidade é
posta em números. Os dados coletados são analisados estatisticamente, mais
objetivamente. A abordagem é mais empírico-analítica. Na pesquisa qualitativa, a
realidade é verbalizada. Os dados recebem tratamento interpretativo, com
interferência maior da subjetividade do pesquisador. A abordagem é mais reflexiva.
Também podemos fazer referência a uma classificação da pesquisa em
função do grau da aplicação mais ou menos imediata de seus resultados. Nesses
termos, classifi camos a pesquisa em pura ou aplicada. Assim, a pesquisa pura pode
ser defi nida como pesquisa cujos resultados se situam em um futuro remoto, que
não tem aplicação no momento, e a pesquisa aplicada é aquela de que se esperam
rápidos resultados.
EMPIRISMO - Doutrina segundo a qual todo conhecimento provém
unicamente da experiência, limitando-se ao que pode ser captado do mundo
externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção, sendo
geralmente descartadas as verdades reveladas e transcendentes do misticismo, ou
apriorísticas e inatas do racionalismo.
No contexto científico, de acordo com a pesquisa empírica, o pesquisador
necessita, em primeiro lugar, anotar os fatos observados. E, em seguida, usando
com critério os informes colhidos por meio dos sentidos (visão, audição, tato, olfato,
paladar) e a partir de particularidades ou detalhes, terá como comparar os
resultados da observação de alguns casos com o conjunto dos casos possíveis,
para assim formular conclusões.
INDUÇÃO - É o raciocínio que parte de dados particulares (fatos e
experiências) e, por meio de uma seqüência de operações cognitivas, chega a leis
ou conceitos mais gerais, indo dos efeitos à causa, das conseqüências ao princípio,
da experiência à teoria.
DIALÉTICO - Em sentido bastante genérico, dialético significa oposição,
conflito originado pela contradição entre princípios teóricos ou fenômenos empíricos.
As metodologias não-convencionais conservam caráter DIALÉTICO, no
sentido, por exemplo, de que uma idéia pode partir de uma determinada realidade
organizacional de uma empresa, solicitando um método característico de análise
para aquela situação, e se estender a outras realidades. Assim, um caso pode ser
comparado a outros casos e uma análise pode ser confrontada com outras
estratégias de análise. A maneira de interpretar as metodologias não-convencionais
se utiliza, com maior assiduidade, de análises qualitativas.
SILOGISMO - É um raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir
de duas proposições, ditas premissas, das quais, por inferência, se obtém
necessariamente uma terceira, chamada conclusão (por exemplo: “todos os homens
são mortais; os gregos são homens; logo, os gregos são mortais”) (HOUAISS,
2002).
MÉTODO CRÍTICO-DIALÉTICO - O método crítico-dialético tem como
fundamentação teórica a visão ativa do fato ou fenômeno. O mesmo objeto pode ser
compreendido a partir de pontos de vista diferentes, de forma contraditória. Esse
método pode ser utilizado em experiências práticas, processos históricos, debates
filosóficos ou análises que acompanham um fato ou uma situação. As sugestões são
críticas e esperam revelar mais que o “conflito de determinar o significado preciso”, o
conflito dos interesses.
Revelam interesses modificadores. Procuram inter-relação do todo com
os elementos e vice-versa, da tese com a antítese, dos elementos da estrutura
econômica com os da superestrutura social, política, jurídica e intelectual. EX: Uma
empresa aumenta as suas vendas e, por incrível que pareça, entra em processo de
falência.
Pesquisa estudo de caso - Em um estudo de caso, o pesquisador
dedica-se ao estudo intenso de situações do passado, que possam ser associadas a
situações presentes, em relação a uma ou algumas unidades sociais: indivíduos,
grupos, instituições, comunidades (MARTINS, 1994).
RESUMO - Pesquisa é a coleta de informações com o objetivo de se
chegar a um resultado. Existem processos diferenciados de pesquisa que atendem
às necessidades do pesquisador, à natureza da investigação e ao próprio objeto de
estudo.
Nesse sentido, diferenciamos pesquisa qualitativa de quantitativa e
pesquisa pura de aplicada.
Quanto aos métodos utilizados, dividimos pesquisa em dois grupos: a
pesquisa convencional, apresentada como pesquisa de natureza empírica; e as
pesquisas não-convencionais – baseadas no método crítico-dialético –, subdivididas
em estudo de caso; pesquisa-ação, em contraposição à pesquisa participante; e
método Delphi.
O método dedutivo é aquele que procede do geral para o particular,
através de uma lógica, sendo o SILOGISMO uma de suas formas clássicas.
O método indutivo é de procedimento inverso ao do método dedutivo,
isto é, parte do particular para o geral. De acordo com o raciocínio indutivo, a
generalização não deve ser buscada como ponto de partida, mas constatada a partir
da observação de um número de casos concretos e confirmados dessa realidade.
Método dialético. Na Grécia Antiga, dialética era a arte do diálogo. Com
o tempo, passou a ser a arte de demonstrar, no diálogo, uma idéia por meio de uma
argumentação capaz de demonstrar e distinguir com clareza os conceitos envolvidos
na discussão.
Dialética É considerada a arte de provar ou de refutar uma idéia, o que
implica a incompatibilidade de contrários.
Método quantitativo. Vamos agora ao método quantitativo. Se você
pensou em quantidade, acertou. Este método é utilizado nos casos em que se
procura identificar quantitativamente o nível de conhecimento, as opiniões,
impressões, hábitos, comportamentos: quando se procura observar o alcance do
tema, do ponto de vista do universo pesquisado, em relação a um produto, serviço,
comunicação ou instituição. Pode-se, por exemplo, analisar o que ocorre no
mercado na sua totalidade ou em partes, conforme a amostra com a qual se
trabalha.
Método qualitativo. O que é pesquisa qualitativa? É o estudo de um
objeto, buscando interpretá-lo em termos do seu significado. Neste sentido, a análise
considera mais a subjetividade do pesquisador. O objetivo é considerar a totalidade,
e não dados ou aspectos isolados.
Método observacional. Este método é baseado em comportamentos de
natureza sensorial, principalmente pelos atos de ver e escutar. Esse processo é
importante para a pesquisa empírica.
Método comparativo. O método comparativo se realiza pela análise de
sujeitos, fenômenos ou fatos, com o propósito de destacar as diferenças e
semelhanças entre eles. Sua ampla utilização na Administração permite o estudo
comparativo de grandes aglomerados sociais afastados pelo espaço e pelo tempo,
Método estatístico. Alicerçado na aplicação da teoria estatística da
probabilidade, este método é importante para a investigação em Ciências Sociais. O
método é usado para análise de dados obtidos a partir de levantamentos por
amostragem.