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Como montar

uma fábrica de
velas

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN

Diretor-Presidente

Guilherme Afif Domingos

Diretora Técnica

Heloísa Regina Guimarães de Menezes

Diretor de Administração e Finanças

Vinícius Lages

Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora

Mirela Malvestiti

Coordenação

Luciana Rodrigues Macedo

Autor

Elimara Clélia Rufino

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /


Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Sumário

1. Apresentação ........................................................................................................................................ 1

2. Mercado ................................................................................................................................................ 2

3. Localização ........................................................................................................................................... 6

4. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 8

5. Estrutura ............................................................................................................................................... 10

6. Pessoal ................................................................................................................................................. 11

7. Equipamentos ....................................................................................................................................... 14

8. Matéria Prima/Mercadoria ..................................................................................................................... 15

9. Organização do Processo Produtivo .................................................................................................... 18

10. Automação .......................................................................................................................................... 19

11. Canais de Distribuição ........................................................................................................................ 20

12. Investimento ........................................................................................................................................ 22

13. Capital de Giro .................................................................................................................................... 24

14. Custos ................................................................................................................................................. 26

15. Diversificação/Agregação de Valor ..................................................................................................... 27

16. Divulgação .......................................................................................................................................... 29

17. Informações Fiscais e Tributárias ....................................................................................................... 30

18. Eventos ............................................................................................................................................... 32

19. Entidades em Geral ............................................................................................................................ 32

20. Normas Técnicas ................................................................................................................................ 33

21. Glossário ............................................................................................................................................. 34

22. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 35

23. Características .................................................................................................................................... 37

24. Bibliografia .......................................................................................................................................... 38

25. URL ..................................................................................................................................................... 39


Apresentação / Apresentação
1. Apresentação
As velas iluminam e destacam a decoração de ambientes, enfeite de bolos de
aniversário e outras finalidades.

Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não
fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o
empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O
objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de
negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?

A necessidade das pessoas, desde os primórdios da humanidade, de prolongrar a


iluminação da luz do dia forçou a busca por produtos que atendessem essa finalidade.
O homem sempre esteve na busca de fontes de luz artificial, buscando melhorar a sua
forma de vida. Dentre essas buscas de fontes de iluminação artificial está o
descobrimento do “fogo” e da sua função de iluminação, o qual foi um grande e
expressivo avanço para a humanidade.

Analisando os compêndios da história mundial encontram-se registros de que, por


volta do ano 50.000 a.C., já havia uma variação do que hoje chamamos vela, a qual já
era usada como fonte de iluminação artificial. Eram usados objetos em formato de
prato ou cubas com gordura animal, contando com pavio de fibras vegetais, onde a
gordura estava sempre em estado líquido.

Relatos de pesquisas paleontológicas publicadas apresentam que no ano 3.000 a.C.


foi descoberta uma fonte de iluminação artificial em formato de bastão no Egito e na
Grécia, o que pode ser direcionado para o formato da forma original da vela.

Na Idade Média as velas eram usadas em grandes salões, monastérios e igrejas.


Nessa época, houve uma crescente demanda por esse importante instrumento de
iluminação artificial, em especial para ambientes fechados. A principal matéria-prima
para sua fabricação era a gordura animal (sebo) e, por isso, expeliam um odor nada
agradável. Também era utilizada como matéria-prima a cera das colmeias de abelhas,
mas esse material não era suficiente para atender toda a demanda.
Na segunda metade do século 18, a companhia de gás de Londres introduziu o

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Apresentação / Apresentação / Mercado
espermacete na iluminação pública - a substância retirada dos cetáceos tinha
combustão mais lenta e, claro, gerava menos custos à administração pública.
A parafina, de que são compostas as velas modernas, só apareceria em 1854.
Atualmente são usadas a estearina e a parafina, ou misturas destas substâncias
derivadas do petróleo. A cera de abelha, considerada mais nobre e pura, ainda é
utilizada, mas em menor escala, em especial na produção de velas artesanais.

A forma tradicional da vela consiste em um cilindro sólido, tendo um pavio envolvido


por material combustível que, em contato com o fogo, se torna liquefeito e absorvido
pela combustão.

Mesmo com o grande desenvolvimento humano e com a descoberta de várias outras


fontes de iluminação artificial as velas ainda ocupam um lugar de destaque junto à
sociedade, seja para decorar e dar um ar de nostalgia a diferentes ambientes, enfeitar
bolos de aniversário, casamento ou qualquer outra comemoração, seja para
reverenciar crenças, religiões, dentre outras finalidades.

Este documento contém informações importantes para o empreendedor que queira


trabalhar no ramo de Fábrica de Velas, mas não substitui o Plano de Negócios. Para
obter informações sobre Plano de Negócios e como elaborá-lo, o empreendedor deve
procurar o SEBRAE mais próximo.

2. Mercado
A vela é um tipo de produto que, com o passar do tempo, vem agregando diferentes
formas de aplicação e utilização. Como são produtos de consumo contínuo, pois se
esgotam na medida em que são utilizados, a fabricação de velas é reconhecida como
uma oportunidade de negócio para os empreendedores.

O nível de concorrência no mercado produtor de velas é bastante expressivo. Por isso,


é importante que o empreendedor avalie o campo produtivo em que irá atuar, com a
produção de velas comuns e/ou de velas diferenciadas.

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Apresentação / Apresentação / Mercado
É crescente a demanda por velas decorativas e votivas, por exemplo, e as velas
comuns têm demanda constante com picos de venda em determinados períodos do
ano.

Entende-se como velas comuns as velas lisas, em diferentes tamanhos. E como velas
diferenciadas considera-se as velas que busquem atender um nicho mais específico de
mercado como velas votivas, velas aromáticas, velas decorativas, velas coloridas,
velas exotéricas, entre outras opções.

Buscando atender a demanda por produtos cada vez mais diferenciados, muitas
empresas desenvolvem também linha de velas artesanais.

O empreendedor deverá, ao elaborar seu plano de negócio, definir qual o seu público-
alvo, para planejar adequadamente os produtos a seres fabricados em vistas a atender
suas necessidades e expectativas.

Para melhor conhecer o ramo de fabricação de velas, é indicado e importante trocar


ideias com empresários e organizações do setor, a fim de evitar erros que podem
prejudicar o futuro negócio. Para isto, sugere-se participar de eventos relacionados ao
tema ou frequentar associações e similares.

Uma Fabrica de Velas é um tipo de negócio que deve se desenvolver conforme


práticas sustentáveis. Assim, uma Fábrica de Velas pode se desenvolver como um
empreendimento sustentável ao se atentar para alguns elementos característicos da
sustentabilidade para negócios:
- Deve ser economicamente viável: um negócio sustentável é um negócio
economicamente viável, ou seja, um empreendimento que mantém suas atividades
pelos resultados alcançados em seu ciclo operacional e financeiro. Uma empresa
economicamente viável é aquela que gera os resultados necessários para se manter
em funcionamento e atender as necessidades e expectativas dos empreendedores
envolvidos.
- Deve ser ambientalmente correto: o respeito ao meio ambiente é fundamental em
todos os processos de trabalho, desde a compra da matéria-prima, o processo
produtivo, o descarte de resíduos de fabricação, entre outros aspectos.
- Deve ser socialmente justo: uma Fábrica de Velas deve se relacionar de forma justa

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Apresentação / Apresentação / Mercado
socialmente, favorecendo a ampliação do bem-estar social. Gerar e manter empregos,
fazer parcerias com projetos sociais para busca de mão de obra, por exemplo, são
práticas sustentáveis que uma empresa pode adotar.

Atrelado ao aspecto social, um negócio sustentável é também aquele que é


culturalmente aceito e diverso, ou seja, um empreendimento que valorize e fortaleça a
cultura local, respeitando e reconhecendo a diversidade de seus múltiplos elementos.
Investindo na fabricação de velas diferenciadas, os aspectos culturais podem ser
estudados e valorizados nos formatos, nas cores, nos aromas utilizados, por exemplo.

Desenvolvimento sustentável é entendido como o desenvolvimento que ocorre sendo


capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de
atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota
os recursos para o futuro.

A parafina, matéria-prima muito comum na fabricação das velas, é um material


derivado do petróleo e, constantemente são buscadas alternativas para uma produção
mais ecológica e sustentável de velas. Nestes casos busca-se utilizar ceras vegetais,
derivadas do óleo da palma, do girassol, da soja, de arroz e andiroba, por exemplo, em
especial nas velas artesanais.

Hoje existem também as velas eletrônicas, feitas de LED, que se mantêm acesas com
auxílio de uma bateria, que pode ser trocada, sendo que algumas são até sensíveis ao
sopro e apagam como as velas tradicionais. Outras nem precisam de bateria,
carregam quando expostas à luz do sol.

Como ser percebe o mercado de fabricação de velas permite desenvolver novas


opções de produtos que atendam as tendências e expectativas dos clientes.

Ameaças e oportunidades

Para abrir uma Fábrica de Velas é preciso que os empreendedores se preparem para
analisar possíveis riscos do negócio e, a partir daí, elaborar estratégicas que diminuam

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Apresentação / Apresentação / Mercado
as ameaças e aumentem as possibilidades de atrair e aproveitar oportunidades para
favorecer o sucesso da empresa.

As oportunidades de negócios são definidas pelas possibilidades de bons resultados


que o empreendedor vislumbra ao implantar um novo empreendimento.

As ameaças para o negócio são definidas como situações não controláveis pelo
empreendedor e que podem interferir de maneira a reduzir ou impedir os resultados
esperados para o negócio.

Para a identificação de ameaças e oportunidades é importante ficar atento às


mudanças na economia, aos sinais do mercado, às novas tendências dos
consumidores, ao mercado concorrente, e ao mercado fornecedor, pois se uma
matéria prima for extinta, estiver escassa ou com má qualidade, pode alterar o custo e
a qualidade do produto. O conhecimento real das possibilidades de sucesso,
considerando a busca de informações para identificar oportunidades e ameaças,
somente será possível através de pesquisa de mercado.

Para conhecer melhor o mercado, sugere-se a realização de uma pesquisa, que não
precisa ser sofisticada, dispendiosa - em termos financeiros - ou complexa. Ela pode
ser elaborada de forma simplificada e aplicada pelo próprio empresário, para estudar
as preferências e expectativas daqueles que se esperam como clientes da Fábrica de
Velas, como atuam os fornecedores e os concorrentes, entre outros fatores.

O risco de iniciar as atividades de uma Fábrica de Velas sem se dedicar a conhecer o


mercado consumidor, concorrente e fornecedor aumenta exponencialmente.

São possíveis ameaças para Fábricas de Velas:


> Crises econômicas – podem afetar todos os setores da economia, custo de matéria-
prima, queda nas vendas, por exemplo. As crises também interferir na capacidade
financeira de investimento no negócio.
> Concorrência – a capacidade produtiva, qualidade e versatilidade do mercado
concorrente em se adaptar as mudanças e criar novos produtos precisam ser
constantemente analisadas.
> Mão de obra não qualificada – aspecto que compromete a qualidade final dos
produtos. Verificar a necessidade de mão de obra qualificada e opções de capacitação.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização
> Importação de velas – tem sido crescente a importação de velas.

Algumas oportunidades que podem ser vislumbradas para Fábricas de Velas:


> Atuação em nichos de mercado – pesquisar, identificar e elaborar produtos que
atendam necessidades de grupos específicos de clientes.
> Desenvolver linha de produtos ecologicamente corretos – utilizar matéria-prima
ecologicamente correta e demais atributos necessários para tal produção.
> Implantação e desenvolvimento de um negócio sustentável – adotar práticas
sustentáveis para implantação e gestão do negócio.
> Associação a comunidades e projetos sociais locais - para busca de mão de obra,
visando à geração de emprego e/ou trabalho e renda, por exemplo.
> Exportação – conforme planejamento do empreendedor pode ser uma oportunidade.
Os produtos deverão atender normas e padrões internacionais.

Conduta fundamental para o empreendedor: buscar constantemente informações no


seu mercado de atuação para identificar ameaças e oportunidades de negócio.

3. Localização
A localização de uma empresa de Fabricação de Velas deverá ser em uma área, de
preferência, industrial ou em uma região comercial, atentando para que fique o mais
distante possível de zona residencial. Isto porque esse tipo de empresa emite ruídos, o
que poderá ser um problema para o empreendedor perante os moradores da região.

O empreendedor de uma empresa de Fabricação de Velas poderá ter duas estruturas


para seu empreendimento, sendo uma para instalação da área de produção e outra
para montagem de uma loja de comércio, se considerar viável tal alternativa. A
primeira, a área produtiva, deve ser instalada numa região não residencial; já a
segunda, um espaço para exposição e venda das velas produzidas, pode ser instalada
em espaço da unidade fabril ou em região de fácil acesso e identificação por parte dos
potenciais clientes, regiões mais movimentadas comercialmente, por exemplo.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização
Com a ideia de localização e clientela a ser atendida, o empreendedor deverá procurar
o órgão específico da Prefeitura Municipal, visando levantar a possibilidade de instalar
esse tipo de empresa no local escolhido. Isto se faz necessário, uma vez que,
normalmente, os municípios brasileiros têm o Plano Diretor Urbano – PDU (ou uma Lei
de Zoneamento), onde é definido qual o tipo de negócio pode ou não ser instalado em
determinadas áreas e bairros da cidade.

A escolha do local para implantar a Fábrica de Velas deverá também levar em conta o
atendimento das necessidades operacionais do empreendimento, no que se refere a
diversos aspectos, tais como:
- fornecimento de água e energia elétrica suficiente;
- fornecimento de serviços de telefonia e internet;
- coleta de lixo;
- transporte urbano;
- policiamento;
- condições de acesso ao local (tanto para colaboradores e possíveis clientes, como
para os fornecedores);
- serviços bancários;
- área de estacionamento.

Tais aspectos operacionais devem ser analisados conforme o porte do


empreendimento a ser iniciado e também de forma que favoreçam o crescimento e
desenvolvimento do negócio.

Com relação à localização é necessário também verificar custo de aluguel e


investimentos necessários para reformas conforme a estrutura necessária,
considerando o tamanho da Fábrica de Velas.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
4. Exigências Legais e Específicas
O empreendedor de uma empresa de fabricação de velas deverá cumprir algumas
exigências iniciais e somente poderá se estabelecer depois de cumpri-las, quais sejam:

Etapas do Registro

1ª Etapa:
a) Registro da empresa nos seguintes órgãos:
• Junta Comercial;
• Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
• Secretaria Estadual de Fazenda;
• Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a recolher
por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuição
Sindical Patronal);
• Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social –
INSS/FGTS”;
• Corpo de Bombeiros Militar.
b) Visita a prefeitura da cidade onde pretende montar a sua empresa de fabricação de
velas para fazer a consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e Número
Oficial.

2ª Etapa
a) Antes de iniciar a produção, o empreendedor deverá obter o Alvará de licença
sanitária. Para obter essa licença o estabelecimento deve estar adequado às
exigências do Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas). Em
âmbito federal essa fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Em
âmbito estadual e municipal fica a cargo das Secretarias Estadual e Municipal de
Saúde.

Deve ainda atender a legislação pertinente ao seu segmento empresarial, como


exemplo cita-se:
a) Lei nº 6.839, de 20 de outubro de 1980, dispõe sobre o registro de empresas nas
entidades fiscalizadoras do exercício de profissões; e Resolução Normativa CFQ nº 51,
de 12 de dezembro de 1980, dispõe sobre a identificação de empresas cuja atividade
básica está na área da Química, bem como as empresas que prestem serviços a
terceiros, também na área da Química, de acordo com o disposto na Lei nº 6.839 de

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
30.10.80.
b) Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997, trata da revisão dos
procedimentos sobre licenciamento ambiental.
c) Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.

Normas Técnicas

As normas técnicas são documentos de uso voluntário, utilizados como importantes


referências para o mercado.

As normas técnicas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de


segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinação
final), mas também, podem estabelecer procedimento, padronizar formas, dimensões,
tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e glossários, definir a maneira de
medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio.

As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –


ABNT.

Normas a serem pesquisadas, prioritariamente:


NBR 14178:1998 - Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para aceitação dos
produtos comercializados como velas pré-medidas, destinadas normalmente à
iluminação e fins cerimoniais.
. Normas Necessárias para a aplicação da ABNT NBR 14178:1998
Portaria nº88:1996 DO INMETRO
Portaria nº74:1995 do INMETRO

NBR 9621 - Prescreve método para determinação de cloreto de vinila residual em

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura
homopolímeros e copolímeros de cloreto de vinila.
NBR 10.004 - Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio
ambiente e à saúde pública, para que estes resíduos possam ter manuseio e
destinação adequados.
Para a correta aplicação da NBR 10.004 é necessário conhecer as seguintes NBR
complementares:
- NBR-10.005 - Lixiviação de Resíduos
- NBR-10.006 - Solubilização de Resíduos
- NBR-10.007 - Amostragem de Resíduos
- NBR 14178 - Velas pré-medidas: Requisitos

5. Estrutura
A estrutura de uma Fábrica de Velas irá variar segundo a expectativa produtiva e de
vendas do empreendedor, planejada a partir da elaboração de um plano de negócios,
e da forma com que será estruturado este empreendimento.

Apresenta-se abaixo uma ideia baseada na condição de ser estrutura com área para
indústria e outra, em local diferente, para montagem de uma loja de fábrica.

1) INDÚSTRIA – área sugerida de 150 m², sendo cerca de 110 m² destinados para
indústria/produção e o restante para área administrativa.
1.1. Produção – espaço destinado para instalação de todos os equipamentos utilizados
na produção de velas. Deve-se estruturar também espaço para estocagem de matéria-
prima e insumos que serão empregados na fabricação dos diversos tipos de velas
produzidas na empresa. Também será necessário disponibilizar espaço físico para
estocagem das velas já fabricadas e prontas para comercialização (produto acabado).
1.2.. Administração – espaço destinado para instalação do escritório administrativo-
financeiro da empresa.

2) ÁREA COMERCIAL – Loja de fábrica - espaço sugerido de aproximadamente 40 m².


Esse espaço deverá ser estruturado com estantes ou prateleiras, de forma que seja
possível dispor os diversos modelos de velas produzidas na empresa. Também é
importante que se tenha um catálogo com todos os tipos de velas que são fabricadas
pela empresa para ser apresentado aos clientes, auxiliando-os no processo de
compra. Sugere-se que este ambiente seja decorado de forma a mostrar a aplicação e
utilidade das velas produzidas. Preferencialmente, deve ter mesas e cadeiras para
atendimento aos clientes, de forma personalizada e individual. Com isto, deve se
idealizar um ambiente bem iluminado, convidativo e organizado. As mesmas sugestões

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Pessoal
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
devem ser consideradas caso o empreendedor decida por um espaço de venda dos
produtos junto à Fábrica.

Algumas dicas e orientações quanto à sustentabilidade, considerando o aspecto


estrutural do negócio, seja na área produtiva ou na área destinada para exposição e
venda das velas aos clientes:
- Privilegiar a utilização da iluminação natural;
- Utilizar lâmpadas de consumo econômico de energia, mantendo-as apagadas quando
não necessárias;
- Instalar recipientes para descarte de resíduos, considerando a coleta seletiva de
materiais;
- Verificar e corrigir eventuais vazamentos de água;
- Verificar e corrigir eventuais falhas de estrutura elétrica;
- Consumir conscientemente água, energia elétrica e demais recursos;
- No caso da utilização de ar condicionado em alguns ambientes, fazer a manutenção
correta do equipamento e utilizar aparelhos que consumam menos energia e utilizem
gás refrigerante ecológico, por exemplo;
- Promover a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais.

6. Pessoal
O quadro de pessoal variará de acordo com o tamanho do empreendimento e o nível
de capacidade produtiva projetado para o início das atividades da Fábrica de Velas. É
possível iniciar as atividades operacionais com um número aproximado de seis
colaboradores:
* 01 Auxiliar administrativo – profissional responsável pela parte de recepção e
serviços de escritório;
* 04 Auxiliares de produção – profissionais que atuarão na linha de produção das
velas;
* 01 Auxiliar de serviços gerais - profissional que se encarregará de realizar a limpeza
de toda a empresa e, em especial, cuidar da higienização da área produtiva da
empresa.
* 01 Vendedor – profissional que será responsável por ficar no espaço destinado para
exposição e venda dos produtos.

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Pessoal
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
É interessante contar, também, com a participação de um designer que se encarregará
da criação dos diversos modelos e formatos das velas a serem produzidas na
empresa. Mas esse profissional pode ser contrato de forma terceirizada, pelo menos
no início das operações da Fábrica de Velas. Não é viável atuar sem alguém que se
encarregue da área de criação de novas formas e modelos de velas.

Além desse quadro fixo a empresa poderá contar com um número variável de
vendedores autônomos, representantes comerciais, caso esta seja uma das
estratégias de comercialização a serem adotadas pelo empreendedor.

A necessidade por contratação de mão de obra cresce de acordo com o aumento da


demanda e o perfil dos funcionários deverá ser definido em função das
responsabilidades e das habilidades necessárias, conforme nível tecnológico e de
automação empregado na produção ou responsabilidades na área administrativa, por
exemplo.

É recomendável a adoção de uma política de retenção de pessoal, oferecendo


incentivos e benefícios financeiros e não. Assim, a Fábrica de Velas poderá diminuir os
níveis de rotatividade e obter vantagens como a diminuição de custos com
recrutamento, seleção, demissões, e tempo de adaptação de novos funcionários.

Investir constantemente no aperfeiçoamento dos colaboradores através de cursos,


palestras, workshops que são oferecidos no mercado ou através de atividades de
desenvolvimento realizadas na própria empresa deve ser preocupação permanente do
empreendedor.

Muitos fabricantes de equipamentos fornecem treinamentos para operação das


máquinas, por exemplo.

O empreendedor deverá participar de seminários, congressos e cursos direcionados


ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências
do setor. Deverá se preparar para desenvolver as atividades de gestão da empresa,
considerando, em especial, suas principais funções administrativas: produção, vendas,
pessoal, administrativo e financeiro. Se necessário deve fazer cursos, trocar ideias

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Pessoal
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
com outros empresários e até mesmo buscando apoio contratando profissionais que
possam apoiá-lo no gerenciamento da Fábrica de Velas.

Promover a qualificação e desenvolvimento dos integrantes da equipe de trabalho,


bem como favorecer um ambiente propício ao desempenho de todas as atividades,
contribui para que o negócio consiga alcançar sua sustentabilidade econômica e
também deixa as pessoas mais satisfeitas e realizadas com sua atuação profissional.

Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato do setor, utilizando-a


como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim,
consequências desagradáveis.

É indicado procurar o SEBRAE mais próximo para buscar apoio no que diz respeito às
estratégias de podem ser adotadas para gestão de pessoas, considerando a realidade
do empreendimento.

Também se recomenda contato com profissional contabilista local para verificar


procedimentos legais para contratação de pessoas.

Algumas dicas:
- Lembre-se que, como empreendedor diante do de seu negócio, uma Fábrica de
Velas, as ações da equipe serão reflexo, em boa parte, da sua postura;
- Estabelecer claramente as regras de trabalho e convivência;
- Cumprir exigências trabalhistas legais;
- Promover, sempre que possível, o conhecimento pelos colaboradores de outras
funções além da sua função principal;
- Incentivar o desenvolvimento pessoal e profissional da equipe.

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Pessoal / Equipamentos
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
7. Equipamentos
Os equipamentos necessários para a montagem de uma empresa de fabricação de
velas, considerando uma empresa de pequeno porte, os equipamentos básicos são os
seguintes:

1. Equipamentos e utensílios da área industrial:


a) Máquinas modeladoras de velas comuns;
b) Máquinas modeladoras de velas sete dias;
c) Reservatório para fusão de parafina;
d) Refrigerador de parafina;
e) Bancadas em material totalmente liso;
g) Maçarico - utilizado em tanques para derreter parafina;
h) Balde para despejar parafina - capacidade de litragem variada;
i) Tanque para derreter parafina - alimentado a gás ou a lenha;
j) Termômetro para manter o controle da temperatura da parafina;
k) Alinhador de Pavio;
l) Formas em alumínio – diferentes formatos.

Também é necessária a instalação de extintores de incêndio.

2. Materiais para escritório:


a) Mesa;
b) Cadeira;
c) Armários e/ou arquivos;
d) Computador;
e) Impressora;
f) Telefone e fax.

3. Móveis e equipamentos para o espaço de vendas das velas:


a) Mesa e cadeiras;
b) Balcões e prateleiras;
c) Computador;
d) Impressora;
e) Telefone.

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
A quantidade de móveis e equipamentos deverá ser definida conforme a estrutura e
porte da empresa.

O empreendedor deverá consultar os fabricantes dos equipamentos para conhecer o


tempo de obsolescência de cada um deles.

A prática de realizar manutenções preventivas é adequada, de forma a reduzir paradas


de produção e maiores gastos com manutenções corretivas.

Os equipamentos devem ser verificados constantemente quanto ao seu consumo de


energia ou água, se for caso, para evitar desperdício.

Vale lembrar que os colaboradores devem ser capacitados para manusearem os


equipamentos adequadamente, minimizando-se a chance de acidentes no ambiente de
trabalho. Ainda, se necessário, é fundamental disponibilizar e orientar o uso de EPI –
equipamentos de proteção individual.

É indicado verificar a possibilidade de adquirir equipamentos de segurança patrimonial,


como alarmes e fazer seguro para a empresa, suas instalações e equipamentos.

8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
- Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o
capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido
em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice
de rotação de estoques.

- Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período


de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir a produção e as
vendas futuras, sem que haja suprimento.

- Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente


do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer
receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha, demonstra o número
de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas pelo fato de não existir a
mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.

Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo de matéria-prima e demais insumos
deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e
a entrega dos produtos na sede da empresa.

Recomenda-se que o empreendedor planeje adequadamente a aquisição de matéria-


prima, como garantia de fornecimento mínimo para o funcionamento do
empreendimento.

As principais matérias-primas utilizadas na fabricação de velas, tanto comuns quanto


artesanais são:

a) Parafina – produto derivado do petróleo, inodoro, de cor branca amarelada, sendo


essa a principal matéria-prima na fabricação de velas;
b) Estearina – a estearina é um óleo extraído da palma, de bastante consistência,
usada na fabricação de velas desde a II Guerra Mundial. O material dá brilho e
também deixa a vela mais dura, aumentando sua vida útil. Pode ser um produto
auxiliar aplicado em conjunto com a parafina, visando dar maior consistência a vela, o

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que aumenta a duração de queima da mesma. No entanto poderão ser produzidas
velas de estearina;
c) Pavio – pode ser de barbante ou outro material sintético;
d) Corante – utilizado para colorir a vela a ser produzida;
e) Essências – utilizado para dar aroma a alguns modelos de velas;
f) Verniz brilhante – utilizado no envernizamento de velas especiais;
g) Embalagens – utilizado para embalar os produtos acabados para comercialização.

É possível utilizar materiais específicos para produzir, adornar ou embalar as velas,


como enfeites variados, pequenos recipientes de vidro, por exemplo. A diversidade de
outros materiais que podem ser utilizados dependerá da criatividade e da definição da
linha de produtos pelo empreendedor e demais profissionais responsáveis.

As embalagens devem ser pensadas de forma a minimizar impactos ambientes pelo


seu descarte.

Vale ressaltar a importância de buscar fornecedores próximos do seu local de


funcionamento, sempre que possível. Isso favorece a economia local e minimiza o
impacto da poluição pelo transporte de produtos por longos trechos, por exemplo.

Segue uma relação de alguns modelos e tipos de velas que podem ser produzidos a
partir das matérias-primas descritas:
a) Velas torcidas;
b) Velas cônicas;
c) Velas com números variados;
d) Velas comemorativas, tais como Primeira Comunhão, Batismo, aniversário etc.;
e) Velas litúrgicas;
f) Velas quadradas;
g) Vela sextavada;
h) Vela com bicos trabalhados (chapéu chinês, côncavo externo, côncavo interno,
Coração, trevo baixo, reto ou torcido, entre outros);
i) Velas votivas.

Os modelos e tipos citados acima são apenas sugestões de velas encontradas no


mercado. O empreendedor deve explorar a criatividade e inovar em diferentes tipos de
produtos, conforme seu mercado consumidor.

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Algumas opções de matéria-prima de origem vegetal para pesquisa e verificação da
possibilidade de aplicação na fabricação das velas da empresa:
- UCÚUBA VERMELHA: a ucúuba vermelha ou ucúuba branca (é encontrada nos
estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Maranhão
e Ceará. O óleo extraído das sementes (sebo de ucuúba), de odor agradável, pode ser
usado na fabricação de velas, sabões, cosméticos e perfumes.
- CERA DE CANDELILA: a candelila é uma planta, da família das Cactaceas e a sua
cera é usada comumente em cosméticos para a fabricação de batons e cremes. A
cadelila refinada é comumente usada no pavil e não como cera. O pavil é imergido na
cera, a qual facilita a queima do primeiro.
- ESTEARINA DE PALMA: proporciona dureza e opacidade à cera, sendo empregado
como aditivo da parafina. Coloca-se de 5 a 20% da mesma, na parafina.
- ÓLEO DE ANDIROBA: o óleo, conhecido na região Nordeste como “azeite de
andiroba”, é muito utilizado na medicina doméstica, para fricção sobre tecidos
inflamados, tumores, distensão muscular, etc. Na indústria farmacêutica homeopática,
o óleo de andiroba está sendo comercializado sob forma de cápsulas. O Instituto de
Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá-IEPA junto com a
Fundação Oswaldo Cruz -Fiocruz recomendaram o óleo para fabricação de velas. O
óleo de andiroba não é usado como substituto da parafina, mas como óleo essencial,
que teria o potencial de afastar o mosquito da dengue (Aedes aegypti).

9. Organização do Processo Produtivo


O processo produtivo de uma Fábrica de Velas deverá seguir um determinado roteiro
básico de etapas:

1) Preparar as máquinas que estarão envolvidas na produção de velas, atentando aos


modelos a serem fabricados. Essa preparação de máquina se bem executada reduzirá
substancialmente a perda de matéria-prima;
2) Medir e regular a altura das velas, respeitando o seu formato;
3) Derreter a parafina e, ou, estearina;
4) Manter um rigoroso controle da temperatura da parafina e, ou, estearina derretida,
sendo a temperatura entre 80ºC a 90ºC;
5) Pegar a parafina derretida e despejá-la nos moldes instalados nas máquinas
modeladoras;
6) Aguardar o início da solidificação da parafina e fazer os recortes necessários, com
uma espátula, visando retirar os excessos;
7) Usar o alinhador de pavio sobre os modeladores das velas, visando deixar o pavio

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perfeitamente alinhado em toda a extensão das velas;
8) Cortar o barbante da parte de baixo do alinhador de pavio e retirar as velas.

Para se obter uma vela de boa qualidade é necessário levar em consideração alguns
aspectos:
a. Qualidade da matéria-prima;
b. O ponto de fusão;
c. Viscosidade da matéria-prima;
d. Adequação à capacidade de queima do pavio e derretimento da parafina e/ou
estearina;
e. Adequada seleção do pavio, respeitando-se o seu formato e a sua aplicabilidade
para cada modelo de vela;
f. Preparação do maquinário e demais equipamentos aplicados na produção de velas;
g. Métodos de mistura e coloração da matéria-prima quando do uso e aplicação de
corantes, aromatizantes, etc.;
h. Cuidados específicos na produção artesanal de certos modelos especiais de velas.

Planejamento e controle são importantes para evitar desperdício de material e a


geração de resíduos poluentes no processo produtivo.

As velas produzidas devem passar por inspeção de qualidade visando garantir a


satisfação dos clientes.

Ainda com relação ao processo produtivo convém organizar o espaço, alocando os


equipamentos necessários conforme as etapas de produção e levando em conta o
fluxo de pessoas no local.

10. Automação
O nível de automação do processo produtivo pode ser um diferencial competitivo para
uma Fábrica de Velas. Ao elaborar o plano de negócios o empreendedor deve verificar
a viabilidade de investir em equipamento deste tipo.

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Canais de Distribuição
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Vale lembrar que o processo produtivo de velas pode ser desenvolvimento de maneira
artesanal, gerando produtos diferenciados e com maior valor agregado.

A automação deve ser adotada de forma a garantir o desenvolvimento do negócio. O


empreendedor deve planejar seus investimentos em automação, visando dinamizar
toda a sua área de industrialização, estocagem e também para o controle e
gerenciamento de toda a empresa.

Existem boas ofertas de sistemas para gerenciamento de empresas dos mais variados
portes e tipos. Estes sistemas possibilitam o controle da produção, das vendas,
controle de estoque de matéria-prima e produtos prontos para venda, controle de
contas a pagar e a receber, cadastro de fornecedores e de clientes, folha de
pagamento, fluxo de caixa, controle de caixa, entre outros aspectos de gestão.

Ressalta-se que a empresa é uma parte integrante da vida do empresário e, portanto,


conhecer todos os seus atos e fatos será de fundamental importância, já que uma
empresa bem gerida estará bem encaminhada rumo ao sucesso empresarial.

11. Canais de Distribuição


Os canais de distribuição se constituem em um elemento que pode potencializar o
sucesso deste tipo de empreendimento.

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Canais de Distribuição
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O empreendedor deve utilizar e monitorar os resultados dos canais de distribuição,
definindo estratégias que ampliem sua participação no mercado. São possibilidades de
canais de distribuição para uma Fábrica de Velas:

a) VENDA NO ATACADO – deve contar com estoque suficiente para pronta entrega,
pois as empresas revendedoras devem ser contatadas para revenda dos produtos da
Fábrica de Velas. Também poderão ser efetuadas vendas via vendedores e
representantes comerciais.
A loja de fábrica pode ser um canal que facilite o contato e negociação com potenciais
clientes para venda no atacado, que podem visitar e conhecer a linha de produtos da
Fábrica.
Também podem ser elaborados catálogos focados neste perfil de cliente, como
ferramenta de divulgação dos produtos.

b) VENDA NO VAREJO – deverá ocorrer utilizando-se o espaço montado para essa


finalidade, que é a loja de fábrica.

c) VENDA PELA INTERNET – através de um portal com a apresentação dos produtos


da Fábrica de Velas é possível receber pedidos de clientes previamente cadastrados e
estabelecer contatos com outros clientes potenciais. Será preciso definir quantidades
mínimas para venda pela internet e condições de entrega. Esse canal de distribuição
poderá facilitar a inserção no mercado exportador, caso seja um dos objetivos da
empresa.

d) VENDA DIRETA – é possível fazer parcerias para venda dos produtos através de
catálogos de venda direta, conforme planejamento e estudo da viabilidade de tal
estratégia de distribuição.

São possíveis clientes de uma Fábrica de Velas, considerando-se os canais de


distribuição citados:
- Consumidor final;
- Supermercados;
- Lojas Populares;
- Restaurantes;
- Hotéis;
- Igrejas;
- Floriculturas;
- Empresas organizadoras de evento;

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Canais de Distribuição / Investimento
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- Funerárias;
- Casa de Artigos Religiosos;
- Atacado e Distribuidores.

12. Investimento
Várias decisões irão impactar no montante do investimento necessário para abertura
de uma Fábrica de Velas, por exemplo:
- Localização e tipo de imóvel: o valor para alugar ou comprar um imóvel irá variar de
acordo com a região escolhida para abertura do negócio;
- Condição estrutural do imóvel: condições físicas do imóvel, necessidade de reforma,
tamanho da reforma;
- Equipamentos: optar por equipamentos novos ou usados, equipamentos mais
simples ou mais sofisticados, estimando produção a ser alcançada conforme demanda
de mercado identificada como oportunidade.

Os resultados das decisões referentes a estes itens surgirão com a elaboração do


plano de negócios, etapa fundamental para quem deseja empreender de forma
consciente.

O SEBRAE oferece um curso gratuito, pela internet, com as instruções de como fazer
um plano de negócios. Para se inscrever, conforme interesse e disponibilidade, é
preciso acessar http://www.ead.sebrae.com.br/.

O investimento estimado para mobiliário para a área administrativa e loja de fábrica é


de, aproximadamente R$ 12.000,00.

Estimando a compra de equipamentos em valores de mercado, o valor aproximado de


investimento em máquinas e equipamentos é de R$ 35.000,00 a 50.000,00.

Ainda serão necessários investimentos em veículos, conforme política de distribuição.

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Canais de Distribuição / Investimento
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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Assim, considerando um ambiente para Fábrica de Velas instalado numa área de 150
m², e com equipamentos para a produção de até 20.000 unidades por dia, é
necessário um investimento inicial estimado em aproximadamente em R$ 88.500,00 a
103.500,00, a ser alocado nos seguintes itens:

- Reforma do local (fábrica e loja) e instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias: R$


10.000,00;
- Custos fixos, exceto mão de obra (aluguel, telefone e internet, contabilidade, etc.): R$
6.000,00
- Matéria-prima, insumos e embalagens: R$ 8.000,00
- Divulgação inicial: R$ 3.000,00
- Móveis, equipamentos e utensílios: R$ 47.000,00 a 62.000,00
- Taxas iniciais de abertura da empresa: R$ 1.500,00
- Pessoal: R$ 13.000,00

Considera-se ideal que o empreendedor faça uma reserva de capital para eventuais
desembolsos.

IMPORTANTE: Esta é apenas uma estimativa de investimento inicial, pois os


equipamentos a serem adquiridos para a montagem de uma Fábrica de Velas, por
exemplo, tem preços bastante variados, considerando que podem ser modelos mais
modernos, digitais ou não, novos ou usados. A necessidade de reforma no local de
instalação da fábrica pode é outro fator que varia bastante, entre outros. Essas
questões devem ser analisadas criteriosamente, pois influenciam diretamente o
montante de investimento inicial e também nos custos. O empreendedor deve elaborar
o plano de negócios e calcular com precisão seus investimentos.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro
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13. Capital de Giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.

O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos
médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e
prazos médios concedidos a clientes (PMCC).

Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,
maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.

Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, aluguel,


impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta
necessidade do caixa.

Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores


que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.

Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro
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precisão.

O desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à ocorrência dos


fatores a seguir:
- Variação dos diversos custos absorvidos pela empresa;
- Aumento de despesas financeiras, em decorrência das instabilidades desse mercado;
- Baixo volume de vendas;
- Aumento dos índices de inadimplência;
- Altos níveis de estoques.

O empreendedor deve ter um eficiente controle orçamentário, de forma a não consumir


recursos sem previsão.

O empresário deve evitar a retirada de valores além do pró-labore estipulado, pois, no


início, todo o recurso que entrar na empresa nela deverá permanecer, possibilitando o
crescimento e a expansão do negócio. Dessa forma, a empresa poderá alcançar mais
rapidamente sua autossustentação, reduzindo as necessidades de capital de giro e
agregando maior valor ao novo negócio.

É importante que o novo empresário calcule adequadamente sua necessidade de


capital de giro, pois se isso não ocorrer, a empresa poderá muito cedo adquirir dívidas
e dificuldades financeiras.

Sugere-se reservar, especialmente no início das atividades, entre 4 a 6 meses de


reposição de estoques para produção até que se faça um giro necessário e a empresa
possa completar o ciclo operacional. A necessidade de capital de giro deve ser
acompanhada e atualizada permanentemente, pois sofre continuamente o impacto das
diversas mudanças ocorridas na empresa e no mercado de forma geral.

ATENÇÃO: Este cálculo deve ser feito de maneira mais criteriosa quando da
elaboração do Plano de Negócios, para o qual o empreendedor pode buscar
orientação no SEBRAE mais próximo.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos
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14. Custos
Custos são todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-
prima e insumos consumidos no processo de produção e comercialização.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra,


produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio indica que o
empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como
ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço, evitar
gastos desnecessários, manter a equipe de pessoal enxuta e o controle de todas as
despesas internas contribui para a sustentação econômica e financeira do
empreendimento. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado
final do negócio.

Os custos para uma Fábrica de Velas devem ser estimados considerando os itens
abaixo, conforme a estrutura do negócio e pertinência dos mesmos:
- Salários, comissões e encargos;
- Tributos, impostos, contribuições e taxas;
- Aluguel, taxa de condomínio e taxa de segurança;
- Água, energia elétrica, telefone e acesso a internet;
- Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários;
- Equipamentos de proteção individual;
- Uniformes;
- Recursos para manutenções preventivas e corretivas;
- Assessoria contábil;
- Propaganda e publicidade da empresa;
- Aquisição de matéria-prima e demais insumos;
- Despesas com vendas;
- Despesas com armazenamento e transporte;
- Seguros;

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor
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- Depreciação;
- Material de uso geral (escritório: papel, caneta, outros);
- Serviços de terceiros.

O empreendedor deve acompanhar o comportamento dos custos mensalmente,


adotando medidas criteriosas de controle, buscando formas de minimizá-los sem
comprometer a qualidade das velas produzidas.

Algumas dicas para uma gestão eficaz dos custos:


- Negociar para comprar pela melhor relação custo x benefício;
- Evitar gastos desnecessários;
- Manter equipe de trabalho treinada para evitar desperdícios;
- Controlar criteriosamente os custos;
- Calcular adequadamente os preços de venda.

O empreendedor de uma empresa de fabricação de velas, caso entenda como


interessante disponibilizar “display” estilizado em pontos de venda, deverá computar
como custo a aquisição desses mostruários e, ainda, os gastos relativos à reposição
de estoques.

O SEBRAE pode ser consultado para orientações sobre custos e também sobre
formação de preços de venda.

15. Diversificação/Agregação de Valor


Nesse segmento de mercado diversificar é palavra de ordem para ampliar a
competitividade da empresa e as chances de sucesso.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor
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Algumas ideias de produtos que podem representar diversificação e agregar valor aos
clientes:
- Pequeno recipiente de parafina com gel;
- Vela aquário;
- Vela em grãos;
- Vela gel;
- Velas temáticas: halloween, dia dos namorados, natal, etc.;
- Vela mosaico;
- Vela produzida na areia;
- Vela surpresa em outras embalagens;
- Velas com essências e cores variadas;
- Velas flutuantes;
- Velas multicoloridas;
- Velas musicais;
- Velas ecológicas;
- Criar embalagens com usos secundários (que não sejam descartadas com o cliente
abre e usa as velas).

Enfim, procure produzir velas com as mais variadas formas, essências, efeitos e
significados diferenciados visando atingir públicos distintos e finalidades diferentes
daquelas inicialmente planejadas, ou seja, velas comuns para uso rotineiro.

O empreendedor deverá estar sempre atento à expectativa dos consumidores e


também às tendências de mercado, buscando antecipar suas estratégias às da
concorrência.

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Divulgação
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16. Divulgação
A divulgação de uma Fábrica de Velas pode acontecer por meios de diferentes
estratégias:
- Panfletos;
- Outdoors;
- Jornais e revistas especializadas, conforme a linha de produtos;
- Merchandising com a utilização de displays em pontos de vendas, por exemplo;
- Demonstração de produtos;
- Oferecer brindes;
- Utilizar a internet: site próprio e banners de divulgação em outros sites;
- Divulgar em conjunto com outras empresas da cidade ou região, especialmente se
tiver uma loja de fábrica.

Estas são algumas ideias para divulgação.

Uma boa estratégia para divulgação é segmentar os clientes para direcionar


adequadamente a mensagem, por exemplo:
- Para distribuidores e atacadistas: elaborar e enviar catálogo;
- Para revendedores no varejo (lojas, mercados): visita de representante comercial;
- Em feiras: oferecer brindes e descontos na compra conforme volume de compra.

Por se tratar de um produto que apresenta, além de sua função originária, que é a de
fonte de iluminação artificial e também a de ser usado em oferendas (as mais
diversas), as velas criaram novos espaços para uso, que é o de efeito decorativo e
ambientação requintada para salões de festas, restaurantes temáticos, dentre outros.
Por isso mesmo as velas enquadram-se como itens de decoração de ambientes.

Assim deve ser criada pelo empreendedor uma sistemática diferenciada na forma de
divulgação, saindo dos meios de comunicação tradicionais e partindo para as
parcerias; como exemplo, cita-se o fornecimento de velas decorativas para compor
ambientes comerciais, imóveis em exposição (apartamentos em estágio de exposição
para venda), respeitando-se as características do público que procurará por tais
espaços; isto porque sempre deve ser respeitado o direcionamento e expectativa das
classes consumidoras.

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
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Se for de interesse do empreendedor, um profissional de marketing e comunicação
poderá ser contratado para desenvolver campanhas específicas.

As estratégias de divulgação devem promover a sustentabilidade.

17. Informações Fiscais e Tributárias


O segmento de FÁBRICA DE VELAS, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação
Nacional de Atividades Econômicas) 3299-0/06 como a atividade de exploração de
fabricação de velas de cera, sebo, estearina, etc., e fabricação de velas decorativas,
poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de
Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita
bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil
reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para
empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,


por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f
azenda.gov.br/SimplesNacional/):

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);


• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
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Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para
esse ramo de atividade, variam de 4,5% a 12,11%, dependendo da receita bruta
auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da
opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro
mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao
número de meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder


benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o


empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores
fixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor;
• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias;

II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
um salário mínimo ou piso da categoria)

O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes


percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis


Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

18. Eventos
A ABRAFE é a Associação que promove eventos específicos do setor. Informações
devem ser buscadas no site:
http://www.abrafave.org.br/

19. Entidades em Geral


ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
http://www.abnt.org.br/

ABRAFAVE Associação Brasileira de Fabricantes de Velas


http://www.abrafave.org.br/

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária


http://www.anvisa.gov.br

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial


http://www.inmetro.gov.br

IPEM Instituto de Pesos e Medidas (esse instituto tem representação em todos os

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
estados brasileiros, assim o endereço eletrônico sempre será seguido da indicação do
estado, conforme segue exemplos)
http://www.ipem.sp.gov.br
http://www.ipem.rn.gov.br

Sugere-se pesquisar informações junto às Federações das Indústrias do Estado,


Companhias de Saneamento Básico e Secretarias de Meio Ambiente.

> Alguns fornecedores de equipamentos:


Adaelto Indústria de Máquinas e Fabricação de Velas Ltda.
http://www.adalteo.com.br/

IMAVEL
http://www.imavel.com.br/

Mecânica Roberdoni
http://www.roberdoni.com.br/

Stell Blue
http://www.steelblue.com.br/

20. Normas Técnicas


As normas técnicas são documentos de uso voluntário, utilizados como importantes
referências para o mercado.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
As normas técnicas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de
segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinação
final), mas também, podem estabelecer procedimento, padronizar formas, dimensões,
tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e glossários, definir a maneira de
medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio.

As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –


ABNT.

NBR 9621 - Prescreve método para determinação de cloreto de vinila residual em


homopolímeros e copolímeros de cloreto de vinila.

NBR 10.004 - Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio
ambiente e à saúde pública, para que estes resíduos possam ter manuseio e
destinação adequados.

Para a correta aplicação da NBR 10.004 é necessário conhecer as seguintes NBR


complementares:

NBR-10.005 - Lixiviação de Resíduos NBR-10.006 - Solubilização de Resíduos NBR-


10.007 - Amostragem de Resíduos NBR 14178 Velas pré-medidas - Requisitos

21. Glossário
Cuba: vasilha grande de vidro ou louça, que serve para vários usos nas indústrias.

Espermacete: substância oleosa, semelhante à cera, extraída da cabeça do cachalote


(mamífero da ordem dos cetáceos, de dimensões comparáveis às da baleia). O
espermacete é usado como ingrediente de certas pomadas e cremes e antigamente
era usado na fabricação de velas.

Estearina: princípio dos corpos gordurosos, principal constituinte das gorduras animais.

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Liquefeito: tornado líquido, derretido, fundido.

Maçarico: aparelho que permite obter chama a uma temperatura muito alta.

Parafina: substância sólida e branca que encerra hidrocarbonetos saturados e não


saturados, proveniente do resíduo da destilação do petróleo, líquido oleoso, límpido,
incolor, insolúvel em água.

Ponto de fusão: temperatura de passagem do estado sólido para o líquido.

Segmentação: divisão em grupos com características específicas.

Viscosidade: qualidade ou estado do que é viscoso; resistência interna que as


partículas de uma substância oferecem ao escorregamento de uma sobre as outras.

22. Dicas de Negócio


A criatividade por parte do empreendedor ou do designer, que atuarão com a criação
dos modelos/moldes e novos formatos de velas será um diferencial, já que a inovação
na criação de novos produtos e modelos deve ser constante, bem como é indicado
elaborar modelos que traduzam beleza e segurança na queima e que tragam seu
conceito estilo e beleza.

O empreendedor de uma Fábrica de Velas deverá procurar o uso exclusivo de matéria-

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prima de primeira qualidade, o que significa comprar de fornecedores autorizados e
que representem segurança, além de estarem legalmente instalados. Isto porque a
principal matéria-prima (parafina), por ser um subproduto de petróleo, é revendida
exclusivamente por agentes autorizados pela Petrobrás.

O treinamento da mão-de-obra também é parte fundamental do processo. O


funcionário pode entrar como aprendiz e só depois de certo tempo pode se tornar um
operador oficial de manipulação de parafina quente e fabricação de velas.

Atualmente o mercado oferece vários cursos para qualificação e aperfeiçoamento na


área de fabricação de velas. Para o empreendedor e para os colabores, quanto mais
todos conhecerem sobre a fabricação de velas, melhor será para o desenvolvimento
do negócio. É indicado que o empreendedor invista em capacitação.

A presença do proprietário em tempo integral é fundamental para o sucesso do


empreendimento, principalmente no início das atividades.

O empreendedor deve garantir uma produção equilibrada e variada de seus produtos


dentro da capacidade de produção de sua fábrica, pois o excesso de produtos para
pronta entrega pode gerar encalhes. Boas dicas para alcançar seus objetivos quanto
ao mercado são: lançar um olhar crítico sobre seu futuro negócio; analisá-lo do ponto
de vista do consumidor e a partir daí definir seu mix de produção e o mercado a ser
atingido.

Em relação ao planejamento do negócio é importante que se faça uma avaliação do


potencial do mercado que se pretende atingir e de que forma esse mercado poderá ser
suprido por sua empresa. Ou seja, antes de iniciar a produção avalie todo o ciclo de
produção da Fábrica de Velas, desde a obtenção da matéria-prima até as perspectivas
para a comercialização do produto.

Procure fidelizar a clientela, consumidor final ou não, com ações de pós-venda.

O empreendedor deve ser criativo e ousado validando conceitos de comunicação


inovadores, de forma que consiga manter o empreendimento em evidência no mercado

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e diante dos consumidores atuais e potenciais.

Planeje e monitore a Fábrica de Velas com foco no desenvolvimento sustentável do


negócio.

23. Características
O empreendedor que tender a ingressar no segmento de fabricação de velas, deve ter
algumas características básicas, tais como:
- Ter identificação pela atividade e conhecer bem o ramo de negócio, mantendo-se
atualizado sobre assuntos pertinentes à fabricação de velas, para poder orientar
funcionários e consumidores.
- Capacidade de utilizar recursos existentes de forma racional e econômica,
identificando melhores produtos e fornecedores para a sua empresa.
- Habilidade de relacionamento com pessoas.
- Planejar e programar a produção diária, determinando operações e etapas a serem
realizados, os recursos necessários e os custos previstos.
- Capacidade para selecionar e preparar máquinas, equipamentos, utensílios e
materiais a serem utilizados no processo produtivo.
- Prever pontos críticos inerentes ao processo de fabricação e funcionamento geral da
empresa.
- Capacidade de aplicar regulamentos técnicos, ambientais, de segurança, de saúde e
higiene no trabalho e padrões de qualidade adequados aos processos fabricação de
velas.
- Pesquisar e observar permanentemente o mercado em que está instalado,
promovendo ajustes e adaptações no negócio.
- Ter atitude e iniciativa para inovar e promover mudanças necessárias.
- Saber administrar todas as áreas internas da empresa (compras, produção, vendas,
finanças, etc.).
- Saber negociar, vender benefícios e manter clientes satisfeitos.
- Ter visão clara de onde quer chegar.

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- Ser persistente e não desistir dos seus objetivos.
- Ter coragem de tomar decisões e para assumir riscos calculados.
- Ser organizado.
- Acompanhar as novas tendências de produtos que o mercado oferece.
- Ter capacidade para perceber novas oportunidades e agir para aproveitá-las.
- Ter capacidade de liderança e gerenciamento.

24. Bibliografia
ACENDER VELAS. A história das velas. Disponível em: http://acende r-
velas.info/mos/view/Hist%C3%B3ria_das_velas/>. Acesso em maio/2012.

_________________. Velas ecológicas. Disponível em: http://acender-ve


las.info/mos/view/Vela_ecol%C3%B3gica/>. Acesso em maio/2012.

EMPREGA BRASIL. Como montar empresa de fabricação de velas artesanais.


Disponível em:
http://empregabrasil.org.br/zza/passoapasso%20fabricacao%20de%20ve
las%20artesanais.htm>. Acesso em maio/2012.

PORTAL SBRT. Diversas informações de respostas técnicas sobre fabricação de


velas. Disponível em: http://www.sbrt.ibict.br/>. Acesso em maio/2012.

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25. URL

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