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Curso de Avaliação e

Intervenção Gerontológica
Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal

Manual do Formando

Módulo 2: A Comunicação na prática Gerontológica

Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal


Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70 - Capital Social 5 000 €- C.R.C. Porto
Telm: 91 603 60 11 email: geral.cognos@gmail.com
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A Comunicação na prática gerontológica

Conteúdos:

Linhas orientadoras para o reconhecimento da importância da comunicação


interpessoal e interprofissional na relação com os idosos.

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Objectivo Geral

No final deste módulo, os formandos deverão ser capazes de


identificar e aplicar na prática alguns conceitos comunicacionais essenciais
no trabalho do profissional na relação com o idoso.

O formando deverá dedicar 1 hora de estudo para este módulo.

Conteúdos do módulo

 Definição de Comunicação.
 Formas de comunicar.
 Comunicação na prática gerontológica.
 A importância da comunicação na Equipa Profissional.
 A relação entre comunicação e processo de cuidar.

Objectivos Específicos

No final deste módulo, os formandos deverão ser capazes de:

 Definir e Compreender Comunicação;


 Identificar e compreender as formas de comunicação;
 Identificar a importância da comunicação na relação
profissional/Idoso.

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Indice

1. Definição de Comunicação 5
1.1 O que é a comunicação 5
1.2 Processo comunicacional 6
1.3 Formas de Comunicar 6
1.3.1 Linguagem Verbal 6
1.3.2 Linguagem Não Verbal 7
2. Comunicação na prática gerontológica 10
3. A importância da comunicação na Equipa Profissional 13
4. A relação entre comunicação e o processo de cuidar 16
Verificações de conhecimentos 19
Proposta de correcção de conhecimentos 20
Bibliografia 21

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1. Definição de Comunicação

1.1 O que é a comunicação?

A comunicação é uma daquelas actividades humanas que todos


reconhecem mas que poucas pessoas sabem definir de forma satisfatória.
Comunicar é falarmos uns com os outros, é a rádio, a forma como nos
vestimos, é passar informação, enfim a lista é indeterminável.
Existem muitos modelos que tentam explicar o que é a comunicação.
Não iremos falar deles nesta formação, uma vez que não é este o objectivo.

"Comunicar é uma arte que não consiste somente numa troca de palavras,
mas num partilhar de emoções, de sentimentos e ideias. Comunicar exige a
capacidade de falar e de escutar" (Berger 1995, p.502)

Comunicar poderá ser um acto através dos quais uma ou mais pessoas
emitem e recebem mensagens que são distorcidas pelo ruído, ocorrem num
determinado contexto, produz determinado efeito e fornecem
oportunidade para que haja feedback.

1. Comunicar é um acto interaccional (não pode haver comunicação


sem interacção);
2. O ruído ocorre sempre (pode ser visto como uma distorção);
3. As mensagens têm que ser adequadas à situação (a mensagem tem
que ser adequada à situação que estamos a vivenciar, por exemplo, se
estamos a falar com a pessoa idosa sobre determinado problema não vamos
falar de outro assunto).
4. As mensagens produzem efeitos no receptor (a nível cognitivo,
afectivo, comportamental).
5. O feedback é a informação de retorno – diz-nos se a mensagem está
a ser bem ou mal recebida.

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1.2. Processo Comunicacional

Para haver comunicação tem que existir sempre três elementos: um


emissor (destinador) um contexto de mensagem e um receptor
(destinatário).
O emissor é quem envia a mensagem, o contexto da mensagem que ocorre
num canal é o contacto e o destinatário é quem recebe a mensagem.

1.3. Formas de Comunicar

1.3.1. Linguagem Verbal

A linguagem verbal pode e deve ser concebida como um sistema de


símbolos que nos permite uma construção de mensagens.
Ex. O profissional que diz ao idoso – Venha almoçar!

Linhas orientadoras para quem comunica.

 Escuta Activa – não devemos apenas ouvir, devemos simplesmente


escutar com a atenção focalizada naquilo que interessa. Esta escuta deve ser
empática – devemos ouvir pondo-nos no papel do outro, tentar
compreender e entender a informação que o idoso nos está a passar.
Enquanto receptor devemos ter posições de apoio, este pode ser não verbal,
ex. gestos, além do verbal, de suporte, devemos respeitar o ritmo de
exposição do outro, devemos evitar dizer “OK, já percebi, adiante...”.

 Reforçar os comportamentos de exposição – devemos evitar a


indiferença e a reprovação.

 Manutenção de confidencialidade – se alguém fala é porque tem


confiança em nós.

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1.3.2. Linguagem não verbal

A comunicação não verbal tem os mesmos atributos que a verbal.


Simplesmente em vez de utilizar signos verbais, utiliza signos não verbais.

O corpo humano é o principal transmissor de códigos. Argyle (1972, in


Fiske, 2002), faz uma lista de 9 desses códigos e os tipos de significado que
eles podem vincular.

1- Contacto Físico – Quem tocamos, onde e quando o fazemos parece


veicular importantes mensagens sobre o relacionamento do profissional
para com o idoso. O toque é a forma mais directa de comunicar. O
profissional deve utilizá-lo como forma de captar ou transmitir informações,
devendo ter em conta três tipos de toque: físico, afectivo e terapêutico. Esta
questão do toque deve ser considerada antes de ser aplicado, pois tem que
se ter a consciência do que se comunica, uma vez que este tanto pode servir
de aproximação como de ameaça.

2- Proximidade (ou proxemia) – O grau de proximidade com que nos


acercamos de alguém pode transmitir uma mensagem quanto ao
relacionamento que o profissional tem com a pessoa.

3- Orientação – O ângulo em que nos colocamos relativamente à


pessoa é uma forma de emitir mensagens sobre o relacionamento. Olhar a
pessoa idosa de frente pode ser indicador de intimidade ou de agressão; se
nos colocarmos a 90º em relação à pessoa indica uma atitude cooperativa.

4- Aparência – Este código, segundo Argyle (1972) divide-se em duas


partes: os aspectos sujeitos a controlo voluntário – cabelo, vestuário,
pinturas, adornos e os menos controláveis, altura, peso, entre outros. A
aparência é utilizada para enviar mensagens sobre o estado de espírito do
idoso, ou sobre o seu conformismo.

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5- Movimentos da cabeça – Este têm a ver com a gestão da interacção.
Um assentimento pode dar à outra pessoa licença para continuar a falar,
movimentos rápidos da cabeça podem indicar que a pessoa deseja falar.

6- Expressão facial – Esta pode dividir-se em subcódigos de posição de


sobrancelhas, o formato dos olhos, da boca. Estes elementos, combinados
de forma diferente, determinam a expressão do rosto. A face, o rosto
também comunicam, através dela podemos comunicar uma série de
emoções: medo, alegria, tristeza, etc.

7- Gestos (ou quinese) – A mão e o braço são os principais


transmissores do gesto, mas os gestos dos pés e da cabeça são igualmente
importantes. Muitas vezes, o idoso acamado comunica o seu mau estar com
movimentos dos pés. Estes estão intimamente coordenados com a fala e
complementam a comunicação verbal. Podem indicar estimulação
emocional em geral bem como estados emocionais específicos.

8- Postura – A forma como a pessoa idosa se senta, levanta ou deita


pode comunicar uma gama limitada de significados. Estão muitas vezes
relacionadas com atitudes interpessoais: a hostilidade, a superioridade ou a
inferioridade, a amistosidadepodem todas ser indicadas pela postura.
Também pode indicar um estado emocional, essencialmente o grau de
tensão ou de descontracção. Curiosamente a postura é mais difícil de
controlar do que a expressão facial: a ansiedade que se mostra pelo rosto
pode ser denunciada pela postura.

9- Movimentos dos olhos e contacto visual. A ocasião, frequência e


duração de um olhar é uma forma de enviar mensagens sobre o
relacionamento entre o profissional e a pessoa.

Podemos ainda comunicar através do silêncio – ausência da fala, de


significação explicita. O silêncio pode ser uma forma de transmitir uma

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mensagem. Pode muitas vezes, transmitir uma mensagem com mais
significado do que palavras.

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2- Comunicação na prática gerontológica

Como acabamos de abordar, todo o ser humano comunica, quer de


uma forma verbal quer não verbal. Note-se que no trabalho com as pessoas
idosas, deve-se estar muito atento à comunicação não verbal, pois é uma das
formas de se expressarem e demonstrarem os seus problemas emocionais,
comportamentais, afectivos e físicos.
A comunicação não é apenas um discurso, com descrição de dados
objectivos. Envolve afectividade, sentimentos, emoção e motivações que
exigem a elaboração do conteúdo do pensamento a ser comunicado e a
rememoração das informações armazenadas. A comunicação envolve não só
entendimento, mas também a análise, a interpretação e a reelaboração de
ideias.
A comunicação deve acontecer de modo que traga à tona o contexto
sociocultural e significado desses indivíduos. É muito importante que a
equipa compreenda e aja procurando a comunicação efectiva, capaz de
proporcionar informações que se somem ao cuidado dispensado pela equipa
multidisciplinar de atenção ao idoso, com vista à melhoria da qualidade de
vida. A comunicação é uma estratégia de interacção social em que a pessoa
idosa pode relatar as experiências vivenciadas ao longo dos anos.
A equipa de profissionais deve ter em atenção que o idoso comunica
com os outros de acordo com vários parâmetros e da forma como se “vê” e
é “percebida” na sua etapa da vida tendo em conta o seu passado de vida e
o que ainda tem para viver.
É ainda de realçar que o processo de envelhecimento está muito
associado a perdas sucessivas, ao aparecimento de incapacidades motoras,
sensoriais, entre outras, o que pode levar a pessoa ao limite das suas
capacidades comunicacionais. Estes limites podem originar estados
depressivos, mais ou menos graves, no qual é importante a sua detecção e
intervenção precoce.
Deve-se estar atento ao facto de que a pessoa pode não assumir o
envelhecimento, por várias razões: medo, insegurança, perda de autonomia,
estado de dependência, acidentes, perda de memória, entre muitos outros,
o que pode levá-lo a desenvolver formas comportamentais que impeçam a
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comunicação. O problema pode agravar-se quando a pessoa é colocada
numa instituição involuntariamente.
É comum observamos idosos sentados uns ao lado dos outros, horas
sem conversar, o que evidencia a grande dificuldade que têm em se
relacionar uns com os outros e com o ambiente. Isto pode ser atribuído às
alterações decorrentes do próprio processo de envelhecimento, agravado
por factores de inactividade e depressão. Percebendo este facto, percebe-se
a importância da equipa no estímulo da comunicação com e entre os idosos
e em mantê-los inseridos no ambiente familiar e social, desenvolvendo
actividades educativas e lúdicas utilizando dinâmicas que estimulem a
capacidade criativa do idoso.
A comunicação é um instrumento essencial para a convivência do ser
humano, quer seja idoso ou não, e para que esta se torne efectiva são
precisos competências, sensibilidade, atenção, paciência e conhecimento
para perceber e entender a necessidade de comunicação com e entre
pessoas idosas, utilizando esta ferramenta para a correcta recolha de dados
imprescindíveis para a prestação de cuidados.

Os níveis de comunicação podem ser intra pessoais e


interpessoais.

A nível da comunicação intra pessoal este tem um papel fundamental,


e é influenciado pelo conceito de valorização e pelos sentimentos.
Comunicamos melhor com os outros, quando estamos bem connosco.
O indivíduo desenvolve um diálogo físico e mental consigo próprio,
sempre que é esta a única forma de que dispõe.
Existem alguns factores que condicionam a forma, a intensidade e o
significado da comunicação de cada pessoa, sendo elas:
 Idade;
 Nível Cultural;
 Experiências;
 Disfunções;

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 Mudanças devidas ao processo de envelhecimento ou a situações
patológicas.

Segundo Perry (1995) , quando se trata de cuidados, esta comunicação


influencia bastante, uma vez que, compreendemos melhor os idosos quando
os estamos a observar.

A nível da comunicação interpessoal, esta é efectuada, na maior parte


das vezes, cara a cara. "O estudo da comunicação interpessoal ocupa-se pois
da investigação de situações sociais, relativamente informais em que pessoas
nos encontros face a face sustentam uma interacção concentrada através da
permuta recíproca de pistas verbais e não verbais" (Barnhund 1968, p.10).
Através desta definição podemos inferir vários critérios:
 Na comunicação interpessoal têm sempre que existir duas ou mais
pessoas, em proximidade física e que percebam a presença uma da
outra.
 Existe troca de mensagens
 Envolve interdependência comunicativa.
 As mensagens são codificadas de forma verbal e não verbal

A comunicação interpessoal saudável vai permitir uma troca de ideias


com melhoria na resolução dos problemas. Este é o tipo de comunicação
mais utilizado na área da prestação de cuidados.

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3. A importância da comunicação na Equipa Profissional

É extremamente importante a formação dos profissionais que trabalham


em serviços com pessoas idosas (Centros de Dia, Lares, Serviço de Apoio
Domiciliário, Centros de Convívio,…) na áreas da comunicação, ao saber-
estar com os outros, e o saber-ser.
Podemos destacar algumas situações, expressões e comportamentos
que demonstram défices de conhecimento e dificuldades dos profissionais
em relação à comunicação com as pessoas idosas.
Por exemplo, diante de um idoso que não se quer levantar dizendo “eu
não posso, se me levanto caio” a profissional não procurou saber qual a
razão desta queixa, apenas lhe disse para fazer um esforço para se levantar,
porque não estava doente e ela tinha que fazer a cama e limpar o quarto.
O comportamento deste idoso era devido a, uma vez mais, a família não
o ir visitar nesse dia.

Existem ainda outras situações:


Num determinado Centro de Dia, é habitual todas as manhãs, os
profissionais procederem à higiene pessoal dos utentes. Um desses
profissionais após a conclusão da higiene pessoal a um dos utentes, ajuda-o
a sentar-se no seu sofá e diz alto na sala “Pronto este velho já está”.
Reflexão: É necessário a equipa de profissionais ter bastante formação
ao nível da comunicação. Como se terá sentido esta pessoa?

Comportamentos super protectores


Ouve-se muitas vezes por parte de alguns profissionais a expressão
“Gosto muito de velhinhos”. É necessário desmistificar esta expressão, pois
conduz à desvalorização das capacidades de autonomia e de
desenvolvimento pessoal da pessoa idosa.

É ainda observável por parte de alguns profissionais a expressão “


tenho a certeza que eles têm muitas histórias para contar”, isto pode levar a
pensar que as pessoas idosas não têm outra alternativa para ocupar o seu
tempo senão a contar histórias.
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Outra questão essencial é a existência de profissionais que não sabem
como reagir perante discursos incoerentes, repetitivos ou em situações em
que a pessoa idosa trata um elemento da equipa profissional como se fosse
seu filho(a).

É necessário para tal mudar estas atitudes, estes comportamentos e


formas de expressão e isso faz-se através da formação às equipas de
profissionais quando estas não sabem como comunicar com as pessoas
idosas.
Torna-se necessário ter formas relacionais mais correctas de agir e
pensar, para isso é imprescindível ter presente:

Saber o quê
Como
Onde Comunicar
Quando

E
saber a importância da comunicação na prevenção de
factoresque possam degradar o processo de envelhecimento.

É importante trabalhar com o pessoal da equipa o seguinte:

o proceder à análise e discussão das queixas, medos, agressividade


dos idosos que ajuda a:
 compreender o significado das perdas;
 a respeitar os défices que acontecem no decurso do processo
de envelhecimento;
 a descobrir formas de comunicar que favoreçam a relação
com os outros.

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Comunicar bem, é aceitar a outra pessoa como alguém com uma
história pessoal (familiar, cultural, social, profissional) que face às suas
emoções e às dos outros não é neutra.

A comunicação pode tornar-se a única fonte de satisfação afectiva de


uma pessoa idosa. A complexidade aumenta quando a pessoa idosa
permanece numa instituição.

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4. A relação entre a comunicação e o processo de cuidar

A comunicação que é utilizada durante o processo de cuidar é


interpessoal, e estabelece-se entre o idoso e o cuidador. Este deve ter
competência para prestar atenção, o que implica uma atitude de
compreensão e ajuda para a satisfação das suas necessidades. A
comunicação tem um papel fundamental na interacção com os idosos, sendo
importante quando se procura estabelecer uma relação de ajuda e
confiança, enquanto cuidadores.
Para além da riqueza e complexidade da comunicação interpessoal, as
dificuldades aumentam consoante a diversidade cultural, social, religiosa e
afectiva de cada um.
A complementaridade dos dois tipos de comunicação é muito importante
na área dos cuidados aos idosos, pois comunicar não se refere só aos
conteúdos mas também aos sentimentos e emoções que se podem
transmitir. É um acto de partilha entre quem cuida e quem está a ser
cuidado.

A comunicação é importante na relação que se estabelece com o idoso,


não só a comunicação verbal como a não verbal especialmente a linguagem
corporal, pois os idosos com as suas limitações cognitivas e sensoriais estão
por vezes menos receptivos, mas sensíveis ao clima afectivo que se pode
estabelecer.
Para que a comunicação seja eficaz é necessário saber ouvir, isto é, estar
atento enquanto o idoso fala, mostrar disposição em partilhar a conversa.
Por vezes o silêncio é necessário, pois transmite uma vontade de ouvir, uma
aceitação sem transmitir duvidas ou discordâncias, mas permanecendo
atento às expressões faciais.
Uma boa comunicação deve ser biunívoca, a informação deve ser partilhada,
pois se não for correctamente entendida pode levar a perda de confiança,
impedindo que o idoso exprima de forma adequada os seus pensamentos e
sentimentos

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Durante a prestação de cuidados, quem cuida deve tomar a sua
mensagem clara e concisa. "A clarificação é a capacidade de manter uma
comunicação clara concreta e eficaz com vista a ajudar o cliente a formular e
delimitar os seus problemas" (Berger 1995, p.45), ou seja, deve utilizar frases
simples, curtas e concretas, falar de forma lenta e pronunciar claramente as
palavras, com um vocabulário adequado ao idoso com um mesmo
significado. Deve ser imprimido um ritmo adequado ao receptor. O humor é
importante pois aumenta a situação de bem-estar promovendo o apoio
emocional .
Acontece que por vezes, o ser idoso, pode afectar a maneira de
comunicar e de compreender a comunicação. A alteração de humor, e
estado de consciência constituem situações comuns entre os idosos e que
podem ser exacerbadas pela medicação.
Quando uma pessoa idosa é abordada pela primeira vez, um dos meios
que o profissional cuidador possui para demonstrar o seu interesse e
disponibilidade, é o seu comportamento não verbal. E é baseado nestas
primeiras atitudes que se irá desenvolver uma relação de cumplicidade
necessária para que a pessoa revele o que necessita, coloque as suas dúvidas
e para simultaneamente serem criadas as condições essenciais à
implementação de estratégias de ajuda, entre as quais destacamos a
empatia. Quando esta se estabelece sentem-se as emoções dos outros e
simultaneamente compreende-se a dinâmica do seu comportamento.

A comunicação nos profissionais cuidadores, é fundamental nos


cuidados, é o fundamento da relação do profissional com a pessoa. Esta
relação é apresentada como um elemento de competência do próprio
profissional (Phaneuf 1986). Existem três tipos de comunicação:
 funcional;
 pedagógica;
 terapêutica.

A comunicação terapêutica é a que se utiliza mais na relação com os


idosos, pois permite estabelecer ligação significativa entre o profissional e o

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doente, exige aceitação, respeito caloroso e compreensão empática
(Phaneuf, 1986).
Baseada na comunicação verbal e não verbal, deve provocar na pessoa
idosa uma mudança em direcção à autonomia.

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Verificação de Conhecimentos

No fim deste módulo, convidá-lo a fazer esta breve verificação de


conhecimentos. Para isso responda aos exercícios que se seguem. Quando
terminar, poderá consultar as respostas e compará-las com as suas. No final,
pode consultar as páginas sugeridas para consolidar o tema em questão.
Bom trabalho!

1. Quais os factores que condicionam a comunicação de cada pessoa?


(ver pág. 10-12)

2. Segundo a definição de Barnhund, na comunicação interpessoal pode


inferir-se vários critérios. Diga quais. (ver pág. 10-12)

Veja a proposta de correcção na página 20

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Proposta de Correcção

Verifique os seus conhecimentos – pag. 19

1. Quais os factores que condicionam a comunicação de cada pessoa? (ver


pág. 10-12)

Os factores que condicionam a comunicação de cada pessoa são: a


Idade; Nível Cultural; Experiências; Disfunções; Mudanças devidas ao
processo de envelhecimento ou a situações patológicas.

2. Segundo a definição de Barnhund, na comunicação interpessoal pode


inferir-se vários critérios. Diga quais. (ver pág. 10-12)

Na comunicação interpessoal pode inferir-se vários critérios, são eles:


têm sempre que existir duas ou mais pessoas, em proximidade física e que
percebam a presença uma da outra; Existe troca de mensagens; Envolve
interdependência comunicativa e as mensagens são codificadas de forma
verbal e não verbal.

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Bibliografia

Argyle, M. (1981). The Psychology on the Interpersonal Behaviour. Penguin:


Harmondsworth.

Barnhund, D. (1968). Interpersonal Communication: Survey and Studies.


Boston: Hougton Mifflin.

Bartolomé, M.V.P., Fernández, V.L., Ajamil, C.E. (2001). Neuropsicología: libro


de trabajo. Salamanca: Amarú Ediciones.

Berger, L., Mailloux, P. (1995). Pessoas Idosas – uma abordagem global.


Lisboa: Lusodidacta.

Fiske, J., (2002). Introdução ao Estudo da Comunicação. (4.ª Ed.). Porto: Asa
Editores.

Perry, A.G., Potter, P.A., (1995). Fundamentos da Enfermagem. (4.ª Ed.) – Vol.
1. Guanabara: Koogan.

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