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A comunidade jurídica tem presenciado, constantes críticas de magistrados,

que de forma geral, tem se posicionado frontalmente contra o disposto no


art. 489 do novo Código de Processo Civil 2015. Assim informa o dispositivo
legal:
Art. 489 (CPC 2015): São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com
a sua do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências
havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz
analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz
resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
Pois bem, de forma clara temos que nada foi alterado com relação
ao CPC ora vigente, eis que o legisladora manteve a necessidade de constar
o relatório, osfundamentos e o dispositivo. A controvérsia reside no parágrafo
1º do referido artigo, que elenca os elementos essenciais que deverão estar
abarcados na sentença, pois caso não respeitados pelo magistrado, a
sentença não será considerada fundamentada. Passemos aos elementos:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar
conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo, sem explicar a sua
relação com a causa ou a questão decidida; III - invocar motivos que se
prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os
argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou
enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem
demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI -
deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado
pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento
ou a superação do entendimento.

Cumpre salientar que a inovação se deu em explicitar os elementos


essenciais que obrigatoriamente deverão conter a sentença a ser exarada
pelo magistrado. Todavia, tais requisitos sempre existiram! Basta uma
simples leitura do art. 5º, LV da Constituição Federal que de forma ímpar
assim expressa:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes;
E o que fez o legislador para materializar a norma? Explicitou os requisitos e
os elementos essenciais que agora, obrigatoriamente deverão estar contidos
na sentença. Tal modificação trará grandes mudanças no atual cenário, eis
que a confecção da peça por óbvio será mais trabalhosa, todavia é direito dos
litigantes receber a mais perfeita e completa tutela jurisdicional.

A controvérsia reside no detalhamento e dos cuidados que deverá ter o


magistrado ao exarar a sentença. A crítica da classe diz respeito não a
obrigatoriedade dos requisitos essenciais, mas no provável acumulo de
processos a serem sentenciados, o que acarretaria em uma demora
excessiva na entrega da tutela jurisdicional pretendida. Some-se a esta
crítica, o fato de que os advogados protocolam petições gigantescas, com
dezenas de preliminares, excessos de julgados e normas que muitas vezes,
também nada contribuem para o sucesso da causa.

Desta feita, importante destacarmos que para que o poder judiciário consiga
cumprir a sua missão se faz importante obter o auxilio dos advogados, quer
seja na busca da conciliação (aqui mais um mecanismo inovador do CPC
2015), o que sem dúvidas é o melhor caminho aos litigantes, como na
confecção mais enxuta de suas peças processuais.
Assim, espera-se que não mais existam sentenças genéricas, que se limitam
não a combater todos os argumentos trazidos pelas partes, mas ao
enfrentamento de apenas um dos temas, que apesar de serem
fundamentadas em leis, não se adequam ao caso concreto dentre outras
questões maléficas à justiça.
Teoria ternária (trinária) e teoria quinária (quíntupla) no Direito Processual
Civil

No que concerne ao estudo da classificação das sentenças, podemos


considerar o conteúdo do ato sentencial para explicar as espécies existentes
no ordenamento jurídico. Com base nesse critério temos como objeto de
estudo duas teorias: ternária e quinária.

Teoria ternária: clássica lição doutrinária (lições de Liebman), majoritária.

Tal teoria defende a existência de 3 espécies de sentença:

a) meramente declaratória
b) constitutiva
c) condenatória

Teoria quinária: concepção minoritária da doutrina processual brasileira


(lições de Pontes de Miranda).

Funda-se no entendimento que existem 5 espécies de sentença:

a) meramente declaratória
b) constitutiva
c) condenatória
d) executivas latu sensu
e) mandamentais

Crítica à teoria quinária

Daniel Amorim (2017, p. 1358) pontua:

Entendo mais adequada a teoria ternária porque concordo com a doutrina que
não distingue diferenças no conteúdo de sentenças condenatórias, executivas
lato sensu e mandamentais. Em todas elas há a imputação de cumprimento
de uma prestação ao réu, havendo diferença entre elas somente na forma de
satisfação dessa prestação, o que naturalmente não faz parte do conteúdo do
ato decisório, mas sim de seus efeitos. Partindo-se da premissa de que o
critério adotado para a classificação das sentenças é o seu conteúdo, as
reconhecidas diferenças nas formas de efetivação das três espécies de
sentença são irrelevantes para fins de classificação.

Assim, para os adeptos da teoria trinária a discussão sobre as duas espécies


de sentença acrescentadas pela teoria quinária é inócua, tendo em vista que
as ações mandamentais e ações executivas em sentido amplo são
subespécies das ações condenatórias.

Dos conceitos

a) Sentença meramente declaratória

É a declaração da existência, inexistência ou o modo de ser. Os efeitos da


sentença declaratória são ex tunc (exceção: modulação ou limitação temporal
dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade - permite ao Supremo
Tribunal Federal modificar o efeito natural da decisão de procedência na ação
declaratória de inconstitucionalidade)

b) Sentença constitutiva

É a criação (positiva), extinção (negativa) ou modificação (modificativa) de


uma relação jurídica. A sentença constitutiva tem efeitos ex nunc.

c) Sentença condenatória

Além da indispensável declaração de existência do direito material, é a


imputação ao ré do cumprimento de uma prestação de fazer, não fazer,
entregar coisa ou pagar quantia certa, com o objetivo de resolver a crise
jurídica de inadimplemento.

d) Sentença executiva lato sensu

Dispensa o processo de execução subsequente para ser satisfeita, tratando-


se, assim, de uma sentença autoexecutável.

e) Sentença mandamental

O juiz dirige uma ordem à pessoa ou órgão para que faça ou deixe de fazer
algo, não se limitando, portanto, à condenação do réu.
A coisa julgada pode ser material ou formal.

Coisa Julgada Material – Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que


torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou
extraordinário.

A coisa julgada material é aquela que advém de uma sentença de mérito, como
nas hipóteses estabelecidas pelo diploma processual civil nos casos em que
juiz decide com resolução do mérito, quando acolhe ou rejeita o pedido do
autor, o réu reconhece a procedência do pedido; quando as partes transigirem,
quando o juiz pronuncia a decadência ou a prescrição, e quando o autor
renuncia ao direito sobre que se funda a ação.

O principal efeito de uma decisão de mérito é a “impossibilidade” da reforma do


provimento judicial, seja no mesmo processo ou em outro. Verifica-se assim
que não se pode submeter à mesma demanda ao judiciário, diferentemente da
coisa julgada formal.

Se o autor promove uma ação de reparação de danos, ou outra de qualquer


natureza, em face do réu, e o juiz julga improcedente o pedido do autor, que
não recorre, tal decisão é um exemplo de ocorrência da coisa julgada material.

Coisa Julgada Formal - é a impossibilidade de modificação da sentença no


mesmo processo, como consequência da preclusão dos recursos.

Depois de formada a coisa julgada, o juiz não pode mais modificar sua decisão,
ainda que se convença de posição contrária a que tinha anteriormente adotado.

Só tem eficácia dentro do processo em que surgiu e, por isso, não impede que
o tema volte a ser agitado em nova relação processual. É o que se denomina
Princípio da inalterabilidade do julgamento.

Todas as sentenças fazem coisa julgada formal, mesmo que não tenham
decidido à disputa existente entre as partes.

A coisa julgada formal é aquela que advém de uma sentença terminativa, como
nas hipóteses em que o processo será extinto pelo juiz, quando indeferir a
petição inicial, quando o processo ficar parado por negligência das partes,
quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor
abandonar a causa, quando se verificar a ausência de pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, quando o juiz
acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada, quando
não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a
legitimidade das partes e o interesse processual, pela convenção de
arbitragem, quando o autor desistir da ação, quando a ação for considerada
intransmissível por disposição legal, quando ocorrer confusão entre autor e réu.
Destrinchando o instituto REBUS SIC STANTIBUS:

Há determinadas decisões judiciais que estão protegidas pelo instituto da coisa


julgada, mas podem vir a ser modificadas em um momento futuro, tendo em
vista que o próprio comando sentencial é proferido levando em
consideração o contexto fático do momento, de maneira que se sobrevier
alteração na situação de fato que serviu de base para a sentença, o conteúdo
mandamental da sentença tem que se alterado, o que não se dá por meio da
alteração da decisão que transitou em julgado, mas por meio de um novo título
judicial.

O mestre Humberto Theodoro Júnior expõe a situação acima apresentada


nos seguintes termos:

Isto se dá naquelas situações de julgamento rebus sic stantibus, como é típico


o caso de alimentos. A sentença, baseando-se numa situação atual, tem sua
eficácia projetada sobre o futuro. Como os fatos que motivaram o comando
duradouro da sentença podem se alterar ou mesmo desaparecer, é claro que a
eficácia do julgado não deverá perdurar imutável e intangível. Desaparecida a
situação jurídica abrangida pela sentença, a própria sentença tem que
desaparecer também. Não se trata, como se vê, de alterar a sentença anterior,
mas de obter uma nova sentença para uma situação também nova.

Fundamentação legal:

Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à


mesma lide, salvo:

I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no


estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que
foi estatuído na sentença;
Precipuamente devemos apresentar uma breve definição de coisa
julgada, recordando, antes de tudo, sua previsão no art. 5º, XXXVI, da atual
Constituição Federal da nossa República. Há, no entanto, que se esclarecer,
ainda, que existe uma subdivisão do referido instituto em duas espécies, quais
sejam: coisa julgada formal e material. Deter-nos-emos na análise da coisa
julgada material, que nos importa neste estudo.

A título de definição o atual Código de Processo Civil prevê, em seu


art. 502, que: “Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna
imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.” Ou seja,
diante da coisa julgada surge a impossibilidade de recorrer daquela decisão,
visto que se tornou imutável e indiscutível, pois a decisão judicial se estabilizou.

Por seu turno, quando pensamos em incidente processual, deve,


imediatamente, vir à mente, que somente o teremos se já existir um processo
sobre o qual se pende uma questão principal. Ou seja, gera-se questões de
natureza secundária que incidem sobre o procedimento já existente, neste
sentido, segundo Fredie Didier JR:

O magistrado tem de resolvê-las como etapa necessária do seu


julgamento, mas não as decidirá. São as questões cuja solução comporá a
fundamentação da decisão. Sobre essa resolução, não recairá a imutabilidade
da coisa julgada – ao menos não no regime comum, conforme será visto.[1]

Logo, a regra geral será a insculpida no art. 504 do Novo CPC de que
não se efetivará a coisa julgada sobre os motivos, ainda que importantes para
delimitar o alcance do dispostivo da sentença ou verdade, estabelecida como
fundamentação da sentença, dos fatos. Entretanto, esta regra, também,
comportará exceção, e, sendo assim, a resolução do incidente poderá ser
atingido pelo instituto da coisa julgada.

A lição de Didier Jr. é no sentido de “existir um caso em que a


resolução de uma questão incidental pode, preenchidos certos pressupostos,
tornar-se indiscutível pela coisa julgada material.”[2] É a hipótese da questão
prejudicial, assim definida por Marcus V. R. Gonçalves: “a questão prejudicial
não constitui o mérito da demanda. No entanto, para que o juiz possa decidir o
mérito, ele terá de, previamente, passar pela questão prejudicial, e o que
concluir repercutirá no resultado”[3].

Assim, da análise do atual Código de Processo Civil é que se pode


concluir que este expressamente permite a formação da coisa julgada material
sobre resolução de questão prejudicial. Entretanto, será necessário o
preenchimento dos requisitos, de forma cumulada, dos parágrafos 1º e 2º do
artigo 503 do Código. Neste sentido:

“O legislador foi excessivamente cuidadoso: disse que a resolução de


questão prejudicial, que fica acobertada pela coisa julgada, (a) deve ser
expressa (não há decisões implícitas no direito brasileiro!); (b) desta resolução
deve depender o julgamento do mérito (se não depender, não se tratará de
questão prejudicial!) (art. 503, §1º, I); e (c) deve ter a seu respeito, havido
contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia (art. 503, §1º,
II). Se não houver contraditório, e discordância entre as partes, não se tratará
de QUESTÃO! Este dispositivo, na verdade, só demonstra o cuidado do
legislador, em não estender a autoridade da coisa julgada em desrespeito ao
contraditório.”[4]

Há que se observar que o Fórum Permanente de Processualista Civis


– FPP, afirma, no meu entender de forma acertada, no Enunciado de nº 313,
pela necessidade do preenchimento cumulativo dos requisitos ensejadores da
coisa julgada material sobre questão prejudicial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por todos os argumentos postos, podemos concluir que a regra geral


é no sentido de que não se formará coisa julgada sobre a decisão de incidente
processual, pela inteligência do art. 504 do NCPC. Entretanto, a regra
comporta exceção devidamente normatizada no art. 503, §§ 1º e 2º do mesmo
diploma legal.
Portanto, aquela decisão que julgar total ou parcialmente o mérito terá
força de lei nos exatos limites da questão principal decidida, igualmente a
questão prejudicial, decidida incidente e expressamente no processo será
atingida pela coisa julgada quando preenchidos os seguintes requisitos
conjutamente: dela depender o julgamento do mérito; tiver havido o
contraditório a seu respeito e o juízo for competente em razão da matéria e
pessoa para resolver a questão principal.

Contudo, deve-se esclarecer que havendo no processo restrições


probatórias ou limitações à cognição capazes de impedir o aprofundamento da
questão prejudicial não se formará a coisa julgada sobre a incidental.

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