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Tradução: Experiência – Walter Benjamin (1913)

Por volta de 1929 Benjamin escreveu uma pequena nota que dizia respeito a seu artigo
“Erfahrung” (Experiência), que aparecera em 1913 na revista “Anfang”: “Em um artigo
precoce eu mobilizei todas as forças da juventude contra a palavra “Experiência”. E
agora essa palavra tornou-se um elemento primário de muitas de minhas coisas. Ainda
assim eu me mantive fiel a mim mesmo. Pois meu ataque atingia a palavra sem destruí-
la. Ele penetrava no cerne da questão.”

Apresento aqui uma tradução pra esse artigo, espero que ajude e traga alegria de viver
para muitas pessoas, ainda que ela seja em alguns momentos um pouco truncada.
Traduzir Benjamin é muito difícil.

Experiência – Walter Benjamin (1913)

Nossa luta por responsabilidade é travada com um mascarado. A máscara do adulto


chama-se “experiência”. Ela é inexpressiva, impenetrável, é o sempre-igual. Tudo já foi
vivenciado por esse adulto: juventude, ideais, esperanças, a mulher. Tudo era ilusão. –
Frequentemente ficamos amedrontados ou amargurados. Talvez ele tenha razão. Como
poderíamos respondê-lo? Ainda não experimentamos nada.

Mas nós queremos tentar levantar essa máscara. O que esse adulto experimentou?O que
ele quer nos mostrar? Sobretudo uma coisa: ele também já foi jovem, ele também quis o
que nós desejamos, ele também não acreditou nos seus pais, mas a vida também o
ensinou que eles tinham razão. Para isso ele sorri, superior: isso também vai acontecer
conosco – ele desvaloriza de antemão os anos que vivemos, transforma-os no tempo de
doces tolices de juventude, numa embriaguez infantil que precede a longa sobriedade da
vida séria. Isso os benevolentes, os esclarecidos. Nós conhecemos outros pedagogos
cuja amargura não nos permite nem mesmo os curtos anos da “juventude”; sérios e
sombrios, eles querem nos lançar já agora na corveia da vida. Ambos, no entanto,
desvalorizam, destroem nossos anos. E cada vez mais somos tomadas pela sensação de
que a juventude é uma breve noite (preencha-a com embriaguez!); então virá a grande
“experiência”, anos de compromissos, pobreza de ideias e desânimo. Assim é a vida. É
isso que nos dizem os adultos, é isso que eles experimentaram.

É isso que eles experimentaram, é isso, nunca outra coisa: a falta de sentido da vida. A
brutalidade. Em algum momento eles nos encorajaram para o grande, para o novo, para
o futuro? Ah, não, pois isso não pode-se experimentar. Todo sentido, tudo o que é
verdade, bom e belo baseia-se em si mesmo, o que nos importa então a experiência? – E
aqui encontra-se o segredo: a experiência torna-se o evangelho do filisteu, porque
ele jamais levanta o olhar para o grande e o significativo (Sinnvoll). Ela torna-se para
ele a mensagem da vulgaridade da vida. Ele não compreende, no entanto, que existem
valores – não passíveis de experiência -, aos quais todos nós servimos.

E por que para o filisteu a vida é desoladora e sem sentido? Porque ele conhece apenas a
experiência, e nada mais. Porque ele próprio não tem consolo e é vazio (geistlos). E
porque ele não tem nenhuma relação mais íntima do que com o comum, com o
retrógrado.

Nós sabemos algo mais, no entanto, que nenhuma experiência pode nos dar ou
tirar: que a verdade existe, mesmo que tudo o que foi pensado até agora tenha sido um
erro. Ou: que a fidelidade deve ser mantida, mesmo que até agora ninguém o tenha
feito. Esse desejo não pode nos ser tirado pela experiência. Mas – teriam os mais
velhos, no final de tudo, razão com seus espíritos cansados e sua desesperança com ares
de superioridade? O que nós experimentamos será triste e apenas o que está além da
experiência poderá ser a base de nossa coragem e ideias (Sinn)? Então o espírito seria
livre. Mas a vida iria constantemente abatê-lo, e então a vida, a soma das experiências,
seria desoladora (trostlos).

Mas nós não entendemos mais essas perguntas. Levamos então a vida daqueles que não
conhecem o espírito? Daqueles cujo eu inerte é levado pela vida como ondas contra
rochas? Não. Cada uma de nossas experiências tem, afinal, conteúdo. Nós mesmos as
daremos conteúdo com nossos espíritos. – O homem que não reflete (Gedankenlose) se
apóia em um erro. “Você jamais encontrará a verdade”, clama ele ao que explora, “eu
já vivenciei isso”. Para o explorador, no entanto, o erro é apenas um auxílio para a
verdade (Spinoza). Sem sentido e vazia de espírito é a experiência apenas para os
desprovidos de espírito. Talvez ela possa ser dolorosa para o que se empenha, mas ela
pouco poderá desesperá-lo.

De toda forma, ele jamais se resignará e adormecerá com o rítimo do filisteu. Porque
este – vocês já tevem ter percebido – sauda cada novo absurdo (Sinnlosigkeit). E ele
tem razão. Ele se assegura: não há realmente um espírito. Mas ninguém exige uma
submissão mais firme, uma reverência mais forte ao espírito do que ele. Pois se ele
exercesse crítica, ele teria de tomar parte. E isso ele não pode fazer. Mesmo a
experiência do espírito, que ele tem a contragosto, torna-se para ele vazia (geistlos).

Diga

Para ele, que ele deve dar atenção

Aos sonhos de sua juventude quando ele tornar-se um homem.

O filisteu não odeia nada como os “sonhos de sua juventude”. (E a sentimentalidade é,


em geral, a proteção colorida desse ódio). Pois o que aparecia nesses sonhos para ele era
a voz do espírito, que também o chamou um dia, como a todos os homens. A juventude
é pare ele a lembrança eternamente recordada desse fato. É por isso que ele a combate.
Ele conta para ela sobre aquela experiência sombria, opressora, e ensina o jovem a rir de
si mesmo. Sobretudo porque “vivenciar” sem espírito é confortável, ainda que sem
salvação (heillos).

Mais uma vez: nós conhecemos uma outra experiência. Ela pode ser hostil ao espírito e
aniquilar muitos sonhos em flor. Ainda assim, ela é a mais bela, a mais intocável, a mais
imediata, pois ela nunca pode ser vazia (geistlos), se nós permanecermos jovens. Ao
final de sua caminhada, Zarathustra diz que um homem sempre vivencia unicamente a si
mesmo. O filisteu tem sua “experiência”, trata-se do eterno uno da falta de espírito
(Geisteslosigkeit). O jovem vai vivenciar o espírito, e quanto menos ele atingir o grande
sem esforços, mais ele vai encontrar o espírito em todos os momentos de sua caminhada
e em todos os homens. – O jovem será um homem benigno . O filisteu é intolerante.

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