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Sociedade:. Ecumênica:. do Triângulo: e da Rosa:. Dourada:.

Fraternidade:. Espiritualista:. do Cruzeiro:. do Sul:. - Templo Xangô Quatro Luas:.

Núcleo de Estudos Espirituais

Aspectos de manifestação dos Guias Espirituais

A filosofia sagrada da umbanda, juntamente com seus veículos de manifestação, ou seja, seus Guias
espirituais, constituem um corpo extremamente organizado, no qual todos os fatores que o determinam se
encontram mergulhados em aspectos de disciplina, moderação e, sobretudo, autocontrole, sendo este fator
indispensável aos médios incorporantes.
Dentro de seu imenso contexto organizacional, cada uma das Vibrações se utiliza de formas precisas de
manifestação, as quais deixam entrever quando de sua atuação no plano físico, aspectos importantes como a
vibração atuante, o polo de correspondência com as forças naturais e, sobretudo, seus aspectos de ação.
Doutrina que se baseia em aspectos centrados de disciplina e organização, torna-se óbvio o fato que as
forças Espirituais manifestem seus aspectos de incorporação em meio a sistemas, os quais deixam entrever
muito a respeito de suas características peculiares, características essas, de extrema importância, sobretudo para
aqueles que principiaram a conhecer os processos de natureza incorporativa.
Contudo, existe em meio a tais aspectos uma grande tendência por parte dos médiuns em acionarem
mecanismos de mistificação, na maioria das vezes inconscientemente, deixando-se muitas vezes levar pela
euforia do momento, pela beleza e liberdade dos movimentos, ou mesmo para chamarem a atenção dos
presentes, findando por comportarem-se de maneira errônea em relação à Força atuante.
Fator importante a ser recordado aos mediadores é que não procuram os Guias Espirituais imporem
padrões de beleza ou estética quando incorporam, sendo a beleza de algumas Vibrações algo completamente
natural às mesmas, como pode ser constatado, por exemplo, na postura dos Cavaleiros de Ogum, na harmonia
dos Caboclos e Caboclas de Oxum, na impressionante aura de magia dos Mestres Orientais e assim por diante.
Em verdade, certa dose de perigo envolve os aspectos incorporatórios da Umbanda, visto que muitos
médiuns se deixam arrastar pelo próprio plano da vaidade pessoal, pela incoerência, pelo desejo consciente de
aparecer ou mesmo impressionar os presentes, e assim findam por denegriram os elevados propósitos das
forças atuantes, visto desviarem seus campos mentais para os aspectos secundários banais e não para o
verdadeiro aprendizado espiritual ou mesmo o auxilio aos outros.
Compete inicialmente ao médium observar seu próprio procedimento em relação aos aspectos de
incorporação, deixando de lado toda vaidade vã, o desejo ou necessidade de sobressair-se em relação aos outros
ou mesmo de chamar a atenção, deixando que os Guias atuem livremente em meio a seus aspectos sagrados. A
procura do aperfeiçoamento estético não é de todo negativa em relação às manifestações espirituais. Contudo,
não deve o mediador deixar-se influenciar pela beleza altiva dos mesmos e, consequentemente, sobrepor-se às
próprias Entidades, possuidoras por si só de uma beleza particular, que dispensa qualquer acréscimo de vaidade

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por parte de seus instrumentos de ação.
Outro fator de importância refere-se ao fato de alguns médiuns alegarem que não necessitam os Guias
manifestarem-se em meio a uma gesticulatura predefinida, afirmando desnecessário tal procedimento. Ora,
como referido acima, a Umbanda baseia-se em aspectos de extrema disciplina, estando os Guias a frente de tais
aspectos manifestados no decurso de sua as incorporações. Ademais, tais processos de associação foram criados
pelos arquitetos sagrados e não pelos seres do plano físico. Sendo assim, se existem, devem ser observados e
trabalhados de maneira coerente.
Embora o aparato de gestos e posturas seja muito mais necessário para médiuns e pacientes do que para os
próprios Guias, assim procedem aos mesmos, visto que tal associação finda por gerar um elo muito mais
preciso e concentrado, o qual expressa em suas atitudes suas forças naturais e seus arquétipos, auxiliando o
médium, sobretudo aqueles que agem de maneira consciente, a exteriorizarem aspectos extremamente
necessários que se relacionam muitas vezes com suas próprias personalidades.
A tal respeito, podemos exemplificar a figura dos Exus, os quais em meio as suas diversas formas de
manifestação, somente exteriorizam padrões de consciência encerrados em nosso subconsciente, exteriorizando
assim, arquétipos muitas vezes reprimidos ou mesmo exageradamente despertos, auxiliando-nos dessa maneira
no controle ou aniquilação dos mesmos. Analogamente, com as outras forças espirituais ocorre o mesmo.
Não necessitam elas exteriorizarem ou demonstrarem padrões arquétipos para si próprios, visto que
possuem suas personalidades muito bem definidas. Necessitam, contudo, estabelecerem um vínculo preciso
entre as vibrações que representam, e os aspectos que as mesmas encerram em si, principalmente em relação aos
médiuns que irão incorporar e aos pacientes com os quais irão lidar diretamente. Dessa forma, exteriorizam os
Caboclos sua força, os Pretos-Velhos sua paciência, os Exus sua liberalidade, as Pombas-Giras sua sensualidade,
as Crianças sua ingenuidade, os Ciganos sua liberdade, os Orientais sua sabedoria, os Marinheiros seu
desprendimento, os Boiadeiros sua disciplina e comando, os Piratas seu risco, as Sereias seu encanto, os Pajés
sua magia, os Cavaleiros sua determinação e assim por diante.
Se analisarmos cada um desses aspectos, veremos neles a correlação existente entre cada ume nossas
próprias personalidades, sendo os mesmos fatores essenciais em nossa existência, não interessando o grau em
que se encontram manifestados ou que devam manifestar-se.
Importante observar, que devemos em grande parte o nosso conhecimento a respeito dos arquétipos dos
Guias espirituais, próprio em conseqüência de suas formas de manifestação. Logicamente, os mesmos não
podem ser reduzidos a simples Entidades fundamentais semelhantes a um bloco mecânico, os quais agem em
igual modo em todas as situações. Contudo, devem ser analisados e compreendidos como forças que se
relacionam simultaneamente, desenvolvendo em nós aspectos necessários a nosso pleno desenvolvimento
psicológico baseado em componentes de extrema coerência entre eles e nós.
Embora possuam características semelhantes durante seus suas manifestações, não constitui blocos
unitários, os quais como uma fileira de soldados, colocam-se a marchar todos em uma só seqüência. Os
aspectos de associação com as forças naturais bem como com seus pelos de ação, são bastante visíveis em
alguns gestos revelados pelos mesmos.
Os Guias utilizam-se de aspectos principais e fundamentais para exporem-se no plano físico, e com base
em tal relação, criam formas de manifestação precisas e unitárias não significando com isso, que devam os
mesmos apresentar se como uma tropa, embora repito, os aspectos fundamentais ou primários coincidam
sempre em relação a todos os médium. Dentre tais aspectos primários, podemos prender como exemplo os
bravos cruzados ao peito no caso dos Caboclos de Xangô, os bravos erguidos como se brandissem uma espada
no caso dos Caboclos que Ogum, a harmonia de gestos da Vibração de Oxum, e assim por diante.
Em meio a esse aspecto, duas dificuldades apresentam-se diante dos médiuns: a primeira refere-se ao fato
de não conhecerem os aspectos fundamentais das manifestações espirituais, e assim blocarem ou impedirem as

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manifestações. O segundo, refere-se ao fato de alguns médiuns possuírem arraigados em suas consciências à
falsa idéia de que determinados gestos não são executados por determinadas vibrações. E o caso, por exemplo,
dos Caboclos e Caboclas de Yansã, cujos médiuns ao pensarem que os mesmos giram em continuidade, ou
mesmo que não estalam seus dedos durante suas descargas, findam as vezes por caírem ao chão.
Em determinado sentido, devemos compreender a natureza da Umbanda junto as suas Entidades, não
como uma montagem ou bloco de forças fundamentais, as quais possuem propriedades mecânicas, mas sim
como um complexo sistema dinâmico de forças que se inter-relacionam, e em meio a qual, nenhuma é mais
fundamental que a outra. Reduzir os aspectos incorporativos, crendo-os desnecessários, e agir de maneira
errônea, visto a colocação em segundo plano do vastíssimo campo de estudos que os mesmos nos
proporcionam, se realmente prestássemos atenção por um minuto em seus modos de atuação.
Infelizmente o observar tornou-se supérfluo em meio ao campo espiritual, não interessando aos médiuns
de hoje dirigirem seus olhares com atenção a cada gesto emitido pelos guias, deixando assim de aderirem a uma
enorme gama de conhecimentos relativos aos mesmos, prolongando tal fator inclusive ao campo das próprias
incorporações. Incorpora-se sem atenção. Essa e a verdade sendo para todos, ao menos para muitos.
É fato conhecido, que nenhum gesto executado pelos Guias encontram-se desprovido de uma lógica de
ação, possuindo cada um sua particularidade, sendo tão somente em virtude de tal associação que conseguimos
definir quando o gesticular pertence ao campo mental do próprio médium ou ao próprio Guia. Dessa forma,
podemos deduzir a exemplo, que as batidas intermináveis ao peito, o estalar de dedos em ritmo musical, as
giradas excessivas, e até mesmo a invenção de certos movimentos, pertencem tão somente ao campo mental dos
médiuns.
Necessitam os médiuns de uma vez por todas, colocarem em suas mentes que constitui a filosofia da
Umbanda uma verdadeira doutrina psicológica, a qual se baseia em lógicas racionais, explicadas, sobretudo pelos
aspectos de natureza mental. Achar que existe algo de inexplicável em meio aos Guias, ou mesmo inventar
durante as manifestações espirituais novos aspectos, somente deixa entrever a profunda necessidade de
observação e estudo que envolve os médiuns atuais. Os Guias são espíritos superiores dotados de total
liberdade de ação, contudo possuem suas características fundamentais de incorporação, e obedecem aos
comandos que lhe são ditados, seja pelo corpo coordenador espiritual, seja pelos coordenadores físicos. Se
assim não fosse, não haveria necessidade de coordenadores dentro dos Templos.
Outro fator de grande importância é aquele que se refere ao fato de que a grande maioria dos médiuns não
se encontra interessado em estudar as formas de manifestação, os aspectos de exteriorização da consciência, o
porquê disso, o porquê daquilo, a maneira lógica e racional disso, o sistema de lógica que se fundamenta sobre
tal aspecto e assim por diante, preferindo e inclusive pensando, que espiritualidade significa tão somente
incorporar, estalar os dedos, orientar, e ir embora.
Aspecto que se encerra em uma profunda aura de desinteresse, encontra-se o estudo da mesma arrolado
em segundo plano, enquanto continuam seus integrantes a pensar que basta incorporar sem nenhuma
necessidade em estudar. Costumo dizer que se mediunidade fosse profissão remunerada, não faltariam alunos
nas escolas preparatórias.
A inter-relação mútua entre os Guias encontra-se extremamente expressa em meio as suas próprias
Vibrações, visto sabemos que cada urna encontra seu pólo de correspondência dentro de outra e assim
sucessivamente. Tal fator demonstra a completa harmonia existente entre o plano Espiritual e seus campos de
ação. A Umbanda é dotada de uma impressionante seriedade intelectual e filosófica, a qual quando realmente
estudada, aprofunda-se em complexos aspectos de relação, sobretudo entre ser, consciência, espiritualidade e
natureza. Se dedicássemos uma atenção aos fatores de estudo da Umbanda e não somente a seu campo de ação,
tornaríamos a mesma muito mais aceitável para muitos, demonstrando a imensa aura intelectual e sobretudo
cientifica que a mesma encerra, especialmente nos campos da astrofísica.

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Alguns médiuns alegam que o fato de se encontrarem em plena consciência durante o processo
incorporativo, contribui de maneira clara para um desempenho negativo. Ora, a grande maioria dos médiuns é
de natureza consciente, e não há experiência mais intrigante e construtiva do que aquela de um médium que
consegue controlar seus estados alterados de consciência durante o processo das incorporações. Isso denota por
si só, uma espécie de autocontrole e desligamento de todos os aspectos externos que poderiam dificultar o
processo.
Obviamente durante as incorporações, o ser reage de maneira diferente, mas não se encontra em outro
mundo, embora sua consciência possa desligar-se temporariamente de nosso plano transferindo-se inclusive a
outros, requerendo para tanto, um grande nível de concentração por parte de o próprio ser.
Faz-se necessário uma dose muito alta de sensatez, senso de dever, e neutralidade em relação aos processos
de incorporação, especialmente quando lidamos comas orientações espirituais. Não pode o médium de forma
alguma por mais consciente que seja, deixar que seus estados de consciência, suas dúvidas, suas opiniões, ou seu
modo de proceder interfiram no processo de orientação. Quando ocorre a neutralidade obtida por meio de uma
concentração interior no próprio trabalho que está sendo desenvolvido, permite-se que os Guias atuem com
mais constância, dando então espaço para a externação de uma série de fatores, como por exemplo, uma leitura
muito mais ampla dos registros áuricos ou uma percepção bem mais centrada em relação aos problemas pelos
quais vem passando o consulente.
Médium e Guia encontram-se relacionados como causa e efeito. Assim sendo, torna-se possível obter
conhecimento sobre as causas presentes nas Potências espirituais, permitindo-nos de entrar em contato com os
fenômenos da mesma. Por meio das impressões provocadas pelos Guias, detectamos os princípios da natureza
que se encontram expressos e manifestados em suas Vibrações, tendo ainda em mente que os mesmos
constituem a exteriorização de arquétipos sobre o qual, podemos obter conhecimento direto de nossas próprias
personalidades, além de determinar em nosso corpo físico, os centros espirituais ou Chakras por meio dos quais
os mesmos manifestam-se, aumentando nossa capacidade de percepção.
Conscientemente, nosso conhecimento essencial em relação aos Guias espirituais constitui e molda-se
especialmente em meio aos seguintes fatores: possuem os mesmos um nome específico, uma roupagem fluídica
específica de atuação em nosso plano, uma correspondência astrologia, ligam-se a uma Vibração específica, e
atuam sobre um ou mais centros de força específicos, podem adquirir e construírem-se por meio de imagens
mentais, as quais muitas vezes somos nós mesmos quem damos formas, e exprimem aspectos particulares de
arquétipos que se encontram em conformidade com o desenvolvimento ou as necessidades arquétipos do ser
humano.
Nosso verdadeiro conhecimento a respeito das Potências espirituais encontra-se associado, sobretudo a
esfera física a qual, em termos de realidade, não se confronta coma realidade dos planos superiores. Tendemos
continuamente em confundir os aspectos de nosso plano com aquele espiritual, findando assim por criarmos
imagens mentais destorcidas a respeito dos mesmos, o que nos impede dessa forma de penetrarmos em meio ao
conhecimento real.
Quanto menos conhecermos a respeito das Forças espirituais, mais geraremos estados mentais diversos e
confusos, os quais não interagem entre si e que findam por serem sempre diferenciados. Em contrapartida,
quanto mais nos encontrarmos envoltos por um conhecimento a respeito dos Guias, findamos por isolar os
aspectos arbitrários de confusão mental, passando a fundir em nossas mentes os aspectos puros de
conhecimento acerca dos mesmos, o que nos leva a uma fusão harmoniosa que, por conseguinte, interage
durante o processo incorporativo. Pode ser que tal fator não impeça os desvios de pensamento, contudo,
blocam de maneira sensata possível processo de mistificação e exteriorização da própria personalidade seja ela
inferior ou superior.
Quando estamos de posse do conhecimento concreto, todas as demais constituintes que dependem de

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nossa mente para gerarmos padrões de associação em relação aos Guias espirituais desprendem-se
automaticamente, permitido assim que haja uma fusão concreta entre a força atuante e aquela que lhe serve de
veículo. Nosso pensamento quase sempre de natureza superficial é baseado meramente em palavras, deve
conhecer os fatores de associação que circundam as potências espirituais. Quando conseguimos alcançar a
percepção da energia atuante em nosso centro de força, associando a tal fator o raciocínio mental juntamente
com conhecimento absorvido em relação aos Guias, geramos uma condição que nos capacita a distinguir
claramente diversos aspectos referentes à energia manifesta, a qual nos auxilia fortemente no processo de ação
que se desenrola em nos mesmos.
A confiança torna-se fator extremamente necessário quando lidamos com os processos incorporativos. Na
sagrada aventura na qual se comprometem os médiuns, os objetivos finais são quase sempre desconhecidos.
Cada um possui seu padrão individual claramente definido e diferenciado totalmente uns dos outros. Em meio
às incorporações, existe a possibilidade de surgirem na mente várias espécies de dúvidas, dentre as quais
destacamos o fato de considerar-se este realmente incorporado; a análise de seus métodos incorporativos, se os
recursos que esta utilizando consigo próprio, são os adequados para o processo, se possui a capacidade de
vencer os obstáculos e atingir seus objetivos e assim por diante.
Quando durante a execução do processo tais dúvidas assolam a mente do médium, ocasionalmente criam-
se fatores de desordem mental que afetam de maneira considerável a incorporação. Para algumas pessoas e
muito difícil evitarem os constantes períodos de dúvida, ou mesmo depressões, especialmente durante os
primeiros estágios. Contudo, e a atitude pessoal do médium em relação a si, a confiança na espiritualidade, e o
meio no qual se encontra, incluindo nisto a sua própria fé, que mostrarão a ele o caminho correto.
Alguns médiuns são extremamente negligente no que diz respeito ao processo preparatório de
concentração, assimilação e incorporação das forças espirituais. Sabemos que médiuns que agem dessa maneira
negligenciado os fatores primordiais, possuem 60% de chances de adentrarem em processo mistificatório, ou de
não realizarem uma boa incorporação. A negligência é uma fraqueza que impossibilita o ser de atingir o sucesso
espiritual, condenando-o a mistificação ou a má incorporação, demonstrando descuido e irresponsabilidade por
parte dos mesmos, os quais brincam com uma dinamite sem avaliarem as possíveis conseqüências psicológicas,
psíquicas, mentais, e físicas.
Muito mais aptos a causar danos a si próprios que aos outros, em gênero findam por perder a
autoconfiança e a segurança. Em verdade nenhum médium deveria pensar em trilhar o caminho incorporativo,
quando sabe que age de forma negligente em relação aos processos de concentração, assimilação e atração dos
Guias espirituais, fatores estes que requerem uma cuidadosa atenção, visto a seriedade que envolve.
Outro terrível hábito que gera a distração da mente e dificulta a incorporação é a preguiça mental. Péssimo
hábito mental, o qual se adquiri ao longo de uma continuada submissão ao gosto pelo fácil, bem como pela
tendência de evitar qualquer esforço, constitui uma condição puramente psicológica, associada a uma falta de
disciplina em relação às tarefas longas, difíceis e trabalhosas, sendo hábito freqüente em relação aos médiuns
durante o processo incorporativo. Infelizmente existem aqueles que pensam que o Guia somente precisa
aproximar-se, acoplar-se, e incorporar como se o médium não necessitasse realizar nenhum esforço prévio,
deixando tudo a não dos guias espirituais.
Iludem-se ainda fortemente os médiuns que crêem, que o coordenador não se encontra a par de todos
esses processos ocorridos não somente no decurso dos desenvolvimentos espirituais como também se
prolongando a outros trabalhos. A experiência dos anos, associada ao use da visão espiritual, ao
acompanhamento de outros Guias espirituais, junto com as próprias percepções energéticas, como o expandir
do campo áurico ou a luminosidade do mesmo, deixam entrever com total clareza os estádios de incorporação
alcançados pelos mesmos, bem como a causa dos distúrbios. Engana-se se realmente pensam que fazem
qualquer coisa sem serem observados ou analisados. O fato pode não ser comentado, contudo é visto, e em

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base naquilo que se vê, define-se aquilo que será.
A incorporação pertence a um campo muito mais sério do que aquele que se possa imaginar, sendo o
mesmo profundamente relacionado aos padrões de natureza mental do próprio médium. O desdobramento da
própria personalidade, a exteriorização da consciência represa, a alto-incorporação, a assimilação de padrões
mentais altrui e outros fatores encontram-se extremamente relacionadas aos médiuns e ocorre com muito mais
freqüência do que se imagina.
Não é o médium que conduz a incorporação, pelo contrario e ela quem o conduz. Apenas o auxilia nos
processos de concentração assimilação e atração, realizando sua parte, contribuindo dessa forma para o êxito do
processo. Além do mais, o padrão mental positivo desse ser mantido com constância. Esse e o trabalho do
médium junto aos Guias, os quais necessitam baixarem suas freqüências vibratórias em relação ao nosso plano,
envolverem-se por uma roupagem fluídica condizente com a atuação do momento, criarem vínculos de
assimilação energética nos diversos campos do médium, munirem-se de aparato de proteção e outros, enquanto
nos entramos em corrente desconcentrados, começamos a tremer e em questão de segundos puf! "Baixamos"
como num passe de mágica. Espera lá, a coisa não deve ser bem assim.
Acréscimo importante, refere-se a problemática que envolve a mundanidade no qual encontra-se imersos
os próprios médiuns. Por vezes tão preocupados com sua vida exterior, não conseguem nem adquirem tempo
para pensar nos problemas reais da vida, bem como nos verdadeiros propósitos espirituais aos quais se
proporão a cumprir. Quando o compromisso mediúnico é assumido, sabemos perfeitamente que os impulsos
de nossa vida mundana encontram-se ainda junto a nós, e que não é fácil cortá-los bem como não é fácil
abandonar os falsos encantos da mesma de modo repentino e total. A disciplina, a alto transformação e o
renascimento de um novo ser requerem tempo, mas também vontade própria. Nem coordenador nem Guia
podem mudar alguém se este não der o primeiro passo. Médiuns que não arcam realmente com suas
responsabilidades, não possuindo a consciência clara daquilo que proporão a espiritualidade, simplesmente
afetam com o tempo todos os campos de sua vida tornando-a muitas vezes insuportável. A escolha foi do
médium. Ninguém o obrigou a entrar no caminho. Ele o quis, ele cumpra. Pois se existe uma verdade, e que
ninguém será responsabilizado por sua irresponsabilidade. Essa é a realidade apresentada sem delongas ou
mimos.
Outro fator a não ser esquecido, é que o Templo é uma casa sagrada, e não um prolongamento de sua vida
mundana. Assuntos desconexos, fora de hora, os quais envolvem questões relacionadas a fatores de natureza
vulgar, conversas impróprias, preocupações ilícitas, chacotas e palavras grosseiras emitidas fora de hora, não
devem e nem podem fazer parte de um ambiente espiritual. Quanto mais sério ao ambiente, mais sérias serão as
forças que nele penetram. Devem aprender os médiuns à não confundirem liberalidade com liberdade excessiva,
nem tampouco transformarem o Templo na sala de estar de sua própria casa, aprendendo de maneira saudável a
desenvolverem as reuniões de maneira descontraída, mas sem excessos.
A ilusão é outro fator que afeta fortemente o processo incorporativo. Significa tão somente em tomar uma
coisa por aquilo que ela não é. Assunto o qual se deve geralmente à insensatez, bem como a própria falta de
discernimento pessoal, e que envolve as questões especialmente relacionadas à percepção, a visão espiritual e a
audição espiritual. Como referido acima, os processos de natureza psicológica encontram-se extremamente
unidos com os processos de incorporação, sendo muito fácil acioná-los em nossas mentes e começarmos a ver e
ouvir aquilo que realmente não está acontecendo.
Como já referido várias vezes, não existe nada de fantástico ou sobrenatural em relação ao mundo
espiritual. Todas as causas espirituais possuem uma explicação lógica e racional, devendo os médiuns estar
muito atentos ao que vêem e ouvem para não se engendrarem no perigoso campo da ilusão. Em gênero visões
mentais, percepções e audições são extremamente comuns em relação aos exercícios e a prática espiritual, não
significando nada de excêntrico ou estupefaciente, sendo inclusive causas extremamente normais em meio a um

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ambiente, onde as manifestação das causas espirituais tornam-se freqüentes, lógicas e por demais comuns.
Ademais, não há este médium que não estejam envolvidos com algum processo de percepção, audição, ou visão
espiritual, visto serem os mesmos fatores inerentes a qualquer ser.
Tão somente por esse fator, e que não vejo nada de mais em relatos dessa natureza, visto serem normais
estendendo-se a todos. Os mesmos devem ser relatados, visto a importância que envolve especialmente para o
médium que se liga inicialmente com tais fenômenos. Contudo não requerem os mesmos atenção fantástica. Os
integrantes de um grupo espiritual necessitam observar as coisas com mais clareza, racionalidade e lógica,
deixando de lado as manifestações de natureza fantasiosas e sobrenaturais, visto que o sobrenatural nada mais é
do que o natural não explicado.
Para alguns médiuns, basta iniciarem a ouvir determinadas mensagens e perceberem determinadas
freqüências, para começarem a achar que se encontram num progresso espiritual tremendo. Todo médium
necessita avaliar suas experiências espirituais no decorrer de sua jornada, retirando a ilusão, e concentrando-se
naquilo que realmente é. Pessoas que não fazem distinção entre as coisas essenciais e aquelas não essenciais, no
decurso de seu desenvolvimento espiritual, findam para verem bloqueados seus estágios iniciais tendendo a
ficarem emaranhadas em experiências espúrias de natureza psíquica, e logo se perdem no caminho sem
realmente assimilarem nada. A excitação, a ansiedade o desejo violento em ver realizada certa coisa em relação
ao desenvolvimento, a falta de outros e outros, constituem fatores pouco saudáveis para as condições mentais
positivas, alem do que, findam por causar grandes perturbações, impedindo que a mente mergulhe em estados
mais profundos de interiorização e, por conseguinte, atrapalham os processos incorporativos.
A técnica essencial de uma boa incorporação consiste, sobretudo, em conectar a mente com firmeza, em
estágios interiores profundos ou mesmo superficiais, desde que os mesmos encontrem-se desprovidos de toda
natureza externa. A força de vontade, e fator essencial durante qualquer processo e o médium não necessita
provocar essa interiorização profunda em seus primeiros estágios, sabendo agir com calma e paciência,
auxiliando seu desenvolvimento por meio da mentalização de imagens, pela visualização cromática, pela
respiração correta, aliada a outros fatores que o auxiliem na execução de tais processos.
A necessidade e o desejo incontido de realizar uma incorporação, muitas vezes leva o médium ao fracasso
e ao não alcance de algum progresso, gerando um muro intransponível que bloqueia muitas vezes
definitivamente seu caminho. Preocupações excessivas em relação a estar ou não estar incorporado, a querer ou
não ser um médium consciente ou inconsciente, as duvidas e outros fatores de natureza análoga, findam por
gerarem bloqueios intransponíveis. Não se escolhe ser médio consciente ou inconsciente. Os fatores
determinantes de tais processos são profundamente relacionados a causas psicológicas psíquicas e mentais.
Portanto não escolha ser assim ou assado, seja o melhor naquilo que você possui. O médium consciente
consegue perfeitamente interiorizar-se e realizar uma excelente incorporação, independente de encontrar-se em
um estado de inconsciência. Isso é um fato.
Os bloqueios gerados pelos próprios médiuns no decurso de seus desenvolvimentos findam por causarem
distração, desilusão, desespero e perturbação, enviando aos processos mentais inferiores e, por conseguinte, a
impaciência e a incapacidade de se alto entregar ao processo. Gerados tais fatores, entramos na instabilidade,
outra dificuldade que surge quando um médium inicia seu desenvolvimento espiritual, coberto por um desejo
ardente em passar para o estagio seguinte, ou quando se deixa assombrar pelo medo de permanecer no estágio
em que se encontram.
A inconstância da mente e fator extremamente negativo para os processos de incorporação, sendo a
mesma assim como a falta de firmeza por parte do médium, fator que requer um autocontrole muito maior de
sua parte. Incorporação e prática denotam Tempo e requerem paciência. A instabilidade ou ansiedade excessiva
no decurso do desenvolvimento significa conflito interior, onde a oscilação, a instabilidade, o nervosismo, e os
desejos opostos, associados a outros fatores encontram seu porto para ancorar. Em gênero, a intensificação de

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tais processos inferiores, perturba a respiração e desorganizam o fluxo das correntes freqüências, findando
realmente por representarem estádios profundos de tormentas durante as incorporações.
Somente longos e tediosos processos de alto-disciplina e que findam por gerar a inter-relação entre os
Guias, os processos de concentração, assimilação e atração, a execução de uma boa incorporação. Enquanto tais
fatores não foram conquistados pelo próprio médium e sua mente permanecer envolta pelas ilusões da vida
inferior, o sofrimento, as causas externas, as dúvidas e a desordem interior continuarão a aparecer em maior ou
menor grau durante as incorporações.
Ninguém se encontra obrigado a agir com rigor em relação a si próprio o tempo todo. Isso depende do
grau de disciplina, autocontrole, coerência, responsabilidade e discernimento dos próprios médiuns em relação
aquilo que vale ou não a pena ser vivido em relação a sua vida profana. Porém dentro de um Templo espiritual,
todo médium possui a obrigação de agir com responsabilidade e seriedade em meio os fatores de natureza
espiritual, visto necessitar por compromisso estarem movidos pelos mesmos, além de ter assumindo um serio
compromisso com a espiritualidade superior. Aqueles que pensam que a espiritualidade leva tudo no oba-oba
como estamos acostumados a levar nossas vidas afora, podem a vontade continuar com tal pensamento. Lá na
frente você obterá a resposta de determinados porquês em sua vida.
O mundo espiritual, a execução de suas ordens, ritos e trabalhos, bem como a relação existente entre
médium e planos superiores, e fator que envolve perigo, seriedade, disciplina, responsabilidade, coerência e
discernimento. Se um médium não se encontra realmente disposto a arcar com as responsabilidades que a
espiritualidade implica, é melhor retirar-se dela, visto que a espiritualidade não possui nenhum dever em ser
complacente ou compreensiva com nossos despautérios. Necessitamos muito mais dela do que ela de nós. Isso
é outro fato. Em meio a ela não resolve agir com rebeldia, explanações desnecessárias ou lamentos vãos. Ela é o
que e em meio do equilíbrio Universal. Lembre-se que todo médium encontra-se permanentemente com um
palito de fósforo aceso dentro de um depósito de dinamites. Isso basta.
Sem sombra de dúvidas é muito belo ver os Exus gargalharem, brincarem e agirem com extrema liberdade;
as Crianças com sua ingenuidade e suas brincadeiras, as Pombas-Giras com seu deboche muito mais sagrado
que mundano, os Marinheiros em sua falsa embriaguez e assim por diante. Lembre-se: eles não são assim. Agem
dessa forma somente em conseqüência de nossa necessidade de exteriorizar nossos padrões mentais, alem de
afinarem-se com nosso próprio plano.
Por detrás de tudo isso, existe mistério, seriedade, perigo e disciplina. Não se iluda com que os olhos
carnais vêem. Procure também observa-los a luz de outra verdade por demais intrigante e muito alem do que
nossas imaginações conseguem perceber. Os Guias são seres de uma evolução tremenda, não se encontrando os
mesmos ao nosso nível mental ou espiritual. Executam eles um belíssimo trabalho de relacionamento com nós
mesmos e visto conhecerem profundamente nossas próprias necessidades, limitações e, sobretudo nossas
fraquezas, apresentam-se como grandes amigos, visto que não possuem ouro para nos dar, mas tão somente
compreensão na medida e limite justos, bem como sincera amizade. Esteja atento. Templo não é a escola da tia
Tetéia, e sim a casa suprema de uma força dual e do mesmo tempo única em seu contexto equilibrador.
De acordo com o modo que levamos a espiritualidade, somos por ela levados. Por ser dual em si, devemos
arcar com nossas responsabilidades sem exageros ou fanatismo, ou findamos por despertar e sofrer o impacto e
a reação de uma ou outra de suas forças. O jogo da espiritualidade é complexo, sutil e perigoso. Quer jogar,
jogue. Queres pagar para ver, veja.
A mente de um médium torna-se clara quando este aprende a cultivar atitudes de cordialidade, compaixão,
alegria, indiferença diante dos problemas, controle de seus impulsos inferiores e assim por diante. Não são
obrigados a agir dessa maneira e tua vida profana, mas devem proceder assim dentro do Templo. Recorde que
tudo possui dois lados, e que despertamos um ou outro conforme nossas ações. No final, não compreendendo
onde erramos, acabamos por não suportar as cobranças e começamos a alegar que a espiritualidade foi à

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culpada. Esquecemo-nos sempre que nós somos os únicos responsáveis por nossas tristezas e alegrias.
E impressionante observar como dentro de um Templo, seus membros tendem a deixarem-se levar pelas
ações das pessoas do seu redor, analisando e discutindo relações agradáveis ou desagradáveis em relação às
mesmas. Todos nós somos imperfeitos, cheio de problemas. Todos nós.
Licitamente, devemos nos tornar neutros no interior de um Templo se desejarmos realizar um bom
trabalho espiritual. Infelizmente não dispomos de um princípio bem definido que regula nossas reações.
Reagimos de maneira casual, de acordo com nosso humor, nossos caprichos, nossas inconstâncias, nossas
perturbações, nossas emoções violentas, nosso desejo de aparecer, nossa carência, nossa ansiedade e assim por
diante. Alguns se tornam frios com o coração endurecido e indiferente as pessoas que o cercam. Ambas as
situações são indesejáveis e não ajudam em nada aos próprios médiuns, os quais deveriam aprender a cultivar a
calma, a amabilidade, a compaixão, e, sobretudo a neutralidade.
Dentro de um tempo espiritual, os defeitos não devem ser vistos, mas sim, o nível de auxílio que cada um
possa prestar. Isso não significa dizer que possui o médium o direito de ser o que bem entenda no interior de
um recinto espiritual. Não Cabe a ele agir de acordo com o ambiente que se encontra, tendo para com os outros
o dever recíproco de amizade, união, compreensão e fraternidade. Seus defeitos, diz respeito tão somente a
cúpula espiritual, bem como aos coordenadores físicos da casa, os quais por serem representantes das regras e
da disciplina espiritual no interior do Templo, possuem total liberdade de chamarem a atenção e definirem as
regras e o caminho a ser seguido no interior do mesmo. Mais uma vez e cansativamente repito: sejas o que
quiser lá fora, a vida é sua, a responsabilidade é sua e sois dotado de racionalidade e livre arbítrio. Contudo
dentro do Templo seja aquilo que todo médium se propõe a ser. Achas tudo isso disciplinador demais,
regulador de sua vida ou mesmo tirânico? Deixe então de lado a espiritualidade. Regras existem para serem
seguidas e não temos o direito de definir em base as regras do mundo lá fora, as regras do mundo aqui dentro.
A vida espiritual não combina com reações violentas, frias, indiferentes, desordenadas. A verdade espiritual
encobre-se por uma natureza equilibrada, na qual nossas reações são reguladas de maneira harmônica por
elevados motivos em harmonia com a Grande Lei Universal. A necessidade de ajustar-se e controlar suas
reações em relação ao ambiente espiritual, estabelecendo princípios gerais de auxílio e fraternidade mútua,
auxiliam os fatores psicológicos e psíquicos, contribuindo fortemente não só durante o processo de
incorporação como se prolongando a toda a vida do indivíduo. Todo ser pode ser perfeitamente equilibrado e
realizado quando com paciência trilha a senda da espiritualidade com moderação, respeito e disciplina, será,
contudo desertar de suas obrigações sociais como mundo externo.
Cumpre recordar, que a espiritualidade não pretende impor um código de conduta aos seres que se
encontram em meio a ela, mas sim, deseja e deve preparar seres envoltos em princípios sérios e independentes
de seus erros, para a sublime tarefa de auxiliar aos outros. A espiritualidade envolve-se de objetivos de natureza
extraordinariamente complexos, os quais não permitem a seus membros de desviarem suas energias para a
tarefa de reformar os outros se não conseguem estes retomarem ao menos uma ínfima parte de si mesmos.
Segundo a filosofia oriental, quando tentamos mudar ou auxiliar os outros, enquanto nos permanecermos
ligados a todos os tipos de ilusão e limitações, findamos por não lograr sucesso em nosso empreendimento e
passamos a arriscar seriamente nosso próprio progresso. Um médium, por exemplo, não pode demonstrar
desaprovado aos vícios das outras pessoas, aos defeitos, o nervosismo, a frieza, ou a qualquer questão de
natureza inferior que de uma maneira ou de outra gerará padrões de preconceitos. Em contrapartida, não pode
aprovar ou admitir o vício, ou os defeitos alheios, pois tal fator encoraja o ser a prosseguir em sua jornada.
Dessa forma, a única solução que resta ao médium é adotar una atitude de neutralidade envolta em pleno amor,
necessidade e vontade em auxiliar. Indiferença, contudo não significa frieza ou fechar os olhos aos problemas
alheios, mais sim, não encorajar os defeitos e vícios do outro e nem ato pouco criticá-los.
Quando assim agimos, a clareza de nossa mente finda por remover as causas de perturbação, auxiliando-

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nos fortemente em nosso desenvolvimento espiritual. Você não tem nada que haver com a vida alheia cuide da
sua própria vida, mas também não aprove os vícios ou defeitos dos outros.
Faz-se necessário colocar em mente, que espiritualidade não representa somente incorporação, riscar
ponto, fazem magia, isso ou aquilo outro. Envolve uma prática seria, relacionada a uma profunda disciplina, alto
domínio e autocontrole, a qual visa sobretudo o auxílio aos outros, mas sobretudo o auxílio a si próprio.
Quando lidamos com o sério problema das incorporações, esbarramos em aspectos muitas vezes criados pelos
próprios médiuns, os quais dificultam ainda mais o processo.
Primeiramente convém recordar, que Guia não fica inventando gesto. Infelizmente, alguns médiuns no
decurso de determinadas incorporações, passam a inventar unia série muitas vezes desordenada de gestos que
findam por retirar a harmonia da própria manifestação. Os Guias espirituais delimitam com total precisão as
reações que serão provocadas em seus médiuns em virtude de suas formas de manifestação. Isso quer dizer, que
um Guia jamais colocará seu médium em situação vergonhosa ou desconcertante. Nem mesmo as Pombas-
Giras, as quais exteriorizam potentes energias de cunho emocional sexual em seus médiuns, equilibrando a força
masculino-feminina, não colocará seus médiuns em situação constrangedora.
Alguns médiuns, contudo, ao incorporarem a vibração de Oxum, parecem sentir-se em meio ao mar sobre
uma pedra como se fossem sereias, e findam por provocarem constrangimentos somente a si próprios. A ética
de um médium deve encontrar sempre presente em suas ações os Guias sabe o que fazem, os médiuns
exageram no agir.
A Vibração de Xangô denota extrema força ao incorporar. Alguns médios querendo ser mais fortes que os
Caboclos que servem ao Senhor do Trovão, criam hematomas em seus peitos como se isso demonstrasse tal
força. Guia e amor e não espanca ninguém. Bem sabem os coordenadores, que atitudes violentas no decurso de
tais incorporações, somente denotam a própria fúria represada no interior do médium. O mais pilheriante, é que
saem dizendo: "Meu Xangô quase acabou comigo hoje", ao passo que deveriam dizer: "exagerei na minha
incorporação hoje, e vou voltar para casa como peito roxo". Aliás, nem mesmo quando trabalham batendo
pedras ao peito, os Caboclos de Xangô exageram.
As Crianças no decurso de suas manifestações deixam transparecer ingenuidade e beleza, manifestadas em
meio a uma aura quase totalmente disciplinada. Contudo, alguns médiuns colocando para fora suas crianças
interiores, criam muitas vezes situações ridículas para si próprios, as quais embora não comentadas são
observadas.
As Caboclas de Yansã giram seus médiuns em virtude de regularem o magnetismo, bem como o polo
central dos mesmos em relação aos seus centros de força. No entanto, alguns médiuns pensam que são peão e
só param quando caem, saindo muitas vezes mansamente para vomitarem.
De todas as vibrações a meu ver, nenhuma denota mais beleza do que a imponência dos Cavaleiros de
Ogum. Alguns médiuns ao incorporá-los, estufam seus peitos de maneira tão desnecessária ou tentam
transparecer uma postura que não possuem, findando por assemelharem os caboclos a robôs. Os Marinheiros
em sua falsa embriagues que nada mais e do que um movimento executado para regular o magnetismo do
próprio corpo espiritual do médium, são transformados por seus aparelhos em caso de chacota, findando por
realmente assemelharem-se a loucos alcoolizados.
As entidades Ciganas dançam e movimenta-se de maneira coordenada. Alguns médiuns, no entanto, criam
passos de danças novos, além de gerarem situações inusitadas em relação aos mesmos, como, por exemplo,
demonstrações desnecessárias de cavalheirismo entre Guias, como um Cigano que se abaixa para beijar a amo
de uma Cigana. Se deixar, chama para dançar e ainda acha tudo lindo.
A incorporação pode ser comparada a uma obra de arte ou a um bale, onde Todo excesso é prejudicial e
finda por danificar a obra. Não queira se aparecer, não deseje sobrepor-se aos outros, não invente, não deseje
que sua incorporação se assemelhe a do outro, não crie ilusões e assim por diante. Permita aos Guias

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conduzirem o processo, após ter realizado sua parte, continuando a fazê-la por todo o decurso da incorporação.
Se quisermos realmente que a filosofia da Umbanda seja vista como algo sério, devemos iniciar
primeiramente pelos processos de incorporação. Excessos terríveis e desnecessários verificados no interior dos
Templos findam por serem uma das causas que levam diversas pessoas à não regressarem mais a uma Casa
Espiritual, ou mesmo para colocá-la em descrédito.
A beleza das entidades da Umbanda e natural. Não necessitamos irmos além com acréscimos
desnecessários. O que importa não é a forma da manifestação, embora se baseia cada uma em aspectos
fundamentais e gesticulatura harmônica. O que importa é o trabalho executado e a mensagem transmitida pelas
potências espirituais a nos e aos outros. A Umbanda contém em si, um grande círculo capaz de exteriorizar
padrões contidos em nossa mente, os quais se encontram muitas vezes guardados no âmago de nossas
personalidades. Para alguns, o simples vislumbrar de tal exteriorização, finda por gerar uma ânsia e um encanto
os quais geram e criam um círculo vicioso completamente desnecessário.
As forças espirituais sabem perfeitamente o nível de exteriorização necessária para cada médium, bem
como os campos nos quais necessitamos de auxílio, sem que nos tenhamos que darmos empurrões para tanto.
Muitas vezes em espiritualidade, excessos fora de hora, desejar o que não se pode ter, parecer o que não se é,
constituem fatores extremamente perigosos ao médium que assim procede. Ame as forças espirituais,
respeitando em primeiro lugar você mesmo, e deixando os Guias agirem naturalmente. Dessa forma, você estará
contribuindo de maneira perfeita e equilibrada para o seu próprio progresso espiritual, o progresso do seu grupo
espiritual, e levara o auxílio aos outros de maneira harmoniosa. Deixe de lado a ilusão de que devemos ceder
apenas o nosso aparelho físico os Guias que eles encarregam-se do restante. A verdade não é bem assim.

Continua

Flávio Juliano:.
Dirigente

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