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EDITOR CHEFE
Arno Alcântara
REDAÇÃO E CONCEPÇÃO
Marcela Saint Martin
DIREÇÃO DE CRIAÇÃO
Matheus Bazzo
ILLUSTRAÇÃO DA CAPA
André Martins
DESIGN E DIAGRAMAÇÃO
Jonatas Olimpio
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A apostila que você tem em mãos é uma pequena jóia
-- um booklet para ser guardado em sua biblioteca. E,
como os livros de uma biblioteca, você não precisa
lê-lo de capa a capa, mas mantê-lo à mão para futuras
consultas.
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RESUMOS DA SEMANA
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LIVE NOTURNA DE SEGUNDA-FEIRA
(INSTAGRAM)
POR QUE VOCÊ ESTÁ SOFRENDO DE SOLIDÃO
A queixa de solidão aparece, em regra, em pessoas ex-
tremamente egoístas, que se recusam a ceder em suas
idéias, seus planos, seus programas -- que se recusam
a servir.
LIVE #16
MARKETING MULTINÍVEL NÃO VAI
DEIXAR VOCÊ MILIONÁRIO, MAS…
O marketing multinível não vai tornar ninguém mi-
lionário, mas pode ser uma solução para que o sujeito
saia da 4a camada, entrando no mundo trabalho, do
serviço, das relações humanas reais.
LIVE #17
POR QUE VOCÊ PRECISA SABER
SOBRE TEMPERAMENTOS
O conhecimento dos temperamentos é uma ferra-
menta extremamente útil para melhorar os relacio-
namentos humanos, aumentando a sua compreensão
sobre si próprio e sobre o outro.
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LIVE #18
NOSSA PRIMEIRA REUNIÃO DE FEEDBACK
Ninguém mais aguenta ser tratado como criancinha.
As pessoas querem amadurecer, querem entrar intei-
ros na vida adulta, e nesta semana tivemos uma clara
demonstração dos efeitos da Terapia de Guerrilha.
LIVE #19
CALMA AÍ, VOCÊ NÃO É TÃO ESPERTO ASSIM
Na conversação humana, frear a ânsia de “rotular” o
que o outro está dizendo é uma habilidade indispen-
sável para que você possa acessar o seu mundo inte-
rior e relacionar-se com ela de maneira mais inteli-
gente.
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Live Noturna de Segunda-Feira (Instagram)
POR QUE VOCÊ ESTÁ SOFRENDO DE SOLIDÃO
Live #16
MARKETING MULTINÍVEL NÃO VAI DEIXAR VOCÊ
MILIONÁRIO, MAS…
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rio requer uma série de habilidades que não se resumem
a uma única atividade profissional. O que torna alguém
milionário é algo que está para além do trabalho especí-
fico que ela realiza.
Live #17
POR QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
TEMPERAMENTOS
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Além disso, é preciso entender que o temperamento não
determinada os atos da pessoa. Ele é a estrutura mineral
do ser humano -- é um ponto de partida, não de chegada.
Quanto mais uma pessoa amadurece, menos ela sofre a
influência do seu temperamento; já uma pessoa imatura
será bastante determinada por ele.
Live #18
NOSSA PRIMEIRA REUNIÃO DE FEEDBACK
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Quando decidimos travar essa guerrilha contra a ima-
turidade, tínhamos a certeza de que era isso que muita
gente desejava. Ninguém mais aguenta a falsidade do
coitadismo, ninguém mais quer ser afagado como um
bebezinho do alto dos seus vinte, trinta anos. As pessoas
querem amadurecer, querem ser tratadas como adultos,
estão cansadas de viver abaixo do potencial humano, in-
finitamente protegidas contra a realidade. Essa foi a nos-
sa aposta, e o episódio de quarta-feira veio confirmar que
estamos no caminho certo. Então, para não dizerem que
eu só dou bronca, fica aqui o meu feedback positivo para
todos vocês que entraram nessa jornada conosco. Não
vamos parar até que todos se tornem GENTE, e gente de
alto nível.
Live #19
CALMA AÍ, VOCÊ NÃO É TÃO ESPERTO ASSIM
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sa daquilo que está no horizonte de consciência de outra
pessoa.
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LIVE NOTURNA DE SEGUNDA-FEIRA (INSTAGRAM)
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solidão, uma grande parte de filósofos importantes,
pensadores importantes, não trata do assunto da so-
lidão. E se você pegar as minhas duzentas e setenta
lives gravadas – nem sei quantas são – também não
me verá falando sobre o assunto da solidão, apesar de
ser um assunto que me pedem a todo instante para
falar. A todo momento pedem para falar sobre esse
assunto da solidão. Então, vamos abordar esse tema
– é claro que não será uma abordagem sistemática e
definitiva sobre o tema.
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dão, para os outros pararem de encher o saco, para
não ter ninguém do lado dele, para não ter ninguém
por perto perturbando a cabeça dele. A partir dessa
análise já começamos a ver o seguinte: a solidão, em
si, talvez não seja um problema. Então qual seria o
problema dessa dita solidão, que tantas vezes afeta
as pessoas, e com a qual as pessoas não querem se
defrontar? Muitas vezes a pessoa está sofrendo, e diz
que sofre porque está só, porque tem solidão. De fato,
existem solidões dramáticas, sobretudo aquelas
solidões que implicam o abandono de necessida-
des físicas triviais. Não estou falando dessas, mas
da solidão do sujeito saudável e normal, que fica
reclamando que está sozinho. Do que será que ele
está reclamando de verdade? Em regra, esse sujei-
to que está reclamando da solidão é um sujeito ex-
tremamente egoísta.
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para poder ceder nas suas ideias. Então ela não
está reclamando de solidão, mas está reclamando
porque o mundo não a aceita do jeitinho que ela é.
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“Mas, Ítalo, quer dizer que quando eu estou na fren-
te de alguém e abandono certos planos e projetos
meus, eu não me anulo?” Não é essa a pergunta todo
mundo sempre faz? “Ah, se fizer isso o tempo todo,
eu vou me anular”. Eu vou dizer o que isso vai anu-
lar: vai anular o seu defeito, vai anular aquele amor
próprio desordenado, vai anular aquela soberba
enorme de achar que todo mundo tem de servi-lo
o tempo todo. Isso tudo com certeza vai ser anula-
do. Pare para imaginar uma vida assim: que mara-
vilha ela é.
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Veja se não há beleza nesta cena: um médico com
fome indo jantar, e chega-lhe um pai de família com
a barriga aberta porque se envolveu num acidente.
É óbvio que esse médico vai botar sua fomezinha no
bolso, vai pegar esse pai de família e vai correndo
com ele para o centro cirúrgico para resolver aque-
le problema. Não é obviamente isso que você espe-
ra do médico-cirurgião? Quem não concordará com
isso? “Não, porque o desejo de se alimentar é supe-
rior, porque é dele”… Que ideia de jerico. Mas por que,
neste exemplo, fica claro o que o médico tem que fa-
zer isso? “Ah…, porque ele é médico”. Não é isso não.
É porque esse sujeito tem uma série de expertises, e
sabe fazer algo que ninguém mais sabe, e aquela pe-
quena comunidade – mãe, filha e pai de família es-
faqueado – depende do saber daquele médico. Então
ele colocará a fome, o desejo interior dele, no bolso, e
não vai pensar nele; vai se determinar pela expectati-
va do outro. Não é óbvio que é isso que você espera de
um médico nessa situação? Todo mundo espera isso,
pois estamos diante de alguém maduro.
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olhar do outro; não se determine pelo olhar do ou-
tro”. Como assim? Que absurdo!
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Não é complicado, preste atenção: quando o sujei-
to está acostumado a ser determinado pela expec-
tativa do outro, ele está na vida. A sua motivação
na vida é dar conta de atender a expectativa do ou-
tro, porque ele sabe fazer, só ele pode fazer aquilo,
como no exemplo do médico. Ora, se o médico não
botar a fomezinha dele no bolso, e for ao centro ci-
rúrgico abordar aquele abdômen eviscerado, quem
vai fazer? Você acha que o médico, ao sair das 4 horas
cirurgia, não sai mais ele? Cansado, com fome, talvez
até um pouco puto, mas íntegro. É ele ali, porque, se
não fosse ele, seria quem? Este é o tesão da vida: re-
colher algumas faculdades, potências e expertises, e
atender o outro.
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de alguém que não serve para nada, que só serve para
ficar demandando atenção, demandando validação?
Não dá! As pessoas não vão contar com você, e você
vai se sentir sozinho mesmo, porque estará de fato
sozinho.
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ser mais útil, para estar diante da sua comunidade
exercendo uma função, sendo útil. A vida então co-
meça a ter sentido. Até esse momento, você é uma
criancinha.
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serve e é narcisista, você é inferior mesmo. Você é
inferior porque não sabe fazer nada e não serve
para nada. É o que todo mundo me pergunta: “Como
é que aumento minha auto-estima?” Sendo estimá-
vel! Como quer que alguém o estime, o ame, se você
não é amável, é um pé no saco? Não é complexo de
inferioridade; é inferioridade mesmo. E todo mun-
do sabe disso desde que o mundo é mundo; é que as
pessoas se esquecem dessas coisas. É o que sempre
ouvimos: “Aquele que serve é o maior”; “os últimos
serão os primeiros”. Não estou trazendo aqui nenhu-
ma novidade. Não temos novidade, mas um esqueci-
mento vital. Isso é tão velho quanto o mundo; é uma
tecnologia de 2000 anos. Mas se nos esquecemos
disso, aparece esse papinho de solidão, começa essa
neurose coletiva, essa histeria coletiva. O que estou
falando é óbvio: quando você aparece numa comuni-
dade, e a serve, você é mais você, e não menos você.
Essa verdade é tão velha quanto andar para frente.
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se vence às custas de serviço. Lembre-se: ninguém
te deve nada; a companhia nesse mundo é a compa-
nhia de quem serve – o sujeito que serve está sem-
pre acompanhado e nunca tem solidão. O sujeito que
está sentado na sua poltrona, ‘com a boca escancara-
da, cheia de dentes, esperando a morte chegar’, espe-
rando que todos o sirvam, este sim está sozinho. Ele
é inútil, porque não serve.
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determinar; se não me determina, eu sou um ‘quar-
ta-camadinha’ de merda. Se a expectativa do outro
ainda não me determina, ainda não alcancei a esta-
tura da maturidade da vida humana.
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LIVE #16
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Trata-se de uma realidade conhecida. Já abordamos
esse assunto do ponto de vista histórico. Em primei-
ro lugar, é claro que não haverá postos de trabalho
em contabilidade que consigam absorver todos os
contadores que são formados; não haverá postos
de trabalho de advocacia que consigam absorver
todos os advogados.
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pergunta o tempo todo “Italo, o que você acha de
marketing multinível?”, “O que você acha da Hino-
de, da Jeunesse, da Mary Kay, qual é a sua opinião
sobre o assunto?”. Para começar, não tenho opinião
nenhuma. Ressalto aqui que isso não é pirâmide, e
não estou ganhando nada – essas empresas nem sa-
bem que eu existo. Estou falando isso aqui porque é
uma demanda de vocês: sei que várias pessoas são
chamadas para reunião de empreendedores, e lá o
pessoal fala: “Acho que você tem o perfil para nos-
sa empresa”. E chamam para uma reunião na casa
do sujeito, e o sujeito vai lhe vender o negócio. Não
tenho nada contra isso; ao contrário, acho que é um
caminho interessante de empreendimento. O pesso-
al fala que eu acho furada. Mas o ponto central não
é esse; é o seguinte: o erro, como tudo na vida, é a
pessoa achar que vai ficar milionária só porque en-
trou em tal sistema. Ora, nenhum trabalho é assim.
Se está achando que trabalhar com marketing digi-
tal, marketing multinível, vai tirar você do zero e dei-
xá-lo milionário, você está enganado. Não acontece
assim em lugar nenhum. Se você acha, por exemplo,
que ao entrar no marketing multinível já consegui-
rá conquistar uma Mercedes, um triplex, saiba que é
bobeira. Isso não vai acontecer. Você precisa ser ma-
duro: isso não existe em lugar nenhum do mundo! É
claro que você não vai ficar milionário.
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bolso por mês, talvez a coisa funcione; porque se tra-
ta de um trabalho não especializado, é um trabalho
de venda, e existe uma demanda realmente infini-
ta porque algumas dessas empresas têm produtos
bons. Então, um vendedor de produtos bons sem es-
pecialização vai tirar quantos reais por mês? Mais ou
menos isso. Você quer tirar quanto? R$ 500.000 por
mês? Não vai tirar. Mas R$ 3.500, R$ 4.000 você con-
segue, porque isso é o que o mercado consegue com-
portar. Não existe receita mágica para a maior parte
das coisas no mundo. No caso do marketing multiní-
vel, você tem de olhar para a questão com objetivida-
de, de modo direto, de modo claro.
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de venda você precisa vender, e não só criar rede,
a coisa funciona. O problema da sustentabilidade é
este: se você só quer criar rede, realmente o negócio
não se sustenta. Agora, se você entende que se trata
de um trabalho, e você vende, vende produtos bons,
é claro que isso será uma solução para muitas pes-
soas. Conforme você vai vendendo, vai se animando
com a venda e vai colocando gente embaixo de você;
simples assim.
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de fazer brownie, vá vender brownie. A chance de
você ficar milionário vendendo brownie é igual à de
ficar milionário vendendo kit da Hinode; é a mesma!
Para ficar milionário, você precisa de um gênio,
precisa de um talento, precisa de uns elementos
de sorte, precisa de uns elementos de dedicação, os
quais, se você tiver, vão render um milhão até mes-
mo vendendo brownie. Não é a Hinode que vai dei-
xá-lo milionário; é sua dedicação, seu esforço e uma
série de outros elementos que estão ao redor. Nesse
sentido tanto faz: se tem talento para fazer brownie,
faça brownie; se não tem talento, compre um kit que
já está pronto. É só isso.
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balhão, não sabe como a vida funciona.
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lhariam e ganhariam. Então você vai comprar vários
carros, investir naquilo, alugar e pronto. É a mesma
coisa com Herbalife, Hinode, Jeunesse, essas empre-
sas de multinível. Você pode ficar milionário? Pode,
mas precisa ter uma habilidade extraordinária de
botar pessoas por baixo e de motivá-las a vender.
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ciona só para amadurecê-lo, só para tirá-lo de uma
camada. Se você vai lá e não sabe vender mas tem
de vender, porque o trabalho é bom para completar
a sua renda, você vai receber um treinamento deles
e você vai ganhar uma habilidade a mais. Que ma-
ravilha! Então pare de ficar demonizando marketing
multinível. Sabe quem demoniza o marketing mul-
tinível? O preguiçoso, o vagabundo que achou que
ficaria milionário sem trabalhar; ou aquele cara que
não sabe nem o que é, achando que é pirâmide e fala
mal do negócio. Também não é para ficar santifican-
do marketing multinível: “É só entrar aqui que vai fi-
car milionário.” Não vai! Dá até para ficar milionário,
mas só se trabalhar duro, tiver uma boa rede de rela-
cionamento e conseguir motivar a equipe a vender.
Assim a coisa terá sustentabilidade, e você vai cres-
cer. Ora, é essa habilidade que vai fazê-lo ganhar di-
nheiro em qualquer lugar da vida. Se você faz uma
equipe de vendas e não vende, como vai dar certo?
Não vai.
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ganhar um dinheiro proporcional a esse negócio. En-
tão pare de ficar falando mal dos caras; deixe os caras
trabalharem em paz. Se a sua prima, seu primo quer
entrar para marketing multinível, deixe entrar, mas
faça-os entenderem: “Tem de vender”; “Você não vai
ganhar dinheiro dormindo na cama, deitadinho no
sofá”.
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só certifica que alguém tentou educá-lo; é só isso
que o diploma confere. Todo mundo sabe que as pes-
soas passam na faculdade colando, fazendo tramóia,
trambique; é só pagar e passa. Qualquer empregador
sabe que diploma não serve para nada. O diploma só
indica que você freqüentou um instituto de ensino
onde alguém estava tentando educá-lo; se você foi
educado ou não, é outra questão; se você entendeu o
que estavam falando ou não, é outra questão. O que
faculdade tem a ver com habilidade técnica no mun-
do real do trabalho? Nada. Fica um pessoal aí nervoso
e reclamando: “Ah... mas eu tenho doutorado e estou
desempregado”. Você tem doutorado mas não sabe
fazer nada. Vão contratá-lo para quê? “Eu tenho mes-
trado, doutorado, PhD em Cambridge.” E daí? “Quero
alguém que saiba lidar com gente, quero alguém que
saiba vender, quero alguém que sabe fazer um sof-
tware.” PhD só significa que alguém tentou educá-lo
num nível alto. Quem que não entende que faculda-
de é isso? Diploma é só isso. Algumas carreiras pre-
cisam disso para autorizar que você as exerça, como
medicina, que exige um diploma; sem diploma você
sequer consegue entrar na sua carreira. Mas ele por
si só não garante nada também.
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já está bom, mas você não vai ficar milionário. E
saiba disso, porque ficar milionário, ter sucesso fi-
nanceiro em alguma carreira sempre vai recrutar
faculdades, elementos, disposições, capacidades
que estão para fora da carreira. São outras questões
que estão em jogo. Então pare de ficar demonizando
o pessoal do marketing multinível. Isso é bobeira, é
coisa de bobo. Marketing multinível não é pirâmide.
Quer completar sua renda? Vá lá e pronto. Quer ficar
milionário? Aí tanto faz o que você fizer, pois, para
ficar milionário, você depende de vários elementos
que transcendem aquela atividade em si.
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LIVE #17
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Olha só. Existe na astrologia tradicional uma coisa
chamada cálculo da mentalidade, que algumas pes-
soas associam ao temperamento. Não é a mesma re-
alidade antropológica. O cálculo da mentalidade ao
qual os astrólogos se referem não é o mesmo siste-
ma de “diagnóstico” do temperamento. O sistema
de diagnóstico do temperamento é fenomenológico,
observacional. Você vai olhar para alguém e observar
como essa pessoa se comporta, como reage, como se
apresenta no mundo. Por exemplo, uma pessoa que
está em uma festa e tem necessidade de falar, de inte-
ragir. Eu digo necessidade. Não digo que a pessoa na-
turalmente interaja. Não é isso. Há pessoas que têm
necessidade interior de interagir, de falar, de partici-
par das conversas, mas não conseguem por serem tí-
midas, por possuírem um elemento de timidez. Essa
pessoa tem um componente quente no seu tempera-
mento. Uma das qualidades que regem o seu tempe-
ramento é a quentura, o calor, a expansão, por assim
dizer. O cálculo da mentalidade do qual os astrólo-
gos falam não é fenomenológico, não é “encontrado”
pela observação do comportamento do indivíduo.
Trata-se de um cálculo que leva em consideração al-
guns elementos do mapa natal da pessoa. Então, são
realidades distintas, ainda que tenham certa origem
em comum, certa base.
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algumas pessoas falando “Não, Italo, você copiou isso
de não sei quem, achando que existe um dono”. O
temperamento é tão antigo quanto a vida. Então, isso
não é cópia de ninguém. O temperamento é uma re-
alidade que existe, pelo menos descrita desse modo
como descrevo, desde Hipócrates. Mais velho que an-
dar para frente. Então, não possui um dono. Não vou
me arrogar o “dono”. Isso é ridículo. Isso demonstra
um desconhecimento completo da matéria, do as-
sunto. Já ouvi outra pessoa achando que é o dono do
temperamento. Isso mostra que é um bobão que não
tem idéia do que está falando.
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Não seja bobo. Não tem nada a ver com isso.
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guardar mais as coisas, por mais tempo. As palavras
para ele não voam como o vento, as coisas que você
disse vão permanecer, vão continuar. Às vezes, ele vai
trazer aquilo de volta, ele vai precisar de tempo para
reelaborar a coisa dentro de si.
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Para não causar confusão: o temperamento não
tem a ver com a personalidade.
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ra a questão de “eu sou sangüíneo, mas às vezes me
comporto de tal jeito”. O aporte é, justamente, o que
dá essa nuança, essa matiz, e a coisa fica mais inteli-
gível. Essa é a idéia. Vale a pena, realmente, estudar.
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tempo de colocar as referências bibliográficas, o que
é uma pena. Em alguma edição futura, não prometo
quando isso vai acontecer, vou colocar as referências
bibliográficas e expandir o conteúdo do livro. Mas
não estou trabalhando nisso agora.
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as têm reações inatas que são muito diferentes das
nossas. Isso não está errado. Às vezes, é só o jeitão da
pessoa mesmo. “Tá, Italo, então temperamento de-
termina tudo?” Lógico que não. Afinal de contas, o
temperamento não determina quase nada, na ver-
dade.
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tram aqui, no mínimo. Então, há muitas pessoas que
jamais ouviram falar sobre temperamentos.
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LIVE #18
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por mês e ter acesso a todas as aulas.”
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Aqui está o assunto fundamental de hoje, que é o do
feedback: há alguns meses eu dei uma aula também,
“Aula obrigatória para homens e mulheres”, e lá deu
um problema parecido. A internet não estava muito
preparada para receber esse tipo de coisa. Entramos
no ar, e o que aconteceu? Não entraram.
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está olhando só para si. Eu fui o primeiro a falar, na-
quela aula obrigatória, que você tem todo o direito
de solicitar, de “reclamar”. Você pagou por um pro-
duto, é óbvio que vai ter de receber.
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não precisar cobrar 4, 5 mil reais por um conteúdo
que pode ser transmitido por R$ 49,00 em duas ho-
ras, para não precisar fazer isso, deixe-me criar outro
modelo de produto. Vou pegar um volume enorme
de gente, com um preço pequenininho, e ver o que
acontece”. E ia ser bom para quem tivesse compra-
do aquela aula, mas não passa pela cabeça da pessoa
que é isso o que está acontecendo, ela só olha para
dentro de si.
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ças ali reclamando.
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pouco mais inteligente do que isso! Se fosse para dar
um golpe, eu estaria lá com o El Profesor, do seriado
La Casa de Papel, e daria um golpe na Casa da Moeda,
isso é o que eu faria. Um golpe de 29 reais realmen-
te está fora das minhas possibilidades. Se fosse para
ser um criminoso, eu seria um criminoso classe A,
não seria um estelionatário que fica dando golpe de
29 reais. Tomamos esse tipo de golpe de pessoas que
não possuem endereço físico, que não se mostram.
Eu sou um médico, com seis filhos, com família, com
endereço fixo... Trata-se de um absurdo.
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que não estão no GW e compraram a aula de ontem.
E o que aconteceu? Não entramos mais uma vez.
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centralidade, que arranjam soluções rápidas para
seus problemas.
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Algo que eu falei na aula de ontem – ou ia começar
a falar, não sei, preciso rever a gravação para poder
filmar a segunda parte, já que não sei onde parei –
é o seguinte: um dos motivos pelos quais o cidadão
brasileiro está preso na quarta camada é que ele não
tem mesmo a noção da Confiança e da Verdade. En-
tão, quando ele conhece alguém em quem pode con-
fiar, naturalmente ele acaba saindo daquela quarta
camada. Ele começa a confiar, a esperar uma esta-
bilidade nas relações, o que é muito bom, temos de
estar abertos a isso.
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Não estou reclamando, lógico que era melhor ter
dado a aula, era melhor 25 mil pessoas (se todos esti-
vessem presentes) estarem presentes na aula para eu
poder transmitir o conteúdo, mas não foi assim que
aconteceu. Paciência. Dessa vez não teve nada a ver
com a gente, mesmo.
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você não passa a mão, sabe o que acontece com você
e comigo? Nós ficamos abertos para a rejeição.
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Imagine um sujeito cuja motivação seja ganhar di-
nheiro para sustentar a família. Se ele não ganha, é
claro que ele vai ficar frustrado, mas a motivação dele
é o que importa.
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LIVE #19
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Rafael não sei das quantas, e no Bauman. Está, sabe
por quê? Porque eu li essa porcaria toda de trás para
frente, estou fazendo isso há vinte anos, desde no-
vinho. Eu comecei a ler sobre o assunto de religião
comparada novinho mesmo. É claro que no início eu
não entendi nada, mas alguma coisa ficava na minha
cabeça.
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é: “O que você tem para me dizer não importa, só
importa o que está na minha cabeça, eu já colo-
quei um rótulo na sua testa e pronto, para mim,
basta.”
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de um resumo. Às vezes a gente simplifica tendo de
explicar para a pessoa. Explicar, em primeiro lugar,
o que ela deveria estar vendo, e em segundo lugar e
mais importante (talvez seja esse o nosso trabalho
aqui), explicar para a pessoa que ela tem de fazer
um trabalho de limpeza das porcarias mentais que
estão dentro da cabeça dela.
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sim, as pessoas têm as suas características expandi-
das, têm um universo interior pleno, profundo.
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Isso é uma coisa mortal. Há um grupo com quem
eu convivo e que eu conheço, e esse grupo sempre
tenta rotular as pessoas, pôr um rótulo na testa de-
las: “Esse fulano de tal é o alegre”. Isso é mortal, não
ajam assim, isso mata as relações humanas. Quando
você for entrar em um grupo, em uma comunidade,
faça o seguinte: desarme-se desses rótulos.
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mães e professores que rotulam uma criança: isso
é mortal. É claro que se criança está um colégio, em
geral o professor vai precisar rotular, porque são vin-
te crianças em uma mesma sala, é mais fácil de ele
acessar as crianças através de rótulos. Mas isso es-
traga o desenvolvimento infantil, porque se tem
uma fase na vida em que não é para você colocar
rótulos, é a infância. A criança tem ali um con-
junto de possibilidades que podem ser exercidas,
trabalhadas. Se você já enfia um rótulo nela, você
mata as possibilidades de desenvolvimento que
estão fora desse rótulo. “Matar”, não mata, mas di-
ficulta.
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pode ser que, na verdade, tenha orégano lá dentro.
Até você perceber, o que aconteceu? Você deixou de
usar o maldito do tempero porque tinha uma porca-
ria de um rótulo que você colocou lá.
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relacionar com o ser humano, mas somente com
uma idéia que está na sua cabeça. É o contrário do
que eu estou falando para vocês fazerem aqui.
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@italomarsili
italomarsili.com.br
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