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Seus cabelos, suas roupas, sua casa e seu carro terão um cheiro
bem melhor. Assim como seu hálito.
No decorrer do tempo:
o que acontece quando você para
Em algumas horas, após abandonar o hábito de fumar,
seu corpo começa a se curar. Aqui está um pouco do que
você pode esperar:
Após 30 minutos: A frequência cardíaca diminui e a PA
é reduzida.
Após 12 horas: O nível de monóxido de carbono em seu
sangue diminui, permitindo o transporte de mais
oxigênio. Você percebe que pode executar atividades
que exigem mais esforço físico sem sentir falta de ar.
Após 2 dias: As terminações nervosas começam a se
recuperar e o paladar e o olfato começam a voltar.
Após 1 semana: A maioria dos sintomas físicos da
abstinência desaparece (embora os psicológicos ainda
permaneçam).
Após 2 semanas a 3 meses: Sua circulação melhora.
Sua função pulmonar também, e em até 30%.
Em 2 meses: O fluxo sanguíneo volta para as mãos e os
pés, tornando-os mais quentes. Sua pele parece mais
saudável.
Em 3 meses: As pequenas células parecidas com pelos
nos pulmões, denominadas cílios, que o vício danificou,
crescem novamente. Como resultado, seus pulmões
tornam-se mais resistentes às infecções (porque os
cílios limpam os pulmões de microrganismos,
substâncias e partículas irritantes). Porém, talvez você
tussa mais por alguns dias, já que os cílios livrarão seus
pulmões do excesso de muco.
Em 1 a 9 meses: O cansaço e a falta de ar diminuem, e
você tem mais energia.
Em 1 ano: O risco de doenças cardíacas cai para a
metade do que era quando você fumava.
Em 5 anos: O risco de câncer de pulmão também cai
para a metade do que era quando você fumava.
Em 10 a 15 anos: O risco de câncer de pulmão e
doenças cardíacas cai para o mesmo de alguém que
nunca fumou.
Livre-se do vício
Se você fuma, provavelmente já tentou parar. A
maioria das pessoas faz várias tentativas sinceras de
parar de fumar antes de finalmente conseguir.
Afinal, a nicotina é uma droga viciante — para
algumas pessoas, tanto quanto a heroína ou a
cocaína.
Por isso, não é de admirar que parar seja difícil. Muito difícil. Mas, a
cada ano, mais de três milhões de fumantes fazem o que muitos deles
pensavam ser impossível e abandonam os cigarros para sempre. Você
também pode fazê-lo! Tudo o que é necessário é a atitude, o conhecimento
e o planejamento certos.
Dando por encerrado
Existem muitas maneiras de parar de fumar. A seguir estão algumas das
mais populares. Para maior êxito, considere combinar um desses métodos
com um tratamento de reposição da nicotina (descrito adiante) e um tipo
de terapia comportamental para abandonar o cigarro.
Parar de vez. Com esse método, você simplesmente para de repente e
por completo. Para a maioria das pessoas, é o modo mais bem-sucedido de
abandonar o vício da nicotina.
Diminuir. Reduzir gradativamente a quantidade de nicotina em seu
corpo, diminuindo o número de cigarros que fuma por dia — é a essência
desse método. As pessoas costumam eliminar cinco a dez cigarros por dia
até conseguirem “parar de vez”. Embora algumas tenham sucesso com esse
método, estudos mostram que a maioria delas perde a determinação antes
de chegar o dia de parar.
Adiar. Este método incentiva a adiar o primeiro cigarro do dia, por
uma ou duas horas. Depois adie aquele primeiro cigarro um pouco mais a
cada dia, até não estar fumando mais nenhum. O adiamento funciona para
algumas pessoas, mas especialistas recomendam que não se leve mais de
duas semanas para livrar-se do cigarro.
Não importa qual método escolha, uma coisa é absolutamente essencial:
você precisará de um plano como o que vem a seguir:
Passo 1: Prepare-se
Comece escolhendo uma data específica para parar. Certifique-se de que ela
não esteja tão longe que logo você a esqueça, ou tão perto que não lhe dê
tempo para preparar-se adequadamente. Algumas pessoas escolhem o dia
em que entrarão de férias e ficarão longe de sua rotina regular (mais fácil
para quebrar um vício antigo). Outras preferem parar em um dia normal e
mais estruturado (mais fácil de se manter ocupado e distraído do ato de
fumar). Qualquer que seja o tipo escolhido, assegure-se de que seja um dia
relativamente livre de estresse. Marque-o na agenda.
Repasse sua estratégia. Em seguida, analise suas tentativas
anteriores de parar. O que funcionou e o que não funcionou? Pense
sobretudo nas situações que o fazem ter vontade de fumar. Talvez isso
sempre aconteça depois das refeições, ou assim que você entra no carro.
Comece a se preparar para o que fará, em vez de fumar, nessas situações.
Você pode planejar sair para uma pequena caminhada após as refeições,
por exemplo, ou mascar chiclete enquanto dirige (deixe alguns
convenientemente guardados no porta-luvas do carro).
Trabalhe também visualizando como será parar de fumar. Imagine
quanto isso vai melhorar seu bem-estar (com mais energia) e sua aparência
(mais saudável e mais atraente). Combinar esse exercício de visualização
com meditação ou respiração profunda pode ser particularmente eficaz.
AVISO
Se você é um etilista inveterado que deseja reduzir
bastante o consumo de álcool, faça isso gradativamente,
por um período de uma semana ou duas. Uma redução
súbita pode desencadear uma grande liberação de
epinefrina (adrenalina), levando a um aumento
repentino grave — e potencialmente perigoso — da PA,
que pode durar vários dias.
O fator cafeína:
o que estão dizendo por aí?
Para muitos de nós, começar o dia sem uma xícara
de café ou chá parece inimaginável — e talvez
impossível. Não é de admirar, portanto, saber que a
cafeína seja o estimulante mais popular do mundo.
Três em cada cinco brasileiros a consomem de uma
forma ou outra a cada manhã, para combater o
cansaço, aumentar a concentração ou enfrentar os
desafios de um novo dia.
Se o consumo da cafeína é bom ou não para nossa PA — e nossos
corações — é motivo de discussões acaloradas. Os cientistas sabem que a
cafeína pode causar um pico temporário na PA, mas será que isso significa
aumentar o risco de desenvolver hipertensão crônica? E se você já tiver
hipertensão, cortar a cafeína ajudará a fazê-la baixar? Talvez sim. Talvez
não.
Instantâneo 95 mg
Descafeinado 5 mg
Chá verde 30 mg
Instantâneo 15 mg
Outras bebidas
Refrigerantes cafeinados 35 a 50 mg
Cerveja artesanal 25 mg
Divórcio
Separação conjugal
Traumatismo ou doença
Casamento
Reconciliação conjugal
Aposentadoria
Estratégias antiestresse
Os especialistas no assunto têm incontáveis
estratégias para prevenção e redução do estresse,
que vão desde um simples relato até exercícios
respiratórios com inspirações profundas. Algumas
das mais eficazes são descritas nas páginas
seguintes. Quais abordagens funcionarão para você?
Tudo depende de sua personalidade, de seus
interesses e de quanto você está disposto a
experimentar algo novo.
TV e estresse: má recepção
Assistir à TV pode colocá-lo em um estado semelhante a
um transe, mas reduz seu estresse? Na realidade, não, diz o
psicólogo Robert Kubey, da Universidade Rutgers, nos EUA.
Seus estudos mostram que, embora sentar-se em frente à
TV possa aumentar a atividade alfa no cérebro e levar a
outros sinais de calma, o estado de relaxamento desaparece
rapidamente logo que a televisão é desligada. Nessa
conjuntura, os telespectadores geralmente se sentem
lerdos, culpados, sós e insatisfeitos — tudo, menos calmos e
contentes, diz Kubey.
A TV pode ser relaxante se você a assiste com um
propósito, e não de forma impensada. Ligue a TV apenas
quando quiser assistir a um programa específico. Então,
uma vez que o programa termine, desligue-a!
A solução do sono
Eis o óbvio: uma boa noite de sono ajuda a reduzir o estresse. Se você tem
privação crônica do sono, estará tão cansado durante o dia que achará
difícil lidar com situações de estresse.
Estudos mostram que estar muito cansado pode aumentar sua PA,
sobretudo quando isso se combina com o estresse. Um intrigante estudo
com usuários de trem em Long Island, EUA, por exemplo, mostrou que
pessoas que faziam viagens longas (mais de 75 minutos) tendiam a ter mais
sonolência diurna e PA mais alta que as que faziam viagens curtas (menos
de 45 minutos).
Enfrente o estresse
Para neutralizar a resposta de luta ou fuga relacionada com o estresse,
experimente o relaxamento muscular progressivo. Essa técnica, que
comprovadamente reduz tanto a pressão alta como o estresse e a
ansiedade, baseia-se na simples ideia de contrair e relaxar grupos de
músculos, um de cada vez. Eis como fazer.
Meditação sistematizada:
Cinco passos fáceis
Após várias semanas de prática, talvez você descubra que, além de ficar
mais relaxado após meditar, também ficará mais calmo em outros
momentos do dia.
Respire fundo
Quando nos sentimos estressados, nossa tendência é fazer inspirações
curtas, superficiais e irregulares, que enchem apenas a parte de cima dos
pulmões com oxigênio. Podemos até mesmo, sem perceber, prender a
respiração. Esse tipo de respiração diminui o oxigênio circulante no sangue.
O coração, então, reage bombeando mais sangue (para enviar mais
oxigênio para o corpo), o que, é claro, aumenta a PA.
Você pode lidar melhor com o estresse e, talvez, baixar sua PA
respirando mais profundamente. A respiração profunda, ou diafragmática,
também reduz a tensão muscular e promove um estado de alerta associado
a relaxamento.
Pratique a seguinte técnica uma vez por dia, e sempre que você se se
surpreender particularmente estressado.