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IFPE

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


PROPOSIÇÕES LÓGICAS

Pós-edital

Livro Eletrônico
© 06/2019

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho

SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima

REVISOR(A): Mayra Barbosa Souza

DIAGRAMADOR: Washington Nunes Chaves

CAPA: Washington Nunes Chaves

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Proposições Lógicas

Prof. Thiago Cardoso

Lógica........................................................................................................5
1. Princípios de Lógica..................................................................................6
1.1. Defeitos do Raciocínio Humano...............................................................7
1.2. Princípio do Terceiro Excluído................................................................ 10
1.3. Princípio da Não Contradição................................................................ 12
1.4. Princípio da Identidade........................................................................ 12
1.5. Aplicações da Lógica............................................................................ 13
2. Proposições Lógicas............................................................................... 17
2.1. Proposições Categóricas....................................................................... 20
2.2. Proposições Simples e Compostas......................................................... 26
3. Operadores Lógicos Fundamentais........................................................... 29
3.1. Negação............................................................................................ 29
3.2. Conjunção (“E”).................................................................................. 33
3.3. Disjunção Inclusiva (“OU”)................................................................... 34
3.4. Conclusões Lógicas com E e OU............................................................ 36
3.5. Deduções e Equivalências Lógicas......................................................... 39
4. Condicional (SE… ENTÃO)....................................................................... 54
4.1. Deduções Lógicas................................................................................ 55
4.2. Equivalências Lógicas.......................................................................... 58
4.3. Necessidade e Suficiência..................................................................... 61
4.4. Relação com os Quantificadores Universais............................................. 63
5. Outros Operadores Lógicos..................................................................... 87
5.1. Tabelas-Verdade................................................................................. 87

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5.2. Disjunção Exclusiva (OU… OU).............................................................. 89


5.3. Bicondicional (SE… E SOMENTE SE)....................................................... 90
5.4. Propriedades do OU Exclusivo e do Bicondicional..................................... 91
Questões Comentadas em Aula................................................................... 97
Gabarito................................................................................................. 113

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LÓGICA
Olá, seja bem-vindo(a).

Nesta aula, analisaremos os conceitos básicos sobre proposições e operadores

lógicos.

A matéria de Raciocínio Lógico é certamente uma das mais conhecidas pelos(as)

concurseiros(as), pois costuma ser cobrada em provas de todo tipo de cargo e por

várias bancas.

Essa matéria também tem bastante importância teórica para a Matemática, pois

permite o rigor matemático nas demonstrações.

Na vida prática, também se trata de um tema bastante importante, pois nos

ajuda a pensar melhor, nos livrar de preconceitos e chegar a conclusões genuina-

mente lógicas, livres de falácias e de erros de raciocínio.

Antes de iniciar a aula, gostaria de passar meus contatos, caso você tenha dú-

vidas:

E-mail: thiagofernando.pe@gmail.com;

WhatsApp: (81) 9 9416 1322;

Instagram: @thiagofernando.pe.

Siga-me no Instagram. Lá, sempre posto dicas muito úteis sobre a preparação

para concursos públicos na área de Matemática.

Feitas essas orientações iniciais, vamos juntos ao topo da montanha?

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1. Princípios de Lógica
A Lógica é uma técnica que mostra o pensamento humano como deveria ser,

não como é.

É importante diferenciar a Lógica da Ciência.

A Lógica busca deduzir verdades a partir de um conjunto de premissas tomado

como verdadeiro. Esse é um processo a priori. O sentido da expressão a priori é

que a dedução lógica não é feita a partir de observações da realidade, portanto,

dispensa a experimentação.

As verdades lógicas são, portanto, obtidas antes de observar a realidade. Em

muitos casos, não são nem mesmo verificáveis.

Por exemplo, considere a proposição lógica “7 é primo”. Essa proposição é fa-

cilmente verificável, pois você pode testar todos os números menores do que 7 e

constatar que 7 não é divisível por nenhum.

Por outro lado, considere a seguinte proposição: “Existem infinitos números

primos”. Embora seja relativamente fácil de provar que isso seja verdade, é impos-

sível verificar tal afirmação.

O ser humano jamais conseguiria escrever, num papel, uma lista com infinitos

números primos, afinal, nossos recursos são escassos. Sendo assim, embora sai-

bamos que existam infinitos números primos, não somos capazes de verificar essa

afirmação.

As áreas do conhecimento mais afeitas à Lógica são a Matemática, a Filosofia e

a Praxeologia.

Por outro lado, a  Ciência utiliza o método científico, que consiste em extrair

conclusões por meio de observações da realidade. Trata-se, portanto, de conheci-

mentos obtidos a posteriori.

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Por exemplo, a Física estuda a gravidade por meio da experimentação. Pode-se

lançar vários objetos de alturas diferentes e, a partir do tempo de queda, o tempo

necessário para que eles cheguem ao chão, o pesquisador poderá calcular a acele-

ração da gravidade.

Porém, a Matemática não precisa de nenhuma observação da realidade para

deduzir seus teoremas. Por conta disso, a nossa amada disciplina não pode ser

considerada uma ciência.

Apesar de parecer abstrata, é importante destacar que o objetivo da Lógica é

descrever a realidade, chegando a conclusões sobre ela. Porém, todas as conclu-

sões lógicas são feitas unicamente a partir do raciocínio, não de experimentações.

1.1. Defeitos do Raciocínio Humano

A Lógica estuda o raciocínio humano como deveria ser, não como é, de fato.

Na vida real, frequentemente, escolhemos atalhos que nos permitem tirar con-

clusões mais rápidas, porém, sem fundamentos lógicos. Esse tipo de atalho é co-

nhecido como falácia.

Tomemos como exemplo a falácia da autoridade. O ser humano, naturalmen-

te, busca por autoridades, pessoas que possam ser referenciadas como grandes

conhecedoras de sua área de atuação.

Porém, o mero fato de que um especialista tenha dito algo relacionado a seu

campo de atuação não constitui nenhuma prova de que tal afirmação seja verda-

deira.

O especialista pode mentir deliberadamente com o objetivo de satisfazer fins

pessoais ou, ainda, pode simplesmente estar errado.

Consideremos o seguinte fragmento extraído da Constituição Federal:

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Art. 5º, XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,


de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instru-
ção processual penal;

Embora a Constituição Federal seja tomada como a fonte primordial do Direito

no Brasil, o simples fato de algo estar escrito nela não torna aquela afirmação ver-

dadeira.

É o caso do art. 5º, XII. Em que pese estar escrito que o sigilo da correspon-

dência e das comunicações telegráficas e de dados é inviolável, sabemos que, na

prática, há jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que tal

direito não pode ser considerado absoluto. E que, portanto, é possível, em ocasiões

especiais, haver a quebra desse tipo de sigilo.

Inclusive, nem mesmo o próprio STF tem o condão de que todas as suas afir-

mações sejam consideradas como verdades absolutas.

Algo que me fascina na Matemática é que essa área do conhecimento não se

interessa por quem você é.

Por exemplo, recentemente, o matemático Yi Zhang, vindo de uma faculdade de

pouca expressão, foi capaz de provar um importantíssimo teorema sobre números

primos.

Não explicarei aqui esse teorema, pois a própria proposição já é bastante com-

plicada de entender, porém, é fascinante que um problema tão renomado tenha

sido resolvido por alguém de pouca expressão.

Outro fato que me deixa incrivelmente feliz é quando alunos solicitam a de-

monstração de teoremas matemáticos, principalmente, os de concursos. O fato de

você ler uma demonstração matemática prova que realmente entendeu o propósito

desse ramo do conhecimento, que é de buscar verdades lógicas e que, portanto,

não podem ser provadas simplesmente com “o professor Thiago escreveu”.

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Afinal de contas, o fato de muitos dos meus alunos me considerarem como uma

autoridade na área não torna automaticamente tudo o que eu escrevo verdade.

Outro exemplo de falácia é a negação da teoria na prática.

Talvez essa seja uma das que mais irritam as pessoas estudiosas, porém, pre-

cisamos saber que se trata de uma falácia.

Embora seja verdade que a prática, muitas vezes, apresente situações diferen-

tes do que é estudado no campo teórico, todo o progresso humano se deveu ao fato

de que estudamos a teoria das coisas.

Todas as espécies animais são capazes de experimentar e observar o resultado

de seus experimentos.

Por exemplo, um pássaro pode comer uma borboleta venenosa. Ao perceber

que tem um gosto muito amargo e que, portanto, deve ser inapropriada para con-

sumo, ele a cospe e não torna a comer borboletas semelhantes.

Trata-se de uma forma de obtenção de conhecimento tácito, ou seja, a partir da

experiência.

No entanto, somente a espécie humana é capaz de transmitir esse conhecimen-

to adquirido a outros entes da população, principalmente, em larga escala.

Por exemplo, quando eu era menor, eu e meu pai começamos a criar peixes or-

namentais, hobby que mantenho até hoje.

Eu sempre fui muito teórico e estudava parâmetros como temperatura, escala

de pH e ciclagem da água.

O meu pai, por sua vez, inicialmente rejeitou “toda aquela teoria sobre criação

de peixes”, pois, segundo ele, na prática, as coisas eram diferentes e que os peixes

haviam evoluído com a sua criação pelo ser humano.

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O meu pai sempre foi uma pessoa bastante prática, que conseguia fazer muita

coisa sozinho, mesmo sem muito estudo. Ele montou um aquário com um terço do

investimento que a maioria das pessoas gastava.

Porém, só conseguíamos manter algumas espécies de peixes (Guppies, Espa-

das, Molinésias e Platys) nesse aquário. Todas as vezes que tentávamos criar ou-

tros peixes, eles morriam rapidamente.

O que acontecia é que aquela teoria toda sobre escalas de pH, temperatura e

ciclagem da água era realmente importante. Os peixes citados acima tinham seus

parâmetros ótimos muito próximos ao que poderíamos encontrar na água da tor-

neira, água ligeiramente alcalina, temperatura tropical de Recife.

Porém, outras espécies de peixes que necessitavam de ambientes bastante di-

ferentes não conseguiam se adaptar ao nosso aquário.

Sendo assim, não cometa o erro de subestimar a importância da teoria para o

progresso de uma atividade.

Caso você queira saber mais sobre os defeitos do raciocínio humano, recomen-

do o livro Como vencer um debate sem ter razão, de Arthur Schopenhauer.

Nesse livro, Schopenhauer disseca as falácias – argumentos errôneos – que

maus filósofos utilizam para convencer as pessoas do seu ponto de vista, mesmo

que não possuam uma base filosófica sólida ou ainda que as suas afirmações sejam

mentirosas e seu objetivo seja o de meramente enganar.

Considero uma leitura muito importante para evitar que sejamos enganados por

argumentos inválidos e por falácias de maneira geral.

1.2. Princípio do Terceiro Excluído

O princípio do terceiro excluído estabelece que uma proposição só pode ser ver-

dadeira ou falsa, não se admitindo outra possibilidade.

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Esse princípio determina o tipo de Lógica que estudamos no campo de concur-

sos públicos, que é conhecida como lógica booleana.

Na lógica booleana, só existem as proposições absolutamente verdadeiras e as

proposições falsas. Não é possível haver um meio termo.

Prestemos atenção à expressão absolutamente verdadeira. Em Lógica, so-

mente podemos dizer que uma expressão é verdadeira quando está absolutamente

provada, isto é, acima de qualquer dúvida.

Costumo dizer aos meus alunos que a Matemática não tem espaço para o tal-

vez. Enquanto algo não for provado definitivamente, aquilo não pode ser tomado

como verdadeiro.

Tomemos como exemplo a afirmação de que “não é possível fabricar um vinho

de qualidade a menos de 20 graus de latitude”.

Essa afirmação foi repetida por muitas décadas no mundo dos vinhos, fazendo

uma referência de que o clima frio que pode ser encontrado longe dos trópicos era

essencial para a maturação das uvas e para a produção da bebida.

Porém, trata-se de uma afirmação que não havia sido provada. Havia apenas

especulações de que fosse verdade.

Recentemente, a fábrica Rio Sol foi capaz de produzir em Petrolina, interior de

Pernambuco, o vinho Paralelo 8.

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O nome do vinho é uma homenagem à localização geográfica de Petrolina e uma

leve tiração de onda com o antigo preconceito sobre a necessidade de latitudes

muito elevadas para a produção de vinhos de qualidade.

Sendo assim, o princípio do terceiro excluído encontra grandes aplicações na

filosofia e no dia a dia, pois nos ensina a nos livrar de preconceitos bobos.

1.3. Princípio da Não Contradição

O princípio da não contradição é um dos mais importantes da Lógica tradicional

e é bastante compreendido pelas pessoas. Estabelece de forma geral que uma pro-

posição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.

Em outras palavras, uma proposição qualquer pode ser verdadeira ou pode ser

falsa, mas não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.

Quando discutimos com alguém e queremos provar que aquela pessoa está

chegando a uma conclusão errada, o método mais comum que usamos é tentar

apontar uma contradição que tenha cometido.

Quando apontamos uma contradição qualquer na sua base de argumentos, es-

tamos invalidando completamente a sua tese e negando a sua argumentação. É por

isso que as pessoas ficam tão chateadas quando apontamos uma contradição nos

seus argumentos.

O princípio da não contradição tem uma importante relação com o operador

condicional e com as provas por absurdo. Veremos, mais adiante, uma importante

demonstração que se relacionará com esse princípio.

1.4. Princípio da Identidade

O princípio da identidade estabelece que tudo é idêntico a si mesmo.

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Em outras palavras, A é A. Por exemplo, podemos dizer que a maçã é maçã.

Esse princípio se relacionada bastante com o princípio da não contradição.

A contradição seria estabelecer que A é não A. Por exemplo, “a maçã não é maçã”.

1.5. Aplicações da Lógica

A Lógica foi inicialmente estudada por Aristóteles, que criou o ramo da Filosofia.

A Filosofia baseada na Lógica cresceu bastante até ser conhecida como Racio-

nalismo.

O Racionalismo busca obter conhecimentos a partir de deduções lógicas a priori,

ou seja, sem a necessidade de observar a realidade.

O preconceito pode ser entendido como um conhecimento a posteriori, obtido a par-

tir de observações da realidade, sem que seja obtida uma prova definitiva dessa relação.

É o caso da afirmação “não é possível produzir um vinho de qualidade a menos

de 20 graus de latitude”. Essa afirmação foi feita a partir da observação de que to-

dos os vinhos de qualidade da época haviam sido feitos nessas condições. Porém,

essa simples observação não prova a veracidade da afirmação.

O racionalismo é uma corrente filosófica bastante interessante, pois nos permite

construir conhecimento sem nos apoiarmos em falácias e em preconceitos.

A Lógica estudada para concursos se aproxima bastante dessa corrente filosófi-

ca, pois busca deduzir verdades lógicas.

Caso você queira entender mais sobre Racionalismo, eu sugiro o canal do You-

Tuber Alexandre Porto.

Também podemos citar que a Lógica é a fonte primordial do rigor matemático

e de suas demonstrações. Na Matemática, uma verdade só é aceita quando é efe-

tivamente provada para todas as possibilidades.

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Não há espaço para o “quase” na Matemática, ou algo está provado ou não está

provado.

Por fim, outra aplicação mais prática é a Lógica computacional. Os computado-

res processam seus circuitos digitais por meio de 0 e 1, que são números binários

e que guardam grande analogia com o conceito de “Falso” e “Verdadeiro”.

A Lógica computacional não se interessa pela obtenção de verdades, mas ape-

nas em fazer contas por meio de 0 e 1. Um computador é capaz de processar mi-

lhões de contas lógicas em segundos, porém, não é capaz de entender conceitos

humanos.

Mas é justamente por meio dessas operações lógicas feitas de maneira muito

rápida em seu computador que conseguimos montar circuitos bastante complexos.

Para entender um pouco de criptografia, apresentarei o conceito da função hash.

O hash é um caso particular de funções que não são injetoras é o hash. É utilizado

em criptografia como um garantidor do conteúdo da mensagem.

A função hash é calculada a partir da mensagem original. Vale lembrar que, em

um computador, tudo o que se escrever é registrado na forma de números binários,

os famosos 0 e 1, portanto, é possível calcular o hash de qualquer mensagem, seja

uma figura, um texto ou até uma música.

O interessante é que, se você tiver o hash da mensagem, é impossível decifrar

a mensagem original.

Tomemos, como exemplo, que o hash seja a função resto na divisão por 4.

O hash fornecido da mensagem é 3. Qual o número que, quando dividido por 4,

deixa resto 3?

Você percebeu que, como a função resto não é injetora, existem vários números

cujo resto é igual 3. Alguns exemplos: 3, 7, 11, 15. Todas essas mensagens deixam

o mesmo resto, em outras palavras, possuem o mesmo hash.

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É o que acontece, por exemplo, com o CPF. O seu CPF é formado por um con-

junto de nove dígitos. Isso mesmo. São apenas nove. Tomemos como exemplo um

CPF fictício.

395.624.780

Esse é o CPF. E o que fazem aqueles dois dígitos no final? Aqueles dígitos for-

mam um hash.

395.624.780-34

A intenção do hash é evitar que você digite o seu CPF errado e caia no CPF de

outra pessoa. Se você digitar qualquer número errado, por descuido. Por exemplo:

395.624.750

O hash calculado seria diferente.

395.624.750-19

Portanto, se você digitou: 395.624.750-34, o CPF é inválido, porque o número

395.624.750 possui hash 19, não 34. Sendo assim, só pode ter havido um erro de

digitação (ou uma tentativa de fraude).

É importante repetir que, como a função hash não é injetora, caso você saiba os

dígitos finais do CPF de uma pessoa, não será capaz de deduzir o restante do CPF.

No caso do CPF, é relativamente possível você chutar e encontrar um CPF ver-

dadeiro. Existem apenas 100 hashes (0 a 99), por isso, você pode testar todas as

combinações; isso gastará um tempo, mas é possível.

O que aconteceria se o hash fosse formado por mais dígitos?

Por exemplo, no caso do algoritmo SHA-256, todas as mensagens são codifica-

das por um hash de 256 dígitos binários. Isso mesmo, 256.

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Isso significa que existem 2256 hashes = 6.1076 hashes no SHA-256. Como esse

número é uma quantidade inimaginavelmente grande, o hash calculado para uma

mensagem será praticamente único e será uma ferramenta extremamente interes-

sante para garantir o conteúdo dela.

Veja um contrato social fictício de uma empresa e uma tentativa de fraude bem

sutil.

Contrato original Contrato fraudado


CLÁUSULA OITAVA: É expressamente vedado, CLÁUSULA OITAVA: É expressamente vedado,
sendo absolutamente ineficaz em relação à sendo absolutamente ineficaz em relação à
sociedade, o uso da denominação social em títu- sociedade, o uso da denominação social em títu-
los, avais, fianças, ou quaisquer outras garantias los, avais, fianças, ou quaisquer outras garantias
que não forem consideradas de exclusivo inte- que não forem consideradas de exclusivo inte-
resse da sociedade, tomadas por decisão unâ- resse da sociedade, tomadas por decisão unâ-
nime dos sócios, sob pena de responsabilidade nime dos sócios, sob pena de responsabilidade
perante terceiros e a sociedade. perante terceiros e a sociedade.
CLÁUSULA NONA: Para a alienação a qualquer CLÁUSULA NONA: Para a alienação a qualquer
título de bens da sociedade, ou para a constitui- título de bens da sociedade, ou para a constitui-
ção de ônus ou gravames reais sobre os mesmos, ção de ônus ou gravames reais sobre os mesmos,
será necessária a assinatura dos 03 (três) sócios será necessária a assinatura dos 03 (três) sócios
em conjunto. A assinatura de apenas alguns em conjunto. A assinatura de apenas alguns
deles invalida quaisquer documentos firmados deles valida quaisquer documentos firmados
para o fim previsto nesta cláusula. para o fim previsto nesta cláusula.
CLÁUSULA DÉCIMA: os administradores decla- CLÁUSULA DÉCIMA: os administradores decla-
ram, sob as penas da lei, que não estão incursos ram, sob as penas da lei, que não estão incursos
em quaisquer crimes previstos em lei ou restri- em quaisquer crimes previstos em lei ou restri-
ções legais, que possam impedi-los de exercer ções legais, que possam impedi-los de exercer
atividade empresarial conforme artigo 1.011, 1º atividade empresarial conforme artigo 1.011, 1º
do CC/2002. do CC/2002.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: Firma ato contí- CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: Firma ato contí-
nuo a solicitação a solicitação do contrato social nuo a solicitação a solicitação do contrato social
da sociedade empresária limitada, conforme ato: da sociedade empresária limitada, conforme ato:
12859adb2012b961f1fcbb57069989f0f49bd- d3e6603bdc9dc9845a285aad3973857aadb-
37d669d03b6c79ceddfb75b46cd c442e9b39a32599315aaa4e02b17a

Perceba que houve uma mínima alteração no contrato. Caso você ainda não tenha

percebido, a Cláusula Nona foi modificada. O verbo “invalida” foi trocado por “valida”.

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Embora a mudança tenha sido ínfima e bastante difícil de se perceber a olho nu

– ainda mais se você for um(a) advogado(a) que cuida de milhares de contratos de

centenas de empresas diferentes –, o hash calculado foi completamente diferente.

Perceba o poder que existe por trás dessa ferramenta. Sempre que alguém lhe

enviar um contrato para você saber se aquela informação não foi alterada por nin-

guém, você pode, em vez de ler, simplesmente calcular o hash.

Se o hash calculado for exatamente igual, o contrato não sofreu absoluta-

mente nenhuma modificação. Porém, qualquer vírgula a mais ou menos produ-

zirá um hash completamente diferente.

Outro fato interessante é que o hash é uma função somente de ida. Não é pos-

sível obter a mensagem original a partir dele. Como já disse, a razão para isso é

que se trata de uma função que não é injetora.

Sendo assim, essa interessantíssima função garante a integridade da sua men-

sagem ao receptor. Além disso, mesmo que o hash seja interceptado por um ter-

ceiro invasor, este não será capaz de ler a mensagem original.

O algoritmo SHA-256 pertence a um conjunto de funções criptográficas, deno-

minado SHA-2, projetado pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos

(NSA). A sigla SHA significa Secure Hashing Algorithm (Algoritmo de Hash Seguro).

Uma de suas aplicações mais conhecidas é o Bitcoin.

2. Proposições Lógicas
Uma proposição é uma sentença que pode ser classificada como “Falsa” ou “Ver-

dadeira”.

Eu gosto de afirmar que uma proposição é tudo aquilo que poderia cair em um

item de Certo/Errado de uma prova elaborada pela saudosa banca Cespe ou até

mesmo como um item abcde, nesse caso, de qualquer prova.

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Exemplos de proposições:

“Thiago não é professor.” = FALSO

“1 + 1 = 2” = VERDADEIRO

“Os juízes são órgãos do Poder Judiciário” =?

É interessante essa última afirmação. Como não sou professor de Direito Cons-

titucional, a princípio, não saberia classificar se é verdadeira ou falsa.

Porém, mesmo que eu não saiba classificar, sei que essa sentença pode ser clas-

sificada como verdadeira ou como falsa.

Com um certo conhecimento de Direito Constitucional, saberíamos que é ver-

dadeira. Porém, algumas proposições podem permanecer misteriosas por muito

tempo. Essa é uma situação bem comum em questões de prova.

Por outro lado, não são proposições as explicadas a seguir,

Sentenças interrogativas: quando fazemos uma pergunta, a pergunta em

si não pode ser classificada como verdadeira ou falsa. A pergunta é simplesmente

uma pergunta.

Exemplos:

“Vai chover amanhã?”

“Você fechou a porta?”

Nesse ponto, eu gostaria de lembrar o ditado “perguntar não ofende”. De fato,

quando fazemos uma pergunta, não estamos fazendo absolutamente nenhum jul-

gamento ou nenhuma afirmação sobre o que foi dito ou sobre a pessoa.

Portanto, perguntas não são proposições.

Sentenças imperativas: quando damos uma ordem ou conselho, essa frase

não pode ser classificada como verdadeira ou falsa. Uma ordem é uma ordem.

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Exemplos:

“Feche a porta.”

“Volte mais tarde.”

Sentenças exclamativas: a exclamação é utilizada para expressão emoção.

E a emoção é algo subjetivo do ser humano. Portanto, a emoção não pode ser jul-

gada como verdadeira ou falsa.

Exemplos:

“A Matemática é impressionante!”

“Que menino malcriado!”

Sentenças vagas: são utilizados adjetivos ou advérbios que não possuem um

sentido bem definido.

Exemplo:

“João é um bom aluno”.

Essa frase não é proposição, porque o adjetivo “bom” é vago. O que é um bom

aluno para mim pode não ser para outra pessoa.

Exemplos:

“A festa foi maravilhosa.”

Mais um adjetivo bastante vago. Dizer que uma festa foi maravilhosa não sig-

nifica muita coisa, pois o que é uma festa maravilhosa para uma pessoa pode não

ser para outra.

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Inclusive, as  sentenças vagas ficam como uma importante dica de redação.

Tome bastante cuidado com adjetivos vagos, pois podem fazer bastante sentido

para você, mas absolutamente nenhum sentido para o seu interlocutor. E isso cer-

tamente fará com que perca pontos na correção.

2.1. Proposições Categóricas

Uma proposição categórica é aquela que diz respeito a uma categoria, não ape-

nas a um único indivíduo.

Podem ser classificadas em particulares e universais:

• Proposições universais: quando dizem respeito a todos os elementos de

uma categoria. É geralmente caracterizada pela presença de quantificado-

res, como “todos”, “nenhum”;

• Proposições particulares: quando se referem a apenas alguns dos elemen-

tos de uma categoria. É geralmente caracterizada pela presença de quantifi-

cadores, como “algum”, “alguns”, “a maioria”, “parte”.

Além disso, as proposições também podem ser classificadas em afirmativas e

negativas:

• Proposição negativa: quando possui um qualificador de negação, por exem-

plo, “não”, “nunca”, “nada”, “nenhum”, “jamais”;

• Proposição afirmativa: caso contrário, ela será uma proposição afirmativa.

Vejamos alguns exemplos dessas proposições.

Particular Universal
“Alguns auditores são engenhei- “Todas as proparoxítonas são acentuadas.”
Afirmativa ros.” “Todos os homens são mortais.”
“Algum cachorro é preto.”

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“Algum paulista não é sério.” “Nenhum cachorro é mamífero”


Negativa “Algum auditor não é engenheiro.” “Nenhuma praia carioca é melhor que as
nordestinas.”

As proposições categóricas se relacionam de maneira bastante íntima com o

diagrama de Venn, também conhecido como diagrama lógico. Vejamos como es-

crever.

Comecemos por uma proposição particular afirmativa. Ao afirmar que “alguns

auditores são engenheiros”, estamos deixando claro que existe uma intersecção

entre o conjunto A (de auditores) e o conjunto E (de engenheiros).

Porém, não podemos fazer nenhuma afirmação sobre as outras duas regiões do

diagrama.

A região à esquerda representa os auditores que não são engenheiros. Já a re-

gião à direita representa os engenheiros que não são auditores.

Não existe nenhuma garantia de que realmente exista algum elemento em uma

das regiões. Mas também não existe nenhuma garantia de que não existe.

Pode existir algum auditor que não seja engenheiro, mas também pode ser que

não exista.

Agora, consideremos a proposição categórica universal afirmativa “Todo auditor

é engenheiro”. Nesse caso, estamos garantindo que o conjunto de auditores é sub-

conjunto do conjunto de engenheiros.

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Diagrama lógico para a proposição universal afirmativa:

Uma interpretação interessante para a afirmação “Todo auditor é engenheiro”

está representada na figura à esquerda. A região vermelha representa os auditores

que não são engenheiros.

A proposição “Todo auditor é engenheiro” implica que a região vermelha não

existe, ou seja, é uma região vazia, formada por nenhum elemento.

Por isso, o diagrama pode ser resumido na figura à direita.

Porém, ainda assim, é importante destacar que não há nenhuma garantia de

que exista algum engenheiro que não seja auditor. Bastante cuidado com essa ob-

servação.

A região marcada pela interrogação é uma incógnita, ou seja, não sabemos se

realmente existe ou se não existe. Portanto, muito cuidado com isso em questões

de prova.

Em Lógica, é comum dizer que a proposição “alguns auditores são engenheiros”

é subalterna da proposição “todos os auditores são engenheiros.”

Isso acontece porque a primeira proposição é particular, portanto, é uma afir-

mação mais fraca do que a segunda.

Para que a proposição superalterna seja verdadeira, é necessário que a subal-

terna seja verdadeira.

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Consideremos agora a proposição particular negativa “Algum auditor não é en-

genheiro”. Ao afirmar isso, podemos notar no diagrama de Venn.

Proposição categórica particular negativa:

Por fim, há a proposição universal negativa “Nenhum auditor é engenheiro”.

Ao afirmar isso, os conjuntos Auditor (A) e Engenheiro (E) são disjuntos. Inclusive,

também podemos dizer que “Nenhum engenheiro é auditor.”

Proposições universais negativas:

2.1.1. Proposições Subalternas, Contraditórias, Contrárias e Subcontrárias

Já vimos o conceito de proposições subalternas. Agora, vejamos os outros casos.

Por exemplo, vamos comparar a afirmação “Algum auditor não é engenheiro”

com outras duas. Já sabemos que é subalterna de “Nenhum auditor é engenheiro”.

É interessante nós comparamos essa afirmação com as duas anteriores.

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Proposições subcontrárias: quando há uma proposição particular negativa

e outra particular afirmativa, é possível que ambas sejam verdadeiras ao mesmo

tempo. Isso acontece quando há duas proposições particulares.

Exemplos:

“Algum auditor é engenheiro.”

“Algum auditor não é engenheiro.”

Vejamos uma representação no diagrama de Venn para essas duas afirmações

juntas. A primeira está representada em verde; a segunda, em azul.

Diz-se, portanto, que essas proposições são subcontrárias. Isso acontece por-

que falam coisas diferentes sobre o mesmo sujeito e o mesmo predicado. No en-

tanto, são compatíveis, ou seja, podem ser simultaneamente verdadeiras.

É interessante notar que, no caso de proposições subcontrárias, ambas não po-

dem ser simultaneamente falsas.

Se você tomar o auditor João, ele só tem duas possibilidades: ou é engenheiro

ou não é engenheiro. Se for engenheiro, a proposição “Alguns auditores são enge-

nheiros” é verdadeira. Se não for engenheiro, a proposição “Alguns auditores não

são engenheiros” é verdadeira.

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Proposições contraditórias: uma proposição é a negação da outra. É impor-

tante registrar que a negação de uma proposição universal é sempre uma particular.

Por outro lado, comparemos as proposições.

Exemplos:

“Todos os auditores são engenheiros.”

“Algum auditor não é engenheiro.”

Tomemos a primeira proposição. Se João é auditor e todos os auditores são en-

genheiros, então João é engenheiro. Logo, não é possível encontrar um auditor que

não seja engenheiro. Portanto, a primeira proposição nega a segunda.

Da mesma forma, se a segunda proposição for verdadeira e Pedro for auditor,

mas não engenheiro, automaticamente Pedro é uma prova de que a primeira pro-

posição está falsa.

Sendo assim, uma proposição nega a outra. Portanto, diz-se que são contra-

ditórias.

Proposições contrárias: quando duas proposições categóricas não podem ser

ambas verdadeiras, mas podem ser ambas falsas. Isso acontece entre proposições

universais.

Exemplos:

“Todos os auditores são engenheiros.”

“Nenhum auditor é engenheiro.”

Agora, suponha que João é auditor, mas não é engenheiro e que Paulo é auditor

e engenheiro.

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Dessa maneira, a  existência de João e Paulo prova que ambas as afirmações

são falsas. Como podem ser simultaneamente falsas, elas são chamadas de propo-

sições contrárias.

Vamos a um esquema.

Podemos explorar ainda mais. De modo geral, se a proposição universal e a

particular forem ambas negativas ou ambas positivas, então a particular será su-

balterna da universal.

Por outro lado, se uma for negativa e outra for positiva, serão contraditórias.

2.2. Proposições Simples e Compostas

Uma proposição é dita simples ou atômica quando não possui nenhum conectivo

lógico. Caso possua algum conectivo lógico (E, OU, SE... ENTÃO etc.), a proposição

é composta.

Vejamos alguns exemplos para fixar.

Proposições simples Proposições compostas


1 + 1 = 3. 1 + 1 = 3 ou 2 + 1 = 3.
São Paulo é mais populosa que Recife. Se São Paulo é mais populosa que Recife,
então Recife é mais quente que São Paulo.

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Thiago não é professor. Thiago é professor e 2 + 2 = 4.


Thiago e Vinícius são professores. Thiago é professor e Diana é coordenadora.
Cristiano ou Lionel será o melhor jogador do mundo. Cristiano é destro ou Lionel é canhoto.

De maneira geral, uma proposição simples propõe uma única tese, enquanto a
proposição composta propõe mais de uma tese.
Para entender as duas últimas linhas, você terá que se lembrar um pouquinho
de análise sintática.
É importante você tomar bastante cuidado com os conectivos E e OU. Como são
conjunções, podem ser usados tanto para articular orações diferentes quanto para
articular termos dentro de uma mesma oração.
Quando o conectivo está articulando termos que compartilham o mesmo pre-
dicado, ou seja, estão na mesma oração, a proposição é uma só. Trata-se de uma
proposição simples.
Por outro lado, quando o conectivo está articulando termos que não comparti-
lham o mesmo verbo, possuem predicados diferentes.

Proposições simples Proposições compostas


Thiago e Vinícius são professores. Thiago é professor e Diana é coordenadora.
Cristiano ou Lionel será o melhor jogador do Cristiano é destro ou Lionel é canhoto.
mundo.
Mesmo predicado. Predicados diferentes.

E, agora, vamos treinar com algumas questões de prova.

Questão 1    (VUNESP/PC-SP/2014) Das alternativas apresentadas, assinale a única


que contém uma proposição lógica.
a) Ser um perito criminal ou não ser? Que dúvida!
b) Uma atribuição do perito criminal é analisar documentos em locais de crime.

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c) O perito criminal também atende ocorrências com vítimas de terrorismo!


d) É verdade que o perito criminal realiza análises no âmbito da criminalística?
e) Instruções especiais para perito criminal.

Letra b.
Uma boa questão para ficarmos de olho no que é uma proposição. As sentenças “a”
e “d” são perguntas, portanto, não podem ser proposições. A sentença “c”, por sua
vez, é uma sentença exclamativa, expressando emoção, logo, também não é uma
proposição.
Já a letra “e” não faz nenhuma declaração. Essa frase é como se fosse um pequeno
título de um capítulo. Portanto, também não é proposição. Não pode ser classifica-
da como verdadeira ou falsa.

Questão 2    (VUNESP/PC-SP/2014/DESENHISTA) A proposição pode ser caracteri-


zada como sentença declarativa que admite um, e somente um, valor de verdade
(verdadeiro ou falso). Considerando essa definição, assinale a alternativa correta.
a) A sentença declarativa “Choveu no dia do jogo de basquete?” é falsa.
b) A sentença exclamativa “Parabéns pelo seu aniversário” é verdadeira.
c) A sentença declarativa “Brasil é um Estado soberano” é verdadeira.
d) A sentença exclamativa “Quero comprar um bom carro!” é falsa.
e) A sentença interrogativa “Florianópolis é a capital do Pará?” é verdadeira.

Letra c.
As sentenças interrogativas e exclamativas não podem ser consideradas proposi-
ções, portanto, não podem ser classificadas como verdadeiras ou falsas.

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Questão 3    (VUNESP/PC-SP/2014/DELEGADO) Na lógica clássica, as proposições

que compõem um raciocínio são classificadas como: (1) universais ou particulares

e (2) afirmativas ou negativas. Assim sendo, as proposições “todo ser humano é

mortal”, “algumas pessoas não usam óculos” e “alguns motoristas são descuida-

dos” são classificadas, respectivamente, como:

a) Particular afirmativa, universal negativa e universal afirmativa.

b) Particular afirmativa, universal negativa e particular afirmativa.

c) Universal afirmativa, particular afirmativa e particular negativa.

d) Particular negativa, particular afirmativa e universal afirmativa.

e) Universal afirmativa, particular negativa e particular afirmativa.

Letra e.

Analisaremos cada uma das proposições.

“Todo ser humano é mortal” é uma proposição universal afirmativa.

“Algumas pessoas não usam óculos” é particular negativa.

“Alguns motoristas são descuidados” é particular afirmativa.

3. Operadores Lógicos Fundamentais


Os operadores lógicos servem como forma de articular proposições.

Os operadores lógicos fundamentais são o NÃO, E e OU, pois, a partir desses

operadores, é possível construir os demais.

3.1. Negação

A negação é o operador lógico mais importante e é representado por  .

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É importante destacar que a negação deve ser feita com a palavra não e que

não se deve usar antônimos.

Sendo assim, a negação de “O copo está cheio” é “O copo não está cheio”, não

pode ser “O copo está vazio”.

Isso acontece porque “cheio” e “vazio” não são antônimos absolutos. Na lingua-

gem do dia a dia, podemos pensar em um copo meio cheio, meio vazio.

Porém, em Lógica, não existem afirmações metade verdadeiras ou metade fal-

sas. Ou o copo está cheio ou o copo não está cheio. Combinado?

Então, muito cuidado com antônimos em questões de prova.

É possível fazer uma negação com antônimos somente quando realmente forem

antônimos absolutos. O caso mais comum acontece com expressões matemáti-

cas que serão vistas logo adiante.

3.1.1. Tabela-Verdade

Para construir a tabela-verdade com o operador negação, você precisa ter em

mente que sempre que nega uma verdade, está contando uma mentira.

Por exemplo, “Thiago é professor” é uma sentença verdadeira. Quando você

nega essa sentença, surge “Thiago não é professor”, que é uma sentença falsa.

Sendo assim, a negação de qualquer sentença verdadeira é uma sentença falsa.

A recíproca também é verdadeira. Quando você nega uma mentira, você está

contando uma verdade.

Por exemplo, considere a sentença falsa “Thiago é paulista”, a sua negação é

“Thiago não é paulista”, o que é verdade.

A conclusão geral é que o operador negação troca o valor lógico da proposição.

O que era verdadeiro se torna falso e o que era falso se torna verdadeiro. Para re-

sumir essas informações, há a tabela-verdade.

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Tabela-verdade do operador conjunção:

p ¬p
V F
F V

3.1.2. Proposições Aritméticas

Eu não sei exatamente se existe essa classificação, mas achei por bem criá-la,

tendo em vista que pode (e já foi) cobrada em provas de concursos.

Uma proposição aritmética envolve contas, sendo que o principal é o sinal de

igualdade (“=”) ou de desigualdade (maior que “>”, menor que “<”, maior ou igual

a “>”, menor ou igual a “<” e diferente “ ”).

Exemplos:

x + 1 = 2

3 + 4 > 10

x² < 16

É importante observar que as expressões aritméticas podem ser negadas por

meio de antônimos absolutos:

• A negação de “igual” é “diferente”;

• A negação de “maior” é “menor ou igual” e a negação de “menor” é “maior ou

igual”;

• A negação de “maior ou igual” é “menor” e a negação de “menor ou igual” é

“maior”.

Proposições aritméticas e suas negações:

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Proposição (p) Negação (¬p)

a+b=2 a+b≠2
a+b≥2 a+b<2
a+b≤2 a+b>2
a+b>2 a+b≤2
a+b<2 a+b≥2

3.1.3. Negação de Proposições Categóricas

Na verdade, esse tema já foi visto quando estudamos as proposições contradi-

tórias.

A negação de uma proposição universal é sempre uma proposição particular.

A negação de uma proposição particular é sempre uma proposição universal.

A negação de uma proposição afirmativa é sempre uma proposição negativa.

E a negação de uma proposição negativa é sempre uma proposição afirmativa.

Negação de proposições categóricas:

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E, agora, vejamos alguns exemplos.

Proposição (p) Negação (¬p)
Todo cachorro é bravo. Algum cachorro não é bravo.
(universal afirmativa) (particular negativa)
Nenhum homem é imortal. Algum homem é imortal.
(universal negativa) (particular afirmativa)
Algum fiscal é formado em Direito. Nenhum fiscal é formado em Direito.
(particular afirmativa) (universal negativo)
Algum jogador não é talentoso. Todo jogador é talentoso.
(particular negativa) (universal afirmativa)

3.2. Conjunção (“E”)

O conectivo E é simbolizado por “∧”. Ele cria proposições compostas e requer


que todas as proposições simples que a compõem sejam verdadeiras.
O operador E é bastante exigente nesse aspecto. Se qualquer uma das proposi-
ções simples que o compõem for falsa, a proposição inteira será falsa.

Exemplos:
p: “João estudou Matemática”
q: “Pedro estudou Português”

A conjunção entre as duas proposições “João estudou Matemática e Pedro es-


tudou Português” somente será verdadeira se as suas duas partes forem ambas
verdadeiras.
Tabela-verdade do operador E:

João estudou Matemática. Pedro estudou Português. p∧q


(p) (q)
V V V
V F F
F V F
F F F

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Se João não estudou Matemática ou se Pedro não estudou Português, automa-

ticamente, a sentença “João estudou Matemática e Pedro não estudou Português”

fica falsa.

Com base nisso, já temos a famosa Lei de Morgan para a negação do opera-

dor E.

Em linguagem verbal, é relativamente comum utilizar o MAS ou outras conjun-

ções adversativas e concessivas (porém, contudo, todavia, embora, apesar de…)

no sentido de E. Vejamos.

Exemplo: “Paulo estudou, mas não passou.”

Ao dizer isso, a Lógica entende que Paulo estudou e não passou. O sentido da

conjunção MAS é dizer que “não passar” não era um resultado esperado para uma

pessoa que estudou. Porém, para a Lógica, essa informação de o resultado ser

inesperado é irrelevante.

Vejamos outros exemplos.

Exemplo: “Embora Lucas tenha dormido, ele não perdeu a festa.”

Nessa frase, queremos dizer que “Lucas dormiu e não perdeu a festa”.

Sendo assim, é importante associar palavras como “mas, porém, embora” com

o operador E.

3.3. Disjunção Inclusiva (“OU”)

O conectivo OU é simbolizado por “∨”. Ele cria proposições compostas e requer

que qualquer uma das proposições simples que a compõem seja verdadeira.

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O operador OU somente será falso se todas as proposições simples que o com-

põem sejam falsas.

Exemplos:

p: “João estudou Matemática”

q: “Pedro estudou Português”

A disjunção inclusiva entre as duas proposições “João estudou Matemática ou

Pedro estudou Português” será verdadeira, caso pelo menos uma de suas duas

partes forem verdadeiras.

Tabela-verdade do operador E:

João estudou Matemática. Pedro estudou Português. p∨q


(p) (q)
V V V
V F V
F V V
F F F

Para negar a proposição composta “João estudou Matemática ou Pedro não es-

tudou Português”, precisamos negar todas as proposições simples que a compõem.

Sendo assim, terá que ser afirmado que João não estudou Matemática e que

Pedro não estudou Português ao mesmo tempo.

Com base nisso, há a famosa Lei de Morgan para a negação do operador OU.

Com isso, resumirei a Lei de Morgan para a negação dos operadores E e OU.

Note que a negação do E é o OU e que a negação do OU é o E.

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3.4. Conclusões Lógicas com E e OU

Há duas conclusões básicas muito importantes que podem ser tomadas usando

esses operadores.

Dupla negação: ao negar duas vezes, você está afirmando.

Em linguagem verbal, muitas vezes falamos sem pensar muito: “Eu não fiz

nada”. Ao fazer isso, estamos negando duas vezes.

Na verdade, você está negando o “nada”. Portanto, em termos lógicos, a sen-

tença “Eu não fiz nada” é equivalente a “Eu fiz algo”.

Sendo assim, em questões de Lógica, tome cuidado com a dupla negação.

Redução do operador E: se o operador E é verdadeiro, podemos concluir que

cada uma de suas proposições simples que o contém é verdadeira.

Vejamos um exemplo.

Suponha que “João é contador e Laura é advogada” é verdadeira.

Podemos concluir necessariamente que João é contador. Também podemos con-

cluir que Laura é advogada.

Essas duas conclusões decorrem do fato de que o operador E somente será

verdadeiro se todas as proposições atômicas que o constituem forem verdadeiras.

Vamos, agora, organizar a argumentação que acabamos de fazer em premissas

e conclusões.

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Exemplo:

Premissa:

“João é contador e Laura é advogada.”

Conclusões:

“João é contador.”

“Laura é advogada.”

Operador OU: quando o operador OU é verdadeiro, pelo menos uma de suas

proposições atômicas deve ser verdadeira. Se sabemos que uma delas é falsa, po-

demos concluir que a outra é verdadeira.

Suponha que você é um(a) bom(a) aluno(a) de Matemática e que está sendo

bem preparado(a), portanto, será verdadeira a afirmação “Não cai Lógica ou eu

acerto tudo.”

Vamos, primeiramente, desmembrá-la em p: “Não cai Lógica” OU q: “Eu acerto

tudo”.

Suponha agora que caiu Lógica na sua prova, ou seja, a primeira afirmação é

falsa.

Para que o operador OU seja verdadeiro, uma das duas proposições deve ser

verdadeira. Porém, já sabemos que caiu Lógica, portanto, a única opção é que “eu

acerto tudo” será verdadeiro.

Dessa maneira, sabendo que caiu Lógica na sua prova, é uma conclusão lógica

que você acertará tudo.

É interessante organizar essa argumentação em premissas e conclusões.

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Exemplos:

Premissas:

“Não cai Lógica ou eu acerto tudo.”

“Caiu Lógica.”

Conclusão:

“Eu acertei tudo.”

“Laura não é advogada.”

Redução do operador OU falso: agora, estudaremos propriedades decor-

rentes das Leis de Morgan. Quando o operador OU é falso, podemos concluir que

todas as suas proposições atômicas são falsas.

Por exemplo, suponha que seja falsa a afirmação de que “João é contador ou

Laura é advogada”.

Nesse caso, podemos concluir necessariamente que João não é contador. E tam-

bém podemos concluir necessariamente que Laura não é advogada.

Vamos organizar essa conclusão lógica.

Exemplos:

Premissa:

“João é contador ou Laura é advogada” é falso.

Conclusões:

“João não é contador.”

“Laura não é advogada.”

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Operador E falso: quando o operador E é falso, sabemos que alguma de suas

proposições atômicas é falsa.

Por exemplo, suponha que seja falsa a afirmação de que “Thiago gosta de ca-

marão e Lucas gosta de frango” e também que você saiba que eu (Thiago), como

bom recifense, gosto muito de camarão.

Vamos separar as proposições atômicas.

Exemplos:

p: “Thiago gosta de camarão” (Verdadeira)

q: “Lucas gosta de frango” (?)

Dessa maneira, para que a operador E seja falso, a proposição q, necessaria-

mente, deve ser falsa. Portanto, Lucas não gosta de frango.

Exemplos:

Premissas:

“Thiago gosta de camarão e Lucas gosta de frango” é falso.

“Thiago gosta de camarão.”

Conclusão:

“Lucas não gosta de frango.”

3.5. Deduções e Equivalências Lógicas

Agora que já estudamos os operadores fundamentais, gostaria de diferenciar

dois conceitos importantes da Lógica.

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Equivalência lógica: é uma afirmação exatamente correspondente. Trata-se

apenas de uma forma diferente de dizer a mesma coisa.

Por exemplo, “Não é verdade que João saiu de casa e fechou a porta” é equiva-

lente logicamente a “João não saiu de casa ou não fechou a porta”.

São duas formas diferentes de dizer a mesma afirmação.

Dedução lógica: a dedução lógica é uma afirmação subalterna de uma pre-

missa. Trata-se, portanto, de uma afirmação mais fraca, porém, um caso particular

importante que se deseja destacar.

Exemplo:

Premissa:

“João é contador e Laura é advogada.”

Conclusão:

“João é contador.”

Premissas:

“Todo homem é mortal.”

“Sócrates é homem.”

Conclusão:

“Sócrates é mortal.”

As afirmações “João é contador” e “Sócrates é mortal” são subalternas, ou seja,

são casos particulares das premissas.

De fato, a afirmação “Todo homem é mortal” apresenta muito mais informação

do que “Sócrates é mortal”. A frase mais geral diz respeito não somente a um, mas

a todos os indivíduos que pertencem ao conjunto homem.

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Porém, para o ser humano, um caso particular pode ser de muito interesse e

chamar a atenção.

E, agora, vamos treinar com algumas questões de prova.

Questão 4    (QUESTÃO INÉDITA) O delegado entrevistou vários suspeitos de um

crime de tráfico de drogas, que disseram:

I – Não fui eu.

II – Eu não fiz nada não.

III – Eu não fiz isso não.

Supondo que todos estejam falando a verdade, pode-se afirmar que cometeram o

crime:

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas III

d) Nenhum dos suspeitos

e) Todos os suspeitos

Letra c.

Como sabemos, a dupla negação transforma a frase em uma afirmação.

Na frase I, o autor está negando o crime.

Na frase II, ao negar três vezes, o suspeito também está negando o crime.

Porém, na frase III, ao negar duas vezes, o sujeito está, na realidade, afirmando

que cometeu o crime.

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Questão 5    (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) A sentença “Bru-

na, acesse a Internet e verifique a data da aposentadoria do Sr. Carlos!” é uma

proposição composta que pode ser escrita na forma p ∧ q.

Errado.

Sagaz como sempre, o Cespe nos lembrar de que frases no imperativo não são

proposições.

Questão 6    (CESPE/ANVISA/2016/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A sentença “A fis-

calização federal é imprescindível para manter a qualidade tanto dos alimentos

quanto dos medicamentos que a população consome” pode ser representada sim-

bolicamente por P ∧ Q.

Errado.

De fato, o “tanto… quanto” pode ser entendido como um conectivo E. Porém, note

que “os alimentos” e “dos medicamentos” possuem a mesma função citada. Mais

especificamente, são adjuntos adnominais de “qualidade”.

Sendo assim, a proposição citada é, na verdade, uma proposição simples.

Questão 7    (FGV/DETRAN-MA/2013/ASSISTENTE DE TRÂNSITO) Considere a afir-

mativa: “nenhum gato é verde”.

A negação dessa afirmativa é:

a) “algum gato é verde”.

b) “nenhum animal verde é gato”.

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c) “todo gato é verde”.

d) “algum animal verde não é gato”.

e) “algum gato não é verde”.

Letra a.

A proposição “nenhum gato é verde” é universal negativa por causa do termo ne-

nhum.

A negação de uma proposição universal negativa é uma particular afirmativa. Sen-

do assim, a sua negação será “algum gato é verde”.

Questão 8    (VUNESP/PC-SP/2014/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Um antropólogo

estadunidense chega ao Brasil para aperfeiçoar seu conhecimento da língua por-

tuguesa. Durante sua estadia em nosso país, ele fica muito intrigado com a frase

“não vou fazer coisa nenhuma”, bastante utilizada em nossa linguagem coloquial.

A dúvida dele surge porque:

a) A conjunção presente na frase evidencia seu significado.

b) O significado da frase não leva em conta a dupla negação.

c) A implicação presente na frase altera seu significado.

d) O significado da frase não leva em conta a disjunção.

e) A negação presente na frase evidencia seu significado.

Letra b.

Em Português, utilizamos a dupla negação frequentemente como se fosse uma for-

ma de enfatizar a negação.

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No entanto, em Lógica, a dupla negação é, na verdade, uma afirmação.

Portanto, o significado da frase não leva em conta a dupla negação.

Questão 9    (VUNESP/2017/TJ-SP/ESCREVENTE) “Existe um lugar em que não há

poluição” é uma negação lógica da afirmação:

a) Em todo lugar, não há poluição.

b) Em alguns lugares, há poluição.

c) Em todo lugar, há poluição.

d) Em alguns lugares, pode não haver poluição.

e) Em alguns lugares, não há poluição.

Letra c.

A negação de uma proposição particular negativa é uma proposição universal afir-

mativa.

Portanto, a negação será “Em todo lugar, há poluição”.

Questão 10    (FGV/ISS-CUIABÁ/2015/CONDUTOR DE VEÍCULOS) O pintor disse ao

diretor:

“Eu pintei a porta e a janela”.

Como o diretor verificou que o pintor não disse a verdade, é correto concluir que o

pintor:

a) não pintou a porta nem a janela.

b) não pintou a porta ou não pintou a janela.

c) pintou a porta e não pintou a janela.

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d) pintou a porta ou não pintou a janela.

e) pintou a janela mas não pintou a porta.

Letra b.

Questão bastante direta sobre as Leis de Morgan.

p: “Eu pintei a porta”

q: “Eu pintei a janela”

¬(p ∧ q) = ¬p ∨ ¬q

¬p: “não pintou a porta”

¬q: “não pintou a janela”

¬p ∨ ¬q: “não pintou a porta ou não pintou a janela”

Questão 11    (FUNRIO/CGE-RO/2018/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO) Se

não é verdade que todo rei é vilão, então é verdade que:

a) nenhum rei é vilão.

b) ao menos um rei não é vilão.

c) algum vilão não é rei.

d) nenhum vilão é rei.

e) quem não é rei não é vilão.

Letra b.

“Todo rei é vilão” é uma proposição universal afirmativa, portanto, a sua negação é

uma proposição particular negativa. É importante ainda que tenha o mesmo sujeito

e o mesmo predicado.

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Sendo assim, a sua negação é “algum rei não é vilão”. Veja que “algum” tem o

mesmo significado lógico de “ao menos um”.

Questão 12    (ESAF/FUNAI/2016) Seja NE a abreviatura de Nordeste. A negação de

“O Piauí faz parte do NE ou o Paraná não faz parte do NE” é:

a) o Piauí não faz parte do NE.

b) o Paraná faz parte do NE.

c) o Piauí não faz parte do NE ou o Paraná faz parte do NE.

d) o Piauí não faz parte do NE e o Paraná faz parte do NE.

e) o Piauí e o Paraná fazem parte do NE.

Letra d.

Uma questão de aplicação direta das Leis de Morgan para a negação. Tomemos a

frase:

p: “O Piauí faz parte do NE.”

­­¬q: “O Paraná não faz parte do NE.”

Agora, aplicaremos a Lei de Morgan para a negação do operador disjunção.

¬p: “O Piauí não faz parte do NE.”

q: “O Paraná faz parte do NE.”

¬p E q: “O Piauí não faz parte do NE e o Paraná faz parte do NE.”

Questão 13    (ESAF/MPOG/2009/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GES-

TÃO GOVERNAMENTAL) A negação de “À noite, todos os gatos são pardos” é:

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a) De dia, todos os gatos são pardos.

b) De dia, nenhum gato é pardo.

c) De dia, existe pelo menos um gato que não é pardo.

d) À noite, existe pelo menos um gato que não é pardo.

e) À noite, nenhum gato é pardo.

Letra d.

Questão bastante interessante. Já sabemos que a negação de uma proposição uni-

versal afirmativa é uma particular negativa.

Uma dúvida recorrente é saber se também se deve negar o qualificador temporal

“à noite”.

E a resposta é não. A afirmação principal do enunciado é uma afirmação que diz

respeito à noite. Portanto, a sua negação também deve corresponder ao período

noturno do dia.

Nada foi falado sobre o que acontece com os gatos fora do período noturno. Portan-

to, não é possível afirmar nada sobre a coloração deles durante o dia.

Questão 14    (ESAF/RECEITA FEDERAL/2009/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A nega-

ção de “Ana ou Pedro vão ao cinema e Maria fica em casa” é:

a) Ana e Pedro não vão ao cinema ou Maria fica em casa.

b) Ana e Pedro não vão ao cinema ou Maria não fica em casa.

c) Ana ou Pedro vão ao cinema ou Maria não fica em casa.

d) Ana ou Pedro não vão ao cinema e Maria não fica em casa.

e) Ana e Pedro não vão ao cinema e Maria fica em casa.

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Letra b.

É interessante registrar que há duas proposições atômicas nessa sentença.

p: “Ana ou Pedro vão ao cinema.”

­q: “Maria fica em casa.”

Aplicando as Leis de Morgan, a negação do operador E é:

¬p: “Ana e Pedro não vão ao cinema.”

¬q: “Maria não fica em casa.”

¬p OU ¬
­ q: “Ana e Pedro vão ao cinema ou Maria não fica em casa.”

Questão 15    (FGV/ISS-CUIABÁ/2015/CONTADOR) São verdadeiras as seguintes

afirmações de Tiago:

– Trabalho ou estudo.

– Vou ao escritório ou não trabalho.

– Vou ao curso ou não estudo.

Certo dia, Tiago não foi ao curso.

É correto concluir que, nesse dia, Tiago:

a) estudou e trabalhou.

b) não estudou e não trabalhou.

c) trabalhou e não foi ao escritório.

d) foi ao escritório e trabalhou.

e) não estudou e não foi ao escritório.

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Letra d.

Essa questão explora bem a propriedade do operador OU.

A ∨ B, ¬B ∴ A

p ∨ (¬q): Vou ao curso ou não estudo.

¬p: Não vou ao curso.

Portanto, pode-se concluir que:

∴¬q: Não estudo.

De posse dessa conclusão, podemos observar a primeira afirmação.

r ∨ q: Trabalho ou estudo.

¬q: Não estudo.

Portanto, pode-se concluir que:

∴ r: Trabalho.

Por fim, vamos à segunda afirmação de Tiago.

s ∨ (¬r): Vou ao escritório ou não trabalho.

r: Trabalho.

Portanto, pode-se concluir que:

∴ r: Vou ao escritório.

Portanto, Tiago foi ao escritório e trabalhou, mas não estudou.

Questão 16    (ESAF/AFRFB/2012) Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso.

Vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicleta. Ora, não vou morar em

Pasárgada. Assim,

a) não viajo e caso.

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b) viajo e caso.

c) não vou morar em Pasárgada e não viajo.

d) compro uma bicicleta e não viajo.

e) compro uma bicicleta e viajo.

Letra b.

As premissas do enunciado são

I – Caso ou compro uma bicicleta.

II – Viajo ou não caso.

III – Vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicleta.

IV – Não vou morar em Pasárgada

Para que o operador OU seja verdadeiro, pelo menos uma de suas proposições atô-

micas deve ser verdadeira. Portanto, de (III) e (IV), é verdade “Não compro uma

bicicleta” (V).

Aplicando (V) em (I), podemos concluir que “caso” (VI).

Aplicando (VI) em (II), podemos concluir que “viajo”. Sendo assim, “viajo e caso”.

Questão 17    (VUNESP/AFTM/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/2014) Considere falsas as

proposições a seguir:

I – João não foi à festa ou Cláudio foi trabalhar.

II – Lucas caiu da escada e João não foi à festa.

III – Daniel saiu de casa ou Rafael não foi ao baile.

IV – Lucas caiu da escada e Daniel saiu de casa.

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A partir dessas proposições, existe uma única possibilidade de ser verdadeira a

afirmação:

a) Lucas caiu da escada.

b) João não foi à festa.

c) Daniel saiu de casa.

d) Cláudio foi trabalhar.

e) Rafael não foi ao baile.

Letra a.

Como todas as expressões fornecidas são falsas, podemos nos lembrar de uma de-

dução lógica muito importante a respeito do operador OU falso.

O operador OU somente é falso quando todas as proposições atômicas que o com-

põem são falsas. Sendo assim, podemos concluir que:

I – João foi à festa (“b” está errada) e Cláudio não foi trabalhar (“d” está errada).

III – Daniel não saiu de casa (“c” está errada) e Rafael foi ao baile (“e” está errada).

Como ainda não há respostas, podemos nos lembrar das propriedades a respeito

do operador E falso.

¬(p ∧ q), p => ¬q

Considere a proposição II:

II – “Lucas caiu da escada e João não foi à festa” é FALSO.

João foi à festa.

A segunda afirmação já torna a proposição II falsa. Portanto, não se pode concluir

nada a respeito do fato de Lucas ter caído da escada. Essa proposição pode ser

verdadeira ou falsa.

IV – “Lucas caiu da escada e Daniel saiu de casa” é FALSO.

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Daniel não saiu de casa.

A segunda afirmação já torna a proposição IV falsa. Portanto, não se pode concluir

nada a respeito do fato de Lucas ter caído da escada. Essa proposição pode ser

verdadeira ou falsa.

Porém, note que o enunciado pediu “existe uma única de possibilidade de ser ver-

dadeira”, ou seja, não pediu que você provasse contundentemente que Lucas caiu

da escada.

Apenas pediu para mostrar que não existe nenhuma contradição nisso. Portanto,

existe a chance de essa afirmação ser verdadeira.

Porém, no caso de todas as outras, já vimos que nenhuma delas pode ser verda-

deira.

Questão 18    (FGV/SUDENE/2013/ECONOMISTA) Supondo que a afirmativa “Todos

os estados do Nordeste sofrem com a seca ou com o excesso de chuvas” seja falsa,

analise as afirmativas a seguir.

I – “Nenhum estado do Nordeste sofre com a seca ou com o excesso de chuvas”.

II – “Algum estado do Nordeste não sofre com a seca”.

III – “Algum estado do Nordeste sofre com o excesso de chuvas”.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I for obrigatoriamente verdadeira.

b) se somente a afirmativa II for obrigatoriamente verdadeira.

c) se somente a afirmativa III for obrigatoriamente verdadeira.

d) se somente as afirmativas I e III forem obrigatoriamente verdadeiras.

e) se somente as afirmativas II e III forem obrigatoriamente verdadeiras.

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Letra b.

Uma questão muito interessante sobre proposições categóricas. Chamemos de fra-

se 0 a sentença oferecida pelo enunciado.

A frase I é uma proposição contrária à frase 0. Portanto, as duas frases (0 e I)

podem ser simultaneamente falsas, mas não podem ser simultaneamente verda-

deiras.

Dessa maneira, a frase I não é obrigatoriamente verdadeira. Pode até ser verdadei-

ra, já que a frase 0 é falsa, mas não necessariamente.

Agora, tomemos a negação da frase 0. A negação da frase 0 necessariamente é

verdadeira.
Devemos usar as Leis de Morgan para transformar o OU em E. Além disso, como
a frase é universal afirmativa (todos), a sua negação deve ser particular (algum)
negativa.
“Algum estado do Nordeste não sofre com a seca e não sofre com o excesso de
chuvas” é VERDADE.
Por causa do operador E, podemos chegar a duas conclusões:
A: “Algum estado do Nordeste não sofre com a seca”, logo a proposição II é neces-
sariamente verdade).
B: “Algum estado do Nordeste não sofre com o excesso de chuvas” que é uma
proposição subcontrária de III. Sendo assim, B e III podem ser simultaneamente
verdadeiras, mas não podem ser simultaneamente falsas.
Desse modo, é possível que algum estado do Nordeste sofra com o excesso de chu-
vas, porém, isso não é necessariamente verdade.

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Sendo assim, I e III podem ser verdadeiras, mas também podem ser falsas. Ape-
nas II é obrigatoriamente verdadeira.

4. Condicional (SE… ENTÃO)


O operador condicional é um dos operadores mais importantes em lógica de
argumentação.
De maneira geral, a articulação da frase com esse operador é “Se cair Matemá-
tica na prova, então eu vou acertar tudo”.

Exemplo:
p: Cair Matemática na prova
q: Eu vou acertar tudo

p → q: Se cair Matemática na prova, então eu vou acertar tudo

A ideia por trás do operador condicional é que a proposição antecedente (a pri-

meira) estabelece uma condição para a ocorrência da segunda.

Existem duas possibilidades: cair Matemática ou não cair Matemática. Se cair

Matemática, necessariamente tenho que acertar tudo. Por outro lado, se não cair

Matemática, não importa o que aconteça.

Em Lógica, “não importa o que acontece”, significa que é verdadeiro em qual-

quer caso.

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Sendo assim, se não cair Matemática na prova, ou seja, se a proposição ante-

cedente for falsa, o condicional será sempre verdadeiro.

Por outro lado, se cair Matemática na prova, então, necessariamente você tem

que acertar tudo. Caso contrário, o condicional será falso.

Com base nisso, há a tabela-verdade.

Cai Matemática. Eu vou acertar tudo. Se cair Matemática na prova, eu vou acertar tudo.


(p) (q) (p → q)
V V V
V F F
F V V
F F V

De posse da tabela-verdade, já podemos notar que o operador CONDICIONAL

somente é falso quando a primeira proposição é verdadeira e a segunda é falsa.

Sendo assim, já sabemos a negação do operador condicional.

Essa é a famosa regra da traição. A negação do condicional é fica com a primeira

e nega a segunda.

4.1. Deduções Lógicas

Há duas deduções importantíssimas para o operador condicional.

Modus ponens (vai afirmando): em latim, significa “a maneira que afirma

afirmando”. No modus ponens, a afirmação da primeira proposição (antecedente)

implica afirmação da segunda (consequente).

Memorize o modus ponens como vai afirmando. Vejamos um exemplo dessa

argumentação.

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Exemplo:

Premissas:

“Se Sócrates é homem, então é mortal.”

“Sócrates é homem.”

Conclusão:

“Sócrates é mortal.”

Modus tollens (volta negando): o argumento tem duas premissas. A primei-

ra premissa é a condição se-então, nomeadamente p implica q. A segunda premis-

sa é que q (proposição consequente) é falsa. Dessa maneira, podemos concluir que

p deve ser falsa.

A explicação do modus tollens é que, se p fosse verdadeira, poderíamos aplicar

o modus ponens para concluir que q seria verdadeira. Mas isso é um absurdo, pois

q é falsa por hipótese.

Exemplos:

Premissas:

“Se Zeus é homem, então é mortal.”

“Zeus não é mortal.”

Conclusão:

“Zeus não é homem.”

Premissas:

“Se há fogo, então também há oxigênio.”

“Não há oxigênio aqui.”

Conclusão:

“Aqui, não há fogo.”

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Memorize o modus tollens como volta negando.

É importante não se confundir com relação às possibilidades conferidas pelo

operador condicional. Podemos apenas ir afirmando ou voltar negando.

Não podemos fazer nenhuma dedução do tipo vai negando nem voltar afirmando.

Por exemplo, “se chover, eu usarei guarda-chuva” e se soubermos que “eu usei

guarda-chuva”, não podemos dizer nada a respeito se choveu ou não.

Exemplo:

Premissas:

“Se chover, eu usarei guarda-chuva.”

“Eu usei guarda-chuva.”

Conclusão:

Não é possível concluir nada porque não se pode voltar afirmando.

Se não choveu, não podemos fazer nenhuma afirmação sobre se usaremos ou

não guarda-chuva. Portanto, é possível que não tenha chovido, mas que, mesmo

assim, tenhamos usado guarda-chuva.

Analogamente, “se há fogo, então também há oxigênio” e se, por acaso, não

vimos fogo no local, não podemos concluir nada sobre o oxigênio, porque não po-

demos ir negando.

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Exemplo:

Premissas:

“Se há fogo, então também há oxigênio.”

“Não há fogo.”

Conclusão:

“Não é possível concluir nada porque não se pode ir negando.”

Portanto, memorize que o operador condicional só aceita duas deduções lógi-

cas: vai afirmando ou volta negando.

4.2. Equivalências Lógicas

O operador condicional tem duas equivalências que são extremamente impor-

tantes e que caem bastante em prova.

4.2.1. Relação com o Operador OU

Como mostrei, se a proposição antecedente for falsa, o operador condicional

sempre será verdadeiro. Porém, olhando a tabela-verdade, descobrimos que, sem-

pre que a proposição consequente (q) for verdadeira (1ª e 3ª linhas), você verá

que o condicional também será verdadeiro. Por isso, há a primeira correspondência.

De fato, podemos entender que “se cair Matemática, eu vou acertar tudo”, há,

de fato, duas possibilidades: “Não cai Matemática” ou “Eu vou acertar tudo”.

Por isso, uma equivalência lógica importante para o condicional é conhecida

como “nega a primeira ou afirma a segunda”.

É bem verdade que o que é mais importante e que cai mais em prova é uma

versão ligeiramente diferente.

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Vejamos o que podemos deduzir sobre a expressão . Primeiramente,

usaremos a relação de negar a primeira ou afirmar a segunda.

Agora, podemos aplicar que a dupla negação implica afirmar.

Podemos fazer o mesmo para a expressão  .

Sendo assim, podemos reunir as duas conclusões:

Essa última correspondência pode ser entendida de maneira intuitiva. Por exem-

plo, consideremos verdadeira a expressão: “O mar é azul ou o céu tem estrelas”.

Ora, se soubermos que o mar não é azul (­¬p), a única forma de essa proposi-

ção ser verdadeira, é que o céu tenha estrelas. Sendo assim, “Se o mar não é azul,

então o céu tem estrelas”, ou seja, (­¬p) → q.

Da mesma forma, se soubermos que o céu não tem estrelas (­¬q), a única forma

de a proposição “O mar é azul ou o céu tem estrelas” ser verdadeira é se o mar for

azul. Sendo assim, “Se o céu não tem estrelas, o mar é azul”, há o inverso (­¬q) → p.

4.2.2. Inversão

Uma relação extremamente importante é que podemos inverter o condicional,

mas, para isso, precisamos negar a expressão.

Essa propriedade pode ser demonstrada da seguinte maneira.

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Dessa maneira, concluímos que:

É preciso tomar bastante cuidado com essa propriedade, porque é bastante

confundida tanto na vida prática quanto nas questões de prova.

Tomemos a afirmação “Se cair Matemática na prova, então eu vou acertar tudo”,

podemos concluir que “Se eu não acertei tudo, não caiu Matemática na prova”.

É preciso tomar bastante cuidado, pois as provas adoram brincar com algumas

falácias.

Exemplo: “Se chover, eu vou usar guarda-chuva” é a mesma coisa de “Se eu não

usei guarda-chuva, não choveu”.

Porém, é bastante comum que as questões de prova apresentem: “Se não cho-

ver, eu não usarei guarda-chuva”. Olha só, uma frase que faz bastante sentido pela

sua vivência de mundo, mas que não pode ser inferida a partir da frase original.

A frase “Se chover, eu vou usar guarda-chuva” se resume da seguinte forma.

Sendo assim, não podemos afirmar nada sobre o que acontecerá caso não cho-

va. Muito cuidado com isso!

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4.2.3. Propriedade Transitiva

A propriedade transitiva se relaciona com o encadeamento de dois condicionais:

Como exemplo dessa propriedade, há as seguintes proposições:

• p ­­→ q: Se cair Matemática na prova, então eu vou acertar tudo;

• q ­­→ r: Se eu acertar tudo, então eu vou passar.

Dessa maneira, podemos concluir que: p ­­→ r: Se cair Matemática na prova,

então eu vou passar.

4.3. Necessidade e Suficiência

Essas duas palavrinhas são bastante importantes na Matemática e deduções

lógicas. Considere dois eventos A e B.

A é uma condição suficiente para B quando o fato de A ter acontecido implica

necessariamente a ocorrência de B. Pode-se escrever que A → B.

Por exemplo, “Se chover, eu vou usar guarda-chuva”. Podemos dizer que “cho-

ver” é uma condição suficiente para que eu use guarda-chuva.

Por outro lado, A é uma condição necessária para B quando o fato de A não ter

acontecido implica necessariamente a não ocorrência de B. Pode-se escrever que

¬A → ¬B.

Por exemplo, “Se eu não tiver dinheiro, eu não vou ao show”, podemos dizer que

ter dinheiro é uma condição necessária para que eu vá ao show.

Uma relação interessante que é bastante cobrada em provas reside na inversão

do condicional:

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Dessa maneira, “Se eu não tiver dinheiro, eu não vou ao show” é equivalente

logicamente a “Eu vou ao show se eu tiver dinheiro”. Portanto, podemos dizer tam-

bém que “vou ao show” é uma condição suficiente para que eu tenha dinheiro.

Pode parecer uma conclusão bastante estranha.

Como assim, o fato de eu ir ao show é uma condição suficiente para que eu

tenha dinheiro, professor? Se fosse assim, seria muito bom.

Mas, caro(a) aluno(a), o que acontece é que “Se eu não tiver dinheiro, eu não

vou ao show” não é uma frase que pode ser dita por qualquer pessoa. Sabemos

que muita gente ama uma determinada banda mais do que suas próprias condições

financeiras permitem.

Porém, suponha que João é bastante controlado financeiramente e que real-

mente entenda que ter dinheiro é mesmo uma condição necessária para ir ao show.

Nesse caso, se você viu João no show, você já pode concluir que ele tinha di-

nheiro para pagar pelos ingressos. Portanto, o fato de João estar presente no show

é uma prova suficiente de que ele tinha dinheiro.

Portanto, analisaremos mais proximamente uma proposição com o operador

condicional. Observaremos que realmente a questão de necessidade e suficiência

casa perfeitamente com a inversão do operador condicional.

p → q: Se chover, eu vou usar guarda-chuva.


p q
Chover. Eu vou usar guarda-chuva.
Suficiente para usar guarda-chuva. Necessário para chover.

¬q → ¬p: Se eu não vou usar guarda-chuva, não vai chover.


¬q ¬p

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Eu vou usar guarda-chuva. Chover.


Necessário para chover. Suficiente para usar guarda-chuva.

Também podemos observar a questão de necessidade e suficiência do ponto de

vista das negações de cada uma das proposições atômicas. Nesse caso, a relação

de necessidade e suficiência se inverterá.

Se “chover” é uma condição suficiente para “usar guarda-chuva”, então podemos

dizer que “não usar guarda-chuva” é uma condição suficiente para “não chover”.

¬q → ¬p: Se eu não vou usar guarda-chuva, não vai chover.


¬q ¬p
Eu não vou usar guarda-chuva. Não chover.
Suficiente para não chover. Necessário para não usar guarda-chuva.

p → q: Se chover, eu vou usar guarda-chuva.


p q
Não chover. Não usar guarda-chuva.
Necessário para não usar guarda-chuva. Suficiente para não chover.

4.4. Relação com os Quantificadores Universais

Os quantificadores universais, como “todos, nenhum”, guardam intrínseca rela-

ção com o operador condicional.

O quantificador todos se relaciona a uma condição suficiente e o quantificador

nenhum se relaciona a uma condição suficiente para a negação.

Podemos fazer a seguinte conversão lógica de maneira prática:

• Todo A é B: ;
• Nenhum A é B: .

Vamos entender ambas as situações com alguns exemplos.

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Considere a sentença “Todos os juízes são formados em Direito”, “ser formado

em Direito” é uma condição necessária para ser um juiz.

Vejamos, se Paulo é formado em Direito, não há nenhuma garantia de que seja um

juiz. Por isso, “ser formado em Direito” não é uma condição suficiente para ser um juiz.

Por outro lado, se Bruno é juiz, então é garantido que ele é formado em Direito. Por-

tanto, o fato de “Bruno é juiz” é uma condição suficiente para ser formado em Direito.

Como já vimos que a relação de necessidade e suficiência é invertida, “ser for-

mado em Direito” é uma condição necessária para ser um juiz.

Podemos, portanto, escrever que: “Todo juiz é formado em Direito”.

p: “É juiz.”

q: “É formado em Direito.”

¬q → ¬p: “Se alguém não é formado em Direito, então ele não é juiz.”

p → q: “Se alguém é juiz, então ele é formado em Direito.”

Agora, analisaremos outra afirmação: “Nenhum homem é uma ilha”.

Nesse caso, sabemos que, se João é homem, então, necessariamente, João não

pode ser uma ilha. Sendo assim, “ser homem” é uma condição suficiente para

“não ser uma ilha”. Dessa forma, podemos escrever: “Nenhum homem é uma ilha”.

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p: “É homem.”

q: “É uma ilha.”

p → ¬q: “Se alguém é homem, então ele não é uma ilha.”

q → ¬p: “Se alguém é uma ilha, então ele não é homem.”

Bom, espero que eu tenha ajudado a relacionar melhor várias partes da matéria

neste PDF. As proposições lógicas guardam muita relação com os diagramas lógicos.

Questão 19    (VUNESP/TJ-SP/2017/ESCREVENTE) Considerando falsa a afirmação “Se

Ana é gerente, então Carlos é diretor”, a afirmação necessariamente verdadeira é:

a) Ana é gerente.

b) Carlos é diretor.

c) Ana não é gerente, e Carlos não é diretor.

d) Ana não é gerente, ou Carlos é diretor.

e) Ana é gerente, e Carlos é diretor.

Letra a.

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Tomemos a proposição composta.

p: Ana é gerente.

q: Carlos é diretor.

Como essa afirmação é falsa, tomemos a sua negação.

Há, portanto, duas conclusões:

p: Ana é gerente (valida a e invalida c, d).

­­¬q: Carlos não é diretor (invalida b, d, e).

Questão 20    (FGV/DETRAN-MA/2013/ASSISTENTE DE TRÂNSITO) Considere a

afirmativa: “nenhum gato é verde”.

A negação dessa afirmativa é:

a) “algum gato é verde”.

b) “nenhum animal verde é gato”.

c) “todo gato é verde”.

d) “algum animal verde não é gato”.

e) “algum gato não é verde”.

Letra a.

A proposição “nenhum gato é verde” é universal negativa por causa do termo ne-

nhum.

A negação de uma proposição universal negativa é uma particular afirmativa. Sen-

do assim, a sua negação será “algum gato é verde”.

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Questão 21    (FGV/TRT-SC/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Considere como verdadeiras as afirmativas:

Se Jorge é francês, então Denise é espanhola.

Denise não é espanhola ou Beatriz é brasileira.

Sabe-se que Beatriz não é brasileira.

Logo, é correto afirmar que:

a) Denise é espanhola e Jorge é francês;

b) Denise é espanhola ou Jorge é francês;

c) se Beatriz não é brasileira, então Denise é espanhola;

d) se Denise não é espanhola, então Jorge é francês;

e) se Jorge não é francês, então Denise não é espanhola.

Letra e.

Organizaremos as premissas.

¬p ∨ q: “Denise não é espanhola ou Beatriz é brasileira.”

¬q: “Beatriz não é brasileira.”

Para que o operador OU seja verdadeiro, precisamos que uma das proposições seja

verdadeira. Como a segunda já é falsa, a primeira deve ser verdadeira.

¬p: “Denise não é espanhola.”

De posse dessa informação, olhemos para a outra sentença.

r → p: “Se Jorge é francês, então Denise é espanhola.”

¬p: “Denise não é espanhola.”

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No caso do operador condicional, sabemos que podemos ir afirmando ou voltar

negando. Como a segunda proposição for falsa, podemos aplicar o modus tollens e

voltar negando. Dessa forma:

¬r: “Jorge não é francês.”

De posse dos conhecimentos que adquirimos, analisemos as informações de cada

uma das alternativas.

�a) F e F = F

�b) F ou F = F

�c) V → F = F

�d) V → F = F

e) F → V = V

Questão 22    (FGV/IBGE/2017/ANALISTA CENSITÁRIO/ANÁLISE DE SISTEMAS)

Considere verdadeira a afirmação:

Todo computador bom é caro e todo computador grande é bom.

É correto concluir que:

a) se um computador é caro, então é bom;

b) se um computador é bom, então é grande;

c) se um computador não é bom, então não é caro;

d) se um computador é caro, então é grande;

e) se um computador é grande, então é caro.

Letra e.

Devemos entender a correspondência entre o quantificador “todo” e o condicional.

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“Todo computador bom é caro” é equivalente a “Se um computador é bom, então

ele é caro”.

Se um computador é grande, então é caro.

(CESPE/TRF-1ª REGIÃO/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, chora

menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o próximo item.

Questão 23    Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é equivalente a

“Se pode mais, o indivíduo chora menos”.

Certo.

Uma questão que nos força a pensar sobre o significado da proposição P.

“Quem pode mais chora menos”. Ora, se João pode mais, então ele chora menos.

Sendo assim, “poder mais” é uma condição suficiente para “chora menos”.

Dessa maneira, a proposição é do tipo  .

Em outras palavras, “Se pode mais, então chora menos”.

Questão 24    A negação da proposição P pode ser expressa por “Quem não pode

mais, não chora menos”.

Errado.

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A negação dessa proposição é p ∨ (¬q), portanto, pode ser escrita como “Pode mais

e não chora menos”.

Questão 25    Se a proposição P for verdadeira, então o conjunto formado por indiví-

duos que podem mais está contido no conjunto dos indivíduos que choram menos.

Certo.

Uma condição suficiente implica que está contida. Todas as pessoas que podem

mais choram menos. Portanto, “pode mais” está contido no conjunto “chora menos”.

Questão 26    (CESPE/ANVISA/2016/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A sentença “Al-

berto é advogado, pois Bruno não é arquiteto” é logicamente equivalente à senten-

ça “Bruno é arquiteto, pois Alberto não é advogado”.

Certo.

Questão bastante inteligente por parte do Cespe. Vamos entender a sentença inicial.

p: “Alberto é advogado.”

¬q: “Bruno não é arquiteto.”

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O conectivo POIS indica que a proposição ¬q é uma explicação para a proposição

p. Sendo assim, a proposição ¬q é uma condição suficiente para a proposição p.

Dessa forma, a proposição original do enunciado era ¬q → p, cuja equivalente ló-

gica clássica é:

¬p → q Bruno é arquiteto, pois Alberto não é advogado.

Questão 27    (CESPE/INSS/2016/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) Supondo-se que

p seja a proposição simples “João é fumante”, que q seja a proposição simples

“João não é saudável” e que p → q, então o valor lógico da proposição “João não é

fumante, logo ele é saudável” será verdadeiro.

Errado.

Uma boa questão sobre o operador condicional. Temos a premissa inicial.


p → q: se João é fumante, então ele não é saudável.
A equivalência lógica do operador condicional pede a propriedade de inversão.
p→q=¬q→¬p
Sendo assim, realmente podemos colocar negativas, mas precisamos inverter as

frases. O que se poderia concluir, portanto, seria:


¬ q → ¬ p: se João é saudável, então ele não é fumante.

Questão 28    (VUNESP/TCE-SP/2015/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO) Uma equivalen-


te para a afirmação “Se Carlos foi aprovado no concurso, então ele estudou” está
contida na alternativa:

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a) Carlos não foi aprovado no concurso e não estudou.


b) Se Carlos não estudou, então ele não foi aprovado no concurso.
c) Carlos foi aprovado no concurso e não estudou.
d) Se Carlos não foi aprovado no concurso, então ele não estudou.
e) Carlos estudou e não foi aprovado no concurso.

Letra b.
É relativamente comum que as propriedades do operador condicional sejam cobra-
das, portanto, precisamos estar bem atentos a elas.
p: Carlos foi aprovado no concurso.
q: Carlos estudou.

¬q: Carlos não estudou.


¬p: Carlos não foi aprovado no concurso.
¬q → ¬p: Se Carlos não estudou, então ele não foi aprovado no concurso.

Questão 29    (VUNESP/TCE-SP/2017/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO/ADMINISTRA-

ÇÃO) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação equivalente à afirmação

“Se comprei e paguei, então levei”.

a) Se não comprei e paguei, então não levei.

b) Se levei, então comprei e paguei.

c) Se comprei ou paguei, então não levei.

d) Se comprei e não paguei, então não levei.

e) Se não levei, então não paguei ou não comprei.

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Letra e.

Devemos conhecer uma das equivalentes lógicas mais clássicas para o operador

condicional.

A frase A é uma proposição composta

A frase pode ser traduzida como:

¬A: Não Levei

→ Se..., então

¬p: Não paguei

∨: ou

¬q: Não comprei

Se não levei, então não paguei ou não comprei.

(CESPE/TRF-1ª REGIÃO/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação de

uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5 contra, um dos 11 pre-

sentes fez a seguinte afirmação: “Basta um de nós mudar de ideia e a decisão será

totalmente modificada.”

Considerando a situação apresentada e a proposição correspondente à afirmação

feita, julgue o próximo item.

Questão 30    A negação da proposição pode ser corretamente expressa por “Basta

um de nós não mudar de ideia ou a decisão não será totalmente modificada”.

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Errado.

Primeiramente, vamos separar as proposições atômicas que constituem a afirma-

ção do enunciado.

p: Um de nós muda de ideia.

q: A decisão será totalmente modificada.

O trecho “basta” indica que p é uma condição suficiente para q. Dessa maneira,

a frase original do enunciado é do tipo p → q.

A negação dessa sentença será, portanto:

p: “Um de nós muda de ideia.”

¬q: “A decisão não será totalmente modificada.”

Sendo assim, a negação da frase proposta no enunciado é:

p ˄¬q: “Um de nós mudou de ideia e a decisão não foi totalmente modificada.”

Questão 31    A proposição é equivalente, sob o ponto de vista da lógica sentencial,

à proposição “Desde que um membro mude de ideia, a decisão será totalmente

modificada”.

Errado.

O “Desde que” muda bastante o sentido da frase do enunciado. “Desde que” indica

uma condição necessária, não mais suficiente. Sendo assim, com o “desde que”,

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a frase do enunciado fica alterada para (¬p) → (¬q). Perceba que isso é bastante

diferente da frase original do enunciado.

Questão 32    A tabela-verdade da referida proposição, construída a partir dos valo-

res lógicos das proposições simples que a compõem, tem mais de 8 linhas.

Errado.

Como a proposição do enunciado é formada por duas proposições atômicas, a sua

tabela-verdade terá 2² = 4 linhas, o que é menor que 8.

Questão 33    (FCC/SEGEP-MA/2018/AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA)

Uma afirmação que seja logicamente equivalente à afirmação ‘Se Luciana e Rafael

se prepararam muito para o concurso, então eles não precisam ficar nervosos’, é

a) Se Luciana se preparou para o concurso e Rafael não se preparou, então eles

precisam ficar nervosos.

b) Se Luciana e Rafael precisam ficar nervosos, então eles não se prepararam mui-

to para o concurso.

c) Se Luciana e Rafael não precisam ficar nervosos, então eles se prepararam mui-

to para o concurso.

d) Se Luciana não se preparou muito e Rafael se preparou muito para o concurso,

então Luciana precisa ficar nervosa e Rafael não precisa ficar nervoso.

e) Luciana e Rafael se prepararam muito para o concurso e mesmo assim ficaram

nervosos.

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Letra b.

Essa é uma questão na qual temos que prestar bastante atenção ao que foi pedido.

O enunciado pediu uma equivalência lógica. Testaremos a clássica equivalência do

condicional.

Sejam as proposições:

p: Luciana e Rafael se prepararam muito para o concurso.

¬q: Eles não precisam ficar nervosos.

Usando a clássica equivalência do condicional:

q: Eles precisam ficar nervosos.

¬p: Luciana e Rafael não se preparara muito para o concurso.

q → ¬p: Se Luciana e Rafael precisam ficar nervosos, então eles não se prepara-

ram muito para o concurso.

Questão 34    (ESAF/AFRFB/2012) Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista. Se

Ana é violinista, então Beatriz é pianista. Se Ana é pianista, Denise é violinista. Se

Ana é violinista, então Denise é pianista. Se Beatriz é violinista, então Denise é

pianista. Sabendo-se que nenhuma delas toca mais de um instrumento, então Ana,

Beatriz e Denise tocam, respectivamente:

a) Piano, piano, piano.

b) Piano, piano, violino.

c) Violino, piano, piano.

d) Violino, piano, violino.

e) Violino, violino, piano.

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Letra c.

Essa questão muito interessante foi cobrada na prova de 2012 da Receita Federal.

Fugiu um pouco do tradicional das questões de Raciocínio Lógico.

Para resolver essa questão, vamos recorrer à técnica da redução ao absurdo. No

enunciado, há cinco afirmações.

I – Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista.

II – Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista.

III – Se Ana é pianista, Denise é violinista.

IV – Se Ana é violinista, então Denise é pianista.

V – Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista.

Suponha que Ana é pianista. Nesse caso, de (I), Beatriz é violinista e, de (III), De-

nise é violinista.

Porém, usando a afirmação (V), Denise é pianista. Logo, Denise seria pianista e

violinista ao mesmo tempo, o que é um absurdo, pois é proibido pelas regras do

enunciado.

Sendo assim, supor que Ana é pianista nos leva a um absurdo. Logo, Ana não é

pianista, ou seja, Ana é violinista.

Dessa maneira, de (II), Beatriz é pianista e, de (IV), Denise é pianista.

Esses conhecimentos não chocam com (V), portanto, não há nenhum absurdo.

Questão 35    (FCC/TRT-19ª/2014) Considere a seguinte afirmação:

“Se José estuda com persistência, então ele faz uma boa prova e fica satisfeito.”

Uma afirmação que é a negação da afirmação acima é:

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a) José estuda com persistência e ele não faz uma boa prova e ele não fica satisfeito.

b) José não estuda com persistência e ele não faz uma boa prova ou fica satisfeito.

José estuda com persistência ou ele faz uma boa prova ou ele não fica c) satisfeito.

d) José estuda com persistência e ele não faz uma boa prova ou ele não fica satisfeito.

e) Se José fica satisfeito então ele fez uma boa prova e estudou com persistência.

Letra d.

O interessante dessa questão é que há uma proposição composta por três propo-

sições atômicas.

A negação do condicional é dada pelo operador E:

A: “José estuda com persistência.”

­­¬q: “Ele não faz uma boa prova.”

OU ¬r:
­­ “Ele não fica satisfeito.”

Portanto, a negação da sentença do enunciado é “José estuda persistência e ele

não faz uma boa prova ou ele não fica satisfeito”.

Questão 36    (FCC/TST/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Con-

sidere como verdadeira a proposição: “Nenhum matemático é não dialético”. Laura

enuncia que tal proposição implica, necessariamente, que

I – se Carlos é matemático, então ele é dialético.

II – se Pedro é dialético, então é matemático.

III – se Luiz não é dialético, então não é matemático.

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IV – se Renato não é matemático, então não é dialético.

Das implicações enunciadas por Laura, estão corretas APENAS

a) I e III.

b) I e II.

c) III e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

Letra a.

É importante entender a relação entre o operador condicional e o quantificador ne-

nhum. Tomando as proposições atômicas.

p: X é Matemático

¬q: X não é dialético

“Nenhum p é ¬q” é uma equivalente lógica a:

p → q: Se X é Matemático, então X é dialético. (A)

Uma equivalente lógica de A pode ser escrita da seguinte forma.

¬q → ¬p: Se X não é dialético, então X não é matemático. (B)

I – “Se Carlos é Matemático, então Carlos é dialético” é um caso particular de (A).

II – Não há nenhuma garantia de que alguém dialético seja matemático. Portanto,

está errada.

III – É um caso particular de B. Portanto, está correto.

IV – Não necessariamente. É possível que alguém seja dialético, mas não seja ma-

temático.

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Questão 37    (VUNESP/TJ-SP/2015/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESTATÍSTICA) Uma

afirmação equivalente à afirmação: ‘Se Marcondes é físico ou Isabela não é econo-

mista, então Natália não é advogada e Rui é médico’, é:

a) Se Rui é médico ou Natália não é advogada, então Isabela é economista e Mar-

condes não é físico.

b) Se Rui não é médico e Natália é advogada, então Isabela é economista ou Mar-

condes não é físico.

c) Se Marcondes não é físico e Isabela é economista, então Natália é advogada ou

Rui não é médico.

d) Se Isabela é economista e Rui é médico, então Marcondes é físico e Natália não

é advogada.

e) Se Rui não é médico ou Natália é advogada, então Isabela é economista e Mar-

condes não é físico.

Letra e.

Quando olhamos para as alternativas, vemos que a questão nos pede a famosa

inversão do operador condicional.

A frase original do enunciado é A → B que é equivalente a ¬B → ¬A.

Agora, desmembraremos cada uma das proposições A e B, que também são propo-

sições compostas. Considerando as proposições atômicas.

p: Marcondes é físico.

q: Isabela é economista.

r: Natália é advogada.

s: Rui é médico.

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Portanto, as negações de A e B são:

­­¬B: “Natália é advogada ou Rui não é médico.”

¬A: “Marcondes não é físico e Isabela é economista.”

Dessa maneira:

“Se Rui não é médico ou Natália é advogada, então Isabela é economista e Marcon-

des não é físico.”

Questão 38    (ESAF/AFRFB/2012) A afirmação “A menina tem olhos azuis ou o me-

nino é loiro” tem como sentença logicamente equivalente:

a) se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.

b) se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.

c) se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.

d) não é verdade que se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.

e) não é verdade que se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.

Letra c.

Como citei, uma equivalência muito interessante do operador OU é:

: A menina não tem olhos azuis.

: O menino é loiro.

: Se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.

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Questão 39    (FCC/TRT-BA/2013) Devido à proximidade das eleições, foi decidido

que os tribunais eleitorais deveriam funcionar, em regime de plantão, durante um

determinado domingo do ano. Em relação a esse plantão, foi divulgada a seguinte

orientação:

“Se todos os processos forem analisados até às 11 horas, então o plantão será fi-

nalizado nesse horário.”

Considere que a orientação foi cumprida e que o plantão só foi finalizado às 18 ho-

ras. Então, pode-se concluir que, necessariamente,

a) nenhum processo foi analisado até as 11 horas.

b) todos os processos foram analisados até as 11 horas.

c) pelo menos um processo terminou de ser analisado as 18 horas.

d) todos os processos foram analisados até as 18 horas.

e) pelo menos um processo não foi analisado até as 11 horas.

Letra e.

A orientação ao plantão é formada por duas proposições atômicas, sendo do tipo p.

p: “Se todos os processos forem analisados até as 11 horas.”

q: “O plantão será finalizado nesse horário.”

p → q: “Se todos os processos forem analisados até as 11 horas, então o plantão

será finalizado nesse horário.”

Como o plantão somente foi finalizado às 18 horas, ou seja, depois das 11 horas,

a frase q foi negada.

Há, ainda, duas premissas:

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Podemos usar o modus tollens, o famoso volta negando.

Para negar a proposição p, devemos nos lembrar de que a negação de uma propo-

sição universal afirmativa é uma particular negativa.

¬p: “Pelo menos um processo não foi analisado até as 11h.”

Questão 40    (FCC/DETRAN-MA/2018/ANALISTA DE TRÂNSITO) A produtividade de

um agente público de determinada categoria em um período de um ano pode ser

alta, média ou baixa, conforme os critérios estabelecidos no regimento interno.

Todo agente que atinge produtividade alta e não possui faltas sem justificativa no

período de um ano recebe um bônus especial no mês de janeiro seguinte. Artur, um

agente público dessa categoria, não recebeu o bônus especial em janeiro de 2018.

Dessa forma, Artur, no ano de 2017, necessariamente,

a) teve produtividade baixa e pelo menos uma falta sem justificativa.

b) não teve produtividade alta ou teve pelo menos uma falta sem justificativa.

c) teve produtividade média ou baixa e exatamente uma falta sem justificativa.

d) não teve produtividade alta e teve pelo menos uma falta sem justificativa.

e) teve produtividade baixa ou pelo menos uma falta sem justificativa.

Letra b.

Vamos interpretar a primeira premissa: “Todo agente que atinge produtividade alta

e não possui faltas sem justificativa no período de um ano recebe um bônus espe-

cial no mês de janeiro seguinte.”

Primeiramente, desmembraremos essa premissa em proposições atômicas.

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p: O agente atinge produtividade alta.

­­¬q: O agente não possui faltas sem justificativa.

r: O agente recebe um bônus especial no mês de janeiro seguinte.

Agora, podemos entender o “todo” como uma condição suficiente.

Em outras palavras, p e ¬q são condições suficientes para r.

Agora, há uma segunda premissa.

¬r: O agente não recebeu o bônus especial em janeiro de 2018.

Dessa maneira, podemos usar o modus tollens, ou seja, o famoso volta negando.

Agora, vamos decifrar a negativa de A.

¬p: O agente não atingiu produtividade alta.

q: O agente possui alguma falta sem justificativa.

Sendo assim, concluímos necessariamente que “O agente não atingiu produtivida-

de alta ou que possui pelo menos uma falta sem justificativa”. É importante des-

tacar que não podemos concluir isoladamente nenhuma dessas duas proposições

atômicas.

Além disso, no caso da questão, a negação de produtividade alta seria produtivi-

dade baixa ou média. Ou a mais: não alta. Como sempre disse, é preciso tomar

cuidado com antônimos em questões de Lógica.

Questão 41    (VUNESP/TCE-SP/2017/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO/ADMINISTRA-

ÇÃO) Considere verdadeiras as afirmações I, II, III, e falsa a afirmação IV.

I – Se acordo, então abro os olhos.

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II – Se me levanto, então caminho.

III – Se não caminho, então fico em casa.

IV – Abro os olhos ou caminho.

A partir dessas afirmações, é verdade que

a) não abro os olhos e acordo.

b) não caminho e abro os olhos.

c) não fico em casa ou me levanto.

d) acordo ou fico em casa.

e) acordo e não me levanto.

Letra d.

Como a afirmação IV está falsa, podemos utilizar a propriedade da negação do

operador OU:

Portanto, a negação da afirmação IV é:

¬IV: Não abro os olhos e não caminho.

Portanto, já temos duas conclusões:

V – Não abro os olhos.

VI – Não caminho.

De posse dessas informações, podemos utilizar a afirmação II, que é verdadeira.

II – Não sinto fome ou choro.

V – Sinto fome.

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Da afirmação I, podemos utilizar o modus tollens, porque há a negação do conse-

quente. A negação do consequente (não abro os olhos) implica a negação do an-

tecedente (não acordo).

I – Se acordo, então abro os olhos.

V – Não abro os olhos.

Temos . Podemos, pois, concluir que:


VII – Não acordo.

Da afirmação II, podemos utilizar o modus tollens novamente.

II – Se me levanto, então caminho.

VI – Não caminho.

Podemos concluir que:

VIII – Não me levanto.

Da afirmação III, podemos utilizar o modus ponens:

III – Se não caminho, então fico em casa.

VI – Não caminho.

Podemos concluir que:

IX – Fico em casa.

Então, as nossas conclusões foram:

V – Não abro os olhos.

VI – Não caminho.

VII – Não acordo.

VIII – Não me levanto.

IX – Fico em casa.

Vamos analisar as alternativas. As alternativas que possuem o operador E reque-

rem que todas as afirmações sejam verdadeiras.

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A letra “a” está errada porque “acordo” é falso devido à conclusão VII.

A letra “b” está errada porque “abro os olhos” é falso devido à conclusão V.

A letra “e” está errada porque “acordo” é falso devido à conclusão VII.

Como “F e V = F” e também “F e F = F”, o simples fato de encontrarmos uma pro-

posição falsa nas proposições compostas do operador E já invalida a proposição.

As alternativas que possuem o operador OU requerem que, pelo menos uma das

afirmações seja verdadeira.

A letra “c” está errada, porque “não fico em casa” é falso devido à conclusão (IX) e

“me levanto” também é falso devido à conclusão (VIII). Como as duas proposições

estão falsas, todo o operador OU está falso. Vale lembrar que a operação lógica “F

ou F = F”.

O gabarito é mesmo a letra “d”. “Acordo” é falso pela conclusão VII, porém “fico

em casa” é verdadeiro pela conclusão IX. Como operador OU pede que apenas uma

seja verdadeira, temos que “acordo ou fico em casa” é verdadeiro, porque a ope-

ração lógica “F ou V = V”.

5. Outros Operadores Lógicos


Agora, falarei sobre alguns operadores lógicos menos comuns em questões de

prova, mas que podem aparecer.

5.1. Tabelas-Verdade

Uma questão de prova que, de vez em quando aparece, é aquela que pergunta

o número de linhas de uma tabela-verdade.

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A tabela-verdade serve para classificar o valor lógico de uma proposição com-

posta em função de todas as possibilidades de valores lógicos para as suas propo-

sições atômicas.

Você não precisa saber muita teoria para responder a esse tipo de questão. Se

uma proposição composta apresenta n proposições atômicas, então, a tabela-ver-

dade terá 2n linhas.

Cai Matemática. Eu vou acertar tudo. Se cair Matemática na prova, eu vou acertar tudo.


(p) (q) (p → q)
V V V
V F F
F V V
F F V

Por exemplo, no caso da tabela, há uma tabela-verdade para o operador condicional

composto por duas proposições atômicas. Essa tabela-verdade tem 2² = 4 linhas.

Podemos verificar também essa expressão para a seguinte proposição: “Se José

estuda com persistência, então ele tira uma boa nota e passa no concurso.”

Essa proposição pode ser genericamente representada por . Dessa

forma, há uma única condição suficiente p que resultará em uma conjunção de ou-

tras duas proposições (tirar uma boa nota e passar no concurso).

Nesse caso, como a proposição é composta por 3 proposições atômicas, o nú-

mero de linhas da tabela-verdade será 2³ = 8 linhas.

José estuda. Ele tira uma boa nota. Passa no concurso. Sentença.


(p) (q) (r)
V V V V
V V F F
V F V F
V F F F
F V V V

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José estuda. Ele tira uma boa nota. Passa no concurso. Sentença.


(p) (q) (r)
F V F V
F F V V
F F F V

5.2. Disjunção Exclusiva (OU… OU)

O operador OU… OU se diferencia do operador OU convencional, porque não

aceita que todas as proposições atômicas que o componham sejam verdadeiras.

Tomemos como exemplo a afirmação “Ou chove ou faz sol”

Exemplo:

p: Chove

q: Faz Sol

A proposição Ou chove ou faz sol não permite que chova e faça sol ao

mesmo tempo.

O operador OU… OU pode ser representado de duas maneiras. Pode-se usar

tanto o símbolo quanto o símbolo ˅.

A tabela-verdade para esse operador é ligeiramente diferente da tabela-verdade

para o operador OU.

Chove. Faz sol. Ou chove ou faz sol.


(p) (q) (p ˅ q)
V V F
V F V
F V V
F F F

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Uma diferença semântica bastante interessante que pode ser explorada em pro-

vas por algum professor de Matemática que entenda bem que a análise sintática diz

respeito à concordância verbal da conjunção OU.

Tomemos como exemplo a proposição: “Cristiano ou Lionel será o melhor joga-

dor do mundo”.

Nesse caso, o  verbo ficará no singular, porque necessariamente somente um

deles pode ser o melhor jogador do mundo. Não existe a possibilidade de os dois

simultaneamente ocuparem tal posto. Sendo assim, o verbo no singular indica uma

disjunção exclusiva (OU… OU)

Por outro lado, na proposição: “Bruno ou Carlos vão passar no concurso”, existe

a possibilidade de que ambos passem no concurso. Por isso, o verbo deve ficar no

plural, indicando uma disjunção inclusiva (OU).

5.3. Bicondicional (SE… E SOMENTE SE)

Esse é o operador favorito dos matemáticos. O operador bicondicional indica

uma condição necessária e suficiente.

Dessa maneira, quando há:

Sendo assim, o operador bicondicional exige que as duas proposições atômicas

que o componham tenham o mesmo valor lógico.

Um fato interessante do operador bicondicional é que, quando é verdadeiro,

uma proposição vale como definição para outra. Por exemplo: “Um número é primo

se, e somente se, seus únicos divisores são a unidade e ele próprio”.

“Ter como únicos divisores a unidade e ele próprio” serve como uma definição

para um número primo.

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Isso significa que, se o número atender a essa condição, será primo. Se não

atender, não será primo.

Para a prova, guarde a informação de que o operador bicondicional exige que as

duas proposições atômicas que o componham tenham o mesmo valor lógico.

Primo Seus únicos divisores são 1 e ele próprio. Ou chove ou faz sol.


(p) (q) (p ↔ q)
V V V
V F F
F V F
F F V

5.4. Propriedades do OU Exclusivo e do Bicondicional

Uma propriedade interessante é que um é a negação do outro:

Além disso, a negação de qualquer um dos dois pode ser feita passando uma

negação para dentro. Vejamos:

Questão 42    (VUNESP/MPE-SP/2016/ANALISTA TÉCNICO CIENTÍFICO) Uma afir-

mação equivalente à afirmação – Se Glória é dançarina ou cantora, mas não am-

bos, então Fábio não é ator. é:

a) Se Fábio não é ator, então Glória é dançarina ou cantora, mas não ambos.

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b) Se Fábio é ator, então Glória não é dançarina nem cantora ou Glória é dançarina

e cantora.

c) Se Fábio é ator, então Glória não é dançarina, mas é cantora.

d) Se Glória não é dançarina nem cantora ou é dançarina e cantora, então Fábio

é ator.

e) Se Fábio não é ator, então Glória é dançarina, mas não é cantora ou Glória não

é dançarina, mas é cantora.

Letra b.

Façamos a divisão da proposição composta nas suas proposições atômicas

p: Glória é dançarina.

q: Glória é cantora.

¬r: Fábio não é ator.

A proposição composta original fornecida pelo enunciado é:

Usando a clássica equivalência para o condicional:

Agora, façamos a negação da proposição A:

r: Fábio é ator

: Glória é dançarina e cantora ou não é dançarina nem cantora.

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: Se Fábio é ator, então Glória é dançarina e cantora ou não é dançarina

nem cantora.

Questão 43    (VUNESP/TCE-SP/2017/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO) Se a afirmação

“Ou Renato é o gerente da loja ou Rodrigo é o dono da loja” é verdadeira, então

uma afirmação necessariamente verdadeira é:

a) Renato é o gerente da loja e Rodrigo é o dono da loja.

b) Renato é o gerente da loja se, e somente se, Rodrigo não é o dono da loja.

c) Se Renato não é o gerente da loja, então Rodrigo não é o dono da loja.

d) Se Renato é o gerente da loja, então Rodrigo é o dono da loja.

e) Renato é o gerente da loja.

Letra b.

No nosso curso, trabalhei bastante o operador OU-EXCLUSIVO e o BICONDICIO-

NAL. Por serem menos cobrados em provas de concursos, era natural que a Vunesp

optasse por esses operadores lógicos para fazer uma questão mais difícil.

A forma mais simples de obter uma afirmação equivalente é usando a propriedade

de dupla negação.

Como vimos, a negação do operador OU EXCLUSIVO é o próprio BICONDICIONAL.

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Além disso, na negação do bicondicional, podemos passar o sinal de negação para

dentro.

Caso você desconheça essa propriedade, a forma mais simples de resolver a ques-

tão é montando uma tabela-verdade.

A tabela-verdade para o operador OU EXCLUSIVO pode ser feita lembrando que ele

proíbe que todas as afirmações sejam simultaneamente verdadeiras.

p q
V V F
V F V
F V V
F F F

Já a tabela-verdade para o operador BICONDICIONAL pode ser feita lembrando que

ele requer que as afirmações tenham valor lógico igual. Ou seja, ambas verdadei-

ras ou ambas falsas simultaneamente.

p q ¬q

V V F F
V F V V
F V F V
F F V F

Dessa forma, as tabelas-verdade são iguais, portanto, concluímos pela igualdade:

A frase pode ser traduzida como:

p: Renato é o gerente da loja.

↔: se, e somente se,

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¬q: Rodrigo não é o dono da loja.

Renato é o gerente da loja se, e somente se, Rodrigo não é o dono da loja.

Questão 44    (CESPE/TRT-CE/2017) A empresa alegou ter pago suas obrigações

previdenciárias, mas não apresentou os comprovantes de pagamento; o juiz jul-

gou, pois, procedente a ação movida pelo ex-empregado.

A quantidade mínima de linhas necessárias na tabela-verdade para representar to-

das as combinações possíveis para os valores lógicos das proposições simples que

compõem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a:

a) 32

b) 4

c) 8

d) 16

Letra c.

Organizaremos as proposições atômicas que compõem a premissa do enunciado.

p: A empresa pagou suas obrigações previdenciárias.

¬q: A empresa não apresentou os comprovantes de pagamento.

r: O juiz julgou procedente a ação do ex-empregado.

Como são três proposições atômicas, o número de linhas da tabela-verdade será

2³ = 8 linhas.

Chegamos ao final de mais uma aula

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Forte abraço!

Thiago Cardoso.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1    (VUNESP/PC-SP/2014) Das alternativas apresentadas, assinale a única

que contém uma proposição lógica.

a) Ser um perito criminal ou não ser? Que dúvida!

b) Uma atribuição do perito criminal é analisar documentos em locais de crime.

c) O perito criminal também atende ocorrências com vítimas de terrorismo!

d) É verdade que o perito criminal realiza análises no âmbito da criminalística?

e) Instruções especiais para perito criminal.

Questão 2    (VUNESP/PC-SP/2014/DESENHISTA) A proposição pode ser caracteri-

zada como sentença declarativa que admite um, e somente um, valor de verdade

(verdadeiro ou falso). Considerando essa definição, assinale a alternativa correta.

a) A sentença declarativa “Choveu no dia do jogo de basquete?” é falsa.

b) A sentença exclamativa “Parabéns pelo seu aniversário” é verdadeira.

c) A sentença declarativa “Brasil é um Estado soberano” é verdadeira.

d) A sentença exclamativa “Quero comprar um bom carro!” é falsa.

e) A sentença interrogativa “Florianópolis é a capital do Pará?” é verdadeira.

Questão 3    (VUNESP/PC-SP/2014/DELEGADO) Na lógica clássica, as proposições

que compõem um raciocínio são classificadas como: (1) universais ou particulares

e (2) afirmativas ou negativas. Assim sendo, as proposições “todo ser humano é

mortal”, “algumas pessoas não usam óculos” e “alguns motoristas são descuida-

dos” são classificadas, respectivamente, como:

a) Particular afirmativa, universal negativa e universal afirmativa.

b) Particular afirmativa, universal negativa e particular afirmativa.

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c) Universal afirmativa, particular afirmativa e particular negativa.

d) Particular negativa, particular afirmativa e universal afirmativa.

e) Universal afirmativa, particular negativa e particular afirmativa.

Questão 4    (QUESTÃO INÉDITA) O delegado entrevistou vários suspeitos de um

crime de tráfico de drogas, que disseram:

I – Não fui eu.

II – Eu não fiz nada não.

III – Eu não fiz isso não.

Supondo que todos estejam falando a verdade, pode-se afirmar que cometeram o

crime:

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas III

d) Nenhum dos suspeitos

e) Todos os suspeitos

Questão 5    (CESPE/INSS/2016/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) A sentença “Bru-

na, acesse a Internet e verifique a data da aposentadoria do Sr. Carlos!” é uma

proposição composta que pode ser escrita na forma p ∧ q.

Questão 6    (CESPE/ANVISA/2016/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A sentença “A fis-

calização federal é imprescindível para manter a qualidade tanto dos alimentos

quanto dos medicamentos que a população consome” pode ser representada sim-

bolicamente por P∧Q.

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Questão 7    (FGV/DETRAN-MA/2013/ASSISTENTE DE TRÂNSITO) Considere a afir-

mativa: “nenhum gato é verde”.

A negação dessa afirmativa é:

a) “algum gato é verde”.

b) “nenhum animal verde é gato”.

c) “todo gato é verde”.

d) “algum animal verde não é gato”.

e) “algum gato não é verde”.

Questão 8    (VUNESP/PC-SP/2014/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) Um antropólogo

estadunidense chega ao Brasil para aperfeiçoar seu conhecimento da língua por-

tuguesa. Durante sua estadia em nosso país, ele fica muito intrigado com a frase

“não vou fazer coisa nenhuma”, bastante utilizada em nossa linguagem coloquial.

A dúvida dele surge porque:

a) A conjunção presente na frase evidencia seu significado.

b) O significado da frase não leva em conta a dupla negação.

c) A implicação presente na frase altera seu significado.

d) O significado da frase não leva em conta a disjunção.

e) A negação presente na frase evidencia seu significado.

Questão 9    (VUNESP/2017/TJ-SP/ESCREVENTE) “Existe um lugar em que não há

poluição” é uma negação lógica da afirmação:

a) Em todo lugar, não há poluição.

b) Em alguns lugares, há poluição.

c) Em todo lugar, há poluição.

d) Em alguns lugares, pode não haver poluição.

e) Em alguns lugares, não há poluição.

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Questão 10    (FGV/ISS-CUIABÁ/2015/CONDUTOR DE VEÍCULOS) O pintor disse ao

diretor:

“Eu pintei a porta e a janela”.

Como o diretor verificou que o pintor não disse a verdade, é correto concluir que o

pintor:

a) não pintou a porta nem a janela.

b) não pintou a porta ou não pintou a janela.

c) pintou a porta e não pintou a janela.

d) pintou a porta ou não pintou a janela.

e) pintou a janela mas não pintou a porta.

Questão 11    (FUNRIO/CGE-RO/2018/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO) Se

não é verdade que todo rei é vilão, então é verdade que:

a) nenhum rei é vilão.

b) ao menos um rei não é vilão.

c) algum vilão não é rei.

d) nenhum vilão é rei.

e) quem não é rei não é vilão.

Questão 12    (ESAF/FUNAI/2016) Seja NE a abreviatura de Nordeste. A negação de

“O Piauí faz parte do NE ou o Paraná não faz parte do NE” é:

a) o Piauí não faz parte do NE.

b) o Paraná faz parte do NE.

c) o Piauí não faz parte do NE ou o Paraná faz parte do NE.

d) o Piauí não faz parte do NE e o Paraná faz parte do NE.

e) o Piauí e o Paraná fazem parte do NE.

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Questão 13    (ESAF/MPOG/2009/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GES-

TÃO GOVERNAMENTAL) A negação de “À noite, todos os gatos são pardos” é:

a) De dia, todos os gatos são pardos.

b) De dia, nenhum gato é pardo.

c) De dia, existe pelo menos um gato que não é pardo.

d) À noite, existe pelo menos um gato que não é pardo.

e) À noite, nenhum gato é pardo.

Questão 14    (ESAF/RECEITA FEDERAL/2009/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A nega-

ção de “Ana ou Pedro vão ao cinema e Maria fica em casa” é:

a) Ana e Pedro não vão ao cinema ou Maria fica em casa.

b) Ana e Pedro não vão ao cinema ou Maria não fica em casa.

c) Ana ou Pedro vão ao cinema ou Maria não fica em casa.

d) Ana ou Pedro não vão ao cinema e Maria não fica em casa.

e) Ana e Pedro não vão ao cinema e Maria fica em casa.

Questão 15    (FGV/ISS-CUIABÁ/2015/CONTADOR) São verdadeiras as seguintes

afirmações de Tiago:

– Trabalho ou estudo.

– Vou ao escritório ou não trabalho.

– Vou ao curso ou não estudo.

Certo dia, Tiago não foi ao curso.

É correto concluir que, nesse dia, Tiago:

a) estudou e trabalhou.

b) não estudou e não trabalhou.

c) trabalhou e não foi ao escritório.

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d) foi ao escritório e trabalhou.

e) não estudou e não foi ao escritório.

Questão 16    (ESAF/AFRFB/2012) Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso.

Vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicleta. Ora, não vou morar em

Pasárgada. Assim,

a) não viajo e caso.

b) viajo e caso.

c) não vou morar em Pasárgada e não viajo.

d) compro uma bicicleta e não viajo.

e) compro uma bicicleta e viajo.

Questão 17    (VUNESP/AFTM/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/2014) Considere falsas as

proposições a seguir:

I – João não foi à festa ou Cláudio foi trabalhar.

II – Lucas caiu da escada e João não foi à festa.

III – Daniel saiu de casa ou Rafael não foi ao baile.

IV – Lucas caiu da escada e Daniel saiu de casa.

A partir dessas proposições, existe uma única possibilidade de ser verdadeira a

afirmação:

a) Lucas caiu da escada.

b) João não foi à festa.

c) Daniel saiu de casa.

d) Cláudio foi trabalhar.

e) Rafael não foi ao baile.

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Questão 18    (FGV/SUDENE/2013/ECONOMISTA) Supondo que a afirmativa “Todos

os estados do Nordeste sofrem com a seca ou com o excesso de chuvas” seja falsa,

analise as afirmativas a seguir.

I – “Nenhum estado do Nordeste sofre com a seca ou com o excesso de chuvas”.

II – “Algum estado do Nordeste não sofre com a seca”.

III – “Algum estado do Nordeste sofre com o excesso de chuvas”.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I for obrigatoriamente verdadeira.

b) se somente a afirmativa II for obrigatoriamente verdadeira.

c) se somente a afirmativa III for obrigatoriamente verdadeira.

d) se somente as afirmativas I e III forem obrigatoriamente verdadeiras.

e) se somente as afirmativas II e III forem obrigatoriamente verdadeiras.

Questão 19    (VUNESP/TJ-SP/2017/ESCREVENTE) Considerando falsa a afirmação “Se

Ana é gerente, então Carlos é diretor”, a afirmação necessariamente verdadeira é:

a) Ana é gerente.

b) Carlos é diretor.

c) Ana não é gerente, e Carlos não é diretor.

d) Ana não é gerente, ou Carlos é diretor.

e) Ana é gerente, e Carlos é diretor.

Questão 20    (FGV/DETRAN-MA/2013/ASSISTENTE DE TRÂNSITO) Considere a

afirmativa: “nenhum gato é verde”.

A negação dessa afirmativa é:

a) “algum gato é verde”.

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b) “nenhum animal verde é gato”.

c) “todo gato é verde”.

d) “algum animal verde não é gato”.

e) “algum gato não é verde”.

Questão 21    (FGV/TRT-SC/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

Considere como verdadeiras as afirmativas:

Se Jorge é francês, então Denise é espanhola.

Denise não é espanhola ou Beatriz é brasileira.

Sabe-se que Beatriz não é brasileira.

Logo, é correto afirmar que:

a) Denise é espanhola e Jorge é francês;

b) Denise é espanhola ou Jorge é francês;

c) se Beatriz não é brasileira, então Denise é espanhola;

d) se Denise não é espanhola, então Jorge é francês;

e) se Jorge não é francês, então Denise não é espanhola.

Questão 22    (FGV/IBGE/2017/ANALISTA CENSITÁRIO/ANÁLISE DE SISTEMAS)

Considere verdadeira a afirmação:

Todo computador bom é caro e todo computador grande é bom.

É correto concluir que:

a) se um computador é caro, então é bom;

b) se um computador é bom, então é grande;

c) se um computador não é bom, então não é caro;

d) se um computador é caro, então é grande;

e) se um computador é grande, então é caro.

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(CESPE/TRF-1ª REGIÃO/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, chora

menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o próximo item.

Questão 23    Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é equivalente a

“Se pode mais, o indivíduo chora menos”.

Questão 24    A negação da proposição P pode ser expressa por “Quem não pode

mais, não chora menos”.

Questão 25    Se a proposição P for verdadeira, então o conjunto formado por indiví-

duos que podem mais está contido no conjunto dos indivíduos que choram menos.

Questão 26    (CESPE/ANVISA/2016/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A sentença “Al-

berto é advogado, pois Bruno não é arquiteto” é logicamente equivalente à senten-

ça “Bruno é arquiteto, pois Alberto não é advogado”.

Questão 27    (CESPE/INSS/2016/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) Supondo-se que

p seja a proposição simples “João é fumante”, que q seja a proposição simples

“João não é saudável” e que p → q, então o valor lógico da proposição “João não é

fumante, logo ele é saudável” será verdadeiro.

Questão 28    (VUNESP/TCE-SP/2015/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO) Uma equivalen-

te para a afirmação “Se Carlos foi aprovado no concurso, então ele estudou” está

contida na alternativa:

a) Carlos não foi aprovado no concurso e não estudou.

b) Se Carlos não estudou, então ele não foi aprovado no concurso.

c) Carlos foi aprovado no concurso e não estudou.

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d) Se Carlos não foi aprovado no concurso, então ele não estudou.

e) Carlos estudou e não foi aprovado no concurso.

Questão 29    (VUNESP/TCE-SP/2017/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO/ADMINISTRA-

ÇÃO) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação equivalente à afirmação

“Se comprei e paguei, então levei”.

a) Se não comprei e paguei, então não levei.

b) Se levei, então comprei e paguei.

c) Se comprei ou paguei, então não levei.

d) Se comprei e não paguei, então não levei.

e) Se não levei, então não paguei ou não comprei.

(CESPE/TRF-1ª REGIÃO/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação de

uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5 contra, um dos 11 pre-

sentes fez a seguinte afirmação: “Basta um de nós mudar de ideia e a decisão será

totalmente modificada.”

Considerando a situação apresentada e a proposição correspondente à afirmação

feita, julgue o próximo item.

Questão 30    A negação da proposição pode ser corretamente expressa por “Basta

um de nós não mudar de ideia ou a decisão não será totalmente modificada”.

Questão 31    A proposição é equivalente, sob o ponto de vista da lógica sentencial,

à proposição “Desde que um membro mude de ideia, a decisão será totalmente

modificada”.

Questão 32    A tabela-verdade da referida proposição, construída a partir dos valo-

res lógicos das proposições simples que a compõem, tem mais de 8 linhas.

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Questão 33    (FCC/SEGEP-MA/2018/AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA)

Uma afirmação que seja logicamente equivalente à afirmação ‘Se Luciana e Rafael

se prepararam muito para o concurso, então eles não precisam ficar nervosos’, é

a) Se Luciana se preparou para o concurso e Rafael não se preparou, então eles

precisam ficar nervosos.

b) Se Luciana e Rafael precisam ficar nervosos, então eles não se prepararam mui-

to para o concurso.

c) Se Luciana e Rafael não precisam ficar nervosos, então eles se prepararam mui-

to para o concurso.

d) Se Luciana não se preparou muito e Rafael se preparou muito para o concurso,

então Luciana precisa ficar nervosa e Rafael não precisa ficar nervoso.

e) Luciana e Rafael se prepararam muito para o concurso e mesmo assim ficaram

nervosos.

Questão 34    (ESAF/AFRFB/2012) Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista. Se

Ana é violinista, então Beatriz é pianista. Se Ana é pianista, Denise é violinista. Se

Ana é violinista, então Denise é pianista. Se Beatriz é violinista, então Denise é

pianista. Sabendo-se que nenhuma delas toca mais de um instrumento, então Ana,

Beatriz e Denise tocam, respectivamente:

a) Piano, piano, piano.

b) Piano, piano, violino.

c) Violino, piano, piano.

d) Violino, piano, violino.

e) Violino, violino, piano.

Questão 35    (FCC/TRT-19ª/2014) Considere a seguinte afirmação:

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“Se José estuda com persistência, então ele faz uma boa prova e fica satisfeito.”

Uma afirmação que é a negação da afirmação acima é:

a) José estuda com persistência e ele não faz uma boa prova e ele não fica satis-

feito.

b) José não estuda com persistência e ele não faz uma boa prova ou fica satisfeito.

José estuda com persistência ou ele faz uma boa prova ou ele não fica c) satisfeito.

d) José estuda com persistência e ele não faz uma boa prova ou ele não fica satis-

feito.

e) Se José fica satisfeito então ele fez uma boa prova e estudou com persistência.

Questão 36    (FCC/TST/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Con-

sidere como verdadeira a proposição: “Nenhum matemático é não dialético”. Laura

enuncia que tal proposição implica, necessariamente, que

I – se Carlos é matemático, então ele é dialético.

II – se Pedro é dialético, então é matemático.

III – se Luiz não é dialético, então não é matemático.

IV – se Renato não é matemático, então não é dialético.

Das implicações enunciadas por Laura, estão corretas APENAS

a) I e III.

b) I e II.

c) III e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

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Proposições Lógicas

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Questão 37    (VUNESP/TJ-SP/2015/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESTATÍSTICA) Uma

afirmação equivalente à afirmação: ‘Se Marcondes é físico ou Isabela não é econo-

mista, então Natália não é advogada e Rui é médico’, é:

a) Se Rui é médico ou Natália não é advogada, então Isabela é economista e Mar-

condes não é físico.

b) Se Rui não é médico e Natália é advogada, então Isabela é economista ou Mar-

condes não é físico.

c) Se Marcondes não é físico e Isabela é economista, então Natália é advogada ou

Rui não é médico.

d) Se Isabela é economista e Rui é médico, então Marcondes é físico e Natália não

é advogada.

e) Se Rui não é médico ou Natália é advogada, então Isabela é economista e Mar-

condes não é físico.

Questão 38    (ESAF/AFRFB/2012) A afirmação “A menina tem olhos azuis ou o me-

nino é loiro” tem como sentença logicamente equivalente:

a) se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.

b) se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.

c) se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.

d) não é verdade que se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.

e) não é verdade que se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.

Questão 39    (FCC/TRT-BA/2013) Devido à proximidade das eleições, foi decidido

que os tribunais eleitorais deveriam funcionar, em regime de plantão, durante um

determinado domingo do ano. Em relação a esse plantão, foi divulgada a seguinte

orientação:

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“Se todos os processos forem analisados até às 11 horas, então o plantão será fi-

nalizado nesse horário.”

Considere que a orientação foi cumprida e que o plantão só foi finalizado às 18 ho-

ras. Então, pode-se concluir que, necessariamente,

a) nenhum processo foi analisado até as 11 horas.

b) todos os processos foram analisados até as 11 horas.

c) pelo menos um processo terminou de ser analisado as 18 horas.

d) todos os processos foram analisados até as 18 horas.

e) pelo menos um processo não foi analisado até as 11 horas.

Questão 40    (FCC/DETRAN-MA/2018/ANALISTA DE TRÂNSITO) A produtividade de

um agente público de determinada categoria em um período de um ano pode ser

alta, média ou baixa, conforme os critérios estabelecidos no regimento interno.

Todo agente que atinge produtividade alta e não possui faltas sem justificativa no

período de um ano recebe um bônus especial no mês de janeiro seguinte. Artur, um

agente público dessa categoria, não recebeu o bônus especial em janeiro de 2018.

Dessa forma, Artur, no ano de 2017, necessariamente,

a) teve produtividade baixa e pelo menos uma falta sem justificativa.

b) não teve produtividade alta ou teve pelo menos uma falta sem justificativa.

c) teve produtividade média ou baixa e exatamente uma falta sem justificativa.

d) não teve produtividade alta e teve pelo menos uma falta sem justificativa.

e) teve produtividade baixa ou pelo menos uma falta sem justificativa.

Questão 41    (VUNESP/TCE-SP/2017/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO/ADMINISTRA-

ÇÃO) Considere verdadeiras as afirmações I, II, III, e falsa a afirmação IV.

I – Se acordo, então abro os olhos.

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II – Se me levanto, então caminho.

III – Se não caminho, então fico em casa.

IV – Abro os olhos ou caminho.

A partir dessas afirmações, é verdade que

a) não abro os olhos e acordo.

b) não caminho e abro os olhos.

c) não fico em casa ou me levanto.

d) acordo ou fico em casa.

e) acordo e não me levanto.

Questão 42    (VUNESP/MPE-SP/2016/ANALISTA TÉCNICO CIENTÍFICO) Uma afir-

mação equivalente à afirmação – Se Glória é dançarina ou cantora, mas não am-

bos, então Fábio não é ator. é:


a) Se Fábio não é ator, então Glória é dançarina ou cantora, mas não ambos.
b) Se Fábio é ator, então Glória não é dançarina nem cantora ou Glória é dançarina
e cantora.
c) Se Fábio é ator, então Glória não é dançarina, mas é cantora.
d) Se Glória não é dançarina nem cantora ou é dançarina e cantora, então Fábio
é ator.
e) Se Fábio não é ator, então Glória é dançarina, mas não é cantora ou Glória não
é dançarina, mas é cantora.

Questão 43    (VUNESP/TCE-SP/2017/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO) Se a afirmação


“Ou Renato é o gerente da loja ou Rodrigo é o dono da loja” é verdadeira, então
uma afirmação necessariamente verdadeira é:
a) Renato é o gerente da loja e Rodrigo é o dono da loja.

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b) Renato é o gerente da loja se, e somente se, Rodrigo não é o dono da loja.
c) Se Renato não é o gerente da loja, então Rodrigo não é o dono da loja.
d) Se Renato é o gerente da loja, então Rodrigo é o dono da loja.
e) Renato é o gerente da loja.

Questão 44    (CESPE/TRT-CE/2017) A empresa alegou ter pago suas obrigações


previdenciárias, mas não apresentou os comprovantes de pagamento; o juiz jul-
gou, pois, procedente a ação movida pelo ex-empregado.
A quantidade mínima de linhas necessárias na tabela-verdade para representar to-
das as combinações possíveis para os valores lógicos das proposições simples que
compõem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a:
a) 32
b) 4
c) 8
d) 16

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GABARITO
1. b 25. C

2. c 26. E

3. e 27. C

4. c 28. b

5. E 29. e

6. E 30. E

7. a 31. E

8. b 32. E

9. c 33. b

10. b 34. c

11. b 35. d

12. d 36. a

13. d 37. e

14. b 38. c

15. d 39. e

16. b 40. b

17. a 41. d

18. b 42. b

19. a 43. b

20. a 44. c

21. e

22. e

23. C

24. E

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