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Simão Bar-Jonas

‘... e muitas vezes descobri que o filho era o segredo revelado do pai’ – Carlos Drummond
Friedrich Nietzsch[1]

Andei com a minha curiosidade um pouco aguçada sobre quem seria o pai de Simão Pedro,
chamado em Mateus 16.17 de Simão Barjonas. Muitos de nós sabemos que o sufixo hebraico
Bar significa filho, como no caso de Barrabás, que numa outra forma escrita seria Bar-Abbas,
ou Filho do Pai. Assim, segundo o livro de Mateus, Pedro seria filho de certo Jonas.

Talvez você não tenha muito interesse de refletir coisas assim, mas vamos em frente.

Olhando o texto grego, num pequeno fragmento de João 1.42, lemos que Pedro era ‘ο υιος
του Ιωνα’, ou, em português, ‘o filho de João, tanto ele quanto André, logicamente seu irmão.
Voltaremos neste capítulo um pouco mais tarde.

No episódio em que Pedro fala sobre quem era Jesus, em continuação ao diálogo Jesus diz que
ele era ‘υιε του Ιωνα’, ou seja, filho de João.

Numa análise bem simples, podemos concluir que o pai de Pedro e André era João, certo?
Provavelmente não.

No capítulo 1 de João lemos que o profeta de mesmo nome estava reunido com os seus
discípulos, realizando batismos nas margens do Rio Jordão. Diz o texto que, quando Jesus
passou, João declarou ser Jesus o ‘Cordeiro de Deus’, o que fez com que dois de seus discípulos
o seguissem, um deles era André, irmão de Pedro. O nome do segundo discípulo não está
aparente no relato bíblico. Então, certamente, um dos discípulos de Jesus que mudou de
‘igreja’ foi André.

Ato contínuo, André achou a seu irmão Simão, e disse a ele ter encontrado o Messias, o Cristo,
tendo levado a Pedro até Jesus. No momento em que Jesus e Pedro se encontram Jesus fez a
seguinte declaração: ‘tu és Simão, filho de Jonas; tu será chamado Cefas, que quer dizer
Pedro’.

A palavra grega traduzida para Jonas, de João 1.42 é a mesma palavra grega de Mateus 16.17,
ou seja Ιωνα, que numa tradução livre é João.

Assim, estou inferindo que, quando Jesus se refere à paternidade de Pedro ele está falando
de João, o batizador, pois, assim como seu irmão André era seu discípulo, filho espiritual de
João, igualmente Pedro também o era.

Por conta disto, gostaria de levantar a questão da nossa paternidade, num tempo em que
percebemos uma crise com relação a este tema. Somos uma geração em que muitos não têm
pai, ou mãe, ou não tem a ambos. Muitos lares são lugares em que a mãe acaba exercendo
dupla função, a de pai e de mãe; há outros em que pais, ainda que presentes fisicamente,
são ausentes no tocante ao seu papel. Vivemos uma crise em relação ao referencial
masculino, e não falamos disto como uma coisa simples, mas daquele referencial ajustado,
que sirva de modelo a ser seguido por seus filhos. A onda de desrespeito que assola este
tempo tem muito a ver com as mudanças sociais ao redor do planeta, que desfigurou a
famílias, os papéis, a funcionalidade do ambiente que deveria ser a principal escola de vida,
mas que tem se transformado num lugar deformador.

Ainda que não saibamos quem era o pai do apóstolo Pedro, ao menos sabemos que, caso
nossa inferência esteja certa, a figura paterna de João, enquanto discipulador, era reconhecida
por Jesus, ao ponto dele declarar ser Pedro filho de João.

Esta reflexão pode servir para muitos de nós, que, eventualmente, sentimos a ausência de um
pai biológico que nos aponte o destino, que nos ensine o rumo e o que fazer, mas não
podemos, em nome disto, abandonar a possibilidade de encontrarmos homens [e mulheres]
que sirvam para nós como modelos, como o apóstolo Paulo bem o declarou acerca de que
poderiam imitá-lo, ou seja, usar o exemplo dele como modelo a ser seguido.

De quem você é filho, ou filha?

Nisto pensai!

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