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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MOBILIÁRIO INFANTIL PARA RESTAURANTES


BÁRBARA CRISTINA DA SILVA
Prof. Renato Buchelle Rodrigues

CURSO DE DESIGN INDUSTRIAL


TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR
BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2006.1
BÁRBARA CRISTINA DA SILVA

MOBILIÁRIO INFANTIL PARA RESTAURANTES

Trabalho de Graduação Interdisciplinar


apresentado ao Curso de Design Industrial da
Universidade do Vale do Itajaí para obtenção do
Título de BACHAREL em DESIGN INDUSTRIAL,
sob orientação da Professor Renato Buchelle
Rodrigues.

BALNEÁRIO CAMBORIÚ
2006.1

1
Trabalho de Graduação Interdisciplinar do Curso de Design Industrial da
Universidade do Vale do Itajaí, apresentado e aprovado em Banca Avaliadora
composta pelos seguintes membros:

_____________________________________________
Renato Buchelle Rodrigues

______________________________________________
Olinda Schaufer

______________________________________________
Giuliana Rodrigues Alves Campanile

_____________________________________________
Professor Flávio Anthero Nunes Vianna dos Santos
Coordenador do Curso de Design Industrial

____________________________________________
Professor Renato Buchelle Rodrigues
Responsável por Estágio e TGI Design Industrial

Balneário Camboriú
Julho de 2006

2
AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho primeiramente a DEUS que iluminou o meu


caminho e me deu forças para seguir até o meu objetivo aqui apresentado diante de
todos, posteriormente agradeço ao César que teve muita paciência comigo durante
o período de realização deste relatório,
a toda minha família, com merecido destaque para minha mãe, Fátima, que ajudou
nos recursos para conclusão de mais um sonho e que durante este período
acompanhou minhas dificuldades e meu cansaço, e a cada momento que me sentia
sozinha sabia que ela estava ali ao meu lado e que eu poderia contar com seus
carinhos e com sua força de vontade em todos os instantes da minha vida.

Agradeço a DEUS por ter uma patroa como a Dona Elcina Rodrigues
Alves, que mediante dispensa, encorajamento e conselhos, fez com que meu
caminho para conclusão de meu projeto atingisse a expectativa esperada.

Agradeço a todos os meus professores desde o inicio da faculdade,


pois estes me ensinaram tudo o que sei. Deram-me metas e informações que
fizeram com que eu construísse um caminho com informações complexas e idéias
consistentes perante o mercado e o mundo que estou prestes a enfrentar . Um
abraço especial para meu orientador Renato Buchele Rodrigues, pois com seu jeito
perfeccionista de ser me fez chegar ao meu objetivo sem desanimar e nem desistir
perante as dificuldades encontradas no percurso.

3
RESUMO

O presente relatório foi desenvolvido na disciplina de TCC (Trabalho de


Conclusão de Curso) durante o segundo semestre de 2004 e o primeiro semestre de
2006, este descreve a metodologia utilizada, o MD3E Método de Desdobramento
em 3 Etapas (Pré-Concepção, Concepção e Pós Concepção).

Com base nas informações coletadas através das pesquisas


bibliográficas e pesquisas de campo, realizada em restaurantes, os quais serviram
como base de estudos para o desenvolvimento do projeto, que se trata de uma
cadeirinha para alimentação infantil em restaurantes, sendo utilizada para o
entretenimento do usuário, respeitando as normas ergonômicas e atendendo as
necessidades de pessoas que possuam em sua companhia crianças de 18 meses a
4 anos de idade no horário da refeições.

4
Abstract

The present report was developed in Disciplines of TCC (Work of


Course Conclusion) during the second semester of 2004 and the first semester of
2006, this describes the used methology, MD3E - Method of the Unfolding in 3 Times
(Previous Conception, Conception and After Conception).

On the basis of the information collected through the bibliographical


research and research of field, carried through in restaurants which had served as
base of research of the development of the project, that one is about one little chair
for infantile feeding in restaurants, being used for the entertainment of the user,
respecting the ergonomic norms and taking care of the necessities of people who
possess in its company children of 18 months to the 4 years of age in the schedule of
meals.

5
Sumário

Lista de Figuras ............................................................................................................ 8

Lista de Tabelas ....................................................................................................... 113

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 12
1.1. Objetivo Geral...................................................................................................... 13
1.2. Objetivos Específicos .......................................................................................... 13

2. METODOLOGIA DE PROJETO E PESQUISA...................................................... 14

3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 16


3.1. Lazer.................................................................................................................... 16
3.2. Turismo................................................................................................................ 17
3.2.1. Infra-estrutura ................................................................................................... 18
3.2.2. Equipamentos e serviços turísticos.................................................................. 18
3.2.3. Demanda turística ............................................................................................ 18
3.2.4. Oferta turística .................................................................................................. 19
3.2.5. Atrativos............................................................................................................ 19
3.3. Restaurantes ....................................................................................................... 21
3.4. Cadeira ................................................................................................................ 23
3.4.1. Histórico da Cadeira ......................................................................................... 23

4. PESQUISA DE CAMPO ......................................................................................... 25


4.1. Entrevistas com pais de crianças........................................................................ 25
4.1.1. Restaurante e Lanchonete Planeta.................................................................. 27
4.1.1.2. Pampeana Churrascaria ............................................................................... 29
4.1.2. Análise da Pesquisa aplicada nos Restaurantes............................................. 30
4.2. Estado do Design ................................................................................................ 32
4.2.1. Ferramentas para Design de Produtos ............................................................ 35
4.2.1.1. Benchmarking................................................................................................ 35
4.2.1.2. GUT Gravidade, Urgência e Tendência..................................................... 36
4.3. Análise da Problemática...................................................................................... 40

5. CONCEITUAÇÃO................................................................................................... 42
5.1. Briefing................................................................................................................. 42
5.2. Especificações do Produto .................................................................................. 45
5.2.1. Funcional .......................................................................................................... 45
5.2.2. Estético ............................................................................................................. 46
5.2.3. Simbólico .......................................................................................................... 46
5.2.3.1. Personagem Buzz Lightyear ......................................................................... 47
5.3. Técnica de criatividade........................................................................................ 48
5.3.1. Brainstorming ................................................................................................... 48
5.3.2. Painel Semântico.............................................................................................. 49

6. Concepção.............................................................................................................. 52
6.1. Geração de Alternativas ...................................................................................... 52
6.2. Justificativa da alternativa escolhida ................................................................... 55

6
6.3. Visita técnica a empresa Calesita ....................................................................... 56
6.4. Estudos Formais e Dimensionais........................................................................ 63
6.5. Modelo volumétrico ............................................................................................. 63
6.6. Adequações do Modelo Volumétrico................................................................... 66

7. DESENHO TÉCNICO............................................................................................. 68

8. AMBIENTAÇÃO...................................................................................................... 69

9. MEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................................... 72


9.1. Função Estético Formal....................................................................................... 72
9.1.1. Leis aplicadas ao produto ................................................................................ 72
9.1.1.1. Organização Perceptual - Assimilação e Contraste; Figura e Fundo........... 73
9.1.1.2. Agrupamento Perceptual Wertheimer........................................................ 74
9.2. Estudo das Cores ................................................................................................ 75
9.3. Função de Uso .................................................................................................... 77
9.4. Função Técnica ................................................................................................... 77
9.4.1. Sistema Construtivo ......................................................................................... 77
9.4.1.1. Tabela do Sistema Construtivo ..................................................................... 78
9.5. Materiais .............................................................................................................. 79
9.5.1. Polipropileno (PP)............................................................................................. 79
9.6. Objetivos no processo de fabricação .................................................................. 81
9.6.1. Processo de Fabricação................................................................................... 81
9.6.1.1. Injeção ........................................................................................................... 81
9.7. Função Operacional ............................................................................................ 85
9.8. Função Informacional .......................................................................................... 86
9.9. Estudos Ergonômicos.......................................................................................... 86
9.9.1. Objetivos Ergonômicos no Produto.................................................................. 87
9.9.2. Análise Ergonômica no Processo de Desenvolvimento do Produto................ 87
9.9.2.1. Usabilidade.................................................................................................... 87
9.9.2.2. Adequação Antropométrica........................................................................... 88
9.10.2.3. Adequação Biomecânica............................................................................. 90
9.10.2.4. Adequação Cognitiva .................................................................................. 91

10. PÓS-CONCEPÇÃO.............................................................................................. 93
10.1. DETALHAMENTO DE SUB-SISTEMAS ........................................................... 93
10.2. Detalhamento de Componentes........................................................................ 95
10.3. Especificação de Produção, Venda e Pós-Venda ............................................ 96

11. MARKETING ........................................................................................................ 98


11.1. Utilização do Marketing na NUTRI SPACE....................................................... 99

12. MODELO ............................................................................................................ 100

13. ESTUDO DA MARCA......................................................................................... 102

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 107

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 108


15.1. Sites................................................................................................................. 108

7
Lista de Figuras

Figura 01: Foto2º Sub solo MASP.............................................................................. 19


Figura 02: Zoobotanico LAMPEL ............................................................................... 20
Figura 03: Planeta Atlântida 2006 .............................................................................. 20
Figura 04: Natação ..................................................................................................... 20
Figura 05: Parque temático Beto Carrero ............................................................... 21
Figura 06: Alimentos................................................................................................... 21
Figura 07: Baltel 1991. ............................................................................................... 23
Figura 08: Clipper 1992. ............................................................................................. 24
Figura 09: Menina na cadeira..................................................................................... 27
Figura 10: Vista frontal da cadeira..............................................................................29
Figura 11: Vista lateral da cadeira.............................................................................. 28
Figura 12: Cadeira junto à mesa. ............................................................................... 28
Figura 13: Fachada da Churrascaria Pampeana ....................................................... 29
Figura 14: Cadeira a mesa ......................................................................................... 29
Figura 15: Mesas expostas. ....................................................................................... 30
Figura 16: Cadeira de Papinha. ................................................................................. 32
Figura 17: Cadeirão Fisher-Price...............................................................................34
Figura 18: Cadeirinha de Alimentação Portátil - Safety ............................................. 33
Figura 19: Assento Booster - G5920 - Fisher Price .34
Figura 20: Cadeirinha de Mesa Sapeca Kids AZ .................................................... 34
Figura 21: Cadeira de Papinha. ................................................................................. 37
Figura 22: CadeirãoFisher-Price................................................................................38
Figura 23: Cadeirinha de Alimentação Portátil - Safety ............................................. 38
Figura 24: Assento Booster - G5920 - Fisher Price ................................................... 39
Figura 25: Cadeirinha de Mesa Sapeca Kids AZ .................................................... 39
Figura 26: Blocos coloridos ........................................................................................ 46
Figura 27: Boneco Buzz Lightyear ............................................................................. 46
Figura 28: Estilo de Vida do Usuário..........................................................................50
Figura 29: Expressão do Produto............................................................................... 50
Figura 30: Tema Visual .............................................................................................. 51
Figura 31: Alternativa 01 ............................................................................................ 52
Figura 32: Alternativa 02 ............................................................................................ 53
Figura 33: Alternativa 03 ............................................................................................ 53
Figura 34: Alternativa 04 ............................................................................................ 54
Figura 35: Alternativa 05 ............................................................................................ 54
Figura 36: Alternativa 06 ............................................................................................ 55
Figura 37: Alternativa Escolhida................................................................................. 56
Figura 38: Polipropileno.............................................................................................. 57
Figura 39: Corante para mistura com Polipropileno................................................. .57
Figura 40: Máquina Injetora........................................................................................57
Figura 41: Máquina injetora detalhe do tubo que alimenta a maquina com o
polipropileno e o corante ............................................................................................ 58
Figura 42: Sistema de resfriamento da injetora ......................................................... 58
Figura 43: Painel de controle da injetora SANDRETTA ............................................ 59
Figura 44: Produto saindo da injetora ........................................................................ 59
Figura 45: Operário retirando rebarbas e dando acabamento ao produto ................ 60
Figura 46: Setor de manutenção dos moldes ............................................................ 60
Figura 47: Detalhamento dos moldes lado direito e lado esquerdo ....................... 61

8
Figura 48: Molde espelhado ....................................................................................... 61
Figura 49: Processo de reaproveitamento do polipropileno (PP) .............................. 62
Figura 50: Operárias no processo final encaixes e embalagem............................. 62
Figura 51: Produto embalado ..................................................................................... 62
Figura 52: Medidas do Modelo Volumétrico............................................................... 63
Figura 53: Medidas do Modelo Volumétrico............................................................... 64
Figura 54: Medidas do Modelo Volumétrico............................................................... 64
Figura 55: Vista Frontal do modelo Volumétrico ........................................................ 65
Figura 56: Vista Lateral do modelo Volumétrico ........................................................ 65
Figura 57: Vista Superior da Bandeja do Modelo Volumétrico .................................. 65
Figura 58: Vista Superior da Bandeja do Modelo Volumétrico .................................. 66
Figura 59: Vista lateral do Modelo Volumétrico ......................................................... 66
Figura 60: Vista lateral do Modelo Volumétrico ......................................................... 67
Figura 61: Ambientação Nutri Space ......................................................................... 69
Figura 62: Ambientação Nutri Space ......................................................................... 69
Figura 63: Ambientação Nutri Space ......................................................................... 70
Figura 64: Ambientação Nutri Space ......................................................................... 70
Figura 65: Copo .......................................................................................................... 70
Figura 66: Prato..........................................................................................................71
Figura 67: Ambientação Nutri Space ......................................................................... 71
Figura 68: Ambientação Nutri Space no Restaurante................................................ 71
Figura 69: Figura e Fundo .........................................................................................73
Figura 70: Linhas e Continuidade ..............................................................................74
Figura 71: Nutri Space ...............................................................................................74
Figura 72: Buzz Lightyear...........................................................................................74
Figura 73: Repetição de Formas................................................................................75
Figura 74: Polipropileno em grãos ............................................................................. 79
Figura 75: Corante em grãos...................................................................................... 80
Figura 76: Moldagem do Produto Plástico por Injeção. ............................................. 82
Figura 77: Painel de controle da máquina injetora.....................................................84
Figura 78: Foto do molde da maquina em funcionamento. ....................................... 84
Figura 79: Um brinquedo saindo da injetora e demonstrando o pino (rebarba) de
injeção do material. .................................................................................................... 85
Figura 80:Selo do Inmetro..........................................................................................87
Figura 81:Adequação Antropométrica .......................................................................90
Figura 82:Adequação Antropométrica .......................................................................91
Figura 83:Adequação Biomecânica............................................................................91
Figura 84: Detalhe de Regulagens............................................................................. 93
Figura 85: Detalhe da Fivela ...................................................................................... 93
Figura 86: Detalhe da Regulagem de Altura .............................................................. 94
Figura 87: Detalhe da Bandeja................................................................................... 95
Figura 88: Detalhe dos Rebaixos da bandeja. ........................................................... 95
Figura 89:Copo...........................................................................................................97
Figura 90: Prato .......................................................................................................... 96
Figura 91: Opções de Cores ...................................................................................... 97
Figura 92: Opções de Cores .................................................................................... 97
Figura 93: Copo com logo do restaurante................................................................102
Figura 94: Nutri space com logo do restaurante ................................................... 102
Figura 95: Vista Lateral do Modelo Final..................................................................103
Figura 96: Vista Frontal do Modelo Final..................................................................104

9
Figura 97: Vista Lateral Esquerda do Modelo Final................................................ 104
Figura 98: Marca..................................................................................................... 1025
Figura 99: Formatos ............................................................................................... 1036
Figura 100: Proporção............................................................................................ 1036
Figura 101: Padronizações de Cores..................................................................... 1047
Figura 102: Aplicações ........................................................................................... 1047
Figura 103: Tons de Cinzas ................................................................................... 1058
Figura 104: Tipologia.............................................................................................. 1058
Figura 105: Papel Timbrado. .................................................................................. 1069

10
Lista de Tabelas

Tabela 01: tabela G U T ............................................................................................. 36


Tabela 02:Tabela GUT ............................................................................................... 36
Tabela 03:Tabela GUT ............................................................................................... 36
Tabela 04:Tabela do Sistema Construtivo.................................................................79

11
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata do projeto de uma cadeirinha para


alimentação infantil em restaurantes. A idéia da realização do projeto surgiu com a
necessidade cada vez maior dos pais em levar seus filhos para realizarem sua
alimentação e juntamente com a refeição buscar um local agradável para o
entretenimento da família, proporcionando lazer para todos nos mais diversos
momentos, mesmo que este seja no cotidiano, finais de semana e viagens.

Os usuários buscam cada vez mais produtos que ofereçam qualidade e


bem estar. Para que estes requisitos possam ser atendidos, os estudos ergonômicos
e adequações das medidas são indispensáveis. Para produtos desenvolvidos para
crianças, é necessária uma preocupação com o lado educativo, buscando preservar
a alegria, a inocência e a beleza que o público infantil possui, não esquecendo de
proporcionar uma diversão saudável e segura ao usuário.

A alimentação infantil requer uma atenção direta e cautelosa do


responsável. Neste momento, além da preocupação com o que as crianças se
alimentam , há uma necessidade em adequar um mobiliário que auxilie sua
alimentação confortavelmente e logo após oferecer algo que os distraia para que o
responsável que auxiliou a refeição da criança possa alimentar-se e desfrutar do
ambiente em que se encontra.

Como publico alvo encontram-se crianças de 18 meses a 48 meses


como usuário direto, pois utilizará a cadeirinha para sua alimentação, e o atendente
do restaurante, que será o usuário indireto, este transportará a cadeirinha até a
mesa para que o usuário direto possa utilizá-la.

O projeto, pelo fato de ser transportável, visa atender ao mercado


sazonal, tendo como seu espaço de maior representação os restaurantes. Local
para onde uma grande massa de pessoas se desloca no momento de suas
refeições, apesar dos restaurantes serem um excelente campo para este mercado, o

12
ideal não seria limitar a cadeirinha a este local, para que possa ser utilizada em
residências e em outros locais, conforme necessidade do usuário.

O relatório apresentado nos próximos capítulos visa documentar todo o


processo de projeto que levou ao desenvolvimento do produto, este detalhamento
está contido nos capítulos descritos no relatório.

1.1. Objetivo Geral

Desenvolver um projeto de mobiliário, ou seja, uma cadeira infantil para


restaurantes.

1.2. Objetivos Específicos

Analisar novas formas de projeto de mobiliário;


Proporcionar saúde e conforto as crianças;
Proporcionar comodidade ao responsável pela criança em
restaurantes, evitando incidentes desagradáveis;
Proporcionar um design agradável e uma estética inovadora ao
projeto de mobiliário;
Gerar um tema visual importante e que sirva de referencia para
identificação do projeto do mobiliário infantil.

13
2. METODOLOGIA DE PROJETO E PESQUISA

O MD3E, metodologia de Santos (2000), foi a metodologia utilizada


para a confecção do projeto de produto aqui documentado.

A primeira etapa da Pré Concepção inicia sua descrição no capitulo 3


com a pesquisa e fundamentação, através da pesquisa bibliográfica, fazendo parte
desta etapa ainda o capitulo 4 pesquisa de campo, estado do design / pesquisa de
mercado que visa traçar um panorama do mercado e concorrência do produto a
ser projetado.

A Pré Concepção é finalizada no capitulo 5 onde são determinados


os atributos do produto a ser projetado, de maneira a nortear a etapa seguinte que é
a de geração de alternativas.

A etapa de Concepção é iniciada no capitulo 6, onde as alternativas


geradas mais relevantes são apresentadas e são descritas as etapas do processo
para se chegar a alternativa final, assim como a justificativa de sua escolha, no
capítulo 7 encontra-se o Desenho Técnico do produto, no capitulo 8 onde encontra-
se a Ambientação e finalizada capitulo 9 onde esta o Memorial Descritivo.

A Pós Concepção inicia-se no capitulo 10 com o Detalhamento dos


Sub-Sistemas e finalizada nos capítulos 11 e 12 com o marketing e o Estudo da
marca do produto.

Vale lembrar que o seguimento cronológico do projeto não seguiu a


ordem documentada neste relatório, devido à possibilidade de sempre retornar a
alguma etapa anterior caso necessário.

Pré-Concepção
1. Definição do Problema
2. Especificação do Produto
3. Especificação do Projeto

14
Concepção
1. Geração de Alternativas
2. Seleção de Alternativas
3. Definição e Justificativa

Pós-Concepção
1. Detalhamento dos Sub-Sistemas
2. Especificação dos Componentes
3. Especificação da Produção, Venda e Pós-Venda.

15
3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo serão apresentadas às pesquisas de caráter teórico,


encontrados em livros, revistas e internet. Para tanto é importante conhecer o
contexto histórico das cadeiras e sua relação com a atividade de lazer.

3.1. Lazer

Antes de tudo é preciso definir o que é lazer, já que seu significado soa
um tanto quanto vago no dia-a-dia, para isso será usada a seguinte definição:

O lazer é um conjunto de ocupações às quais o individuo pode entregar-se de livre


vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda
para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação
social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se
das obrigações profissionais, familiares e sociais. DUMAZEDIER (2001)

O lazer qualquer que seja sua função é inicialmente, liberação e prazer, e que
segundo DUMAZEDIER (2001) pode ser dividido em três funções mais importantes:

Função de descanso: liberar-se da fadiga, neste sentido, o lazer é um


reparador das deteriorações físicas e nervosas provocadas pelas tensões
resultantes das obrigações cotidianas e, particularmente, do trabalho.

Divertimento, recreação e entretenimento: a função procedente liga-se á


fadiga e esta, diretamente, ao tédio, o nefasto efeito da monotonia das tarefas
parcelares sobre a personalidade do trabalhador.

Desenvolvimento: função de desenvolvimento da personalidade, que depende


dos automatismos do pensamento e da ação cotidiana; permite uma
participação social maior e mais livre, a pratica de uma cultura desinteressada
do corpo, da sensibilidade e da razão, além da formação pratica e técnica;

16
oferece novas possibilidades de integração voluntária á vida de
agrupamentos recreativos, culturais e sociais.

A busca pelo lazer faz com que as pessoas busquem passear, ou seja,
praticar o turismo, este dos mais diversos tipos, dependendo da preferência de
cada um.

3.2. Turismo

O lazer e o turismo estão diretamente relacionados, pois um


proporciona a pratica do outro. Entre as diversas definições encontradas sobre o
turismo, pode-se dizer que alguns elementos aparecem com freqüência nas
pesquisas, um exemplo destes elementos é o tempo de permanência do individuo
no local, a não lucratividade da visita e ser uma atividade que o turista procure por
livre e espontânea vontade.

O turismo não pode ser considerado como uma viagem apenas, pois viagem
esta inserida dentro da atividade do turismo e uma viagem nem sempre é de livre e
espontânea vontade, pois se pode viajar para visitar parentes, a negócios, em caso
de morte e de doenças, por exemplo, muitas vezes nestes tipos de viagens acabam-
se por utilizar serviços e produtos típicos de turistas, como hospedagens em hotéis,
restaurantes e outros. ANSARAH (1999).

O turismo é uma atividade econômica representada pelo conjunto


de transações como compra e venda de serviços turísticos
efetuados entre os agentes econômicos do turismo, este é gerado
pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora
dos limites da área ou região onde residem. (TENKIS, 2000).

17
Assim para que o turismo seja lucrativo para o local que recebe os
turistas e para que os mesmos procurem retornar aquele local é necessário que seja
disponibilizada uma infraestrutura adequada para os turistas.

3.2.1. Infra-estrutura

Segundo Beni (2001), uma região por mais atrativos que possua não
poderá desenvolver o turismo sem os recursos para atender às necessidades
básicas dos turistas, como estradas, eletricidade, água, telefone e os meios de
transportes. O turismo só se consolida em áreas providas de alguma rede de
transportes com bom funcionamento.

3.2.2. Equipamentos e serviços turísticos

Representam o conjunto de edificações, de instalações e de serviços


indispensáveis ao desenvolvimento da atividade turística. Compreendem os meios
de hospedagens, alimentação e diversão, o agenciamento, locação de veículos,
guias e outros. CERRO (1992).

3.2.3. Demanda turística

A demanda turística esta diretamente relacionada com a infraestrutura,


os equipamentos e serviços turísticos oferecidos pelo local ao turista, pois esta
ligada ao poder de tomada de decisão, onde vários fatores influenciam o turista a
escolher o local para onde vai viajar, dentre estes fatores pode-se citar o transporte,
a acomodação e toda a estrutura que o local tem a oferecer para facilitar os dias de
hospedagem no local. A demanda turística depende do movimento entro dois pontos
(emissivo e receptivo), e é influenciada pelas características relativas a eles e ao
movimento. LAGE (2000).

18
3.2.4. Oferta turística

A oferta turística influencia a tomada de decisão na demanda turística,


pois dependendo da oferta será a decisão a ser tomada de ir ou não para
determinado local.

A oferta em turismo pode ser entendida como


conjunto de recursos naturais e culturais que são a essência
da atividade turística, a esses recursos é agregado os
serviços que oferecem consistência ao mercado consumidor.
TURISMO INTERNACIONAL (2003).

3.2.5. Atrativos

É todo lugar, objeto ou acontecimento de


interesse para o turismo EMBRATUR (1992). É
ainda ... todo elemento material que tem a
capacidade própria de ou em combinação com
outros para atrair visitantes de uma
determinada localidade . CERRO (1992).

Os atrativos turísticos serão ilustrados e descritos na figura 01 até a figura 06 a


seguir:

Culturais: sítios históricos, sítios


arqueológicos, arquitetura,
culinária, monumentos, pólos
industriais, museus, shows,
musicais, teatro;

Figura 01: Foto2º Sub solo MASP


Fonte: www.masp.uol.com.br.

19
Naturais: paisagem,
paisagem marítima,
parques, montanhas,
flora, fauna, litorais,
ilhas;

Figura 02: Zoobotanico LAMPEL


Fonte: www.lampel.com.br.

Eventos: megaeventos, eventos


comunitários, festivais, eventos
religiosos, eventos esportivos,
feiras comerciais, empresas;

Figura 03: Planeta Atlântida 2006


Fonte: www.guiafloripa.com.br.

Lazer: passeios, golfe, natação, tênis,


trilhas, ciclismo, esportes na neve;

Figura 04: Natação


Fonte: www.cbda.org.br

20
Entretenimento: parques
temáticos, parques de
diversão, cassinos,
cinemas, comércio, centro
de apresentações artísticas,
complexos esportivos.
Figura 05: Parque temático Beto Carrero
Fonte: www.betocarrero.com.br

Alimentação:
restaurantes, estes
serão melhor
detalhados a seguir.

Figura 06: Alimentos


Fonte: www.maisvoce.com.br

3.3. Restaurantes

No atrativo turístico destinado para o setor de alimentação o


restaurante é um dos segmentos de maior procura pelos turistas devido a uma das
principais necessidades fisiológicas do homem, a alimentação, neste relatório inclui-
se restaurantes, serviços turísticos e serviços institucionais de vendas e contratuais.
Entre os restaurantes locais, estão os fast-food, cafeteiras, restaurantes
especializados e restaurantes de serviço completo, com ambiente cuidadosamente
montado e bem estruturado.

21
Segundo Lionel (1995), existem vários tipos de serviço para
atendimento aos clientes no restaurante, entre os principais para este projeto cita-se:

Restaurantes de Self-service: é uma mobilidade de serviço em que os


próprios clientes se servem, dirigindo-se a um balcão onde estão dispostas as
travessas com os alimentos;

Restaurantes Á la carte: o cardápio é apresentado ao cliente que escolhe o


prato e a sobremesa;

Restaurante Gastronômico: denomina-se restaurante gastronômico um


restaurante tradicional de boa categoria, que oferece pratos requintados a
base de especialidades, o mais freqüentemente da região onde se localiza.

Churrascaria: serve-se geralmente carne grelhada na chapa, ou no espeto,


são servidas em abundancia e muitas vezes no sistema chamado rodízio ou
espeto corrido .

Choperias: além de chope e de outras bebidas, costuma servir tira gostos,


sanduíches, frios (tábua de comidas típica alemã), e outros pratos
característicos brasileiros.

Lanchonete: os fregueses comem ao balcão (sentados ou em pé), ou


sentadas à mesa servida por um atendente.

Com base nos tipos de restaurantes descritos acima optou-se por realizar
uma pesquisa de campo nos restaurantes Self-service e nas churrascarias para
detectar a freqüência de crianças nos locais e analisar o mobiliário encontrado no
local.

22
3.4. Cadeira

Etimologicamente Cadeira se define como: assento com encosto e


pernas . (HOUAISS, 2001). Para a sociedade muitas pessoas são os lugares que
ocupam , a cadeira em que cada um esta sentado é retorno do que a pessoa fez
para ocupar determinado local, como o lugar de um juiz, a cadeira de um médico, a
cadeira de diretor ou simplesmente de um operário, a cadeira funciona como Status
para o usuário. Pra a criança não funciona assim, pois a mesma ainda não possui o
poder de diferenciação entre os seres humanos por classe social ou poder que
possuem, apenas separam as pessoas dos que elas conhecem e os que não
conhecem.

3.4.1. Histórico da Cadeira

Peça indispensável no mobiliário


ocidental, a cadeira é o tema mais explorado
pelos designers em todo o mundo e também é
considerado o mais difícil de tratar. Todos
querem fazer cadeiras, talvez pelo alto valor
simbólico que ela carrega e por sua importância
em nosso cotidiano. O homus erectus é, por
definição, o único que fica de pé. Mas, quanto
mais avançada uma sociedade, mais tempo
passamos sentados e nos tornamos
sedentários. CADEIRAS BRASILEIRAS (1997).

Figura 07: Baltel 1991.


Fonte: Cadeiras Brasileiras

23
As cadeiras servem como
assento para os homens nos mais
diversos momentos de sua vida,
desde criança quando aprendem a
sentar e mudam seus hábitos e
local de alimentação, quando
começam a ir para escola, o seu
local preferido é uma referencia, e
assim em seus passeios e
momentos de lazer, assim a cadeira
faz parte da vida do ser humano.

Figura 08: Clipper 1992.


Fonte: Cadeiras Brasileiras.

24
4. PESQUISA DE CAMPO

Neste capítulo serão apresentadas as pesquisas de campo, neste caso


entrevistas e visitas a restaurantes.

4.1. Entrevistas com pais de crianças

Foi aplicado um roteiro de entrevista em pais de crianças de 18 meses a 4


anos em restaurantes Self-service e em churrascarias, que atendem a toda a família.
O objetivo da entrevista foi de analisar situações e condições que as crianças estão
expostas durante o período de sua alimentação nos estabelecimentos. A entrevista
foi baseada nos seguintes questionamentos:

ROTEIRO PARA ENTREVISTA

1 Você tem algum filho (a) entre 18 meses a 4 anos de idade?

2 Qual o sexo de seu filho (a)?

3 Costuma fazer as alimentações em casa ou em alguma escola?

4 Seu filho se alimenta com auxilio de mobiliário, por exemplo, cadeirinhas para
alimentação infantil?

5 Em média quanto tempo dura o período de alimentação de seu filho? Ele fica
confortável na cadeirinha?

25
6 Quais os hábitos e manias de seu filho durante a alimentação:

( ) Tentar pegar objetos na mesa


( ) Ficar inquieto na cadeirinha
( ) Brincar com a comida e com objetos da bandeja de alimentação acoplada a
cadeirinha
( ) Fazer de tudo para chamar sua atenção
( ) Ficar com a atenção voltada para o que esta acontecendo ao seu redor

7 O que mais chama a atenção de seu na hora de sua alimentação?

8 Quando você e seu esposo ou esposa vão a um restaurante costumam levar seu
filho(s)?

( ) sim ( ) não Se a resposta for positiva, quando levam a criança utilizam as


cadeirinhas infantis para alimentação que os restaurantes oferecem? ( ) sim ( )
não PQ?

9 Você e seu esposo ( a) dariam preferência a um restaurante que oferecesse


uma cadeirinha mais confortável, ergonômica e funcional, que atraísse a tenção de
seu filho enquanto o casal acaba de se alimentar?

Através dos questionamentos realizados com os pais das crianças e de


observações constatou-se que as crianças costumam freqüentar restaurantes
juntamente com a família principalmente nos finais de semana. Nas churrascarias foi
encontrado maior número de crianças, por tratar-se de um ambiente em que a
família sai para fazer suas refeições com mais tempo, até mesmo pelo sistema de
rodízios de carne necessitar de um tempo maior no estabelecimento, desfrutando do
local com mais tranqüilidade, necessitando assim acomodar as crianças com mais
conforto, proporcionado um momento agradável para todos os clientes do
restaurante, principalmente pais e crianças.

26
Pra obter mais informações foram feitos estudos de casos em alguns
estabelecimentos vistos a seguir.

4.1.1. Restaurante e Lanchonete Planeta

No dia 31 de março de 2006 às 12:30 h foi realizado um registro de


comportamento em um restaurante self-service que fica situado na rua Indaial 911
em Itajaí SC.

A imagem retrata o mobiliário


utilizado pelo estabelecimento para
acomodar crianças para realização de sua
alimentação, cadeirinha de madeira, sem a
utilização de um outro material que
proporcione conforto e comodidade a seus
usuários, sem bandeja para alimentação,
não possui apoio para os pés das crianças,
altura da cadeirinha bem próxima a altura
da mesa dos pais, o que facilita o alcance
das crianças aos utensílios dispostos na
mesa e sem atrativos para as crianças
entreter-se enquanto a mãe prepara sua
alimentação.
Figura 09: Menina na cadeira
Fonte: Arquivo Pessoal

27
Vista frontal e vista lateral da cadeirinha utilizada pelo estabelecimento.

Figura 10: Vista frontal da cadeira Figura 11: Vista lateral da cadeira
Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

Nesta imagem pode-


se observar a cadeirinha
colocada junto à mesa
utilizada pelos pais para sua
refeição, o mobiliário infantil
não oferece nenhum
destaque com relação aos
demais mobiliários do local,
podendo ser facilmente ser
alvo de esbarradas e
acidentes involuntários.
Figura 12: Cadeira junto à mesa.
Fonte: Arquivo Pessoal

28
4.1.1.2. Pampeana Churrascaria

No dia 03 de abril de 2006 às 12:00 h foi realizado um registro de


comportamento em uma churrascaria que fica situada na avenida Beira Rio em
Itajaí SC.

Figura 13: Fachada da Churrascaria Pampeana


Fonte: Arquivo Pessoal

Cadeirinha com bandeja fixa


(pregada), sem apoio para os pés,
sem atrativos para as crianças, sem
destaque no ambiente com relação
aos demais mobiliários encontrados
no local. Cadeirinha com altura
superior a mesa dos pais,
dificultando o acesso das crianças
aos utensílios que se encontram na
mesa.
Figura 14: Cadeira a mesa
Fonte: Arquivo Pessoal.

29
Nesta imagem pode-
se verificar o espaço entre as
mesas da churrascaria e um
detalhamento das
características do local, a
utilização de muita madeira,
dando ao estabelecimento
características rústicas e ao
mesmo tempo
aconchegantes.

Figura 15: Mesas expostas.


Fonte: Arquivo Pessoal.

4.1.2. Análise da Pesquisa aplicada nos Restaurantes.

Através das pesquisas e observações realizadas nos


estabelecimentos, observou-se forte tendência de mobiliário de madeira para as
crianças,sem nenhum tipo de material confortável ou acolchoado para o assento, os
pés das crianças permaneciam pendurados, sem apoio, o que torna o mobiliário
mais inadequado ergonomicamente.

A bandeja não possui nenhum atrativo para que a criança possa


entreter-se após realizar sua alimentação, possibilitando que seus pais ou
responsáveis naquele momento possam desfrutar tranquilamente do momento de
sua alimentação e do estabelecimento neste momento de lazer.

Os pratos, copos e talheres utilizados pelas crianças são os mesmos


dos pais e a bandeja não possui nenhum tipo de rebaixo para melhor encaixar estes
utensílios para que sejam evitados acidentes, como quedas de objetos derrubados
pela criança.

30
O assento das cadeirinhas que foram encontradas nos restaurantes
utilizados como base para estudos eram duros e desconfortáveis para as crianças
que permanecem no local cerca de 30minutos para sua alimentação, porém seus
pais ficam no local em media 1 hora e meia a 2 horas, tornando-se extremamente
cansativo para a criança este tipo de acomodação.

Através das observações realizadas na pesquisa de campo surgiu a


necessidade de uma pesquisa dos produtos já existentes no mercado, para uma
analise mais detalhada de todos os aspectos das cadeirinhas para alimentação
infantil.

31
4.2. Estado do Design

Para abordar o estado do design foram pesquisados alguns fabricantes


e seus modelos de cadeirinha, porém estes modelos são sugeridos para uso
residencial. A pesquisa foi realizada na internet onde foram obtidas imagens e
características dos produtos. Abaixo segue breve descrição de alguns modelos dos
fabricantes Galzerano, Fisher, safety e Sapeca Kids.

Cadeira de Papinha Europa Rosa Galzerano

Ampla bandeja com 03 regulagens, assento


e encosto acolchoado em plástico laminado,
pedanas grandes para maior estabilidade, fácil de
desmontar, cinto de segurança de 05 pontos.
Dimensões aprox. do produto (L x A x C): 67 x 107
x 67 cm. Peso aprox. do produto: 06 Kg.

Figura 16: Cadeira de Papinha.


Fonte: http://www.magazineluiza.com.br

Cadeirão Fisher-Price

A bandeja pode ser facilmente


removida e cabe dentro da lava-louças,
possui sete alturas para se ajustar a qualquer
mesa, a bandeja pode ser lavada na máquina
e seu estofamento impermeável pode ser
limpo apenas com um paninho, o assento
Figura 17: Cadeirão Fisher-Price.
Fonte: http://www.mpbrinquedos.com.br
32
possui três inclinações diferentes, seja para alimentação, seja para uma soneca, as
divisões da bandeja eliminam a necessidade de pratos, pode-se aumentar a altura
para acompanhar o crescimento do seu filho, remova e ajuste a bandeja com uma
mão apenas, é dobrável para facilitar o armazenamento, cinto de segurança de
cinco pontas.

Cadeirinha de Alimentação Portátil -


Safety

A cadeirinha dobrável é ideal para usar


em casa ou onde estiver. Possui duas posições
de altura, a bandeja é removível, ajustável
através das fita, acondicionado em embalagem
para viagem. Pode ser guardado sem bandeja,
fita retrátil, acondicionado com segurança, três
pontos de ajustes, encosto alto, dois níveis de
ajuste da altura, ajuste de acordo com o
crescimento da criança

Figura 18: Cadeirinha de Alimentação Portátil - Safety


Fonte: http://americanas.com.br.

Assento Booster - G5920 - Fisher Price

O Booster da Fisher-Price é um assento portátil que possui bandeja de


alimentos que pode ser lavada diretamente na
lava-louças. Com sua tampa de fácil colocação,
mantém sempre limpa a superfície utilizada
para a alimentação do bebê onde quer que você
vá. Pode ser dobrado, facilitando o transporte.
Possui três regulagens de altura que permitem
o ajuste correto à qualquer mesa. Também
compacto e portátil, o assento possui alça
Figura 19: Assento Booster - G5920 - Fisher Price
Fonte: http://americanas.com.br.
33
carregadora para facilitar o transporte. As alças das partes da frente e de trás do
assento se ajustam à qualquer cadeira, e o cinto de três pontas protege a criança
em fase de crescimento. O assento também é fácil de limpar e não possui fissuras
que acumulem restos de alimentos Seu encosto e bandeja podem ser removidos
para acomodar crianças maiores.

Cadeirinha de Mesa Sapeca Kids AZ

Praticidade: ocupa o mínimo de espaço em seu lar e acompanha


facilmente os passeios da família. Conforto: proporciona ao bebê um ajuste perfeito
ao seu corpo, contém "cinto". Pastilhas de PVC atóxico: possibilita maior aderência
com a tranqüilidade e segurança que seu bebê necessita. Tecido: leve, resistente,
100% poliéster. Dobrável: portátil, segura,
ocupa o mínimo de espaço. Suporte: tubos
metálicos com paredes em aço carbono de
0,90 mm de alta resistência. Solda entre as
junções em alta resistência através do
processo de soldagem MIG.

Figura 20: Cadeirinha de Mesa Sapeca Kids AZ


Fonte: http://www.magazineluiza.com.br.

34
4.2.1. Ferramentas para Design de Produtos

Para se trabalhar em um mercado cada vez mais competitivo, o


profissional não pode ter oscilações com relação à qualidade do serviço prestado,
seu serviço deve ser confiável. E para que isso ocorra em um processo altamente
complexo como é a atividade do designer, faz-se necessário a utilização de
ferramentas sistemáticas para se minimizar a possibilidade de erros, e aumentar a
qualidade através de uma metodologia de trabalho especifica.

Visando o aprimoramento da cadeirinha para alimentação infantil foram


utilizadas as ferramentas Benchmarking o GUT (gravidade, urgência e tendência).

4.2.1.1. Benchmarking

Benchmarking é a busca das melhores


práticas na indústria que conduzem ao
desempenho superior CAMP ( 1998).

O Benchmarking é uma das mais antigas ferramentas de gestão. Seu


propósito é estimular e facilitar as mudanças organizacionais e a melhoria de
desempenho das organizações através de um processo de aprendizado.

A ferramenta aplicada no projeto da cadeirinha desenvolve-se da


seguinte forma:

- Esteticamente: Philippe starck Tem a capacidade de valorizarobjetos cotidianos


através de sua estética própria;

- Produtividade: Psico Street Pelo cuidado com os detalhes do produto;

- Distributivamente: Adidas por estar presente nas lojas especializadas;

- Ecologicamente: Boticário Pela sua preocupação com a defesa do meio


ambiente;

- Financeiramente: All Star Por ter preço acessível e boa qualidade.

35
4.2.1.2. GUT Gravidade, Urgência e Tendência

O nome GUT provém das iniciais das palavras gravidade, urgência,


tendência e é um sistema usado para priorizar os itens obtidos através do
brainstorming. Cada um atribui às idéias apresentadas um peso que corresponde às
prioridades por ele sentidas.
Construção G.U.T.
G- Dano ou prejuízo que pode decorrer da
Gravidade situação
Pressão de tempo que sinto para ocupar-me
U - Urgência
da situação
T-
Padrão de evolução da situação
Tendência
Tabela 01: tabela G U T
Fonte: http://www.esalq.usp.br

GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA

1 POUCA GRAVIDADE POUCA URGÊNCIA ESTÁVEL

2 MÉDIA GRAVIDADE MÉDIA URGÊNCIA PIORA EM LONGO


PRAZO

3 MUITO GRAVE PIORA DIA-A-DIA


MUITO URGENTE
Tabela 02:Tabela GUT
Fonte: arquivo pessoal.

PROBLEMA G U T GXUXT CLASSIF


ICAÇÃO
Excesso de tempo ocioso 2 1 1 2 9º
Problemas de transporte 2 2 2 8 5º
Assistência técnica difícil 2 1 1 2 8º
Sujeira aderida ao produto 3 2 3 18 3°
Falta de espaço 3 2 2 12 4º
Manutenção 2 2 2 8 6º
Design agradável 3 2 1 6 7º
Referencia com personagens 3 3 2 18 2º
Diferencial em acessórios 3 3 3 27 1º
Tabela 03:Tabela GUT
Fonte: arquivo pessoal.

36
O maior problema encontrado na produção das cadeirinhas em geral
foi o diferencial nos acessórios, pois as cadeirinhas não possuem muitos atrativos
diferentes para as crianças brincarem após sua alimentação, em segundo segue a
referência com os personagens, onde poucos mobiliários apresentaram tal
característica, em terceiro a sujeira que os produtos aderem em lugares mal
projetados para a utilização na área de alimentação, principalmente de crianças e
assim cada item com a sua classificação proporcional a sua Gravidade, Urgência e
Tendência.
Através da pesquisa realizada para verificação do estado do design e
aplicando-se as ferramentas nas cadeirinhas já existentes pode-se fazer uma breve
analise priorizando pontos positivos e pontos negativos de cada produto.

Cadeira de Papinha Europa Rosa Galzerano

As crianças não alcançam os


pés no apoio que teria esta função,
a pedana, os pés da cadeirinha
funcionam bem para serem
utilizados por mobiliário destinado a
alimentação de crianças em
residências, pelo fluxo de pessoas
ser de menor intensidade, pois em
um restaurante estes pés se
tornariam alvos fáceis de acidentes
no corredor de circulação.
Figura 21: Cadeira de Papinha.
Fonte: http://www.magazineluiza.com.br

37
Cadeirão Fisher-Price

Mobiliário para alimentação infantil


bem confortável, com assento acolchoado,
o apoio para os pés esta desregulado para
altura da criança com esta faixa etária, os
pés da cadeirinha mais espessos e a
cadeira de maior porte proporcionam uma
idéia maior de segurança ao usuário.
Figura 22: CadeirãoFisher-Price
Fonte: http://www.mpbrinquedos.com.br

Cadeirinha de Alimentação Portátil - Safety

Mobiliário acoplável em outra cadeira


para que a criança possa ficar na altura da
mesa dos pais, dependendo do local de
uso, quando utilizada na residência do
usuário não necessita desprender a
cadeirinha todo instante da cadeira de base,
fácil fixação, porém falta um apoio para os
pés da criança.

Figura 23: Cadeirinha de Alimentação Portátil - Safety


Fonte: http://americanas.com.br.

38
Assento Booster - G5920 - Fisher Price

Mobiliário de fácil transporte e limpeza, porém


sem apoio para os pés das crianças, as bandejas
proporcionam melhor distribuição do prato e dos
talheres que o usuário utiliza durante sua
alimentação.

Figura 24: Assento Booster - G5920 - Fisher Price


Fonte: http://americanas.com.br

Cadeirinha de Mesa Sapeca Kids AZ

Cadeirinha de fácil transporte, o


silicone na parte superior ajuda na
aderência junto a mesa, o assento de
tecido maleável e com costuras aumenta
a quantidade de manutenção do produto,
pois a costura rompe-se com mais
facilidade, necessitando de vistoria antes
do uso,para que acidentes possam ser
evitados,o mesmo mobiliário não possui
apoio para os pés da criança, tornando-
se cansativo para o usuário.
Figura 25: Cadeirinha de Mesa Sapeca Kids AZ
Fonte: http://www.magazineluiza.com.br.

Através da análise realizada em cada modelo de cadeirinha, onde


foram colocados pontos positivos e pontos negativos de cada produto, foram obtidas
informações para que o novo projeto de um mobiliário infantil possa corrigir e suprir
as carências que os produtos atuais no mercado possuem, estes produtos possuem
pontos positivos e algumas inovações em suas formas e alguns sistemas

39
diferenciados que precisam ser acoplados em um produto final e não divididos em
diversos produtos diferentes,pois desta forma não atende as necessidades do
usuário.

4.3. Análise da Problemática

Os problemas encontrados em projeto de produto são complexos,


geralmente possuem diversas metas, muitas restrições, limitações e um grande
número de soluções para o redesign. Para resolver e definir esses possíveis
problemas de design são necessárias analises de todos os aspectos que envolvem
o produto e muitas respostas para questionamentos fundamentais para a definição
do problema a ser trabalhado, para obter as respostas utilizou-se as oito perguntas
do livro Projeto de Produto de Baxter (1998).

1. Qual é exatamente o problema que você esta querendo resolver?


Acomodar crianças, confortavelmente, em restaurantes, possibilitando aos
pais ou responsáveis que desfrutem da refeição tranqüilamente.

2. Porque esse problema existe?


Porque as crianças não conseguem ficar acomodadas e tranqüilas por muito
tempo no período de sua alimentação ou de seus pais, e os mobiliários existentes
para acomodações das mesmas, como cadeirinhas, não conseguem distrair e
prende-las durante muito tempo.

3. Ela é parte especifica de um problema maior ou mais amplo?


O problema é maior, pois uma das características infantil é a agitação e
inquietação das mesmas.

4. Solucionando esse problema maior, a parte especifica também será solucionada?


Resolveria, pois as refeições seriam realizadas com mais tranqüilidade e
conforto, tanto para as crianças, seus pais e as demais pessoas que estivessem
naquele local.

40
5. Em vez disso, seria melhor atacar primeiro a parte especifica?
Sim, pois não se pode fazer com que as crianças fiquem imóveis, assim
necessitasse desenvolver algo que as distraiam enquanto seus pais as alimentam e
realizam suas refeições sem conturbações.

6. Qual é a solução ideal para o problema?


Um produto que permitisse que a criança ficasse confortavelmente
acomodada e distraída, permitindo a alimentação da mesma e de seus pais.

7. O que caracteriza essa solução ideal?


Uma cadeirinha de alimentação confortável e segura, que seja de fácil
manuseio e tenha algum atrativo que distraia a atenção das crianças por mais
tempo.

8. Quais são as restrições que dificultam o alcance dessa solução ideal?


O acessório teria que distrair a criança por bastante tempo, a
cadeirinha teria que dificultar o alcance da criança aos utensílios dispostos a mesa e
ao mesmo tempo não estar longe do alcance da mãe, para que a mesma possa
alimentar a criança sentada confortavelmente.

Através da utilização das perguntas de Baxter (1998) podem-se


esclarecer melhor os objetivos da realização do projeto e analisar a real necessidade
do desenvolvimento do mobiliário.

41
5. CONCEITUAÇÃO

Desenvolver uma cadeira para alimentação infantil que supra as


necessidades do usuário, que sirva para alimentação, porém ao mesmo tempo tenha
adequação ergonômica, utilização de materiais confortáveis, higiênicos, fortes e de
fácil manutenção.

O produto deve ter formato agradável e passar a impressão de um


produto resistente aos pais do usuário, pois são os mesmos que priorizarão o uso
do mobiliário por seus filhos.

O produto deve ter um custo médio, o mais baixo possível, ser de fácil
manutenção, transporte e limpeza para que os proprietários de restaurantes vejam o
produto como um diferencial em seu estabelecimento.

5.1. Briefing

A)PRODUTO
1. Categoria:
Mobiliário Infantil
2. Local de uso:
Restaurantes
3. Embalagens (tipos, pesos, conteúdo, sabores, etc.):
Caixas de papelão ou outro papel resistente, barato e colorido se possível:
4. Formas de uso/consumo, por escala de importância e sazonalidade
Mobiliário proposto para acomodar crianças no momento da refeição:
5. Preços ao canais de distribuição e ao consumidor:
O preço pode variar de R$ 80,00 a R$ 350,00 reais.
6. Composição industrial/matérias-primas
Polipropileno (PP), silicone, Tecnogel, nylon.
7. Qual a imagem do produto no mercado?
Leve, resistente, confortável, colorido.

42
8. Quais as características diferenciadoras em relação a concorrência?
Valores agregados e caráter funcional, ergonomia, conforto, estética, durabilidade e
praticidade.
9. Quais os principais pontos positivos deste produto?
Conforto, comodidade, pouca manutenção, mobilidade e durabilidade.
10. Quais os principais pontos negativos deste produto?
Custo e pontos de venda.
11. Quais as influências ambientais, culturais, religiosos, geográficos, etc?
A influência ambiental estaria ligada aos materiais a serem utilizados no projeto.

B) MERCADO
1. Qual o tamanho do mercado (volume por embalagens e R$)?
Alta temporada, férias, verão, lazer.
2. Quais os principais mercados (áreas, regiões, estados, etc.)
Restaurantes
3. Qual a evolução deste mercado?
Está em desenvolvimento constante.

C) CONSUMIDOR

1. Defina quem consome/usa o produto, por sexo, classe social, faixa etária,
escolaridade, estado civil e ocupação profissional.

Quem consome o produto é o proprietário do restaurante, e as crianças de 18 meses


a 4 anos possam utilizá-la.

2. Defina hábitos e atitudes dos consumidores em relação ao produto, tais


como periodicidade de compras, quantidade comprada, preferências, etc.

A quantidade de compra esta relacionada com o tamanho do estabelecimento em


questão, o restaurante, em média são 06 cadeiras.

3. Descreva influencias ambientas e culturais a que os consumidores estejam


expostos.

Estariam expostos a variação climática.


43
4. Quem consome o produto e onde compra?

Proprietários de restaurantes podem se adquiridos em lojas especializadas em


mobiliário para restaurantes e similares.

5. Quem decide a compra do produto e, normalmente como ela é feita?

O proprietário e o gerente do estabelecimento sentem a necessidade de possuir um


referencial com relação a seus concorrentes e ao mesmo tempo proporcionar
comodidade aos seus clientes.

D) RAZÕES DE COMPRA DO PRODUTO

1. As razões de compra são racionais ou emocionais?

Racionais, por se tratar de uma necessidade no estabelecimento, assim a razão de


compra não é emocional.

2. Por que o consumidor compra?

Para proporcionar comodidade aos seus clientes, visando aumento de pessoas em


seu estabelecimento, gerando assim maior lucratividade para o mesmo.

3. Quais os benefícios que o consumidor espera deste produto?

Que os freqüentadores do restaurante fiquem satisfeitos com o diferencial oferecido


pelo estabelecimento.

E) CONCORRÊNCIA

1. Defina os principais concorrentes diretos, produtos e fabricantes.

Fabricantes de cadeirinha para alimentação de crianças da mesma faixa etária.

2. Quais os preços praticados pelos concorrentes?

Os preços variam de R$ 90,00 a R$ 890,00 reais.

44
3. Pontos positivos e negativos dos produtos concorrentes:

Positivos: Materiais, locais de venda, divulgação do produto, cores.

Negativos: Tamanho e manutenção.

A partir da definição do problema de projeto, seu publico algo e suas


principais necessidades, definiu-se:

Durabilidade: Produto de alta durabilidade, utilizando polímeros na sua composição.

Praticidade: Mobiliário de fácil transporte, fácil limpeza por não possuir cantos e
reentrâncias que possam acumular sujeira, cantos arredondados para que sejam
evitados os cantos vivos.

5.2. Especificações do Produto

Segundo Baxter (1998), a especificação do produto, onde são fixadas


as metas técnicas para o novo produto, abrangendo desde as suas funções básicas,
sua, aparência até as embalagens e a forma de embarque para as distribuidoras.

5.2.1. Funcional

Atender as necessidades, ser funcional, podendo ser operado sem


nenhum mistério para o cliente, deixando-o satisfeito com a aquisição do produto.

45
5.2.2. Estético

Ter uma aparência que faça bem aos


olhos do cliente, que quando o ver lhe faça
ter a sensação de compra, ter atrativos,
cores adequadas.

Figura 26: Blocos coloridos


Fonte: Calesita- Ind. de brinquedos

5.2.3. Simbólico

Ter relação com alguma forma conhecida,


podendo assim ser logo reconhecido pelo cliente. Na
cadeirinha será utilizado como referencial o boneco da
Disney Buzz lightyear, um boneco de animação que
luta contra o mal no espaço, juntamente com seus
amigos, fazendo com que o bem sempre sai vitorioso.

Figura 27: Boneco Buzz Lightyear


Fonte: http://www.americanas.com.br

46
5.2.3.1. Personagem Buzz Lightyear

No lindo, enorme e maravilhoso mundo do futuro, Buzz Lightyear pode


voar de verdade, utiliza raios laser e é um herói de respeito. Esta série animada
repleta de ação mostra a clássica batalha entre o bem e o mal.

A aventura chega ao infinito e além quando Buzz Lightyear, o super-


herói do filme de sucesso da Disney/Pixar, Toy Story, combate o mal acompanhado
de Mira Nova, uma princesa tangeana; do durão Comandante Nébula; de Booster,
um extraterrestre enorme (tanto em entusiasmo quanto em tamanho); e do
sarcástico robô XR os componentes da Aliança Galáctica. Estes guardiões do bem
percorrem o espaço lutando contra os desígnios do malvado imperador Zurg, inimigo
da honestidade e da justiça. Em cada episódio, Buzz Lightyear e seus amigos
enfrentam vilões provenientes de um fantástico leque de culturas extraterrestres.
Buzz estraga os planos malvados de seus arquiinimigos e sai vitorioso numa série
que é divertida, para todo o universo.

47
5.3. Técnica de criatividade

Auxiliam no planejamento, para melhor se desenvolver o projeto,


através de etapas e tempos a serem cumpridos e resolvidos de acordo com o
idealizado.

Criatividade é a imaginação mais realização,


expressão, construção. A criação inclui
percepção, sensibilidade, raciocínio e ação. É o
encontro dos dados exteriores com o gosto e a
cultura pessoal liberando do interior do cérebro
um produto. SORIANO ALENCAR (1998).

Para realização do projeto de mobiliário da cadeirinha foram utilizadas


algumas técnicas de criatividade com o auxilio de amigos para formação de grupos e
técnicas individuais como a formação dos painéis semânticos.

5.3.1. Brainstorming

É uma técnica de criatividade desenvolvida por Alex Osborn, consultor


americano em propaganda, e utilizada pela primeira vez em 1938, possui como
regras:

- É proibido criticar
- A fantasia é ilimitada
- A quantidade precede a qualidade
- Não há direito de autor

O Brainstorming foi utilizado para desenvolver a marcado produto, suas


características e gerar alternativas para que o projeto seja desenvolvido.

48
5.3.2. Painel Semântico

Segundo Baxter (1998), os produtos devem e projetados para transmitir


certos sentimentos e emoções. Mas, como consegui-lo? Isso pode ser conseguido
construindo-se diversos painéis de imagens visuais.

Estilo de vida do Usuário

Figura 28: Estilo de Vida do Usuário


Fonte: Arquivo Pessoal

49
Expressão do Produto

Figura 29: Expressão do Produto


Fonte: Arquivo Pessoal

50
Tema Visual

Figura 30: Tema Visual


Fonte: Arquivo Pessoal

51
6. Concepção

A concepção compreende a segunda etapa desta metodologia


empregada, e tem como objetivo gerar alternativas, selecionar, definir e justificar.

6.1. Geração de Alternativas

Segundo Baxter (1998), o procedimento mais importante no projeto de


produtos é pensar as possíveis soluções e escolher a melhor delas. Para realizar as
alternativas foram feitos vários desenhos baseados nos requisitos do projeto de
produto,todos estes foram feitos a mão livre,sem dimensões exatas, pois tratam-se
apenas de geração de idéias para a escolha de um produto final.

Alternativa 01:

Esta alternativa é composta por


um bloco inteiro, sendo que a cadeirinha
possui a forma de um cilindro. A bandeja
esta disposta no formato de uma
circunferência, que envolve a
cadeirinha. Na parte inferior pode-se
perceber uma abertura para colocação
dos pertences da criança e da mãe. O
mobiliário torna-se uma peça de
dimensões grandes para ocupar o
espaço destino a ele nos corredores de
restaurantes.

Figura 31: Alternativa 01


Fonte: Arquivo Pessoal

52
Alternativa 02:

Na alternativa ilustrada ao lado


pode-se observar o formato da cadeirinha,
um formato simples, porém funcional. As
fivelas demonstram que a cadeirinha
possui ajuste de altura. A pedana, sendo
onde os pés da criança ficam apoiados,
proporciona ao usuário mais conforto. O
mobiliário não possui um grande apelo
estético e não atrai a atenção das crianças
por necessitar de alguma característica
lúdica que remeta a criança a algum
personagem ou tema que ela possa fazer
referências.
Figura 32: Alternativa 02
Fonte: Arquivo Pessoal

Alternativa 03:

Na terceira alternativa o mobiliário possui


um tema mais lúdico que remete a criança a
idealização de nave espacial, foguetes e temas
similares. A cadeirinha possui um
compartimento entre os pés para
armazenamento de bolsas e demais pertences
da criança. Os pés da cadeirinha são finos,
proporcionando a idéia de insegurança e queda
perante os pais.

Figura 33: Alternativa 03


Fonte: Arquivo Pessoal

53
Alternativa 04:

A quarta alternativa lembra a forma de um ovo


ou uma cápsula, que protege e abriga. Esta possui
uma alternativa de brinquedo pendurado na frente da
criança. Os pés ficam pendurados. Esta alternativa
também possui compartimento para armazenamento
de pertence na parte inferior.

Figura 34: Alternativa 04


Fonte: Arquivo Pessoal

Alternativa 05:

A penúltima alternativa segue linhas orgânicas,


com detalhes florais ou em outro tema qualquer. A
base segue o formato de um cilindro. Os pés ficam
pendurados. A bandeja desloca-se da frente para trás
com facilidade, esta no formato conforme o tema do
produto.

Figura 35: Alternativa 05


Fonte: Arquivo Pessoal

54
Alternativa 06:

A sexta e ultima alternativa busca


um tema trabalhado em alternativas
anteriores, nave espacial. A cadeirinha
acopla-se na cadeira normal do
restaurante através de fivelas, fazendo
com que ocupe o mesmo espaço que
uma cadeira normal nos restaurantes,
que já estão planejados para esta
necessidade comum. Na base possui um
ajuste de altura para ser utilizada em
qualquer altura de mesa.

Figura 36: Alternativa 06


Fonte: Arquivo Pessoal

6.2. Justificativa da alternativa escolhida

A alternativa escolhida para se trabalhar, fazer aperfeiçoamentos


estéticos, estudos técnicos, foi à alternativa 6, pois a mesma oferece maior
mobilidade e facilidade de transporte nos restaurantes, ocupa um espaço entre os
corredores que já foram planejados para serem ocupados por uma cadeira normal,
assim não afeta a estrutura do local, por ser acoplada em uma cadeira já existente
no local.

A alternativa possui uma estética agradável e poucas peças soltas para


a fabricação, já possui um prato e um copinho acoplados na bandeja.

55
Para que o processo de fabricação dos produtos que envolvam
polímeros e para que processo de desenvolvimento de produtos para crianças possa
ser compreendido com mais clareza realizou-se uma visita técnica a uma fabrica de
brinquedos, que será detalhado a seguir.

Figura 37: Alternativa Escolhida


Fonte: Arquivo Pessoal

6.3. Visita técnica a empresa Calesita

Já com a alternativa definida, foi realizada uma visita técnica no dia 15


de maio de 2006, na empresa Calesita indústria de Brinquedos Ltda., localizada na
Rua Hermann Guenther, 525 Centro em Pomerode, esta no mercado desde 1996
importando produtos da Argentina e vendendo por quase todo o Brasil desde 1999
opera no mercado de Santa Catarina como Industria de Brinquedos, primando pela
qualidade de seus produtos e um forte diferencial com o lado educativo da criança,
sem perder a inocência, a alegria e a beleza que os brinquedos precisam possuir, os
produtos da empresa Calesita possuem o certificado do INMETRO, garantindo uma
diversão saudável e segura.

56
Na visita foram observados maquinários para o processo de fabricação
dos produtos e os materiais utilizados, o polipropileno (PP) é a matéria-prima
principal da industria, o processo de
fabricação é o molde pôr injeção.Cerca de
80% da matéria-prima utilizada pela
empresa é importada, o polipropileno de
alta densidade utilizado pela calesita
possuem origem na Venezuela, na
Argentina e na Colômbia, utilizam
materiais importados pelo custo se mais
baixo do que os nacionais.
Figura 38: Polipropileno
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

O corante que é utilizado para dar cor ao


polipropileno é o MASTERBALCH, este de
origem nacional produzido em Bonsucesso
no Rio de Janeiro, adicionado ao
polipropileno na hora da injeção por molde
com a quantidade de 2%, sendo
proporcional a quantidade de material
necessário para determinada peça em
Figura 39: Corante para mistura com Polipropileno
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita cada momento da linha de produção.

As máquinas injetoras
são na sua maioria importadas de
origem italianas da marca
SANDRETTA, o custo da injetora
importada correspondente ao preço
de duas máquinas nacionais, porém
permite maior quantidade de
recursos como velocidades
diferenciadas e maiores números de
Figura 40: Máquina Injetora
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita
57
regulagens no painel de controle permitindo maior quantidade e exatidão de
detalhes no produto, assim as nacionais são utilizadas para peças que não
necessitem de tantos recursos e grandes acabamentos, estas injetoras derrete o
material a 235° C e no mínimo em 210° C, com uma força de fechamento de 440
toneladas.

Figura 41: Máquina injetora detalhe do tubo que alimenta a maquina com o polipropileno e o corante
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

Figura 42: Sistema de resfriamento da injetora


Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

58
Figura 43: Painel de controle da injetora SANDRETTA
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

Logo após o brinquedo sair da injetora um dos operários da empresa


retira o produto que a maquina lança em um compartimento especifico para tal e faz
os acabamentos necessários de acordo com a peça que esta na linha de produção
naquele instante, como a utilização da fresa, maquinário destina a retirada e
acabamento da peça na parte onde é feita a injeção no molde ou acabamento com
retiradas de rebarbas com alicates de corte e martelo de borracha para encaixar as
peças umas nas outras, conforme o necessário.

Figura 44: Produto saindo da injetora


Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

59
Figura 45: Operário retirando rebarbas e dando acabamento ao produto
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

Os moldes utilizados na empresa possuem uma duração de cerca de 7


anos, para que estes moldes mantenham sua qualidade associada a durabilidade
dos mesmos a empresa faz a manutenção através da limpeza dos moldes em média
a cada 30 dias, dependendo da utilização do molde, sendo proporcional o uso coma
freqüência da limpeza dos mesmos. Os moldes possuem o lado esquerdo e o lado
direito, funcionado como encaixe
para que no meio seja injetado o
polipropileno na espessura
deixada entre os dois moldes que
pressionam-se um contra o outro,
quanto mais espelhado, com
maior brilho, o molde for mais lisa
e com maior brilho será a
superfície da peça na produção e
possuirá desta forma um melhor
acabamento.
Figura 46: Setor de manutenção dos moldes
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

60
Figura 47: Detalhamento dos moldes lado direito e lado esquerdo
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

Figura 48: Molde espelhado


Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

61
O material que foi
retirado nas rebarbas do
produto final é
reaproveitado pela
empresa, este passa por
um processo de trituração
para que o mesmo retorne
a linha de produção, o
polipropileno pode ser
reaproveitado cerca de 2
a 3 vezes dependendo
das propriedades que ele
perde no processo.
Figura 49: Processo de reaproveitamento do polipropileno (PP)
Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

Os encaixes das peças


finais, a vistoria e o controle de
qualidade são feitos pelas próprias
mulheres da linha de produção, uma
vistoriando o serviço da outra. A
empresa utiliza-se de pessoas do sexo
feminino por acreditar que estas são
mais atenciosas e detalhistas.

Figura 50: Operárias no processo final encaixes e embalagem


Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

Figura 51: Produto embalado


Fonte: visita Técnica a empresa Calesita

62
6.4. Estudos Formais e Dimensionais

Nesta etapa serão apresentados os estudos formais e dimensionais do


produto, tendo como base o modelo volumétrico, desenho técnico, perspectiva
explodida, estudos ergonômicos e ambientação.

6.5. Modelo volumétrico

O modelo volumétrico foi confeccionado em papelão e muita fita


adesiva, utilizou-se a tesoura para cortar o papelão com as medidas encontradas
nos desenhos abaixo:

Figura 52: Medidas do Modelo Volumétrico


Fonte: Arquivo Pessoal

63
Figura 53: Medidas do Modelo Volumétrico
Fonte: ArquivoPessoal

Figura 54: Medidas do Modelo Volumétrico


Fonte: ArquivoPessoal

64
Esta imagem é uma foto tirada do
modelo volumétrico, uma vista frontal,
colocada em cima de uma cadeira comum.

Figura 55: Vista Frontal do modelo Volumétrico


Fonte: Arquivo Pessoal

O modelo volumétrico em sua vista


lateral mostra que a bandeja deve ficar a
cima da mesa dos pais.

Figura 56: Vista Lateral do modelo Volumétrico


Fonte: Arquivo Pessoal

Podem-se verificar os
detalhes da bandeja, como
rebaixos e brincadeira com cores.

Figura 57: Vista Superior da Bandeja do Modelo Volumétrico


Fonte: Arquivo Pessoal

65
6.6. Adequações do Modelo Volumétrico

Com base no modelo anterior foram realizadas algumas adequações.


As medidas não sofreram alterações do modelo original, porém foram alterados e
acrescentados outros itens.

Os itens dispostos na
bandeja mudaram de
brinquedos para botões que não
possuem reentrâncias e não
aderem sujeira e resto de
comida.

Figura 58: Vista Superior da Bandeja do Modelo Volumétrico


Fonte: Arquivo Pessoal

Na lateral da cadeirinha foram


anexadas cavidades que serão utilizadas
para o transporte do mobiliário pelo
atendente do restaurante.

Figura 59: Vista lateral do Modelo Volumétrico


Fonte: Arquivo Pessoal

66
Na base da cadeirinha foram
adaptadas regulagens para adaptar
a cadeirinha em qualquer altura de
mesa e cadeira de restaurante.

Figura 60: Vista lateral do Modelo Volumétrico


Fonte: Arquivo Pessoal

Com as alterações no modelo volumétrico pretende-se fazer com que o


produto final seja o mais adequado possível ao usuário, tanto nas medidas, como na
sua utilização e funcionalidade e que o apelo estético formal do produto cause um
bom impacto visual ao usuário e freqüentadores do restaurante que possuir este
mobiliário entre suas opções.

67
7. DESENHO TÉCNICO

68
8. AMBIENTAÇÃO

Após realizar todas as pesquisas bibliográficas, de campo, estudos


ergonômicos, dimensionais e tendo assim todas as informações suficientes, chegou-
se num consenso, elegendo o modelo abaixo, este esteticamente adequado,
ergonomicamente correto, e com seus valores agregados, para ser utilizado em
restaurantes.

Figura 61: Ambientação Nutri Space


Fonte: ArquivoPessoal

Figura 62: Ambientação Nutri Space


Fonte: ArquivoPessoal

69
Figura 63: Ambientação Nutri Space
Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 64: Ambientação Nutri Space


Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 65: Copo Figura 66: Prato


Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

70
Figura 67: Ambientação Nutri Space
Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 68: Ambientação Nutri Space no Restaurante.


Fonte: Arquivo Pessoal

71
9. MEMORIAL DESCRITIVO

9.1. Função Estético Formal

A função estética é a relação entre o produto, neste caso a cadeirinha Nutri


Space, e o usuário no nível de processos sensoriais. A configuração dos produtos
industriais visa, por um lado dotar o produto com funções estéticas para possibilitar
sua percepção pelo homem, e por outro lado, a estética tem o objetivo de aumentar
as vendas, atraindo a atenção das pessoas para o produto e provocando o ato da
compra, no qual promove a sensação de bem estar, identificando o usuário com o
produto, durante o processo de uso.

A Nutri Space, cadeirinha para alimentação infantil, é constituída de linhas


geométricas, procurando passar a idéia de segurança, foco principal. Fazendo
referência a um brinquedo, esteticamente a cadeirinha possui formas repetidas e
uma idéia de continuidade, seguindo uma forma arrojada e ao mesmo tempo
simples, seguindo a escola da Gestalt.

9.1.1. Leis aplicadas ao produto

A palavra Gestalt (plural Gestalten) é um termo intraduzível do idioma alemão


para o português. O Dicionário Eletrônico Michaelis apresenta como possibilidades
as palavras figura, forma, feição aparência, porte; estatura, conformação; vulto as
quais ainda se pode acrescentar estrutura e configuração.

A escola de Psicologia Gestalt aborda a percepção visual, esta surgiu nas


primeiras décadas do século XX, como uma espécie de resposta ao atomismo
psicológico, escola que pregava uma busca do todo psicológico através da soma de
suas partes mais elementares; o complexo viria pura e simplesmente da reunião de
seus elementos mais simples, era uma escola de adição. A Escola da Forma dizia o
contrário: não podemos separar as partes de um todo, pois dele elas dependem e

72
não fazem sentido, pelo menos o mesmo, senão enquanto partes formadoras
daquele todo.

9.1.1.1. Organização Perceptual - Assimilação e Contraste; Figura e Fundo

Na determinação de o que é figura e fundo influem diversos fatores, como


tamanho e localização, ou, caso esses sejam os mesmos, a área que for menor ou
mais fechada. Geralmente, o que pode ser agrupado com mais facilidade, pareça
seguir uma "linha", for mais homogêneo, ou até mesmo o que for mais conhecido
para quem observa (e aí entra a questão da subjetividade na percepção) passará a
ser visto como a figura. Há até mesmo a influência do sistema nervoso e outros
processos do tipo nessa determinação.

Figura e fundo são diferenciados não só em formas visuais, vale lembrar;


tendemos a separá-los em todas as experiências de percepção. Na chamada música
pop, por exemplo, geralmente percebemos a voz do cantor como figura e o
instrumental como fundo, como acompanhamento.

Diante do conceito de assimilação, contraste e fundo foi desenvolvido um


mobiliário que oferece destaque em relação ao ambiente, neste caso o restaurante
em que esta cadeirinha for utilizada, tornando-se o produto a figura e o restaurante o
fundo, as linhas delimitam e diferenciam a cadeirinha dos demais mobiliários
existentes no local, as cores em tons
vivos oferecem um grande contraste,
porém são oferecidas opções na cor
branca com detalhes nas cores vivas
para o mesmo produto, em caso de
necessidade ou escolha do
estabelecimento.

Figura 69: Figura e Fundo


Fonte: Arquivo Pessoal

73
9.1.1.2. Agrupamento Perceptual Wertheimer

Pode haver, e na maioria das vezes há, mais de dois elementos na

forma: nesse caso, o que seria figura? E fundo? Por quê? Max Wertheimer, tido

como o fundador da teoria da Gestalt, propõe em seu "Raciocínio Visual" certos

princípios, a seguir:

- Lei da Boa Continuidade: É o acompanhamento de uns elementos por outros, de

modo que uma linha ou uma forma continuem em uma direção ou maneira já

conhecidas.

____|____ = ________ | , pode-se encontrar

na Nutri Space estas linhas no

acompanhamento da bandeja com o

restante do produto.

Figura 70: Linhas de Continuidade


Fonte: Arquivo Pessoal

- Experiência Passada ou Aprendizagem: É a subjetividade


do percebedor para cada um a percepção pode ser diferente,
de acordo com a experiência do indivíduo, de acordo com o
que ele já viveu ou aprendeu,
conheceu.

O mobiliário utilizado para


alimentação infantil, a Nutri Space,
conhecido pelo usuário é diferente
do novo projeto apresentado a ele,
fazendo com que ele remeta a
Figura 71: Nutri Space
Figura 72: Buzz Lightyear
Fonte: Arquivo Pessoal forma diferenciada da cadeirinha a Fonte: Arquivo Pessoal

uma forma já conhecida por ele, neste caso a brincadeira da

74
nave espacial associada ao boneco do desenho da Disney Buzz lightyear.

- Repetição de Formas: A forma repete-se

algumas vezes no produto, na cadeirinha a

forma repetida nos botões dispostos na

bandeja.

Figura 73: Repetição de Formas


Fonte: Arquivo Pessoal

Essas tendências ou princípios, dependendo de sua intensidade

podem produzir efeitos diferentes, devemos sempre lembrar que, para a Escola da

Forma, o todo não é apenas a soma das partes, sua essência depende da

configuração das partes. A partir disso, podemos trazer ainda algumas

considerações e conceitos finais: a transposição das formas, por exemplo, é de um

valor muito grande dentro do que foi dito no parágrafo anterior; podemos transpor a

mesma forma a partir de elementos diferentes, de modo que a forma original ainda

possa ser reconhecida.

9.2. Estudo das Cores

Neste projeto foram utilizadas algumas opções de cores bem


diversificadas, os tons alegrem e vivos, para que o mobiliário possa atrair as
crianças e fazer com que utilizem o produto para lazer além da função principal de
assento, como o amarelo, o azul, o vermelho e o verde para locais mais
extrovertidos, seguindo a alegria e o colorido que as crianças adoram, como
podemos ver no significado da cores, conforme Michel Pastoureau, no livro
Dicionário das Cores do nosso Tempo.

75
Segundo Gomes (2000), a cor é a parte mais emotiva do processo
visual. Possui uma grande força e pode ser empregada para expressar e reforçar a
informação visual.

Amarelo
È a cor da luz e do calor, em seus desenhos as crianças pintam a luz sempre de
amarelo, a cor do sol, das férias, ligada ao tempo livre, cor da alegria e da energia,
assim as crianças gostam muito da cor amarela.

Azul
Cor preferida de mais da metade da população, a cor do infinito, do longínquo, do
sonho, do céu, do ar, da paz, cor do frio, da frescura, da água, o azul tem o poder de
por si mesmo acalmar as crianças.

Vermelho
O vermelho é a cor por excelência, a cor arque típica, a primeira de todas as cores, a
cor do perigo, da proibição, do dinamismo, da criatividade, cor da infância, cor do
luxo e da festa, as crianças remetem a idéia do vermelho a presentes, por causa das
decorações utilizadas em sua maioria das vezes na cor vermelha e os laços de
embrulhos, as fitas.

Verde
O verde é a cor da esperança, normalmente esta cor é assimilada a dinheiro.

Branco
A cor branca será a cor de maior quantidade aplicada na cadeirinha, sendo
uma cor que transmite paz, cor de higiene, limpeza e que se adapta a qualquer
ambiente.

Para realizarmos um bom estudo de cores para utilização em um


produto precisamos analisar a semiótica das cores, seus significados para o ser
humano, pois não se constrói um produto semiótico, mas utiliza-se a semiótica para

76
melhor compreender o seu universo comunicativo, tanto no momento de sua criação
quanto no momento de sua recepção pelo mercado consumidor.

9.3. Função de Uso

A função de uso diz respeito a real e primeira utilização do produto,

este foi desenvolvido para a alimentação de crianças em restaurantes, visando

sempre o melhor desempenho do produto, o conforto e a saúde do usuário, estética

agradável e funcional, também se preocupando com o transporte do mesmo. A

necessidade diária deste tipo de mobiliário permite que seja utilizada em outros

locais, em residências, por exemplo; cabendo ao usuário manuseá-la de acordo com

sua necessidade.

9.4. Função Técnica

9.4.1. Sistema Construtivo

O produto é composto de um grande bloco onde estão fixados o assento, o


encosto e a bandeja, nesta estão acoplados os brinquedos, estes seguem o tema
escolhido, o prato e o copo para a alimentação infantil, estes duas peças avulsas
que se tornam mais dois componentes aplicados ao produto, na parte interna da
bandeja possui um outro brinquedo, este em forma de painel de controle da nave
espacial , esta a visão da criança para o mobiliário, porém é produzido no mesmo
molde da bandeja o que não o torna outra parte separada ao conjunto.

77
9.4.1.1. Tabela do Sistema Construtivo

PEÇA MATERIAL PROCESSO DE FABRICAÇÃO

Polipropileno Moldagem por injeção


(PP)

Corpo da cadeirinha e apoio


para os pés

Polipropileno Moldagem por injeção


(PP)

Bandeja, assento e encosto

Polipropileno Moldagem por injeção e encaixe


(PP) dos brinquedos na bandeja

Botões/ Brinquedos, Copo e


prato.

Polipropileno (PP) Moldagem por injeção


Moldado com pequenos relevos
possibilitando maior aderência

Pegadores laterais as mãos

Polipropileno (PP)

Moldagem por injeção

Sistema de regulagem de altura


Da cadeirinha sistema estilete

Tabela 04: Tabela do Sistema Construtivo.


Fonte: arquivo pessoal.

78
9.5. Materiais
O material escolhido para a fabricação do produto será à base do Plástico de
engenharia, o Polipropileno (PP).

9.5.1. Polipropileno (PP)

Foi utilizado como material principal o polipropileno, por possuir baixo custo,
alta durabilidade e resistência ao peso colocado sobre ele, fácil de tingimento, com
corantes na hora de produção, fácil utilização na indústria, por ser um produto muito
utilizado no mercado de brinquedos e embalagens em geral e por grande quantidade
de fornecedores nacionais e importados.

O polipropileno é um termoplástico com alta resistência química e baixo


peso especifico, por isso ele é recomendado para fabricação de peças estruturais.
Outra característica deste material é que este é atóxico, podendo ser utilizado na
indústria alimentícia e farmacêutica.

Figura 74: Polipropileno em grãos


Fonte: Arquivo Pessoal fotos da visita à empresa calesita.

79
Figura 75: Corante em grãos
Fonte: Arquivo Pessoal fotos da visita à empresa calesita.

Conforme consulta realizada no site da empresa Daybrasil, pode-se


observar abaixo algumas características do Polipropileno (PP).

Características para construção de equipamentos

USINABILIDADE Excelente, bom acabamento


SOLDABILIDADE - Soldável por termo fusão
COLAGEM - Péssimo. Somente com tipos de colas especiais à base de epóxi,
com resultados duvidosos
MALEABILIDADE P/ TERMOMODELAGEM - Excelente
CARGAS E ADITIVOS - U.V, Estabilizante de temperatura, fibra de vidro, gesso,
carbocálcio, esferas de vidro, etc...
OBSERVAÇÕES - Utilizado em produtos para trabalho sob severas condições de
agressividade química, tais como: tanques, válvulas, sistemas de exaustão e outros.

Resistência Química

ÁCIDOS - resiste a todos os tipos, com exceção do H2SO4 .98%, Nítrico 60%,
Crômico
ALCALINOS - resistência a soda cáustica, hipoclorito de sódio e não clorados
SOLVENTES - não é solúvel em temperatura ambiente. Absorve pequenas

80
quantidades de hidrocarbonetos e halogenados
OUTROS - não deve ser usado em produtos fortemente clorados. Atóxico
Deve-se levar em consideração a concentração e a temperatura de trabalho.1

9.6. Objetivos no processo de fabricação

Para qualquer organização que deseja ser bem sucedida na fabricação


do produto deve seguir alguns itens:

o Objetivos de desempenho.
o Objetivo de qualidade;
o Objetivo de rapidez;
o Objetivos de confiabilidade;
o Objetivo de flexibilidade;
o Objetivo de custo.

9.6.1. Processo de Fabricação

9.6.1.1. Injeção

O processo de fabricação da Nutri Space consiste em utilização de

moldes para fazer injeção de polipropileno aditivado de 2% de corante na cor

escolhida para produção, este processo é utilizado na bandeja de alimentação, na

cadeirinha (bloco central), e em todos os outros componentes do mobiliário.

Esta máquina injetora já é encontrada na indústria de brinquedos,

conforme constatado na vista a Calesita, e embalagens, o que torna o processo

simples e conhecido pela indústria.

1
http://daybrasil1.locaweb.com.br/produtos/industria/polipropileno.asp

81
Conforme Teixeira (1999), a moldagem por injeção permite a obtenção

de produtos por meio da introdução de uma quantidade dosada de material plástico,

fundido de forma homogênea, em cavidades de moldes que reproduzem, em

negativo, o produto desejado. As operações do processo de injeção resumem-se

em: dosagem do material plástico granulado no cilindro de injeção, fusão do material

até a consistência de injeção, injeção do material plástico fundido no molde fechado,

resfriamento do material plástico até a solidificação e extração do produto com o

molde aberto.

A moldagem por injeção, apesar de ser aparentemente análoga à


fundição sob pressão de ligas metálicas, difere basicamente desta, conforme mostra
a figura a baixo.

Pela figura pode-se notar que, enquanto na fundição sob pressão das
ligas metálicas, a formação do produto se efetua de fora para dentro, na injeção dos
materiais plásticos, a formação do produto se dá ao contrário, ou seja, de dentro
para fora.

Figura 76: Moldagem do Produto Plástico por Injeção.


Fonte: Joselena de Almeida Teixeira Design & Materiais.

82
São condições para um bom processo de injeção:

o O material plástico deverá ser total e uniformemente plastificado antes de ser


injetado no molde;

o As resinas não poderão permanecer muito tempo no cilindro de injeção sem


sofrerem degradação;

o As temperaturas de injeção variam entre 150 e 3000C;

o Temperaturas elevadas no cilindro facilitam o enchimento e conferem brilho


superficial em artigos moldados;

o A fluidez do material plástico aumenta muito mais pela pressão do que pela
temperatura;

o A temperatura do molde tem grande influência sobre as propriedades do


objeto moldado, como brilho superficial, contrações, distorções, fissuração,
tensões internas, etc.

o Baixa temperatura do molde possibilita melhor controle da distorção e da


contração, enquanto que alta temperatura do molde facilita o enchimento das
cavidades e melhora o acabamento superficial do produto final;

o A duração do ciclo de moldagem deve ser o mais breve possível e depende


da capacidade de plastificação e velocidade da máquina, temperatura
aplicada, desenho do molde, espessura e dimensão da peça a moldar.

83
Figura 77: Painel de controle da maquina injetora.
Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 78: Foto do molde da máquina em funcionamento.


Fonte: Arquivo Pessoal fotos da visita à empresa calesita.

84
Figura 79: Um brinquedo saindo da injetora e demonstrando o pino (rebarba) de injeção do material.
Fonte: Arquivo Pessoal fotos da visita à empresa calesita.

Depois de todas as partes do produto prontas elas são encaixadas para que
possa compor o produto final e finalmente chegar ao mercado para que as crianças
possam ser alimentar com mais conforto e saúde, devido a ergonomia que o produto
oferece ao usuário.

9.7. Função Operacional

A cadeirinha possui fácil manuseio, pois a mesma não requer grande esforço
físico para sua utilização, a criança é colocada no assento por cima, a bandeja de
alimentação é fixa, assim não requer qualquer tipo de desmontagem ou regulagem,
assim como os brinquedos utilizados na bandeja.

85
9.8. Função Informacional

O manual de instruções vem anexo ao produto, sendo que este também


possuirá um adesivo explicativo (na parte traseira) com ilustrações, informações
quanto ao peso do produto, tema em que o mesmo foi baseado, sugestões de uso e
distribuição dos objetos acoplados ao produto principal, além desse material o
cliente e os restaurantes podem utilizar o telefone de informações ao consumidor
para eventuais dúvidas de locais de uso do produto, reclamações, resolução de
problemas e informações em geral.

Figura 80: Selo do Inmetro


Fonte: Arquivo Pessoal

9.9. Estudos Ergonômicos

Segundo IIDA (1998), ergonomia é o estudo do relacionamento entre o


homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação
dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas
surgidos desse relacionamento.

86
9.9.1. Objetivos Ergonômicos no Produto

Um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de um


projeto de produto é o estudo ergonômico, tanto do usuário direto, aquele que utiliza
o produto, e o indireto, aquele que proporciona a utilização do produto ao usuário
direto, neste caso a criança como usuário direto e o atendente do restaurante como
usuário indireto.

9.9.2. Análise Ergonômica no Processo de Desenvolvimento do Produto

Para melhor análise do novo mobiliário foram coletadas e analisadas


as informações sobre a cadeirinha e seu manuseio nos mais diversos meios, por
pesquisas de campo e pesquisas bibliográficas, baseada nos produtos já existentes,
identificando problemas, necessidades e oportunidades, a cadeirinha de alimentação
desenvolvida tem como objetivo suprir as necessidades, e satisfazer o cliente
podendo ser utilizada com segurança pelo usuário e pelo atendente do restaurante.

9.9.2.1. Usabilidade

A usabilidade conforme conceituada por JARUFE(2000) visa avaliar


informações sobre facilidade de uso, manipulação, dentro outros fatores . A
ergonomia de um produto envolve desde a questão do transporte do produto como
sua utilização pelo usuário, todos devem manter posturas corretas, não fazendo
esforços desnecessários, preocupando-se sempre com a questão de ângulos e
medidas consideradas corretas para utilização de cada produto em especifico, tais
normas devem ser mantidas tanto para o usuário direto quanto para o usuário
indireto, conforme especificados no item acima.

87
Pensando desta forma, desenvolveu-se uma cadeirinha que tem um
conceito de praticidade, funcionalidade. A cadeirinha possui esses atributos sob a
ótica de quem a usa e de quem a manuseia.

O produto terá alças para facilitar o transporte, não haverá cantos vivos
para que sejam evitados ângulos cortantes, a bandeja da cadeirinha será fixa, para
que o processo de utilização seja facilitado, evitando encaixes e esforços
desnecessários dos usuários envolvidos no processo, na base encontra-se uma
regulagem para que a altura da cadeirinha se adeque em varias alturas de mesas e
cadeiras do estabelecimento, o restaurante, no produto existem fivelas para que a
cadeirinha seja fixada na cadeira do estabelecimento e outras para prender a
criança ao produto, evitando acidentes.

9.9.2.2. Adequação Antropométrica

Conforme visto em Weerdmeester (1995), essa área da ergonomia


esta relacionada às diferenças individuais quanto as medidas corporais. Neste caso,
para desenvolver uma cadeirinha, utilizou-se às medidas adequadas à população
brasileira, considerando o percentil de 5% e 95%, considerando as crianças de 18
meses como percentil 5% e as de 4 anos como percentil 95%, a diferença de
medidas entre meninos e meninas nesta fixa etária não é considerada,pois possuem
praticamente o mesmo porte físico. Assim considerando todas as diferenças
individuais, obtiveram-se as medidas proporcionais e mais adequadas para
confecção da cadeirinha de alimentação infantil.

88
Figura 81: Adequação Antropométrica
Fonte: Arquivo Pessoal

89
Figura 82: Adequação Antropométrica
Fonte: Arquivo Pessoal

9.10.2.3. Adequação Biomecânica

O estudo da biomecânica foca seu estudo nos movimentos executados


pelo usuário direto e pelo indireto com relação ao produto, as leis físicas da
mecânica são aplicadas ao corpo humano. Assim, pode-se estimar as tensões que
ocorrem nos músculos e articulações durante uma postura ou um movimento. Para
manter uma postura ou realizar um movimento, as articulações devem ser
conservadas, tanto quanto possível, na posição neutra. Nesta posição, os músculos
e ligamentos que se estendem entre as articulações são esticadas o menos
possível, ou seja, são tencionados ao mínimo. Uma pessoa não pode carregar mais
do que 20 kg, e para um melhor transporte de peso, deve-se ter as alças na própria
base, como foi desenvolvida a cadeirinha.

Figura 83: Adequação Biomecânica


Fonte: Arquivo Pessoal

90
9.10.2.4. Adequação Cognitiva

Compreende o funcionamento / utilização do produto de forma a


facilitar a interação com ele.

Condução e Presteza: Possibilita informar ao usuário como se conduz a cadeirinha,


através do próprio formato para o encaixe das mãos, para que assim possa ser
acoplada a cadeira principal, onde as fivelas e engates indicam a fixação da mesma.

Adaptabilidade e Flexibilidade: A cadeirinha se adapta ao meio, ora servindo de


cadeirinha para alimentação e logo sendo utilizada para entretenimento do usuário
direto através dos brinquedos disponíveis em sua bandeja e de seu formato lúdico.

A cognição da cadeirinha se dá principalmente em relação às cores


utilizadas e ao acionamento dos mecanismos.

As cores utilizadas para fabricação do produto, como o amarelo, o


verde, o azul, o vermelho e o branco, são estimulantes aos olhos da criança e
indicam uma aparência lúdica, que condiz com um produto infantil.

Para realizar um bom estudo de cores para utilização em um produto é


preciso analisar a semiótica das cores, seus significados para o ser humano, pois
não se constrói um produto semiótico, mas utiliza-se a semiótica para melhor
compreender o seu universo comunicativo, tanto no momento de sua criação quanto
no momento de sua recepção pelo mercado consumidor.

Abaixo segue figura conforme descrito no estudo da cores,com seus


significados que justificam sua utilização na Nutri Space.

91
Azul Amarelo
Cor do infinito, longínquo, È a cor da luz e do calor, em seus
sonho, do céu, do ar, da
desenhos as crianças pintam a luz sempre
paz, cor do frio, da
frescura, da água, o azul de amarelo, a cor do sol, das férias, ligada
tem o poder de por si
ao tempo livre, cor da alegria e da
mesmo acalmar as
crianças energia, assim as crianças gostam muito
da cor amarela.

Verde
O verde é a cor da
esperança,
normalmente esta cor é
assimilada ao dinheiro.

Vermelho Branco
Cor do perigo, da proibição, do Cor que transmite paz,
dinamismo, da criatividade, cor da cor de higiene, limpeza e
infância, cor do luxo e da festa, as que se adapta a qualquer
crianças remetem a idéia do vermelho ambiente.
a presentes, por causa das
decorações utilizadas em sua maioria
das vezes na cor vermelha e os laços
de embrulhos, as fitas.

O modo de uso da cadeirinha é instintivo, ou seja, qualquer pessoa em


qualquer lugar deduz que a cadeirinha deverá ser utilizada para acomodação de
crianças sentadas. Os acionamentos dos mecanismos sempre se dão com um
simples pressionar de botão, facilitando a utilização do produto pelo usuário direto e
pelo indireto.

92
10. PÓS-CONCEPÇÃO

A Pós-Concepção compreende a terceira etapa desta metodologia


empregada, e tem como objetivo detalhar dimensões, subsistemas, especificar
componentes, especificar o produto, sua venda e sua pós-venda.

10.1. DETALHAMENTO DE SUB-SISTEMAS

O produto terá
duas regulagens embaixo da
cadeirinha para ajustar-se a
altura da mesa do restaurante;

F
i
g
Figura 84: Detalhe de Regulagens
Fonte: Arquivo Pessoal

A cadeirinha possuirá ainda


sistema de fixação com fivelas para
colocação da mesma na cadeira do
restaurante

Sistema de regulagem de Altura


F
F
Figura 85: Detalhe da Fivela
Fonte: Arquivo Pessoal

93
Sistema de regulagem da cadeirinha semelhante ao
de um estilete, com travas.

Figura 86: Detalhe da Regulagem de Altura


Fonte: Arquivo Pessoal

Na figura abaixo se encontra uma vista explodida, com todas as peças


que compõem a Nutri Space.

Encosto da cabeça

Botões / Brinquedos
Encosto
Copo
Botões
Prato
Bandeja

Rebaixos dos
utensílios
Apoio para os pés

Assento

Fivelas

94
10.2. Detalhamento de Componentes

Neste item serão analisados os componentes: bandeja a corpo da


cadeirinha.

A bandeja e o corpo da cadeirinha serão fabricados em Polipropileno


(PP), por possuir uma alta durabilidade e baixo custo, ambos serão fabricados por
injeção por molde, processo encontrado na fabricação de produtos similares.

A bandeja possuirá
rebaixos para acoplar o
prato, os talheres e o
copinho, para que sejam
evitados acidentes
(quedas) com os
utensílios.

Figura 87: Detalhe da Bandeja


Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 88: Detalhe dos Rebaixos da bandeja.


Fonte: Arquivo Pessoal

95
O copinho e o pratinho já vêem acoplados junto ao mobiliário, para que
não haja preocupação com o tamanho dos utensílios por parte do restaurante ao
adquirir o produto.

Figura 90: Prato

Fonte: Arquivo Pessoal


Figura 89: Copo
Fonte: Arquivo Pessoal

10.3. Especificação de Produção, Venda e Pós-Venda

Num primeiro momento produto será produzido em série com a base


do mobiliário, o assento e a bandeja acoplados/ encaixados formando a cadeirinha
para alimentação infantil NutriSpace, na qual o consumidor poderá fazer uso
conforme suas necessidades.

Segundo Gomes (2000), a cor é a parte mais emotiva do processo


visual. Possui uma grande força e pode ser empregada para expressar e reforçar a
informação visual.

A cor branca será a principal na produção da cadeirinha, porém a


mesma possuirá mais duas opções de cores para atender todos os consumidores,

96
podendo desta forma fazer com que os restaurantes possam dar opções aos
clientes. Estas opções de cores estão dispostas nas imagens abaixo:

A cor lilás indica delicadeza e


A cor lilás indica
delicadeza e feminilidade
uma opção de cor
normalmente utilizada para as
meninas.
Figura 91: Opções de Cores
Fonte: Arquivo Pessoal

A cor azul lembra


tranqüilidade e relaxamento
uma opção de cor
normalmente utilizada para os
meninos.

Figura 92: Opções de Cores


Fonte: Arquivo Pessoal

97
11. MARKETING

Segundo Kotler (2000), atender às expectativas do cliente irá apenas


satisfazê-los; excedê-los irá encantá-los. Clientes maravilhados com um fornecedor
tem muito mais probabilidade de continuar clientes. Assim, muitos dos clientes de
hoje em dia desejam mais alta qualidade, mais serviços, etc. Portanto o produto irá
exceder a expectativa do cliente, com valores agregados terá mais de uma função,
criando a necessidade de compra do cliente.
Como estratégia de marketing foi utilizada o Mix de Marketing
referindo-se ao seu plano geral. Este descrito com base nos 4P s de marketing:

- PRODUTO
- PREÇO
- PRAÇA
-PROMOÇÃO

PRODUTO: O produto é além de si mesmo, um conjunto de embalagem, de


garantia, e assistência técnica. Para ter sucesso o produto tem que se diferenciar
dos concorrentes e é isto que a cadeirinha busca em suas formas e acessórios
diferenciados.

PRAÇA: Esta também chamada de distribuição. Na cadeirinha se utilizará um canal


direto, através de revendedores e venda pela internet.

PROMOÇÃO: Envolve estratégia de venda e propaganda para que atinja os


usuários finais, buscando locais que possuam o produto.

PREÇO: O preço é um dos principais indicadores do valor que a empresa entrega


aos seus clientes. É o mais saliente dos componentes do Mix de Marketing, pois se
não for coerente com o produto coloca em risco os demais componentes da
estratégia de marketing utilizada.

O produto será transportado em caixas de papelão com o nome


impresso e suas medidas e cor para um melhor reconhecimento pelo cliente.

98
11.1. Utilização do Marketing na NUTRI SPACE

Para que o marketing seja utilizado de uma forma a atrair maior


número de clientes para o restaurante que dispõe da NUTRI SPACE como mobiliário
infantil utilizou-se maneiras a divulgar o nome do estabelecimento na cadeirinha e no
copo que seria dado de brinde a criança após sua utilização no restaurante, assim a
NUTRI SPACE viria com uma quantidade maior de copos, sendo adquiridos pelo
proprietário do restaurante juntamente no momento da compra da cadeirinha, esta
quantidade depende da circulação de crianças que costumam freqüentar o
restaurante, ficando por conta do proprietário do ambiente verificar quantos copos
seriam necessários, estes copos podem ser adquiridos posteriormente a compra da
NUTRI SPACE para estoque.

Figura 93: Copo com logo do restaurante


Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 94: Nutri space com logo do restaurante


Fonte: Arquivo Pessoal

99
12. MODELO

Com a utilização do Desenho técnico foi desenvolvido o mockup, este


foi confeccionado em chapas de madeira MDF de 25 mm, 20 mm e 15 mm, para o
corte das chapas foram utilizados serra fita, serra tico-tico, serra copo, furadeira de
bancada e lixas.

Para a pintura do mockup foi utilizada tinta laqueada branca e spray de


Tinta esmalte nas cores azul, verde, vermelho, amarelo e prata.

Abaixo pode-se observar fotos do mockup em escala 1:1, sendo este


de tamanho real para utilização.

Figura 95: Vista Lateral do Modelo Final


Fonte: Arquivo Pessoal

100
Figura 96: Vista Frontal do Modelo Final
Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 97: Vista Lateral Esquerda do Modelo Final


Fonte: Arquivo Pessoal

101
13. ESTUDO DA MARCA

O Brainstorming ou sessão de agitação de idéias foi usada para a


escolha da marca do produto, após algumas palavras, surgiram as mais coerentes, e
por fim a que atendeu a proposta exigida pelo produto, segue abaixo as
selecionadas e a escolha final.

Alimentação: nutrição, abastecimento para o funcionamento de algo.

Brinquedos: objeto de brincar, jogo, distração.

Brincadeira: divertimento, jogo de criança.

Comodidade: conforto, adequação, facilidade

Cômodo: confortável, adequado, conveniente

Complemento: parte ou acessório que completa ou aperfeiçoa um todo

Criança: bebê, quem ainda não é adulto.

Desenho: traçado que representa algo; contorno.

Diversão: distração, brincadeira.

Nutrição: processo de ingestão, digestão e absorção de alimentos.

Personagens: pessoa notável, papel encarnado por ator, figura em história.

Figura 98:Marca
Fonte: Arquivo Pessoal

102
Figura 99: Formatos
Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 100: Proporção


Fonte: Arquivo Pessoal

103
:

Figura 101: Padronizações de Cores


Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 102: Aplicações


Fonte: Arquivo Pessoal

104
Figura 103: Tons de Cinzas
Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 104: Tipologia


Fonte: Arquivo Pessoal

105
PAPEL TIMBRADO

Figura 105: Papel Timbrado.


Fonte: Arquivo Pessoal

106
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O resultado final do projeto demonstrou ser uma solução adequada


para resolução do problema detectado, atendendo os requisitos com eficiência. Para
que esta conclusão se torne completa, falta realizar um levantamento de custos de
fabricação, para ver se realmente o custo de produção é adequado ao quanto o
mercado pode pagar pelo beneficio adquirido com o mesmo.

Com relação aos objetivos específicos do projeto pode-se concluir que


as carências, problemas e necessidades do usuário foram detectados e
praticamente solucionados com o projeto da Nutri Space. O mobiliário proporciona
conforto e preserva a saúde das crianças, através da ergonomia adequada ao
produto.

Um dos objetivos específicos foi à geração de um tema visual


importante que fosse utilizado como referência para identificação do projeto de
mobiliário infantil. O personagem Buzz Lightyear, boneco que luta contra o mal no
espaço, foi utilizado para suprir esta característica do produto, passando a imagem
de que o bem sempre vence para as crianças.

Com os objetivos atingidos a Nutri Space, cadeirinha de alimentação


infantil acomoda crianças e auxilia em sua alimentação proporcionando diversão e
entretenimento antes ou após a realização da refeição.

107
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAXTER, Mike. Projeto de produto. São Paulo, Edgard Blücher, 1998.


ANSARAH, M.G.R. Turismo e segmentação de mercado. São Paulo, Futura, 1999.
TURISMO Internacional. Uma perspectiva global. Organização Mundial de
Turismo. Porto Alegre, Book Mann, 2003.
LIONEL, Maitre. Restaurante. Técnicas de Serviço. Caxias do Sul, EDUCS, 1995.
HOUAISS, Antônio. Mini Dicionário da Língua Portuguesa. Objetiva. Rio de Janeiro,
2001.
BYARS, Mel. 50 Chairs Innovations in Design na Materials. RotoVision. 2000.
BRASILEIRAS Cadeiras. Museu da Cadeira Brasileira. São Paulo,Giroflex, 1997.
TENKINS, Carson I. Introdução ao Turismo. Ed. Campos, 2000.

15.1. Sites

http://www.magazineluiza.com.br Acessado em Março de 2006.


http://www.mpbrinquedos.com.br Acessado em Março de 2006.
http://www.submarino.com.br Acessado em Março de 2006.
http://americanas.com.br Acessado em Março de 2006.
http://maisovoce.com.br Acessado em Abril de 2006.
http://www.betocarrero.com.br Acessado em Abril de 2006.
http://www.guiafloripa.com.br Acessado em Abril de 2006.
http://www.lampel.com.br Acessado em Abril de 2006.
http://masp.uol.com.br Acessado em Abril de 2006.

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