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ENFERMAGEM EM SAÚDE AMBIENTAL E SANEAMENTO

Aula: Florence Nightingale e A Enfermagem


no Brasil

Profa. Keyla Christianne


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Aula: Florence Nightingale

Aula: A enfermagem no Brasil: primeiros hospitais e a


enfermagem nesse processo; as Santas Casas de
misericórdia; Anna Néri e a Cruz Vermelha Brasileira.
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Conteúdo Programático desta aula


Ao final desta aula, o aluno será capaz de:

1. Analisar a história de Florence


Nightingale, que culminou no
desenvolvimento da Teoria Ambientalista;
2. Identificar os ambientes estudados na
Teoria Ambientalista de Florence Nightingale;
3.Conhecer os aspectos críticos da era de
Florence Nightingale.
4. Analisou as principais características da
Enfermagem no Brasil, destacando o
desenvolvimento da Cruz Vermelha
Brasileira e a história de Anna Néri.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

História de Florence Nightingale

Nascida em 12 de maio de 1820, segunda filha de uma família rica,


foi batizada em homenagem à cidade em que nasceu, Florença,
Itália. Devido à alta posição econômica e social de sua família, ela
era culta, muito viajada, e educada.

Aos 17 anos já dominava vários idiomas e matemática e era


extremamente bem informada. Por meio das pessoas influentes que
conhecia, esperava-se que ela escolhesse um parceiro agradável, se
casasse, e assumisse o seu papel na sociedade. Mas Florence
Nightingale tinha outras ideias. Queria se tornar enfermeira. Para sua
família isto era impensável. Ela continuava a viajar com sua família e
seus amigos. Em suas viagens, conheceu o Sr. e Sra. Sidney Herbert,
que estavam interessados na reforma dos hospitais naquela época.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Florence Nightingale
Florence Nightingale– AULA 5
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

A Srta. Nightingale começou a coletar informações sobre a saúde


pública e sobre os hospitais e logo se tornou uma importante
autoridade no assunto.

Por intermédio de amigos ela aprendeu a respeito do Instituto


do Pastor Fliedner em Kaiserswerth. Como era uma instituição
religiosa sob o auspício da igreja, ela poderia ir lá, embora fosse
considerado inadequado ir aos hospitais ingleses. Em 1851 ela
passou três meses estudando em Kaiserswerth.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

À medida que o seu conhecimento sobre os hospitais e sobre a reforma


da enfermagem crescia, ela era consultada por reformuladores e
médicos, que estavam começando a ver a necessidade de enfermeiras
“treinadas”. Sua família ainda tinha objeções às suas atividades.

Florence Nightingale– AULA 5


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Guerra da Criméia

Quando a Guerra da Criméia explodiu, os correspondentes


de guerra escreveram a respeito da maneira abominável
pela qual os soldados doentes e feridos eram cuidados pelo
Exército Inglês.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Florence Nightingale, já então uma autoridade reconhecida em


cuidados hospitalares, escreveu para seu amigo Sir Sidney Herbert que
era então o Secretário da Guerra e ofereceu-se para levar um grupo
de 38 auxiliares para a Guerra da Criméia. Ao mesmo tempo ele havia
escrito uma carta requisitando sua assistência para resolver aquela
crise nacional. Suas cartas cruzaram os correios.

Suas conquistas na Criméia foram impressionantes, embora tenham


afetado seriamente a sua própria saúde.

38 auxiliares: 10 freiras católicas, 8 irmãs de caridade da igreja


anglicana, 6 enfermeiras do Instituto St John e 14 voluntárias.

Florence Nightingale– AULA 5


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Florence cuidando de enfermos


vítimas da Guerra
Florence Nightingale– AULA 5
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Microorganismos conceito não conhecido na época

Florence não conhecia o conceito de contato por


microorganismos, uma vez que este ainda não tinha sido
descoberto, porém, já acreditava em um meticuloso cuidado
quanto à limpeza do ambiente e asseio pessoal, ar fresco e
boa iluminação, calor adequado, boa nutrição e repouso,
com manutenção do vigor do paciente para a cura.

Ao longo de toda Guerra da Criméia, Florence conseguiu


reduzir taxas de mortalidade entre os soldados britânicos por
meio de seus esforços como enfermeira, provando a
eficiência das enfermeiras treinadas para a recuperação da
saúde. Até aquele momento, só homens e mulheres religiosas
poderiam cuidar dos soldados no exército.
Florence Nightingale– AULA 5
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Durante sua vida, Florence escreveu intensamente sobre hospitais,


medidas sanitárias, saúde e estatísticas de saúde, e especialmente sobre a
enfermagem e o ensino em enfermagem. Ela fez uma cruzada e provocou
uma grande reforma no ensino em enfermagem.

Em 1860 dedicou seus esforços para a criação de uma escola de


enfermagem no St. Thomas’ Hospital em Londres, financiado pelo
Nightingale Fund. Os princípios básicos nos quais Florence fundou a sua
escola incluíam:

1 - As enfermeiras deveriam ser treinadas em hospitais associados com


escolas médicas e organizadas para este propósito.

2 - As enfermeiras deveriam ser cuidadosamente selecionadas e deveriam


residir em casas de enfermeiras que deveriam moldar e formar a disciplina
e o caráter.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

3 - A matrona da escola deveria ter a autoridade final sobre o


currículo, o dia a dia, e outros aspectos da escola.

4 - O currículo deveria incluir material teórico e experiências


práticas.

5- Os professores seriam pagos pela sua instrução.

6 - Seriam mantidos registros sobre os estudantes que seriam


obrigados a assistir as aulas, submeter-se a provas orais,
escrever artigos e manter diários.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Em suas escolas, Florence baseava sua filosofia em quatro ideias-


chave:

O dinheiro público deveria manter o treinamento de enfermeiras e


este deveria ser considerado tão importante quanto qualquer outra
forma de ensino;

Deveria existir uma estreita associação entre hospitais e escolas de


treinamento, sem estas dependerem financeiramente e
administrativamente;

O ensino de enfermagem deveria ser feito por enfermeiras


profissionais e não por qualquer pessoa não envolvida com a
enfermagem;

Deveria ser oferecido às estudantes, durante todo o período de


treinamento, residência com ambiente confortável e agradável,
próximo ao local.
Florence Nightingale– AULA 5
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Com esse dinheiro foi inaugurada em 1860 a Escola de


Treinamento Nightingale e a Casa das Enfermeiras sediadas no
Hospital St Thomas em Londres. O dinheiro do fundo também foi
usado para criar uma escola de parteiras no King's College
Hospital, em Londres
Florence Nightingale– AULA 5
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

1 - 2 anos

As primeiras escolas de treinamento ministravam cursos de um ano, que


com o tempo, passaram a ser de dois anos

Florence deu origem às prescrições médicas por escrito e também exigia


que suas enfermeiras acompanhassem os médicos em suas visitas aos
pacientes para prevenirem erros, diretivas mal compreendidas e
instruções esquecidas ou ignoradas.

A seu ver, para a melhoria do estado de saúde do país, o ensino da


enfermagem era uma grande responsabilidade das enfermeiras.
Preconizava a ideia de que a saúde era não apenas estar bem, mas ser
capaz de usar toda a nossa capacidade. Florence julgava que o propósito
da enfermagem era colocar as pessoas na melhor condição possível para
que a natureza possa restaurar ou preservar a saúde, prevenir ou curar as
doenças.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Ela foi reconhecida em 1907 pela Rainha da Inglaterra com a


condecoração da Ordem ao Mérito. De diversas formas, Florence
Nightingale projetou a enfermagem como profissão.

Ela acreditava que as enfermeiras deveriam gastar seu tempo cuidando


dos pacientes, não limpando; que as enfermeiras deveriam continuar
estudando ao longo de suas vidas e não se tornar “estagnadas”; que as
enfermeiras deveriam ser inteligentes e utilizar essa inteligência para
melhorar as condições do paciente; e que os líderes de enfermagem
deveriam ter um reconhecimento social.

Ela possuía uma visão de como a enfermagem poderia e deveria ser. Em


1901, completamente cega, parou de trabalhar. Morreu em Londres, em
13 de agosto de 1910, durante o sono, aos 90 anos.

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A figura de Florence Nightingale

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Diante das bases introdutórias nos reportamos ao conhecimento das


principais características do período de Florence e sua relação de
cuidado de enfermagem.

Florence e sua abordagem

Como já mencionado anteriormente, a enfermagem começou na


metade do século XIX, sob a liderança de Florence Nightingale. Antes
de seu tempo, o trabalho de cuidar de doentes era realizado por
indigentes e bêbados, pessoas incapacitadas a qualquer espécie de
trabalho.

Construíam-se hospitais em locais onde os pobres sofriam mais em


decorrência do ambiente do que à doença que os levara para lá. O
que predominava em todo o lugar eram cirurgias sem anestesia,
pouca ou nenhuma higiene e a sujeira nos hospitais.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

As crenças de Nightingale acerca da enfermagem constituem o


fundamento básico sobre o qual se pratica a profissão atualmente.
Suas convicções religiosas e a experiência como enfermeira do
exército, durante a Guerra da Criméia, tiveram forte influência
sobre o seu método e crença acerca do cuidado com os doentes.

Sua capacidade de escritora foi bem evidenciada em Notes on


Nursing (Notas sobre Enfermagem), aptidão explicada por sua
educação, conquistada principalmente por meio dos ensinamentos
do pai.

Ela viajou muito e possuía a capacidade de tratar com governantes


e políticos. Muitos a consideraram um gênio. Diante disso, para
compreender sua abordagem teórica acerca da enfermagem
profissional, o leitor precisa ter em mente as características
singulares em relação ao lugar ocupado pela mulher na metade do
século XIX.

Florence Nightingale– AULA 5


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Florence Nightingale na Guerra da Criméia

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Pode haver a tentação de encarar suas ideias como “fora de moda”


ou “desatualizadas”. Tal fato precisa ser evitado, uma vez que
inúmeras de suas ideias importantes acerca da enfermagem ainda
não estão em vigência na prática atual.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Teoria ambientalista de Florence Nightingale

1 – o conceito básico mais característico dos trabalhos de


florence é o ambiente.

2 - enfatizou o ambiente físico preponderantemente em relação


ao meio psicológico e social;

3 – Em 1850 Florence testemunhou a sujeira, a peste e morte no


ambiente das enormes barracas que serviam de hospital e no
próprio hospital militar da época;

4 – diminui quantitativamente o percentual de mortes na guerra


da Criméia (de 42% para 2%).

5 – O ambiente é visto como fator que influência no organismo:


prevenir, suprimir ou contribuir par a doença ou a morte;
Florence Nightingale– AULA 5
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

6 – Florence fala sobre ventilação, ar e água limpos e calor, de


modo que o processo de reparação, instituído pela natureza
(MEIO) não seja impedido.

7 - além disso cita os elementos ambientais que perturbam a


saúde, tais como sujeira, a umidade, a baixa temperatura, as
correntes de ar, as emanações, o barulho e a escuridão;

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

O meio é encarado como uma maneira de estimular o


desenvolvimento da saúde

No âmbito do processo de enfermagem, o paciente deve


ser encarado no seu contexto;

No ambiente em que encontrava o paciente, para


Florence, era abrangente;
O ambiente
Os três componentes: físico, social e psicológico precisam
ser entendidos como inter-relacionados, e não como
partes distintas.

A limpeza do ambiente físico relaciona-se diretamente


com a prevenção da doença e as taxas de mortalidade no
âmbito social da comunidade

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Características do modelo de Florence

Teve como proposta inicial a moralização da profissão, introduzindo


mulheres de classes altas na enfermagem;

Usou a disciplina e o preconceito para adequar-se às exigências do


padrão burguês;

Promoveu a divisão do trabalho, caracterizando como inferiores as


habilidades manuais que aproximavam o enfermeiro do enfermo,
desviando suas ações para uma pseudo-administração que sempre
esteve ligada aos interesses dominantes;

Serviu como suporte para o desenvolvimento da medicina como


ciência e não deu margem à expansão do conhecimento de
enfermagem para entendimento das questões sociais que envolviam
todo o universo da prática profissional.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

O símbolo da Lâmpada para Enfermagem


Durante a noite, Florence Nightingale visitava os feridos levando
uma lanterna de campanha para iluminar seus passos nos longos
corredores e os próprios soldados a quem prestava cuidados
necessários. O efeito da luz, além de possibilitar a atenta
observação, aplacava a dor e solidão dos feridos, animando-os na
luta contínua pela vida. Por essas rondas noturnas, Florence ficou
conhecida como a Dama da Lâmpada. Vencida a guerra, em 1856,
Florence Nightingale retornou com suas assistentes para a
Inglaterra.

Assim, a lâmpada tornou-se o símbolo da Enfermagem no mundo e


sua representação foi estilizada, assumindo a forma de uma
lamparina grega, tipo lâmpada de Aladim..

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Assim, a lâmpada tornou-se o símbolo da Enfermagem no mundo e sua


representação foi estilizada, assumindo a forma de uma lamparina grega, tipo
lâmpada de Aladim. Muitas escolas de enfermagem procuram manter vivo esse
ritual e em todos os momentos importantes, tais como abertura e
encerramento de eventos, formaturas, colação de grau, a lâmpada é
solenemente acendida no inicio do evento, no primeiro dia e apagada no
último dia, no momento do encerramento, em que o presidente da mesa
anuncia esse ato e abre espaço para que a lâmpada seja apagada.

Outras escolas mantêm uma cerimônia chamada "passagem da lâmpada", na


formatura, em que uma graduanda representando os formandos, entrega a
lâmpada acesa para uma aluna ingressante, do primeiro ano, recomendando
que ela ajude a manter sempre acesa aquela chama do ideal. Tais simbolismos
acompanham ritualisticamente os momentos marcantes de escola de
enfermagem, e eternizam a profissionalização da assistência de enfermagem
como uma das mais nobres profissões da vida moderna.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Juramento de Florence Nightingale

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Aula: A enfermagem no Brasil: primeiros hospitais e a


enfermagem nesse processo; as Santas Casas de Misericórdia;
Anna Néri e a Cruz Vermelha Brasileira.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Conteúdo Programático desta aula

1. Analisar o desenvolvimento da enfermagem no


Brasil através dos primeiros hospitais e das
Santas Casas de Misericórdia.

2. Descrever o desenvolvimento da Cruz Vermelha


Brasileira com base em seus pressupostos
norteadores.

3. Descrever a história de Anna Néri.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

História da Santa no Mundo e no Brasil

A primeira santa casa do mundo foi criada em 15 de agosto de


1498, em Lisboa, tendo patronesse a rainha Leonor de Lencastre,
originando a "Confraria de Nossa Senhora de Misericórdia". Neste
mesmo ano, foram fundadas dez filiais, sendo oito em Portugal e
duas na Ilha da Madeira.

No Brasil, em 1539, surgia a Santa Casa de Misericórdia de Olinda.


Aqui, no Estado, a Santa Casa de Porto Alegre, fundada em 1808, é
a mais antiga instituição filantrópica da área da saúde. Hoje, são
16 santas casas gaúchas.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

A primeira Santa casa do mundo foi


criada em 15 de agosto de 1498 –
Lisboa - Portugal
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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

A preocupação com a situação dos enjeitados e marginalizados foi a


origem da fundação das santas casas de misericórdia, em 1498, em
Portugal, e em 1539, no Brasil (Olinda, Pernambuco). Sendo assim,
surgiram com função muito mais assistencial do que terapêutica.
Davam atendimento aos pobres na doença, no abandono e na morte.
Eram abrigados, além dos enfermos, os abandonados e
marginalizados (crianças e velhos), os excluídos do convívio social,
como os criminosos doentes e dos doentes mentais.

As misericórdias brasileiras, por regerem-se pelos estatutos das


instituições portuguesas congêneres, não fugiam à regra e, até o
final do século XIX, desempenharam tais funções. Cabe destacar
que, na maioria dos continentes e países onde foram fundadas, as
misericórdias se anteciparam às atividades estatais de assistência
social e à saúde. No Brasil, e em alguns outros países, também
foram as criadoras dos cursos de Medicina e Enfermagem, como é o
casa daquelas fundadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Porto
Alegre
Florence Nightingale– AULA 5
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

No Brasil, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia instalou-se


em Olinda desdev 1539, e logo depois em Santos (1543), e em
Vitória (1545) sendo a primeira instituição hospitalar do país,
destinada a atender aos enfermos dos navios do porto e moradores.
Em Salvador (1549), onde realiza-se trabalhos sociais e
filantrópicos até hoje. Na cidde de São Paulo, está presente desde
1560 aproximadamente.

Com a fundação do município do Rio de Janeiro, a cidade também


passaria a contar com a Santa Casa de Misericórdia do Rio de
Janeiro, instalada pelo Padre José de Anchieta para socorrer os
tripulantes da esquadra do Almirante Diogo Flores Valdes, aportada
à Baía de Guanabara em 25 de março de 1582 com escorbuto a
bordo. Nesta cidade, responsabilizou-se, secularmente, pela
administração dos cemitérios.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia instalou-se


em Olinda desde 1539
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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Diante das bases introdutórias, reportamo-nos ao conhecimento das


principais características da enfermagem no Brasil.

ENFERMAGEM NO BRASIL - Primeiros hospitais

Descoberto o Brasil, as primeiras tentativas de colonização


incluíram, em seu programa, a abertura de Santas Casas.

Incluíam elas hospitais e recolhimento para pobres e órfãos.

Santa Casa de
miseriórdia de
Santos

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

José de Anchieta no Rio de Janeiro:

Tendo chegado ao Rio na esquadra de Diogo Flores Valdez, trazendo


grande número de enfermos, tratou Anchieta de recolher os mesmos para
tratamento, improvisando o núcleo hospitalar que se tornou a grande Casa
de Misericórdia do Rio de Janeiro.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

"A Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, fundada pelo Padre


Anchieta, chegado ao Brasil na Esquadra do 2º Governador Geral, D.
Duarte da Costa, em 1553, é um prolongamento da Santa Casa de
Lisboa, a primeira no mundo, criada pelo piedoso Frei Miguel de
Contreiras, com o apoio da Rainha D. Leonor, de quem era
confessor. O exemplo de Contreiras floriu nas terras de Santa Cruz,
através de Anchieta, - o sublime canarino da ilha de Tenerife - e
que viria a ser, num futuro não muito distante, o Apóstolo do
Brasil.“

A história de Anchieta, o fundador da Santa Casa, é muito rica. Foi


ele que, em 25 de janeiro de 1554, fundou a cidade de São
Paulo.Também foi Anchieta que, refém dos índios nas praias de
Iperoig, atual Ubatuba, em suas areias escreveu, com seu bastão,
os 4072 versos latinos de puro afeto à Virgem Maria.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Santa Casa de miseriórdia no Rio de Janeiro- 1553

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

A esquadra de Valdez aportou à Guanabara em 25 de março de


1582. Seus homens estavam atacados pela "peste". Anchieta, com
atitude piedosa, acolhedora, de verdadeiro apóstolo, convidou-os
a descerem à terra, construindo toscas palhoças para abrigar os
doentes, os quais ele mesmo tratou e recuperou com recursos
locais - infusões de ervas, frutas cítricas, raízes e outros trazidos
pelos índios.

Assim nasceu a Santa Casa, o mais expressivo monumento à


grandeza desse homem.

Apesar de ter sido motivo de controvérsias durante muitos anos, a


data de fundação do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia
do Rio de Janeiro foi oficialmente fixada em 24 de março de
1582, em sessão de Mesa e Junta realizada em 9 de março de
1967.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Além do serviço voluntário, os religiosos usavam os serviços de


escravos. Havia senhores que alugavam escravos peritos em
enfermagem para servirem a doentes particulares. Em geral, eram
analfabetos; outros poucos, mais educados.

Em lugares onde não havia médico, orientavam-se por livros de


medicina popular e enfermagem caseira publicados em Portugal.

À medida que chegavam as religiosas ao Brasil, iam lhes entregando


os estabelecimentos de assistência (as Santas Casas).

Somente no século XIX, abriram-se as primeiras escolas de medicina


e raros eram os brasileiros que podiam estudar na Europa.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Considerada a mais antiga escola de Medicina da


Europa, foi fundada no século 12.MontPellier, França

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

MATERNIDADE E INFÂNCIA

- Em 1693, aparece a primeira manifestação oficial de proteção


direta à infância do Brasil.

- No início de suas atividades e por muito tempo, sua eficiência


deixava muito a desejar. De 12.000 crianças nascidas apenas 1.000
vingavam. Pouco a pouco, a mudança para melhor local e, com a
vinda das Irmãs de Caridade, em 1856, diminuiu
consideravelmente a mortalidade infantil.

- Em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à


Maternidade que se conhecem na legislação mundial.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

A CRUZ VERMELHA - Um pouco de sua história:

A organização foi fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant ((1828-


1910), sob o nome de Comitê Internacional para ajuda aos militares
feridos, designação alterada, a partir de 1876, para Comitê Internacional
da Cruz Vermelha.
A assistência aos prisioneiros de guerra teve grande avanço a partir de
1864, quando foi realizada a Convenção, para a melhoria das condições de
amparo aos feridos, e em 1899, quando foi realizada a Convenção de Haia,
que disciplinava as "normas" de guerra terrestre e marítima.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)


Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é uma organização
humanitária, independente e neutra, que se esforça em proporcionar
proteção e assistênia às vítimas da guerra e de outras situações de
violência.
Com sua sede em Genebra, Suíça, possui um mandato da comunidade
internacional para servir de guardião do Direito Internacional, além de ser o
órgão fundador do Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

No seu constante diálogo com os Estados, o CICV insiste continuamente no


seu caráter neutro e independente. Somente sendo assim, livre para atuar
de forma independente em relação a qualquer governo ou a qualquer outra
autoridade, a organização tem condições atender aos interesses das
vítimas dos conflitos, que constituem o centro da sua missão humanitária.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Atualmente, o CICV não tem se limitado apenas à proteção de prisioneiros


militares, mas também a detidos civis em situações de guerra ou em
nações que violem os Estatutos dos Direitos Humanos. Preocupa-se ainda
com a melhoria das condições de detenção, a garantia do suprimento e
distribuição de alimentos para as vítimas civis de conflitos, a prover
assistência médica e a melhorar as condições de saneamento
especialmente em acampamentos de refugiados ou detidos.

Missão da Cruz Vermelha

A missão do CICV é proteger e assistir vítimas dos conflitos armados e


outras situações de violência, sem importar quem elas sejam. Esta missão
foi outorgada pela comunidade internacional e possui duas fontes:

- as Convenções de Genebra de 1949, que incumbem o Comitê de visitar


prisioneiros, organizar operações de socorro, reunir familiares separados e
realizar atividades humanitárias semelhantes durante conflitos armados;

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Os Estatutos do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do


Crescente Vermelho, que encorajam a organização a empreender
um trabalho semelhante em países que não vivem uma guerra
internacional, mas possuem situações de violência interna, às
quais portanto as Convenções de Genebra não se aplicam.

principais atividades são:

visitar prisioneiros de guerra e civis detidos;


procurar pessoas desaparecidas;
intermediar mensagens entre membros de uma família separada
por um conflito;
reunir famílias dispersas;
em caso de necessidade, fornecer alimentos, água e assistência
médica a civis;
difundir o Direito Internacional Humanitário (DIH);
zelar pela aplicação do DIH;

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Cruz Vermelha Brasileira


Em 1911, a instituição recebe do Governo Federal um terreno para
a construção de uma sede própria, abrigando o Dispensário para
Assistência Médica gratuita e um local para ensino de
enfermagem. Três anos depois, a CVB iniciou a formação de
enfermeiras voluntárias, mas a necessidade de profissionais para a
capital federal era premente.
Em 1916, para atender a esta necessidade as Damas da Cruz
Vermelha propuseram a criação de um curso de enfermeiras
profissionais. A formatura da primeira turma ocorreu um ano
depois. Mesmo assim, os cuidados dos doentes permaneciam sendo
exercidos quase sempre por praticantes amadores e religiosos.

A Escola Prática da Cruz Vermelha Brasileira, no Rio de Janeiro,


funcionava anexa ao Dispensário para Assistência Médico-Cirúrgica
da instituição, sob direção do Dr. Getúlio dos Santos (1881-1928),
então Diretor do Serviço Médico da Cruz Vermelha Brasileira.
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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

História de Anna Nery


Mas foi sem formação profissional que Anna Nery (1814-1880) fez
história na enfermagem. Ela nasceu na Bahia, casou-se aos 23
anos e teve três filhos. Ficou viúva aos 51 anos e, ao vivenciar a
partida de seus filhos e um sobrinho para os campos de batalha da
Guerra do Paraguai (1864-1870), resolveu ser voluntária no
atendimento aos feridos de guerra.

Antes de partir, aprendeu lições e maneiras de como cuidar de


doentes no Rio Grande do Sul, com as Irmãs de Caridade São
Vicente de Paulo, com período de estágio para convalescentes da
guerra, em Salto na Argentina. Ao retornar da guerra trouxe consigo
seis órfãos do Paraguai para criá-los. Recebeu uma coroa de
louros cravejada de brilhantes como homenagem e ficou conhecida
popularmente como “Mãe dos Brasileiros”.
.

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HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Escola de Enf
Anna Nery - UFRJ

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Faleceu em 20 de maio de 1880, aos 65 anos de idade, no Rio


de Janeiro. Após sua morte, ainda ocorreram diversas
homenagens, dentre elas em 1919, pela Liga das Sociedades da
Cruz Vermelha, em Paris, que a reconheceu como pioneira da
Enfermagem Brasileira e precursora da Cruz Vermelha
Brasileira.

Em 1926, Anna Nery passa a ser nome da Escola de Enfermeiras


do Departamento Nacional de Saúde Pública, sendo então
denominada Escola de Enfermeiras Donna Anna Nery, atual
Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ). Essa escola foi criada em 1922, no início
da Reforma Sanitária, liderada por Carlos Chagas, e
subvencionada pela Fundação Rockefeller para implantação da
enfermagem moderna no país.

Florence Nightingale– AULA 5


HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Tempos de guerra
No período da guerra, não sabemos se a Cruz Vermelha Brasileira enviou
enfermeiras para os hospitais na Europa, mas é possível afirmar que
algumas esposas de militares acompanharam seus maridos e lá auxiliavam
nos cuidados aos feridos nos campos de batalha. Ao mesmo tempo, no
Brasil, a Revista da Semana publicava imagem de enfermeira em
campanha para recolher donativos para as famílias dos soldados como um
gesto de bondade humana.
Com o término da I Guerra Mundial, o país foi marcado pela gripe
espanhola e, no Rio de Janeiro, a Cruz Vermelha Brasileira foi
transformada em um hospital. Durante a epidemia, as enfermeiras da
instituição cuidaram dos acometidos pelo flagelo da gripe. Para se ter
uma idéia da gravidade, a gripe espanhola levou ao óbito 15 mil pessoas,
inclusive com a morte do presidente eleito à época Rodrigues Alves,
deixando-a conhecida, na voz corrente, como gripe democrática. A
doença, apesar de causar danos à saúde da população, evidenciou que a
Cruz Vermelha não se destinava apenas aos cuidados dos feridos de
guerra, mas também para àqueles tipos de calamidades.
Florence Nightingale– AULA 5
HISTÓRIA DE ENFERMAGEM

Nesta aula, você:

1. Analisou a história de Florence Nightingale, que


culminou no desenvolvimento da Teoria Ambientalista;

2. Identificou os ambientes estudados na Teoria


Ambientalista de Florence Nightingale;

3. Conheceu os aspectos críticos da era de Florence


Nightingale.

4. Analisou as principais características da Enfermagem


no Brasil, destacando o desenvolvimento da Cruz
Vermelha Brasileira e a história de Anna Néri.
Florence Nightingale– AULA 5

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