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ESTADO DE SANTA CATARINA

MUNICÍPIO DE PIRATUBA/SC
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
EDI KLEIN MATZENBACHER

PROJETO DE DISCIPLINAS PARA QUE POSSA SER AGREGADA A


GRADE CURRICULAR – PARTE DIVERSIFICADA NA CRECHE DO
MUNICÍPIO

Piratuba /SC
2018
TEMA
O presente projeto apresenta as disciplinas que deverão fazer parte da grade
curricular, parte diversificada na creche do município, no ano de 2019, em caráter
experimental.

JUSTIFICATIVA
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96:
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de
carreira do magistério público: V - período reservado a estudos, planejamento
e avaliação, incluído na carga de trabalho.

Também como consta na Lei nº 11.738/2008, que institui o piso salarial


profissional, nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica:
“Art. 2o [...] § 4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo
de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com
os educandos. ”
Sendo assim, percebe-se a necessidade de ampliar a quantidade de aulas da parte
diversificada da grade curricular da creche do município, já que ao professor titular fica
assegurado no exercício da função de docência nos órgãos e unidades educacionais
vinculados à Secretaria Municipal de Educação (SMEE) período de hora atividade,
correspondente a no mínimo um terço, da respectiva carga horária semanal de trabalho,
para o exercício de atribuições não relacionadas ao desempenho das atividades de
interação com os educandos.

De acordo com a sua carga horária, tem direito de desfrutar de um tempo reservado
para exercício de atribuições de planejamento, elaboração e acompanhamento de projetos,
avaliação da produção dos educandos, pesquisa, formação continuada, reuniões
pedagógicas, confecção de material didático-pedagógico, estabelecimento de estratégias
para alunos de menor rendimento escolar, bem como ao preenchimento de registros,
elaboração de relatórios e demais atividades previstas no Projeto Político-Pedagógico de
cada unidade escolar.
CARGA AULAS DADAS HORA HORA ATIVIDADE
HORÁRIA ATIVIDADE NA EXTRACLASSE
UNIDADE
ESCOLAR
40h (50 34 aulas 8 aulas 8 aulas
aulas)
20h (25 17 aulas 4 aulas 4 aulas
aulas)

GRADE CURRICULAR – PARTE DIVERSIFICADA

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil definem que as


crianças pequenas e bem pequenas devem ter garantidas experiências que:

[...] favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo


domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão gestual, verbal,
plástica, dramática e musical, bem como [...] promovam o relacionamento e a
interação das crianças com as diversificadas manifestações de música, artes
plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura.
(BRASIL, 2010, p. 25).

Evidencia-se, então, a importância de abordar tais linguagens na Educação


Infantil. Desta forma, pensou-se em acrescentar à grade curricular da creche as disciplinas
Linguagem Lúdica, Linguagem Artística e Linguagem Musical. A disciplina de
Linguagem Lúdica deverá ser ministrada pelo profissional de Educação Física, a
disciplina de Linguagem Artística pelo profissional de Artes e a disciplina de Linguagem
Musical por um profissional de música.
Atualmente, a creche oferece cinco aulas de Educação Física aos educandos,
dentro da nova proposta o profissional de Educação Física dividiria sua carga horária em
3 aulas de Educação Física e 2 aulas de Linguagem Lúdica, conforme quadro abaixo:
COMPONENTES
CURRICULARES BERÇÁRIO BERÇÁRIO MATERNAL
I II I

BASE COMUM 17 aulas 17 aulas 17 aulas

TOTAL DA BASE COMUM 17 aulas 17 aulas 17 aulas

EDUCAÇAO
FÍSICA 3 aulas 3 aulas 3aulas
LINGUAGEM
2 aulas 2 aulas 2 aulas
PARTE LÚDICA
DIVERSIFICADA
LINGUAGEM 2 aulas 2 aulas 2 aulas
ARTÍSTICA

LINGUAGEM 1 aula 1 aula 1 aula


MUSICAL

TOTAL DA PARTE 8 aulas 8 aulas 8 aulas


DIVERSIFICADA
TOTAL DA CARGA 25 aulas 25 aulas 25 aulas
HORÁRIA

Cada disciplina deverá abordar os conteúdos conforme descrito.

LINGUAGEM LÚDICA

Atualmente observa-se a necessidade de a ludicidade estar sempre presente no


cotidiano escolar e isso vem contribuindo com as concepções psicológicas e pedagógicas
do desenvolvimento infantil. Dessa forma, as atividades lúdicas ajudam a vivenciar fatos
e favorecer aspectos da cognição.

O lúdico faz parte da atividade humana e atualmente escolar; caracteriza-se por


ser espontâneo, ativo e satisfatório. O lúdico acontece a partir do brinquedo, brincadeiras
e jogos, pois é o momento que a criança entra no seu mundo da imaginação brincando.

Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja conduzida a uma
esfera imaginária, um mundo de faz de conta consciente, porém capaz de reproduzir as
relações que observa em seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes papéis,
exercitando sua capacidade de generalizar e abstrair. (ERDMANN apud MELO &
VALLE, 2005, p. 45).

A atividade lúdica tem por objetivo produzir prazer, diversão e ao mesmo tempo
em que se pratica esta atividade, percebe-se que ela vem acompanhada de inúmeras
brincadeiras para enriquecer nossos conhecimentos de forma lúdica no processo
educativo.

A educação infantil tem o papel de colocar em prática através do brincar e de


estratégias lúdicas essa relação diária do processo de aprendizagem [...]. Nosso cérebro
precisa de estímulos para seu perfeito desenvolvimento principalmente nos primeiros
anos de vida, ele tem a necessidades de desenvolver estas habilidades para a obtenção de
conhecimento sobre o mundo, com todas essas informações armazenadas o sistema
envolve o pensamento, raciocínio, abstração, linguagem, memória, atenção, criatividade,
capacidade de resolução de problemas, entre outras funções. (ERDMANN, 2014)

Assim, é nessa etapa escolar que o lúdico propicia às crianças uma série de
desenvolvimentos favoráveis, que vai desencadeando seu aprendizado. Também garante
uma aprendizagem significativa para a criança com dificuldades de aprendizagem, bem
como o prazer, a socialização, o respeito, a individualidade. Pois, a criança estará
aprendendo no seu ritmo, criando hipótese, chegando à conclusão e elaborando suas
próprias regras.

Toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos conhecimentos e


desenvolve habilidades de forma natural e agradável, que gera um forte interesse em
aprender e garante o prazer. Na educação infantil, por meio das atividades lúdicas a
criança brinca, joga e se diverte. Ela também age, sente, pensa, aprende e se desenvolve.
As atividades lúdicas podem ser consideradas, tarefas do dia a dia na educação infantil.
Almeida (1995, p.41) ressalta que a educação lúdica contribui e influencia na formação
da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente,
integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria
do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica,
promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e
modificação do meio.

O ser humano nasceu para aprender, para descobrir e apropriar-se dos


conhecimentos, desde os mais simples até os mais complexos, e é isso que lhe garante a
sobrevivência e a integração na sociedade como ser participativo, crítico e criativo. Os
seres humanos aprendem e renovam suas experiências a partir da interação que tem com
seus semelhantes e também pelo domínio do meio em que vive.

O cotidiano escolar tem como papel criar espaços e oportunidades para que as
crianças se desenvolvam através de atividades lúdicas, tanto em sala como fora dela,
tornando dessa maneira com que os conhecimentos sejam assimilados de maneira
prazerosa, possibilitando que as crianças se desenvolvam como um todo (TREVISSAN,
2007).

Através da mediação do adulto no brincar e no jogar a criança revela seu estado


cognitivo, visual, auditivo, tátil e motor. Seu modo de aprender entra em uma relação
cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos, quando o adulto mostra à
criança o lúdico através da brincadeira, a mesma integraliza e aperfeiçoa construindo seu
próprio pensamento.

Em sua visão sócio histórica, Vygotsky (2001) vê a brincadeira e o jogo como


uma atividade específica da infância, em que a criança cria e recria a realidade usando
sistemas simbólicos. Desta forma é importante que os professores conheçam esta teoria,
buscando constantemente atividades diversificadas, com vistas ao desenvolvimento
humano no contexto cultural e social. Além disso, intensificar cada vez mais a
imaginação, a fantasia e a realidade do aluno na produção de novas possibilidades de
interpretação, de expressão e de ações com outros sujeitos, crianças e adultos.

O lúdico vai muito além do mundo da imaginação, dos jogos, do brincar e do faz-
de-conta, ele está presente em todas as situações do cotidiano da criança, influenciando
enormemente em seu desenvolvimento. É através do lúdico que a criança aprende a usar
sua curiosidade e estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.

Objetivos de experiências de aprendizagem:

• Incentivar a prática de atividades lúdicas em sala de aula;


• Instigar a curiosidade da criança para que ela aprenda brincando;
• Estimular a socialização e o desenvolvimento psicomotor da criança;
• Propiciar atividades interativas (músicas, danças de roda) que
desenvolvam a socialização e a afetividade da criança;
• Realizar atividade individual com a finalidade de desenvolver a
concentração e a imaginação da criança;
• Estimular a capacidade criativa da criança através de jogos e brincadeiras;
• Proporcionar através de brincadeiras momentos de lazer e
companheirismos;
• Melhorar o relacionamento entre educador e educando;
• Estabelecer relações de semelhança e diferença entre os objetos,
adquirindo, gradativamente, noções de classificação;
• Explorar objetos de diferentes tamanhos, formas, texturas, peso,
espessuras e cores;
• Realizar ações de empilhar, rolar e encaixar objetos;
• Perceber diferentes cores no ambiente e dos objetos;
• Ordenar e seriar objetos conforme orientação do professor, posicionando-
os do menor para o maior, do mais alto para o mais baixo, ou vice-versa;
• Conhecer as formas geométricas e suas características, comparando-as
com as diferentes formas existentes no ambiente ao seu redor;
• Moldar areia com água, argila, massinha, percebendo que a substância
assume a forma do objeto que a contém;
• Participar de brincadeiras envolvendo cantigas, rimas, lendas e/ou
parlendas que se utiliza de contagens e números;
• Adquirir noção de contagem por meio de objetos e seres em situações do
cotidiano;
• Adquirir noções temporais, diferenciando o dia da noite, e os três períodos
do dia: matutino, vespertino e noturno;
• Vivenciar, por meio de jogos e/ou brincadeiras, noções espaciais como:
em cima/embaixo, dentro/fora, perto/longe, frente/atrás, pequeno/grande,
grosso/fino, cheio/vazio, ao lado, tendo seu corpo como referência e/ou
utilizando-se de objetos;
• Observar diferenças entre quente, frio e outras características opostas, em
situações lúdicas dirigidas;
• Confeccionar e/ou realizar atividades de culinária como receitas,
envolvendo diferentes unidades de medidas: tempo de cozimento,
quantidade de ingredientes, litro, quilograma, colher, xícara, entre outros.
LINGUAGEM ARTÍSTICA

As relações sociais e as brincadeiras são premissas para o desenvolvimento das


crianças e, portanto, precisam ser consideradas no planejamento. Mas, quais as
possibilidades da brincadeira para o desenvolvimento das crianças de diferentes grupos
etários? Para os bebês, muito antes da linguagem verbal, há um encontro com seu corpo,
com os objetos, com o outro que está à sua volta e com experiências sensoriais, em que
explora cheiros, sons, texturas, cores e sabores, sendo estas algumas de suas portas de
acesso ao ‘mundo’.

Há maneiras variadas de brincar para os bebês, porém, para que essas aconteçam,
é fundamental o estabelecimento de relações qualitativas entre o bebê e o adulto na
creche, assim como com as crianças de outras idades. Estes adultos, ao mesmo tempo em
que realizam a significação do mundo para os bebês, são afetados pelas manifestações
destes, o que pode provocar mudança de ações no cotidiano.

Para as crianças bem pequenas, a relação de dependência com relação aos adultos
vai gradativamente diminuindo. Nessa idade, surgem outras necessidades que a
conduzem para o ato de brincar, especialmente, por meio da imaginação e do faz de conta,
que lhe possibilita a realização de seus desejos e de ser o que não é na vida real. Segundo
Vygotsky (2008), quando a criança começa a brincar de faz de conta, a ação prevalece
sobre o significado, as crianças ainda precisam de objetos que comportem a ação real. O
ato imaginário, neste sentido, ainda que não esteja ausente na faixa etária anterior,
constrói as bases para o desenvolvimento dos processos de criação das crianças nessa
idade.

O teatro não é apenas o produto final com encenações em datas comemorativas


ou eventos culturais. Ele é processo, um jogo, uma brincadeira, envolve um mundo de
significados e símbolos. Envolve a sensibilidade, a emoção, os conflitos e suas soluções,
as personagens, o figurino, o cenário, todos esses elementos imbricam-se em um
desenvolvimento global das crianças.

O teatro tem seu conteúdo específico, que pode e deve ser trabalhado em todas as
idades respeitando-se os limites do grupo. No caso das crianças, conteúdos como espaço
cênico, personagem, ação dramática, entre outros, devem ser trabalhados a partir de
atividades lúdicas e de jogos teatrais, com ênfase na fantasia e na imaginação. Tais
brincadeiras e jogos são fundamentais no processo de amadurecimento das crianças.
(FERREIRA, 2001, p. 148)

Atualmente, o teatro envolve diversos tipos de dramatizações, desde o teatro de


rua ao de bonecos, os quais fazem parte de uma diversa gama de manifestações presentes
na cultura contemporânea. O que permanece, em toda essa diversidade, é o fato de que,
no teatro, desenvolve-se a integração, o trabalho de grupo, a valorização do outro.

Entre as crianças pequenas e bem pequenas, a dramatização já é parte do espírito


de fantasia e magia que as acompanha durante a infância. Um universo onde um lápis
pode se transformar em um avião, uma tira de papel colorido em uma coroa. Preservar e
alimentar este universo com novas e significativas experiências fará grande diferença no
seu desenvolvimento emocional e cognitivo.

Espera-se que o professor esteja atento e seja sensível às experiências das crianças
com as linguagens artísticas, planejando espaços, tempos e materiais adequados para cada
proposta. É necessário que as crianças tenham tempo e liberdade para entregarem-se as
criações, sendo estas valorizadas.

A qualidade e a quantidade dos materiais ofertados são essenciais. Mas lembre-


se: há diferenças entre quantidade suficiente e desperdício e essas questões articulam-se
no planejamento e na vivência das situações com as crianças. A utilização de recursos
naturais, a reciclagem e o reaproveitamento são questões éticas indispensáveis a serem
discutidas com as crianças.

Para alcançar os objetivos estabelecidos, sendo professores/as demanda muito


trabalho e dedicação. Deve-se questionar incessantemente como auto avaliação: o mundo
que nos rodeia é lido? As imagens são focos de atenção? Existe reflexão com novos
estudos sobre as linguagens artísticas? A experiência estética é alimentada? O
desenvolvimento desta capacidade é constantemente influenciado pelas experiências que
se vivencia. Essa capacidade de expressar é uma qualidade que pode ou não ser
desenvolvida, aperfeiçoada, cuidada e valorizada. Cabe a cada um/a, professores/as de
Linguagem Artística, a busca pelas metas as quais construirão seres humanos melhores,
tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. Os desafios estão postos, faça-se do
caminho um aprendizado.
Objetivos de experiências de aprendizagem:

• Desenvolver a sensibilidade, os sentidos, a percepção, os sentimentos e a


imaginação;
• Ter acesso aos livros;
• Frequentar as praças, parques e outros espaços da cidade;
• Produzir suas narrativas;
• Ter contato com as diversas linguagens artísticas;
• Ter expostos nas salas e nos espaços da escola, suas produções;
• Ter sua autoria valorizada e respeitada;
• Rabiscar, pintar, desenhar, colar, modelar, recortar, amassar, fotografar utilizando
diferentes instrumentos e técnicas;
• Apreciar obras de arte de diversos artistas;
• Construir narrativas visuais – desenho livre, de observação e com interferência;
• Misturar e descobrir cores;
• Explorar texturas e formas;
• Conhecer e utilizar diferentes suportes, materiais, instrumentos e técnicas;
• Construir brinquedos com sucatas ou materiais alternativos;
• Criar, recriar e fazer leitura de obras de arte., percebendo nelas os elementos que
a formam (cor – luz – textura – pontos – linhas – volume – formas – volume –
espaço);
• Modelar com argila, massinha, papel machê;
• Conhecer as características, texturas, espessuras de diferentes materiais;
• Pintar com pincel, dedos, canudinhos, buchas, algodão, entre outros;
• Observar e identificar diversas imagens contendo pessoas, animais, plantas,
objetos, comparando-as com a realidade e com as cenas do cotidiano;
• Dramatizar pequenas histórias e letras musicais;
• Trabalhar com maquiagem na criação de personagens;
• Criar cenários e figurinos;
• Representar utilizando fantoches, teatro de sombras, marionetes, contação de
histórias, fantasias, entre outros;
• Inventar personagens;
• Representar diferentes situações: alegres, tristes, cômicas, suspense, medo;
• Adquirir noções de plateia e artista por meio dos jogos teatrais e faz-de-conta;
• Estabelecer contato com diferentes gêneros teatrais: fantoches, máscaras,
sombras, mímica, entre outros;
• Adquirir equilíbrio, ritmo, força e resistências nos movimentos;
• Dançar e acompanhar com gestos diversos estilos musicais e fontes sonoras;
• Criar movimentos e desenvolver habilidades, fazendo uso de tempos (lento,
rápido e moderado) e ocupando espaços (frente, trás, diagonal, em cima, embaixo
e lateral);
• Dançar livremente e com coreografias;
• Criar coreografias;
• Participar de brincadeiras com dança, aprendendo a respeitar e valorizar a
interpretação individual e coletiva.

LINGUAGEM MUSICAL

A linguagem musical tem estrutura e características próprias. O contato da criança


com a música se faz nas situações de convívio social, por meio de brincadeiras e
manifestações espontâneas e pela intervenção de familiares e professores.

Música para os bem pequenos é um processo inicial de descobertas e


aprendizagem da linguagem musical e suas características, vivenciadas no cotidiano.

De acordo com o RCNEI[1] [1998] sua presença no contexto da educação infantil


se justifica na medida em que é uma das formas importantes de expressão humana. A
música é expressa através de conexões do som, silêncios, afetos, leituras, vibração e
sensações. São formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos
e pensamentos, promovendo interação e comunicação social.

É papel do professor desenvolver seu repertório para possibilitar novas


descobertas, oferecendo um ambiente rico em sons, diferentes estilos musicais, ritmos,
instrumentos e objetos sonoros, brincadeiras e expressões. Assim o professor precisa
conhecer muito para identificar e correlacionar seu repertório com os interesses das
crianças. Porém, as crianças são sempre livres para traçar seus próprios caminhos e
escolher ou não participar das propostas.
Assim, aprofundando o olhar para as diferentes e infinitas propostas que podem
ser trabalhadas, alguns dos aspectos do desenvolvimento da criança:

• A ESCUTA;

• A ATENÇÃO;

• A PERCEPÇÃO de diferenças e semelhanças;

• A IDENTIFICAÇÃO dos sons.

Os movimentos, em ritmos sonoros ou não, não devem ser voltados apenas às


comemorações com expressões coreográficas limitadoras, como a execução de algo
pronto e acabado. Marques (2003) aponta que as danças devem levar em conta à
brincadeira, o improviso, a criação de formas, de modo a compreender a orientação do/a
professor/a e o que as crianças trazem de seus universos sociais e familiares, de maneira
que possam inventar e reinventar suas danças e seus movimentos.

Em uma época em que o sedentarismo toma uma dimensão crescente em nossa


vida, devemos ser cada vez mais estimulados à realização de movimentos. Mais do que
isso: devemos ser capazes de explorá-lo nas mais diversas formas em todas as suas
possibilidades. Nesse sentido, todo o movimento pode ser dança: desde um gesto
desportivo a um ato cotidiano. Para ser dança, entretanto, a consciência do processo do
movimento precisa tornar-se foco de atenção. (MODINGER et al., 2012, p. 59)

A linguagem Musical, na infância, deve ocorrer de forma lúdica, desenvolvendo


a percepção auditiva sem a preocupação em formalizar conhecimentos. Deve-se estar
atento em como as crianças se expressam musicalmente, em cada uma das fases de seu
desenvolvimento, apoiado sempre em pesquisas e estudos teóricos que fundamentem o
fazer pedagógico. Nesse sentido, as cantigas de ninar, as canções de roda, as parlendas e
todo tipo de jogo musical têm grande importância, pois são, nas interações, que os
pequenos e bem pequenos desenvolvem seus repertórios, comunicando-se pelos sons.

Quando a criança escuta uma música, ela se concentra e tende a acompanhá-la,


cantando e fazendo movimentos com o corpo. Isso desenvolve o senso rítmico nos
pequeninos. Aprendendo a ouvir, a criança pode repetir uma música, recriando-a. É
importante que nós, educadores, valorizemos o ato de criação da criança, para que ele
seja significativo no seu contexto de desenvolvimento. (OLIVEIRA; BERNARDES;
RODRIGUES, 1998, p. 104).
Quanto à linguagem sonora, ela não vem apenas acompanhada de canções, mas
também do som e da melodia. Para tanto, experienciar os sons, o riso, o assovio, o bater
de objetos, os sons do próprio corpo, a altura, a duração, a intensidade e o timbre, nas
mais variadas brincadeiras cantadas, devem estar presentes no cotidiano infantil.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNI) estabelece


que, “A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e
comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e
relacionamento expressivo entre o som e o silêncio”. (BRASIL, 1998, p. 45).

A aquisição de conhecimentos, na linguagem musical, a presença e a ausência de


sons, combinação intencional e expressiva entre as diversas qualidades do som, expressa
sentimentos e pensamentos. Por meio dela, significados são compartilhados enquanto
sujeitos inseridos em uma determinada cultura.

Quanto ao desenvolvimento musical nas crianças, vários estudos evidenciam que,


ainda no útero da mãe, o bebê ouve os sons à sua volta: provocados pela movimentação
do líquido amniótico, pelos batimentos cardíacos, pela voz da mãe, etc. Quando nasce,
passa a escutar o que está à sua volta: conversas, gemidos, brigas, cantigas de ninar.
Começa, assim, a se inserir na cultura, apropriando-se dos ritmos, sons e melodias nela
vivenciados. Sua primeira seleção musical é feita na família, e esse grupo é formador de
suas preferências musicais. (SALLES; FARIAS, 2012, p. 153).

Conhecer as experiências trazidas pelas crianças é fundamental, pois, tomar


conhecimento do que ouvem, possibilita a ampliação do repertório de cada uma,
proporcionando o desenvolvimento da sensibilidade estética, da escuta, construindo um
gosto musical a partir do que ouvem e apreciam.

Assim, os primeiros anos de aprendizagem são propícios para que a criança


comece a entender o que é a linguagem musical, aprenda a ouvir sons e a reconhecer
diferenças entre eles. “Todo o trabalho a ser desenvolvido na educação infantil deve
buscar a brincadeira musical, aproveitando que existe uma identificação natural da
criança com a música. A atividade deve estar muito ligada à descoberta e à criatividade”.

Portanto, a linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da


expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de
integração social.
Objetivos de experiências de aprendizagem:

• Ter acesso à produção cultural popular, manifestações folclóricas e


regionais;
• Conhecer as principais famílias dos instrumentos musicais e identificar os
sons produzidos;
• Produzir e criar instrumentos, com sucatas ou materiais alternativos;
• Escutar e gravar a própria voz e a dos colegas, os sons da natureza e dos
sons produzidos por objetos diversos e pelo próprio corpo;
• Participar de brincadeiras cantadas e de rodas de música, ouvindo,
cantando e acompanhando com movimentos;
• Conhecer os sons produzidos pelo próprio corpo, envolvendo melodia e
ritmo: palmas, bater de pés, estalos de língua, respiração, canto, entre
outros;
• Conhecer os sons produzidos pela natureza: vento, chuva, tempestade,
entre outros;
• Conhecer os sons produzidos pelos animais e pelos objetos;
• Explorar os sons de diferentes objetos e participar de jogos de som e
silêncio;
• Frequentar espaços públicos que promovam a música;
• Reconhecer as características do som: altura, duração, intensidade e
timbre;
• Combinar as qualidades do som: melodias, ritmos e harmonia;
• Produzir música;
• Ouvir histórias que envolvam músicas;
• Brincar com a música utilizando o faz - de – conta;
• Desenhar o som, relacionando com as suas características com os
movimentos feitos sobre o suporte;
• Expressar com a voz diferentes emoções: alegria, tristeza, medo, entre
outros;
• Imitar, inventar e reproduzir canções musicais;
• Explorar o som da própria voz (gritando, chorando, sussurrando,
murmurando).
REFERÊNCIAS

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