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Instituição: S
ERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL
SENAC SÃO PAULO
CNPJ: 03.709.814/0001-98
Nome do Curso: E
specialização Técnica de Nível Médio de Enfermagem
em Gerontologia
1. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
A
Especialização Técnica de Nível Médio de Enfermagem em Gerontologia é
um curso que compõe o itinerário formativo da Habilitação Técnica de Nível
Médio de Enfermagem - Área Profissional de Saúde. Atende ao disposto na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB - Lei Federal nº. 9.394/96; no
Decreto Federal nº. 5.154/04, na Resolução CNE/CEB nº. 04/99 e no Parecer CNE/
CEB nº. 16/99, na Indicação CEE nº. 08/00 complementada pela Indicação CEE/SP
nº. 64/07; no Regimento das Unidades Educacionais Senac São Paulo, nas demais
normas do sistema de ensino e na legislação que regulamenta as atividades da área
de enfermagem.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG a “Gerontologia
é a ciência que estuda os processos do envelhecimento em todos os seus aspectos:
físicos, culturais, psicológicos, econômicos...”.
O processo de crescimento da população idosa brasileira representa um desafio e
acarreta uma série de efeitos sociais, culturais e especialmente sobre a saúde. Com
o aumento da sobrevida, há predominância das doenças crônico-degenerativas com
perda da independência funcional e da autonomia, resultando não apenas no au-
mento da demanda dos serviços de saúde, mas, sobretudo, na necessidade de assis-
tência e cuidados especializados e qualificados.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no período
de 1991 a 2000 o crescimento da população idosa no Brasil foi de 19,6%, enquanto
o total da população foi acrescido de 13,5%. O país conta com aproximadamente 18
milhões de idosos que representam cerca de 10% do total de brasileiros, sendo que
em algumas cidades, como São Paulo, este percentual está acima de 20%. Esta é a
parcela populacional que mais cresce no país, sendo atualmente maior do que a de
zero a quatro anos.
Este novo padrão demográfico é conseqüência de mudanças que aconteceram em
um curto espaço de tempo e vale ressaltar a heterogeneidade da população idosa
brasileira, refletindo as diferentes condições de vida influenciadas por fatores so-
cioeconômicos, culturais e de saúde. A projeção da Organização Mundial de Saúde
- OMS indica que no ano de 2025 o Brasil terá mais de 32 milhões de idosos e seremos
o 6º país no ranking mundial.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 foi o primeiro documento
nacional a fazer referência aos direitos da pessoa idosa, determinando que “a famí-
lia, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando
sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantin-
do-lhes o direito à vida”. Constata-se, porém, que as relações familiares vêm sendo
enfraquecidas, fragilizadas na convivência e no cuidado com os idosos. Um grande
peso que distancia grupos familiares e fortalece a possibilidade da associação da
doença com o envelhecer é a visão inadequada e conservadora de que os idosos são
todos iguais.
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Rua Doutor Vila Nova, 228 – CEP 01222-903 – São Paulo – SP – www.sp.senac.br
A Lei Orgânica da Saúde - Lei Federal nº. 8.080/90 assegurou a atenção integral e es-
pecial à saúde dos idosos, os quais deverão também ter preferência de atendimento
no Sistema Único de Saúde - SUS para o tratamento das doenças que os afetam. Os
idosos com dificuldade de locomoção têm o direito de atendimento domiciliar, seja
na cidade ou no campo, e o Poder Público deve oferecer gratuitamente, aos integran-
tes da terceira idade, medicamentos, próteses, órteses e outros recursos destinados
ao tratamento, habilitação ou reabilitação da saúde.
A Lei Federal nº. 8.842/94 estabelece a Política Nacional do Idoso - PNI e cria o Con-
selho Nacional do Idoso, dando condições para promover os direitos sociais volta-
dos ao maior de sessenta anos, garantindo sua autonomia, integração e participação
efetiva como instrumento de cidadania. Entretanto, essa legislação não foi eficiente-
mente aplicada por fatores de desconhecimento de seu conteúdo e das características
desta parcela da população.
Em 2004, portanto dez anos após a criação da PNI, passa a vigorar o Estatuto do Ido-
so - Lei Federal nº. 10.741/04, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas
com idade igual ou superior a sessenta anos. Garante que a pessoa idosa goze de
todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção
integral e de todas as oportunidades e facilidades para preservação de sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social.
Ações eficazes e oportunas devem ser adotadas para que essa faixa etária não cresça
só em termos quantitativos, mas também com qualidade de vida. Para que isto se
torne realidade é preciso que a sociedade, como um todo, participe desse propósito,
conscientizando-se das necessárias mudanças de mentalidade na questão do enve-
lhecimento humano. O objetivo é construir um modelo de envelhecimento saudável
implementando e ampliando a rede de cobertura dos serviços e programas de aten-
ção à população idosa e às demais gerações.
Considerando as necessidades impostas frente a esse cenário, este curso tem como
objetivo especializar o Técnico e o Auxiliar de Enfermagem para atuar de forma
diferenciada, como membro da equipe multiprofissional, interdisciplinar e de en-
fermagem, junto à população idosa que necessita de assistência que considere sua
singularidade, limitações físicas, psíquicas, sociais e os riscos ambientais.
O curso propicia ao profissional a oportunidade de aprimorar competências para a
prática em gerontologia, na medida em que aborda as múltiplas dimensões do enve-
lhecimento humano, suas representações e repercussões na sociedade brasileira, as
políticas públicas e os instrumentos de ação disponíveis.
2. REQUISITOS DE ACESSO
Para matrícula, o candidato deve ter concluído o curso Técnico de Enfermagem ou o
de Auxiliar de Enfermagem.
Documentos necessários:
– Requerimento de Matrícula;
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4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O curso está organizado em apenas um Módulo de Enfermagem em Gerontologia,
contendo três componentes curriculares mais o estágio profissional supervisionado.
Estrutura Curricular
Envelhecimento Humano
Enfermagem
em Modalidades de Atenção à Pessoa Idosa 240
Gerontologia
Cuidados de Enfermagem em Gerontologia
Envelhecimento Humano
– Reconhecer as especificidades do processo de envelhecimento humano e o con-
texto das políticas públicas e privadas de atenção à população idosa brasileira e
mundial, compreendendo as implicações das alterações da pirâmide populacional
na vida do idoso, de sua família e da sociedade.
– Reconhecer-se, enquanto profissional da enfermagem, como integrante de equipe
multiprofissional e interdisciplinar de assistência à pessoa idosa, atuando nos di-
ferentes níveis de atenção à saúde, orientado pelos princípios da humanização e
da ética.
– Articular-se de forma ética e no âmbito das suas atribuições, com a equipe multi-
profissional e interdisciplinar, oferecendo subsídios para a qualidade da assistên-
cia à pessoa idosa nas diferentes modalidades de atenção.
Indicações Metodológicas
As indicações metodológicas que orientam este curso, em consonância com a Pro-
posta Pedagógica do Senac São Paulo, pautam-se pelos princípios da aprendizagem
com autonomia e do desenvolvimento de competências profissionais. Tais instâncias
são entendidas como a “capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores,
conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de
atividades requeridas pela natureza do trabalho”.1
As competências profissionais descritas na organização curricular foram definidas
com base no perfil profissional de conclusão, considerando processos de trabalho
relacionados com as ações em saúde da família. Tais competências desenham um ca-
minho metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando
o aluno frente a situações problemáticas que possibilitem o exercício contínuo da
mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e a solução de questões
inerentes à natureza do trabalho neste segmento.
A incorporação de tecnologias e práticas pedagógicas inovadoras, como o trabalho
por projeto, atende aos processos de produção da área, às constantes transformações
que lhe são impostas e às mudanças socioculturais relativas ao mundo do trabalho.
Permite aos alunos a vivência de situações contextualizadas e gera desafios que le-
vam a um maior envolvimento, instigando-os a decidir, opinar, debater e construir
1 Esta é a definição de competência profissional presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissio-
nal de Nível Técnico – Resolução CNE/CEB nº 04/99.
6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem será contínua, priorizando aspectos qualitativos rela-
cionados com o processo de aprendizagem e o desenvolvimento do aluno observado
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7. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
• Instalações:
– Sala de aula adequadamente mobiliada com cadeiras móveis para composição de
diferentes arranjos que privilegiem a diversidade de atividades do curso.
Kit Aspiração
Material: sonda da aspiração; luvas de procedimentos e estéreis; seringas; cânula de
traqueotomia.
Kit Curativo
Material: pinça dissecção; pinça anatômica; curativos industrializados; gaze; luvas
de procedimentos e estéreis; anti-sépticos; soro fisiológico.
Kit Gástrico
Material: sondas levine; equipamento para alimentação; coletor de drenagem; sonda
enteral; adesivo; luvas de procedimentos; seringas 10/20 ml.
Kit Retal
Material: sonda retal; lubrificante; luvas de procedimento; equipo de soro; soluções
para enteroclisma / enema e clister.
Kit Venoso
Material: adesivo; equipes macro e micro-gotas; luvas de procedimentos; equipes de
sangue e PVC; equipo para solução fotossensível; cateteres intravenosos; distribui-
dor torneira; distribuidor dupla via; régua de PVC; contador de soro.
Kit Vesical
Material: sonda foley 2 vias; sonda foley 3 vias; coletor de sistema fechado; luvas de
procedimento; estéreis; adesivo; lubrificante; equipamento de soro; dispositivo para
incontinência urinária masculina; ampolas de água destilada; seringa 10/20 ml.
Roupas: lençol de solteiro; forro móvel; fronhas; toalha de banho; toalha de rosto;
colcha de solteiro; camisolas hospitalares; cobertor; campos duplos de algodão cru
– 30cm X 30cm; campos duplos de algodão cru – 50cm X 50cm; campos duplos de
algodão cru – 75cm X 75cm; campos duplos de algodão cru – 100cm X 100cm; campo
fenestrado.
• Bibliografia Básica:
Para atender às necessidades de consulta e pesquisa dos docentes e dos alunos a
Unidade constituirá seu acervo com livros, revistas e publicações técnicas, incluindo,
necessariamente, os seguintes títulos:
ELIOPOULOS, C. Enfermagem Gerontológica. 5ª ed. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2005.
JACOB Fº. W.; AMARAL, J. R. G. Avaliação global do idoso. São Paulo: Ed. Atheneu,
2005.
________. Atividade física e envelhecimento saudável. São Paulo: Ed. Atheneu, 2005.
NERI, A. L. Palavras-chave em gerontologia. Campinas-SP: Ed. Alínea e Átomo, 2005.
ROACH, S Y. Introdução à Enfermagem Gerontológica. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara
Koogan, 2003.
9. CERTIFICAÇÃO
Àquele que concluir o curso será conferido o certificado de Especialização Técnica
de Nível Médio de Enfermagem em Gerontologia – área profissional de Saúde, com
validade nacional.