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Curso
Agricultura sustentável
Índice
Introdução ........................................................................................................................ 8
1.1.1 Definição................................................................................................................ 9
2 Clima ........................................................................................................................ 14
4.1
Ecologia e conceito de população, habitat, comunidade biótica, e ecossistema
30
4.2 Equilíbrio ambiental ......................................................................................... 31
4.3 Ecossistema agrícola ........................................................................................ 31
4.4 Resíduos e efluentes das explorações ............................................................. 31
4.5 Tratamento e eliminação de resíduos e de efluentes ..................................... 31
4.6 Características dos diferentes resíduos e efluentes da exploração ................ 31
4.7 Técnicas de tratamento e de eliminação dos resíduos e efluentes ................ 32
4.8 Enquadramento legal....................................................................................... 32
4.9 Licenciamento e plano de gestão de efluentes ............................................... 33
5 Produção agrícola sustentável ................................................................................ 34
6 Conclusão ................................................................................................................ 35
8 Bibliografia .............................................................................................................. 36
1 Introdução
Benefícios do Manual
Os solos são constituídos por três fases: sólida (matriz), líquida (solução do solo) e
gasosa (atmosfera do solo). A matriz contém substâncias minerais e a matéria
orgânica. As substâncias minerais dividem-se quanto ao tamanho em elementos
grosseiros e terra fina, que inclui a areia, o limo e a argila. A proporção das partículas
de diferentes dimensões é designada por textura do solo.
Estrutura – refere-se ao tamanho, forma e arranjo das partículas e dos espaços vazios
existentes.
Adubar significa enriquecer o solo com elementos nutrientes, quando ele está
deficiente de minerais. Para isso, são utilizados adubos, substâncias capazes de
fertilizar o solo. Os adubos podem ser orgânicos (por exemplo: esterco, farinha de
osso, folhas, galhos enterrados) ou minerais, que são inorgânicos (por exemplo:
substâncias químicas são aplicadas, como nitrato de sódio, um tipo de sal). Há ainda a
adubação verde. Algumas vezes, as leguminosas também são utilizadas como adubos.
Quando crescem são cortadas e enterradas no solo, enriquecendo-os com nitratos.
Arar o solo é outro cuidado que se deve ter para o solo não ficar compactado,
"socado". Revolver a terra, além de arejar, facilita a permeabilidade do solo,
permitindo que as raízes das plantas penetrem, no solo, além de levar para a superfície
o húmus existente.
Irrigar e drenar são alguns dos cuidados que devem ser tomados para manter o nível
da umidade necessário ao solo e para garantir que ele continue fértil. Com a irrigação,
a água chega as regiões ou áreas muito secas. Já com a drenagem, retira-se o excesso
de água do solo, possibilitando que ele seja arejado. Com o aumento dos poros, criam-
se passagens de ar entre as partículas do solo.
O solo qualquer que seja o tipo de cultura agrícola a realizar, tem importantíssimas
funções a realizar, que se resumem em:
Servir de apoio às culturas, cujas raízes nele se fixam, sob a ação do
geotropismo,
Construir recipiente destinado a conter a água e os adubos,
Servir de alimento à planta, fornecendo-lhe várias das substâncias que a
constituem,
Local de preparação de alimento para as plantas, resultante da reação das
substâncias presentes no solo com a água.
Os solos agrícolas devem ser de Terras de aluvião. Embora raros no país os vales onde
se possam praticar as culturas hortícolas. São leves, de consistência média e
naturalmente ricos em húmus.
Terras areno-humíferas a cor escura destes solos é devido aos elevados teores
de matéria orgânica. São os ideais para “primores”. São quentes, ligeiros e
esponjosos.
Figura 2-Termómetro
A precipitação mensal obtém-se a partir da soma do volume de água caída durante
todos os dias de um mês. Do mesmo modo, a precipitação total anual resulta da soma
do volume de água caída ao longo dos meses do ano.
Figura 3 - Pluviómetro
A pressão atmosférica também varia com a altitude (a pressão diminui com a altitude
pois diminui a coluna de ar atmosférico sobre um lugar). Assim, quando a altitude é
baixa, a pressão do ar é elevada. Por outro lado, quando a altitude é elevada, a pressão
atmosférica é mais baixa. Por isto, costuma-se dizer que na montanha o ar é mais
“rarefeito” ou mais “leve”( densidade é menor).
Figura 4-Barómetro
Para traduzir a velocidade do vento utilizam-se duas unidades: o metro por segundo,
m/s, de que se deduz a velocidade em quilómetro por hora, km/h, ou o nó, que se
abrevia por kt, e que corresponde a 51 cm/s. Tanto o cata-vento (para medir a direção
do vento), como o anemómetro (intensidade do vento) são hoje em dia substituídos,
com vantagem, por anemógrafos, que registam a direção e velocidade do vento em
simultâneo. São os ventos que transportam de um lado para o outro massas de ar
diferentes, que podem deixar calor por onde passam ou frio.
Nas áreas do Porto e Norte de Portugal e Beiras, especialmente nas zonas mais
próximas de Espanha, os Invernos são mais frios, apesar das temperaturas serem
moderadas quando comparadas com o resto da Europa. Regista-se alguma queda de
neve, que é mais frequente na Serra da Estrela, onde se situa o ponto mais alto de
Portugal continental (1991m) e se podem encontrar condições para a prática de ski.
Os Verões são quentes e secos sobretudo nas regiões do interior (Nordeste
transmontano e Alentejo), e no litoral o calor é moderado pela influência marítima.
Durante o Outono registam-se frequentemente dias ensolarados com temperaturas
amenas, que ao ocorrerem no início de Novembro.
Açores Influenciado pela latitude e pela ação reguladora da corrente do Golfo, o clima
dos Açores é caracterizado por temperaturas amenas ao longo de todo o ano. Estas
influências condicionam igualmente a temperatura da água do mar, que se mantém
muito agradável tanto no inverno como no verão, possibilitando a prática de diversos
desportos marítimos.
O aquecimento global é um dos problemas mais graves que afeta todo o planeta Terra
e todos os seus habitantes.
3 Botânica agrícola
As árvores e as plantas em geral são importantes "fábricas" de oxigénio, limpam o ar
das impurezas e funcionam como sistemas de ar condicionado arrefecendo o ambiente
em dias quentes e conservando o calor durante a noite. Também são úteis porque
absorvem o ruído provocado pelo trânsito intenso.
Floema
Xilema
Através da absorção da água e sais minerais pelas raízes (seiva bruta) e o seu
transporte até às folhas pelos vasos condutores a planta adquire um dos ingredientes.
Nas folhas existe um pigmento, que lhe confere a coloração verde – clorofila –
responsável por captar a luz solar. Também nas folhas existem estruturas - estomas -
que têm como função absorver o dióxido de carbono que se encontra no ar.
Com a junção destes ingredientes a planta consegue produzir o seu alimento – glicose
– Durante esta transformação a planta liberta oxigénio no ar.
Toda a glicose produzida no processo de fotossíntese é levada às outras partes da
planta, através de vasos condutores. Essa solução é chamada de seiva elaborada.
Oxigénio
3.2.4 Respiração
É o processo pelo qual um organismo (animal e/ou vegetal) troca o oxigénio e o
dióxido de carbono com o meio ambiente. Na respiração, as moléculas orgânicas
reagem com as moléculas de oxigénio e originam dióxido de carbono e água.
Na fotossíntese, a planta absorve dióxido de carbono (CO2) e liberta oxigénio (O2) para o meio
ambiente. Na respiração ocorre o contrário: a planta absorve oxigénio e liberta dióxido de
carbono, assim como ocorre com os animais.
A respiração ocorre em todas as partes do vegetal, mas principalmente nas folhas, pois é nessa
parte que há uma maior quantidade de estomas, estruturas responsáveis pelas trocas gasosas.
Os vegetais realizam a respiração quando há ausência de luz.
Folha
Caule
Raiz
Raiz
Este órgão tem como função o suporte da planta e absorção da água e dos nutrientes
do solo. Do ponto de vista morfológico podemos encontrar diferentes tipos de raiz,
como se pode ver através da figura alguns exemplares.
Raiz de coifa e Raiz Raiz Raiz Raiz
pelos fasciculada aprumada tuberosa tuberosa
radiculares aprumada fasciculada
Há plantas com raiz aprumada (têm uma raiz principal mais grossa e outras mais finas
que saem da principal), com reserva ou sem reserva de alimentos)
Há plantas com raiz fasciculada (têm raízes de tamanho e grossura idênticos, fazendo
lembrar um feixe), com ou sem reserva de alimentos.
FUNÇÕES DA RAIZ
Constituição da raiz
Coifa – Espécie de dedal que existe na parte inferior da raiz e que funciona como
proteção.
Zona de crescimento – Local onde se faz o crescimento da raiz.
Zona pilosa – Região onde se encontram os pêlos absorventes responsáveis pela
absorção da água e dos sais minerais.
Zona de ramificação - Zona onde se encontram as raízes menos desenvolvidas,
chamadas raízes secundárias.
Colo – Zona que separa a raiz do caule.
Caule
Este órgão é formado a partir do caulículo do embrião, tem como função sustentar as
folhas, afastando-as do solo e expondo-as à luz do sol. Estabelece a ligação entre a raiz
e as folhas, assim como permite a circulação da água e sais minerais extraídos pela
raiz.
É formado por nós e entrenós. A maioria dos caules elevam-se a partir do solo,
chamando-se desta forma de caules aéreos. Mas existem outros que se encontram
enterrados no solo e, por isso denominados de caule subterrâneo. Encontramos na
natureza plantas que se encontram em meios aquáticos, por isso se diz que o caule é
aquático.
Folhas
As folhas são órgãos das plantas que crescem a partir do caule. Normalmente as folhas
são de cor verde. Esta coloração deve-se à presença da clorofila, substância que
confere capacidade à planta para fabricar o sue próprio alimento. Tem como função a
assimilação e transpiração. As folhas primordiais têm origem no embrião, as restantes
a partir de gomos foliares que surgem no caule.
Existem formas diversas de folhas, mas de um modo geral elas são constituídas por
limbo, pecíolo, margem, nervuras, bainha. A estas são chamadas de folhas completas.
Algumas, como as gramíneas não possuem a bainha, são denominadas de folhas
incompletas.
Bainha
Pecíolo
Nervuras
Limbo
As nervuras são as zonas por onde passam os vasos que transportam as substâncias
dentro das folhas.
Há folhas
FUNÇÕES DA FLOR
A flor tem por função realizar a reprodução da planta. Uma flor completa é constituída
pelas seguintes peças florais, Pedúnculo, com a função de suporte, une a flor ao caule.
Por vezes, apresenta um engrossamento na extremidade superior chamada
recetáculo.
Cálice é o conjunto de pequenas peças; as sépalas, que podem estar mais ou menos
ligadas. Corola, parte da flor geralmente colorida, formada por um conjunto de
pétalas. O conjunto do cálice e da corola forma o perianto, que tem por função
proteger os órgãos de reprodução da flor. Androceu, a parte reprodutora masculina
constituída pelos estames. Cada estame é formado por um pé longo e delgado; o
filete, cuja parte terminal se alarga, formando a antera, onde se originam os grãos de
pólen. Gineceu, a parte reprodutora feminina formada pelos carpelos. Cada carpelo é
constituído por uma abertura; o estigma. Este liga-se ao estilete que por sua vez
comunica com o ovário; estrutura mais alargada onde se encontram os óvulos.
Plantas Anuais
As plantas anuais são aquelas que, normalmente, germinam, florescem e morrem
completando o seu ciclo de vida num ano, ou por vezes até menos. Geralmente, o seu
ciclo de vida inicia no fim do inverno (as de primavera/ verão) ou no fim do verão (as
de outono/ inverno). Passando a um período de crescimento vegetativo e morrem
quando atingem o auge do seu estado reprodutivo, ficando as suas sementes, que
darão origem a novas plantas.
Plantas Bienais
São aquelas cujo ciclo de crescimento – que se inicia com a semente passando pela
fase vegetativa e pela planta florescente até de novo, ao estado de semente – se
completa em duas estações de crescimento. Durante o primeiro ano o
desenvolvimento das plantas bienais está, geralmente limitado à fase vegetativa.
Durante o segundo ano de vida, estas plantas iniciam a sua fase reprodutiva. No início
da segunda fase, os nutrientes e produtos fotossintetizados armazenados na raiz, e os
que vão sendo produzidos nas folhas, são mobilizados para as novas formações.
Durante este processo ocorre a floração, a frutificação e a formação de semente.
Finalmente, ocorre a morte da planta.
Plantas vivazes
São plantas que vivem mais do que dois anos. Enquanto a folhagem da maior parte das
vivazes morre todos os anos, as raízes conseguem sobreviver às baixas temperaturas
do Inverno, e de voltar a crescer de novo na primavera.
Existem mesmo espécies, que não podem ter outras por perto, devido a substâncias
que segregam, inibindo o desenvolvimento delas. É o caso do absinto, que segrega a
absintina, substância tóxica à maioria das espécies. Pelo contrário, existem outras, que
quando associadas, aumentam a rapidez e a qualidade de desenvolvimento recíproco,
assim como o tamanho e qualidade dos frutos.
Verificou-se ainda, que os insetos são sensíveis aos aromas e sabores das plantas e às
cores das suas florações, revelando particular importância neste fenómeno, as plantas
aromáticas, pela sua relação mais visível com os insetos.
Famílias Hortícolas
1. Compostas (tecnicamente também conhecidas por Asteraceae ou Compositae):
Alface;
Chicória;
2. Crucíferas (também conhecidas por Brassicáceas (Brassicaceae)):
Couves (Galega, Tronchuda, Lombarda, Couve repolho, Couve-de-
bruxelas, Couve-flor, Couve-brócolo, Couve-rábano);
Nabo, nabiças e grelos;
Rabanetes;
Agrião;
Mastruço;
3. Liliáceas (Liliaceae):
Alho;
Alho francês ou alho-porro;
Cebola;
Cebolinha;
Charlota:
Espargo;
4. Solanáceas (Solanaceae):
Batata;
Tomate;
Pimento;
Beringela;
5. Cucurbitáceas (Cucurbitaceae):
Abóbora;
Melão:
Melancia;
Pepino;
Courgette (aboborinha);
Chu-chu;
6. Umbelíferas (Umbelliferae, também designadas por Apiaceae):
Cenoura;
Salsa;
Coentros;
Aipo;
7. Leguminosas (Leguminosae, também designadas por (Fabaceae)):
Ervilha;
Fava;
Feijão;
8. Quenopodiáceas (Chenopodiaceae):
Beterraba;
Espinafre;
Acelga;
9. Rosáceas (Rosaceae):
Morango;
4 Relação solo-planta-clima-ambiente
4.1 Ecologia e conceito de população, habitat, comunidade biótica, e ecossistema
Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.
População define-se como um grupo de indivíduos que acasalam uns com os outros,
produzindo descendência.
Habitat (do latim, ele habita) é um conceito usado em ecologia que inclui o espaço
físico e os fatores abióticos que condicionam um ecossistema e por essa via
determinam a distribuição das populações de determinada comunidade.
Comunidade biótica é a associação de comunidades que habitam um biótopo.
Ecossistema (grego oikos casa + systema sistema: sistema onde se vive) designa o
conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada
região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades.
4.2 Equilíbrio ambiental
É o quando o ecossistema se mantém num estado mais ou menos constante. Os
elementos naturais que fazem parte da cadeia alimentar estão em equilíbrio,
mantendo desta forma a continuidade das espécies e o ecossistema ajustado.
Para os cadáveres de animais das espécies bovina, ovina, caprina, suína e equídea
existe, implementado pelo Ministério da Agricultura, o SIRCA (Sistema de Recolha de
Cadáveres de Animais mortos na exploração). Assim, os detentores destas espécies são
obrigados a comunicar a morte de qualquer animal ocorrida na exploração, no prazo
máximo de 12 horas a contar da ocorrência, para que se recolha de imediato o
cadáver.
Este manual pretende que, numa primeira análise, os formandos reflictam sobre o
conceito de agricultura sustentável, sobre o solo, a influência deste e do clima sobre as
culturas. Espera-se, com este manual e ao longo das sessões, que o formando reflicta
sobre as linhas de tendência da atividade agrícola. Mais do que aprender conceitos
pretende-se que o formando compreenda as linhas de tendência atuais na prática
agrícola. Serem capazes de obter produções de qualidade sem por em causa o
ecossistema.
7 Bibliografia
http://conteudos.otoc.pt/2012/DIS3412/Sebenta_DIS3412.pdf
Http://www.eccn.edu.pt/ap/aquecimento/index_2.htm
Http://www.cca.ufsc.br
Http://pt.wikipedia.org
Http://soloportugues.blogspot.com/2006/05/definio-de-solo.html
http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo7/clima/elementosp.htm