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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO___JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DE MANGABEIRA-PB

EDUARDO GALVÃO, brasileiro, (estado civil), (profissão), inscrito no (CPF), (RG),


residente e domiciliado na (Rua), (n°), Mangabeira, (CEP), João Pessoa/PB, vem à
presença de Vossa Excelência, através de seu advogado in fine assinado, com escritório
profissional na Rua Natércio Dutra de Medeiros, 131, Jardim Cidade Universitária, CEP
58.052-565, João Pessoa-PB, telefones: (83) 3023-1990, (83) 98883-7798 e (83) 99808-
6088 e e-mail: elton.advpb@gmail.com, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face da VOE CERTO S/A., pessoa Jurídica de Direito Privado, (CNPJ), podendo ser
citado na (Rua), (nº.), (Bairro), (Cidade) – (UF), (CEP), o que faz com fulcro no Código
de Processo Civil (Lei 13.105/15) e no Código de Defesa do Consumidor (Lei N°
8.078/90), pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA

Inicialmente, requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita de acordo com a Lei
1.060/50 e suas posteriores alterações, pois o autor não possui condições de arcar com as
custas processuais e demais despesas inerentes ao presente processo, bem como
honorários de advogado, dentre outros, uma vez que se assim o fizesse comprometeria
seu sustento e de sua família.
FATOS

No mês de abril de 2018 o promovente viajou a trabalho para cidade de São Paulo com
retorno previsto para um sábado à noite, pela empresa promovida. No domingo pela
manhã, o promovente teria o batizado de seu filho de 01(um) ano de idade. Ocorre que,
já no aeroporto de Guarulhos, a companhia aérea comunicou-lhe que tinha ocorrido
overbooking na aeronave, de modo que o seu retorno só ocorreria no outro dia à noite. A
mesma não deu mais satisfações na ocasião, nem tampouco assistência material de
hospedagem e alimentação, apenas determinando que o promovente retornasse ao
aeroporto no dia seguinte. Sem quaisquer outras opções, assim procedeu o autor, somente
chegando na cidade de João Pessoa na madrugada do domingo para a segunda.

A partir desse atraso, o promovente teve gastos com alimentação e hospedagem que foram
realizados durante a noite do sábado e durante todo o dia do domingo. Já o batizado de
seu filho teve de ser adiado às pressas, incorrendo na perda do sinal que havia dado a um
restaurante para uma pequena comemoração do ato, deixando um sentimento de muita
indignação, ultrapassando o mero aborrecimento e acarretando desvios de seus
compromissos, atrapalhando-o, lhe gerando transtornos, angústia, estresse constante e
abalo de ordem moral e material para o autor e sua família.

Assim sendo, vem através desta via judicial buscar a justa reparação pelo dano moral
sofridos e pleitear a medida necessária para dar fim ao indevido abalo de crédito
promovido pela Ré.

DO DIREITO

Insta frisar, inicialmente, que a presente demanda deve ser julgada a face do que
determina o Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as partes fazem parte
de uma relação de como já dito, apesar de promovente não obteve êxito no saneamento
do vício apresentado pelo serviço oferecido, configurando, claramente, dano de ordem
moral.

A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais
a devida proteção, inclusive, estando amparada pelo art. 5º, inc. V da Carta Magna/88,
senão vejamos:

Art. 5º: V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;
Nesta linha o entendimento, estabelecem os artigos 186 e 927 do novo código de processo
civil:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele
que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Finalmente, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º, também protege a


integridade moral dos consumidores:

Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: (...) VI – a efetiva prevenção e reparação de


danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.

Ocorre que o dano moral, como sabido, deriva de uma dor íntima, uma comoção interna,
um constrangimento gerado naquele que o sofreu e que repercutiria de igual forma em
uma outra pessoa nas mesmas circunstâncias.

Esse é o caso em tela, submetido a uma situação de estresse constante, indignação e


constrangimento, mostrando a promovida, assim, um desrespeito para com o autor como
consumidor e como pessoa.

A requerida, ao arrepio da Lei, colocou o promovente nesta situação de infortúnio e de


constrangimento, levando-o a passar por um verdadeiro martírio para conseguir chegar
ao seu destino, após longas horas de espera.

Desta feita, o dano moral está configurado, eis que, o fato do autor ter sido submetido a
uma situação de constrangimento e de desrespeito que perdura até a presente data,
configura sem sombra de dúvidas em abalo a ordem psíquica e moral do mesmo.

Tem sido esse o entendimento uníssono da Jurisprudência, sobre tudo Neste sentido,
vejamos:

COMSUMIDOR. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ATRASO EM PARTIDA


DE VÔO NÃO SUPERIOR A QUATRO HORAS. INEXISTÊNCIA DE FATO
GERADOR DE RESSARCIMENTO. Constitui simples aborrecimento, atraso em voo
que não supera a marca de quatro horas. O limite se insere no critério de razoabilidade,
considerando as circunstâncias que cercam o transporte aéreo e também normatização do
Código Brasileiro de Aeronáutica . Precedentes da Turma Recursal.Recurso provido.
Sentença reformada. (Recurso Cível Nº 71001561133, Segunda Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Leo Pietrowski, Julgado em 14/05/2008)
Sendo assim, demonstrados o dano e a culpa do agente, evidente se mostra o nexo causal.
Como visto, derivou-se da conduta ilícita da ré os constrangimentos e vexações causados
ao autor, sendo evidente o liame lógico entre um e outro.

Ante o exposto, não restam dúvidas quanto ao direito do autor de ser ressarcido pelos
danos morais, devido aos atos ilícitos praticados pela ré, os quais deverão ser fixados no
importe de R$ 7.000,00 (dez mil reais), tendo em vista a capacidade contributiva da ré,
bem como a extensão do dano.

DO DANO MATERIAL

Como já exposto nos fatos, o autor teve que arcar com despesas inesperadas e indevidas,
além do cancelamento do batizado do seu filho, diante do atraso do voo. Conforme os
recibos descriminados e acostados aos autos, o promovente teve despesa com alimentação
e diária extra no estacionamento no domingo, o qual tinha diária programada e paga até
o sábado (o atraso acabou gerando a necessidade de pagamento de uma diária a mais),
totalizando o importe de R$ 1.000,00 (hum mil reais) mais R$ 100,00 (cem reais) valor
de uma diária no Estacionamento do Aeroporto. Quanto ao batizado, este teve que ser
adiado, tendo o autor perdido o valor do sinal contratado para a ocasião no valor de R$
2.000,00 (dois mil reais), além de ter custeado o valor total de R$ 3.000,00 (três mil reais)
com a celebração em outro lugar.

Assim, mister se faz o ressarcimento da quantia integral pelo autor despendida


injustamente, como já abordado nesta inicial.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Uma vez configurada a relação de consumo, deve-se ser assegurado ao consumidor o rol
dos direitos básicos estabelecidos no CDC, especialmente, o que tange à inversão do ônus
da prova.

O art. 6º, VIII, relata que é direito básico do consumidor “a facilitação da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências”.
Assim, a lei consumerista garante ao consumidor a inversão do ônus da prova quando
presente, alternativamente, qualquer um dos seguintes requisitos: verossimilhança das
alegações ou hipossuficiência da parte.

No presente caso, verifica-se que estão presentes os dois requisitos, o que certamente
culminará com a decretação da inversão do ônus da prova pelo presente Juízo.

A verossimilhança das alegações se dá com os fatos acima narrados, devidamente


comprovados por meio dos documentos colacionados aos autos, mormente, informações
disponibilizadas pela empresa através do seu aplicativo, que comprovam o local, a data e
o horário de partida e de chegada de cada trecho. Por outro lado, a hipossuficiência é
clara, uma vez que a fornecedora do serviço é justamente a GOL, uma das maiores
companhias aéreas em funcionamento no país.

Dessa forma, observa-se que a vulnerabilidade do promovente é econômica, técnica e


jurídica, motivo pelo qual Vossa Excelência deverá decretar a inversão do ônus da prova,
nos termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, no sentido de comprovar
o motivo do atraso do voo em comento. É o que, desde já, fica requerido.

DOS PEDIDOS

Ex positis, demonstrado o interesse e a legitimidade para a propositura da demanda


judicial, os promoventes requerem a Vossa Excelência que se digne de:

(a) deferir a gratuidade judiciária, nos termos do art. 98 do NCPC e da Lei n.º 1.060/50,
por não possuir meios de arcar com as despesas processuais e com os honorários
advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família;

(b) decretar a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC;

(c) citar a demandada, na pessoa de seu representante legal, no endereço fornecido na


preambular deste petitório, para que, querendo, conteste a ação dentro do prazo legal, sob
pena de revelia;

(d) julgar a TOTAL PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS, condenando o réu ao pagamento


de uma indenização por danos morais no importe de R$ 7.000,00 (sete mil reais) mais R$
R$ 6.100,00 (seis mil e cem reais) a título de danos materiais.

(e) condenar a promovida ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios


sucumbenciais, em caso de interposição de recurso.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, tais como a
juntada de novos documentos, inquirição de testemunhas e o depoimento pessoal da parte
adversa, sob pena de confesso.

Atribui-se à causa o valor de R$ 13.100,00 (treze mil e cem reais), para fins de alçada.

Nestes Termos,

Pede e espera deferimento.

João Pessoa, 14 de março de 2019.

ELTON DA SILVA BARBOSA

ADVOGADO

(OAB/PB) (NÚMERO)

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