Sunteți pe pagina 1din 23

Patologia - Neuro 1

Patologia – Neuro + Reumato Rachel Ventura – 2018.1

1- Lesões Elementares do SNC:


Objetivos:

1) Citar as principais particularidades do SNC


2) Citar os componentes da neuroglia e dizer suas funções
3) Citar as principais lesões elementares dos Neurônios, Astrócitos e Oligodendrócitos.
4) Citar as principais causas de Hipertensão intracraniana
5) Definir edema cerebral e citar os principais tipos

 Padrão da lesão no SNC:


Um grupo de neurônios, não necessariamente agrupados em uma região do encéfalo, pode apresentar
Vulnerabilidade seletiva a várias agressões, uma vez que compartilham de uma ou mais propriedades. Como
diferentes regiões do encéfalo participam de diferentes funções, o padrão de sinais e sintomas clínicos após
uma lesão depende tanto da região do encéfalo envolvida, como do processo patológico.
1. Reação dos Neurônios à lesão:
Obs: Neurônios requerem um suprimento contínuo de Oxigênio e Glicose para atender às necessidades
metabólicas. + Manutenção dos gradientes de membrana, essenciais para o potencial de ação.
a) Lesão Neuronal Aguda: consequência de Trauma, ou Depleção de glicose ou O2. = alterações que
acompanham a Hipóxia/Isquemia aguda (e outras agressões agudas) do SNC.
 Neurônios Vermelhos: evidentes 12-24h após a Isquemia irreversível
 Morfologia: Intensa eosinofilia no citoplasma + Retração do corpo cell + picnose do núcleo +
Desaparecimento do nucléolo e da substância de Nissl
b) Lesão Neuronal Subaguda e Crônica: freqm associado ao acúmulo de agregado de ptns anormais,
como em doenças degenerativas. = Morte neuronal.
 Aspecto histológico: Perda cell e Gliose reativa  alterações gliais reativas são o melhor
indicativo de lesão neuronal.
c) Reação axonal: alteração no corpo cell durante a Regeneração do axônio.
 Aumento da síntese de ptns associado ao Brotamento axonal = Aumento do tamanho e
arredondamento do corpo neuronal + deslocamento periférico do núcleo + aumento do
nucléolo + dispersão da substância de Nissl do centro para periferia (cromatólise central).
 Mais obsv em céls do corno anterior da medula espinal qnd há secção do neurônio motor.
d) Inclusões neuronais: manifestação do processo de envelhecimento (com acúmulo de lipídios, ptns ou
carboidratos), distúrbios genéticos do metabolismo (acúmulo de lipídios citoplasmáticos), em
infecções virais (inclusões intranucleares anormais, como na herpes – corpúsculo de Cowdry –, ou
citoplasmático, como na raiva – corpúsculo de Negri), e doenças neurodegenerativas.
2. Reação dos Astrócitos à lesão:
**Gliose é o indicador histopatológico mais impt de lesão no SNC independente da etiologia!
OBS: Astrócitos tem prolongamentos citoplasmáticos multipolares com GFAP (filamento intermediário), e
agem como tampões metabólicos e detoxificantes no encéfalo; + pés vasculares formam a BHE.
a) Gliose: Hipertrofia + Hiperplasia dos Astrócitos
 Núcleos de forma arredondada /ovalada, com cromatina pálida dispersa uniformemente;
 Aumentam de tamanho, tornando-se vesiculares, com nucléolos proeminentes.
Patologia - Neuro 2

 Citoplasma (antes escasso) se expande e fica rosa-brilhante, irregular ao redor de um núcleo


excêntrico, a partir do qual surgem prolongamentos ramificados = Atrócitos gemistocíticos!
 Fibras de Rosenthal em regiões de gliose de longa duração.

Coloração por sais de Ag Imunohistoq para GFAP –


b) Lesão cell aguda: tumefação cell Astrócitos geminocísticos
3. Reações da Microglia (macrófagos residentes do SNC) à lesão – respondem à lesão:
 Proliferando-se
 Núcleos alongados = céls em bastonete
 Formando agregados em torno de pequenos focos de necrose tecidual = Nódulos microgliais.
 Congregando-se em torno dos corpos cells de neurônios que estão morrendo = Neuronofagia
4. Reação de outras céls gliais:
a) Oligodendrócitos (formam a mielina de diversos internodos): lesão ou apoptose presente em
Distúrbios desmielinizantes e Leucodistrofias (inclusões citoplasmáticas gliais, principalmente por
alfa-sinucleína). Ex: Atrofia de Múltiplos sistemas (MAS).
b) Céls ependimárias (revestem ventrículo): ruptura do revestimento ependimário junto com
proliferação dos Astrócitos subependimários, produzindo irregularidades na superfície ventricular.

 Hipertensão Intracraniana:
 A pressão intracraniana pode se elevar por conta de Edema cerebral generalizado, ou
Aumento do volume do LCR, ou Lesão expansiva focal.  Dependendo do grau e rapidez do
aumento da PIC, além da natureza a lesão, as conseq variam de déficit neurológico à morte.
 Edema cerebral (do parênquima) tem 2 vias para ser formado:
a) Edema vasogênico: Aumento do líq extracell provocado pela ruptura da BHE, e pelo
aumento da permeabilidade vascular, permitindo que o líquido vá do espaço intravasc
para os espaços intercells do encéfalo. – Escassez de vasos linfáticos prejudica a
reabsorção. => Pode ser localizado (inflamação, neoplasia), ou generalizado (isquemia).
Patologia - Neuro 3

b) Edema citotóxico: Aumento do Líq intracell devido lesão da membrana cell neuronal, glial
ou endotelial, causada por agressão hipóxica generalizada ou por desarranjo metabólico
que impeça a manutenção do gradiente iônico.
*Condições associadas a Edema generalizado, frequentemente, tem elementos dos 2 tipos de edema.
 Edema (do parênquima cerebral) generalizado: Giros aplanados + sulcos estreitados +
Cavidades ventriculares espremidas.  Se encéfalo expandir, pode ter herniação.
 Edema intersticial /hidrocefálico ocorre em torno dos ventrículos laterais qnd um aumento
da Pintravascular causa um fluxo anormal de LCR intraventricular, através do revestimento
ependimário, para a substância branca periventricular.
 Hidrocefalia: acúmulo do excesso de LCR no interior do sistema ventricular.
 LCR presente no espaço subaracnóide banha as convexidades cerebrais superiores, e é absv
pelas granulações aracnoides.  maioria das hidrocefalias decorre do comprometimento do
fluxo e da reabsorção do LCR. => maior volume de LCR pode aumentar a PIC, com expansão
dos ventrículos. (se for antes do fechamento das suturas, há aumento do perímetro cefálico)
Obs: produção excessiva de LCR é uma causa rara – pode acompanhar tumores no plexo coroide.
 Hidrocefalia não-comunicante / Obstrutiva: qnd o sistema ventricular não se comunica com
o espaço subaracnóide devido a uma obstrução. Ex: massa no 3º ventrículo.
 Hidrocefalia comunicante: sistema ventricular se comunica com o espaço subaracnoide, e há
aumento de todo o sistema ventricular.
 Hipertensão intracraniana e Herniação:
 Herniação é o deslocamento do tecido encefálico para além das dobras durais rígidas (foice e
tentório); OU através de aberturas no crânio devido a um aumento da PIC.
 Conforme o volume do encéfalo aumenta, o LCR é deslocado e a vasculatura é comprimida,
aumentando a pressão dentro da cavidade craniana.  Qnd o aumento está além do limite
permitido pela compressão das veias, o tecido se torna herniado entre os compartimentos
através do gradiente de pressão.
 Está associada a um efeito de massa difuso (Edema encefálico generalizado), ou focal (tumor,
abcesso, hemorragia). – a PIC elevada tb pode reduzir a perfusão do encéfalo, exacerbando o
edema.
1. Herniação subfalcina (do cíngulo): expansão
unilateral/assimétrica de um hemisfério cerebral desloca o giro
do cíngulo sobre o foice. – pode comprimir a. cerebral anterior.
2. Herniação transtentorial: face medial do lobo temporal
comprimida contra a borda livre do tentório.  3º nervo craniano
é comprometido, resultando em dilatação pupilar, e prejuízo dos
movimentos oculares do lado da lesão. + a. cerebral posterior tb
pode ser comprimida (pode ter lesão isquêmica no ctx visual
primário) + Pode ser acompanhada de lesões hemorrágicas no
mesencéfalo e na ponte ( = Hemorragias de Duret).
3. Herniação Tonsilar: deslocamento das Tonsilas cerebelares
pelo forame magno.  Esse padrão de herniação tem risco de
morte devido compressão do tronco encefálico, comprometendo
a respiração vital e centro cardíaco no Bulbo.
Patologia - Neuro 4

2- Doenças Cerebrovasculares:
Objetivos:

1) Causas de Hemorragia Intracraniana de etiologia não traumática


2) Tipos de Aneurismas e suas patogenias
3) Patogenia das lesões relacionadas à HAS
4) Etiologias das lesões isquêmicas encefálicas
5) Aspectos morfológicos do Infarto cerebral
6) Patocronia morfológica do Infarto cerebral

Doença Cerebrovascular = Lesão no encéfalo devido fluxo sanguíneo alterado  “Acidente vascular”

 D. cerebrovascular tem 2 processos:


1) Hipóxia, Isquemia e Infarto: devido o prejuízo do suprimento de sangue e O2 ao SNC.
(processo focal ou global)
*No encéfalo, o embolismo é uma etiologia mais comum que a trombose.
2) Hemorragia: devido ruptura dos vasos do SNC.  Etiologias: HAS e anomalias vasculares
(aneurisma, malformações,..).
OBS: Encéfalo recebe 15% do DC em repouso e consome 20% do O2 do corpo.
1. Hipóxia, Isquemia e Infarto:
O encéfalo pode ser privado de O2 por diversos mecanismos:
 Hipóxia: I) pela baixa Pressão Parcial de O2 (PO2). II) Comprometimento da capacidade do
sangue transportar O2. III) Inibição do uso de O2 pelo tecido.
 Isquemia: transitória ou permanente, causada por interrupção do fluxo sanguíneo normal. 
Essa interrupção por ser por: I) Redução da Pressão de perfusão. II) Obstrução de vasos.
 Depleção de ATP + Perda do potencial de membrana + Elevação do Ca++ citop (oq
ativa cascatas para lesões cells) + Liberação inadeq de NTs excitatórios (Glutamato
p.e. – permite o influxo excessivo de íons Ca++ pelos canais NMDA)
 Zona de Penumbra: área de “risco” do tecido que pode ser resgatada de lesões com
intervenções antiapoptóticas; entre o tecido necrótico e a área normal.
**Com redução do fluxo sanguíneo para o encéfalo, a sobrevivência do tecido em risco depende: da
presença de circulação colateral + duração da isquemia + magnitude e rapidez da diminuição do fluxo. 
Vão determinar o local e extensão da lesão, assim como o déficit clínico.
Patologia - Neuro 5

A) Isquemia cerebral global / Encefalopatia ocorre qnd há redução generalizada da perfusão cerebral. 
Ocorre morte neuronal difusa, independente da vulnerabilidade da região. [Neurônios são mais
sensíveis do que as céls gliais]
 Neurônios mais sensíveis do encéfalo estão na camada de céls piramidais do hipocampo
(princ área de Sommer), nas céls de Purkinje do cerebelo, e nos neurônios piramidais do
córtex cerebral.
 Pacientes que sobrevivem a essa lesão, geralmente, ficam em estado vegetativo persistente.
OU “morte encefálica”, com lesão cortical difusa irreversível e dano no tronco encefálico, sem
reflexos ou movimentos respiratórios, e sem perfusão cerebral.
Obs: Qnd pacientes com essa forma difusa de lesão são mantidos no ventilador mecânico, o encéfalo sofre um
processo autolítico de liquefação gradual, produzindo “encéfalo de respirador”.
 Infartos em Zonas limítrofes: nas regiões de encéfalo e medula mais distais ao suprimento
arterial. *Zona limítrofe entre a. cerebrais anterior e média é a de maior risco.  produz uma
faixa falciforme de necrose sobre a convexidade cerebral. [Imagem A]
 MORFOLOGIA: Encéfalo edematoso e intumescido, alargando os giros e estreitando os sulcos.
Já os aspectos microscópicos evoluem com o tempo:
a) Alterações precoces (12-24h pós-agressão): “Neurônios vermelhos” – microvacuolização,
seguida de eosinofilia do citoplasma; dps picnose nuclear e cariorrexa. (Posteriormente,
as mesmas alterações em Astrócitos e oligodendrócitos) [Imagem B]

*A reação ao dano tecidual agudo se inicia com infiltração de neutrófilos pelas bordas da lesão, onde
o suprimento vascular se manteve intacto. (Imagem C)
b) Alterações subagudas (24h- 2 semanas): Necrose tecidual, influxo de macrófagos,
proliferação vascular e gliose reativa. [Imagem D]
Patologia - Neuro 6

c) Reparo (após 2 semanas): remoção


do tecido necrótico, perda da
arquitetura normal do SNC e gliose.
[Imagem E]

Obs: Necrose pseudolaminar: padrão de lesão do


neocórtex cerebral, em que a perda neuronal e gliose são
desiguais, tendo preservação de algumas camadas e
destruição de outras.
B) Isquemia Cerebral Focal: ocorre após redução ou
interrupção do fluxo sanguíneo para uma área
localizada do encéfalo causada pela Oclusão
arterial ou Hipoperfusão. – Qnd a isquemia é sustentada, ocorre infarto no território comprometido.
 Localização e extensão do dano tecidual são influenciadas pela duração da isquemia e
adequação do fluxo colateral.  Principal fonte de fluxo colateral é o Polígono de Willis, para
os ramos distais das aa cerebrais anterior, média e posterior via anastomoses leptomeníngeas
corticais.
**Quase nenhum fluxo colateral para aa. Perfurantes profundas (Tálamo, núcleos da base e subst branca prof)
 D. vascular oclusiva com gravidade para levar a Infarto cerebral pode ocorrer devido
embolização a partir de uma fonte distante, trombose in situ, e outras vasculites.
 Embolia encefálica – fontes:
a) Trombos murais cardíacos: IAM, FA, e doenças valvulares são fatores predisponentes.
b) Tromboembolismo originário de aa (placas ateromatosas das carótidas p.e).
c) Embolia paradoxal (criança com anormalidade cardíaca), de outros materiais (ar p.e), etc.
*Êmbolo tende a se alojar onde os vasos sanguíneos se ramificam ou de estenose existente.
Ex: Chuva de êmbolos – embolia gordurosa pós-fratura (frequentemente sem sinais de localização).
EX2: Embolização da medula óssea pós-trauma – lesões hemorrágicas difusas envolvendo a substância branca.
 Oclusões trombóticas estão mais associadas a aterosclerose e ruptura de placa.  Locais mais
comuns: Bifurcação das carótidas, a. cerebral média, e nas extremidades da a.Basilar.
= Trombos estenosam a luz vascular e podem progredir p fragmentação e embolização distal.
Obs: D. cerebrovascular aterosclerótica geralmente associada a doenças sistêmicas, como HAS e DM.
 Vasculites podem causar estreitamento vascular, oclusão e infarto cerebrais, independente
de serem Vasculites infecciosas (Sífilis e TB; + infecção oportunista como aspergilose;
encefalite por CMV) ou Não-infecciosa (poliartrite nodosa p.e; angiite granulomatosa do SN).
 Tb podem causar Trombose ou Infarto: drogas, Estado de hipercoagulabilidade, e Aneurisma
dissecante de aa. Extracranianas no pescoço.
 Infarto Isquêmico X Infarto hemorrágico: pode ser não hemorrágico inicialmente, apenas com
perda de suprimento, e evoluir com Hemorragia secundária a partir da lesão de isquemia-
reperfusão, ou por colaterais, ou fragmentação do material oclusivo intravascular.
**tto mt diferente em cada tipo de infarto – Terapia trombolítica é contraindicada no Infarto hemorrágico.
 MORFOLOGIA:
a) Infarto isquêmico: aparência pouco alterada nas 1ªs 6h. Após 48h, tecido se torna pálido,
intumescido e sem distinção da junção corticomedular. De 2-10 dias, o encéfalo fica
Patologia - Neuro 7

gelatinoso e friável, e o limite entre o tecido normal e infartado se tornam mais


evidentes, e o edema diminui no tecido viável. De 10 dias-3semanas, o tecido se
liquefaz, deixando uma cavidade com líquido.
Microscopicamente, a reação tecidual segue a sequência:
I) Após 1ªs 12h: predominam alterações isquêmicas neuronais (neurônios
vermelhos), e edemas citotóxico e vasogênico. Céls endoteliais e gliais
(Astrócitos) com tumefação, e as fibras mielinizadas começam a desintegrar.
II) Até 48h: emigração neutrofílica diminui, e começam a ficarem evidentes as
céls fagocíticas (monócitos circulantes e micróglia ativada), predominando nas
próx 2-3 semanas. Macrófagos cheios de produtos de degradação de mielina.
*Astrócitos reativos passam a ser vistos após 1 semana de agressão, e vão se dividindo e aumentando de
volume conforme prossegue a liquefação e fagocitose, formando rede de extensões citoplasmáticas.
III) Após vários meses: resposta astrocítica reduz, deixando malha de fibras gliais,
misturado com novos capilares e tecido conjuntivo perivascular.
OBS: Estágios reativos e reparativos das bordas em direção ao centro.
b) Infarto hemorrágico: aspectos e evolução temporal similares ao do infarto isquêmico,
com acréscimo de extravasamento e reabsorção de sangue.
**Infartos venosos, com frequência, são hemorrágicos, podendo ocorrer após oclusão trombótica de seios
venosos (sagital sup p.e), ou oclusão de veias cerebrais profundas.  Carcinoma e Infecções profundas levam
a estado de hipercoagulabilidade, aumentando o risco de Trombose venosa.
Ex: Infarto da medula espinal – observado na hipoperfusão, ou interrupção traumática das aa tributárias da
aorta (raramente oclusão da artéria espinal anterior devido a êmbolo ou vasculite).
2. Doença cerebrovascular hipertensiva:
 Efeitos mais importantes da hipertensão sobre o encéfalo são: Infartos lacunares, Hemorragia
em fenda, Encefalopatia hipertensiva, Hemorragia intracerebral hipertensiva maciça.
a. Infartos Lacunares: Hipertensão afeta as aa. Perfurantes cerebrais e as arteríolas que
suprem os núcleos da base, substância branca hemisférica e tronco encefálico 
esses vasos desenvolvem Esclerose arteriolar, podendo ficar ocluído.
 Consequência das lesões arteriais no SNC: *Pequenos infartos cavitários
únicos ou múltiplos = Lacunas (menos de 15mm de largura).  Em ordem
decrescente de frequência: Núcleo lentiforme, Tálamo, Cápsula interna,
subst branca profunda, núcleo caudado e ponte.
 M.O: perda tecidual circundada de gliose.
Obs: vasos afetados podem estar associados ao alargamento dos espaços perivasculares sem infarto.
b. Hemorragia em fenda: HAS pode provocar ruptura dos vasos perfurantes de peq
calibre, com peq hemorragias, que serão reabsorvidas, deixando uma cavidade em
forma de fenda circundada por coloração acastanhada (destruição tecidual focal +
macrófagos carreando pigmentos + gliose).
c. Encefalopatia hipertensiva aguda: SD que surge na hipertensão maligna, c disfunção
cerebral difusa (cefaleia, convulsões, vômito, confusão).  Reduzir PIC
 Encéfalo edematoso, com herniação. M.O: Necrose fibrinoide
*Demência vascular: SD desenvolvida devido vários infartos bilaterais da substância cinzenta e branca=
Demência, anormalidade da marcha, e sinais pseudobulbares.  Causado por várias doenças vasculares
multifocais: Arteriosclerose cerebral, Trombose vascular ou embolização a partir das carótidas ou do
coração, e Esclerose arteriolar cerebral devido HAS crônica.
Patologia - Neuro 8

3. Hemorragia Intracraniana não-traumática:


A) Hemorragia Intraparenquimatosa: ruptura de pequeno vaso intraparenquimatoso, levando à
hemorragia /acidente vascular, com início súbito de sintomas neurológicos. – podem ser Lobares,
de Núcleos da base.  2 principais causas desses padrões de hemorragia são HAS (dos núcleos da
base) e angiopatia amiloide cerebral (Lobar).
**HAS é o fator de risco mais associado a hemorragias parenquimatosas profundas.  HAS causa danos às
paredes vasculares – arteriosclerose acelerada nas grandes aa e hialina nas peq aa (mais frágil a ruptura).
 Fatores que contribuem: distúrbios de coagulação, neoplasias, vasculites, aneurismas.
OBS: HAS crônica está associada com os Microaneurismas de Charcot-Bouchard, formados em vasos com
menos de 300 micrômetros de diâmetro, e em geral nos núcleos da base, podendo ser o local de ruptura.
[NÃO são os aneurismas saculares de grandes vasos intracranianos no espaço subaracnoide].
Hemorragia Intraparenquimatosa
Angiopatia amiloide cerebral
hipertensiva pode se originar no
Putâmem (50-60% dos casos), no
Tálamo, na Ponte, e nos hemisférios
cerebelares (raro).
Hemorragias agudas comprimem o
tecido adjacente. – qnd precoce, tem
um núcleo central de sangue coagulado,
com a borda de tecido encefálico com
Hemorragia hipertensiva alteração anóxica neuronal e glial.
 Hemorragias antigas são cavitadas, com borda acastanhada.
 Angiopatia Amiloide Cerebral é o fator de risco mais associado a Hemorragias Lobares. –
peptídeos amiloidogênicos são depositados de forma densa e uniforme nas paredes dos vasos
leptomeníngeos e do ctx cerebral , enfraquecendo a parede dos vasos, que era rígida.

Obs: Arteriopatia cerebral autossômica dominante com infartos subcorticais e leucoencefalopatia – CADASIL:
mutação no gene NOTCH3 leva a disfunção do m. liso vascular = acidentes vasculares recorrentes e demência;
1ªs alterações na substância branca aos 35 anos, e infartos aparecem cerca de 10 anos depois.  aa do SNC
e da pele com espessamento concêntrico da média e adventícia, perda de céls musculares lisas, e depósitos
basofílicos PAS+ (ptn NOTCH mal enovelada).

B) Hemorragia Subaracnoide e Ruptura de Aneurisma sacular:


 Causas da hemorragia subaracnoide:
a) Ruptura de um aneurisma sacular em uma artéria cerebral. – mais comum
b) Expansão de um hematoma traumático
c) Malformação vascular, Distúrbios hematológico, Tumores.
d) Ruptura de hemorragia intracerebral hipertensiva para dentro do sistema Ventricular.
 Aneurismas:
a) Aneurisma sacular: é o aneurisma intracraniano mais comum de causar Hemorragia
subaracnoide; 90% próximos a pontos de ramificação arterial na circulação anterior.
b) Aneurisma aterosclerótico: fusiforme; principalmente na a. basilar.
c) Micótico, Traumático, Dissecante.  Mais na circulação anterior; mais frequentem
relacionado a Infarto cerebral.
Patologia - Neuro 9

 Aneurisma sacular: fatores genéticos envolvidos – ↑


incidência em primos de 1º grau de afetados. + Relação
com certos distúrbios (Síndrome de Marfan p.e).
 Fatores de predisposição: tabagismo, HAS.
 Aneurisma sacular não rompido é uma
evaginação das paredes finas em algum ponto
de ramificação do polígono de Willis. Mede 2-
3cm de diâmetro, e tem superfície brilhante e
avermelhada, e parede translúcida. Colo do
aneurisma pode ser estreito ou largo. Parede
arterial adjacente ao colo tem espessamento da
íntima e atenuação da camada média.

**Ruptura geralmente ocorre no ápice do saco aneurismático (íntima hialinizada espessada e coberta por
adventícia), extravasando sangue para o espaço subaracnoide, substância encefálica, ou ambas.

 Mais comum aos 50 anos, e sexo feminino.


 Rompimento do aneurisma pode ocorrer a qualquer momento, mas geralmente está
associado ao aumento agudo da PIC (como na evacuação, ou orgasmo)  Sangue c/
pressão arterial é forçado no espaço subaracnoide, provocando súbita e excruciante
cefaleia, perdendo a consciência.
 Consequências do sangramento no espaço subaracnoide:
d) Eventos agudos (horas a dias após): Nesse momento, há risco adicional de lesão
isquêmica devido ao vasoespasmo das artérias irrigadas pelo sangue extravasado.
*Mais preocupante na hemorragia subaracnoide basal, pq envolve os principais vasos
do Polígono de Willis.
e) Sequelas tardias: associadas a fibrose e cicatrização meníngea, podendo levar à
obstrução do LCR (+ interrupção das vias normais de reabsorção).
Patologia - Neuro 10

3 – Trauma:
Objetivos:

 Determinantes das consequências do trauma no SNC: Localização anatômica da lesão + Capacidade


limitada de reparo tecidual.  Magnitude e distribuição da lesão dependem do formato do objeto, e
se estava em movimento no momento da lesão.
 Forças físicas relacionadas ao trauma cefálico causam: - Fratura craniana
- Lesão parenquimatosa *Podem coexistir
- Lesão vascular
 Golpe na cabeça pode ser Penetrante (lesão aberta) ou Contuso (lesão fechada).
A) Fratura craniana:
 Fratura craniana com deslocamento: osso é deslocado para dentro da cavidade craniana por
distância maior que a espessura do osso (varia espessura = varia resistência à fratura)
+ Fratura entre ossos está relacionada ao padrão de queda.

Ex: Fratura de base de crânio – pós impacto occipital ou lateral da cabeça  seguida de saída do LCR pelo nariz
ou orelha. Ex2: Cai acordado – lesão occipital geralmente. Ex3: Síncope – impacto frontal.

 Fratura diastásica: Energia cinética (Ec) que causa fratura é dissipada em fratura fundida.
Obs: Com golpes repetidos, as linhas de fratura das lesões subsequentes não se estendem pela linha de fratura
da lesão inicial.
B) Lesões parenquimatosas:
a. Concussão: SD clínica de alteração de consciência secundária ao trauma craniano
 Cabeça em movimento é subitamente detida por uma superfície rígida  Início instantâneo
de disfunção neurológica transitória: perda da consciência + parada respiratória temporária
+ arreflexia. (devido perturbação do SRAA no tronco)
 Recuperação neurológica completa, porém amnésia para o evento persiste.

Obs: lesões repetidas podem gerar SD neuropsiquiátricas pós-concussiva – Encefalopatia traumática crônica.

b. Lesão direta do parênquima: Contusões (análoga a trauma fechado) e lacerações (penetração de


objeto e esgarçamento do tecido)
 Ocorrem pela transmissão de energia cinética para o
encéfalo  Golpe na superfície do encéfalo é transmitido
pelo crânio, levando a rápido deslocamento de tecido,
ruptura de canais vasculares, e subsequente hemorragia,
lesão tecidual e edema.  pode ter HSA.
 Locais mais frequentes de impacto direto + regiões
encefálicas sobrepostas a superfície interna
irregular/áspera: Cristas orbitais dos Lobos frontais, e Lobo temporal.
 Contusão por golpe: ponto de contato entre o encéfalo e crânio no local do impacto.
 Contusão por contragolpe: encéfalo atinge a superfície interna oposta do crânio após
desaceleração súbita. Obs: Diferem pela detecção do ponto de impacto.

*Impacto súbito com hiperextensão violenta posterior ou lateral do pescoço pode provocar avulsão entre a
ponte e o bulbo, OU entre bulbo e medula, o que leva à morte instantânea.
Patologia - Neuro 11

 Aparência das contusões é a mesma, independente do tipo de trauma. – Cunha com base mais
larga ao longo da superfície no ponto de impacto.
 Estágios iniciais: edema e hemorragia pericapilares. * + Tumefação axonal.
 Sangramento se estende do tecido envolvido p ctx, em direção à subst. branca e ESA.
 24h: Lesão neuronal – picnose, eosinofilia citoplasmática, e desintegração cell.

Obs: Lesões traumáticas antigas são bem características: deprimidas, retraídas, com marcas amarelo-
acastanhadas nas cristas dos giros, e geralm em lesão por contragolpe = ctx frontal basal, polos temporais e
occipitais. *Plaque jaune (placa amarela) é característica dessa lesão, e pode virar foco epiléptico.

c. Lesão axonal difusa: Além da superfície encefálica, podem ser acometidas:


 Substância branca profunda (corpo caloso, área paraventricular e hipocampal), pedúnculo
cerebral e cerebelar (superior), colículo superior, e formação reticular profunda.
 Tumefação axonal = lesão axonal difusa; + lesão hemorrágica focal. Bilateral geralmente.
 Axônios são lesados pela ação direta de forças mecânicas, alterando fluxo citoplasmático.

C) Lesão vascular traumática:


 Resulta do trauma direto, com ruptura da parede do vaso, levando a hemorragia no Espaço
epidural, subdural, ESA, ou intraparenquimatoso.

1. Hematoma Epidural: As aa
durais, entre a fusão do
periósteo com a dura-máter,
princ. a a. Meníngea média,
estão suscetíveis a lesões,
princ. na fratura do Temporal,
visto que as linhas da fratura
cruzam o trajeto do vaso. 
Com o rompimento, o sangue
em alta pressão separa a dura-
máter da superfície interna do
crânio + compressão da
superfície do encéfalo.
*Hematoma em expansão tem contorno interno liso.

2. Hematoma subdural: Sangue se acumula entre os 2 folhetos da Dura-máter (uma com


fibroblasto, e uma colagenosa).  Veias em ponte, que atravessam o ESA e subdural (e
desemboca no seio sagital superior), são mais propensas a esgarçarem no seu trajeto
subdural e serem a fonte de sangramento.
*Deslocamento do encéfalo no trauma pode esgarçar os vasos (são “fixos”).

Obs: Idosos com atrofia encefálica já tem vasos em ponte estendidas – por isso, tem alta taxa de hematoma
subdural (mesmo após TCE leve – queda da pp altura). Crianças tem veias em ponte com parede mais fina.

o Morfologia: Hematoma subdural agudo tem coleção de sangue recém-


coagulado na superfície do encéfalo, sem extensão para sulcos. + Encéfalo subjacente
aplanado. ESA limpo geralmente.
Patologia - Neuro 12

o Hematoma resultante é degradado e organizado ao longo do tempo: Lise do


coágulo (1 semana)  Crescimento de fibroblastos da superfície dural para o interior do hematoma (2
semanas)  Desenvolvimento precoce de tecido conjuntivo hialinizado (1-3 meses)  Hematoma organizado
inserido na superfície dural por tecido fibroso (Está sem aracnoide adjacente, o que não ajuda cicatrização).
Obs: A partir dai, lesão pode retrair com o amadurecimento do tecido granuloso, restando fina camada de
tecido conjuntivo reativo. OU Múltiplos ep recorrentes de sangramento = Hematoma subdural crônico.

o Hematomas subdurais (geralmente nas faces laterais dos hemisférios) tem sinais
clínicos neurológicos em até 48h, pela pressão exercida sobre o encéfalo: Sinais
focais, cefaleia, confusão. tto: remoção do sangue e tecido organizado.

D) Sequelas do Trauma encefálico: SD neurológicas meses ou anos após o trauma.


 Hidrocefalia pós-traumática: obstrução da reabsorção de LCR devido hemorragia no ESA.
 Encefalopatia traumática crônica (ETC): Demência devido trauma craniano repetido – Encéfalo
atrófico, com ventrículos alargados, e acúmulo de emaranhados neurofibrilares compostos
por tau na superfície do córtex do lobo frontal e temporal.
 Outras sequelas: Epilepsia pós-traumática, risco de infecção, e Distúrbios psiquiátricos.
E) Lesão da Medula espinal: Maioria das lesões associadas ao deslocamento transitório ou permanente
da coluna vertebral. Nível da lesão acima de C4 pode ter comprometimento respiratório.
 Fase aguda no nível da lesão: Hemorragia, necrose e tumefação axonal da substância branca
 Áreas centrais da destruição neuronal se tornam císticas e glióticas, e cortes acima e abaixo
da lesão mostram Degeneração Walleriana ascendente e descendente.

4 – Infecções no SNC:
Objetivos:

1) Citar as formas de apresentação das infecções no SNC + Vias de penetração dos microrganismos
2) Citar principais infecções oportunistas encefálicas da AIDS
3) Aspectos clínico-morfológicos da toxoplasmose, criptococose, leucoencefalopatia multifocal
progressiva, encefalopatia pelo HIV, correlacionando-as com imagens, e diferenciando-as clinicam.
Patologia - Neuro 13

 Infecção pode danificar SN pela lesão direta aos neurônios ou à glia, sendo esta causada: (1) pelo
agente infeccioso, ou (2) por toxinas microbianas, ou (3) pelos efeitos destrutivos da resposta
inflamatória, ou (4) por mecanismo mediado pelo sistema imune.
 4 Rotas de entrada dos microrganismos no SNC:
a) Disseminação hematogênica (mais comum): agente obtém acesso pela circulação arterial;
tb pode ocorrer disseminação venosa retrógrada por anastomose com veias da face.
b) Implantação direta: traumática, ou associada a malformações congênitas (dá acesso).
c) Extensão local: estruturas infectadas adjacentes – seios aéreos, dente, crânio, coluna.
d) SNP: vírus podem ser transportados pelo SNP. Ex: raiva e herpes-zoister.
 Formas de apresentação das infecções no SNC:
 Bacterianas: Meningites (aguda ou crônica), Abcesso e Empiema.
 Virais: Meningite, Encefalite (por artrópode ou não), Poliomielite, Romboencefalite (Tronco).
 Riquétsia, Espiroquetas e fungos: SD meningíticas – Neurossífilis, D de Lyme, febre maculosa,..
 Protozários e Metazoários: Toxoplasmose, Cisticercose, encefalite amebiana, malária central.

 HIV:
 Alterações neuropatológicas por efeitos diretos do vírus sobre o SN, infecções oportunistas, e
linfomas primários do SNC.- Redução da frequência devido terapia antirretroviral.

Ex: Meningite asséptica por HIV (1-2 semanas após soroconversão): meningite linfocítica leve, inflamação
perivascular, e perda de mielina nos hemisférios.  Pode evoluir para encefalite (micróglia com mt CD4).

 Encefalite por HIV é uma reação inflamatória


crônica associada a nódulos microgliais com céls
gigantes multinucleadas, e são distribuídos; +
necrose tecidual + gliose reativa.
*Nódulos microgliais podem estar ao redor de pequenos vasos,
com céls endoteliais proeminentes, macrófago espumoso
perivascular ou com mt pigmento  Principalm na massa branca
subcortical, diencéfalo e tronco.
Obs: HIV pode ser detectado em macrófagos mono ou multinucleados CD4+, e na Micróglia.
 Demência associada ao HIV: associada à extensão da micróglia no encéfalo, já que nem toda
ela está infectada pelo HIV necessariamente. – Cada via inflamatória contribui p patogenia.
 Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LPM): Encefalite viral pelo poliomavírus JC  infecta
principalmente Oligodendrócitos = Desmielinização.
 LPM é resultado da reativação do vírus (contato prévio) em quadro de imunossupressão:
doenças linfo e mieloproliferativas crônicas, QT imunossupressiva, D. granulomatosa, AIDS.
 Sinais e sintomas neurológicos focais
e progressivos, com lesões multifocais na área
branca hemisférica ou cerebelar  (1) Macro:
Placas de destruição irregulares e mal
definidas da massa branca. (2) Micro: Placas
de Desmielinização, em cujo centro podem
ter macrófagos dispersos com lipídio, e ↓ nº
de axônios, principalmente em região
subcortical. + núcleos de Oligodendrócitos
Núcleo dos Oligodendrócitos
Patologia - Neuro 14

aumentados na borda, com inclusões virais vítreas (antígeno viral por imunohistoquímica) +
Astrócitos gigantes dentro das lesões multinucleados (irregular e hipercrômico), misturado
aos Astrócitos reativos típicos.
 Meningoencefalite crônica: principalmente em imunocomprometido  Cérebro é acometido após
disseminação hematogênica generalizada de fungos – Candadida albicans, Cryptococcus neoformans,
Aspergillus fumigatus. Obs: Extensão direta em pacientes com DM e cetoacidose pode ocorrer.
 3 principais formas de infecção fúngica no SNC:
a) Meningite crônica
b) Vasculite: mucormicose e aspergilose – invasão fúngica direta da parede vascular 
Trombose resultante produz infarto, geralm hemorrágico, e com subsequente sepse.
c) Invasão do parênquima: forma de granulomas ou abcessos; geralmente coexiste com a
meningite. – Cryptococcus e Candida mais comumente invadem o encéfalo.
 Candidíase: microabcessos múltiplos, com ou sem formação de granulomas.
 Meningite criptocócica: infecção oportunista comum na AIDS, podendo ser
fulminante (2 semanas) ou indolente (meses-ano). LCR com ↑ptns + leveduras mucoides encapsuladas.

*Encéfalo com meningite crônica nas leptomeninges basais = opacas e espessadas por tecido reativo
(infiltrado meníngeo com fibroblastos misturados com criptococos); + pode obstruir o fluxo do LCR pelos
forames, provocando hidrocefalia; + material gelatinoso no ESA + pequenos cistos no parênquima (“bolhas de
sabão”), principalmente nos núcleos da base  Lesão parenquimatosa: Agregados de organismos dentro de
espaços perivasculares expandidos, associado a inflamação mínima ou gliose.

 Toxoplasmose encefálica: Outra infecção comum na imunodeficiência por HIV é a encefalite pelo
Toxoplasma gondii, com clínica subaguda (1-2semanas), podendo ser focal ou difusa.
 TC / RM: Múltiplas lesões com realce anelar – não é patognomônico: Linfoma do SNC, e TB.
 Abcessos encefálicos no córtex cerebral (junção cinzento-branca) e núcleos cinzentos prof
mais frequentemente. Baixa frequência no Tronco e Cerebelo. Raro na medula.
(1) Lesões agudas: foco central de necrose,
petéquias hemorrágicas com inflamação aguda e
crônica, infiltração de macrófagos e proliferação
vascular. + Taquizoítos e Bradizoítas (cisto) na periferia
do foco necrótico. + vasos perilesionares com
proliferação da camada íntima, e até Vasculite com
necrose fibrinoide e trombose.
Patologia - Neuro 15

(2) Após tto: grandes áreas de necrose de coagulação, circundada por macrófagos com lipídio.
(3) Lesões crônicas: pequenos espaços císticos com macrófagos com mt hemossiderina e
lipídios, circundados pelo encéfalo gliótico. Difícil de detectar os organismos nessa fase.

5 – Neoplasias intracranianas:
Objetivos:

1) Citar principais particularidades das neoplasias intracranianas


2) Citar as complicações clínicas genéricas das neoplasias intracranianas
3) Descrever os aspectos morfológicos dos gliomas, meningeomas, e neurilemomas + Det prognóstico

 Maioria dos tumores no SNC (intracraniano e medular) é primário, com ¼ sendo metastático. São 20%
dos CA infantis (70% na fossa posterior). Nos adultos, maioria dentro dos hemisférios cerebrais. 
Curso clínico depende pelo crescimento e localização. **Raramente se disseminam p fora do SNC.
 Características benignas: baixa taxa de mitose, uniformidade cell, crescimento lento.

Obs: Devido capacidade de se infiltrar difusamente pelas substâncias branca e cinzenta, o tumor pode não ser
sensível à ressecção cirúrgica completa sem comprometer a função neurológica.
Obs: São capazes de se disseminar pelo LCR (se invadirem o ESA) = implantação ao longo do cérebro e medula.

 Quando recorrem, frequentemente tem progressão para grau histológico maior e adquirem
nome diferente, mas é a progressão clonal do mesmo tumor.
 Classes de tumores encefálicos: Gliomas, Tumores neuronais, Tumores pouco diferenciados, Tumores
das meninges e os de nervos periféricos.
A. Gliomas: Astrocitomas, Oligodendrogliomas, e Ependimomas. – não derivam de suas células
maduras, mas sim de uma cél progenitora que se diferencia nessas linhagens preferencialmente.
1) Astrocitomas: variam do grau I-IV. A partir da 1ª década de vida. Qualquer local do neuroeixo.
 Astrocitomas infiltrativos (80% dos tumores encefálicos em adultos): mais frequente 40-60
anos, nos hemisférios cerebrais. Tb pode estar em cerebelo, tronco e medula.
 Crise convulsiva, cefaleia, e déficit neurológico focal (sinaliza local do tumor).

Obs: Não existe astrocitoma grau I !  Astrocitoma difuso (grau II), Anaplásico (III), e Glioblastoma (grau IV).

**Diversas alterações genotípicas distintas, mas que tem como marco: Sinalização proliferativa + evasão de
supressores do crescimento ! – Combinações de mutações que ativam RAS e PI3-K, inativando p53 e RB.
Patologia - Neuro 16

a) Astrocitoma difuso (grau II): mal definidos, cinza,


infiltrativos, distorcendo o cérebro; superfície de corte
firme ou gelatinosa; bem demarcado no tecido encefálico
adjacente. Pode ter efeito de massa e edema.
 MO: Densidade cell maior que substância branca
normal, com rede fibrosa de processos astrocíticos
entre os núcleos pleomórficos. = Aspecto fibrilar
Expansão bilat septo pelúcido
b) Astrocitoma anaplásico (grau III): regiões mais densamente cells, com pleomorfismo cell
maior, e figuras mitóticas.

Obs: Astrocitoma geminocístico: corpo cell eosinófilo do astrócito neoplásico, e processos espessos emergindo

c) Glioblastoma (grau IV)  Glioblastoma primário (mais frequente em idoso) ou secundário


(progride de um astrocitoma de menor grau; jovens). São bem agressivos (1,5 de vida).
 Padrões de alterações moleculares classificam tumores como: (1) Clássico (associado
ao 1ªrio). (2) Pró-neural (2ªrio). (3) Neural. (4) Mesenquimal.
 Tumor (GBM) com variações características de região para região, com aspecto
histológico similar ao do astrocitoma anaplásico, mas com necrose e proliferação cell
endotelial ou vascular.  Em áreas de hipercellridade, tem necrose com padrão de
serpentina: céls tumorais ao longo da borda de necrose = Aspecto pseudopaliçada.
 Proliferação de céls vasculares se empilham e formam protuberância p luz.

 Astrocitomas mais localizados: Astrocitoma pilocítico p.e (grau I-IV): mais benigno.
 Normalmente em criança e adulto jovem, localizando-se no cerebelo (tb pode surgir
no assoalho e parede do 3º V, nervo óptico, e eventualmente, hemisférios cerebrais).
 Perda funcional da neurofibromina. *Crescimento lento!
 Geralmente é cístico, com céls polares de prolongamentos longos e finos, os quais
formam malhas fibrilares densas. + Fibras de
Rosenthal e corpúsculos granulares eosinófilos.
*Bifásicos – áreas microcísticas, e fibrilares esparsas.
↑Nº de vasos sang. Tem borda infiltrativa estreita
no encéfalo contíguo ao tumor.
 Xantoastrocitoma pleomórfico: atipia cell + depósito de
Reticulina + céls inflamat crônicas + sem necrose ou mitose.
Patologia - Neuro 17

 Glioma de Tronco encefálico: Glioma intrínseco da ponte, Tumor cervicomedular, etc.


2) Oligodendroglioma: São gliomas infiltrativos com céls similares a Oligodendrócitos, principalmente
na substância branca dos hemisférios cerebrais. É grau II.
 Massas acinzentadas, gelatinosas, bem circunscritas,
e podem ter cistos, hemorragia focal e calcificação.
 Lâminas de céls regulares, com núcleos esféricos
com cromatina regular, circundado por um halo
citoplasmático claro. + delicada rede de capilares
anastomosantes.

Obs: Oligodendroglioma anaplásico (grau III): aumento da densidade


cell, anaplasia nuclear, aumento da atividade mitótica e necrose.
*Pode ser encontrado dentro de um oligodendroglioma grau II.  Por ser mais agressivo, é um Glioblastoma.

3) Ependimoma e lesões expansivas paraventriculares: Desenvolvem-se perto do sistema ventricular,


revestido por céls ependimárias. Até 20 anos, mais no 4º ventrículo. Em adultos, mais no canal
central da medula (obliteração) – comum na neurofibromatose tipo II.
 2 subtipos: fenótipo Mesenquimal (em jovens) com propensão a metástases, e Aberrações de
grandes regiões de cromossomas / cromossomos inteiros.
 No 4ºV: Massas sólidas que se estendem a partir do assoalho do ventrículo, e limites
bem demarcados (na medula, permite ressecção). – Compostos por céls com núcleos
regulares arredondados, e cromatina granular abundante, com base fibrilar.
 Céls tumorais podem formar estruturas parecidas com glds, com prolongamentos que
se estendem até a luz. Mais comum são as **Pseudorrosetas perivasculares, com as
céls tumorais ao redor dos vasos, com uma zona de intervenção que são os prolong
epedendimários direcionados p parede do vaso.

 Ependimomas da fossa posterior: hidrocefalia secundária à obstrução progressiva do 4ºV –


pode ter disseminação pelo LCR (mau prognóstico). Tumor pode estar associado ao plexo
coroide.
 Subependimomas, Papilomas do plexo coroide, Cisto coloide do 3ºV.
B. Tumores neuronais: muito menos comuns. Em gera, em jovens adultos, e associado a convulsões.
 Gangliogliomas: mistura de céls neuronais maduras, e gliais. São lesões superficiais que se
apresentam como convulsões. São de crescimento lento, mas o componente glial pode se
tornar anaplásico, progredindo a doença. – bom prognóstico após ressecção cirúrgica.
 Neurocitoma central.
C. Tumores pouco diferenciados / embrionários: característica cell indiferenciada.
 Meduloblastoma (20% de tumores cerebrais em criança): por definição, ocorre no cerebelo!
Patologia - Neuro 18

 Podem ter marcadores neuronais e gliais, mas é bem indiferenciado no geral.


 Região média do cerebelo em crianças, e lateral em adultos. – Progressão rápida pode
ocluir o fluxo de LCR = Hidrocefalia.
 Bem circunscrito, acinzentado e friável, podendo se estender para leptomeninges.
 MO: Muito cell, com camadas anaplásicas. Céls
tumorais pequenas, com citoplasma escasso e núcleo
hipercromático. – formato alongado ou crescente. + Mitoses
 Bordas das massas tumorais tem céls com
predisposição para formar cadeias lineares que se infiltram
através do ctx cerebral e se agregam abaixo da pia-máter,
implantando-se no ESA. – “metástase em gota” (certa distância
do tumor primário).
 Muito agressivos – prognóstico bem ruim.
D. Meningioma: Benignos em adultos, ficam ligados à dura-máter e se originam das céls da aracnoide.
 Massas arredondadas com base dural bem definida, sendo encapsulado por fino tecido
fibroso, e comprimindo encéfalo adjacente. Também pode crescer em placa = forma laminar
ao longo da superfície da dura-máter
 Consistência vai de firme/fibrosa a granular. Pode ter corpúsculos psamomatosos calcificados.
 Degeneração xantomatosa, metaplasia (óssea até), e pleomorfismo nuclear moderado.
 Geralmente de crescimento lento – sintomas vagos não-localizáveis, ou focais (compressão).
 São mais frequentes em mulheres. Meningiomas podem expressar recept para progesterona,
crescendo mais rapidamente durante a gravidez.

 Maioria dos meningiomas é grau I – Tem padrões histológicos diferentes:


 Sincicial: aglomerados espiralados de céls em grupos compactos.
 Fibroblástico: céls alongadas entremeadas por deposição de colágeno
 Transicional: características dos 2 anteriores associadas.
 Psamomatoso: calcificação das ilhas sinciciais de céls meningoteliais formando
corpúsculos psamomatosos.
 Secretório: gotículas intra-citoplasmáticas PAS+ e espaços intracells.
 Microcístico: aspecto frouxo e esponjoso
 Meningioma atípico (grau II): mais recorrente e agressivo crescimento local.  Índice mitótico
maior + ↑cellridade + ↑relação núcleo/citoplasma + nucléolos proeminentes + sem necrose.
 Meningiomas anaplásicos: taxa mitótica extremamente alta. Muito agressivos.
 Meningiomas papilares: céls pleomórficas ao redor de núcleos fibrovasculares.- grau III.

Obs: Invasão encefálica aumenta recorrência, mas não altera o grau da lesão.
Patologia - Neuro 19

Reumato – Patologia:

 Articulações (estabilidade mecânica) são sólidas (não sinoviais) /sinartrose ou cavitadas (sinoviais):
 Sinartrose: integridade estrutural com movimento mínimo, sem cavidade articular.
 Tecido conjuntivo fibroso: suturas cranianas, ponte entre raízes dos dentes e osso maxilar.
 Tecido conjuntivo cartilaginoso: sínfise manúbrio-esternal e sínfise púbica.
 Articulações sinoviais: cavidade articular permite amplos movimentos. – tem densa cápsula
fibrosa reforçada por ligamentos e músculos. + membrana sinovial (ancorada à cápsula e não
cobre a superfície articular) –> Contorno liso, exceto na inserção óssea, com dobras vilosas.
 Sinoviócitos tipo A (macrófago) e tipo B (fibroblastos – ácido hialurônico + várias ptns)

**SEM membrana basal ! = troca eficiente de nutrientes, resíduos e gases entre sangue e líquido sinovial
(filtrado de plasma com ácido hialurônico, que lubrifica e nutre a cartilagem hialina articular).

 Cartilagem hialina atua como absorvente elástico de choques e superfície de resistência


contra desgaste. – água (70% - resiste à compressão) + colágeno II + proteoglicana +
condrócito (sintetiza a matriz e secreta enzima de degradação, ativada por IL-1 e TNF).
 Osteoartrite: degeneração da cartilagem que leva à falha estrutural e funcional das articulações
sinoviais. – condrócitos respondem a esforços mecânicos, provocando colapso da matriz.
 Primária (insidiosa, associada com a idade, sendo oligoarticular) x Secundária (condição
predisponente associada – deformidade articular, lesão articular anterior – ou causa sistêmica
– DM, hemocromatose, obesidade).
Obs: Mulher – joelho e mãos com maior frequência. Homens – quadris.
 Patogenia: degeneração da cartilagem articular e sua reparação desordenada – alteração
patológica dos condrócitos e da matriz na OA, com degradação excedendo a síntese, com a
composição de proteoglicanos alterada. + aumento de TGF-β e TNF.
Obs: Efeitos ambientais: envelhecimento e estresse biomecânico
- Fase 1: Lesão dos condrócitos – fatores genéticos + bioquímicos
- Fase 2: OA precoce, com proliferação de condrócitos e secreção de mediadores inflamat. +
proteoglicanos + proteases, remodelando a matriz e iniciando alterações inflamatórias.
- Fase 3: OA tardia, com lesão repetitiva e inflamação crônica levando ao esgotamento, com
perda de cartilagem e alteração óssea subcondral
Patologia - Neuro 20

 Morfologia: Condrócitos proliferam e se agrupam + aumenta conteúdo líquido, reduzindo


concentração de proteoglicanas + fibras colágenas são clivadas, originando fissuras e fendas
na superfície articular (superfície granular e macia).  Condrócitos morrem, esmagando a
cartilagem (flutua no interior da articulação, assim como o osso subcondral) + placa exposta
do osso subcondral (vira a nova superfície articular), e o atrito o “alisa” + esclerose do osso
esponjoso subjacente + pequenas fraturas no osso articular (lacunas permitem forçar o líquido
sinovial para região subcondral, formando cistos de parede fibrosa) + osteófitos em cogumelo

Obs: Punho, cotovelo


e ombro geralmente
poupados.

 Sintomas: Dor profunda que piora com uso, rigidez matinal, crepitação e menor amplitude.
 Compressão dos forames espinais pelos osteófitos: pinçamento das raízes nervosas
cervical e lombar, com dor radicular, espasmos musculares, atrofia e déficit neurológico.

 Artrite reumatoide: produz sinotive inflamatória proliferativa e não supurativa  progride para
destruição da cartilagem articular e anquilose das articulações. – Pode acometer pele, vaso sanguíneo,
coração e pulmão.
 Patogenia: Alterações patológicas mediadas por
AC contra auto-antígenos + inflamação por
citocinas secretadas por céls T CD4+ (reação
com agente artritogênico
 Sinóvia da AR: Centros germinativos c/ folículos
secundários e plasmócitos abundantes que
produzem AC.  Complexo antígeno-AC anti-
Citrulina (PCC), colágeno tipo II, α-enolase,
vimentina se depositam nas articulações e
medeiam a lesão articular. + Fator reumatoide
presente (80% dos pacientes com AR).
 Morfologia: Artrite simétrica, princ. de pequenas
articulações de mãos e pés, com a sinóvia
edematosa, espessada e hiperplásica, gerando
vilosidades delicadas e bulbosas na superfície.
Esse  Proliferação / hiperplasia de céls sinoviais.
conjunto  Denso infiltrado inflamatório de céls T CD4+, plasmócitos.
produz  Angiogênese
pannus  Exsudato fibrinopurulento na superfície sinovial articular.
 Atividade osteoclástica no osso subjacente. – erosão periarticular e cistos subcondrais.
Patologia - Neuro 21

**Pannus: massa de sinóvia edematosa + céls inflamatórias + tecido de granulação e fibroblastos, que crescem
ao longo da cartilagem articular e causam sua erosão.  Após cartilagem ser destruída, pannus se liga aos
ossos opostos p formar Anquilose fibrosa, que ossifica e leva à fusão dos ossos = Anquilose óssea.

 Nódulos reumatoides subcutâneos: firmes, indolores, arredondados a ovais. – Granuloma


necrosante c/ zona central de necrose fibrinoide cercada por macróf, linfócitos e plasmócitos.
 Vasculite necrosante aguda: pequenas e grandes artérias, podendo envolver pericárdio,
pleura, ou pulmão, evoluindo para fibrose crônica.

Obs: Inflamação nos tendões, ligamentos, e m. esquelético adjacente pode acompanhar a artrite, produzindo
desvio radial ou ulnar característicos.

 RX: Derrame articular + osteopenia justa-articular, com erosão e estreitamento da cavidade


articular, e perda da cartilagem.

*Achados RX característicos + líquido sinovial estéril, turvo, com menor viscosidade e neutrófilos com inclusão
+ Fator reumatoide e Anti-CCP ! – importante detectar para diferenciar de artrites crônicas.

 Espondiloartropatia não sorológica:

Alteração patológica da inserção da sinóvia + articulações sacroilíacas + HLA-B27 + SEM fator reumatoide

 Espondilite anquilosante: destruição da cartilagem articular e anquilose óssea das articulações


sacroilíacas e vertebrais.
Patologia - Neuro 22

 Artrite reativa: tríade de artrite + uretrite não gonocócica + conjuntivite.  Reação autoimune
desencadeada por infecção anterior por Chlamydia, Shigella, Salmonella, Campylobacter.
 Tornozelos, joelhos e pés principalmente e de forma assimétrica.
**Esporões do calcâneo (calcificação da inserção do tendão)
 Artrite associada a enterite: causada por infecção por Yersinia, Salmonella, Shigella,
Campylobacter.  Joelhos e tornozelos, durando cerca de 1 ano sem evolução após.
 Artrite psoriásica: Artropatia inflamatória crônica associada a psoríase e que afeta as
articulações periféricas, axiais e vertebrais (ligamento e tendões). – M.O similar à AR, porém
com remissão mais frequente e menos destruição articular.
 Artrite infecciosa:
 Artrite supurativa: bactérias causam artrite aguda por disseminação hematogênica.
 Articulação mt dolorosa e edemaciada, com restrição funcional + febre + leucocitose.
 Aspiração articular é diagnóstica – S. aureus (adultos), Salmonella (anemia falciforme),
gonococo (final da adolescência; princ. mulher), H. influenzae (até 2 anos).
 Artrite micobacteriana: infecção monoarticular crônica pela M. tuberculosis (complicação de
osteomielite ou disseminação hematogênica) – sinóvia pode crescer como pannus sobre a
cartilagem articular, causando erosão do osso nas margens articulares. Anquilose fibrosa !
 Artrite de Lyme: infecção pela espiroqueta Borrelia Burgdorferi – grandes articulações. –
sinovite crônica, com hiperplasia dos sinoviócitos, infiltração mononuclear, com deposição de
fibrina, e espessamento em casca de cebola das paredes arteriais.
 Artrite viral: infecção direta do vírus ou reação autoimune desencadeada pelo vírus.
 Artrite induzida por cristais:
 Gota (urato monossódico):
 Ataques transitórios de artrite aguda
devido inflamação pela cristalização
e depósito de urato monossódico
dentro e em torno das articulações
 hiperurecemia é necessária, mas
não suficiente para desenvolver Gota
(1ªria – aumento de produção
geralmente; 2ªria por ↑ prod ou ↓
excreção) – idade, genética, álcool,
obesidade
OBS: Temperatura mais baixa favorece a precipitação.
 Inflamação pelos cristais: Macrófago
fagocita urato monossódico e o
inflassomo (“sensor”) ativa via que
recruta neutrófilos e macrófagos,
que se acumulam nas articulações e
liberam substâncias que vão recrutar
Leucócitos.  Há liberação de
citocinas, radicais livres, proteases e metabólitos de ác aracdônico, recrutando mais
leucócitos e lesando a articulação. + Ativação do sistema Complemento
Patologia - Neuro 23

 Alterações morfológicas da Gota:


1. Artrite aguda: infiltrado neutrofílico no fluido sinovial,
com cristais no citoplasma, e agregados na membrana
sinovial. - longos, em forma de agulha. + Sinóvia
congesta e edemaciada, com linfócitos, plasmócitos e
macrófagos.
2. Artrite tofácea crônica: evolui da precipitação repetitiva
de cristais de urato nos ataques agudos. – depósitos na membrana sinovial, que
fica espessada por céls inflamatórias, formando pannus que destrói a cartilagem
e causa erosão óssea.
3. Tofos: **São patognomônicos da gota: grandes
agregados de cristais de urato cercado por reação
inflamatória intensa com céls gigantes de corpo
estranho. Se superficial, pode ulcerar. – Cartilagem
articular, ligamento, tendão e Bursa.
4. Nefropatia gotosa: complicações renais pela
deposição de cristais na medula renal ou túbulos. – nefrolitíase de ác úrico.
 Pseudogota (deposição de cristais de pirofosfato de cálcio - DPPC): esporádico, hereditário ou
secundário (associada a vários distúrbios).
 Proteoglicanos da cartilagem articular
são degradados, permitindo a
cristalização em torno de condrócitos. +
inflamação pela ativação do inflassomo
no macrófago (na Gota tb).
 Cristais formam depósitos calcários,
brancos, friáveis. + Inflamação mais leve.
 Geralmente assintomática, mas pode ter
artrite aguda, subaguda, ou crônica.
 Joelho principalmente; seguido por
punho, cotovelo, ombro e tornozelo

S-ar putea să vă placă și