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SEGUNDO MOMENTO 

Comunicação e Expressão I
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Comunicação e Expressão I
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Anotações Introdução ao Estudo 


da Linguagem
POR QUE APRENDER

Você já deve ter percebido que a linguagem está presente em


todas as atividades do nosso dia-a-dia. Desde a conversa mais banal
com alguém da família ou um simples “bom dia” para o vizinho
até a retirada de um extrato bancário ou o preenchimento de uma
ficha de inscrição para algum concurso, entre tantas outras coisas.
Por isso é praticamente impossível não se fazer uso da linguagem.
Mesmo nos momentos em que nos encontramos a sós, com nossos
próprios pensamentos, aí também está ela, dando forma e organiza-
ção às idéias que ocupam nossa mente.
É, portanto, graças à linguagem que damos sentido às nossas
experiências individuais e coletivas no mundo. É também por meio dela
que temos acesso à produção cultural humana do presente e do passado e
através da qual nos tornamos efetivamente participantes da vida social.
Neste Momento, estudaremos a conceituação de linguagem
e os modos pelos quais ela é expressa. A intenção é que você conhe-
ça as concepções de linguagem existentes e como isso tem afetado a
compreensão desse objeto e seu uso. Além disso, desejamos que você
adquira uma visão mais ampla da multiplicidade de recursos pelos quais
a linguagem se expressa, e, assim, amplie suas escolhas de expressão e
aperfeiçoe sua habilidade comunicativa.

O QUE APRENDER

Desafio
O que é linguagem?
Do que ela se constitui?

Vamos tentar responder à primeira pergunta apresentando três pon-


tos de vista distintos sobre esse objeto, conforme expostos em Koch (2002)
e em Travaglia (2003): linguagem como expressão do pensamento, como
instrumento de comunicação e como forma/lugar de interação.

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AS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM
 Anotações
Uma primeira definição para linguagem, que tem suas raízes
entre os antigos filósofos gregos, é a de que ela é expressão do pensa-
mento. Segundo essa visão, a linguagem é um espelho (ou representação)
daquilo que se passa em nossa mente, derivado do conhecimento indivi-
dual da realidade. Assim, o uso da linguagem é tomado como um ato mo-
nológico, dependente das leis psicológicas do próprio indivíduo e de sua
capacidade de organizar e verbalizar o pensamento de maneira lógica.
Essa maneira de conceber a linguagem deu origem a estudos como
os desenvolvidos pela gramática tradicional, a qual se preocupa, princi-
palmente, em estabelecer regras para se falar e escrever “corretamente”.
Um exemplo disso são as orientações sobre o emprego correto do grau
dos adjetivos, dos modos e tempos verbais, das concordâncias nominal e
verbal, da colocação pronominal, entre outros. Nesse sentido, transmite
a crença de que é só através do domínio das normas do “bem” falar/es-
crever que se pode expressar o pensamento de forma lógica e apropriada.
Desse modo, desconsidera os diversos usos através dos quais a linguagem
pode se configurar nos mais variados contextos de intercomunicação.
A segunda noção é que a linguagem é um instrumento de comu-
nicação. De acordo com essa idéia, a língua é um código por meio do qual um
emissor transmite sua mensagem a um receptor (lembra-se daquele modelo tra-
dicional de comunicação apresentado no Momento anterior?). Para isso, é ne-
cessário que esse código seja comum aos falantes do grupo social que o utiliza.
A novidade nesse postulado é a inclusão do destinatário a quem
a informação é dirigida, sendo, portanto, de natureza mais “social” que
a definição anterior. Porém, dado o enfoque unidirecional com que a
linguagem é concebida, em que apenas um dos participantes do ato
comunicativo (o emissor) é o elemento ativo do processo e o outro (o
receptor) mero decodificador passivo da informação, permanece aqui,
igualmente, o caráter monológico atribuído à linguagem.
Segundo essa visão, a língua também deve ser estudada apenas
em seus aspectos internos (isto é, estruturais), desvinculada do uso. Sig-
nifica dizer que, nessa proposta, não se leva em conta o contexto socio-
discursivo, ignorando-se, portanto, as características dos interlocutores,
bem como as condições impostas à língua pela situação comunicativa.
Finalmente, a terceira concepção vê a linguagem como
forma/lugar de interação. Conforme essa perspectiva, a linguagem
é entendida como o espaço em que se realiza o intercâmbio discur-
sivo, através da co-atuação entre sujeitos investidos de papéis sociais
(pai/filho, patrão/empregado, vendedor/cliente, médico/ paciente,
poder público/cidadão etc.), num esforço conjunto para a produção
de efeitos de sentido, em um dado contexto intercomunicativo.
Talvez você esteja questionando neste momento: – E no caso de
quando estamos falando sozinhos, sem a presença de outro indivíduo,
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ou daquela pessoa que escreve um diário íntimo e não pretende com-


Anotações partilhá-lo com mais ninguém? Ainda assim é possível preservar-se o 
caráter interacional e dialógico da linguagem?
A resposta é “Claro que sim!”. Mesmo em situações como essas, a
linguagem não perde a sua natureza interativa. Em momentos assim, é como
se o locutor se desdobrasse em um outro, que se torna seu interlocutor e com
quem interage, travando com este num diálogo pacífico ou conflituoso.
Vista desse modo, a linguagem não viabiliza apenas a interlocução
entre falante e ouvinte ou entre escritor e leitor, mas, sobretudo, o diálogo
entre representantes de posições sociais, histórico-culturais e ideologica-
mente definidas. Como se pode observar, nessa nova maneira de conceber
a linguagem, não há mais lugar para as figuras polarizadas do emissor e do
receptor. Diferentemente, ambos são redefinidos como interlocutores e,
assim, co-responsáveis pelo estabelecimento da relação sócio-discursiva.
Isso nos leva a concluir que a linguagem, de acordo com essa
perspectiva, não é independente dos usuários nem do contexto de in-
teração. Ao contrário, ela mantém uma relação intrínseca com o uso,
sendo moldada conforme as condições de produção do discurso.
Assim é que, por exemplo, numa propaganda dirigida ao público in-
fantil, a linguagem assume características próprias da fala dessa faixa etária. Por
outro lado, caso seja direcionada aos jovens ou a profissionais de uma determi-
nada área, ela deverá ajustar-se ao perfil específico dos respectivos interlocuto-
res. Caso isso seja desconsiderado, poderá haver falhas na interlocução.

Desafio
Leia o texto a seguir:

É MASSA, BROTHER.

Brother, dentro dessa nova edição do Vestibular 500 testes tem


tudo para que o próximo vestiba role na maior.
Só de português são 80 questões, sendo 50 testes e 30 escritas.
Fora as questões de física, química, biologia, história, geografia,
matemática e inglês.
Ah, tem uma lista de livros e uma série de dicas que você precisa
ficar por dentro antes de encarar os exames.
(Época, s.d.)

Agora, responda com base nesse texto:

1. Pelos aspectos lingüísticos, quem parece ser o locu-


tor (falante) do texto?
2. Por que você acha que o produtor do anúncio utili-
zou esse tipo de linguagem?

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DO QUE COMPÕE A LINGUAGEM


 Anotações
Agora, respondendo a outra daquelas duas perguntas ini-
ciais, vamos procurar esclarecer do que se constitui a linguagem.
Esta é composta de signos socialmente construídos e partilha-
dos. Significa dizer que o conjunto de elementos significativos de
que se compõe a linguagem é produto de visões de mundo, ou seja,
de formas de interpretar a realidade próprias de uma determinada
cultura em um dado momento histórico (FIORIN, 1998; KOCH,
2002; TRAVAGLIA, 2003).

Conceito de Signo
Um signo é a união de um componente de ex-
pressão falado, escrito, gestual, audiovisual etc.) com
um conceito (ou significado). Contudo, sua significação não é dada em
si mesmo, mas depende de quem o utiliza, em que situação e com que
finalidade. Assim, o signo é contextualmente (sociocultural e historicam
ente)determinado.

De um modo geral, os signos que constituem a linguagem são


divididos em verbais e não-verbais.

Verbais

São os signos lingüísticos, isto é, aqueles que compõem uma


língua natural (português, inglês, alemão, russo, japonês, guarani, en-
tre outras). É o que se pode também chamar de linguagem verbal.

Conceito de Língua
De forma simplificada, podemos entender língua
como um sistema variável composto de signos (veja
o conceito de signo dado anteriormente), que se realiza através da
fala na comunicação social.

Os signos verbais subdividem-se nas seguintes modalidades:

Orais

São aqueles realizados pela fala (ou língua falada). Exemplos disso são
as conversas informais (face a face ou ao telefone), uma conferência, uma aula
expositiva, as transmissões de rádio e TV, etc. Veja os exemplos que se seguem:
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Anotações 

Figura 1 - Exemplos de signos orais


Fonte: CD Expert

Escritos

São aqueles expressos por meio de caracteres gráficos (ou lín-


gua escrita). Como exemplos, temos os livros, jornais, revistas, corres-
pondências, entre outros. Observe os seguintes exemplos:

Figura 1 - Exemplos de signos escritos


Fonte: CD Expert, veja.com.br

Não-verbais

Os signos não-verbais podem ser gestuais (movimentos e ex-


pressões corporais/faciais), plásticos (tais como monumentos, esculturas
etc.), pictóricos (desenhos, tabelas, gráficos, esquemas, gravuras, foto-
grafias etc.), acústicos (como buzinas, campainhas, sirenes etc.), audio-
visuais (por exemplo: charges televisivas, desenho animado), táteis (a
escrita para deficientes visuais), entre outros. Veja os exemplos a seguir:

Figura 1 - Exemplos de signos não-verbais


Fonte: CD Expert

É bastante comum haver a combinação de signos de tipos


diversos, resultando, assim, numa espécie de “plurilinguagem” (ou
seja, uma linguagem mista). Por exemplo: numa conversa, participam
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outros elementos não-verbais, entre eles o tom de voz, as expressões fa-


 ciais, a gesticulação das mãos etc., os quais servem como suporte do ato Anotações
interlocutivo e contribuem, consideravelmente, na construção de sen-
tidos. No texto escrito, por sua vez, há também a presença de compo-
nentes não-lingüísticos, tais como fotos, gravuras e demais ilustrações,
contrastes de cores e tamanho variado das letras etc., que igualmente
colaboram no cálculo de sentidos. Existem, ainda, a TV, o cinema e o
teatro, os quais são uma ótima evidência da articulação bem-sucedida
das diferentes formas de linguagem. Vejamos a figura a seguir:

Figura 1 - Exemplos de signos não-verbais


Fonte: Veja. 14/09/2005. p.41

Para concluir, é bom esclarecer que não existe uma modalidade


de linguagem prioritária, superior ou melhor do que outra; também
não é correto supor que uma forma de expressão possa substituir a ou-
tra com a mesma eficácia. Significa que cada comunidade desenvolve
as modalidades de linguagem dentro de suas condições e demandas so-
cioculturais, procurando utilizá-las apropriadamente de acordo com as
situações de interação, de modo a atingir os objetivos pretendidos.

Praticando
Observe a figura a seguir e tente destacar nela os signos
verbais e não verbais.

Figura 1 - Exemplos de signos não-verbais


Fonte: Educação. ago.2001. 9.78

Responda a esta pergunta:


De que forma os signos não-verbais o ajudaram nesse entendimento?

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RELEMBRANDO
Anotações 

O QUE FAZER

Vamos agora aplicar os conceitos estudados neste Momento.

1. Pra começar, olhe ao seu redor e observe quantos signos ver-


bais e não-verbais neste momento o cercam. Enumere pelo
menos cinco deles.

2. Lembra daquele filme que você mais gosta? Ele tam-


bém é composto por signos lingüísticos verbais e não-
verbais. Vamos tentar lembrar do filme e enumerar pelo
menos cinco signos lingüísticos verbais e cinco não-ver-
bais? Você pode até relacionar mais de cinco, se desejar.

Lembrete

Não esqueça que a execução desses exercícios é funda-


mental para a sua auto-avaliação.

3. Nós, eu e você, estamos nos comunicando neste momento?


Quais as características dessa nossa comunicação? Que signos
estamos utilizando? Em qual, das três concepções de lingua-
gem vistas, se encaixa essa nossa interlocução?
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PARA SABER MAIS


10 Anotações
TERRA, E.; NICOLA, J. de. Práticas de linguagem: leitura e produ-
ção de textos. Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2001.

Embora seja uma obra voltada para o Ensino Médio, esse livro
traz boas orientações sobre leitura e produção de textos, mesmo para
alunos que já estão em nível de graduação. O segundo capítulo aborda
mais diretamente as questões vistas aqui sobre a linguagem.

ONDE ENCONTRAR

KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo:


Cortez, 2002.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o en-


sino de 1º e 2º graus. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

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