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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

Prof. SILVIO ROMERO BELTRÃO


Mestre e Doutor em Direito Civil pela UFPE
Pós-Doutor pela Faculdade de Direito de Lisboa
Conceito de Direito Civil
• O Direito Civil se confunde com o próprio
Código Civil e é entendido como o conjunto de
normas que regula as relações entre as
pessoas privadas, seu estado, sua capacidade,
sua propriedade, baseadas no principio da
autonomia da vontade.
Direito Civil como Direito privado
comum
• Prende-se com as relações entre particulares,
com base nos princípios:

– Da igualdade

– Da autonomia da vontade.
O DIREITO PRIVADO COMUM
• DIREITO PÚBLICO(institucional)
• DIREITO PRIVADO(comum)
DIREITO PRIVADO(comum)
• Direito privado é o setor da ordem jurídica
que disciplina as relações dos particulares
entre si, fundados na sua igualdade e na sua
autodeterminação.(K. Larens)

• O qualificativo comum significa também que é


um direito de que todos
participam.(Ascensão)
DIREITO PÚBLICO
• O Direito público é aquele emanado do Estado para a
tutela de interesses gerais.

• Abrange o relacionamento entre os particulares e o


Estado, ou os seus órgãos ou agentes, e o direito
interno do Estado, da sua organização, com base em
relações de autoridade.
Intervencionismo Estatal
• Liberalismo – separação do Estado e a
sociedade civil.
• Intervenção do Poder Público – limitação da
autonomia da vontade.

• Evolução – publicização do direito privado.


– O Direito não tem que ser exclusivamente e
exaustivamente público ou privado e dificilmente
poderá sê-lo.

– Mas é um critério valioso de distinção do direito,


apesar de suas imperfeições, para a localização do
nosso estudo.
Confluência ente público e privado
• Direito de família
– Impedimentos matrimoniais, regime de bens,
pátrio poder.
• Direito bancário
– Proteção do crédito, segurança do sistema
bancário, CDC.
• Direito contratual
– Função social do contrato
Critério da prevalência
• A autonomia da vontade sofre limitações.

• Binômio autoridade – liberdade


– Não se sustenta mais a separação do direito publico e
privado.

• Há institutos onde é prevalente o interesse dos


indivíduos, estando presente, contudo, também o
interesse da coletividade.
ATENÇÃO
• Ramo do direito público e privado

– Não confundir:

• Com designações de interesse e ordem


pública.
Direito Civil
• Valoração diante da Constituição.

• O Direito Civil apresenta as realidades extra-jurídicas


e pré-jurídicas sem as quais o próprio direito não
existiria.
– Pessoas
– Bens
– Atos e fatos jurídicos.
Nova hermenêutica
• Incidência dos valores constitucionais nas
normas de Direito Civil.

• Princípios do Direito Civil

• Princípios do Direito Constitucional


Direito Civil Constitucional
• A Constituição como norma superior
• Submissão do direito positivo aos fundamentos de
validade constitucionalmente estabelecidos.

• A interpretação do Direito Civil segundo e conforme


a Constituição.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
CIVIL
• Os princípios gerais do direito civil são controversos.
• Em primeiro lugar porque eles se confundem com os
princípios do próprio Direito.
• E em segundo lugar porque a falta de unidade
científica do critério que preside à demarcação do
ramos do Direito Civil dificulta a elaboração de
princípios comuns.
Carlos Alberto da Mota Pinto

• Reconhecimento da • A Concessão de
pessoa e dos direitos personalidade jurídica as
da personalidade. pessoas coletivas
• O princípio da • A propriedade privada
liberdade contratual • A familia
• A responsabilidade • O fenômeno sucessório
civil
Segundo Cristiano Chaves de Farias
• A personalidade (capacidade de direito)
• Autonomia da vontade(dinâmica da pessoa)
• Liberdade negocial(autonomia privada)
• A propriedade individual
• A intangibilidade familiar
• A legitimidade da herança e o direito de testar
• Solidariedade social(função social)
• Boa fé
Princípios: Autonomia e igualdade
• A autonomia

• A igualdade
Princípios Constitucionais

• Dignidade Humana

• Solidariedade Social(Função Social)

• Igualdade
• entre outros.

• Não deixam de ser princípios do Direito Civil Também.


A idéia de princípios próprios
• Uma tentativa de demarcação dos princípios
do Direito Civil, não deixará de ser incompleta
e imperfeita.

• Vamos partir da idéia de publicidade e


privacidade
PRIVACIDADE E PUBLICIDADE
• Privacidade = Direito da decisão livre

• Publicidade = Direito da decisão vinculada


Princípios: Autonomia e igualdade
• A autonomia – quer no aspecto da liberdade
de exercer ou não os poderes ou faculdades
de que se é titular, quer no aspecto mais
completo, da possibilidade de conformar e
compor, conjuntamente com outrem ou por
ato unilateral, os interesses próprios.
• Igualdade = a autonomia nas relações com as
outras pessoas, supõe necessariamente
igualdade.

• O direito civil se encontra diretamente ao


serviço da plena realização da pessoa na sua
vida com as outras pessoas.
Desenvolvimento do Direito Civil
• Tudo tem que partir da pessoa, pois, é para
ele que o direito existe.
• O primeiro núcleo está na caracterização da
pessoa.
• Contudo, a pessoa não é um ser isolado, a
pessoa deve ser considerada no seu viver e
conviver.
• Tem uma importância primordial a familia
• Exercendo sua autonomia a pessoa realiza
negócios jurídicos, tendo como instrumento
típico o contrato.
• Em face de sua responsabilidades a pessoa
gera obrigações.
• Dos contratos derivam freqüentemente
obrigações.
• Com o seu agir, a pessoa adquire bens,
surgindo a figura da propriedade.
• O ramo do Direito Civil que disciplina as
posições da pessoa em relação as coisas é o
Direito das Coisas ou Direitos Reais.
• Propriedade e função social
• Sucessão por morte
• Enfim, morrendo o titular, há que disciplinar o
destino dos bens e direitos que deixar.
A pessoa como fim do direito
• Com o cristianismo, ao determinar a “dessacralização” da
natureza e da sociedade, o homem passou a ser sujeito do
mundo, portador de valores, e não um simples objeto deste
mundo.
• A pessoa deixou de ter uma noção de pessoa-membro-da
sociedade, para ser considerada uma pessoa humana.
• Até o cristianismo o valor do homem era social, ou seja,
um trabalhador recebia o seu valor na sociedade como um
objeto desta, enquanto a pessoa deste trabalhador era
insignificante. Poucos homens, pela sua posição social, eram
considerados indivíduos singulares, tais como os herois
gregos, os príncipes romanos, todos dotados de qualidades
singulares, que para poderem ser diferentes eram
endeusados pela sociedade.
• Ainda sob o ponto de vista histórico, os conceitos de
pessoa e de homem nem sempre tiveram
correspondência. No período da escravidão, despia-
se o homem da condição de sujeito de direito para
considerá-lo coisa, desprovido da faculdade de ser
titular de direitos, ocupando na relação jurídica a
situação de objeto.
• Etimologicamente, a palavra pessoa deriva do
latim “persona”, significando máscara, papel
atribuído a esta máscara.
• No sentido jurídico, é para a pessoa que o direito foi feito,
conceituando-se pessoa todo ser humano capaz de direitos e
obrigações. O direito atribui à pessoa, a qualidade de sujeito
de direito como conteúdo fundamental e finalístico da ordem
jurídica.

• Assim, o Código Civil de 2002 atribui à pessoa a capacidade de


direitos e deveres na ordem civil, tal como fazia o Código Civil
de 1916, que utilizava a expressão “todo homem” para
representar o ser humano.
PESSOA COMO SUJEITO DE DIREITO
• Pessoa: De um modo geral, é o ente físico ou moral
suscetível de Direitos e Obrigações.
• Pessoa Natural: Todo homem, nesta expressão está
compreendido, os seres componentes da espécie
humana, sem qualquer discriminação.
• Diz o art. 1º do Código Civil: Toda pessoa é capaz de
direitos e deveres na ordem civil.
• Assim, dentro do tema pessoa natural discutiremos
três elementos:
• Pessoa, Personalidade e Capacidade.
Pessoa
• A pessoa é
• O fim do Direito
• O fundamento do Direito
• Sujeito do Direito
• O Direito não vive apenas pelas pessoas , vive
para as pessoas.
• Segundo HERMOGENIANO
– “hominum causa omne ius constitutum est.”
– Todo direito constitui-se em benefício dos
homens.
Caracterização da Pessoa
• “Em primeiro lugar, a possibilidade de se
contrapor ao mundo tendo dele consciência e
dominando-o”(Ascensão)
• O homem é um ser ético, que tem
conhecimento dos seus fins intrínsecos.
• O homem temo sentido de
transcedência.(Deus)
• Capacidade de desenvolvimento da
personalidade.
Começo da Personalidade
• Qualidade para adquirir direitos e contrair
deveres.(Caio Mario da Silva Pereira)

• Toda pessoa é dotada de personalidade.

• Está indissoluvelmente ligada a qualidade de


pessoa humana, e dura enquanto durar a vida.
A ideia do Código Civil
• Para o nosso Código Civil será pessoa a partir:
– Do nascimento:
• Quando o feto é separado do ventre materno, seja
naturalmente, seja através de recursos médicos.
– Com vida
• Para o Código, quando se opera a primeira troca
oxicarbônica no meio ambiente. Vive a criança que
respirou oxigêncio.
• A partir desse momento tem PERSONALIDADE
CIVIL.
CÓDIGO CIVIL
• Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa
do nascimento com vida; mas a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do
nascituro.
A PERSONALIDADE HUMANA PRÉ-NATAL – O NASCITURO
COMO SUJEITO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

• Pergunta-se:

• O nascituro possui personalidade jurídica ou


não ?
• Não. Diante do art. 2o. do Código Civil, o
nascituro tem apenas uma potencialidade de
direitos, que se inicia somente a partir do
nascimento.

• Mas há quem diga que SIM.


• A concepção tradicional sobre o início da
personalidade(humana) - pessoa é todo o
ser(humano) nascido vivo e viável - está dominada
pela concepção aristotélica da alma vegetativa ou
nutritiva, faculdade de crescimento e de reprodução;
da alma animal ou sensitiva, faculdade de sentir, de
desejar e de se mover; e da alma razoável ou
pensante, faculdade de humanidade, esta sendo
adquirida com o nascimento.
• Esta problemática em relação ao início da
personalidade com a concepção é própria do
pensamento científico, onde o embrião desde
o momento da concepção traz consigo de
forma demarcada, os seus genes e
cromossomos, com as características que
certamente o individualiza como um ser único
e irrepetível.
• Não podemos deixar de expor, que no Direito Civil
Espanhol, além do nascimento com vida é necessário
que o feto tenha figura humana e viva vinte quatro
horas separado da mãe.

• O principal fundamento do dispositivo legal espanhol


é impedir a aquisição de direitos pelos seres que
morrem logo após o nascimento, para evitar que
direitos sucessórios se modifiquem por conta do
nascimento de um ser que não pode continuar
vivendo.
Personalidade a partir do nascimento
• Código Civil
– Alemão
– Suiço
– Italiano
– Português
– Venezuelano
Personalidade com a concepção
• Código Civil Argentino
• Código Civil Peruano – art. 1o.
• “La persona humana es sujeto de derecho
desde su nascimento. La vida humana
comienza con la concpción. El concebido es
sujeto de derecho para todo cuanto lhe
favorece. La atribución de derechos
patrimoniales está condicionada a que nazca
vivo”.
• “Seguro obrigatório. Atropelamento da mulher grávida que
vem a falecer. Abortamento em razão do acidente.
Indenização relativa ao nascituro. Improcedência. A
personalidade civil do homem começa do nascimento com
vida. Não se considera o feto pessoa transportada, pelo que a
circunstância da mulher grávida atropelada ter abortado em
razão do acidente de trânsito não importa obrigação da
seguradora de pagar a indenização correspondente ao feto
abortado, mas tão-só a indenização pela perda da mãe”. apud
Cahali,Yussef Said. Dano Moral. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1998, p. 130.
• Nesses casos o nascituro não sendo
considerado pessoa, deverá ser considerado
uma coisa ?
Ora, apesar do nascituro não ser considerado dotado de
personalidade, ele é considerado um ser humano sujeito de
direitos.

• Pode-se dizer que a tutela jurídica do direito à vida


consagrado na Constituição Federal não determina que esse
direito seja garantido tão somente para os seres dotados de
personalidade civil, sendo na verdade aplicável ao ser
humano, antes do nascimento, uma vez que a inviolabilidade
da vida humana é independente da noção jurídico-civilista de
personalidade jurídica.
• Daí que, pode-se dizer que não é a personalidade jurídica que
justifica a titularidade de direitos por parte do ser humano,
mas sim a qualidade de ser humano que desperta a
titularidade de certos direitos e conseqüentemente envolve o
reconhecimento da personalidade jurídica.
• Clovis Bevilaqua dispôs no Projeto do Código Civil elaborado
em 1899 que a personalidade civil do ser humano deveria
começar com a concepção. Já naquela época, a doutrina se
apoiava em fortes fundamentos baseados na proteção penal
atribuída ao feto, punindo o aborto e proibindo a aplicação de
pena de morte à mulher grávida.
“A pessôa por nascer considera-se já ter nascido, quando se trata de seus
commodos, proclama o preceito romano acceito pelas legislações
modernas.

Neste caso, allega-se, há, simplesmente, uma espectativa de


personalidade. Mas, de duas uma: ou a personalidade já existe e não se
trata de espectativa, ou é apenas possível, e, aos direitos reservados para
o nascituro, falta um sujeito. Alguns civilistas não recuáram deante desta
conclusão, e, não querendo attribuir personalidade ao ser humano ainda
na phase intra-uterina da existencia, admittiram a possibilidade de direitos
sem sujeito. Querendo ser logicos, romperam com a logica elementar do
direito, a que nol-o apresenta como uma relação entre um sujeito e um
objecto, sob a protecção da ordem juridica.”Clovis Bevilaqua.
• Assim, pode-se concluir que o nascituro passa a ser
uma entidade parcialmente dotada de força jurígena,
em face da possibilidade de tutela jurídica contra
lesões e ilícitos praticados antes do nascimento,
demonstrando-se mais adequada a idéia defendida
por Hubmann, Karl Larenz e Oliveira Ascensão da
existência de uma personalidade jurídica parcial, com
a atribuição de uma esfera jurídica própria para o
nascituro, principalmente quanto à defesa dos bens
da personalidade.
Outra questão: a personalidade dos
embriões
• Fábio Ulhoa entende que o embrião congelado,
apesar de merecer proteção jurídica, não pode ser
considerado nascituro, só o sendo a partir do
momento em que se encontre implantado no ventre
materno.
• Maria Helena Diniz, entende que o inicio da
personalidade se dá com a penetração do
espermatozóide no óvulo, mesmo fora do corpo da
mulher.
• A conclusão: Necessita-se de uma regulamentação
própria que elimine a controvérsia.
Em relação aos embriões
• Enunciado 2, Jornada de Direito Civil:
• “Sem prejuízo dos direitos da personalidade,
nele assegurados, o art. 2o. Do Código Civil
não é sede adequada para questões
emergentes da reprogenética humana, que
deve ser objeto de um estatuto próprio.”
PESSOA
• PERSONALIDADE
• CAPACIDADE
• DIREITOS DA PERSONALIDADE
PERSONALIDADE
• A idéia de personalidade está intimamente
ligada a idéia de pessoa.
• Significa a aptidão genérica para adquirir
direitos e contrair obrigações.
• Restringindo, inicialmente, o nosso estudo as
pessoas naturais.
INÍCIO DA PERSONALIDADE
• Apesar das diversas críticas à teoria do direito
sem sujeito e a polêmica do início da vida com
a concepção.
• O inicio da personalidade humana se dá com o
nascimento com vida.
• Dois são os requisitos:
• 1- nascimento(separação do feto do ventre
materno)
• 2- com vida(com a respiração)
CAPACIDADE
• Quem tem personalidade jurídica tem aptidão para
adquirir direitos e obrigações.
• Aliada a idéia de personalidade está o
reconhecimento ao indivíduo da CAPACIDADE PARA
A AQUISIÇÃO DOS DIREITOS E PARA EXERCÊ-LOS POR
SI MESMO.
• A noção de personalidade e capacidade se
confundem e se completam, pois, a capacidade é o
conteúdo da personalidade.
• Quem tem personalidade tem capacidade.
CAPACIDADE DE DIREITO E CAPACIDADE
DE FATO
• Capacidade é a aptidão de ser sujeito de direitos e
obrigações, exercer por si só ou por outrem, atos da vida civil.
• Capacidade de direito x Capacidade de exercício.
• Capacidade de direito é a aptidão oriunda da personalidade
para adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil, dá-se
o nome de capacidade de gozo ou de direito.
• A capacidade de direito não pode ser recusada ao individuo,
sob pena de se negar a sua qualidade de pessoa, despindo-a
de atributos da personalidade.
• Capacidade de fato é a possibilidade ou não de exercer os
direitos subjetivos por si próprio.
INCAPACIDADE
• Algumas pessoas sem perderem os atributos
da personalidade, não tem a faculdade do
exercício pessoal e direito dos direitos civis.
• A incapacidade não se confunde com a
possibilidade de existirem impedimentos para
o exercício de certos e determinados negócios
jurídicos.(ex: compra e venda entre tutor e
tutelado)
• O elemento principal para a incapacidade é a falta de
vontade consciente.
• A falta de discernimento para os atos da vida civil.
• É uma forma de proteção daqueles que são
portadores de uma deficiência jurídica apreciável.
• Tal deficiência pode ser mais ou menos profunda, e
sua diferença irá determinar a graduação da
incapacidade.
Incapacidade
• Toda incapacidade é legal, é sempre a lei que
estabelece
• Não se constitui em incapacidade a restrições legais
para realizações de certos negócios jurídicos. Tais
como impedimentos jurídicos não importam em
incapacidade.
• A incapacidade em nosso sistema coincide com a
redução da cognição dos fatos.
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES
• Para a Lei os Absolutamente incapazes são aqueles
totalmente inaptos ao exercicio, por sí só, das
atividades da vida civil.
• Tem direitos, podem adquiri-los, mas não são
habilitados a exercê-los.
• Os absolutamente incapazes são REPRESENTADOS.
– Representação automática
• Poder familiar dos pais.
– Representação por nomeação(ato judicial)
• Tutela e Curatela
• A incapacidade absoluta gera a nulidade de pleno do
ato praticado pelo menor incapaz.
Incapacidade absoluta
• Tinha na redação anterior do Código Civil, três
causas elementares:
– Idade
– Enfermidade ou deficiência mental
– Impossibilidade mesmo que temporária.
• A duas ultimas forma suprimidas pelo Estatuto da
Pessoa com Deficiência(Lei 13.146-2015)
• Era assim a redação anterior.

• Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer


pessoalmente os atos da vida civil:
• I - os menores de dezesseis anos;
• II - os que, por enfermidade ou deficiência mental,
não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos;(revogado)
• III - os que, mesmo por causa transitória, não
puderem exprimir sua vontade.(revogado)
Menores de 16 anos
A noção é legislativa.

• Em Roma a idéia tinha como parâmetro a


puberdade.
• Por isso a denominação menores Púberes e
Impúberes.
• Eram impúberes os homens até os 14 anos e e
as mulheres até os 12 anos.
ENFERMO OU DEFICIENTE MENTAL
• Deficiência mental congênita ou adquirida,
retirando do paciente a perfeita avaliação dos
atos que pratique.
• É a falta completa de discernimento de caráter
permanente.
• A insanidade será apurada em processo de
interdição(sentença declaratória)
Sistema Atual
• Com a reforma pelo Estatuto da Pessoa com
Deficiência, nenhum tipo de enfermidade psíquica
configura causa de incapacidade.
• Não se fala mais em processo de interdição.
• Somente cabe a interdição, nos termos do artigo
1.767, para aqueles que por causa transitória não
puderem exprimir a sua vontade.
LÚCIDOS INTERVALOS
• Somente se admite como sadio quanto a moléstia
está completamente erradicada.
• A moléstia mental é assumida como um estado
permanente.
• Assim, por segurança social não se admite a
discussão de validade e o debate se o ato foi
praticado durante lúcido intervalo.
• Deve ter uma nova visão em face do Estatuto.
SURDO-MUDO
• Muitas vezes não está ligada a deficiência mental
• A inaptidão vai depender da verificação da existência
ou não da compreensão dos atos da vida civil, ou
seja, discernimento.
• Com nova percepção em face do Estatuto da Pessoa
com deficiência.
• Agora a capacidade do Surdo Mudo é plena,
independente do seu discernimento.
IMPOSSIBILIDADE TEMPORÁRIA
• São problemas para exprimir a vontade
independente de causa orgânica.
• São problemas oriundos de causas exteriores, tais
como a embriaguez, a hipnose, traumatismos, estado
de coma, efeitos de drogas etc.
• Deve ser interpretado com cautela, pois, tratam-se
de causas temporárias.
• Esse inciso foi transferido para as causas de
incapacidade relativa.
• Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à
maneira de os exercer:
• I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
• II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por
deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido;(revogado)
• III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental
completo;(revogado)
• III- aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir a sua vontade.
• IV - os pródigos.
• Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por
legislação especial.
Menores de 18 e maiores de 16 anos.
• Incapacidade relativa.
• Assistência.
Ébrios e viciados
• É sujeita a incertezas por não existir um
parâmetro preciso para determinar o ébrio e o
viciado, daqueles que fazem uso de bebida e
drogas, sem perderem a consciência do atos
que praticam
• Deve-se valorizar o elemento habitualidade,
que importe em fraqueza mental.
Deficiente mentais e excepcionais
• Vai depender da medicina a diferenciação do
que é deficiência mental e doença mental.
• O grau de incapacidade será determinado
pelo estudo médico-legal.
• Revogado pelo Estatuto da Pessoa com
Deficiência.
PRÓDIGO
• Como hipótese de desequilíbrio psíquico
comumente ligado à prática de jogo e
alcoolismo.
• Foi mantido conforme determinava o código
de 1916.
Tomada de Decisão Apoiada
• Art. 1783, “A” do Código Civil.
• Não é modalidade de representação.

• É a nomeação de duas pessoa para prestar


apoio ao deficiente na tomada de suas
decisões na vida civil.
EMANCIPAÇÃO
• Aos 18 anos cessa a menoridade civil.
• No caso, cessa a incapacidade para aqueles
que tinham tal limitação por força da idade.
• Ou seja, um louco maior de 18 anos, é ainda
incapaz.
• Mas, antes de completar 18 anos, pode o
menor ter a sua emancipação:
• I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro,
mediante instrumento público, independentemente de
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor,
se o menor tiver dezesseis anos completos;
• II - pelo casamento;
• III - pelo exercício de emprego público efetivo;
• IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
• V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência
de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor
com dezesseis anos completos tenha economia própria.
REPRESENTAÇÃO
• Apesar dessa matéria vir relacionada ao
Negócio Jurídico, é didaticamente melhor
estudá-la nesse momento.
• Representação
– O poder de agir em nome de outrem. O poder de
exercer direitos e deveres atribuídos a outra
pessoa.
REPRESENTAÇÃO
• Representação
– Representação legal
– Representação voluntária(mandato)
– Representação judicial.
• São diferentes mas os efeitos da representação podem
ser aplicados a um e a outro.
– Art. 116 do CC.
• A manifestação de vontade pelo representante, nos
limites dos seus poderes, produz efeitos em relação ao
representado.
• O menor incapaz será representado por seus pais.
• Art. 1634 do Código Civil:
• Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua
situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar,
que consiste em, quanto aos filhos:
• VII- Representá-los judicial e extrajudicialmente até os
16(dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los,
após essa idade, nos atos que forem partes, suprindo-
lhes o consentimento.
• Ou será representado pelo Tutor, em face dos
falecimentos dos pais, ou pela perda do pátrio
poder.
• Art. 1747- Compete ao Tutor:
– Representar o menor, até os dezesseis anos, nos
atos da vida civil, e assisti-lo, após essa idade, nos
atos em que for parte.
INTERDIÇÃO
• ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
• Falta de discernimento:
• Tomada de decisão apoiada
• Curatela tão somente para fins patrimoniais.
Estatuto da Pessoa com Deficiência
• Art. 85 Lei 13.146 de 2015.
– A curatela afetará tão somente os atos
relacionados aos direitos de natureza patrimonial
e negocial.
– Parágrafo 1º. A definição da curatela não
alcançará o direito ao próprio corpo, à
sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à
educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
TÉRMINO DA PERSONALIDADE HUMANA

• Art. 6º A existência da pessoa natural termina


com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a
abertura de sucessão definitiva.
• Com a morte extingue-se a personalidade
humana.
Extinção da Personalidade
• Morte encefálica(atestada por um médico)
• Morte presumida, sem declaração de ausência
• Morte presumida, com declaração de
ausência
Morte Real
• É a morte que pode ser atestada por um
médico, e tem como princípio a morte
cerebral ou encefálica.
• Com a morte a pessoa deixa de ser sujeito de
direitos e obrigações.
• Abre-se a sucessão hereditária.
Comoriência
• Art. 8 do Código Civil.
• Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma
ocasião, não se podendo averiguar se algum dos
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.
• Morte Simultânea.

• Sucessões
Morte Presumida
• Sem declaração de ausência.
• Processo de justificação, em que se determina
de forma presumida o dia e a hora da morte.
• Desaparecimento do corpo da pessoa, sendo
extremamente provável a morte de quem estava em
perigo de vida.
• Desaparecimento de pessoa envolvida em campanha
militar ou feito prisioneiro, não sendo encontrado até
dois anos após o termino da guerra.
• Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem
decretação de ausência:
• I - se for extremamente provável a morte de quem
estava em perigo de vida;
• II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra.
• Parágrafo único. A declaração da morte presumida,
nesses casos, somente poderá ser requerida depois
de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a
sentença fixar a data provável do falecimento.
Morte Presumida com Declaração de
Ausência
• A ausência ocorre quando uma pessoa desaparece
do seu domicilio sem notícias e não deixando
qualquer representante, não havendo a certeza de
que a pessoa esteja viva.
• Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicilio
sem dela haver noticia, se não houver deixado
representante ou procurador a quem caiba administrar-
lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer
interessado ou do Ministério Público, declarará a
ausência, e nomear-lhe-á curador.
Fases da Ausência
• A ausência se importa com a administração
dos bens do ausente, e sua posterior partilha
e sucessão.
• 1ª. Fase – Nomeação de Curador e
Arrecadação do bens.
• 2ª. Fase – Sucessão Provisória.
• 3ª. Fase – Sucessão Definitiva.
1ª. Fase
• Nomeação de Curador.
– Administrar os bens do ausente.
– Arrecadar os bens do ausente.
2ª. Fase
• Sucessão Provisória
– Decorrido um ano da arrecadação do bens, ou
três anos se o ausente deixou representante, os
interessados podem requerer a abertura de
sucessão provisória.
– Será realizado o processo de inventário e partilha
dos bens, entre os herdeiros.
– Haverá a posse provisória dos bens. Só poderão
alienar por determinação do Juiz.
– Se o ausente aparecer, serão devolvidos os bens
3ª. Fase
• Sucessão Definitiva
– 10 anos depois de passado em julgado a sentença que
concebe a sucessão provisória, pode-se requerer a
sucessão definitiva.
– Pode-se requerer também a sucessão definitiva se o
ausente contar com 80 anos de idade, e que datam de 5
anos, suas ultimas notícias.
– Adquire-se a propriedade dos bens em definitivo.
– Caso retorne após esses 10 anos, terá direito aos bens que
por acaso existirem, e no estado que se acharem.
REGISTRO
• Registro e Averbação
• Todos os atos ligados ao Estado(status) da pessoa
necessitam de registro.

• Contendo a inscrição dos momentos capitais da vida


do indivíduo, o registro patenteia o seu ESTADO, que
dele se infere enquanto subsistir, mas não constitui
prova absoluta, porque suscetível de anulação por
erro ou falsidade.
Estado da Pessoa
• Estado “Status Social”
• A posição social da pessoa na sociedade.
• São posições ocupadas pela pessoa na vida social, de
que resultam graduações de sua capacidade.
• Em Roma, essa graduação esta distinguida como:
status libertatis, status civitatis e status familiae.
• Perdeu sentido hoje o status libertatis, pois é idêntica a situação
de todas as pessoas no que respeita a liberdade. Mas a situação de
nacionalidade e a situação familiar continuam a influir na
capacidade.
Categorias de Estados
• Estado Político –
• Leva-se em conta se o sujeito é nacional ou estrangeiro.
• Estado Profissional –
• Vislumbra-se a atuação econômica da pessoa natural. Sua
atividade profissional, como funcionário público, militar,
empresário.(as outras não são tão importantes)
• Estado Individual –
• Em relação a sua idade, e capacidade. Maior, menor. Pródigo, etc.
• Estado Familiar
• A pessoa em relação a família, se é casado, solteiro, divorciado.
Estado Familiar
• Solteiro
• Casado
• Viúvo
• Divorciado
• Companheiro(apesar da crítica a inexistência
de legislação)
PESSOA JURÍDICA
• PERSONALIDADE
• Registro x Lei

• CAPACIDADE
PESSOA JURÍDICA:
• Pessoa Jurídica: É a unidade de pessoas
naturais ou de patrimônios que visam à
obtenção de certas finalidades reconhecida
pela ordem jurídica como sujeito de direitos e
obrigações.
• A personalidade jurídica é um atributo que a
ordem jurídica estatal outorga a entes que o
merecem.
• È uma instituição jurídica.
Classificação:
• Quando funções e capacidades:
– Pessoa jurídica de direito público
– Pessoa jurídica de direito privado
• Quanto à estrutura:
– Associações/sociedades
– Fundações
• Quanto à nacionalidade:
– Nacionais ou Estrangeiras
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO:

Interno

– A União
– Cada um dos estados e o distrito federal
– Cada um dos municípios
– Autarquias
– Demais entidades públicas criadas por lei.
• Os partidos políticos são de direito privado.
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITOS
PÚBLICOS:

• Externo

– Paises estrangeiros
– ONU
– OEA

• PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITOS PRIVADOS:
• Associações;
• Sociedades;
• Fundações.
• Entidades Religiosas
• Partidos Politicos
• Eireli
• São pessoas jurídicas de direito privado
porque a sua constituição, seu objeto e seu
fim é de interesse privado.

• São pessoas jurídicas de direito privado as
empresas públicas e sociedades de economia
mista.
• Das sociedades e associações começa a existência legal das
pessoas jurídicas de direito privado, com inscrição dos seus
contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos no
registro peculiar (próprio).
• REGISTRO
• As pessoas jurídicas têm existência distinta dos seus
membros.
– Personalidade dos sócios.
– (distinta)
– personalidade da pessoa jurídica.
SOCIEDADE DE FATO E IRREGULAR
• Pode ser que de fato exista alguma sociedade sem que a
mesma tenha contrato social ou tendo contrato social, sem o
mesmo está devidamente registrado.
• Sociedade de fato: não possui contrato social ou estatuto;
• Sociedade irregular: possui contrato social, mas encontra-se
irregular por falta de registro no órgão competente.
• As sociedades de fato e irregular não possuem personalidade
jurídica e por conta disso não são sujeitos de direito e
obrigações.
• Não adquirem direitos e não podem ser autores de ação.
Responsabilidade Civil das Pessoa
Jurídicas
• Pessoa Jurídica.
– Personalidade
– Capacidade
– Emitem declarações de vontade
– Adquirem direitos e obrigações
• Respondem pelo compromissos assumidos.
Responsabilidade Civil da Pessoa
Jurídica
• Na medida que a Pessoa Jurídica realiza um
negócio jurídico nos limites dos poderes
conferidos pela lei e pelo estatuto, deliberado
pelo órgão competente e realizado por quem
é legítimo representante, a pessoa jurídica é
responsável e deve cumprir o que se
comprometeu, respondendo juridicamente.
Responsabilidade
• Contratual
– Em razão do exercício de suas atividades
• Extra-contratual(aquiliana)
– Ato ilícito
– Por seus Sócios, representantes e prepostos.
– Exemplo: Acidente de Carro. Empresa de ônibus.
– Art. 933 do C.C.
• Responsabilidade Penal
– Restrita a alguma hipóteses.
– Apesar da responsabilização pessoal do sócio.
– Penas de Multa, Restritivas de Direito, Prestação
de Serviços à comunidade.
Responsabilidade Civil do Estado
• Artigo 43 do Código Civil.
• Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público
interno são civilmente responsáveis por atos
dos seus agentes que nessa qualidade causem
danos a terceiros, ressalvado direito
regressivo contra os causadores do dano, se
houver, por parte destes, culpa ou dolo.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA
• Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público
quando lhe couber intervir no processo, que os
efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares
dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
• O Direito Norte-Americano engendrou a
doutrina da disregard of legal entity, segundo
a qual deve desconsiderar a pessoa jurídica
quando, em prejuizo de terceiros houver por
parte dos órgãos dirigentes a prática de ato
ilícito, ou abuso de poder, ou violação de
norma estatutária ou genericamente, infração
a disposição legal.
• Abuso de direito

• Fraude

• Confusão patrimonial
ABUSO
• Abuso de direito é a utilização da pessoa
jurídica de maneira contrária ao fundamento
que a criou ou a reconheceu.

• É o uso excessivo ou impróprio da pessoa


jurídica em benefício dos sócios.
FRAUDE
• Fraude, em relação ao propósito de levar aos
credores um prejuízo, em benefício próprio ou
alheio, furtando-lhe a garantia geral que
devem encontrar no patrimônio do devedor, e
a intenção de impor um prejuízo a terceiro.
CONFUSÃO PATRIMONIAL
• Confusão patrimonial
• A pessoa jurídica deve ser detentora de um
patrimônio próprio e independente do
patrimônio de seus sócios, a confusão de
patrimônios que impede tal individualização é
motivo para a desconsideração da
personalidade jurídica.
Código de Defesa do Consumidor
• Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade
jurídica da sociedade quando, em detrimento do
consumidor, houver abuso de direito, excesso de
poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação
dos estatutos ou contrato social. A desconsideração
também será efetivada quando houver falência,
estado de insolvência, encerramento ou inatividade
da pessoa jurídica provocados por má administração.
• § 5º. Também poderá ser desconsiderada a
pessoa jurídica sempre que sua personalidade
for, de alguma forma, obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados aos
consumidores.
• EXECUÇÃO – AUSÊNCIA DE BENS DA RECLAMADA –
POSSIBILIDADE DE PENHORA DOS BENS DO SÓCIO – Não
sendo encontrados bens da reclamada, afasta-se a distinção
da pessoa do sócio em relação à pessoa jurídica da empresa,
aplicando-se, subsidiariamente, a norma dos arts. 592, inc. II,
do CPC, com o fim de possibilitar a penhora de bens do sócio
para satisfazer o crédito do exeqüente, evitando-se assim, o
abuso e a fraude aos direitos trabalhistas. Aplicação da teoria
da desconsideração da pessoa jurídica por força dos arts. 8º,
parágrafo único, da CLT, 50 do NCC e 28, § 5º, do CDC. (TRT 11ª
R. – AP 1980/2002-003-11-00 – (5204/2003)
PROCESSO
• Qual é o procedimento para ser declarada a
desconsideração da personalidade jurídica ?
• Como se garante o direito ao contraditório e o
devido processo legal?
DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA
• Art. 133 do NCPC.

• Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade


jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério
Público, quando lhe couber intervir no processo.
• § 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica
observará os pressupostos previstos em lei.
• § 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de
desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Pessoa Jurídica de Direito Privado
• Três tipos fundamentais
• Associações – as quais são estudadas na Parte Geral.
• Fundações –que também são estudadas na Parte Geral.
• Sociedades – as quais são estudas no Direito de Empresa –
inseridas no Código Civil

• Ao lado encontraremos os Partidos Políticos e as Organizações


Religiosas, o que deve ser estudado em seu campo próprio.
Sociedades e Associações
• Art. 44 CC
• Associações
• Sociedades
• Fundações
• As empresas individuais de responsabilidade
limitada.
Sociedades e Associações
• Distinção
• Associações
– União de pessoas para fins não econômicos;
– Fins morais, caritativos, literários, artístico,
desportivos, lazer.
– Não proporciona interesses econômicos entre os
associados.
• Sociedades
– Oferece vantagens pecuniárias aos seus agentes.
Associação
• “Caracteriza-se a associação sem fim econômico com a que se
não dedica a operações industriais ou comerciais, nem
proporciona aos membros vantagens pecuniárias, tendo o
cuidado de assinalar que a procura de vantagens materiais,
indispensáveis a que a associação viva e atinja suas
finalidades de ordem moral, não retira o caráter não lucrativo
do fim social: a contribuição dos associados, a remuneração
de certos serviços, a cobrança de ingresso a conferências ou
concertos não são característicos do fim lucrativo como não o
é igualmente a verificação de superávit na apuração de
balanços periódicos.” Caio Mario da Silva Pereira
Estatuto da Associação
• Art. 54 do C.C.
– Normas que regem os associados e a própria
associação.
• Art. 55 do CC
– Iguais direitos dos sócios.
– Podem ser divididos em categorias
• Art. 56 do CC
– A qualidade de associado é intransmissível.
– Personalíssima.
Associações
• Exclusão do sócio.
– Art. 57 – Justa Causa

• Assembléia Geral. Art. 59.


– Competência exclusiva, entre outras para:
• Destituir os Administradores
• Alterar o Estatuto
Dissolução da Associação
• Assim como a Associação tem o seu
nascimento por um ATO DE CONSTITUIÇÃO.
• A sua extinção irá depender de um ATO DE
DISSOLUÇÃO.

• Que poderá ser: convencional, legal ou


administrativo.
Dissolução da Associação
• Dissolução Convencional
– É a que resulta da deliberação dos seus membros
componentes, a vontade que cria também pode
extinguir.
• Dissolução Legal
– Por um motivo determinado em Lei.
– Quando foi criada para um determinado fim.
– Quando foi criada por um determinado prazo de
duração.
• Dissolução Administrativa
– Ausência de autorização para funcionar.
– Perda da autorização
– Exemplo: Prática de atos ilegais, falta de segurança. A pedido do
Ministério Público.

• Dissolução Judicial
– Quando for questionada a impossibilidade de sua
existência, judicialmente, por motivos que podem
ser legais, administrativos ou estatutários.
Liquidação
• A extinção não ocorre de forma pura e
simples.
• Art. 51 do Código Civil
• Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou
cassada a autorização para seu funcionamento, ela
subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se
conclua.
• Existindo bens, obrigações e débitos, opera-se
a fase de liquidação.
Art. 61 do Código Civil
• Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do
seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o
caso, as quotas ou frações ideais referidas no
parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade
de fins não econômicos designada no estatuto, ou,
omisso este, por deliberação dos associados, à
instituição municipal, estadual ou federal, de fins
idênticos ou semelhantes.
SOCIEDADE
• Simples
• Empresária
• Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se
empresária a sociedade que tem por objeto o
exercício de atividade própria de empresário sujeito
a registro (art. 967); e, simples, as demais.
• Parágrafo único. Independentemente de seu objeto,
considera-se empresária a sociedade por ações; e,
simples, a cooperativa.
Sociedade simples
• Não empresária
• As denominadas “Sociedades Simples”,
previstas nos arts. 997 a 1.038 do Novo
Código Civil, nada mais são que as sociedades
que dependem de registro no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas, em contraposição às
sociedades empresárias, que são registradas
na Junta Comercial (consoante art. 982, caput,
da nova Lei).
SOCIEDADE SIMPLES
• Sociedade simples São sociedades que exploram a atividade
de prestação de serviços decorrentes de atividades
intelectuais e de cooperativa. Na Sociedade Simples,
organizada por no mínimo duas pessoas, tem o objeto lícito
descrito em seu contrato social, de natureza essencialmente
não mercantil, onde para a execução de seu objeto, os sócios
recaiam na exceção prevista acima, ou seja, exerçam profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística,
mesmo que para a execução necessitem de auxiliares ou
colaboradores.
• Vão diferenciar das Associações, por que tem finalidades econômicas.
Nova Modalidade
• As empresas individuais de responsabilidade
limitada.

• A Pessoa Jurídica formada por uma só pessoa,


e com responsabilidade limitada.
Sociedade empresária
• Sociedade empresária = a pessoa jurídica de
direito privado, implementada por um
contrato, cujo objeto social é a exploração de
atividade empresarial.
– Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de
bens ou de serviços.
– Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa.
PERSONALIDADE JURÍDICA
• Ato constitutivo
• Registro

A personalidade jurídica resulta de uma ficção


pragmática necessária que atribui
personalidade e regime jurídico próprios a
entes coletivos, tendo em vista a persecução
de determinados fins.
ELEMENTO DO CONTRATO SOCIAL
• PLURALIDADE DE SÓCIOS
• CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL
• AFFECTIO SOCIETATIS
• PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E NAS PERDAS
PLURALIDADE DE SÓCIOS
• Uma sociedade empresária resulta de, no
mínimo, duas pessoas.
• Art. 1.033 CC 180 dias para a reconstituição da
pluralidade de sócios.
CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
• Em concreto a sociedade começa pela
formação do seu capital
• Patrimônio próprio da sociedade.
Affectio Societatis
• Animus societário

• Requisito fático de ordem subjetiva.


AFFECTIO SOCIETATIS
• Ora, a base da natureza pessoal das
sociedades limitadas é baseada no aspecto da
affectio societatis, considerando-a sobre o
prisma de sociedade intuitu personae.
• Quando a pessoa do sócio não for relevante, a
sociedade será intuitu pecuniae
Participação nos lucros e nas perdas
• Não há sociedade empresária quando se
estipula que a totalidade dos lucros
pertencerá a um só dos associados, ou em que
algum seja excluído, ou, ainda, que desonerar
de toda a contribuição nas perdas ou efeitos
entrados por um ou mais sócios para o capital
social.
Natureza jurídica
• Contratual

• Institucional
Termo final da Pessoa Jurídica
• Termina a existência da pessoa jurídica
– Pela dissolução da sociedade entre os membros.
– Pela dissolução por força da lei.
– Pela dissolução em virtude de ato do governo, que lhe casse
autorização para funcionar.
Fundação
• “Análoga às sociedades e associações nos resultados
da personalização, delas difere a fundação,
essencialmente, na sua constituição, que não se
origina, como aquelas, de um aglomeração orgânica
de pessoas naturais.
• O que se encontra aqui, é a atribuição de
personalidade jurídica a um patrimônio, que a
vontade humana destina a uma finalidade social.”
Caio Mario da Silva Pereira
• FUNDAÇÕES:

• São um complexo de bens livres colocados por uma


pessoa física ou jurídica a serviço de um fim lícito e
especial.
• É um acervo de bens que recebe da ordem legal a
faculdade de agir no mundo jurídico e realizar as
finalidades que visou o seu instituidor.
FUNDAÇÃO
• Mesmo não tendo sócios ou associados, a
fundação procede como as sociedades e
associações, por intermédio de órgãos, a
quem são confiados os poderes de
deliberação e representação.
FINALIDADE DA FUNDAÇÃO
• Artigo 62 do Código Civil:

• I – assistência social;
• II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico;
• III – educação;
• IV – saúde;
• V – segurança alimentar e nutricional;

• .........continua.
• VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e
promoção do desenvolvimento sustentável;
• VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias
alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e
divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
científicos;
• VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos
direitos humanos;
• IX – atividades religiosas;
Destinação Patrimonial
• É necessário que o instituidor faça um dotação
de bens livres.
• Art. 62. Para criar uma fundação, o seu
instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres,
especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de
administrá-la.
Insuficiência de bens
• Incorporação a outra fundação.
• Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os
bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o
instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha
a fim igual ou semelhante.
• Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre
vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade,
ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer,
serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
Constituição da Fundação
• Testamento
• Escritura pública.
• Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o
fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
• Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o
instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real,
sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela,
por mandado judicial.
Estatuto da Fundação
• Redigido pelo instituidor.
• Ou por pessoas indicadas pelo instituidor.
• Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio,
em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas
bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em
seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
• Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo
instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência
caberá ao Ministério Público.

Alteração do Estatuto
• Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é
mister que a reforma:
• I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir
e representar a fundação;
• II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
• III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo
máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso
de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a
requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei
nº 13.151, de 2015)
FISCALIZAÇÃO
• Ministério Público.

• Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado


onde situadas
Extinção
• Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a
que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o
órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio,
salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no
estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se
proponha a fim igual ou semelhante.
Entes não Personificados
• DA SOCIEDADE NÃO PERSONIFICADA

• Sociedade irregular
• Sociedade de fato
• Sociedade em conta de participação(sócio
ostensivo, sócio oculto)
• Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou
com terceiros, somente por escrito podem
provar a existência da sociedade, mas os
terceiros podem prová-la de qualquer modo.
• Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem
patrimônio especial, do qual os sócios são
titulares em comum.
• Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de
gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo
pacto expresso limitativo de poderes, que somente
terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva
conhecer.
• Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do
benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele
que contratou pela sociedade.
DOMICILIO
• A tradição Romana, traduz domicilio como:
– O estabelecimento de um Lar.
– A constituição de um centro de interesses
econômicos.
– O domicilio NÃO representa uma relação juridica
da pessoa com o lugar, mas sim, o local em que os
negócios jurídicos realizados pela pessoa
produzem efeitos.
Código Civil
• O Código Civil estabeleceu que o domicilio é:
• Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o
lugar onde ela estabelece a sua residência
com ânimo definitivo.
• Dois elementos>
– Ideia externa: matérial que é a residência.
– Ideia interna: psíquica que a intenção de
permanecer.
E o que é residência....
• Residência
– É o local que a pessoa habita, com intenção de
permanecer, mesmo que se ausente temporariamente.
• Moradia
– A moradia sem a intenção de ficar, não é domicílio
(veraneio na praia).
• Domicilio
– O domicílio é a sede jurídica da pessoa, onde ela se
estabelece e irão produzir efeitos suas relações jurídicas.
Representada pela Residência com ânimo definitivo.
Residência
• É o fator psicológico que faz com que a
residência se torne domicilio, ou seja, o ânimo
de permanecer no imóvel em definitivo.
• Então para converter a Moradia em domicilio,
é necessário que haja o propósito e a intenção
de permanecer.
A importância do Domicilio
• Local de produção de efeitos jurídicos em
relação a pessoa.
– Local aonde a pessoa é encontrada judicialmente.(para citação, para
protesto, notificação)
– Local aonde devem ser cobradas as suas obrigações.(Ações judiciais,
Dídidas)
– Local aonde é aberta a sua sucessão com a morte.
– Local aonde se verifica a ausência.
– Local, para o Direito Internacional, que se escolhe a lei que irá regular
a relação jurídica.
– Domicilio Politico como local aonde possa votar e ser votado.
– ETC.
Pluralidade de Domicilios
• Caso a pessoa tenha mais de uma Residência,
é possível que a mesma tenha mais de um
domicilio.
– Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva,
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Pluralidade de Domicilio
• Domicilio Profissional
– Será considerado para fins profissionais e para os
efeitos profissionais, o local em que a pessoa
trabalha.
• Art. 71 -Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão
em lugares diversos, cada um deles constituirá
domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Mudança de Domicilio
• Elementos psíquico – Basta mudar o ânimus
de permanecer.
• Muda-se o domicílio, transferindo a
residência.
– Bastar mudar o elemento material – Local
– Bastar mudar o elemento psíquico – intenção de
fixar nesse novo local a sua sede jurídica.
Domicilio - Classificação
• Domicilio necessário:
– Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor
público, o militar, o marítimo e o preso.
– Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu
representante ou assistente; o do servidor público, o lugar
em que exercer permanentemente suas funções; o do
militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrrar
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio
estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir
a sentença.
Domicilio diplomático
• Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que,
citado no estrangeiro, alegar
extraterritorialidade sem designar onde tem,
no país, o seu domicílio, poderá ser
demandado no Distrito Federal ou no último
ponto do território brasileiro onde o teve.
Domicilio de Eleição(contratual)
• Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os
contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações
deles resultantes.

• As partes elegem um local para o


cumprimento do contrato e o julgamento de
ações.
Domicilio da Pessoa Jurídica
• Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
• I - da União, o Distrito Federal;
• II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
• III - do Município, o lugar onde funcione a administração
municipal;
• IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as
respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem
domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
Domicilio da Pessoa Jurídica
• É diferente do da pessoa natural.
• O da pessoa jurídica de Direito Privado é a
sede dos seus negócios, o seu principal
estabelecimento, aonde são tomadas as
principais deliberações e aonde se encontra a
sua contabilidade.

• E se tiver vários estabelecimentos?


• § 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos
em lugares diferentes, cada um deles será considerado
domicílio para os atos nele praticados.
• § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no
estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica,
no tocante às obrigações contraídas por cada uma das
suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil,
a que ela corresponder.
• DOMICÍLIO DAS PESSOAS JURÍDICAS:

• União – Distrito Federal
• Estados – Capital
• Município – Prefeitura
• Demais pessoas jurídicas – O local onde
funciona a diretoria e administração( principal
estabelecimento)
Exceções:
• A União pode ser demandada na seção judicial aonde ocorreu
o fato.
• O estado pode executar e ser parte fora da capital.
• Pessoa jurídica de direito privado – em qualquer lugar em que
exista um estabelecimento seu(filial).
OBJETO DO DIREITO
• SUJEITO ---- PESSOA

• OBJETO -

• RELAÇÃO JURÍDICA
Patrimônio
• O complexo de relações jurídicas da pessoa
apreciável economicamente.
– Conjunto de bens e direitos.

– Aspectos Positivo e Negativo do patrimônio.

– O patrimônio é uno e indivisível


• Uma pessoa não pode ter mais de um patrimônio, pois,
o patrimônio representa uma universalidade.
Patrimônio
• Engloba somente os bens e direitos
apreciáveis economicamente.
– Não se incluem: os direitos pessoais de familia, o
direito à vida, o direito de liberdade.
– Por serem, direitos não patrimoniais.
• O bens que compõem o patrimônio podem
ser objeto de transferênia
– Inter vivos – de forma simples.
– Causa mortis – de forma universal – herança.
Objeto do Direito
• Bem.
• Coisa.
– Bens x Coisas
– Bens são o termo mais genérico, sendo coisa uma
modalidade desse bem.
– Coisa é o termo mais genérico, sendo bem uma
modalidade da coisa.
– Coisa e Bem são sinônimos
BENS e COISAS
• Bem de um modo geral é tudo que agrada a
pessoa, dinheiro, casa, alegria de viver, o pôr-
do-sol, a qualidade de filho, etc.
• Se todos esses exemplos são bens, nem todos
são bens jurídicos.
• Bem Gênero x Coisa Especie.
• Segundo Caio Mario da Silva Pereria
Bens e Coisas
• Para Silvio Rodrigues
• Coisa seria gênero e bem a espécie:
– Coisa é tudo que existe objetivamente, com
exclusão do homem.
– Bem são coisas que, por serem úteis e raras, são
suscetíveis de apropriação e contém valor
econômico.
Bens e Coisas
• Washington de Barros Monteiro.

• Coisa e Bens são sinônimos.


Bens jurídicos
• Individualidade
• Utilidade
• Susceptibilidade de apreciação econômica

• São qualificados como objeto das relações


jurídicas.
• A distinção entre bens e coisas é feita em
razão de sua materialidade
• Coisas são materiais e concretos.
Ex. uma casa, um animal.
• Bens são imateriais ou abstratos, em sentido
estrito.
Ex. um direito de crédito, uma faculdade
jurídica.
Objeto do Direito
• Coisas
• Bens
• Prestações

• Bens da Personalidade.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
• Bens considerados em si mesmos
• Bens reciprocamente considerados
• Bens considerados em relação as pessoas dos
seus titulares
Classificação dos bens
• Bens móveis x bens imóveis

• Código Civil de 1916


• Bem imóvel por natureza.
• Bem imóvel por acessão física artificial.
• Bem imóvel por acessão intelectual.
• Os bens considerados em si mesmos:
– Imóveis
– Móveis – semovente
– Das coisas fungíveis e consumíveis
– Das coisas divisíveis e indivisíveis
– Das coisas singulares e coletivas
• IMÓVEIS:

• São aqueles que não se pode transportar, sem
destruição, de um lugar para outro, ou seja, são os
que não podem ser removidos sem alteração de sua
substância.

• Estes bens imóveis podem, também, ser classificados
da seguinte forma.
– Imóveis por natureza que abrange o solo seus acessórios e
adjacências naturais (árvore, fruto pendente, espaço aéreo
e subsolo).
• OBS: As jazidas fazem parte do subsolo e pertencem à União
– Imóveis por acessão física artificial – tudo aquilo que o
homem incorpora permanentemente ao solo.
• Ex. A semente lançada ao solo, edifícios, construções.
• De modo que não possa ser retirada sem a modificação de
sua estrutura (substância)
– Imóveis por acessão intelectual – são todas as coisas
móveis que o proprietário manteve, intencionalmente,
empregados sem sua exploração industrial,
aformoseamento ou comodidade.
– Hoje são considerados PERTENÇAS.
– Há ainda os imóveis por destinação legal.
– Os direitos reais sobre imóveis, inclusive o penhor agrícola e as ações
que o assegurem.
– O direito a sucessão aberta.

• Imóvel por força da lei – visa dar sua garantia nas


relações jurídicas.
Código Civil de 2002
• Pertenças
• Art. 93. São pertenças os bens que, não
constituindo partes integrantes, se destinam,
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao
aformoseamento de outro.
PERTENÇAS
• Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem
respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei,
da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso.
Art. 81 do Código Civil

• Não perde o caráter de imóveis:


– As edificações que, separadas do solo, mas
conservando a sua unidade, forem removidas para
outro local;
– Os materiais provisoriamente separados de um
prédio, para nele mesmo ser reempregado.
Bens Móveis
• BENS MÓVEIS:
• São os bens que sem deterioração na sua substância
ou na forma podem ser transportados de um lugar
para outro, por força própria (animal) ou estranha.

• Temos então semoventes (móveis propriamente
ditos) que se movem por força própria(aminais).
• São móveis para os efeitos legais.

– Energias que tenham valor econômico;
– Os direitos reais sobre objetos móveis e ações
correspondentes;
– Os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações;
Art. 84 Código Civil

• Os materiais destinados a alguma construção,


enquanto não forem empregados, conservam
sua qualidade de móveis; readquirem essa
qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.
DAS COISAS FUNGÍVEIS:

• A fungibilidade é própria dos bens móveis.


• São bens fungíveis os que podem ser substituídos por outros
da mesma espécie, qualidade e quantidade. (dinheiro, café)
– OBS: Pode ser que algum bem fungível se torne infungível pela
vontade da pessoa.(uma garrafa de vinho é fungível, mas pode ser um
vinho raro, com valor sentimental e torna-se infungível não podendo
ser trocado)

• Infungível – São aqueles que por sua qualidade individual,
tem um valor especial e não podem ser substituídos.
CONSUMÍVEL

• Os bens que importam em destruição de sua substância com


o próprio uso. (alimentos, dinheiro).
– Obs: a longo prazo todos os bens são consumíveis, contudo, para o
direito civil consumível é o bem que com um único uso ele já se
destrói, ou seja, um bolo de aniversário, com um único uso ele
desaparece.
• Bens inconsumíveis – aqueles que podem ser usados
continuamente, sem atingir a sua integridade.
– OBS: Os bens destinados à alienação são declarados consumíveis. Os
bens exposto à venda, tem como objeto para o vendedor a sua venda,
e não para uso do vendedor, por isso que com a venda ele desaparece
para o vendedor.
DIVISÍVEL:

• São divisíveis os bens que podem ser fracionados em partes


homogêneas e distintas, sem alteração das qualidades
essenciais do todo. Ex. Dinheiro, café (sacas)

• Divisibilidade material – física, quando puder ser dividida em
partes concretas.

• Divisibilidade intelectual – não pode ser dividido
materialmente, mas idealmente, através de percentual ou
fração.
INDIVISIBILIDADE

• Aqueles que não poderiam ser fracionados, sem


alteração de suas substâncias.

• Natural- não é possível dividir uma casa em parte


iguais, um carro em parte iguais.
• Por força da lei – quando a lei proíbe a divisão.
COISAS SINGULARES E COLETIVAS

• Singulares – são as que embora reunidas são consideradas


individualmente, independente das demais.
• Singular simples – pedra, papel, crédito
• Singular composto – material de construção ligado a casa.

• Coletivas – São as que constituídas por várias singulares, são
consideradas no conjunto, formando um só.
• Ex. Biblioteca, rebanho, galeria de quadros, herança
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS:

• Coisa principal – que a que existe por si, exercendo função e


finalidade independente da outra (solo).
• Coisa acessória – a que supõe a existência da principal,
depende da principal para existir.
• Importância – A coisa acessória segue a principal.
• Ou seja, sem a principal a acessória não existe.

• O proprietário da principal supõe-se proprietário da acessória.
• Também são considerados acessórios: Pertenças e
Benfeitorias.
Pertenças
• Pertenças diferentes de partes integrantes.
– Distingue-se, portanto, as pertenças das partes integrantes
em que estas compõem permanentemente a própria
coisa(janelas, telhados, etc), enquanto as pertenças não
completam a coisa, mantendo a sua autonomia e podendo
ser separada sem que haja qualquer alteração na coisa.
• Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo
partes integrantes, se destinam, de modo duradouro,
ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
• Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao
bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o
contrário resultar da lei, da manifestação de vontade,
ou das circunstâncias do caso.
– (exceção a regra de que o acessório segue o principal)
As benfeitorias.

• Chama-se benfeitorias as obras ou despesas


feitas na coisa, com o fim de conservá-las,
melhorá-las ou embelezá-las.
• Depende da ação humana.
• Excluem-se os incrementos naturais.
• Art. 97, Não se consideram benfeitorias os
melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou
detentor.
Classificação das benfeitorias:
• Voluptuária – de mero deleite ou recreio, tem
fim de comodidade, são obras para embelezar
(piscina, cerâmica)
• Úteis – visam aumentar ou facilitar o uso do
bem, apesar de não serem necessárias (ex.
garagem, aparelho sanitário novo)
• Necessárias – são as obras indispensáveis à
conservação do bem.
BENS PÚBLICOS E PARTICULARES:

• PÚBLICOS: Pertencem ao domínio nacional, ou


seja, pertencem à União, estados ou
municípios.
• São bens públicos:
– de uso comum
– de uso especial
– dominicais
• Uso comum – de uso comum do povo, embora pertencente à
pessoa jurídica de direito público interno.
• Podem ser usados sem qualquer permissão ou autorização
(praça, praias, ruas)
• Uso especial – são os utilizados pelo próprio poder público –
bens utilizados no serviço público.
• Dominicais – são os que compõem o patrimônio da União,
estados e municípios.
• Ex. jazidas, terreno de marinha, estradas de ferro.
– OBS: Só podem ser alienados por força de lei. O dominicais podem ser
alienados. (art. 101)
Bens fora do Comercio
• COISAS FORA DO COMÉRCIO:
– São insuscetíveis de apropriação.
– Legalmente inalienáveis.

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