Sunteți pe pagina 1din 12

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS


CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PENAL III
DOCENTE: WALLTON PEREIRA DE SOUZA PAIVA
DISCENTE: ESTERFNY JULIANA CARVALHO PAIVA

FICHAMENTO 06 – Art. 176 ao Art. 186 do Código Penal

Art. 176 – Outras fraudes


 Verbo núcleo do tipo penal: há três condutas previstas neste tipo penal: a) tomar
refeição (comer ou beber em restaurante, almoçando, jantando ou somente
lanchando); b) alojar-se em hotel (hospedar-se, sujeito ao pagamento de um preço,
normalmente calculado em diárias) e c) utilizar-se de meio de transporte
(empregar um meio de transporte pago para deslocar-se de um lugar para outro)
 Objeto jurídico: Patrimônio
 Objeto material: Pessoa que presta o serviço e deixa de receber a remuneração
devida
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa
 Sujeito passivo
o Mediato: Estado
o Imediato: Prestador de serviço
 Elemento subjetivo: Dolo
 Elemento normativo: Para a configuração do tipo penal é preciso que o agente não
possua recursos suficientes para efetuar o pagamento
 Classificação
o Quanto ao sujeito ativo: comum
o Quanto ao resultado: material, de forma livre
o Quanto ao instante consumativo: instantâneo
o Quanto a lesividade: dano
o Quanto ao número de sujeitos: unissubjetivo
o Quanto a conduta: comissivo
o Quanto ao momento consumativo: plurissubsistente, admite tentativa
 Jurisprudências sobre:
PROCESSUAL PENAL E PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.
REJEIÇÃO DA DENÚNCIA. ART. 176 DO CÓDIGO PENAL. OUTRAS
FRAUDES. HOSPEDAR-SE EM HOTEL SEM DISPOR DE RECURSOS PARA
PAGAMENTO PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA
SUSCITADA PELA PROCURADORIA DE JUSTIÇA. DENÚNCIA REJEITADA.
ACOLHIMENTO. - Se entre a data do fato delituoso e os dias atuais, decorrer lapso
prescricional superior ao previsto na legislação vigente à data do fato, com base na
pena abstrata, há que se reconhecer a prescrição da pretensão punitiva, nos termos do
art. 109, VI do Código Penal, desconsiderando-se as causas interruptivas, pois a
denúncia foi rejeitada.
(TJ-RN - RECSENSES: 78918 RN 2010.007891-8, Relator: Des. Rafael Godeiro,
Data de Julgamento: 05/07/2011, Câmara Criminal)

PENAL. ART. 176 DO CÓDIGO PENAL. TOMAR REFEIÇÃO EM


RESTAURANTE SEM DISPOR DE RECURSOS PARA EFETUAR O
PAGAMENTO. CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADOS. DOLO ESPECÍFICO.
INTENÇÃO DELIBERADA DE FRAUDAR. RECURSO IMPROVIDO. 1.
RESTANDO ASSENTE PELAS ROBUSTAS PROVAS DOS AUTOS QUE O RÉU
DELIBERADAMENTE, COM DOLO DE FRAUDAR, TOMOU REFEIÇÃO EM
ESTABELECIMENTO COMERCIAL SEM DISPOR DE RECURSOS PARA
EFETUAR O PAGAMENTO, CONFIGURA-SE O DELITO PREVISTO NO
ARTIGO 176 DO CÓDIGO PENAL. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA. 2. PROVADA A MATERIALIDADE E A AUTORIA,
JULGOU-SE PROCEDENTE A PRETENSÃO PUNITIVA. NO DECORRER DO
PROCESSO, OPORTUNIZADA A COMPOSIÇÃO CIVIL O ACUSADO NÃO
HONROU O PAGAMENTO, CONSTANDO DOS AUTOS ANTECEDENTES
INDICATIVOS DA INCLINAÇÃO DO RÉU PARA IDÊNTICA PRÁTICA
DELITUOSA, FIXANDO O MAGISTRADO A PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE EM 30 DIAS DE DETENÇÃO EM REGIME ABERTO,
SUBSTITUINDO-A POR PENA RESTRITIVA DE DIREITOS, EM 32 HORAS DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE. 3. CORRETA ADEQUAÇÃO
DA PENA AO ILÍCITO PRATICADO, COMO EXIGÊNCIA LEGAL DE
REPARAÇÃO E PREVENÇÃO DO CRIME, QUE SÃO OS VETORES DO
SISTEMA PENAL. 4. RECURSO NÃO PROVIDO. SENTENÇA MANTIDA POR
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS, COM SÚMULA DE JULGAMENTO
SERVINDO DE ACÓRDÃO NA FORMA DO ART. 82 DA LEI N. 9.099/95.
(TJ-DF - APJ: 432463320078070001 DF 0043246-33.2007.807.0001, Relator:
SANDRA REVES VASQUES TONUSSI, Data de Julgamento: 11/12/2007, Primeira
Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do D.F., Data de
Publicação: 29/02/2008, DJU Pág. 1183 Seção: 3)

Art. 177 – Fraudes e abusos na fundação ou administração de sociedade por ações


 Verbo núcleo do tipo penal: promover significa gerar, provocar ou originar. Trata-
se do crime cometido por quem constitui uma sociedade de ações
fraudulentamente, omitindo dados relevantes sobre a sua criação, sobre o capital,
sobre os recursos técnicos que possui, enfim, sobre qualquer elemento
fundamental para a detecção da real “saúde” financeira da empresa, com suas
perspectivas de sucesso ou insucesso
 Objeto jurídico: Patrimônio
 Objeto material: Prospecto ou a comunicação que contém a afirmação falsa ou a
omissão fraudulenta
 Sujeito ativo: Fundador da sociedade por ações
 Sujeito passivo
o Mediato: Estado
o Imediato: Qualquer pessoa que subscreva o capital
 Elemento subjetivo: Dolo, não se pune a forma culposa
 Elemento normativo:
 Classificação
o Quanto ao sujeito ativo: próprio
o Quanto ao resultado: formal, de forma livre
o Quanto ao instante consumativo: instantâneo
o Quanto a lesividade: perigo
o Quanto ao número de sujeitos: unissubjetivo
o Quanto a conduta: comissivo ou omissivo
o Quanto ao momento consumativo: plurissubsistente
 Jurisprudências sobre:
PENAL E PROCESSUAL. SOCIEDADES POR AÇÕES. CAPITAL FECHADO.
ADMINISTRAÇÃO. CONTAS. APROVAÇÃO. FRAUDE. INTERPOSiÇÃO DE
PESSOA. CONLUIO DE ACIONISTAS. ART. 177, § 1º, VII, DO CÓDIGO
PENAL. ATIPICIDADE. AÇÃO PENAL. JUSTA CAUSA. AUSÊNCIA. Não
configura interposição de pessoas, para fins de subsunção ao tipo previsto no artigo
177, § 1º, inciso VII, do Código Penal —razão por que é atípico —o exercício de voto,
em assembléia de acionistas, por detentor de parte do capital acionário, já qualificado
como votante. A transferência de ações entre acionistas, feita e registrada
regularmente é operação legítima, desprovida de ilicitude penal, posto que constituem
títulos representativos de frações do capital social, negociáveis e transmissíveis,
nominalmente ou ao portador. A sociedade controladora, através de seus
representantes legais, exerce, nas assembléias da sociedade controlada, o direito de
voto condizente com suas próprias ações e, à míngua de infração criminal, ao direito
civil concerne resolver litígios derivados de responsabilidade por eventuais prejuízos
causados ao conjunto de acionistas. Ordem concedida para trancar a ação penal nº
050.04.082918-9, que tramita na 4ª Vara Criminal da Comarca de São Paulo - SP.
(STJ - HC: 58052 SP 2006/0088127-6, Relator: Ministro PAULO MEDINA, Data de
Julgamento: 06/03/2007, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJ 02.04.2007
p. 310)

PROCESSO PENAL. PENAL. EMBARGOS INFRINGENTES. FRAUDE NA


ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE POR AÇÕES. MUTATIO LIBELLI.
CORRELAÇÃO ENTRE A DENÚNCIA E A SENTENÇA. CRIME CONTRA O
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. AUSÊNCIA DE PROVAS. 1.Não pode o
juiz, na sentença, substituir os fatos dados na denúncia como crime contra o Sistema
Financeiro Nacional para o de fraude na administração de sociedade por ações (CP,
art. 177, § 1º, II). Quebra do princípio da correlação entre a acusação e a sentença.
2.Inexistência de provas inequívocas de terem os agentes manipulado a cotação de
ações, sem que ficasse demonstrado os meios utilizados para a prática da manobra
delituosa.
(TRF-1 - EINACR: 2950 BA 0002950-45.1999.4.01.3300, Relator:
DESEMBARGADOR FEDERAL TOURINHO NETO, Data de Julgamento:
31/10/2012, SEGUNDA SEÇÃO, Data de Publicação: e-DJF1 p.246 de 16/11/2012)

Art. 178 – Emissão irregular de conhecimento de depósito ou “warrant”


 Verbo núcleo do tipo penal: emitir significa colocar em circulação. Assim, quando
os títulos de crédito referidos neste tipo penal forem endossados e passem a
circular, caso haja ofensa a dispositivo legal, configura-se o crime.
 Objeto jurídico: Patrimônio
 Objeto material: Título de crédito emitido irregularmente
 Sujeito ativo: depositário da mercadoria, obrigado a emitir os títulos de crédito,
respeitadas as normas legais
 Sujeito passivo
o Mediato: Estado
o Imediato: pessoa detentora do título (endossatário ou portador), que foi
lesada por conta da emissão irregular
 Elemento subjetivo: Dolo, inexiste forma culposa
 Elemento normativo:
 Classificação
o Quanto ao sujeito ativo: próprio
o Quanto ao resultado: formal, de forma livre
o Quanto ao instante consumativo: instantâneo
o Quanto a lesividade: perigo
o Quanto ao número de sujeitos: unissubjetivo
o Quanto a conduta: comissivo
o Quanto ao momento consumativo: unissubsistente, não admite tentativa
 Jurisprudências sobre:
APELAÇÃO. TÍTULO DE CRÉDITO. QUITAÇÃO. PROVA UNICAMENTE
TESTEMUNHAL. NÃO VEDAÇÃO EM LEI. CONHECIMENTO DE DEPÓSITO
E WARRANT. DECRETO 1102/1903. O dever de lealdade das partes é princípio
norteador do direito. Inteligência do artigo 422, CC. Nas relações civis o que não é
vedado pela lei, é possível fazer, desde que seja obedecido esse princípio de lealdade.
Não existe qualquer vedação na lei para que a prova testemunhal comprove que houve
quitação de título de crédito, isso se aplica inclusive para os títulos conhecimento de
depósito e warrant. Inteligência do decreto 1102/1903.
(TJ-MG - AC: 10460040139673002 MG, Relator: Antônio Bispo, Data de
Julgamento: 26/09/2013, Câmaras Cíveis / 15ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 04/10/2013)

PENAL. PROCESSUAL PENAL. APROPRIAÇÃO INDÉBITA DE GRÃOS


DEPOSITADOS EM ARMAZÉM. CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E
WARRANT. DESNECESSIDADE DE CONCLUSÃO DO INQUÉRITO
POLICIAL PARA AJUIZAMENTO DA DENÚNCIA. PROVAS TESTEMUNHAIS
E DOCUMENTAIS QUANTO AO DESVIO DOS PRODUTOS DEPOSITADOS.
APLICAÇÃO DO ARTIGO 44 DO CÓDIGO PENAL. 1. Dado o caráter meramente
informativo e inquisitório do inquérito policial, configurando-se como procedimento
puramente administrativo, a sua conclusão não é requisito para o oferecimento da
denúncia, sendo livre o Parquet para formar a opinio delicti. 2. Provadas a autoria e
materialidade do delito, que se configurou no desvio de arroz depositado pela
Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB - e Banco do Brasil - BB -,
conforme conhecimentos de depósito e warrant´s juntados aos autos, corroborado por
depoimentos testemunhais e prova documental, traduzida em relatórios de fiscais e
inspeção judicial, mostra-se correta a aplicação do artigo 168, § 1º, III, do CP, ao Réu.
3. Tratando-se de pena inferior a 4 (quatro) anos, e presentes os requisitos do artigo
44 do CP, aplica-se a substituição da pena privativa de liberdade, em prestígio também
do princípio da aplicação da lei mais benéfica ao acusado 4. Apelação improvida.
(TRF-1 - ACR: 60589 TO 1998.01.00.060589-5, Relator: JUÍZA IVANI SILVA DA
LUZ (CONV.), Data de Julgamento: 27/08/2002, SEGUNDA TURMA
SUPLEMENTAR, Data de Publicação: 22/05/2003 DJ p.115)

Art. 179 – Fraude à execução


 Verbo núcleo do tipo penal: O verbo núcleo é fraudar, que significa lesar ou
enganar com o intuito de obter proveito
 Objeto jurídico: Patrimônio
 Objeto material: São tanto os bens alienados, desviados, destruídos ou
danificados, como o processo de execução
 Sujeito ativo: Devedor (executado)
 Sujeito passivo
o Mediato: Estado
o Imediato: Credor (exequente)
 Elemento subjetivo: Dolo, não admite culpa
 Elemento normativo:
 Somente se procede mediante queixa
 Classificação
o Quanto ao sujeito ativo: próprio
o Quanto ao resultado: material, de forma livre
o Quanto ao instante consumativo: instantâneo
o Quanto a lesividade: dano
o Quanto ao número de sujeitos: unissubjetivo
o Quanto a conduta: comissivo
o Quanto ao momento consumativo: plurissubsistente, admite tentativa
 Jurisprudências sobre:
HABEAS CORPUS. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. FRAUDE À
EXECUÇÃO FISCAL (ART. 179 DO CP). PRESCRIÇÃO (ART. 109, V, DO CP).
1. O delito descrito no art. 179 do CP é crime instantâneo e comissivo, tendo ocorrido
no momento da transferência de bens imóveis aptos ao pagamento das dívidas
executadas. A alienação configurou a fraude. Os efeitos desta, entretanto, decorrentes
da omissão dos réus em regularizarem a situação patrimonial, protraíram-se de forma
relevante no tempo. Esta relevância deve ser considerada para fins prescricionais. 2.
A prescrição opera-se em 4 anos e tem como termo inicial a ciência da fraude, cujos
efeitos, relevantes ao direito penal, se protraíram no tempo.
(TRF-4 - HC: 50389614820154040000 5038961-48.2015.404.0000, Relator:
CLÁUDIA CRISTINA CRISTOFANI, Data de Julgamento: 04/11/2015, SÉTIMA
TURMA, Data de Publicação: D.E. 05/11/2015)

PENAL E PROCESSUAL PENAL. FRAUDE À EXECUÇÃO (ART. 179 DO CP).


REPARAÇÃO MÍNIMA DOS DANOS CAUSADOS PELA INFRAÇÃO (ART.
387, IV, DO CPP). BIS IN IDEM NÃO CONFIGURADO. MANUTENÇÃO DA
SENTENÇA. 1. O réu, devidamente intimado acerca de penhora sobre bem imóvel
de sua propriedade, nos autos do Processo nº 243., promoveu, na mesma data, sua
alienação. Diante do conjunto probatório constante aos autos, o Magistrado do 1º grau
entendeu configurado o delito do art. 179 do CP (fraude à execução). O réu não apelou
quanto à ocorrência do delito, insurgindo-se, tão somente, quanto à condenação
mínima fixada a título de reparação dos danos civis, com base no art. 387, IV, do CPP.
2. A condenação decorrente do disposto no art. 387, IV, do CPP, como efeito
específico da sentença (art. 91, I, do CP), não é adicional à eventual condenação na
esfera cível, servindo, apenas, de quantum mínimo a ser observado quando da
execução naquele juízo. Incabível, pois, falar em bis in idem ou litispendência. 3. Na
hipótese presente, é certo que há um título executivo extrajudicial sendo executado
visando à reparação da vítima, in casu, a União Federal (Processo nº 243. Entretanto,
naquele feito, com sua ardilosa manobra, o apelante reduziu-se à condição de devedor
insolvente, não tendo havido, portanto, reparação à vítima naqueles autos. 4. Assim,
com base no art. 387, IV, do CPP, deve ser mantida a condenação fixada pelo Juiz
sentenciante, no valor de R$ 19.320,10, em favor da União Federal, a fim de reparar
os danos causados pelo ilícito penal, sem prejuízo de majoração quando da execução
deste título no juízo cível. 5. Apelação improvida.
(TRF-5 - APR: 200983000172288, Relator: Desembargador Federal Francisco
Cavalcanti, Data de Julgamento: 20/06/2013, Primeira Turma, Data de Publicação:
27/06/2013)

Art. 180 – Receptação


 Verbo núcleo do tipo penal: é formada pela aplicação alternativa dos verbos
adquirir (obter, comprar), receber (aceitar em pagamento ou simplesmente
aceitar), transportar (levar de um lugar a outro), conduzir (tornar-se condutor,
guiar), ocultar (encobrir ou disfarçar), tendo por objeto material coisa produto de
crime. Nesse caso, tanto faz o autor praticar uma ou mais condutas, pois responde
por crime único (ex.: aquele que adquire e transporta coisa produto de delito
comete uma receptação)
 Objeto jurídico: Patrimônio
 Objeto material: Coisa produto de crime
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa
 Sujeito passivo
o Mediato: Estado
o Imediato: Proprietário ou possuidor da coisa produto de crime
 Elemento subjetivo: Dolo, admite forma culposa, segundo § 3.º
 Elemento normativo:
 Classificação
o Quanto ao sujeito ativo: comum
o Quanto ao resultado: material, de forma livre
o Quanto ao instante consumativo: instantâneo, salvo se for “ocultar”, ai será
permanente
o Quanto a lesividade: dano
o Quanto ao número de sujeitos: unissubjetivo
o Quanto a conduta: comissivo
o Quanto ao momento consumativo: plurissubsistente, admite tentativa
 Jurisprudências sobre:
PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO TENTADO E
RECEPTAÇÃO. (art. 157 C/C ART. 14, II E ART. 180, TODOS DO CÓDIGO
PENAL BRASILEIRO). PRETENDIDA A REVOGAÇÃO DA PRISÃO
PREVENTIVA. IMPOSSIBILIDADE. PRESENÇA DOS REQUISITOS DO
ARTIGO 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. ORDEM DENEGADA. 1.
Inexiste constrangimento ilegal em decisão que converte a prisão em flagrante em
preventiva ou denega liberdade provisória, diante da demonstração da materialidade
do delito e da existência de indícios da autoria, fundamentada em fatos concretos
indicadores da real necessidade da prisão cautelar; 2. Ordem conhecida e denegada.
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Habeas Corpus nº
0620622-19.2017.8.06.0000, em que figuram as partes acima indicadas, acorda a 3ª
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará, por unanimidade, conhecer da
ordem impetrada, para denegá-la, nos termos do voto do Relator. Fortaleza, 11 de abril
de 2017. PRESIDENTE E RELATOR
(TJ-CE - HC: 06206221920178060000 CE 0620622-19.2017.8.06.0000, Relator:
FRANCISCO LINCOLN ARAÚJO E SILVA, 3ª Câmara Criminal, Data de
Publicação: 11/04/2017)

DECISÃO: Acordam os Desembargadores integrantes da 2ª Câmara Criminal do


Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso. EMENTA: APELAÇÃO CRIME - RECEPTAÇÃO,
ADULTERAÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO DE SINAL AUTOMOTOR, PORTE DE
DROGAS PARA USO PRÓPRIO E CONTRAVENÇÃO PENAL DE TRAZER
CONSIGO ARMA DE CHOQUE (ARTS. 180, 311, AMBOS DO CP, ART. 28 DA
LEI 11.343/2006 E ART. 19 DO DECRETO LEI 3.688/1941)- PROCEDÊNCIA
PARCIAL.APELO DO ACUSADO - 1. ABSOLVIÇÃO DO DELITO DE
RECEPTAÇÃO E ADULTERAÇÃO DE SINAL DE IDENTIFICAÇÃO DE SINAL
AUTOMOTOR - IMPOSSIBILIDADE - MATERIALIDADE E AUTORIA
DEVIDAMENTE COMPROVADAS - CONDUÇÃO DE VEÍCULO QUE
POSSUÍA ORIGEM ILÍCITA E SINAIS DE ADULTERAÇÃO - TESTEMUNHO
DE POLICIAIS - VALIDADE E RELEVÂNCIA - SENTENÇA ESCORREITA - 2.
ADEQUAÇÃO DA PENA DE MULTA PARA O DELITO PREVISTO NO ART.
28 DA LEI 11.343/2006 - IMPOSSIBILIDADE - PENA DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS À COMUNIDADE DEVIDAMENTE APLICADA - RECURSO
DESPROVIDO. 1. Tendo em vista que as provas produzidas nos autos Apelação
Crime nº 1.601.118-42revelam que as condutas do Apelante ajustam-se aos tipos
penais de receptação e adulteração de sinal de identificação de veículo automotor, o
pleito de absolvição não merece amparo. "(...). II. O depoimento de policiais pode ser
meio de prova idôneo para embasar a condenação, principalmente quando tomados
em juízo, sob o crivo do contraditório. Precedentes do STF e desta Corte.(...)" (STJ,
HC 40162, Rel. Min. Gilson Dipp, Dje 28.03.2005).2. A escolha da pena é
discricionariedade do Juízo sentenciante, não cabendo ao réu optar pela pena que
melhor lhe agrade, até porque no caso a aplicação da pena de prestação de serviços à
comunidade para o delito de porte de drogas para uso próprio foi devidamente
justificada pelo julgador singular. (TJPR - 2ª C.Criminal - AC - 1601118-4 - Salto do
Lontra - Rel.: Luís Carlos Xavier - Unânime - - J. 23.03.2017)
(TJ-PR - APL: 16011184 PR 1601118-4 (Acórdão), Relator: Luís Carlos Xavier, Data
de Julgamento: 23/03/2017, 2ª Câmara Criminal, Data de Publicação: DJ: 2006
07/04/2017)

Art. 180A – Receptação de animal


 Verbo núcleo do tipo penal: Os verbos são: adquirir (obter, comprar), receber
(aceitar em pagamento ou simplesmente aceitar), transportar (levar de um lugar a
outro), conduzir (tornar-se condutor, guiar), ocultar (encobrir ou disfarçar), ter em
depósito (colocar algo em lugar seguro) ou vender (alienar por determinado
preço).
 Objeto jurídico: Patrimônio
 Objeto material: É o semovente domesticável de produção (abatido ou não; inteiro
ou em partes)
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa
 Sujeito passivo
o Mediato: Estado
o Imediato: Proprietário ou possuidor do animal produto do crime.
 Elemento subjetivo: Dolo, inexiste forma culposa
 Elemento normativo:
 Classificação
o Quanto ao sujeito ativo: comum
o Quanto ao resultado: material, de forma livre
o Quanto ao instante consumativo: instantâneo, nas formas “adquirir”,
“receber”, “transportar”, “conduzir” e “vender”, e permanente, nas
modalidades “ter em depósito” e “ocultar”
o Quanto a lesividade: dano
o Quanto ao número de sujeitos: unissubjetivo
o Quanto a conduta: comissivo
o Quanto ao momento consumativo: plurissubsistente, admite tentativa
 Jurisprudências sobre:
HABEAS CORPUS. CRIMES TIPIFICADOS NOS ARTS. 180 E 288, AMBOS DO
CPB, RECEPTAÇÃO DE ANIMAL E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA). PLEITO DE
REVOGAÇÃO DA PREVENTIVA UMA VEZ QUE AUSENTES OS MOTIVOS
ENSEJADORES DO DECRETO CAUTELAR, ANTE A PRESENÇA DE
CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. INSUBSISTENTE. PACIENTE QUE
RESPONDE POR SUPOSTOS CRIMES CUJAS PENAS MÁXIMAS SOMADAS
SUPERAM O LIMITE PREVISTO NO ART. 313, I DO CPP. CONDIÇÕES
PESSOAIS FAVORÁVEIS QUE NÃO TÊM O CONDÃO DE ELIDIR A
MANUTENÇÃO DE PRISÃO CAUTELAR. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÃO CONFIGURADO. WRIT CONHECIDO E DENEGADO. ACÓRDÃO: Vistos,
relatados e discutidos estes autos, acorda a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça
do Estado do Ceará, em CONHECER DA ORDEM IMPETRADA, porém para
DENEGÁ-LA, tudo conforme a fundamentação elencada. Fortaleza, 30 de novembro
de 2016 DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE
VASCONCELOS Relator
(TJ-CE - HC: 06276957620168060000 CE 0627695-76.2016.8.06.0000, Relator:
FRANCISCO MARTONIO PONTES DE VASCONCELOS, 2ª Câmara Criminal, Data
de Publicação: 30/11/2016)

EDcl no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.020.101 - SP (2016/0309308-


8) RELATOR : MINISTRO JOEL ILAN PACIORNIK EMBARGANTE : PAULO
SÉRGIO CAMILO DOS SANTOS ADVOGADO : DANIEL MARQUES DE
CAMARGO E OUTRO (S) - SP141369 EMBARGADO : MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO DE SÃO PAULO DECISÃO Trata-se de embargos declaratórios
opostos contra a decisão deste Relator, às fls. 1697/1702. O embargante, em suma,
alega omissão no julgado, porquanto noticiou por meio da petição de folhas
1675/1696 a existência de novatio legis in mellius, lei penal mais benéfica. Requer,
assim, o acolhimento dos embargos de declaração para sanar o vício apontado, com
substituição da pena corporal do art. 180, § 1º, do Código Penal CP para a pena do art.
180-A, do CP. O Ministério Público Federal opinou pelo acolhimento dos embargos
de declaração (fls. 1719/1723). É o relatório. Decido. De fato, existe omissão
conforme apontado pelo embargante, pois a petição foi juntada aos autos em 1/2/17
(fl. 1675), enquanto a decisão embargada foi juntada em 7/2/17 (fl. 1697) . A Lei n.
13.330 de 2016 incluiu no CP o delito de receptação de animais no artigo 180-A, com
entrada em vigor na data de sua publicação, em 2/8/16, após a interposição do recurso
especial. O referido crime ficou com a seguinte redação: Receptação de animal Art.
180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender,
com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de
produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de
crime: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. No caso dos autos, a
conduta do embargante se subsume ao novo tipo penal, pois este adquiriu gado
produto de crime no exercício de atividade comercial, razão pela qual foi condenado
no delito de receptação qualificada, cuja pena em abstrato é de 3 a 8 anos e multa.
Diante da nova lei mais benéfica, forçosa retroatividade de sua aplicação aos fatos
pretéritos. Cito precedente: PROCESSUAL PENAL. PEDIDO DE EXTENSÃO EM
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO.
DOSIMETRIA DA PENA. CAUSA DE AUMENTO. INCIDÊNCIA DO
PATAMAR MÁXIMO. LEI N. 6.368/76. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.
OCORRÊNCIA. RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA.
PEDIDO DE EXTENSÃO. SIMILITUDE DE SITUAÇÃO PROCESSUAL.
INEXISTÊNCIA DE ÓBICE INERENTE À CIRCUNSTÂNCIA DE CARÁTER
EXCLUSIVAMENTE PESSOAL. APLICAÇÃO DO ARTIGO 580 DO CPP.
EXTENSÃO A CORRÉU QUE NÃO REQUEREU O BENEFÍCIO. PEDIDO
DEFERIDO. [...] III - A lei mais benéfica deve retroagir aos fatos anteriores à sua
vigência, de acordo com o art. 5.º, inciso XL, da Constituição Federal, e art. 2.º,
parágrafo único, do Código Penal. [...] Pedido deferido para redimensionar as penas
impostas ao requerente e ao beneficiário para 13 (treze) anos e 4 (quatro) meses de
reclusão, em regime inicial fechado (PExt no HC 212.333/SP, Rel. Ministro FELIX
FISCHER, QUINTA TURMA, DJe 02/02/2016). Passo, então, ao refazimento da
dosimetria da pena, nos termos da sentença. Na primeira fase, altero a pena-base de 3
anos de reclusão para 2 anos de reclusão, patamar mantido na segunda fase. Na
terceira fase, em razão do crime continuado, aumento pela metade a pena, para
alcançar 3 anos de reclusão, pena que torno definitiva em razão da inexistência de
outras causas de aumento e de diminuição. A pena de multa permanecerá inalterada,
porquanto o novo dispositivo legal não suprimiu sua existência. Nos termos do art.
33, § 2º, c, do CP, imponho o regime inicial aberto. Nos termos do art. 44, substituo a
pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos a serem especificadas pelo
juízo da execução penal. Diante do exposto, acolho os embargos de declaração para
sanar omissão, com efeitos infringentes, reduzindo a pena definitiva para o patamar
de 3 anos de reclusão, em regime inicial aberto, substituída por duas restritivas de
direitos a serem especificadas pelo juízo das execuções, mantida a pena de 15 dias-
multa, tudo em razão da aplicação retroativa da lei penal mais benéfica do art. 180-A
do CP. Publique-se. Intimem-se. Brasília, 15 de março de 2017. MINISTRO JOEL
ILAN PACIORNIK Relator
(STJ - EDcl no AREsp: 1020101 SP 2016/0309308-8, Relator: Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, Data de Publicação: DJ 21/03/2017)

Art. 181
 Segundo ensina Nucci: Imunidade é um privilégio de natureza pessoal, desfrutado
por alguém em razão do cargo ou da função exercida, bem como por conta de
alguma condição ou circunstância de caráter pessoal. No âmbito penal, trata-se
(art. 181) de uma escusa absolutória, condição negativa de punibilidade ou causa
pessoal de exclusão da pena. Assim, por razões de política criminal, levando em
conta motivos de ordem utilitária e baseando-se na circunstância de existirem
laços familiares ou afetivos entre os envolvidos, o legislador houve por bem
afastar a punibilidade de determinadas pessoas. O crime – fato típico, antijurídico
e culpável – está presente, embora não seja punível. Cuida-se de imunidade
absoluta, porque não admite prova em contrário, nem possibilidade de se
renunciar à sua incidência. Nos crimes patrimoniais, não violentos e sem grave
ameaça, os cônjuges, entre si, os ascendentes e os descendentes, entre si, ainda
que cometam delitos, não são punidos.
 Jurisprudências sobre:
PENAL E PROCESSUAL PENAL. ESTELIONATO. AMEAÇA. PERTURBAÇÃO
DA TRANQUILIDADE. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
MULHER. NULIDADE DA SENTENÇA. LAUDO PERICIAL.
DESNECESSIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS.
PALAVRA DA VÍTIMA. EMENDATIO LIBELLI. APLICAÇÃO CORRETA.
ISENÇÃO DE PENA DO ART. 181, CP. NÃO COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO.
DOSIMETRIA. AGRAVANTE DO ART. 61, II, F, CP. INCIDÊNCIA. FIXAÇÃO
DE DANOS MORAIS. AFASTAMENTO. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. 1. É desnecessária a prova pericial para averiguar a falsificação da
assinatura de cheque, bem como para comprovar a perturbação da tranquilidade,
quando a farta e robusta prova dos autos apontam para suas incidências, a partir dos
depoimentos harmônicos e coesos prestados em juízo e na delegacia. 2. Nas infrações
penais relativas à violência doméstica e familiar contra a mulher, por serem em regra
praticadas sem a presença de testemunhas, a palavra da vítima reveste-se de especial
credibilidade, mormente quando confirmada por conjunto probatório harmônico e
coeso. 3. É possível a nova capitulação jurídica dos fatos, nos termos do art. 383, CPP,
quando descritos na denúncia. O entendimento jurisprudencial prevalecente é de que
o réu se defende dos fatos e não da definição jurídica contida na peça inaugural. 4.
Não havendo comprovação, nos autos, de que vítima e réu mantinham união estável
à época dos fatos, não há que se falar em aplicação da regra de isenção de pena do art.
181, CP, ao crime de estelionato. 5. Em se tratando das infrações penais de ameaça,
de estelionato e de perturbação da tranquilidade, a aplicação da circunstância
agravante prevista no art. 61, inciso II, alínea f, do CP, não configura bis in idem, uma
vez que tal circunstância não é elementar do delito, tampouco o qualifica. 6. Não é
cabível a fixação de reparação por danos morais no juízo criminal, com base no inciso
IV do artigo 387 do Código Penal. 7. Recurso conhecido e parcialmente provido.
(TJ-DF 20150610008669 0000858-22.2015.8.07.0006, Relator: JOÃO BATISTA
TEIXEIRA, Data de Julgamento: 09/02/2017, 3ª TURMA CRIMINAL, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 15/02/2017 . Pág.: 286/295)

APELAÇÃO CRIMINAL - FURTO - ART. 155, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL -


MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS - INCIDÊNCIA DA ESCUSA
ABSOLUTÓRIA PREVISTA NO ART. 181, II, CP - IMPOSSIBILIDADE -
VÍTIMA MAIOR DE 60 (SESSENTA) ANOS DE IDADE - INTELIGÊNCIA DO
ART. 183, III, CP - RECURSO NÃO PROVIDO. - Não há que se falar na aplicação
da escusa absolutória prevista no art. 181, inc. II, do Código Penal, se a vítima, apesar
de ser genitor do acusado, contava mais de 60 (sessenta) anos de idade à época dos
fatos (art. 183, III, CP). V.V.P. ATENUANTE DA CONFISSÃO -
PREPONDERÂNCIA - NECESSIDADE. 1. A atenuante da confissão, por ser um
desmembramento da personalidade, é preponderante em relação às demais agravantes,
salvo a reincidência. 2. Se houver, todavia, duas agravantes, elas podem ser
compensadas.
(TJ-MG - APR: 10259110005073001 MG, Relator: Jaubert Carneiro Jaques, Data
de Julgamento: 07/02/2017, Câmaras Criminais / 6ª CÂMARA CRIMINAL, Data de
Publicação: 22/02/2017)

Art. 182
 O art. 182 trata da imunidade relativa e exige que a vítima do crime apresente
representação, legitimando o Ministério Público a agir, ingressando com ação
penal, ou mesmo autorizando a mera instauração de inquérito policial pelo
delegado. Somente não se aplica o disposto neste artigo quando o crime contra o
patrimônio já exigir, por si só, representação ou for de ação privada, sendo cabível
a queixa.

Art. 183
 Não se aplica o previsto nos artigos anteriores se o crime se der com emprego de
grave ameaça ou violência à pessoa; por estranho que participa do crime ou se o
crime for cometido contra idoso com idade igual ou superior a 60 anos.

Art. 184 – Violação de direito autoral


 Verbo núcleo do tipo penal: Violar significa ofender ou transgredir, tendo por
objeto o direito de autor à sua produção intelectual. O tipo é uma norma penal em
branco, necessitando, pois, de vinculação com as leis que protegem o direito de
autor, bem como se usando a interpretação do juiz para que possa ter real alcance
e sentido
 Objeto jurídico: Propriedade intelectual
 Objeto material: obra violada, desde que inédita, justamente o que lhe confere o
caráter de individualizada
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa
 Sujeito passivo
o Mediato: Estado
o Imediato: só pode ser o autor de obra intelectual ou o titular do direito
sobre a produção intelectual de outrem, bem como seus herdeiros e
sucessores
 Elemento subjetivo: Dolo, não existe forma culposa
 Elemento normativo:
 Classificação
o Quanto ao sujeito ativo: comum
o Quanto ao resultado: formal, de forma livre
o Quanto ao instante consumativo: instantâneo
o Quanto a lesividade: perigo
o Quanto ao número de sujeitos: unissubjetivo
o Quanto a conduta: comissivo
o Quanto ao momento consumativo: plurissubsistente, admite tentativa
 Jurisprudências sobre:
PENAL. VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL. ART. 184, § 2º, DO CÓDIGO
PENAL. MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO COMPROVADOS. PRINCÍPIO
DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. 1. Pratica o delito do art. 184, § 2º,
do Código Penal, aquele que introduz no país, com intuito de lucro, mídia reproduzida
com violação ao direito autoral. 2. Comprovados a materialidade, a autoria e o dolo,
deve ser mantida a condenação. 3. Não se aplica o princípio da insignificância em
delitos cujos bens jurídicos protegidos possuem relevância que não se pode mensurar.
4. Apelação criminal desprovida.
(TRF-4 - ACR: 50013220520164047002 PR 5001322-05.2016.404.7002, Relator:
NIVALDO BRUNONI, Data de Julgamento: 10/05/2017, OITAVA TURMA)

PENAL. ART. 184, § 2º DO CÓDIGO PENAL. ABSOLVIÇÃO - FATO ATÍPICO


- CONDUTA ACEITA PELA SOCIEDADE - ESTADO DE NECESSIDADE -
INVIABILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO. Se a prova dos autos dá conta de
que a ré, com intuito de lucro, expôs cópias de CD's e DVD's contrafeitos, mantém-
se hígida a sua condenação como incursa no art. 184, § 1º, do Código Penal. A conduta
daquele que expõe à revenda, com intuito de lucro, obra artística reproduzida sem
autorização do autor, é perniciosa à sociedade, pois retira do artista o direito de haver
os reflexos econômicos de sua obra, além de suprimir das produtoras, gravadoras e
distribuidoras, o lucro de suas atividades. Se a ré possuía poder aquisitivo suficiente
para a compra de mais de mil mídias em CD e DVD de diversos títulos, todos
contrafeitos, de certo teria capacidade de obter mercadoria lícita para expor à venda
(precedentes).
(TJ-DF 20150110121537 0003525-93.2015.8.07.0001, Relator: ROMÃO C.
OLIVEIRA, Data de Julgamento: 23/02/2017, 1ª TURMA CRIMINAL, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 07/03/2017 . Pág.: 221/235)

Art. 185
 Revogado pela Lei 10.695/2003.

Art. 186
 Procede-se mediante queixa, nos crimes previsto no caput do art. 184, sendo,
assim, de ação penal privada. Será de ação penal pública incondicionada nos casos
previstos nos §§ 1.º e 2.º do art. 184, ou seja, quando houver intuito de lucro.
Existe previsto uma proteção especial às entidades de direito público, as
autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações
instituídas pelo Poder Público, considerando de ação pública incondicionada
qualquer delito de violação de direito de autor. E, por fim, no caso do § 3.º do art.
184, a ação é pública condicionada, isto é, há necessidade de se colher a
concordância da vítima para que o Estado (polícia e Ministério Público) possa
agir.

S-ar putea să vă placă și