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Hipertensão Intracraniana:
A pressão intracraniana pode se elevar por conta de Edema cerebral generalizado, ou
Aumento do volume do LCR, ou Lesão expansiva focal. Dependendo do grau e rapidez do
aumento da PIC, além da natureza a lesão, as conseq variam de déficit neurológico à morte.
Edema cerebral (do parênquima) tem 2 vias para ser formado:
a) Edema vasogênico: Aumento do líq extracell provocado pela ruptura da BHE, e pelo
aumento da permeabilidade vascular, permitindo que o líquido vá do espaço intravasc
para os espaços intercells do encéfalo. – Escassez de vasos linfáticos prejudica a
reabsorção. => Pode ser localizado (inflamação, neoplasia), ou generalizado (isquemia).
Patologia - Neuro 3
b) Edema citotóxico: Aumento do Líq intracell devido lesão da membrana cell neuronal, glial
ou endotelial, causada por agressão hipóxica generalizada ou por desarranjo metabólico
que impeça a manutenção do gradiente iônico.
*Condições associadas a Edema generalizado, frequentemente, tem elementos dos 2 tipos de edema.
Edema (do parênquima cerebral) generalizado: Giros aplanados + sulcos estreitados +
Cavidades ventriculares espremidas. Se encéfalo expandir, pode ter herniação.
Edema intersticial /hidrocefálico ocorre em torno dos ventrículos laterais qnd um aumento
da Pintravascular causa um fluxo anormal de LCR intraventricular, através do revestimento
ependimário, para a substância branca periventricular.
Hidrocefalia: acúmulo do excesso de LCR no interior do sistema ventricular.
LCR presente no espaço subaracnóide banha as convexidades cerebrais superiores, e é absv
pelas granulações aracnoides. maioria das hidrocefalias decorre do comprometimento do
fluxo e da reabsorção do LCR. => maior volume de LCR pode aumentar a PIC, com expansão
dos ventrículos. (se for antes do fechamento das suturas, há aumento do perímetro cefálico)
Obs: produção excessiva de LCR é uma causa rara – pode acompanhar tumores no plexo coroide.
Hidrocefalia não-comunicante / Obstrutiva: qnd o sistema ventricular não se comunica com
o espaço subaracnóide devido a uma obstrução. Ex: massa no 3º ventrículo.
Hidrocefalia comunicante: sistema ventricular se comunica com o espaço subaracnoide, e há
aumento de todo o sistema ventricular.
Hipertensão intracraniana e Herniação:
Herniação é o deslocamento do tecido encefálico para além das dobras durais rígidas (foice e
tentório); OU através de aberturas no crânio devido a um aumento da PIC.
Conforme o volume do encéfalo aumenta, o LCR é deslocado e a vasculatura é comprimida,
aumentando a pressão dentro da cavidade craniana. Qnd o aumento está além do limite
permitido pela compressão das veias, o tecido se torna herniado entre os compartimentos
através do gradiente de pressão.
Está associada a um efeito de massa difuso (Edema encefálico generalizado), ou focal (tumor,
abcesso, hemorragia). – a PIC elevada tb pode reduzir a perfusão do encéfalo, exacerbando o
edema.
1. Herniação subfalcina (do cíngulo): expansão
unilateral/assimétrica de um hemisfério cerebral desloca o giro
do cíngulo sobre o foice. – pode comprimir a. cerebral anterior.
2. Herniação transtentorial: face medial do lobo temporal
comprimida contra a borda livre do tentório. 3º nervo craniano
é comprometido, resultando em dilatação pupilar, e prejuízo dos
movimentos oculares do lado da lesão. + a. cerebral posterior tb
pode ser comprimida (pode ter lesão isquêmica no ctx visual
primário) + Pode ser acompanhada de lesões hemorrágicas no
mesencéfalo e na ponte ( = Hemorragias de Duret).
3. Herniação Tonsilar: deslocamento das Tonsilas cerebelares
pelo forame magno. Esse padrão de herniação tem risco de
morte devido compressão do tronco encefálico, comprometendo
a respiração vital e centro cardíaco no Bulbo.
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2- Doenças Cerebrovasculares:
Objetivos:
Doença Cerebrovascular = Lesão no encéfalo devido fluxo sanguíneo alterado “Acidente vascular”
A) Isquemia cerebral global / Encefalopatia ocorre qnd há redução generalizada da perfusão cerebral.
Ocorre morte neuronal difusa, independente da vulnerabilidade da região. [Neurônios são mais
sensíveis do que as céls gliais]
Neurônios mais sensíveis do encéfalo estão na camada de céls piramidais do hipocampo
(princ área de Sommer), nas céls de Purkinje do cerebelo, e nos neurônios piramidais do
córtex cerebral.
Pacientes que sobrevivem a essa lesão, geralmente, ficam em estado vegetativo persistente.
OU “morte encefálica”, com lesão cortical difusa irreversível e dano no tronco encefálico, sem
reflexos ou movimentos respiratórios, e sem perfusão cerebral.
Obs: Qnd pacientes com essa forma difusa de lesão são mantidos no ventilador mecânico, o encéfalo sofre um
processo autolítico de liquefação gradual, produzindo “encéfalo de respirador”.
Infartos em Zonas limítrofes: nas regiões de encéfalo e medula mais distais ao suprimento
arterial. *Zona limítrofe entre a. cerebrais anterior e média é a de maior risco. produz uma
faixa falciforme de necrose sobre a convexidade cerebral. [Imagem A]
MORFOLOGIA: Encéfalo edematoso e intumescido, alargando os giros e estreitando os sulcos.
Já os aspectos microscópicos evoluem com o tempo:
a) Alterações precoces (12-24h pós-agressão): “Neurônios vermelhos” – microvacuolização,
seguida de eosinofilia do citoplasma; dps picnose nuclear e cariorrexa. (Posteriormente,
as mesmas alterações em Astrócitos e oligodendrócitos) [Imagem B]
*A reação ao dano tecidual agudo se inicia com infiltração de neutrófilos pelas bordas da lesão, onde
o suprimento vascular se manteve intacto. (Imagem C)
b) Alterações subagudas (24h- 2 semanas): Necrose tecidual, influxo de macrófagos,
proliferação vascular e gliose reativa. [Imagem D]
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Obs: Arteriopatia cerebral autossômica dominante com infartos subcorticais e leucoencefalopatia – CADASIL:
mutação no gene NOTCH3 leva a disfunção do m. liso vascular = acidentes vasculares recorrentes e demência;
1ªs alterações na substância branca aos 35 anos, e infartos aparecem cerca de 10 anos depois. aa do SNC
e da pele com espessamento concêntrico da média e adventícia, perda de céls musculares lisas, e depósitos
basofílicos PAS+ (ptn NOTCH mal enovelada).
**Ruptura geralmente ocorre no ápice do saco aneurismático (íntima hialinizada espessada e coberta por
adventícia), extravasando sangue para o espaço subaracnoide, substância encefálica, ou ambas.
3 – Trauma:
Objetivos:
Ex: Fratura de base de crânio – pós impacto occipital ou lateral da cabeça seguida de saída do LCR pelo nariz
ou orelha. Ex2: Cai acordado – lesão occipital geralmente. Ex3: Síncope – impacto frontal.
Fratura diastásica: Energia cinética (Ec) que causa fratura é dissipada em fratura fundida.
Obs: Com golpes repetidos, as linhas de fratura das lesões subsequentes não se estendem pela linha de fratura
da lesão inicial.
B) Lesões parenquimatosas:
a. Concussão: SD clínica de alteração de consciência secundária ao trauma craniano
Cabeça em movimento é subitamente detida por uma superfície rígida Início instantâneo
de disfunção neurológica transitória: perda da consciência + parada respiratória temporária
+ arreflexia. (devido perturbação do SRAA no tronco)
Recuperação neurológica completa, porém amnésia para o evento persiste.
Obs: lesões repetidas podem gerar SD neuropsiquiátricas pós-concussiva – Encefalopatia traumática crônica.
*Impacto súbito com hiperextensão violenta posterior ou lateral do pescoço pode provocar avulsão entre a
ponte e o bulbo, OU entre bulbo e medula, o que leva à morte instantânea.
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Aparência das contusões é a mesma, independente do tipo de trauma. – Cunha com base mais
larga ao longo da superfície no ponto de impacto.
Estágios iniciais: edema e hemorragia pericapilares. * + Tumefação axonal.
Sangramento se estende do tecido envolvido p ctx, em direção à subst. branca e ESA.
24h: Lesão neuronal – picnose, eosinofilia citoplasmática, e desintegração cell.
Obs: Lesões traumáticas antigas são bem características: deprimidas, retraídas, com marcas amarelo-
acastanhadas nas cristas dos giros, e geralm em lesão por contragolpe = ctx frontal basal, polos temporais e
occipitais. *Plaque jaune (placa amarela) é característica dessa lesão, e pode virar foco epiléptico.
1. Hematoma Epidural: As aa
durais, entre a fusão do
periósteo com a dura-máter,
princ. a a. Meníngea média,
estão suscetíveis a lesões,
princ. na fratura do Temporal,
visto que as linhas da fratura
cruzam o trajeto do vaso.
Com o rompimento, o sangue
em alta pressão separa a dura-
máter da superfície interna do
crânio + compressão da
superfície do encéfalo.
*Hematoma em expansão tem contorno interno liso.
Obs: Idosos com atrofia encefálica já tem vasos em ponte estendidas – por isso, tem alta taxa de hematoma
subdural (mesmo após TCE leve – queda da pp altura). Crianças tem veias em ponte com parede mais fina.
o Hematomas subdurais (geralmente nas faces laterais dos hemisférios) tem sinais
clínicos neurológicos em até 48h, pela pressão exercida sobre o encéfalo: Sinais
focais, cefaleia, confusão. tto: remoção do sangue e tecido organizado.
4 – Infecções no SNC:
Objetivos:
1) Citar as formas de apresentação das infecções no SNC + Vias de penetração dos microrganismos
2) Citar principais infecções oportunistas encefálicas da AIDS
3) Aspectos clínico-morfológicos da toxoplasmose, criptococose, leucoencefalopatia multifocal
progressiva, encefalopatia pelo HIV, correlacionando-as com imagens, e diferenciando-as clinicam.
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Infecção pode danificar SN pela lesão direta aos neurônios ou à glia, sendo esta causada: (1) pelo
agente infeccioso, ou (2) por toxinas microbianas, ou (3) pelos efeitos destrutivos da resposta
inflamatória, ou (4) por mecanismo mediado pelo sistema imune.
4 Rotas de entrada dos microrganismos no SNC:
a) Disseminação hematogênica (mais comum): agente obtém acesso pela circulação arterial;
tb pode ocorrer disseminação venosa retrógrada por anastomose com veias da face.
b) Implantação direta: traumática, ou associada a malformações congênitas (dá acesso).
c) Extensão local: estruturas infectadas adjacentes – seios aéreos, dente, crânio, coluna.
d) SNP: vírus podem ser transportados pelo SNP. Ex: raiva e herpes-zoister.
Formas de apresentação das infecções no SNC:
Bacterianas: Meningites (aguda ou crônica), Abcesso e Empiema.
Virais: Meningite, Encefalite (por artrópode ou não), Poliomielite, Romboencefalite (Tronco).
Riquétsia, Espiroquetas e fungos: SD meningíticas – Neurossífilis, D de Lyme, febre maculosa,..
Protozários e Metazoários: Toxoplasmose, Cisticercose, encefalite amebiana, malária central.
HIV:
Alterações neuropatológicas por efeitos diretos do vírus sobre o SN, infecções oportunistas, e
linfomas primários do SNC.- Redução da frequência devido terapia antirretroviral.
Ex: Meningite asséptica por HIV (1-2 semanas após soroconversão): meningite linfocítica leve, inflamação
perivascular, e perda de mielina nos hemisférios. Pode evoluir para encefalite (micróglia com mt CD4).
aumentados na borda, com inclusões virais vítreas (antígeno viral por imunohistoquímica) +
Astrócitos gigantes dentro das lesões multinucleados (irregular e hipercrômico), misturado
aos Astrócitos reativos típicos.
Meningoencefalite crônica: principalmente em imunocomprometido Cérebro é acometido após
disseminação hematogênica generalizada de fungos – Candadida albicans, Cryptococcus neoformans,
Aspergillus fumigatus. Obs: Extensão direta em pacientes com DM e cetoacidose pode ocorrer.
3 principais formas de infecção fúngica no SNC:
a) Meningite crônica
b) Vasculite: mucormicose e aspergilose – invasão fúngica direta da parede vascular
Trombose resultante produz infarto, geralm hemorrágico, e com subsequente sepse.
c) Invasão do parênquima: forma de granulomas ou abcessos; geralmente coexiste com a
meningite. – Cryptococcus e Candida mais comumente invadem o encéfalo.
Candidíase: microabcessos múltiplos, com ou sem formação de granulomas.
Meningite criptocócica: infecção oportunista comum na AIDS, podendo ser
fulminante (2 semanas) ou indolente (meses-ano). LCR com ↑ptns + leveduras mucoides encapsuladas.
*Encéfalo com meningite crônica nas leptomeninges basais = opacas e espessadas por tecido reativo
(infiltrado meníngeo com fibroblastos misturados com criptococos); + pode obstruir o fluxo do LCR pelos
forames, provocando hidrocefalia; + material gelatinoso no ESA + pequenos cistos no parênquima (“bolhas de
sabão”), principalmente nos núcleos da base Lesão parenquimatosa: Agregados de organismos dentro de
espaços perivasculares expandidos, associado a inflamação mínima ou gliose.
Toxoplasmose encefálica: Outra infecção comum na imunodeficiência por HIV é a encefalite pelo
Toxoplasma gondii, com clínica subaguda (1-2semanas), podendo ser focal ou difusa.
TC / RM: Múltiplas lesões com realce anelar – não é patognomônico: Linfoma do SNC, e TB.
Abcessos encefálicos no córtex cerebral (junção cinzento-branca) e núcleos cinzentos prof
mais frequentemente. Baixa frequência no Tronco e Cerebelo. Raro na medula.
(1) Lesões agudas: foco central de necrose,
petéquias hemorrágicas com inflamação aguda e
crônica, infiltração de macrófagos e proliferação
vascular. + Taquizoítos e Bradizoítas (cisto) na periferia
do foco necrótico. + vasos perilesionares com
proliferação da camada íntima, e até Vasculite com
necrose fibrinoide e trombose.
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(2) Após tto: grandes áreas de necrose de coagulação, circundada por macrófagos com lipídio.
(3) Lesões crônicas: pequenos espaços císticos com macrófagos com mt hemossiderina e
lipídios, circundados pelo encéfalo gliótico. Difícil de detectar os organismos nessa fase.
5 – Neoplasias intracranianas:
Objetivos:
Maioria dos tumores no SNC (intracraniano e medular) é primário, com ¼ sendo metastático. São 20%
dos CA infantis (70% na fossa posterior). Nos adultos, maioria dentro dos hemisférios cerebrais.
Curso clínico depende pelo crescimento e localização. **Raramente se disseminam p fora do SNC.
Características benignas: baixa taxa de mitose, uniformidade cell, crescimento lento.
Obs: Devido capacidade de se infiltrar difusamente pelas substâncias branca e cinzenta, o tumor pode não ser
sensível à ressecção cirúrgica completa sem comprometer a função neurológica.
Obs: São capazes de se disseminar pelo LCR (se invadirem o ESA) = implantação ao longo do cérebro e medula.
Quando recorrem, frequentemente tem progressão para grau histológico maior e adquirem
nome diferente, mas é a progressão clonal do mesmo tumor.
Classes de tumores encefálicos: Gliomas, Tumores neuronais, Tumores pouco diferenciados, Tumores
das meninges e os de nervos periféricos.
A. Gliomas: Astrocitomas, Oligodendrogliomas, e Ependimomas. – não derivam de suas células
maduras, mas sim de uma cél progenitora que se diferencia nessas linhagens preferencialmente.
1) Astrocitomas: variam do grau I-IV. A partir da 1ª década de vida. Qualquer local do neuroeixo.
Astrocitomas infiltrativos (80% dos tumores encefálicos em adultos): mais frequente 40-60
anos, nos hemisférios cerebrais. Tb pode estar em cerebelo, tronco e medula.
Crise convulsiva, cefaleia, e déficit neurológico focal (sinaliza local do tumor).
Obs: Não existe astrocitoma grau I ! Astrocitoma difuso (grau II), Anaplásico (III), e Glioblastoma (grau IV).
**Diversas alterações genotípicas distintas, mas que tem como marco: Sinalização proliferativa + evasão de
supressores do crescimento ! – Combinações de mutações que ativam RAS e PI3-K, inativando p53 e RB.
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Obs: Astrocitoma geminocístico: corpo cell eosinófilo do astrócito neoplásico, e processos espessos emergindo
Astrocitomas mais localizados: Astrocitoma pilocítico p.e (grau I-IV): mais benigno.
Normalmente em criança e adulto jovem, localizando-se no cerebelo (tb pode surgir
no assoalho e parede do 3º V, nervo óptico, e eventualmente, hemisférios cerebrais).
Perda funcional da neurofibromina. *Crescimento lento!
Geralmente é cístico, com céls polares de prolongamentos longos e finos, os quais
formam malhas fibrilares densas. + Fibras de
Rosenthal e corpúsculos granulares eosinófilos.
*Bifásicos – áreas microcísticas, e fibrilares esparsas.
↑Nº de vasos sang. Tem borda infiltrativa estreita
no encéfalo contíguo ao tumor.
Xantoastrocitoma pleomórfico: atipia cell + depósito de
Reticulina + céls inflamat crônicas + sem necrose ou mitose.
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Obs: Invasão encefálica aumenta recorrência, mas não altera o grau da lesão.
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Reumato – Patologia:
Articulações (estabilidade mecânica) são sólidas (não sinoviais) /sinartrose ou cavitadas (sinoviais):
Sinartrose: integridade estrutural com movimento mínimo, sem cavidade articular.
Tecido conjuntivo fibroso: suturas cranianas, ponte entre raízes dos dentes e osso maxilar.
Tecido conjuntivo cartilaginoso: sínfise manúbrio-esternal e sínfise púbica.
Articulações sinoviais: cavidade articular permite amplos movimentos. – tem densa cápsula
fibrosa reforçada por ligamentos e músculos. + membrana sinovial (ancorada à cápsula e não
cobre a superfície articular) –> Contorno liso, exceto na inserção óssea, com dobras vilosas.
Sinoviócitos tipo A (macrófago) e tipo B (fibroblastos – ácido hialurônico + várias ptns)
**SEM membrana basal ! = troca eficiente de nutrientes, resíduos e gases entre sangue e líquido sinovial
(filtrado de plasma com ácido hialurônico, que lubrifica e nutre a cartilagem hialina articular).
Sintomas: Dor profunda que piora com uso, rigidez matinal, crepitação e menor amplitude.
Compressão dos forames espinais pelos osteófitos: pinçamento das raízes nervosas
cervical e lombar, com dor radicular, espasmos musculares, atrofia e déficit neurológico.
Artrite reumatoide: produz sinotive inflamatória proliferativa e não supurativa progride para
destruição da cartilagem articular e anquilose das articulações. – Pode acometer pele, vaso sanguíneo,
coração e pulmão.
Patogenia: Alterações patológicas mediadas por
AC contra auto-antígenos + inflamação por
citocinas secretadas por céls T CD4+ (reação
com agente artritogênico
Sinóvia da AR: Centros germinativos c/ folículos
secundários e plasmócitos abundantes que
produzem AC. Complexo antígeno-AC anti-
Citrulina (PCC), colágeno tipo II, α-enolase,
vimentina se depositam nas articulações e
medeiam a lesão articular. + Fator reumatoide
presente (80% dos pacientes com AR).
Morfologia: Artrite simétrica, princ. de pequenas
articulações de mãos e pés, com a sinóvia
edematosa, espessada e hiperplásica, gerando
vilosidades delicadas e bulbosas na superfície.
Esse Proliferação / hiperplasia de céls sinoviais.
conjunto Denso infiltrado inflamatório de céls T CD4+, plasmócitos.
produz Angiogênese
pannus Exsudato fibrinopurulento na superfície sinovial articular.
Atividade osteoclástica no osso subjacente. – erosão periarticular e cistos subcondrais.
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**Pannus: massa de sinóvia edematosa + céls inflamatórias + tecido de granulação e fibroblastos, que crescem
ao longo da cartilagem articular e causam sua erosão. Após cartilagem ser destruída, pannus se liga aos
ossos opostos p formar Anquilose fibrosa, que ossifica e leva à fusão dos ossos = Anquilose óssea.
Obs: Inflamação nos tendões, ligamentos, e m. esquelético adjacente pode acompanhar a artrite, produzindo
desvio radial ou ulnar característicos.
*Achados RX característicos + líquido sinovial estéril, turvo, com menor viscosidade e neutrófilos com inclusão
+ Fator reumatoide e Anti-CCP ! – importante detectar para diferenciar de artrites crônicas.
Alteração patológica da inserção da sinóvia + articulações sacroilíacas + HLA-B27 + SEM fator reumatoide
Artrite reativa: tríade de artrite + uretrite não gonocócica + conjuntivite. Reação autoimune
desencadeada por infecção anterior por Chlamydia, Shigella, Salmonella, Campylobacter.
Tornozelos, joelhos e pés principalmente e de forma assimétrica.
**Esporões do calcâneo (calcificação da inserção do tendão)
Artrite associada a enterite: causada por infecção por Yersinia, Salmonella, Shigella,
Campylobacter. Joelhos e tornozelos, durando cerca de 1 ano sem evolução após.
Artrite psoriásica: Artropatia inflamatória crônica associada a psoríase e que afeta as
articulações periféricas, axiais e vertebrais (ligamento e tendões). – M.O similar à AR, porém
com remissão mais frequente e menos destruição articular.
Artrite infecciosa:
Artrite supurativa: bactérias causam artrite aguda por disseminação hematogênica.
Articulação mt dolorosa e edemaciada, com restrição funcional + febre + leucocitose.
Aspiração articular é diagnóstica – S. aureus (adultos), Salmonella (anemia falciforme),
gonococo (final da adolescência; princ. mulher), H. influenzae (até 2 anos).
Artrite micobacteriana: infecção monoarticular crônica pela M. tuberculosis (complicação de
osteomielite ou disseminação hematogênica) – sinóvia pode crescer como pannus sobre a
cartilagem articular, causando erosão do osso nas margens articulares. Anquilose fibrosa !
Artrite de Lyme: infecção pela espiroqueta Borrelia Burgdorferi – grandes articulações. –
sinovite crônica, com hiperplasia dos sinoviócitos, infiltração mononuclear, com deposição de
fibrina, e espessamento em casca de cebola das paredes arteriais.
Artrite viral: infecção direta do vírus ou reação autoimune desencadeada pelo vírus.
Artrite induzida por cristais:
Gota (urato monossódico):
Ataques transitórios de artrite aguda
devido inflamação pela cristalização
e depósito de urato monossódico
dentro e em torno das articulações
hiperurecemia é necessária, mas
não suficiente para desenvolver Gota
(1ªria – aumento de produção
geralmente; 2ªria por ↑ prod ou ↓
excreção) – idade, genética, álcool,
obesidade
OBS: Temperatura mais baixa favorece a precipitação.
Inflamação pelos cristais: Macrófago
fagocita urato monossódico e o
inflassomo (“sensor”) ativa via que
recruta neutrófilos e macrófagos,
que se acumulam nas articulações e
liberam substâncias que vão recrutar
Leucócitos. Há liberação de
citocinas, radicais livres, proteases e metabólitos de ác aracdônico, recrutando mais
leucócitos e lesando a articulação. + Ativação do sistema Complemento
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