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Sociedade:. Ecumênica:. do Triângulo: e da Rosa:. Dourada:.

Fraternidade Espiritualista do Cruzeiro do Sul:.

Escola de Formação Magística da Umbanda


Ordem da Cruz da Meia-Noite

Módulo Magístico I – Apt 04

Ética Magística II

Aqueles que não têm estudado o assunto de modo especial nunca compreendem que o pensamento traz em si
um poder tremendo. Para eles, a força da água e do vapor sob pressão são reais, porque podem vê-los em ação,
enquanto que a força do pensamento não passa de uma coisa vaga e intangível. Mas aqueles que estudaram o tema
em profundidade sabem muito bem que uma é tão real quanto à outra.
Isso é verdade em dois sentidos - direta e indiretamente. Com um pouco de reflexão, todos reconhecem a ação
indireta do pensamento, pois é óbvio que o homem precisa pensar antes de fazer qualquer coisa. O pensamento é o
poder motor da ação, assim como a água move o moinho. Todavia, de modo geral, as pessoas não sabem que o
pensamento também age diretamente na matéria; e que, mesmo não se transformando em ação, o pensamento por si
só já produz um efeito.
É reconhecido que existem muitos tipos de matéria sutil além daquela visível fisicamente e que a força do
pensamento age diretamente em algumas delas, colocando-as em movimento. O pensamento revela-se como uma
vibração no corpo mental que se comunica com a matéria externa e produz um efeito. Portanto, o pensamento em si
é uma força real e definida, e o interessante é que todos nós possuímos esse poder.
O pensamento produz dois efeitos externos principais: uma vibração irradiante e uma forma flutuante. Vejamos
como ambos afetam o pensador e as outras pessoas. Em primeiro lugar, vamos nos lembrar da força do hábito. Se
acostumarmos nossos corpos mentais com certo tipo de vibrações, eles aprenderão a reproduzi-las com facilidade e
prontidão. Se pensarmos um certo tipo de pensamento hoje, amanhã será mais fácil repetir o mesmo pensamento.
Se alguém começa a pensar mal dos outros, logo se torna fácil pensar pior, e torna-se mais difícil pensar no bem
deles. Cria-se assim, um ridículo preconceito que cega totalmente a pessoa, impedindo-a de ver os pontos bons de
seus semelhantes, e aumentando enormemente o mal nos outros.
Em seguida seus pensamentos começam a incitar as emoções, e como só vê o mal nos outros começa a odiá-
los. As vibrações da matéria mental excitam as da matéria astral densa assim como o vento perturba a superfície do
mar. Todos sabem que ao pensar em nossos erros facilmente nos irritamos e frequentemente ignoramos a conclusão
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inevitável de que, pensando racionalmente e com calma, prevenimos ou dissolvemos a raiva. O Princípio da
exteriorização ou concentração sobre as emoções se afirma como o determinador de toda ação magística,
manipulada essencialmente através do poder mental e das formas-pensamento que cria, remetendo-as ao seus
respectivos endereços vibratórios.
A forma-pensamento gerada também reage sobre o pensador. Se o pensamento destina-se a alguém, a forma
dispara como um míssil na sua direção, mas se o pensamento, como acontece com tanta freqüência, diz respeito
principalmente ao próprio pensador, esta permanece flutuando nas proximidades, pronta a reagir sobre ele e
duplicar-se, isto é, pronta a estimular na sua mente o mesmo pensamento mais uma vez. Para o pensador parecerá
que o pensamento surgiu em sua mente vindo de fora, mas a experiência é, na verdade, apenas resultado mecânico
de seus próprios pensamentos prévios.
Obviamente, todo pensamento ou emoção produz um efeito de longa duração, pois fortalece ou enfraquece
uma tendência e, além disso, reage constantemente sobre o pensador. Portanto, fica claro que temos de ter todo
cuidado com os pensamentos ou emoções que permitimos surgir dentro de nós mesmos. Não podemos nos des-
culpar como tantos fazem, dizendo que sentimentos indesejáveis são naturais em certas condições.
Temos de usar o direito de controlar nossa mente e nossas emoções. Se pudermos habituar-nos a pensar mal, é
possível também nos acostumarmos a pensar bem. Podemos habituar-nos a procurar as qualidades desejáveis nas
pessoas que conhecemos, e não as indesejáveis, e nós nos surpreenderemos ao descobrir como as boas qualidades
são numerosas e importantes. Assim começaremos a gostar delas e a não evitá-las, e teremos, pelo menos, a
possibilidade de fazer avaliações mais justas.
Podemos dedicar-nos ao exercício útil de admitir apenas pensamentos bons e agradáveis e, se persistimos, logo
começaremos a perceber resultados. Nossas mentes trabalharão mais facilmente pelos canais da admiração e
simpatia ao invés da suspeita e do menosprezo, e, quando nossos cérebros estiverem desocupados, os pensamentos
que se apresentarem serão bons e não maus, em uma reação natural das formas graciosas que criamos para nos
circundar. "O homem é aquilo que pensa em seu coração", e obviamente o uso sistemático do poder do pensamento
toma a vida muito mais fácil e agradável.
A ondulação irradiante, como muitas outras vibrações na natureza, tende a se duplicar. Por que um determinado
objeto se aquece diante do fogo? Porque a radiação das vibrações vindas da matéria incandescente leva as moléculas
do objeto a oscilarem mais rapidamente. Da mesma maneira, se enviarmos com persistência ondulações de pen-
samentos agradáveis sobre outrem, com o tempo uma vibração similar ao pensamento de simpatia surgirá naquela
pessoa. Formas-pensamento dirigidas para ela flutuarão à sua volta e agirão quando surgir uma oportunidade. Assim
como um mau pensamento pode ser um demônio tentador tanto para o pensador quanto para outrem, assim
também um bom pensamento pode tornar-se um anjo guardião que encoraja a virtude e evita o vício.
Todo elemento ou objeto possui ondulações individuais e freqüência própria. Portanto, em se tratando de
movimentação magística, o agrupamento dessas radiações e a persistência de suas emanações em concordância com
os endereços vibratórios, produz o efeito desejado.
Devemos pensar sempre nas coisas boas de nossos amigos, não só porque isso é muito mais saudável para nós,
mas também porque assim elas se fortalecem. Quando formos obrigados a reconhecer alguma qualidade má de um
amigo, devemos ter o cuidado de não pensar nela, mas, sim, na virtude oposta que queremos ajudá-lo a desenvolver.
Caso ele seja avarento ou pouco afetivo, não devemos fazer comentários ou fixar nosso pensamento nesse defeito,
porque, se o fizermos, as vibrações por nós criadas tornarão as coisas piores. Em vez disso, pensemos intensamente
na qualidade que ele precisa desenvolver, inundando-o com ondulações de generosidade e amor, pois assim
estaremos realmente ajudando nosso irmão.
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O homem comum não passa de um centro de vibrações agitadas. Encontra-se constantemente preocupado,
incomodado com alguma coisa, em depressão profunda ou, então, excitado sem razão, ao esforçar-se para conseguir
alguma coisa. Por uma razão ou outra, está sempre desnecessariamente agitado, muitas vezes por causa de coisas
insignificantes. Isso quer dizer que está o tempo todo gastando força, dissipando inutilmente algo pelo qual é
diretamente responsável e que poderia tomá-lo mais feliz e saudável.
Quem deseja usar o poder do pensamento de maneira útil, seja para si mesmo ou para os outros, deve
economizar suas energias, ser calmo, comedido e refletir cuidadosamente antes de falar ou agir. Que não fiquem
dúvidas de que essa força é muito poderosa. Qualquer um que se entregue ao trabalho pode aprender a usá-la, e,
com seu uso, cada um de nós pode progredir bastante fazendo um grande bem para o mundo à nossa volta.
Os pensamentos produzem seus efeitos, quer desejemos ou não. Um homem sábio produz intencionalmente os
resultados da sua ação mental. Cada vez que controlamos nossos pensamentos, o controle fica mais fácil. Enviar
pensamentos aos outros é algo tão real quanto dar dinheiro; e é uma forma de caridade que até o mais pobre dos
homens pode fazer. É errado irradiar depressão. Ela impede os pensamentos elevados, causa muito sofrimento às
pessoas sensíveis e é responsável pela maior parte do medo noturno das crianças.
Ao permitir que pensamentos miseráveis e maldosos sejam descarregados sobre uma criança, como muitos
fazem, estamos envolvendo-a em penumbra, e isso não está certo. Esqueçam-se da depressão e, em vez de ceder a
ela, enviem pensamentos de força para os doentes.
Nossos pensamentos não são - como vocês poderiam supor - assunto apenas da nossa própria conta, pois suas
vibrações afetam os outros. Pensamentos maldosos têm alcance muito maior do que as palavras, mas não podem
afetar quem estiver totalmente livre da qualidade que eles veiculam; por exemplo, o pensamento do desejo de beber
não pode penetrar no corpo de um homem totalmente abstêmio. Ele atinge seu corpo astral, porém, como não pode
penetrar, retoma ao emissor.
A vontade pode ser treinada para agir diretamente sobre a matéria física. As partículas físicas são, sem dúvida
alguma, afetadas por um pensamento forte e constante. A Sra. Blavatsky costumava recomendar algumas práticas a
seus discípulos, dizendo-lhes para pendurarem uma agulha em um fio de seda e aprender a movê-la pela força da
vontade. Um escultor também usa o poder do pensamento, mas de maneira diferente. Diante de um bloco de
mármore, ele canaliza uma forte forma-pensamento da estátua que deseja esculpir. A seguir coloca sua forma-
pensamento dentro do bloco e começa a remover o mármore que sobra por fora da forma-pensamento, deixando
apenas a parte interpenetrada por ela.
Nos níveis superiores do plano mental, nossos pensamentos são muito fortes, porque temos o plano quase que
somente para nós, e não precisamos competir com muitos pensamentos diferentes. Todas as pessoas que pensam
sobre a mesma coisa tendem a entrar em contato umas com as outras. Qualquer pensamento forte pode ser atraído
até vocês de qualquer lugar do mundo, e vocês podem ser influenciados pelo pensador que o emitiu. Um forte
pensamento age quase o tempo todo, principalmente se referir-se a assuntos pouco explorados, pois nesses casos
suas vibrações serão mais claras e livres. Alguma idéia ou visão repentina que ocorre a vocês pode ser simplesmente
a forma-pensamento de alguém intensamente interessado no assunto em questão. Essa pessoa pode estar a qualquer
distância, ainda que a proximidade física tome mais fácil essa transferência.
Existe um tipo de psicometria para a forma-pensamento. Massas de pensamento sobre determinado assunto são
coisas bastante reais, que ocupam um lugar no espaço e a elas damos o nome de egrégoras. Para melhor
compreensão, as egrégoras podem ser comparadas a nuvens que se movimentam e alteram sua forma todo o tempo,
localizando-se em um ponto ou atmosfera específica, seja a nível físico ou astral.
Pensamentos sobre o mesmo assunto e do mesmo caráter tendem a se agregar. Muitos assuntos possuem um
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centro de pensamentos próprio, um espaço definido na atmosfera, e os pensamentos tendem a gravitar para seu
centro, o qual absorve qualquer quantidade de idéias, coerentes e incoerentes, certas e erradas. Nesse centro
definido, vocês encontrarão todos os pensamentos relacionados a um mesmo tema, atraídos para esse foco, e
poderão então "psicometrizar" as diversas formas-pensamento, segui-las até seus pensadores e obter outras
informações.
Fica fácil perceber que se tivermos dificuldades com alguma coisa poderemos atrair o pensamento de outra
pessoa, estudante do mesmo assunto, e até mesmo a própria pessoa, caso esta se encontre no Plano Astral,
consciente ou inconsciente. Muitas pessoas, mortas ou durante o sono, tentam ajudar os outros de acordo com suas
próprias crenças e, ao perceberem alguém às voltas com alguma idéia, prontamente tentam sugerir o que acham que
o outro deveria pensar. Isso não significa, é claro, que as idéias delas sejam necessariamente corretas.
Um pouco de reflexão mostra-nos que isso é perfeitamente natural. Vocês ajudam as pessoas no plano físico
simplesmente por serem de boa índole, e o mesmo ocorre após a morte. Sem o corpo físico, sentimos as mesmas
simpatias e, que: nossas idéias sejam certas ou erradas, nós as damos aos outros, tentando ajudar. Às vezes uma idéia
pode surgir em forma simbólica. A serpente e o elefante, por exemplo, significam com freqüência a sabedoria.
Existem muitos conjuntos de símbolos. Cada ego tem seu próprio sistema, mas algumas formas parecem ser
generalizadas nos sonhos. Dizem que sonhar com água quer dizer problemas, mas não vejo qualquer relação nisso.
De qualquer modo, mesmo não havendo uma relação real, um ego - ou outra entidade que deseje se comunicar -
pode usar esse símbolo se souber que a personalidade vai entendê-lo. A água não está necessariamente relacionada
com problemas, mas um ego que não consegue transmitir uma mensagem clara para sua personalidade, sabendo que
esta sustenta essa crença peculiar sobre a água, poderia muito bem imprimir um sonho assim no cérebro quando
quisesse avisá-la de algum infortúnio iminente. Normalmente a causa de um pensamento que cruza a mente é a
sugestão. O poder do pensamento e a variedade de formas-pensamento são tremendamente grandes, mas mesmo
assim são pouco compreendidos ou considerados.
A origem de uma determinada ideia que surge na mente pode estar entre meia dúzia de causas possíveis. Não
conheço qualquer método acessível ao estudante comum capaz de lhe mostrar a fonte exata de alguma idéia
específica. Para isso precisamos desenvolver a visão astral e a mental para ver a forma-pensamento e rastreá-la, pois
ela se encontra ligada ao seu criador por meio de vibrações.
Diante de casos particulares, sem o conhecimento do que realmente ocorreu, qualquer sugestão é mera
especulação. É totalmente possível que nossas próprias formas-pensamento nos afetem. Podemos criar formas-
pensamento que flutuarão à nossa volta e persistirão até o fim de suas energias, reagindo sobre nós como se fossem
sugestões novas vindas de fora.
Existe um vasto número de formas-pensamento de natureza comparativamente permanente no Plano Astral,
resultado do trabalho acumulado de muitas gerações. A leitura correta e clara dos registros no akasha, ou seja, na
Luz Astral, onde permanecem impressos continuamente, requer treinamento especial; não se trata de fé ou virtude,
mas, sim, de um tipo especial de conhecimento. Os Guias conseguem ler esses registros tais como um livro, e alguns
Magistas treinados também o fazem.
Durante meus estudos em Roma, foi utilizando esse processo de verificação associado a algumas técnicas
psicométricas que conseguia perceber e ver, pelo toque, monumentos inteiramente reconstruídos e sensações
aprisionadas em ambientes específicos. Em alguns casos, constatei a presença ainda manifesta e vibrante de
egrégoras mentais produzidas pelos próprios imperadores romanos ao interno das ruínas do palácio imperial, como
se alguns ainda estivessem ali presentes. Mesmo após quase dois mil anos, tais egrégoras permanecem acessíveis e
em constante vibração. O mesmo se dá, por exemplo, ao interno do Coliseu, onde as radiações psíquicas são
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impressionantemente nocivas e repletas de vida pulsante, podendo ainda hoje serem arrastadas e utilizadas em
processos negativos. De igual modo, algumas egrégoras adormecidas podem ser despertadas pelo toque, pela
impressão mental ou a penetração e sintonização com suas freqüências, podendo suas energias serem usadas
benéfica ou maleficamente, sempre a depender da vontade do operador.
Ora, essas imagens vívidas são coisas reais e podem ser vistas com clareza por qualquer um psiquicamente mais
desenvolvido. São formas definidas que existem no plano mental e, diante de uma forte emoção a elas relacionada,
materializam-se na matéria astral. Elas se fortalecem continuamente com novos pensamentos.
Naturalmente as pessoas imaginam as cenas diferentemente, cada uma de um jeito, e o resultado final
assemelha-se a uma combinação fotográfica; mas a forma original imaginada influencia fortemente o pensamento de
todos os sensitivos sobre o tema e tende a fazê-los imaginar do modo como os outros fizeram antes.
O resultado desse pensamento - diga-se de passagem, um pensamento com freqüência bastante ignorante - é
muito mais fácil de se ver do que um registro verdadeiro, pois, conforme dissemos, esse último requer treinamento e
para o primeiro nada mais precisamos que um vislumbre do plano mental, tal como os que freqüentemente
experimentam os puros e de bom coração durante o êxtase. Na verdade, em muitos casos, a experiência ocorre até
mais facilmente, pois as formas-pensamento existem também nos níveis astrais.
Outro ponto a ser considerado é que a criação de uma forma-pensamento não requer que as cenas imaginadas
tenham existido de verdade. Ao vislumbrar algumas dessas formas-pensamento, um clarividente poderia facilmente
supor ter encontrado a base real da história; mas, como sabe que essas lendas não passam de ficção, é bem provável
que pense ter sonhado.
Ao ser moldada pelo pensamento, a essência Elemental adquire certa cor, que expressa a natureza do
pensamento ou sentimento. É claro que isso significa apenas que a essência que compõe a forma-pensamento foi
compelida no momento a vibrar em certa freqüência pelo pensamento que a anima. A essência Elemental evolui
aprendendo a responder a todas as freqüências possíveis de ondulação. Assim, o pensamento ajuda a essência
Elemental ao mantê-la vibrando em certa freqüência por algum tempo, de modo que esta se habitua àquela oscilação
específica e, na próxima vez em que encontrar vibrações similares, responderá muito mais prontamente do que
antes.
Depois os átomos daquela essência, que haviam voltado para a massa geral, serão capturados novamente por
outro pensamento e terão de oscilar em freqüência totalmente diferente, desenvolvendo-se assim um pouco mais ao
adquirirem a capacidade de responder a um segundo tipo de ondulação. Assim, lenta e gradualmente, os
pensamentos, não só humanos, mas também dos Espíritos da Natureza, Devas e mesmo dos animais que
conseguirem pensar, estão desenvolvendo a essência Elemental que os circunda; vagarosamente, ensinando alguns
átomos aqui, outros acolá, a responderem a essa ou àquela freqüência oscilatória.
É por essa razão que o Magista evita, quando possível, a destruição de um Elemental artificial,
ainda que este seja de caráter maligno, preferindo defender a si mesmo e aos outros com uma casca ou
carapaça protetora. Assim como podemos matar uma cobra venenosa para evitar que machuque
alguém, também podemos dissipar instantaneamente um Elemental artificial pela força do poder da
vontade, mas nenhuma dessas atitudes é recomendável a um Magista, a não ser em condições bastante
excepcionais.
Para a essência não faz qualquer diferença se o pensamento que a anima é benéfico ou não, tudo o que ela
precisa para se desenvolver é ser usada por algum tipo de pensamento. A qualidade da essência atraída é que mostra
a diferença entre os pensamentos. Matéria mais densa e grosseira veicula desejos e pensamentos maléficos, enquanto
o pensamento de caráter elevado requer para recobrir-se uma matéria correspondentemente mais sutil e que possa
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vibrar mais rápido. Existe muita gente não desenvolvida constantemente emitindo pensamentos inferiores e
grosseiros, e a própria ignorância e atraso dessas pessoas é usado pela grande Lei como forças evolutivas para
colaborar em certo estágio no trabalho a ser feito.
Por termos aprendido um pouco mais do que eles, cabe a nós lutar sempre para emitir aqueles pensamentos
elevados e sagrados que causam a evolução e o surgimento de um tipo mais sutil de matéria Elemental, trabalhando
numa área onde os esforços ainda são muito poucos.
Tanto corno a posse de grande força física, a posse de poderes psíquicos não implica necessariamente um
caráter moral elevado. É bem verdade que aquele que entra na Senda da Santidade, em certo momento, percebe o
desenvolvimento desses poderes, mas pode-se também conseguir muitos poderes sem a santidade. Qualquer um que
se dê ao trabalho pode desenvolver poderes; a clarividência pode ser aprendida do mesmo modo como se aprende a
tocar piano; basta aceitarmos o árduo trabalho necessário. Para a grande maioria das pessoas, é muito melhor e mais
seguro que trabalhem pelo desenvolvimento do caráter e se preparem para a Senda, deixando que os poderes se
desenvolvam no seu devido tempo, como certamente o farão.
Algumas pessoas apressadas dedicam-se a forçar os poderes mais cedo. Se estiverem absolutamente seguras de
que os desejam apenas para ajudar aos outros e que são sábios o bastante para usá-los corretamente, pode ser que
nenhum mal aconteça; mas não é tão fácil ter certeza nessas questões, e o menor desvio da retidão significará o
desastre.
Se um homem decide tentar obter os poderes, encontra dois caminhos abertos diante dele. É claro que existem
muito mais do que dois métodos, mas quero dizer que todos se encaixam em uma ou outra das duas classificações
possíveis: podem ser temporários ou permanentes. O método temporário consiste em enfraquecer os sentidos
físicos, quer seja ativamente pelo uso de drogas, auto-hipnotismo ou induzindo vertigens, ou passivamente pelo
hipnotismo, de modo que isso permita aos sentidos astrais virem à tona. Os Guias, por exemplo, no decurso dos
processos de desenvolvimento, evitam permitir a manifestação forçada dessas faculdades, o que poderia
desequilibrar o próprio aparelho com o qual estão atuando de maneira consciente. O método permanente por sua
vez, consiste em produzir o desenvolvimento do ego, a fim de que este possa controlar os veículos inferiores e usá-
los como quiser.
É - de certo modo - semelhante a tentar domar um cavalo rebelde. Quem não conhece equitação pode dopar o
cavalo com certas drogas e conseguir montá-lo, mas esse método não o capacita a controlar outros cavalos. Assim,
ao entorpecer seu corpo físico, o homem pode usar em parte seus sentidos astrais, contudo não conseguirá controlar
outro corpo físico no próximo nascimento, donde advêm os enormes desequilíbrios trazidos pelos mediadores em
virtude da má utilização das faculdades espirituais em encarnações precedentes.
Na falta do desenvolvimento pleno dos poderes psíquicos, existem outros métodos pelos quais os Magistas
tentam obter os resultados almejados. Um deles, por exemplo, é a repetição de invocações e os demais processos de
natureza magística. Encantamentos e cerimônias podem, quando devidamente manipulados, dar resultados diretos e
positivos, dependendo de como são realizados e da influência pessoal e psíquica depositada pelo Magista durante a
operação. Conheci um homem que conseguia responder a perguntas de uma maneira curiosa: entrava em transe
repetindo encantamentos e fazia invocações que atraíam também Espíritos da Natureza, os quais colocavam em sua
mente a informação necessária.
As repetições podem levar ao transe, mas não se trata de treinamento do ego. Seus efeitos perduram, quando
muito, apenas por uma vida, enquanto que os poderes resultantes do verdadeiro desenvolvimento espiritual
reaparecem nos corpos seguintes.
Nesse sentido, o Magista deve treinar as fórmulas e submetê-las á sua vontade, sendo reconhecido pelo poder
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de transmissão a sua autoridade nas esferas espirituais, o que se obtém pela consagração. Caso contrário, corre
apenas o risco de permanecer como um mediador atado a mecanismos grosseiros ou pior ainda, percorrer a senda
do individualismo, convertendo-se em presa fácil aos expectadores do Baixo Astral, desejosos de se conectarem com
elementos incautos.
Quando uma Entidade no Plano Astral deseja produzir alguns resultados na matéria física densa, ela precisa de
um corpo etérico através do qual possa trabalhar. A matéria astral não pode agir diretamente nas formas inferiores
da matéria física; ela precisa da matéria etérica como intermediária para transmitir as vibrações de um plano para o
outro, assim como não se consegue acender uma lareira apenas com papel e carvão; precisamos da madeira como
elemento intermediário, caso contrário o papel queimaria sem afetar o carvão. O mediador físico tem pouca
coesão entre o etérico e as partes densas do veículo físico e, assim, uma Entidade astral pode facilmente
utilizá-lo em seus propósitos. O distanciamento contínuo do corpo etérico durante os processos de
incorporação inconsciente ou semi-inconsciente, afeta diretamente a matéria física, razão pela qual os
Guias atuam conscientemente na maioria dos casos, através dos processos de intuição, desdobramento e
aproximação.
O duplo etérico é o veículo da vitalidade, o princípio vital que circula perpetuamente por nossos corpos, e,
quando é removido,aquela circulação vital interrompe-se em seu nível habitual. Cria-se assim uma grande drenagem
de vitalidade que, continuamente, coloca o mediador em estado de colapso após a sessão, levando-o a desmaios,
distanciamento de sua consciência ou mesmo ao coma. Um dos segredos guardados pelos Guias e pouco
compreendido ao interno da Umbanda, porém sempre reconhecido ao interno das Escolas Iniciáticas, é a utilização
de bebidas com baixo teor alcoólico e outras durante a incorporação. Estimulante, auxiliam na reposição de fluídos
oriundos da perda súbita de vitalidade do corpo etérico. Isso se dá com o café dos Pretos-Velhos, com a cerveja e a
marafo dos Exus e assim sucessivamente.
Submeter constantemente a saúde a uma drenagem como essa não é bom em nenhuma circunstância, nem
mesmo no caso daqueles Espíritos mais cuidadosos e inteligentes, que tentam fortalecer seus mediadores após a
sessão, procurando compensar a perda e evitar um colapso total por muito mais tempo do que normalmente seria
possível. Por essa razão, reitero, é dado predileção aos processos de natureza consciente.
Nos casos das manifestações inconscientes, a matéria física densa, principalmente na forma de gases e líquidos,
é frequentemente retirada do corpo do mediador, o qual pode diminuir por um tempo de tamanho e peso. De igual
modo, a participação efetiva do Guia e a saturação de suas energias, pode dar a impressão de ser o mediador mais
alto e mais pesado.
O poder da vontade e o conhecimento magístico pode ser usado infinitamente e em qualquer
circunstância, enquanto não envolver dinheiro ou interferir no livre-arbítrio alheio. Existem muitos métodos e
o mais simples é a emanação de vitalidade. A natureza curará a maioria das doenças se o doente puder ser
fortalecido e apoiado enquanto ela age, principalmente em se tratando de doenças nervosas, infelizmente tão
comuns hoje em dia.
Algumas pessoas conseguem curar impondo suas próprias condições magnéticas sobre os outros. Esse processo
baseia-se na teoria (totalmente correta) de que todas as doenças são desarmonias de algum tipo, e no fato de que, se
a harmonia puder ser restaurada, a doença desaparecera. Nesse caso, aquele que deseja efetuar uma cura eleva suas
próprias vibrações o máximo que puder, preenche-se com pensamentos de amor, saúde e harmonia, e, então,
envolve o paciente nessa aura, pretendendo assim que suas poderosas vibrações superem as dele e gradualmente o
coloquem na mesma condição saudável e harmoniosa. Esse método é eficaz, mas não esqueçam que implica a
imposição de toda a personalidade do magnetizador sobre o paciente, o que nem sempre é desejável para os
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envolvidos, razão pela qual são necessários os processos de filtragem acionados pelos Guias.
Devemos ter cuidado para não nos prender ou deixar-nos envolver no Plano Astral, seja por nossos vícios ou
nossas virtudes, como facilmente poderá acontecer se não formos cautelosos. Por exemplo, podemos afetar os
outros pelo pensamento e conseguir deles tudo o que quisermos. É um poder tentador, ao qual o homem comum
não resistiria.
Quando um discípulo é encarregado de algum trabalho especial pela humanidade, os Guias Superiores podem
dar-lhe alguma força extra para esse propósito; ele tem total liberdade para usá-la como quiser, mas não deve
esbanjá-la inutilmente. Assim, aqueles que podem produzir à vontade efeitos estranhos não o fazem por diversão,
mas apenas durante algum trabalho real. Um discípulo bem poderia usar essa força para transportar seu corpo físico
pelo ar até um local distante; mas como seria um gasto extraordinário de força, ele só o faria se recebesse ordens
definidas nesse sentido.
A clarividência pode-se tornar uma bênção para seu privilegiado e afortunado possuidor, se for usada com
sensibilidade e propriedade, mas pode também se transformar em obstáculo e maldição se for mal utilizada. Os
maiores perigos nascem do orgulho, da ignorância e da impureza que impulsionam a visão de coisas ruins; porém, se
estes forem evitados, como facilmente podem ser, somente o bem resulta.
Perigos para um clarividente é a ignorância, a arrogância, a vaidade e o orgulho. Ao menos que se possua a
faculdade desde muito cedo, como forma natural, o seu desenvolvimento pode esbarrar facilmente em uma dessas
qualidades inferiores.
Outro grande perigo ao Magista é o da impureza. Aquele que é puro em pensamento e intenção, livre da nódoa
do egoísmo, está protegido da influência das entidades indesejáveis de outros planos. Ele nada tem que elas possam
agarrar; não é um mediador adequado para elas. Além disso, as boas influências naturalmente (envolvem e se
apressam em utilizá-lo como canal, levantando mais urna barreira contra tudo o que for baixo e vil, isso, mesmo em
relação aos mediadores que possuem uma certa dose de apreço e admiração pelos processos obscuros. O homem de
intenções impuras, pelo contrário, inevitavelmente, atrai todas as forças ruins que existem no mundo invisível que
nos envolve e responde a elas; já as forças do bem não conseguem impressioná-lo.
Entretanto o Magista que reconhecer esses perigos e se esforçar pala evitá-los, que se entregar ao estudo com o
coração verdadeiro e for humilde, e cujos motivos forem puros, esse com certeza aprenderá muito com os poderes
que possuir, os quais utilizará largamente em seu trabalho.
Resumindo, recomenda-se ao Magista ainda não treinado extrema paciência e vigilância. Com confiança e
fazendo bom uso do talento que lhe foi confiado, atrairá a atenção daqueles que estão sempre em busca de
instrumentos que possam ser utilizados na grande obra da evolução e, quando o momento chegar, receberá o
treinamento que tanto deseja, capacitando-se assim, definitivamente, para se tomar um dos que ajudam a
Espiritualidade.

Continua

Flávio Juliano:.
Dirigente

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