Sunteți pe pagina 1din 48

Terrenos a partir de 3 mil m2.

www.brasileconomico.com.br
mobile.brasileconomico.com.br

SEXTA-FEIRA E FIM DE SEMANA, 26, 27 E 28 DE NOVEMBRO, 2010 | ANO 2 | Nº 316 | DIRETOR RICARDO GALUPPO | DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA R$ 3,00

Embalagens Onda de consumo faz Energia Bom retorno em longo Saneamento Sabesp cria empresa
indústria crescer 10% em produção prazo atrai investimento em pequenas de participações para ampliar
e faturar R$ 40 bilhões neste ano. centrais hidrelétricas. ➥ P32 geograficamente atuação. ➥ P22

Ofensiva histórica contra o crime Ernesto Carriço/O Dia

No quinto dia de ataques


de traficantes, governo
do Rio e Marinha reagem
com a ocupação da Vila
Cruzeiro, na Zona Norte
da capital fluminense.
Lojas fecharam e
prejuízo diário, nas 15
comunidades afetadas, é
de quase R$ 40 milhões,
o que corresponde a
11% do movimento diário
do comércio carioca.
Combate ao narcotráfico
será a maior prioridade
do futuro ministro da
Justiça no início do
governo Dilma. ➥ P4

Baú da Felicidade procura comprador


Grupo Silvio Santos contratou consultoria para negociar a venda das 126 lojas da varejista de eletroeletrônicos. Lojas Cem
foi procurada, mas não se interessou pelo negócio. Mercadomóveis, do Paraná, fará sua proposta nos próximos dias. ➥ P18

Fim de patentes Empresas de INDICADORES 25.11.2010

abre mercado construção ▼


TAXAS DE CÂMBIO
Dólar Ptax (R$/US$)
COMPRA VENDA
1,7198 1,7206
Bolsa barateia
de R$ 2 bilhões disputam mão ▼

Dólar comercial (R$/US$)
Euro (R$/€)
1,7200
2,2989
1,7220
2,3003
título de imóvel
▲ Euro (US$/€) 1,3367 1,3369
para genéricos de obra a tapa ▼ Peso argentino (R$/$)
JUROS
0,4330
META EFETIVA
0,4335
Objetivo é abocanhar uma fatia
maior do crescente mercado
Remédios de alto consumo Projetos de infraestrutura e de investimentos imobiliários,
■ Selic (a.a.) 10,75% 10,66%
dominado pela Cetip. ➥ P39
para pressão alta, colesterol e mercado imobiliário aquecido BOLSAS VAR. % ÍNDICES
disfunção erétil puxam as vendas. aumentam valor médio do ▼ Bovespa - São Paulo -0,38 69.361,63
■ Dow Jones - Nova York feriado
Apelo social favorece sucesso rendimento dos trabalhadores, ■ Nasdaq - Nova York feriado
de genéricos. Consumidor já com pressão sobre a inflação. ■ S&P 500 - Nova York feriado
economizou R$ 17 bilhões com Desemprego medido pelo IBGE ▲ FTSE 100 - Londres 0,74 5.698,93
a concorrência no setor. ➥ P14 é o menor desde 2002. ➥ P12 ▲ Hang Seng - Hong Kong 0,13 23.054,68
2 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

NESTA EDIÇÃO

Murillo Constantino

Em alta Salário do brasileiro sobre 6,5%


Marcela Beltrão O rendimento médio do trabalhador brasileiro
subiu 6,5% em um ano. A valorização deve-se,
pelo menos em parte, à queda no nível de
desemprego, que caiu para 6,1% em outubro. ➥ P12

Cartão de crédito tem novas regras


O Conselho Monetário Nacional (CMN) modificou regras
relativas aos serviços de cartões de crédito. O número
de taxas cobradas dos consumidores passou de
80 para 5 e o percentual mínimo para pagamento
da fatura foi fixado em 15% a partir de junho de 2011 e
20% em dezembro do mesmo ano, por exemplo. ➥ P34
Mercado de genéricos pode
crescer mais R$ 2 bilhões Actis compra fatia da XP Investimentos
Nos últimos dois anos, a participação de
fabricantes multinacionais cresceu quase O fundo inglês Actis adquiriu, por R$ 100 milhões,
três vezes no mercado de medicamentos participação de cerca de 20% na XP Investimentos,
genéricos do Brasil. Esses remédios já uma das maiores corretoras de ações do país. ➥ P35
representam cerca de 40% da receita
dos laboratórios. Em 2008, respondiam Sabesp terá empresa de participações AFP

por pouco mais de 10%. A fatia do mercado


brasileiro ainda não atendida pelos Interessada em expandir seus negócios além da
genéricos é de aproximadamente R$ 2 fronteira paulista, a Sabesp, gerida atualmente por Gesner
bilhões. Formulações de alto consumo, de Oliveira, deixará à próxima administração um projeto
para males como pressão alta, colesterol para a criação de uma companhia de participações,
e disfunção erétil, começam a perder suas além de um plano de investimentos de R$ 1,8 bilhão. ➥ P22
patentes exclusivas. A indústria passa
a se reorganizar, registrando aquisições
de empresas e parcerias. ➥ P14 Anatel oferece licenças de TV a cabo
Nova regra expedida pela Agência Nacional de
Consumo de aço bate Telecomunicações (Anatel) deve agitar ainda mais o setor
de televisão a cabo em 2010, agora que operadoras de
recorde em 2010 no país telecomunicações têm liberdade para atuar no mercado. ➥ P16
O consumo de aço atingirá recorde
este ano. Prevê-se que 26,8 milhões
de toneladas sejam vendidas, o que Ministério das Comunicações pode mudar
representa volume 44% maior do que em
2009 e 11% mais alto do que o de 2008, As mudanças no setor de telecomunicações levaram
quando a produção ainda não havia sido o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social,
afetada pela crise. A maior parte da Franklin Martins, opinar que o Ministério das
comercialização, no entanto, está sendo Comunicações precisa ser “refundado”. ➥ P17
suprida por siderúrgicas de outros países.
No ano, estima-se que as importações de Marcela Beltrão

aço cheguem a 5,9 milhões de toneladas.


De 2009 para 2010, cresceram 154%.
O aumento nada desprezível das compras Leilão do trem-bala pode ser adiado
feitas no exterior seriam reflexo do
câmbio e de incentivos à importação. ➥ P25 As propostas para a construção do Trem de Alta Velocidade
(TAV) devem ser entregues na segunda-feira, dia 29, mas
Murillo Constantino empresas ferroviárias e entidades do setor esperam que
o governo adie o prazo para entrega das licitações. ➥ P38

Fundos lucram com energia


Fundos que investiram na construção de pequenas
centrais hidrelétricas (PCHs) começam a ver sua
aplicação render frutos, com a conclusão dos primeiros
projetos alternativos de geração de energia. ➥ P32
Baú da Felicidade está à venda
Silvio Santos contratou uma consultoria para procurar Exposição mostra papel da água
possíveis interessados em comprar o Baú da Felicidade.
Copersucar investe no A venda pode ser fracionada ou todas as 130 lojas Oca, em São Paulo, abre hoje exposição de arte,
repassadas para o comprador de uma só vez. ➥ P18 tecnologia e ciência para discutir o papel da água. ➥ P30
transporte por trens
A Ferrovia Centro Atlântica (FCA), Divulgação

controlada pela Vale, vai investir R$ 60


milhões na reforma de 500 vagões. A A FRASE
Copersucar, maior comercializadora de
açúcar e álcool do país, investirá outros
R$ 65 milhões em três terminais de
“Estamos disputando
transbordo. As ações fazem parte do plano mão de obra a tapa”
da Copersucar, que engloba 120 usinas de
cana, de investir R$ 1,5 bilhão em logística
até 2015. O objetivo é passar a privilegiar
meios de transporte como o ferroviário
e hidroviário, mais econômicos do que
o rodoviário. A partir também de 2015,
a Copersucar vai transportar, pela FCA João Cláudio Robusti, diretor do Departamento da Indústria
um volume de até 3 milhões de toneladas da Construção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
de açúcar por ano, informa o presidente comentando que a dificuldade de encontrar trabalhadores não se restringe
executivo Paulo Roberto de Souza. ➥ P24 à qualificada, mas expande-se dos engenheiros aos pedreiros.
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 3
26, 27 e 28

EDITORIAL

Murillo Constantino

NILTON NUNES TOLEDO, DIRETOR-SUPERINTENDENTE DA FTDE Combate à


violência requer
mais que polícia
O secretário executivo do Programa Na-
cional de Segurança Pública com Cida-
dania, Ronaldo Teixeira, anunciou no
último dia 17 de novembro, que será in-
vestido R$ 1,6 bilhão na construção, nos
próximos quatro anos e em todo o país,
de 2.883 Postos Policiais Comunitários
— a versão federal das Unidades de Polí-
cia Pacificadora (UPPs). De acordo com
ele, os recursos foram previstos no or-
çamento de 2011, dentro do segundo
Programa de Aceleração do Crescimen-
to. Portanto, fazem parte da pauta da
equipe de transição do Ministério da
Justiça. Mas, como mostram as imagens
vindas do Rio de Janeiro, nos últimos
cinco dias, isso talvez não seja suficien-
te — e não por falta de dinheiro.

É preciso aliar política


de segurança pública com
geração de emprego e
desenvolvimento econômico

A instalação de 12 UPPs em favelas da


capital fluminense foi suficiente para
coibir a ação do crime organizado em
outras localidades. Basta ver os crimi-
nosos em fuga da Vila Cruzeiro, na tarde
de ontem, rumo ao Morro do Alemão,
como mostram as imagens gravadas por
helicópteros de redes de televisão.
É preciso, além de polícia na rua e de
uma estratégia de segurança pública
clara, outras políticas igualmente im-
portantes, de geração de emprego,
desenvolvimento econômico e comba-
te rigoroso à corrupção. Como diz o
economista Marcelo Neri, a pobreza
não é fator de aumento de criminalida-
de, mas a desigualdade social, sim. E,
entre 1996 e 2008, os índices de desi-
gualdade social caíram em todo o país,
exceto no Rio de Janeiro.
Até agosto deste ano, o governo flu-
minense investiu R$ 126,9 milhões na
modernização e aparelhamento das po-
lícias Civil, Militar, Corpo de Bombei-
ros e no sistema penitenciário. O inves-
timento foi 153% maior na comparação
com o mesmo período do passado. Mas
não evitou que cerca de 55 veículos fos-
sem incendiados nos últimos dias. Pior
ainda, as cerca de 35 mortes, além de 12
mil alunos sem aula e todo o pânico vi-
vido pelos cidadãos nas ruas. Isso é algo
A Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) deu um passo que o próximo ministro da Justiça, pos-
sivelmente José Eduardo Cardozo, e o
estratégico para ampliar a oferta de seus serviços, principalmente para empresas privadas. governador Sérgio Cabral, terão de dis-
Foi reestruturada e mudou-se para uma sede maior. “Queremos mostrar que temos equipes cutir bastante pelos próximos dias e até
para qualquer projeto”, afirma o diretor-superintendente Nilton Nunes Toledo. ➥ P36 a Copa do Mundo de 2014. ■

Diretor de Redação Ricardo Galuppo Arte Pena Placeres (Diretor), Betto Vaz (Editor), Cas- Publicidade Legal Marco Panza (Diretor de Publicidade São Paulo e demais localidades 0800 021 0118
Diretor Adjunto Costábile Nicoletta siano de O. Araujo, Evandro Moura, Letícia Alves, Mai- Legal e Financeira), Marco Aleixo, Carlos Flores, Ana Rio de Janeiro (Capital) (21) 3878-9100
con Silva, Paulo Roberto Argento, Renata Rodrigues, Re- Alves e Adriana Araújo (Executivos de Negócios), Al- De segunda a sexta-feira - das 6h30 às 18h30.
Presidente do Conselho de Administração Editores Executivos Arnaldo Comin, Gabriel de Sales, nato B. Gaspar, Tania Aquino (Paginadores), Infografia cione Santos (Assistente Comercial) Sábados, domingos e feriados - das 7h às 14h.
Jiane Carvalho, Thaís Costa, Produção Editorial Clara Alex Silva (Chefe), Anderson Cattai, Monica Sobral Fo- assinatura@brasileconomico.com.br
Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos Ywata Editores Carla Jimenez (Brasil), Conrado tografia Antonio Milena (Editor), Marcela Beltrão (Su- Central de Atendimento ao Jornaleiro (11) 3320-2112
Diretor-Presidente José Mascarenhas Mazzoni (On-line), Fabiana Parajara (Destaque), Laura beditora), Evandro Monteiro, Henrique Manreza, Murillo Departamento de Marketing Anysio Espindola, Evani-
Diretor-Vice-Presidente Ronaldo Carneiro Knapp (Projetos Especiais), Márcia Pinheiro (Finan- Constantino, Rafael Neddermeyer (Fotógrafos), Angéli- se Santos (Diretores), Rodrigo Louro (Gerente de Jornalista Responsável Ricardo Galuppo
ças), Rita Karam (Empresas) Subeditores Estela Silva, ca Breseghello Bueno, Carlos Henrique, Fabiana No- Marketing), Giselle Leme e Roberta Baraúna (Coorde-
Diretores Executivos Isabelle Moreira Lima (Empresas), Luciano Feltrin (Fi- gueira, Thais Moreira (Pesquisa) Webdesigner Rodrigo nadores de Marketing).
Alexandre Freeland e Ricardo Galuppo nanças), Marcelo Cabral (Brasil), Micheli Rueda (On-li- Alves Tratamento de imagem Henrique Peixoto, Luiz TABELA DE PREÇOS
ne) Repórteres Amanda Vidigal, Ana Paula Machado, Carlos Costa Secretaria/Produção Shizuka Matsuno Assinatura Nacional
Ana Paula Ribeiro, Bárbara Ladeia, Carlos Eduardo Va- Operações Cristiane Perin (Diretora)
lim, Carolina Alves, Carolina Pereira, Cintia Esteves, Departamento Comercial Paulo Fraga (Diretor Exe- Trimestral Semestral Anual
Claudia Bredarioli, Daniela Paiva, Denise Barra, Do- cutivo Comercial), Mauricio Toni (Diretor Comercial), R$ 197,00 R$ 328,80 R$ 548,00
mingos Zaparolli, Dubes Sônego, Elaine Cotta, Eva Ro- Júlio César Ferreira (Diretor de Publicidade), Ana Ca- Departamento de Mercado Leitor Nido Meireles (Di- Condições especiais para pacotes e projetos corporativos
drigues, Fabiana Monte, Fábio Suzuki, Felipe Peroni, rolina Corrêa, Sofia Khabbaz, Valquiria Rezende, Wil- retor), Nancy Socegan Geraldi (Assistente Direto-
(circulação de segunda a sexta, exceto nos feriados nacionais)
redacao@brasileconomico.com.br Françoise Terzian, João Paulo Freitas, Juliana Rangel, son Haddad (Gerentes Executivos), Paulo Fonseca ria), Denes Miranda (Coordenador de Planejamento)
Karen Busic, Luiz Silveira, Lurdete Ertel, Maria Luiza (Gerente Comercial), Celeste Viveiros, Edson Ramão,
BRASIL ECONÔMICO é uma publicação Filgueiras, Mariana Celle, Mariana Segala, Marina Go- Mariana Sayeg e Vinícius Rabello (Executivos de Ne- Auditado pela BDO -
da Empresa Jornalística Econômico S.A. mara, Martha S. J. França, Michele Loureiro, Natália gócios), Andréia Luiz (Assistente Comercial) Central de Assinantes e Venda de Assinaturas Auditores Independentes
Flach, Nivaldo Souza, Paulo Justus, Pedro Venceslau, Marcello Miniguini (Gerente de Assinaturas), Vanessa
Redação, Administração e Publicidade Priscila Machado, Regiane de Oliveira, Ruy Barata Projetos Especiais Márcia Abreu (Gerente), João Rezende (Supervisão de Atendimento), Conceição Impressão:
Avenida das Nações Unidas, 11.633 - 8º andar, Neto, Thais Folego, Vanessa Correia, Weruska Goeking Felippe Macerou Barbosa e Samara Ramos (Coor- Alves (Supervisão) Editora O Dia S.A. (RJ)
CEP 04578-901, Brooklin, São Paulo (SP), Brasília Maeli Prado e Simone Cavalcanti Rio de Ja- denadores) , Daiana Silva Faganelli (Analista) , So- Nova Forma (SP)
Tel. (11) 3320-2000. Fax (11) 3320-2158 neiro Daniel Haidar, Ricardo Rego Monteiro lange Santos (Assistente Executiva) FCâmara Gráfica e Editora Ltda. (DF/GO)
4 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

DESTAQUE VIOLÊNCIA

Severino Silva/O Dia

Tanques vão para as ruas no


quinto dia de terror no Rio
Apenas no comércio das 15 áreas afetadas, perdas somam quase
R$ 40 milhões por dia, ou 11% do movimento diário do comércio da cidade

Rio contabilizou pelo menos 15 mortes ontem.


Foram pelo menos 34 desde início dos ataques.
Ao todo, 62 pessoas foram presas e 122 detidas

Ricardo Rego Monteiro desde 2008 ocuparam 12 comu- sim”, lembra Néri, ao afirmar que tanto, medidas complementa-
rmonteiro@brasileconomico.com.br

A violência deflagrada na noite do


último sábado na cidade do Rio de
Janeiro teve ontem mais um capí-
tulo dramático com a invasão da
Vila Cruzeiro, na Zona Norte, por
soldados do Batalhão de Opera-
nidades da futura sede da Copa do
Mundo de 2014 e dos Jogos Olím-
picos de 2016. A reocupação de
áreas marginalizadas há mais de
duas décadas, avaliam, precisa
também se dar com ações econô-
micas, que visem a reverter a de-
sigualdade e a reduzir a informa-

Pobreza não explica
a violência, por si só,
mas a desigualdade
social, sim. Por isso,
os números mostram que “o Rio é
mais desigual que o restante do
Brasil”. “Por isso, a repressão po-
licial, com as UPPs, precisa ocor-
rer, mas tem que estar associada a
outra abordagem, que leve em
consideração a necessidade de se
reduzir a desigualdade.”
res, na área econômica, que con-
tribuam no longo prazo para au-
mentar a formalização da eco-
nomia carioca. Langoni cita o
exemplo de metrópoles como
Nova York, que conseguiram re-
verter altos índices de violência
com medidas de segurança e de
ções Especiais (Bope) com tan- lidade no estado do Rio. a repressão policial, melhoria do ambiente de negó-
ques e blindados da Marinha. Chefe do Centro de Políticas Prejuízos cios. “O Rio precisa ser mais ou-
Coordenada pela Secretaria Esta- Sociais do Instituto Brasileiro de com as UPPs, precisa A Fecomércio-RJ calcula que, se sado no combate à informalida-
dual de Segurança Pública, essa Economia da Fundação Getulio ocorrer, mas tem o comércio das 15 localidades de, com ações para desonerar a
foi a maior operação militar da Vargas (FGV), Marcelo Néri afir- que estar associada a atingidas ficasse fechado 24 ho- folha de pagamentos”, afirma.
história da cidade e, para especia- ma que, entre 1996 e 2008, o Rio ras, a perda para o setor seria de “De um modo geral, a economia
listas, trata-se de um confronto de Janeiro foi malsucedido na outra abordagem, que R$ 39 milhões. O valor represen- do Rio vai bem, com investimen-
esperado há mais de 20 anos. tentativa de reduzir a desigualda- leve em consideração ta 11% do faturamento diário do tos em infraestrutura e logística,
Pelo menos 34 pessoas mor- de. Levantamento do centro, que a necessidade comércio na cidade. O comércio e com a revitalização da Zona
reram em decorrência da vio- mensura a desigualdade em uma carioca gastou R$ 866 milhões Portuária. A revitalização só
lência dos últimos dias. Para escala de 0 a 1, constatou que, en- de se reduzir em 2009 com segurança privada, ocorreu, no entanto, porque teve
hoje, o governo afirma que terá o quanto a concentração de renda a desigualdade o que corresponde a 2,7% do fa- regime tributário especial.”
reforço da Polícia Federal no baixou de 0,56 para 0,544 no Bra- evidente na cidade turamento do período. O presidente da Federação das
combate aos traficantes. sil, a do Rio, no mesmo período, Membro do comitê organiza- Indústrias do Rio de Janeiro (Fir-
Os especialistas em segurança não só ficou acima da média na- Marcelo Néri, dor da Copa de 2014, e econo- jan), Eduardo Eugenio Gouvêa
pública advertem, porém, que o cional, em 0,57, como manteve- economista da FGV mista do Centro de Estudos In- Vieira, considera cedo para ava-
Estado precisa fazer-se presente se no mesmo patamar. ternacionais da mesma FGV, liar os prejuízos. O empresário
não só por meio das Unidades de “Pobreza não explica a violên- Carlos Geraldo Langoni, também conclama a sociedade a cobrar
Polícia Pacificadora (UPPs), que cia, por si só, mas a desigualdade, apoia as UPPs. Ele sugere, no en- parlamentares eleitos por mu-
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 5
26, 27 e 28

LEIA MAIS Seguradoras se Empresas de segurança José Eduardo Cardozo,


compromente a pagar privada registram aumento provável futuro ministro
por veículos incendiados nos de pedidos por orçamentos e da Justiça, terá a missão
últimos dias, apesar das de reforços de equipes. Escolas de dar uma resposta rápida e
apólices não cobrirem casos e estabelecimentos comerciais efetiva aos ataques do tráfico,
de terrorismo e vandalismo. ficaram fechados ontem. junto com governo do Rio.

Ernesto Carriço/O Dia

Ocupação da Vila Cruzeiro, na


Zona Norte do Rio: desde
anteontem, 21 pessoas foram
Governo responde
internadas com ferimentos
provocados por balas e granadas
com transferências
Especialistas avaliam que O deputado das, afirma o procurador. “Tem
envio de detentos a outros que identificar as lideranças,
estados ajuda a desorganizar
Marcelo Freixo ver as comunidades onde atuam
(PSOL) diz que e transferir para fora”, diz.
Daniel Haidar a série de ataques O professor Paulo Storani, da
dhaidar@brasileconomico.com.br Universidade Cândido Mendes
no Rio foi catástrofe (UCAM), concorda com a ava-
Como no início de 2007, quan- anunciada, porque liação feita pelo governo de que
do tinha acabado de assumir o traficantes de os ataques, chamados de atos
cargo, o governador do Rio de terroristas, foram organizados
Janeiro, Sergio Cabral Filho
comunidades para protestar contra a instala-
(PMDB), respondeu aos ata- tomadas pela polícia ção de unidades de polícia paci-
ques organizados por facções se juntaram em ficadora (UPP), termo usado
criminosas com a transferência para designar os postos policiais
de detentos para penitenciárias busca de vingança que tentam retirar o controle
federais em outros estados, territorial dos traficantes nas
além de realizar operações po- favelas. A promessa do gover-
liciais nas principais favelas. A nador de instalar uma UPP na
Justiça autorizou o envio de favela da Rocinha, maior favela
oito detentos para cumprir controlada pelo tráfico na Zona
pena no Presídio Federal de Ca- Sul do Rio, pode ter levado à
tanduvas, no Paraná. Outros 11 reação de uma das facções. Poli-
detentos, transferidos ante- ciais dizem que duas facções
riormente para Catanduvas, criminosas se uniram para evi-
foram enviados ao presídio de tar a perda de mais território.
Porto Velho, em Rondônia,
porque foram considerados ar- Catástrofe anunciada
ticuladores dos ataques. Opositor do governo Cabral, o
Ex-secretário estadual de deputado estadual Marcelo
administração penitenciária, o Freixo (PSOL) diz que houve
procurador de Justiça Astério “irresponsabilidade” no plane-
Pereira avalia que as transfe- jamento de UPPs, já que os trafi-
rências ajudam a desarticular as cantes das comunidades afeta-
quadrilhas. Mas destaca que das não foram presos e se refu-
falta integrar os sistemas de in- giaram na favela Vila Cruzeiro e
teligência dos presídios federais no Complexo do Alemão, co-
e das penitenciárias do estado munidades vizinhas no bairro da
do Rio para reduzir os danos Penha, Zona Norte do Rio. A Vila
dos ataques. Pereira diz ainda Cruzeiro foi o principal alvo da
que faltou comunicação, por- polícia ontem.“Foi uma catás-
que, no fim de outubro, uma trofe anunciada. O governo foi
carta fora apreendida no presí- irresponsavel de deixar chegar
dio de Catanduvas com instru- onde chegou. Todo mundo sabia
ções de atentados. Se houvesse que estavam se concentrando na
contato entre grupos de inteli- Vila Cruzeiro e no Complexo do
gência, as perdas seriam evita- Alemão”, disse. ■

Pedro Gama/Rio CVB

danças na Lei de Execuções Pe- O empresário Eike Batista, do


nais. “Não é possível que esse tipo grupo EBX, manifestou seu des- Expectativa de receber 643 mil
de terrorismo seja comandado de contentamento pelo Twitter. visitantes na cidade para o fim do ano
dentro de presídios”, critica “Amo o Rio. Fico triste com o que pode cair com os confrontos armados
Gouvêa Vieira. “Isso é um desafio estamos passando, mas estou
não mais ao Poder Público, mas à confiante de que vamos superar
sociedade como um todo.” esse momento”, escreveu. ■

TURISMO

Confronto pode afastar turistas do Réveillon


A repercussão dos confrontos entre da unidade carioca da Trevisan
traficantes e o Poder Público do Rio Escola de Negócios. Mathias diz
de Janeiro pode afetar o número que as ações são positivas para o
de turistas com planos de passar turismo no médio e longo prazos.
o Reveillon deste ano na capital Para Philip Carruthers, diretor-geral
fluminense. Segundo a Empresa do grupo de hotéis Orient Express,
de Turismo do Município do Rio que administra o Copacabana
de Janeiro (Riotur), são esperadas Palace, as reservas para o período
643 mil pessoas de fora da cidade estão 20% acima do ano passado
no período. “A violência gera com ocupação superior a 80%
insegurança na população e de para os próximos quatro meses.
quem pode vir de outros lugares. “Pontualmente, pode haver meia
Mas o impacto é pontual e vai dúzia de pessoas que deixe de vir.
depender do resultado de toda essa Mas a ação do Estado é favorável
ação”, diz Ricardo Mathias, gestor para o turismo”. Fábio Suzuki
6 Brasil Econômico Sexta-feira,
Sexta-feira e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

DESTAQUE VIOLÊNCIA

Luiza de Paola/AFP

Ônibus e carros foram


atacados em vários pontos da
Zona Norte do Rio de Janeiro

Seguradoras mantêm preços e


pagam por veículos incendiados
Número de carros atacados é pequeno perto da frota segurada, por isso não deve impactar valor das apólices

Thais Folego As enchentes que Paulo Umeki, diretor de conta do episódio, afirmam as
tfolego@brasileconomico.com.br Produtos da Liberty, conta que companhias. “A frota de veícu- SÃO PAULO
ocorreram no é unanimidade entre as segura- los brasileiros segurada é de 12
O saldo de veículos queimados Rio no início deste doras que os casos ocorridos no milhões, e o número de carros Apólice para loja
no Rio de Janeiro é de pelo me- ano, sim, foram Rio têm cobertura. “Por ser um atingidos foi baixo”, diz Mar- de shopping terá alta
nos 55 esta semana. As apólices caso pequeno em relação ao ques. Ele explica que o impacto
de automóveis normalmente
suficientes para número de veículos segurados, sobre o preço se dá pelo histórico Este ano os shoppings de São
têm cobertura para colisão, in- aumentar o preço. ele não se caracteriza como de sinistros por região, marca de Paulo foram palco de uma série
cêndio e roubo, mas excluem in- Na época, só a convulsão social, um evento carro, perfil do condutor, entre de assaltos, principalmente os de
denizações para atos de vanda- que pode gerar uma grande outros fatores. Em resumo, alto padrão, como Cidade Jardim
lismo e terrorismo. Os ataques Porto Seguro teve perda para as seguradoras. A quanto mais indenizações a se- e Iguatemi. E o alvo principal dos
cometidos por traficantes no cerca de 600 pedidos exclusão de cobertura de van- guradora pagar, mais caro fica o criminosos foram as joalherias.
Rio, porém, não estão sendo de indenização dalismo e terrorismo é por seguro para o próximo ano. “O valor do seguro que cobre
considerados pelo mercado de conta desse risco de grandes “É mais fácil que a chuva de roubo para lojas de shopping
seguros como ato de vandalis- indenizações concentradas”, ontem em São Paulo cause mais tende a subir, principalmente
mo, mas sim como um evento afirma. Eduardo Marques, di- estragos e sinistros do que o para lojas que vendem produtos
isolado. Assim, os propretários retor Técnico da corretora evento todo no Rio”, afirma Jo- de pequeno volume e preços
de carros incendiados que tive- Marsh, lembra ainda que essas sé Luis Ferreira, diretor de Pro- altos, como joias e computadores
rem seguros terão suas indeni- ocorrências são de caráter im- dução da Porto Seguro. Ele portáteis”, afirma Paulo Umeki,
zações pagas, afirma Henrique previsto, que fogem ao controle conta que as enchentes que diretor de Produtos da Liberty
Brandão, presidente do Sindica- das pessoas que perderam seus ocorreram no Rio no início des- Seguros. Ele ressalta, porém,
to dos Corretores de Seguros do carros, exatamente o conceito te ano sim foram suficientes que somente as lojas com
Rio de Janeiro (Sincor-RJ). chave do seguro. para aumentar o valor das apó- produtos mais visados devem
“Esse é um evento isolado para lices. Na época, só a Porto Se- ter aumento. “O seguro de
desestabilizar a sociedade, todos Preço não será impactado guro teve cerca de 600 veículos uma C&A não vai mudar”, diz.
os sinistros serão pagos”, diz. E é exatamente o fato das perdas segurados danificados. “O Es- Segundo ele, a frequência de
“Mesmo porque os carros foram das seguradoras não serem tado está tomando conta do roubos em shoppings era quase
antes roubados para depois serem grandes que o preço do seguro caso e não vamos chegar nem zero até o ano passado, mas
incendiados”, afirma. de automóvel não deve subir por perto desse número”, diz. ■ cresceu muito este ano. T.F.
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 7
26, 27 e 28

Severino Silva/O Dia

Cresce demanda Empresas de


segurança privada
estão aumentando

por segurança efetivo e alterando


horários e itinerários

privada
Pedidos de orçamento e de Empresas situadas
reforço de equipes aumentam
nas companhias de vigilância
na Zona Norte do
Rio de Janeiro,
Mariana Celle onde ocorrem maior
mcelle@brasileconomico.com.br
parte dos ataques,
Os recentes ataques de trafican- dispensaram os
tes na cidade do Rio de Janeiro, funcionários mais
levou a um aumento de deman-
da nas empresas do segmento
cedo. Escolas
de segurança privada.“Temos não tiveram aulas
recebido entre cinco e seis soli-
citações de orçamento por dia
para segurança patrimonial, presas de Segurança e Trans- de 10% dos clientes pediram à contra instituições privadas”,
sendo quatro dessas para escolta porte de Valores (Fenavist). empresa para reforçar as equi- diz. Em São Paulo, em maio de
em transporte, o que não acon- Ele explica que, por conta da pes de seguranças. 2006, ataques do crime organi-
tecia com tanta frequência”, diz onda de violência, medidas ex- João Palhuca, vice-presiden- zado contra as forças do estado
André Lopes, sócio-diretor da tras serão tomadas pelas pres- te do Sindicato das Empresas de mataram 23 policiais.
Securu Sistemas de Segurança tadoras de serviço de seguran- Segurança Privada, Segurança Por causa da onda de violên-
Digital. Em todo o Brasil, há 2 ça privada para evitar que o Eletrônica, Serviços de Escolta e cia, empresas e estabelecimen-
mil empresas licenciadas pela atendimento fique vulnerável. Cursos de Formação do Estado tos comerciais situados na Zona
Polícia Federal para atuar na “Aumento do efetivo e altera- de São Paulo (Sesvesp), não Norte da capital fluminense têm
área de segurança privada , que ção da rotina devem ser algu- acredita que isso afete conside- liberado os funcionários mais
devem movimentar R$ 15,5 bi- mas atitudes das empresas de ravelmente o mercado. “Está cedo ou simplesmente fechado
lhões este ano, segundo dados transporte de valores”, diz Lo- claro que é uma ação terrorista as portas. Ontem, pelo menos 12
da Federação Nacional das Em- pes. Na Vise Vigilância, cerca contra as forças do estado, não alunos ficaram sem aulas. ■
8 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira,e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

DESTAQUE VIOLÊNCIA

Próximo da Justiça, Cardozo


deve ser interlocutor de Cabral Daniel Marenco/Folhapress

Deputado
José Eduardo Martins Cardozo é um
federal e um dos dos mais próximos interlocutores
coordenadores de Dilma Rousseff na transição

da transição foi
desafeto de Lula

Pedro Venceslau
pvendceslau@brasileconomico.com.br

Nome praticamente definido


para suceder Luiz Paulo Barre-
to no Ministério Justiça, José
Eduardo Martins Cardozo deve
ser o ministro mais visado de
Dilma Rousseff nos primeiros
meses de gestão do novo gover-
no. Ele e a presidente eleita têm
conversado muito sobre como o
governo federal pode dar uma
resposta efetiva, rápida e con-
vincente aos ataques de trafi-
cantes no Rio de Janeiro em re-
presália às Unidades de Polícia
Pacificadora (UPPs) instaladas
nas favelas cariocas. “Dentro do
governo, o protagonismo (no
combate aos traficantes) é 100%
do ministro da Justiça. Cardozo
terá pela frente o desafio de iso-
lar os líderes das facções crimi-
nosas e articular nacionalmente
as policiais estaduais para im-
pedir o tráfico das drogas”, diz o
advogado Carlos Ari Sundfeld,
professor de direito público da
Fundação Getulio Vargas e con-
temporâneo de Cardozo na Fa-
culdade de Direito da Pontifícia


Universidade Católica de São Cota pessoal reira política, Cardozo tem um reforma do judiciário do Minis-
Paulo (PUC-SP). A escolha de Cardozo como um perfil técnico e uma sólida for- tério da Justiça na gestão de
Ele acredita que o perfil con- dos coordenadores da campa- mação jurídica. Seu estilo ameno Márcio Thomaz Bastos.
ciliador de Cardozo ajudará no nha presidencial e provável mi- de dialogar será importante na
diálogo com o governo do Rio. nistro da Justiça a partir de 2011 O Ministério da Justiça relação com a Polícia Federal e a Providências
“Ninguém espera que ele vire é creditada à cota pessoal da é eminentemente opinião pública. A agenda da se- O ministro da Justiça, Luiz Paulo
um xerife. Como titular da pas- presidente eleita. “Cardozo é gurança vai dominar o debate no Barreto, ofereceu ao governo do
ta, ele terá que lidar com órgãos um desafeto histórico de Lula político. A vivência ano que vem e isso aumentará Rio de Janeiro o envio de efetivos
relativamente autônomos, como dentro do PT. Sua escolha sina- de Cardozo como muito a importância e a visibili- da Polícia Federal e da Força Na-
a Polícia Federal”. Ao longo da liza ao partido como uma de- dade do ministro da Justiça”, diz cional de Segurança Pública
campanha presidencial, foi Car- monstração de independência
deputado, vereador o sociólogo Murilo de Aragão. para ajudar o governo estadual a
dozo quem trouxe à tona o com- da presidente eleita”, diz o e dirigente “O Ministério da Justiça é evitar novos ataques de trafi-
bate ao crack e a continuidade cientista político Rudá Ricci. partidário será eminentemente político. A vi- cantes. O governador Sergio Ca-
das UPPs como carros-chefes da Além de contar com a con- vência de Cardozo como depu- bral já tinha pedido ao ministro
política de segurança pública. fiança de Dilma, Cardozo é da muito importante tado, vereador e dirigente par- reforço da Polícia Rodoviária Fe-
Dilma Rousseff também está en- mesma corrente interna do ex- tidário será muito importan- deral nas estradas onde ocorre-
tusiasmada com os Veículos Não ministro da Justiça Tarso Genro Pierpaolo Botini, te”, afirma o advogado Pier- ram os atentados. As UPPs são
Tripulados comprados de Israel dentro do PT, chamada Mensa- ex-secretário de reforma do paolo Botini, professor de di- uma parceria entre os governos
para uso da Polícia Federal. gem ao Partido. “Apesar da car- Judiciário do Ministério da Justiça reito da USP e ex- secretário de federal e estadual. ■
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ABr

TRANSIÇÃO

Jobim é o mais cotado para ficar na Defesa


Mesmo sem o apoio de seu Apesar dos sinais enviados, federal teme que as ações
partido, o PMDB, Nelson Jobim o titular da Defesa ainda não violentas no estado prejudiquemo
é o nome mais cotado para decidiu seu futuro, o que deve cronograma de preparação para
permanecer à frente do Ministério acontecer nos próximos dias. a Copa das Confederações de 2013,
da Defesa no governo Dilma Jobim, que tem evitado falar a Copa do Mundo de 2014 e as
Rousseff. A presidente eleita sobre o assunto, autorizou que Olímpiadas de 2016. A implantação
receia que uma mudança na o Comando da Marinha forneça de 12 UPPs em favelas foi
pasta prejudique o processo apoio logístico ao governo do citado pelo Comitê Olímpico
de reaparelhamento das Rio de Janeiro, que pediu ajuda Internacional como um exemplo
Forças Armadas, que está devido aos ataques de traficantes de que a cidade será segura
sendo conduzido por Jobim. ocorridos na cidade. O governo para a Olimpíada de 2016. P.V.
Sexta-feira e fim de semana, 26, 27 e 28
Sexta-feira, 26 de
de novembro, 2010 Brasil Econômico 9
novembro, 2010
10 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

OPINIÃO

Roberto Freire Mario Garnero Alberto Serrentino


Presidente do PPS Presidente do grupo Brasilinvest Consultor e sócio sênior da GS&MD –
Gouvêa de Souza

O sonho acabou! JK, coragem e ambição Varejo, um grande editor


O governo do Rio de Janeiro merece toda nossa solida- Falar de Juscelino Kubitschek pode parecer algo corri- Empresas de varejo que entenderem seu negócio como
riedade no combate aos bandos armados que, utilizando queiro. Mas, para mim, é algo que faria pelo resto da mi- simples compra e venda de produtos estão condenadas
táticas terroristas, têm causado sérios transtornos a uma nha vida. Ele não foi somente um dos presidentes do Bra- à decadência. Este é o modelo do varejo de simples co-
população cada vez mais assustada e desamparada. O sil. JK foi o melhor presidente que o país já teve. Tudo co- merciantes, no qual localização, localização e localiza-
mesmo governo que durante toda a campanha eleitoral meçou quando Juscelino, ainda menino, queria ser um ção eram os três atributos determinantes do sucesso.
usou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), como dos melhores da sua sala, no colégio. Responsável, vaido- A progressiva proliferação e commoditização de
modelo de segurança pública, a ponto de a candidata so e inteligente, é assim que os companheiros do primário produtos, com excesso de oferta e lançamentos acaba
eleita afirmar que usaria tal modelo em todo o país. caracterizavam JK, ou Nonô, como era mais conhecido. confundido o consumidor e tornando difícil o processo
Uma ação claramente orquestrada de bandidos pôs No seminário, JK tomou gostou maior ainda pela lei- de escolha. Neste sentido, o varejo terá cada vez mais
em xeque esse modelo. Sua fragilidade não resistiu a tura. Foi aí que começaram os sonhos de chegar à facul- que aprofundar o conhecimento dos consumidores,
uma evidência primária, os bandidos não evaporaram dade de Medicina. Principalmente pela influência que definir claramente posicionamento e proposta de va-
quando tiveram que deixar as áreas onde atuavam com recebera do Dr. Álvaro Mata Machado, médico e ex-se- lor, fazer escolhas e renúncias e assumir o papel de
a chegada das UPPs. A violência que se alastra pelo Rio nador na Constituinte Mineira, que encorajou Juscelino editor das ofertas.
há vários anos não vai ser resolvida apenas com a insta- ao dizer que o Brasil só cresceria como um país de verda- No setor de eletroeletrônicos, tecnologia e inovação
lação de tais unidades. É preciso muito mais. Entram aí de se estivesse nas mãos de um médico. ocorrem em velocidade muito superior à capacidade
medidas concretas para dar uma alternativa de vida de absorção e até mesmo de uso. Caberá ao varejo a ta-
para os jovens envolvidos com o tráfico, o maior con- refa de decifrar, simplificar, aproximar a tecnologia,
trole das fronteiras brasileiras para impedir a entrada de Mesmo aqueles que tentaram lhe segmentar produtos, agregar serviços e entregar a cada
armas e drogas e um processo radical de “desinfecção” tirar a alegria de viver, quando do cliente a melhor alternativa e solução. As lojas devem
do sistema policial, completamente contaminado pela se tornar mais didáticas, intuitivas, informativas e fá-
corrupção e envolvimento com o crime. movimento de 1964, reconheceram ceis. Consumidores já se informam e compram em
A violência endêmica de que tem sido vítima o Rio que Juscelino mudou o Brasil múltiplos canais e o mundo digital permite informar—
assumiu essa proporção por descontinuidade no com- se e comparar produtos e preços antes e durante a visi-
bate sistemático do crime. Pelo simples fato de que não ta à loja. Nos EUA, Walmart e Amazon.com disponibi-
temos políticas de Estado para o combate ao crime orga- Depois do seu primeiro emprego formal, como tele- lizam aplicativos para iPhone que permitem aos clien-
nizado. Elas não são políticas públicas. São políticas de grafista em Belo Horizonte, e da faculdade de medicina, tes ler códigos de barra de produtos ou fotografá-los e
governo. O que marca a gestão da segurança, assim, é a até atingir o maior posto na nação, a ascensão de JK foi consultar preços nos sites das marcas.
descontinuidade, com cada novo governador adotando digna de cinema. Tudo que JK fazia era realizado com
uma determinada política de segurança. Em gestão pú- atenção, disciplina e dedicação. Seja como prefeito de
blica, nada que não tenha continuidade tem eficácia. Belo Horizonte, governador de Minas Gerais, ou presi- O desafio de simplificar as
Um outro problema que agrava a situação é a corrup- dente, JK sempre teve a vontade de construir algo gran- escolhas para o cliente implica
ção entranhada no seio das instituições policiais. A reali- dioso, nos mesmos moldes das coisas que vivenciou du-
dade tem nos mostrado que no Rio prende-se tanto trafi- rante seu estágio como médico na Europa. Juscelino per- um exercício estratégico e
cantes quanto policiais. Todos os dias assistimos notícias cebeu como o mundo era grande, e como muito mais po- gerencial mais complexo no varejo
de crime onde tem bandido ou policial envolvido, o que deria ser feito para que o Brasil pudesse avançar.
enfraquece a importância e a autoridade policial. Quando Juscelino provou que suas ideias eram viáveis quando
se vê carro de polícia no morro não sabe se ele está em in- começou a construir estradas, possibilitou a instalação No Reino Unido, a Currys, de eletroeletrônicos, re-
cursão, excursão ou se está indo receber, pagar ou pren- de indústrias, melhorou a saúde com a erradicação de desenhou o merchandising e comunicação de suas lo-
der, como muito bem disse nosso deputado federal pelo endemias e mostrou ao povo brasileiro que o complexo jas, permitindo ao cliente comparar produtos, entender
Rio, Stepan Nercessian. Há tanto tempo existe essa rela- de vira-lata não era mais nada do que um estado de pen- funcionalidades e benefícios e simplificar a tecnologia;
ção promíscua que o bandido perdeu medo de polícia. samento. Com Brasília, deu ao brasileiro mais de um mo- também oferece amplo portfólio de serviços, tais como
tivo para acreditar que crescer era possível. instalação e reparos. As mais de 300 Apple Stores do
Mas, porque alguém se daria ao trabalho que reavivar mundo receberam no ano passado mais de 75 milhões
A realidade enfrentada pelos cariocas as saudades de uma pessoa que tanto significou para uma de consumidores, cinco vezes mais que a Disney em
é o preço que estamos pagando por nação? Simplesmente porque esta pessoa é Juscelino Ku- Orlando. Todos os produtos expostos ficam ligados, co-
bitschek de Oliveira, que um dia fora meu chefe. Convivi nectados, os vendedores são usuários entusiastas; além
um governo que, em vez de governar, durante muitos anos lado a lado com JK, coordenando disso, é possível ter consultoria individual, cursos e
passou oito anos em palanques em São Paulo sua campanha para as eleições de 1965. Não treinamento, além de contar com uma estação de repa-
preciso nem dizer que JK reunia uma força gravitacional. ros de produtos. Isto torna o ponto de venda relevante e
Todos que estavam com ele sentiam que tudo era possí- continuará motivando consumidores a visitá-los.
Há pouco mais de quarenta dias do término de seu vel, desde que acreditássemos fielmente. Já em alimentos, além de migrar para soluções em
mandato, o país começa a acordar do sonho edulcorado Os anos que passei ao seu lado foram tempos que me alimentação, ampliando comida pronta, integrando
da propaganda e marketing político que moveu todo o encheram de alegria e esperança. A maior honra de mi- food service, catering e delivery, o varejo terá que ra-
governo Lula, e se defronta com a crueza do mundo nha vida foi ser um dos coordenadores de sua campa- cionalizar sortimento e identificar produtos que de fato
real. O que estamos vendo, a cada novo dia, é a realida- nha para voltar à Presidência da República. As viagens entreguem valor e justifiquem sua incorporação ao
de de um governo catastrófico, despido da fantasia da de carro, de avião, as palestras, as madrugadas, tudo sortimento, por agregar inovação, diferenciação, fun-
propaganda, que estende sua sombra de incompetência não foi em vão. Mesmo aqueles que tentaram lhe tirar a cionalidade, conveniência, preço e qualidade. A rede
sobre todas as áreas. Seja na balbúrdia do Enem, no alegria de viver, quando do movimento de 1964, reco- baiana Perini, recentemente adquirida pelo grupo chi-
crescimento do processo inflacionário, no espantoso nheceram que Juscelino mudou o Brasil. leno Cencosud, oferece delicatessen, padaria, super-
incremento da dívida pública, na incapacidade geren- Depois que JK nos deixou, em 1976, muito foi escrito mercado gourmet, doçaria, sorveteria, lanchonete,
cial de levar adiante seus próprios projetos, como reve- sobre ele. Livros, artigos, filmes e minissérie. Cada uma restaurante e serviço de encomendas para festas.
lado pela insignificante taxa de realização do PAC e seus dessas produções retrata um pouco da sua vida, das suas O desafio de simplificar as escolhas para o cliente
mirabolantes projetos sociais. obras. Neste momento, estou preparando um livro em implica em um exercício estratégico e gerencial mais
A realidade enfrentada pelos cariocas é o preço que homenagem ao nosso querido e eterno presidente. Em complexo no varejo, integrando posicionamento, ca-
estamos pagando por um governo que, em vez de go- cada pessoa que estou entrevistando, em cada material tegorização da oferta, gerenciamento de mercadorias e
vernar, passou oito anos em palanques, enquanto as que estou lendo, busco os traços de sua personalidade. visual merchandising, tornando o varejo muito mais
agruras de nosso povo eram embaladas pelo papel lu- Em breve, darei a minha homenagem a Juscelino Ku- que um vendedor, um editor. A marca da loja torna-se
minoso da fantasia. O sonho acabou. ■ bitschek, um homem com a coragem da ambição. ■ aval de qualidade, estilo, informação e confiança. ■
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 11
26, 27 e 28

Sam Panthaky/AFP

Para levar à piscina


No que alega ser o primeiro telefone celular
à prova d´água e flutuante do país, Vikas
Mundhra, presidente da filial indiana da Best
IT World, demonstra as habilidades do
aparelho. Outros seis celulares da marca
iBall, com características diferenciadas,
também foram apresentados.

Joel Saget/AFP

PAZ PARA AS MULHERES

Vestidas de branco e com máscaras brancas, dezenas de mulheres cobriram algumas ruas de Paris, ontem. Foi uma manifestação
pelo Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher, celebrado em vários países pelo mundo, como Espanha, Chile,
Paquistão, Honduras e Turquia. Segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a violência contra
as mulheres está em patamares epidêmicos. Uma em cada três, no mundo todo, já sofrem violência física ou maus-tratos. Na França,
décadas depois de lutar pelo direito de usar calças, as mulheres foram cooptadas ao “ato militante” de usar saias. E deitar-se pelas ruas.

ENTREVISTA LUIZ MARCATTI Sócio da consultoria Mesa

Competição reduz apego de fundadores


A necessidade de buscar jogo ficou simples: aquelas que Antonio Milena
da empresa que muitas vezes empresa, mas terei 60% ou 70%
capital faz com que empresários não ganham escala viram alvo “O empresário leva o sobrenome de sua família, de uma empresa mais forte.
se disponham a dividir o poder de consolidação. Essa lógica prefere ter está entendendo melhor o fato
vem provocando mudanças 70% de uma de que para receber novos só- O que os empresários que
Luciano Feltrin lentas, mas que vieram para fi- empresa cios é preciso partilhar o con- buscam aquisições esperam
lfeltrin@brasileconomico.com.br car na mentalidade dos empre- melhor do trole. Por isso, o apego ao poder do novo governo?
sários brasileiros, acredita Luiz que ser dono vem diminuindo. A tendência geral é achar que o
As operações de fusão e aquisi- Marcatti, sócio da Mesa, con- de uma de primeiro ano de um governo é
ção estão em alta. Com cresci- sultoria que prepara empresas menor porte” Como isso pode ser percebido sempre complicado e menos
mento médio de dois dígitos no que estão em busca de sócios. de maneira prática? previsível para o ambiente de
ano, os negócios devem superar Muitos negócios têm sido fecha- negócios. Até por isso, muitos
o recorde doméstico — de 721 Qual a principal mudança que dos com troca de ações. Mesmo empresários aproveitam o mo-
operações em 2007 — ao final do a necessidade de crescer trouxe entre empresas que não estão na mento da economia, com o Bra-
ano. Com empresas de todos os às empresas brasileiras? bolsa. O racional é o seguinte: sil se destacando, para fechar
segmentos indo às compras, o O empresário médio, fundador deixo de ter o controle total da operações até o fim do ano. ■
12 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

BRASIL

Rendimento Salários na
construção
pressionam
inflação

médio real sobe


6,5% em um ano
Menor contingente de pessoal capacitado disponível
no mercado ajuda a elevar custos de contratação

Eva Rodrigues Entre as regiões, em relatório que “a evolução do


evarodrigues@brasileconomico.com.br mercado de trabalho deve per-
São Paulo gerou manecer ainda favorável nos
Hoje, para contratar um profis- 78 mil vagas em próximos meses, continuando a
sional no mesmo cargo, as em- outubro. Mas o constituir um pilar importante
presas têm de desembolsar de sustentação de consumo”.
6,5% a mais em termos reais em destaque ficou por A forte evolução do mercado
relação aos custos de 2009. A conta da região de trabalho, com valorização do
mudança no patamar de rendi- metropolitana salário mínimo e geração de va-
mento do trabalhador é sinto- gas formais (805 mil postos com
mática do que vem ocorrendo de Porto Alegre, carteira em um ano), levaram às
no mercado de trabalho brasi- que atingiu 3,7% na dificuldades de contratação vis-
leiro, que saiu de uma taxa de taxa de desocupação tas hoje e que podem ser cons-
desocupação de 12,9% em mar- tatadas na alta de 6,5% no ren-
ço de 2002 para 6,1% no mês de ao gerar 31 mil dimento médio real em relação
outubro. Como tendência, a ge- postos de trabalho a outubro de 2009.
ração de vagas deve caminhar em outubro Essa alta recente na renda,
de forma comedida daqui em no entanto, já viveu tempos
diante, além de impor desafios bem diferentes. Em 2003, por
de capacitação para atender às exemplo, o rendimento médio
reais necessidades do mercado. real foi 9,6% menor que o de
Em outubro, a taxa de de- 2002. “Entre 2002 e 2004 o
semprego medida pelo Institu- rendimento diminuía em fun-
to Brasileiro de Geografia e Es- ção da grande disponibilidade
tatística (IBGE) ficou em 6,1%, de trabalhadores no mercado.
patamar de estabilidade em re- Esse cenário foi se revertendo
lação ao mês anterior (6,2%), e gradualmente e o resultado é
a menor taxa já registrada des- que hoje é muito mais caro con-
de o início da série da Pesquisa tratar”, diz a economista do
Mensal de Emprego (PME) em Santander, Luiza Rodrigues.
março de 2002. Como sazonal- As pressões inflacionárias são
mente as taxas de desocupação a consequência imediata desse
de novembro e dezembro são processo, seja na forma de re-
menores que a de outubro por passe dos custos de mão de obra
conta da geração de vagas tem- ao consumidor, ou na forma de
porárias, a expectativa é que a inflação de demanda caso o em-
desocupação feche o ano com presário opte por não aumentar o
taxa inferior à verificada em quadro de funcionários e, por
2009 (8,1%). consequência, o volume de pro-
No mês, o Comércio foi o que dução. “O fato é que hoje não
mais avançou ao gerar 101 mil existe uma porta de saída para PETRÓLEO E GÁS
postos de trabalho. O gerente da crescer a oferta de mão de obra
PME, Cimar Azeredo, também sem pressão de custo – ou você Alunos do Prominp têm empregabilidade
cita o desempenho da indústria, tira alguém que já está traba- média de 81%, segundo Caged
setor que mais expurgou traba- lhando e paga por isso, ou opta
lhadores com a crise. “Agora, o por treinar alguém que está fora O Programa de Mobilização da estão em fase de seleção pública.
retrato é o de um setor que vai do mercado e também gasta com Indústria Nacional de Petróleo Essas vagas serão distribuídas
gradativamente se recuperando isso”, pondera Luiza Rodrigues. e Gás Natural (Prominp) atua na entre 13 estados levando em
– em um ano foram gerados 92 E com taxas de desocupação qualificação profissional para conta o Plano de Negócios 2010-
mil postos, 2,5% a mais que no em baixa histórica, a perspec- enfrentar a escassez de mão de 2014 da Petrobras. Os cursos do
ano passado.” tiva é de diminuição no ritmo obra no setor. Até o final de 2010, Prominp são realizados em
de geração de postos de traba- a estimativa é de que 78 mil instituições de ensino como o
Menor velocidade lho de agora em diante. Seja profissionais que passaram por Senai, Centro Paula Souza e
“Temos um mercado de traba- porque o desempregado tem qualificação de nível básico, universidades federais e
lho avançando de forma mais perfil de baixíssima qualifica- médio, técnico ou superior estaduais. Segundo dados do
comedida”, diz Cimar Azeredo. ção e reflete um desafio de lon- estejam prontos para ingressar no Caged, a empregabilidade média
Mas apesar dessa tendência de go prazo do país, ou porque é mercado de trabalho. De um total dos alunos do Prominp é de 81% -
“descompressão” verificada, a jovem demais e sem a expe- de 212 mil vagas de formação no nível superior esse percentual
Rosenberg & Associados aponta riência exigida pelo mercado. ■ previstas até 2014, 28 mil vagas se aproxima dos 100%.
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 13
26, 27 e 28

Roberto Stuckert Filho

Dilma desiste de viagem com Lula


A presidenta eleita, Dilma Rousseff, não vai mais para Georgetown,
capital da Guiana, viagem que estava agendada para hoje. Dilma
iria acompanhar o presidente Lula em um jantar oferecido em
homenagem ao presidente brasileiro pelos chefes de Estado da União
de Nações Sul-Americanas (Unasul). Dilma preferiu ficar no Brasil
para se dedicar a reuniões com ministros, coordenadores e assessores
do governo de transição para definir seu ministério.

João Laet

Construção
disputa mão
de obra ‘a tapa’
Emprego formal no setor Setor demandará
chega a 2,8 milhões em outubro
e bate recorde de 2009
10,2 milhões de
empregos para
Carolina Alves a construção
calves@brasileconomico.com.br
de 23,5 milhões de
Aquecido por conta do Progra- unidades até 2022
ma de Aceleração do Cresci-
mento (PAC) desde 2007, o setor
de construção civil vive um
“semi-apagão” de mão de obra,
segundo alerta João Cláudio Ro-
busti, diretor do Departamento
da Indústria da Construção da
Federação das Indústrias do Es-
tado de São Paulo (Fiesp). O se-
tor, que acumula 2,8 milhões de
empregos formais até outubro,
já bateu o recorde de 2,3 mi-
lhões de 2009. déficit habitacional - estimado
“Estamos disputando mão de em 6 milhões de moradias - a
obra a tapa. O problema hoje indústria de construção civil de-
não está apenas na qualificada, mandará, até 2022, 10,2 milhões
mas em todos os níveis, do en- de empregos formais e informais
genheiro ao operacional no can- (nível que atingiu este ano 6,9
teiro de obras. Isso vem pressio- milhões). Além disso, deve pro-
nando os salários e os custos duzir 23,5 milhões de unidades e
para a indústria”, analisa. Ele receber investimentos da ordem
explica que, com um índice de de R$ 255 bilhões por ano.
desemprego de 6,1%, o país se As projeções da Fiesp, que
aproxima da margem de pleno serão apresentadas na segunda-
emprego, o que força as empre- feira durante o Construbusi-
sas a procurar pessoal já empre- ness, em São Paulo, incluem o
gado a salários mais elevados. crescimento da população, dos
O resultado é a inflação do atuais 190 milhões para 209 mi-
setor. O Índice Nacional de Cus- lhões até 2022, e a formação de
to da Construção - Mercado 17,5 milhões de famílias.
(INCC-M), calculado pela Fun- “Para evitar um verdadeiro
dação Getúlio Vargas (FGV), apagão, o setor precisa elevar
atingiu 0,36% em novembro, o sua produtividade e inovação.
dobro do registrado em outubro. Sem investimentos, o cresci-
O aumento foi puxado pela va- mento sustentável fica compro-
riação do custo da mão de obra, metido”, alerta Robusti. Ele
que passou de 0,03% para ressalta, ainda, que novas for-
0,59% no período. mas de captação serão necessá-
Para Robusti, o cenário tende rias. “O Fundo de Garantia de
a piorar se o setor não investir Tempo de Serviço (FGTS) e a ca-
Divulgação
mais, haja vista a aproximação derneta de poupança, em um
CANTEIRO DE OBRAS CONSTRUÇÃO da Copa e dos Jogos Olímpicos, período de três anos, não serão
em 2014 e 2016. Para atender à suficientes para atender a forte
R$ 255 bi
por ano é quanto o setor de “A guerra por mão
demanda de infraestrutura e do demanda”, destaca. ■

construção civil deverá investir


até 2022 para atender a
de obra infla os
demanda gerada pelo PAC, Copa, salários e reduz
Olimpíada e déficit habitacional.
os ganhos gerados
RENDIMENTO com a alta da
10,1% demanda” CONHECIMENTO LOCAL EM
foi o crescimento do rendimento
João Carlos Robusti,
OPORTUNIDADES GLOBAIS
na construção civil em outubro
de 2010, na comparação diretor do Departamento da Indústria 5ª maior empresa de auditoria e consultoria no Brasil e no mundo.

ao mesmo período de 2009. da Construção da Fiesp (11) 3138 5314


relacionamento@bdobrazil.com.br
O maior resultado veio do Para ele, a crise foi importante para
Recife, cuja alta foi de 30,7%. dar fôlego ao setor, cuja demanda estava www.bdobrazil.com.br
muito acima da capacidade de oferta.
14 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

BRASIL
Antonio Milena
TRIBUTOS CASA PRÓPRIA

Projeto que desonera verbas para inovação Geraldo Alckmin estuda comprar
será sancionado na próxima semana imóveis alugados pelo governo
O projeto de lei de conversão 11/2010, que concede desoneração tributária O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, quer comprar
aos recursos destinados à inovação e à pesquisa tecnológica, aprovado imóveis na região central da capital paulista para abrigar as secretarias
pelo plenário do Senado na quarta-feira, será sancionado na próxima que pagam aluguel. Com a medida, o tucano espera cortar custos
semana. A informação foi dada ontem pelo secretário-executivo do e ainda incentivar a revitalização e a valorização do Centro da cidade.
Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Elias, no lançamento do núcleo Um dos prédios que podem ser comprados fica perto do escritório da
de inovação de Minas, na Federação das Indústrias do Estado de Minas. equipe de transição, na rua Boa Vista.

Fim de patentes vai criar mercado


Indústria de genéricos se movimenta com o fim da reserva de medicamentos de alto consumo, como os de

Cláudia Bredarioli Mercado de genéricos quirem pequenos produtores de aumento da participação es- ricos que só mostra sinais de
cbredarioli@brasileconomico.com.br deve atingir 25% genéricos ou passam a produzi- trangeira. A mais recente mo- manutenção do crescimento”,
los em parceria. vimentação foi em outubro diz Gustavo Petito, diretor de
As indústrias farmacêuticas co- do comércio de Assim, a participação das deste ano, com a entrada da Planejamento e Negócios da
meçam a ocupar o mercado de remédios em 2011 e multinacionais no mercado de americana Pfizer (que comprou Pfizer. “Além disso, essa nego-
novos medicamentos genéricos 20% em faturamento genéricos no Brasil cresceu 40% do laboratório Teuto e ciação abre portas para termos
de alto consumo. Produtos até quase três vezes nos últimos possibilidade de aquisição do acesso a novos consumidores
agora inexistentes para pressão dois anos, chegando a repre- controle total futuramente) porque amplia muito o portfólio
alta, colesterol e disfunção eré- sentar cerca de 40% da receita neste segmento, depois de já de produtos”, completa.
til, entre outros, ampliam o co- dos laboratórios, contra pouco ter feito um acordo com a Eu- Segundo o presidente da Pró
mércio de remédios. Estima-se mais de 10% em 2008, segundo rofarma para que o laboratório Genéricos, Odnir Finotti, só
que o fim das patentes de novas a Associação Brasileira das In- brasileiro produzisse o genéri- para tomar como exemplo do
medicações venha a movimen- dústrias de Medicamentos Ge- co do Lípitor, para colesterol. potencial de crescimento deste
tar R$ 2 bilhões. Esse cenário néricos (Pró Genéricos). A en- “Nosso interesse nessa aqui- mercado, o remédio para dis-
tem trazido também a reorga- trada da francesa Sanofi-Aven- sição do Teuto foi o de partici- função erétil Viagra, cujo ge-
nização da indústria farmacêu- tis, com a aquisição da Medley par desse momento de amadu- nérico começou a ser comer-
tica: grandes laboratórios ad- em 2009, começou a puxar esse recimento do mercado de gené- cializado há pouco mais de três
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 15
26, 27 e 28

Renato Araujo/ABr
DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS

Dilma Rousseff prega austeridade, Ministro Temporão pede liberação de


mas ampliará equipe no Planalto R$ 1 bi para o orçamento da Saúde
Na contramão do discurso de responsabilidade fiscal anunciado pela O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, se reuniu ontem com
nova equipe econômica, a presidenta eleita, Dilma Rousseff, receberá os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento)
um reforço na estrutura da Presidência da República com a aprovação, para pedir a liberação de cerca de R$ 1 bilhão para o orçamento
na Câmara, de mais 90 cargos para serem preenchidos sem concurso da saúde. O governo ainda estuda de qual setor vai tirar no Orçamento
público. O projeto já passou por duas comissões e será agora analisado da União recursos para o pagamento de procedimentos de média
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). e alta complexidade de 2010 e de medicamentos de alto custo.

Marcela Beltrão

Linha de produção da Sanofi-Aventis:


compra da Medley para tomar
posição no mercado de genéricos
Apelo social dos
genéricos favorece
Vendas de medicamentos Consumidor vendas de 545,2 milhões de
já somam R$ 4,4 bilhões unidades entre julho e setem-
no acumulado do ano
brasileiro já bro de 2010 contra 428,3 mi-
economizou o lhões em igual período de
Atualmente, 90% das doenças já equivalente a 2009, com alta de 16,6%. Por
podem ser tratadas com medi- isso, para Odnir Finotti, presi-
camentos sem marca, segundo a R$ 17 bilhões com dente da Pró Genéricos, o seg-
associação Pró-Genéricos. “O a substituição de mento é hoje o motor da indús-
benefício social gerado pela in- produtos da marca tria farmacêutica brasileira,
dústria de genéricos é inques- que por si só já cresce acima da
tionável. É a primeira porta para média dos países mais ricos, de
quem começa a cuidar da saú- cerca de 3% de alta na previsão
de”, diz Odnir Finotti, presi- para este ano.
dente da Pró Genéricos. Desde As vendas de medicamentos
que os genéricos chegaram às genéricos registraram cresci-
prateleiras das farmácias, no fi- mento de 32% em volume no
nal de 2000, os consumidores terceiro trimestre de 2010 em
brasileiros já economizaram relação ao mesmo período do
cerca de R$ 17 bilhões com a ano anterior — o maior apre-
compra de genéricos em substi- sentado pelo setor nos últimos
tuição aos produtos de marca. quatro anos, segundo a Pró
Desde que passaram a ser Genéricos. No acumulado de
vendidos no Brasil, em meados janeiro a setembro, os genéri-
de 2000, o segmento nunca vi- cos apresentaram alta de
veu um momento tão favorável 33,4% sobre 2009. Foram ven-
como o deste ano. O desempe- didas 318,5 milhões de unida-
nho dos genéricos teve impacto des contra 238,8 milhões no
na participação do segmento ano passado.
nas vendas totais da indústria Em valores, as vendas de ge-
farmacêutica brasileira. A par- néricos movimentaram R$ 1,6
ticipação dos genéricos em bilhão entre julho e setembro
unidades encerrou o trimestre de 2010 contra R$ 1,2 bilhão no
em 22%, contra 19,6% no mes- mesmo período do ano passa-
mo período de 2009. do, uma evolução de 36%. No
Mas não foram só os genéri- acumulado do ano, as vendas
cos que viram o aumento de do segmento já somaram R$ 4,4
vendas no país. O mercado far- bilhões contra R$ 3,2 bilhões
macêutico total também cres- registrados em igual período do
ceu, porém em ritmo menor. O ano anterior, um crescimento
conjunto da indústria registrou de 37,3%. ■ C.B.

Andre Penner

de R$ 2 bi
disfunção erétil e colesterol

meses, teve vendas quadrupli- estimativa de Finotti é que as


cadas neste período. Com isso, vendas alcancem US$ 150 mi-
a Pfizer, produtora do medica- lhões ao final de um ano e su-
mento e detentora de sua pa- perem as do Omeprazol, para
tente até o vencimento, passou gastrite, cuja venda anual soma
a contar com cerca de 20% US$ 120 milhões.
dessas vendas, ante os 100% “Esse movimento da indús-
que detinha. tria mostra o quanto o genérico
Mais do que isso, o genérico é economicamente viável, es-
do Viagra pode se tornar o re- pecialmente por trazer um novo
médio com maior faturamento ciclo de comercialização dos
do segmento no país. O comér- produtos”, diz Finotti. O mer-
cio da Sildenafila, princípio cado de medicamentos genéri-
ativo do medicamento, movi- cos deve atingir 25% do comér- Odnir Finotti, presidente
mentou em setembro cerca de cio de remédios no Brasil no da Pró Genéricos: benefício
US$ 7 milhões. Se essa tendên- próximo ano em volume e 20% social inquestionável
cia de crescimento continuar, a em faturamento. ■
16 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

BRASIL
Paulo Araújo /O Dia
VERDE VAREJO

Economia sustentável na Amazônia Comércio do Rio de Janeiro aumenta


depende de investimentos permanentes vendas em quase 15% no mês de outubro
O modelo de desenvolvimento para a Amazônia que considerava a O comércio do Rio de Janeiro registrou em outubro aumento de 14,9%
floresta como um obstáculo para o crescimento econômico da região em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com a pesquisa
está ultrapassado, mas a consolidação de alternativas sustentáveis mensal Termômetro de Vendas pelo Centro de Estudos do Clube de
precisa de investimentos permanentes. “Não podemos voltar ao modelo Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDL-Rio, que ouviu cerca de 750
antigo, do desmatamento, que não deu certo. Temos que olhar um novo estabelecimentos comerciais. Foi o décimo mês do ano a apresentar
modelo e dar escala”, defendeu o pesquisador Adalberto Veríssimo. resultado positivo, refletindo as boas vendas do Dia das Crianças.

Antonio Milena

Anatel João Rezende, conselheiro


da Anatel: novas outorgas de
TV a cabo por R$ 9 mil

expande
mercado de
TV a cabo
Após alterar regra que impedia entrada
das operadoras no setor, agência
oferece novas licenças no país em 2011


Fabiana Monte
fmonte@brasileconomico.com.br

Duas decisões da Agência Na-


cional de Telecomunicações A abertura do
(Anatel) vão aquecer o setor de mercado de TV
televisão a cabo em 2011, per- paga fortalece
mitindo a entrada das operado-
ras de telecomunicações neste a ampliação da
mercado. Ontem, a agência deu infraestrutura
fim à regra estabelecendo um li- de rede para
mite de licenças de TV a cabo
que podiam ser expedidas em possibilitar a oferta
apenas 900 municípios do Bra- de internet rápida.
sil. E, um dia anterior à decisão, Tem a ver com
alterou os contratos das conces-
sionárias de serviços de teleco- o Plano Nacional
municações, excluindo a cláu- de Banda Larga
sula que impedia que essas em-
presas oferecessem TV a cabo João Rezende
em áreas onde prestam serviços
de telecomunicações. “A aber-
tura do mercado de TV paga for-
talece a ampliação da infraes-
trutura de rede para possibilitar
a oferta de internet rápida. Tem
a ver com o Plano Nacional de
Banda Larga”, diz João Rezen-
de, conselheiro da Anatel.
tem o dever de abrir o mercado de, que é o responsável pela ela- de cabo levou as empresas a
Capital estrangeiro para possibilitar o aumento na boração do documento. “O pre- lançarem serviços usando a tec-
A barreira que permanece é a oferta de serviços e infraestru- ço será R$ 9 mil, mas haverá nologia de televisão via satélite e
restrição a controle estrangei- tura”, diz Rezende. condicionantes que serão defi- a adquirir participação acioná-
ro de empresas de TV a cabo, nidas pelo regulamento, que ria em companhias de TV a cabo
também prevista na Lei do Prazo para novos contratos deverá estar pronto até a metade até o limite permitido pela le-
Cabo. Mas a expectativa é que As novas outorgas custarão R$ 9 de 2011. Se o PLC 116 for aprova- gislação, que é 49%. É o caso da
este empecilho caia com o mil e serão concedidas sem lici- do, já faremos o regulamento Telefônica, com a TVA e da Em-
Projeto de Lei da Câmara 116 tação e sem limite de competi- dentro das novas regras”, diz. bratel, que pertence ao grupo
(PLC 116/2010), em tramitação dores e de cidades. João Rezen- A expectativa do conselheiro mexicano Telmex, com a Net.
no Senado. “Todo mundo que de ressalta que as novas medi- é que, a partir da entrada de no- A força das empresas de tele-
tem controle estrangeiro terá das passarão a valer a partir do vos competidores, o número de comunicações tem elevado a
de esperar o projeto de lei”, próximo ano, pois a Anatel pre- assinantes de televisão por assi- participação do satélite no setor
afirma Fábio Kujawski, advo- cisará estabelecer um novo re- natura passe dos atuais 9 mi- de televisão paga. Em janeiro, o
gado especializado em teleco- gulamento para o serviço. Além lhões para 18 milhões em dois satélite detinha 37,31% do mer-
municações Barretto Ferreira, disso, os novos contratos de anos. Este mercado é regula- cado nacional, contra 44,63%
Kujawski, Brancher e Gonçal- concessão das empresas de tele- mentado de diferentes formas, em outubro. O cabo ainda atrai a
ves Advogados Associados. comunicações passarão a valer a em função da tecnologia usada maior parte dos clientes, com
“Acho que o Senado pode partir de janeiro. “Ninguém terá para entregar o serviço. 51,93% do mercado em outubro,
contribuir para que todo mun- outorga enquanto não houver o O impedimento para a entra- mas sua participação vem cain-
do possa participar. A agência novo regulamento”, diz Rezen- da das operadoras no mercado do: em janeiro era 57,73%. ■
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 17
26, 27 e 28

Murillo Constantino
TRANSIÇÃO AGRICULTURA

Novo governo pode criar um órgão para Seis projetos de lei tentam limitar venda
temas ligados a mudanças climáticas de terras no Brasil para estrangeiros
A criação de um órgão para coordenar ações necessárias sobre Tramitam na Câmara seis projetos de lei e uma proposta de emenda à
as mudanças climáticas “está sendo considerada” pela equipe de Constituição que ampliam restrições à compra de terras no Brasil por
transição de governo. A informação foi dada pelo subchefe de Análise estrangeiros – um deles aprovado quarta-feira pela Comissão de Relações
e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil, Johaness Exteriores. Outra proposta está no Senado, limitando venda de terras
Eck. O órgão seria responsável por assumir as questões relativas na Amazônia Legal (AC, AP, AM, PA, RO, RR e parte do MT, TO e MA).
às mudanças no clima, como a redução das emissões de carbono. Os estrangeiros têm 4,35 milhões de ha no Brasil, o que equivale à Suíça.

Ministro propõe refundar Comunicações


De saída do governo, Franklin Martins propõe reforma da pasta para acompanhar o futuro da convergência das mídias
Henrique Manreza

Ruy Barata Neto


rneto@brasileconomico.com.br

A perspectiva de convergência
das mídias que aparecem em
função da entrada das teleco-
municações no setor de radio-
difusão exige que o Ministério
das Comunicações seja “refun-
dado”, na opinião do ministro-
chefe da Secretaria de Comuni-
cação Social, Franklin Martins.
O ministro despediu-se ontem
publicamente do governo, du-
rante um Seminário sobre Li-
berdade de Imprensa, realizado
pela TV Cultura. Mas, antes de
deixar o cargo, irá entregar à
equipe de Dilma Rousseff um
anteprojeto sobre o marco legal
da comunicação na internet. O
documento será formulado le-
vando em conta propostas es-
tabelecidas na época do minis-
tro Sérgio Motta, titular da pas-
ta de Comunicações no governo
Fernando Henrique Cardoso.
Martins disse que é premente
a necessidade de regulação da
mídia no Brasil, mas sem o
medo dos chamados “fantas-
mas” do passado, o que segundo
ele, pressupõe o risco à liberda-
de de imprensa.
A regulação a que se refere Martins vai entregar à equipe de Dilma
está relacionada às garantias um anteprojeto sobre o marco legal da internet
de espaço para a produção de
conteúdo nacional e à livre
concorrência, evitando con-
centração excessiva em torno País ficou mais de municação já estão presentes
de poucos veículos. “É preciso no setor de comunicação na- MÍDIA TELES
criar um ambiente no qual a 60 anos sem discutir cional e isso exigirá um debate
concorrência precisa se esta- a comunicação, em torno do equilíbrio desta R$ 13 bi R$ 180 bi
belecer”, diz Martins. “Em to- lembra Martins, atuação. “Se não procurarmos é quanto o setor de radiodifusão é o montante que as operadoras
das as democracias existe re- criar esse ambiente de equilí- faturou no ano passado, de acordo de serviços de telecomunicação
gulamentação. Por que não se e será necessário brio, as teles vão passar por com os dados divulgados pela do país faturaram em 2009,
adotar princípios gerais para o repensar o conceito cima da radiodifusão”, diz o Comunicação Social do governo. de acordo com Franklin Martins.
setor”, questionou. diante do avanço ministro, referindo-se à força
Na avaliação de Martins, o das operadoras de telefonia,
Ministério das Comunicações das novas mídias donas de um faturamento “Sou contra o ‘controle social da mídia’”
precisa ser reformulado para tor- anual de R$ 180 bilhões, sobre a
nar-se um centro formulador da radiodifusão (rádio e TV) que O Ministro da Comunicação Social quais isto poderia ser feito.
política nacional de comunica- gera apenas R$ 13 bilhões. Franklin Martins disse que é Para o ministro, o
ção, inserindo o setor em ques- Martins afirma que o Brasil inteiramente contra a expressão estabelecimento de um marco
tões como a expansão do acesso a ficou mais de 60 anos sem dis- “controle social da mídia”, regulatório para o setor,
banda larga e regulamentação cutir a comunicação. Na Cons- definida como um dos princípios a exemplo do que ocorre em
das mídias digitais. tituição, há apenas uma regu- de regulamentação da atividade outros países, não significa um
“Chegou a hora de discutir e é lamentação clara sobre a limi- da mídia brasileira. Esta atentado à liberdade de imprensa.
preciso um ministério que pla- tação de 30% de capital es- expressão foi aprovada na “É um fantasma dizer que a
neje, formule, execute e que seja trangeiro nos veículos de co- primeira Conferência Nacional imprensa está sendo ameaçada.
um centro de gravidade da polí- municações, o que foi feito de Comunicação (Confecom), Ameaçada por quem?”, indagou,
tica de comunicação no Brasil”, para salvar as grandes emisso- no final de 2009. Na opinião do ressaltando que seu compromisso
disse Martins. ras da falência. ministro, essa avaliação põe em pessoal com a liberdade de
O ministro vê a necessidade O ministro se despede da risco a liberdade de imprensa. imprensa não é de “conveniência
de regulação da atividade de pasta, criada em 2007, no pró- Por outro lado, ele defende que ou de circunstância”, mas
comunicação como parte de ximo dia 31 de dezembro e diz exista espaço para que a imprensa de “alma”, já que enfrentou
um processo de preservação da que não pretende voltar a tra- seja avaliada pela sociedade e o período ditatorial, quando
radiodifusão brasileira. Segun- balhar na imprensa. “Vou de- também criticada, sem no entanto existia censura aos órgãos
do ele, as empresas de teleco- sencarnar.” ■ deixar claro os mecanismos pelos de imprensa. R.B.N
18 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

EMPRESAS

Silvio Santos vai à concorrência


para vender o Baú da Felicidade
Grupo procura redes de varejo como Lojas Cem e companhia do Paraná vai apresentar proposta


Cintia Esteves da pela consultoria responsável des espalhadas por Paraná e locais, grandes companhias
cesteves@brasileconomico.com.br pelas negociações. Somente Santa Catarina. O Baú tem 85 como Pão de Açúcar, Magazine
nesta região, o Baú concentra 27 lojas no estado paranaense, Luiza e Máquina de Vendas
O Baú da Felicidade Crediário pontos de venda que reforça- mas para Pauliki não há ne- também podem entrar na briga
pode ser a primeira empresa do Vamos entregar riam o poder da Lojas Cem, que cessidade de comprar toda a pela rede, todas elas estiveram
grupo a ajudar Silvio Santos a na semana que tem hoje 185 lojas também no rede local. “Escolhemos 50 envolvidas em recentes nego-
cobrir o rombo estimado em R$ vem uma proposta interior paulista. No entanto, no pontos que não vão interferir ciações de aquisições e fusões e
2,5 bilhões no Panamericano. perfil da empresa comandada nas vendas das lojas que já te- continuam demonstrando dis-
Informações obtidas pelo Brasil de compra de pela família Dalla Vecchia pare- mos no Paraná”, diz. posição para comprar.
Econômico revelam que o em- 50 lojas do Baú ce não haver espaço para aqui- A compra das lojas do Baú
presário contratou uma consul- sições e a rede não levou as con- também pode ser estratégica Dívida
toria para sondar possíveis inte- Márcio Pauliki, versas adiante. A varejista anda para a Cybelar. A varejista tem Apesar do interesse do merca-
ressados na compra das 130 lo- presidente da Mercadomóveis na contramão do mercado e 85 lojas no interior de São Pau- do, uma dívida da antiga Du-
jas da varejista. prioriza o crescimento orgâni- lo e ganharia novo impulso dony, adquirida pelo Baú em
Estão na mesa duas possibili- co, ou seja, por meio de abertu- com os pontos de venda de Sil- 2009, pode atrapalhar as nego-
dades: a primeira, preferência ra de lojas. Oficialmente a rede vio Santos. Segundo apurou o ciações. Segundo o mercado, a
do grupo, é vender a totalidade nega a aproximação. Brasil Econômico ela será uma empresa não teria conseguido
das lojas. A outra — e mais pro- Mas se a Lojas Cem não das próximas a ser procurada quitar um passivo fiscal que na
vável dada a peculiar distribui- quer, tem quem queira. “Va- pela consultoria do Baú. época da aquisição somava R$
ção das lojas do Baú — é uma mos entregar na semana que “Sempre vamos olhar todos os 100 milhões. Com este débito
venda fracionada, ou seja, em- vem uma proposta de compra negócios, faz parte do merca- nas costas, a negociação pode
presas diferentes comprariam de 50 lojas do Baú”, diz Márcio do”, diz Ubirajara Pasquotto, ficar ainda mais dura para Sil-
quantidade de lojas variadas. Há Pauliki, presidente da Merca- presidente da Cybelar. vio Santos. Procurado, o Baú
quinze dias a Lojas Cem, do in- domóveis, varejista de ele- Apesar do Baú ser um negó- informou que a empresa não
terior de São Paulo, foi procura- troeletrônicos com 150 unida- cio interessante para varejistas está à venda (ver ao lado). ■

INVESTIMENTO DIVERSIFICADO O grupo Silvio Santos é formado por 34 empresas em diferentes áreas

COMUNICAÇÕES COMÉRCIO E SERVIÇOS FINANCEIRA NOVOS NEGÓCIOS


Formada pelas operações do Sistema Reúne as operações da marca Baú da Felicidade, Concentra as empresas de financiamento Formada por uma incorporadora
Brasileiro de Televisão (SBT) a Tele Sena e uma produtora responsável por e crédito à pessoa física, além de produtos e três empreendimentos
campanhas de empresas do grupo para pessoa jurídica

TVSBT CANAL 4 DE SÃO PAULO S.A. BF UTILIDADES DOMÉSTICAS LTDA BANCO PANAMERICANO S.A. NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS COSMÉTICOS E PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL
Formada pelas empresas que
PANAMERICANO DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS compõem a Jequiti
BF PAR UTILIDADES DOMÉSTICAS LTDA E VALORES MOBILIÁRIOS S.A.
TVSBT CANAL 11 DO RIO DE JANEIRO LTDA
PANAMERICANO ARRENDAMENTO
LIDERANÇA CAPITALIZAÇÃO S.A. MERCANTIL S.A. SISAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. SSC INDUSTRIAL S.A.
TVSBT CANAL 3 DE NOVA FRIBURGO LTDA
PANAMERICANO ADMINISTRADORA
PROMOLÍDER PROMOTORA DE VENDAS LTDA DE CARTÕES DE CRÉDITO LTDA
SPE – OSCAR FREIRE OPENVIEW SSC COMÉRCIO DE COSMÉTICOS
SSF FOMENTO COMERCIAL LTDA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. E PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL LTDA.
TV STÚDIOS DE BRASÍLIA S/C LTDA
PANAMERICANO PRESTADORA
DE SERVIÇOS S/C LTDA

TVSBT CANAL 5 DE PORTO ALEGRE S.A. OUTRAS PARTICIPAÇÕES ACIONÁRIAS SPE – GALENO DE ALMEIDA OPENVIEW
PANAMERICANA DE SEGUROS S.A.
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
PERÍCIA ADMINISTRADORA E CORRETORA
DE SEGUROS LTDA SPE – RICARDO BAPTISTA OPENVIEW
TV STÚDIOS DE JAÚ S.A. TV SOROCABA LTDA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
PANSEG PROMOÇÕES E VENDAS LTDA

PANAMERICANO ADMINISTRADORA
TV STÚDIOS DE RIBEIRÃO PRETO S/C LTDA TV ARAÇÁ - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO LTDA DE CONSÓRCIO LTDA

BRASPAG TECNOLOGIA EM PAGAMENTO LTDA


TV ALPHAVILLE SISTEMA DE
TVSBT CANAL 5 DE BELÉM S.A. TV POR ASSINATURA LTDA PANAMERICANO.COM PRODUTOS E SERVIÇOS LTDA
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 19
26, 27 e 28

RDonask

Estudo aborda marcas mais vendidas


A Associação Brasileira de Atacadistas de Produtos Industrializados
(Abad) e a consultoria Nielsen divulgam pesquisa“Marcas em Destaque”,
que revela as marcas mais vendidas pelo varejo independente. As marcas
regionais chegam a desbancar a liderança das grandes em itens como
arroz, fraldas descartáveis, biscoitos, álcool, açúcar, massas e parte dos
produtos de limpeza. Algumas dos grandes nomes que se mantiveram na
liderança em vendas foram a Bic, Danone, Melitta, Sadia, Prestobarba.

Marcela Beltrão

José Roberto Prioste,


diretor de varejo do
grupo Silvio Santos, diz
que planos de expansão
serão custeados por
dinheiro próprio

Grupo nega venda, mas diz


que “tudo é negociável”
Nesta semana, o Baú da De 126 pontos marcas anunciaram a intenção um centro de distribuição pró-
Felicidade Crediário divulgou de inaugurar 15 unidades em ximo da concentração de pon-
plano de abertura de 50 lojas
de venda do Baú, 2011. Até dezembro deste ano, tos ajudaria.”
São Paulo tem 40 a Casas Bahia terá aberto 22 lo- As lojas do Baú estão bas-
OUTROS NEGÓCIOS Cintia Esteves e unidades, e Minas jas e o Ponto Frio oito. tante dispersas. Para se ter
Carlos Eduardo Valim O Baú tem hoje uma quan- uma ideia, a empresa tem ape-
redacao@brasileconomico.com.br
Gerais, uma. tidade de lojas muito parecida nas uma loja em Minas Gerais
O Paraná é o estado com a de 2009, quando com- o que, segundo o analista, não
“Não estamos oferecendo nos- com mais lojas. prou a paranaense Dudony. Na faz muito sentido. Um dos
sa empresa, mas como o pró- época o Baú contava com 20 pontos negativos nesta geo-
HOTEL JEQUITIMAR LTDA. prio Silvio Santos diz negócios Segundo analistas, unidades do estado de São grafia é a longa distância que a
são negócios. Se uma proposta o fato de as lojas Paulo e arrematou as cem lojas empresa tem que percorrer
irrecusável for feita... tudo é serem dispersas da Dudony por R$ 33 milhões. para entregar produtos em
negociável”, afirma José Ro- Agora, apesar do momento de uma região com apenas um
berto Prioste, diretor de varejo dificulta prever crise, a empresa planeja acele- ponto de venda. ■
do grupo Silvio Santos. quem se interessaria rar o plano de expansão.
O Baú da Felicidade Crediá- em comprá-las Segundo o professor de
rio divulgou esta semana seu economia da Fundação Insti-
plano de expansão para 2011. tuto de Administração (FIA),
Serão abertas 40 lojas no esta- ligada à Universidade de São
do de São Paulo e outras dez no Paulo (USP), Nuno Fouto, uma
Paraná. Prioste afirma que o rede desperta interesse para
dinheiro sairá do próprio caixa aquisição quando ela oferece
do grupo. ganho de escala.
A quantidade de lojas, no “Se existe uma concentra-
entanto, é bastante ambiciosa ção de pontos, é melhor. Mas
para o porte da rede, que hoje não é o caso do Baú. A não ser
conta com 126 lojas. A Casas que seja alguém que já esteja
Bahia, por exemplo, abriu 21 na praça e queira fazer uma
lojas no ano passado. Após a ampliação, se houver pontos
Fonte: grupo Silvio Santos fusão com o Ponto Frio, as duas bons disponíveis”, diz. “Ter
20 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira,e26
fimdedenovembro,
semana, 26,
2010
27 e 28 de novembro, 2010

“Este Anúncio é de caráter exclusivamente informativo, nã

ANÚNCIO DE ENCERRAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA PRIM

HRT PARTICIPAÇÕES
Companhia Aberta de Capital Autoriza
Avenida Atlântica, nº 1.130, 7º, 8º e 10º andares,
REGISTROS DA OFERTA NA CVM: CVM/SRE/REM/2010/020 (OFERTA PRIMÁRIA) E CV
Código ISIN: BR
Código de Negociação das Ações no segmento
HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A., sociedade por ações com sede na Avenida Atlântica, nº 1.130, 7º, 8º e 10º andares, Copacabana, Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.629.105/0001-68 (“Companhia”),
North Pole Capital Master Fund, com sede em 89 Nexus Way, 2° Andar, Camana Bay, P.O. Box 31106, Grand Cayman, KY1-1205, Anaconda Capital, LLC, com sede em 31286 Silverleaf Oak, Evergreen, Colorado 80439, O-CAP Brazil Trading LLC, com sede em 712
Fifth Avenue, 26° Andar, Steamboat Ventures, LLC, sede em 1999 Broadway, Suite 4300, Denver, Colorado, 80202, Black Sheep Partners, LLC, com sede em 900 N. Michigan Ave., Suite 1900, Chicago, IL 60611, EUA, Black Sheep Partners II, LLC, com sede em 900
N. Michigan Ave., Suíte 1900, Chicago, IL 60611, EUA, e George Lee Hanseth, com endereço em 61704 Broken Top Dr., Bend, Oregon, EUA (em conjunto, os “Acionistas Vendedores”), BANCO DE INVESTIMENTOS CREDIT SUISSE (BRASIL) S.A.
(“Credit Suisse” ou “Coordenador Líder”), GOLDMAN SACHS DO BRASIL BANCO MÚLTIPLO S.A. (“Goldman Sachs”) e CITIGROUP GLOBAL MARKETS BRASIL, CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A. (“Citi” e, em conjunto com o
Coordenador Líder e com o Goldman Sachs, “Coordenadores” ou “Coordenadores da Oferta”), comunicam o encerramento da oferta de distribuição pública de 2.067.500 ações ordinárias de emissão da Companhia, sendo 2.062.289 ações da oferta primária e 5.211
ações da oferta secundária, todas escriturais, nominativas e sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames (“Ações”), realizada em mercado de balcão não organizado, nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”)
nº 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada (“Instrução CVM 400”), sob coordenação dos Coordenadores e com a participação do BANCO J.P. MORGAN S.A. (“J.P. Morgan”) e do DEUTSCHE BANK S.A. - BANCO ALEMÃO (“Deutsche Bank” e, em conjunto
com o J.P. Morgan, os “Coordenadores Contratados”) e de instituições intermediárias autorizadas a operar na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, que aderiram à Oferta (“Corretoras Contratadas” e, em conjunto com os Coordenadores
e os Coordenadores Contratados, “Instituições Participantes da Oferta”). Foram também realizados, simultaneamente, esforços de colocação das Ações no exterior, exclusivamente junto a investidores institucionais qualificados (qualified institutional buyers), residentes
e domiciliados nos Estados Unidos da América, com base nas isenções de registro nos Estados Unidos da Regra 144A do Securities Act of 1933 dos Estados Unidos da América (“Securities Act”), editada pela Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos da
América (“SEC”), e junto a investidores nos demais países, exceto o Brasil e os Estados Unidos da América, com base no Regulamento S do Securities Act, editado pela SEC, e de acordo com a legislação aplicável no país de domicílio de cada investidor, esforços estes realizados
pelo Credit Suisse Securities (USA) LLC, pelo Goldman Sachs & Co., pelo Citigroup Global Markets Inc. e ainda pelo BMO Capital Markets Corp., pelo Deutsche Bank Securities Inc., pelo Jefferies & Company, Inc. e pelo J.P. Morgan Securities LLC
(conjuntamente, os “Agentes de Colocação Internacional”) em conformidade com o contrato de colocação internacional (“Placement Facilitation Agreement”), celebrado entre a Companhia e os Agentes de Colocação Internacional (“Oferta”).
Não foi e nem será realizado nenhum registro da Oferta ou das Ações na SEC ou em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto no Brasil.

Considerando a subscrição da totalidade das Ações inicialmente ofertadas das Ações Suplementares e das Ações Adicionais, foram distribuídas ao público 2.067.500 Açõ

R$ 2.481.0
OS DADOS FINAIS DA OFERTA ESTÃO INDICADOS NO QUADRO ABAIXO:

TIPO DE INVESTIDOR
Pessoas Físicas
Clubes de Investimento
Fundos de Investimento
Entidades de Previdência Privada
Companhias Seguradoras
Investidores Estrangeiros
Instituições Intermediárias Participantes do Consórcio de Distribuição
Instituições Financeiras ligadas à Emissora e/ou aos Participantes do Consórcio
Demais Instituições Financeiras
Demais Pessoas Jurídicas ligadas à Emissora e/ou aos Participantes do Consórcio
Demais Pessoas Jurídicas
Sócios, Administradores, empregados, prepostos e demais pessoas ligadas à Emissora e/ou aos Participantes do Consórcio
SUBTOTAL
Ações Recompradas no Âmbito das Atividades de Estabilização
TOTAL
(*) Inclui 42.050 Ações adquiridas por Credit Suisse Securities (Europe) Limited como forma de proteção (hedge) para operações com derivativos de ações realizadas no e
(*) Inclui 65.000 Ações adquiridas por Citigroup Global Markets Limited como forma de proteção (hedge) para operações com derivativos de ações realizadas no exterior.

A instituição financ eira contratada para a prestação de serviços de escrituração das ações de emissão da Companhia é o Banco do Brasil S.A.
Nos termos do Contrato de Prestação de Serviços de Estabilização de Preço das Ações Ordinárias de Emissão da Companhia, celebrado entre a Companhia, o Banco de
adquiridas 181.400 Ações e vendidas 61.900 Ações no âmbito das atividades de estabilização.
A Oferta foi previamente submetida à CVM e registrada sob os nºs CVM/SRE/REM/2010/020 (Oferta Primária) e CVM/SRE/SEC/2010/011 (Oferta Secundária

A(O) presente oferta pública (programa) foi elaborada(o) de acordo com as normas de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA para as Ofertas Púb
ANBIMA, não cabendo à ANBIMA qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das Instituições Pa
distribuição não implica, por parte da ANBIMA, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da companhia emisso

COORDENADOR

COORDENADOR LÍDER E AGENTE ESTABILIZADOR


COORDENADORES

CORRET

Corretora de Valores
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira,
26, 27 e 28
26 de
de novembro, 2010 Brasil Econômico 21
novembro, 2010

ão se tratando de oferta de venda de valores mobiliários.”

MÁRIA E SECUNDÁRIA DE AÇÕES ORDINÁRIAS DE EMISSÃO DA

S EM PETRÓLEO S.A. HRTP3


do - CNPJ/MF nº 10.629.105/0001-68
Copacabana, CEP 22021-000, Rio de Janeiro - RJ
M/SRE/SEC/2010/011 (OFERTA SECUNDÁRIA), AMBAS EM 22 DE OUTUBRO DE 2010
RHRTPACNOR2
o Novo Mercado da BM&FBOVESPA: “HRTP3”
Sem prejuízo do exercício da Opção de Ações Suplementares, a quantidade de Ações inicialmente ofertada foi, mediante acordo entre a Companhia e os Coordenadores, aumentada em 324.000 Ações, quantidade esta que não excedeu a 20% (vinte por cento)
do total das Ações, conforme dispõe o parágrafo 2º do artigo 14 da Instrução CVM 400 (“Ações Adicionais”).
Nos termos do artigo 24 da Instrução CVM 400, a quantidade total de Ações inicialmente ofertada (sem considerar as Ações Adicionais) foi acrescida de 123.500 Ações, nas mesmas condições e no mesmo preço das Ações inicialmente ofertadas
(“Ações Suplementares”), conforme opção outorgada pela Companhia ao Coordenador Líder, as quais foram destinadas a atender a excesso de demanda que foi constatado no decorrer da Oferta (“Opção de Ações Suplementares”). Em 22 de novembro de 2010,
o Coordenador Líder exerceu parcialmente, após notificação aos demais Coordenadores, a opção que lhe foi outorgada pela Companhia para a subscrição das Ações Suplementares, envolvendo um total de 123.500 Ações Suplementares, as quais foram integralmente
colocadas ao Preço por Ação (conforme definido abaixo).
A realização da Oferta foi aprovada pela Assembleia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 31 de agosto de 2010, cuja ata foi arquivada na JUCERJA e publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no jornal “Valor Econômico” no dia
5 de outubro de 2010. O efetivo aumento de capital da Companhia, com exclusão do direito de preferência dos atuais acionistas na subscrição de Ações objeto da Oferta, nos termos do artigo 172, inciso I, da Lei das Sociedades por Ações, e o Preço por Ação, foram autorizados
em Reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada em 21 de outubro de 2010, cuja ata foi arquivada na JUCERJA e publicada no jornal “Valor Econômico” em 22 de outubro de 2010 e publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
em 25 de outubro de 2010. O aumento de capital, dentro do limite do capital autorizado, em decorrência do exercício da opção de distribuição das Ações Suplementares e das Ações Adicionais, foi aprovado em Reunião do Conselho de Administração da Companhia
realizada em 24 de novembro de 2010, cuja ata será publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e no Jornal Valor Econômico.
No que diz respeito à Oferta Secundária, os documentos constitutivos dos Acionistas Vendedores conferem amplos poderes às suas administrações, que têm capacidade e poder para aprovar a realização da Oferta Secundária, conforme cláusula 4 do Contrato
Operacional da Anaconda Capital, LLC, cláusula 5 do Contrato Operacional da Steamboat Venture LLC, cláusula 7 do Contrato Operacional da Black Sheep Partners, LLC e Black Sheep Partners II, LLC, cláusula 68 do Contrato Social da North Pole Capital Master Fund
e cláusula 6 do Contrato Operacional da O-Cap Brazil Trading, LLC, além da deliberação do Conselho de Administração desta última, em reunião realizada em 22 de setembro de 2010.

ões, as quais, no total, representam 44,76% do capital social da Companhia nesta data, ao preço de R$1.200,00 por Ação (“Preço por Ação”), perfazendo o total de:

000.000,00
QUANTIDADE DE AÇÕES
SUBSCRITORES SUBSCRITAS
127 39.315
17 5.082
204 246.121
7 7.102
– –
285 1.857.480 (*)
1 1.000
– –
3 30.500
– –
2 400
– –
646 2.187.000
– (119.500)
646 2.067.500
exterior.

e Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A., e a Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em 21 de outubro de 2010, informamos que foram

a), ambas em 22 de outubro de 2010.

licas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública (programa), aos padrões mínimos de informação exigidos pela
rticipantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública (programa). Este selo não implica recomendação de investimento. O registro ou análise prévia da presente
ra, bem como sobre os valores mobiliários a serem distribuídos.

ES DA OFERTA

CONTRATADOS

TORAS

corretora
corretora de valores, desde 1953
22 Brasil Econômico Sexta-feira,
Sexta-feira e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

EMPRESAS
Franklin Xavier
QUÍMICA PAPEL

Importações de produtos químicos crescem Klabin anuncia que trocará sua


28,6% no ano e alcança US$ 27,53 bilhões presidência em fevereiro do ano que vem
O consumo de produtos químicos cresceu 14,08% em 2010, mas a Em comunicado curto ao mercado, a companhia afirma que Reinoldo
produção só aumentou 6,98% no período. Os dados são da Associação Poernbacher será substituído por Fabio Schvartsman. A eleição de
Brasileira da Indústria Química (Abiquim). As exportações brasileiras Schvartsman vai ocorrer em reunião do conselho de administração
também cresceram no ano, mas em um ritmo inferior, 25,7%, totalizando da empresa, convocada para 2 de fevereiro do próximo ano. A Klabin
US$ 10,63 bilhões. Com o resultado, a balança comercial do setor não informou o motivo da mudança. Atualmente Schvartsman aparece
químico registra déficit de US$ 16,9 bilhões entre janeiro e outubro. como membro do conselho de administração do grupo Pão de Açúcar.

Murillo Constantino

Sabesp estrutura
nova companhia
de participações
Objetivo da futura SabespPar é reduzir
as amarras legais da estatal paulista para
ampliar a atuação nacional e internacional

Gesner Oliveira,
presidente da Sabesp:
novos negócios para
fora do estado de São
Paulo e investimentos
de R$ 1,8 bi em 2011

Dubes Sônego mento de água até a confecção gia de automação de estações de que a SabespPar, como seria
dsonego@brasileconomico.com.br Companhia de peças especiais de aço para tratamento de água, e tem ho- chamada, teria potencial para
adutoras de ferro fundido e aço. mologados os consórcios que gerar receitas anuais de cerca de
A atual gestão da Sabesp, co-
presta consultoria A partir do levantamento, a construirão duas pequenas cen- R$ 100 milhões. Como base de
mandada por Gesner Oliveira, sobre redução Sabesp encomendou um plano trais hidrelétricas (PCHs), apro- comparação, vale dizer que a
vai deixar à sucessora um plano de perdas de água de negócio à consultoria Ernest veitando a queda d’água de re- receita anual da Sabesp hoje gira
de negócios para a criação de & Young, que receberá pelo ser- servatórios em São Paulo. em torno de R$ 7 bilhões.
um companhia de participa-
em Honduras viço R$ 450 mil e deverá entre- Na próxima quarta-feira, dia O valor é relativamente pe-
ções e um plano de investimen- e no Panamá. gar o projeto em dezembro. 1º de dezembro, a companhia queno. Mas no longo prazo, o
tos de R$ 1,8 bilhão para 2011. Os contratos Hoje, a Sabesp já tem uma assina ainda o primeiro contrato potencial da nova empresa é
“É o dobro dos investimentos série de contratos em anda- de consultoria para o desenvol- grande. O contrato com a pre-
realizados no início de nossa
renderão pouco mento fora de São Paulo. Mas a vimento de um plano municipal feitura de Barro Alto, por
gestão”, diz Oliveira. mais de US$ 10 grande maioria deles surgiu de de saneamento, com a prefeitu- exemplo, renderá R$ 500 mil.
A companhia de participa- milhões consultas dos propícios clien- ra de Barro Alto (GO). E finaliza Não é um caso isolado. Até 2014
ções permitiria à estatal driblar tes. Se fosse prospectar negó- o edital que permitirá o aprovei- todos os municípios brasileiros
restrições na busca por novos cios ativamente, diz Seuaciuc, tamento do biogás da estação de terão que elaborar um plano de
negócios além das fronteiras do a companhia teria que justifi- tratamento de esgoto de Barueri saneamento. E menos de 10%
Estado de São Paulo, seu con- car até mesmo as viagens da para a geração de energia. do total foram capazes de fazê-
trolador e razão de ser. O di- equipe fora de São Paulo, sua Em três anos, contados a lo até agora, por falta de capa-
nheiro para tocar os projetos se- área de cobertura. partir de 2011, a estimativa é de citação técnica. ■
ria captado no mercado.
De acordo com Nilton Seua- Novos mercados
ciuc, superintendente de novos Em Honduras e no Panamá, a HORIZONTE APORTES
negócios da Sabesp, foi realiza- companhia dá consultoria para
do um levantamento interno
que chegou a 32 produtos e ser-
a redução de perdas de água,
que renderão pouco mais de
R$ 100 mi
Em três anos, a partir de 2011,
R$ 1,8 bi
É o volume de investimentos que
viços com potencial de mercado US$ 10 milhões. Em Maceió, a Sabesp Par teria potencial para a Sabesp planeja para o próximo
em outros estados brasileiros e tem um contrato semelhante, gerar receita anual de R$ 100 ano. Neste, o volume de aportes
no exterior. A lista inclui desde com valor estipulado em R$ 25 milhões, vindos de negócios em foi de aproximadamente R$ 1,7
consultoria em operação de sis- milhões. No Espírito Santo, outros estados e no exterior. bilhão, a maior parte em esgoto.
temas convencionais de trata- presta consultoria em tecnolo-
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 23
26, 27 e 28

Ag. Petrobras
ENERGIA PETRÓLEO

Petrobras vende volume recorde Presidente da BP se reúne com José


em leilão eletrônico de gás natural Sergio Gabrielli para discutir alianças
A Petrobras informou que vendeu 9,18 milhões de metros cúbicos por dia O encontro entre o presidente da Petrobras, Gabrielli, e o presidente da
de gás natural em leilão eletrônico, caracterizando o maior volume desde BP, Robert Dudley, aconteceu ontem na sede da empresa. De acordo com
abril de 2009, quando iniciou a venda por essa modalidade. Segundo nota da estatal, a visita teve o objetivo de reforçar a relação entre as duas
a estatal, foram adquiridos 61% do total de 15 milhões de metros cúbicos companhias e discutir novas áreas de cooperação. Também participaram
por dia ofertados. As quantidades vendidas nesse leilão não afetam o do encontro o vice-presidente executivo de Exploração da BP, Mike Daly,
atendimento aos compromissos assumidos com o mercado termelétrico. e o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella.

Universalização de serviços em
São Paulo é objetivo para 2018

Companhia planeja investir Para viabilizar a duplicação Campos do Jordão tende atender toda área urba-
R$ 1,8 bilhão no próximo ano, dos investimentos da Sabesp, Para 2011, a Sabesp pretende in- na de Campos.
o dobro do montante de 2006 Oliveira conta que foram reali- vestir R$ 100 milhões na cons-
zados, simultaneamente, au- Nós já tínhamos trução de uma nova estação de Despoluição do Tietê
Françoise Terzian mento de produtividade e tam- tratamento de esgoto em Cam- De acordo com Oliveira, o pro-
fterzian@brasileconomico.com.br bém redução de perdas e de uma rede e estamos pos do Jordão (SP), município jeto que mais vai absorver re-
despesas como gastos com ampliando para localizado a cerca de 180 quilô- cursos e energia da companhia,
Até 2006, a Sabesp efetuava in- energia elétrica e ineficiência chegar a todos metros da capital. nos próximos meses, é a fase 3
vestimentos da ordem de R$ 700 da mão de obra. “O número de Esta era uma antiga reivindi- da despoluição do rio Tietê, cujo
milhões por ano. Nos últimos ligações de água e esgoto por Gesner Oliveira cação do município. No mo- intuito é ampliar a coleta e o
quatro anos, o aporte dobrou e, trabalhador, por exemplo, au- mento, como conta Oliveira, há tratamento do esgoto na região
em 2011, deve saltar para R$ 1,8 mentou 20% de 2007 a 2010”, várias discussões referentes à metropolitana de São Paulo.
bilhão. A idéia é manter este informa Oliveira. melhor localização da estação. Esse projeto tem recursos ad-
nível de investimento nos pró- O Brasil, diz o presidente da Para definir isso, o executivo re- vindos do Banco Interamerica-
ximos três anos. “Nosso plane- companhia de saneamento, lata que um estudo de impacto no de Desenvolvimento (BID) e
jamento tem como objetivo a desperdiça muita água. Diante ambiental foi realizado. deve levar a Sabesp a assinar
universalização dos serviços deste cenário, ele conta que a A idéia é universalizar o importantes contratos a partir
até 2018”, afirma Gesner Oli- estratégia foi diminuir a perda, serviço na região. “Nós já tí- desta semana. A terceira fase do
veira, presidente da companhia cuja redução foi de 32% para nhamos uma rede pequena e projeto ocorre até 2015 e baseia-
responsável pelo fornecimento 26%. “Reduzir 6 pontos per- estamos ampliando para che- se, essencialmente, no aumento
de água, coleta e tratamento de centuais significa ter a possibi- gar a todos”, diz. Hoje, a Sa- da cobertura e tratamento de
esgoto de 365 municípios do lidade de abastecer três cidades besp atende 45% do município esgoto na periferia da região
estado de São Paulo. como Santos”, afirma. e, com o investimento, pre- metropolitana de São Paulo. ■

Locar Guindastes e Transportes Intermodais S.A.


CNPJ/MF nº 43.368.422/0001-27 - NIRE 35.300.377.095
Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 09 de Novembro de 2010
Data, Hora e Local: 09.11.2010, às 10:00 horas, na sede social da Locar Guindastes e Transportes Intermodais S.A. (“Companhia”), situada na Rua ser declaradas antecipadamente vencidas, resultando no vencimento antecipado de todas as obrigações decorrentes das Debêntures e na imediata
João Pedro Blumenthal nº 300, Cidade Industrial Satélite de São Paulo, CEP 07224-150, na Cidade de Guarulhos, Estado de São Paulo. Convocação: exigibilidade do pagamento do Valor Nominal Unitário das Debêntures em circulação, acrescido da Remuneração, calculada pro rata temporis, desde
Dispensada a convocação, nos termos do artigo 124, parágrafo 4º, da Lei 6.404, de 15.12.1976, conforme alterada (“Lei das Sociedades por Ações”), a Data de Integralização ou da última Data de Pagamento da Remuneração, conforme seja o caso, até a data do seu efetivo pagamento, na ocorrência
diante da presença dos acionistas representando a totalidade do capital social da Companhia, representado exclusivamente por ações ordinárias, das seguintes hipóteses: (i) provarem-se falsas ou revelarem-se incorretas ou enganosas, em qualquer aspecto relevante, quaisquer das declarações
conforme se verifica pelas assinaturas lançadas no Livro de Presença de Acionistas. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social, ou garantias prestadas pela Companhia no âmbito da Emissão; (ii) pedido de recuperação judicial ou extrajudicial, de autofalência ou decretação de
a saber: (i) Julio Eduardo Simões, brasileiro, casado, empresário, portador do documento de identidade RG nº 7.276.955-5 SSP/SP e inscrito no CPF/ falência, ou, ainda, de qualquer procedimento análogo que venha a ser criado por lei, requerido pela ou decretado contra a Companhia, sua controla-
MF sob o nº 524.947.648-15; (ii) Maria Fernanda Simões, brasileira, casada, arquiteta, portadora do documento de identidade RG nº 7.548.061-X dora ou por qualquer de suas coligadas ou controladas; (iii) autuações pelos órgãos governamentais, de caráter fi scal, ambiental ou de defesa da
SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob nº 108.653.078-06; (iii) Julio Eduardo Simões Filho, brasileiro, solteiro, empresário, portador do documento de concorrência, entre outros, que possam afetar adversa e significativamente a capacidade operacional, legal ou financeira da Companhia, sua controla-
identidade RG nº 23.028.017-1 SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 301.3006.528-14; e (iv) Marina Simões, brasileira, solteira, empresária, porta- dora ou por qualquer de suas coligadas ou controladas; (iv) realização por qualquer autoridade governamental de ato com o objetivo de sequestrar,
dora do documento de identidade RG nº 23.028.016-X SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob nº 324.281.578-50, todos domiciliados e com escritório na expropriar, nacionalizar, desapropriar ou de qualquer modo adquirir, compulsoriamente, totalidade ou parte substancial dos ativos, propriedades ou
cidade de Guarulhos, estado de São Paulo, na Rua João Pedro Blumenthal nº 300, Cidade Industrial Satélite de São Paulo, CEP 07224-150. Composi- das ações do capital social da Companhia; (v) não pagamento pela Companhia das obrigações pecuniárias devidas aos titulares das Debêntures, por
ção da Mesa: Sr. Julio Eduardo Simões (Presidente); Sr. Carlos Marchesi (Secretário). Ordem do Dia: Exame, discussão e votação dos seguintes itens: período superior a 1 dia útil, contado de suas respectivas Datas de Vencimento; (vi) não cumprimento pela Companhia de qualquer obrigação não
(i) proposta de emissão, para distribuição pública com esforços restritos de colocação nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários pecuniária prevista na escritura de emissão de Debêntures, (a) não sanada no prazo de cura específico, ou (b) caso não haja prazo de cura específico,
(“CVM”) nº 476, de 16.01.2009, conforme alterada (“Instrução CVM 476”), com garantia firme de subscrição, de 150 debêntures simples, todas no- não sanada no prazo de 15 dias corridos contados da data que tal obrigação deveria ter sido cumprida; (vii) protesto legítimo de títulos contra a
minativas e escriturais, em série única, da espécie com garantia flutuante, com garantia fidejussória, não conversíveis em ações da Companhia, tota- Companhia, ainda que na condição de garantidora, cujo valor, individual ou agregado, seja igual ou superior a R$ 5.000.000,00, exceto se (a) o pro-
lizando, na data de emissão, o valor de até R$ 150.000.000,00; e (ii) delegação de poderes a diretoria da Companhia para: (a) contratar o Banco Bra- testo foi efetuado por erro ou má-fé de terceiros, desde que validamente comprovado pela Companhia no prazo de até 5 dias contados da data de re-
desco BBI S.A. e o BB - Banco de Investimento S.A. (“Bradesco BBI” e “BB - Banco de Investimento”, respectivamente) para realizar a distribuição cebimento da intimação, ou (b) o protesto for sustado ou cancelado no prazo legal; (viii) inadimplemento, sem prejuízo dos prazos para seu sanea-
pública com esforços restritos e garantia firme de colocação das Debêntures (conforme definido a seguir); (b) contratar os prestadores de serviços da mento previstos nos respectivos instrumentos, ou vencimento antecipado de quaisquer dívidas e/ou obrigações pecuniárias da Companhia, sua con-
Emissão (conforme defi nido a seguir), incluindo, mas não se limitando, ao Banco Mandatário, Agente Fiduciário, Agente Escriturador e assessores troladora ou de qualquer de suas coligadas ou controladas, em valor individual ou agregado superior a R$ 5.000.000,00 sem a devida contestação ou
legais; e (c) negociar e celebrar todos os instrumentos e praticar todos os atos necessários à efetivação da Emissão (conforme definido a seguir) e da comprovação de cumprimento da obrigação considerada inadimplida; (ix) não cumprimento de uma ou mais sentenças arbitrais definitivas ou deci-
Oferta Restrita (conforme definido a seguir), incluindo, mas não se limitando, à celebração da escritura de emissão de Debêntures (conforme definido sões judiciais transitadas em julgado contra a Companhia, sua controladora ou qualquer de suas coligadas ou controladas, conforme o caso, que, em
a seguir) e do contrato de distribuição das Debêntures (conforme definido a seguir). Leitura de Documentos, Recebimento de Votos e Lavratura da conjunto ou isoladamente resulte ou possa resultar, em obrigação de pagamento para a Companhia, sua controladora ou para qualquer de suas coli-
Ata: (1) Dispensada, por unanimidade, a leitura dos documentos relacionados às matérias a serem deliberadas nesta Assembleia Geral, uma vez que gadas ou controladas, conforme o caso, de valor unitário ou agregado superior a R$ 5.000.000,00, para as quais não haja provisão para pagamento;
são do inteiro conhecimento dos acionistas. (2) Nos termos do artigo 130, parágrafo 1º, da Lei das Sociedades por Ações, foi autorizada a lavratura da (x) não renovação, cancelamento, revogação ou suspensão das autorizações e licenças, inclusive as ambientais, relevantes para o regular exercício das
presente ata na forma de sumário, sendo que as declarações de votos, protestos e dissidências porventura apresentadas serão numeradas, recebidas atividades desenvolvidas pela Companhia, sua controladora ou por qualquer de suas coligadas ou controladas, exceto se, dentro do prazo de 30 dias
e autenticadas pela Mesa e ficarão arquivadas na sede da Companhia. Deliberações: Após a análise e discussão das matérias constantes da Ordem do a contar da data de tal não renovação, cancelamento, revogação ou suspensão, a Companhia comprove a existência de decisão judicial autorizando a
Dia, os acionistas deliberaram por unanimidade de votos o seguinte: (i) Aprovar, nos termos do artigo 59 da Lei das Sociedades por Ações, a 1ª regular continuidade das atividades da Companhia até a renovação ou obtenção da referida licença ou autorização; (xi) transferência ou qualquer forma
emissão de debêntures, para distribuição pública com esforços restritos de colocação nos termos da Instrução CVM 476, com garantia fi rme de de cessão ou promessa de cessão a terceiros, pela Companhia, das obrigações assumidas na escritura de emissão de Debêntures; (xii) alteração do
subscrição, em série única, da espécie com garantia fl utuante, com garantia fi dejussória, não conversíveis em ações da Companhia (“Emissão” e controle acionário, direto ou indireto, da Companhia; (xiii) transformação da Companhia em sociedade limitada, nos termos do artigo 220 da Lei das
“Debêntures”, respectivamente), nos termos da Instrução CVM 476, que terão as seguintes características e condições: (a) Valor Total da Emissão: o Sociedades por Ações; (xiv) alteração ou modificação do objeto social da Companhia, para alterar substancialmente ou excluir as atividades atualmen-
valor nominal total das Debêntures, na Data de Emissão (conforme abaixo definida), será de até R$ 150.000.000,00 (“Valor Nominal Total”); (b) Séries: te desenvolvidas; (xv) realização de qualquer pagamento de dividendos pela Companhia, ressalvado o disposto no artigo 202 da Lei das Sociedades
a Emissão será realizada em série única; (c) Quantidade de Debêntures: serão emitidas 150 Debêntures; (d) Data de Emissão das Debêntures: para por Ações, de juros sobre capital próprio ou de qualquer outra participação nos lucros estatutariamente prevista, caso a Companhia esteja em mora
todos os efeitos legais, a data de emissão das Debêntures será 12.11.2010 (“Data de Emissão”); (e) Valor Nominal Unitário das Debêntures: o Valor perante os Debenturistas com relação ao pagamento de qualquer obrigação pecuniária prevista na escritura de emissão de Debêntures; (xvi) redução
Nominal Unitário das Debêntures, na Data de Emissão, será de R$1.000.000,00 (“Valor Nominal Unitário”); (f) Atualização Monetária do Valor Nomi- do capital social da Companhia, sem que haja anuência prévia dos titulares das Debêntures; (xvii) não utilização dos recursos provenientes da integra-
nal Unitário: não haverá atualização monetária do Valor Nominal Unitário das Debêntures; (g) Forma e Conversibilidade: as Debêntures serão da lização das Debêntures conforme estipulado na escritura de emissão de Debêntures; (xviii) redução do quociente obtido da divisão do valor contábil
forma escritural e não serão conversíveis em ações de emissão da Companhia; (h) Espécie: as Debêntures serão da espécie com garantia flutuante, do ativo imobilizado da Companhia pelo Valor Nominal Unitário das Debêntures em circulação que resulte em um valor contábil do ativo imobilizado
nos termos do artigo 58 da Lei das Sociedades por Ações, com garantia fidejussória; (i) Garantias: para assegurar o cumprimento das obrigações da da Companhia menor que o equivalente a 130% do Valor Nominal Unitário das Debêntures em circulação, na data de apuração; (xix) se a Garantia (A)
Companhia decorrentes da Emissão, o valor total da dívida da Emissora representada pelas Debêntures, na Data de Emissão, acrescida da Remunera- for objeto de questionamento judicial pela Companhia, pelo Fiador ou por terceiros que afete o cumprimento de quaisquer obrigações previstas na
ção (conforme defi nido a seguir) e dos encargos moratórios aplicáveis, bem como das demais obrigações pecuniárias previstas na escritura de escritura de emissão de Debêntures; (B) for anulada; ou (C) de qualquer forma, deixar de existir ou for rescindida; ou (xx) caso, ao final de qualquer
emissão de Debêntures, inclusive, mas não limitado, àquelas devidas ao Agente Fiduciário serão garantidas: (i) por garantia fidejussória (fiança) a ser exercício social, a razão entre a Dívida Líquida e o EBITDA seja superior a 3,5. O Agente Fiduciário será o responsável por realizar este cálculo com base
prestada pelo Sr. Julio Eduardo Simões, brasileiro, casado, empresário, com escritório à Rua João Pedro Blumenthal, nº 300, domiciliado à Cidade de nas informações a serem apresentadas pela Companhia, no prazo e forma estabelecidos na Escritura de Emissão, até o pagamento integral dos valores
Guarulhos, Estado de São Paulo, portador da Cédula de Identidade tipo RG nº 7.276.955-5 SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob nº 524.947.648-15, com devidos em virtude das Debêntures, devendo considerar como: (a) “Divida Líquida” a somatória da rubrica de empréstimos, financiamentos e debên-
outorga uxória da Sra. Maria Fernanda Simões, brasileira, casada, arquiteta, com escritório à Rua João Pedro Blumenthal, nº 300, domiciliada à Cida- tures no passivo circulante e não circulante, mais a rubrica de operações com derivativos do passivo circulante e não circulante, bem como qualquer
de de Guarulhos, Estado de São Paulo, portadora da Cédula de Identidade tipo RG nº 7.548.061-X SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob nº 108.653.078-06; outra rubrica que se refira à divida onerosa da Companhia que venha a ser criada, menos a rubrica de operações com derivativos do ativo circulante e
(j) Data de Vencimento: as Debêntures terão prazo de vigência de 5 anos a contar da Data de Emissão; (k) Amortização do Principal: a amortização não circulante e menos a soma (aa) da rubrica de disponibilidades (caixa e equivalentes à caixa) com (bb) as aplicações financeiras (circulante e não
do Valor Nominal Unitário será realizada semestralmente, a partir do final do 12º mês, a contar da Data de Emissão; (l) Resgate Antecipado Total: as circulante), com base em valores extraídos do balanço patrimonial consolidado da Companhia; e (b) EBITDA o lucro operacional antes de juros, tribu-
Debêntures poderão ser objeto de resgate antecipado, a qualquer tempo, a exclusivo critério da Companhia, mediante comunicação escrita aos deben- tos, amortização e depreciação ao longo dos últimos 12 (doze) meses, conforme cada item seja reportado nas mais recentes demonstrações financei-
turistas com antecedência mínima de 10 dias úteis e pagamento do saldo do Valor Nominal Unitário das Debêntures não amortizado, acrescido da ras da Companhia; (s) Destinação dos Recursos: Os recursos obtidos por meio da Emissão serão destinados exclusivamente da seguinte forma: (i)
Remuneração devida e ainda não paga até a data de Resgate Antecipado, devendo ainda incidir sobre este valor prêmio nos seguintes percentuais: (i) no mínimo R$ 130.000.000,00 do para o pagamento integral do saldo devedor de obrigações financeiras nos termos dos seguintes instrumentos: (a)
0,80%, caso o resgate ocorra entre a Data de Emissão e o 12º mês a contar da Data de Emissão (inclusive); (ii) 0,60%, caso o resgate ocorra entre o Cédula de Crédito Bancário - Capital de Giro, nº 21.1231.767.0000001-35, celebrada em 29.07.2009, entre a Emissora e a Caixa Econômica Federal,
13º (inclusive) e o 24º (inclusive) mês a contar da Data de Emissão; (iii) 0,50%, caso o resgate ocorra entre o 25º (inclusive) e o 36º (inclusive) mês a (b) Cédula de Crédito Bancário - Capital de Giro, nº 21.1231.767.0000002-16, celebrada em 29.01.2010, entre a Emissora e a Caixa Econômica Federal,
contar da Data de Emissão; (iv) 0,40%, caso o resgate ocorra entre o 37º (inclusive) e o 48º (inclusive) mês a contar da Data de Emissão; e (v) 0,30%, (c) Cédula de Crédito Bancário - Conta Garantida PJ, nº 2.971.289, celebrada em 5.11.2010, entre a Emissora e o Banco Bradesco S.A., (d) Cédula de
caso o resgate ocorra entre o 49º (inclusive) e o 60º (inclusive) mês a contar da Data de Emissão; (m) Remuneração: A remuneração das Debêntures Crédito Bancário - Empréstimo Capital de Giro, nº 3.762.209, celebrada em 18.05.2010, entre a Emissora e o Banco Bradesco S.A., (e) Cédula de
contemplará juros remuneratórios a partir da data da primeira subscrição e integralização das Debêntures (“Data de Integralização”), correspondentes Crédito Bancário - Empréstimo Capital de Giro, nº 3.772.087, celebrada em 21.05.2010, entre a Emissora e o Banco Bradesco S.A., (f) Contrato de
a 121% da variação acumulada da taxa média diária dos depósitos interfi nanceiros de um dia denominada “Taxa DI over extra grupo”, expressa na Abertura de Crédito em Conta Corrente - Conta Garantida, nº 265.900.613, celebrado em 08.07.2009, entre a Emissora e o Banco do Brasil S.A., (g)
forma percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculada e divulgada diariamente pela CETIP no informativo diário disponível em sua página na Internet Termo de Adesão aos Cartões Ourocard Empresariais, nº 265.900.549, celebrado em 7.10.2010, entre a Emissora e o Banco do Brasil S.A., e (h) Nota
(http://www.cetip.com.br) (“Taxa DI”), calculados de forma exponencial e cumulativa, pro rata temporis por dias úteis decorridos, incidentes sobre o de Crédito Comercial - BB Capital de Giro, nº 265.900.705, celebrado em 15.04.2010, entre a Emissora e o Banco do Brasil S.A.; e (ii) no máximo R$
Valor Nominal Unitário não amortizado desde a Data de Integralização ou da última Data de Pagamento da Remuneração (“Remuneração”); (n) Paga- 20.000.000,00, após o pagamento a que se refere o item (i) acima, para reforço do capital de giro e/ou investimentos. (ii) Delegação de Poderes à
mento da Remuneração: a Remuneração será paga trimestralmente, a contar da Data de Emissão (cada data de pagamento de Remuneração, uma Diretoria da Companhia: fica a diretoria da Companhia autorizada a (a) contratar o Bradesco BBI e o BB - Banco de Investimento para realizar a dis-
“Data de Pagamento da Remuneração”); (o) Prazo e Forma de Subscrição e Integralização: as Debêntures serão subscritas pelo Valor Nominal tribuição pública com esforços restritos e garantia firme de colocação das Debêntures; (b) contratar os prestadores de serviços da Emissão, incluindo,
Unitário. As Debêntures serão integralizadas em moeda corrente nacional, à vista, no ato da subscrição, de acordo com as normas de liquidação mas não se limitando, ao Banco Mandatário, Agente Fiduciário, Agente Escriturador e assessores legais; (c) negociar e celebrar todos os instrumentos,
aplicáveis à CETIP; (p) Colocação: as Debêntures serão objeto de distribuição pública com esforços restritos de colocação (“Oferta Restrita”), sob inclusive fixando preços e condições; e (d) praticar todos os atos necessários à efetivação da Emissão e da Oferta Restrita, incluindo, mas não se limi-
regime de garantia firme de colocação para a totalidade das Debêntures, com a intermediação do Bradesco BBI, na qualidade de Coordenador Líder da tando, à celebração da escritura de emissão de Debêntures e do contrato de distribuição das Debêntures. Encerramento: Nada mais havendo a tratar,
Oferta Restrita e do BB - Banco de Investimento, na qualidade de Coordenador da Oferta Restrita; (q) Registro para Colocação: as Debêntures serão o Sr. Presidente suspendeu os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata. Reaberta a sessão, a ata foi lida e aprovada pelos presentes, que
registradas para distribuição no mercado primário e negociação no mercado secundário no SDT - Módulo de Distribuição de Títulos (“SDT”), e no SND a subscrevem. Assinaturas: Julio Eduardo Simões, Maria Fernanda Simões, Julio Eduardo Simões Filho e Marina Simões. Certificamos que a presente
- Módulo Nacional de Debêntures (“SND”), respectivamente, ambos administrados e operacionalizados pela CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos é cópia fiel da ata lavrada em Livro Próprio. São Paulo, 09.11.2010. Mesa: Julio Eduardo Simões - Presidente; Carlos Marchesi - Secretário.JUCESP
e Derivativos (“CETIP”), sendo as negociações liquidadas e as Debêntures custodiadas na CETIP; (r) Vencimento Antecipado: as Debêntures poderão nº 417.166/10-2 em 25/11/10. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretário Geral.
24 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira,e26
fimdedenovembro, 2010
semana, 26, 27 e 28 de novembro, 2010

EMPRESAS
Antoine Antoniol/Bloomberg
EQUIPAMENTOS TELECOMUNICAÇÕES

Sony relança leitor de livros digitais France Telecom traça estratégia


e disponibiliza 20 mil títulos para avançar no Oriente Médio
A Sony vai retornar ao mercado de aparelhos para leitura de livros A France Telecom está negociando a compra de participação
digitais do Japão e abrir uma loja on-line com 20 mil títulos, quase minoritária na Korek Telecom, terceira maior operadora móvel do
todos em japonês. A empresa deixou o mercado japonês de e-books Iraque, para avançar para o Oriente Médio, informou o Financial Times.
em 2007 por causa de falta conteúdo. Na época, a empresa oferecia O jornal, citando pessoas próximas à situação, afirmou que o negócio
menos de 10 mil títulos. A companhia espera vender 300 mil Readers garantiria à Korek um valor de mercado de US$ 1,5 bilhão, e que
no primeiro ano e conquistar metade do mercado doméstico até 2012. a France Telecom poderia adquirir uma parte do controle da operadora.

Murillo Constantino

CONTRATO

1de toneladas
milhão de açúcar
da Copersucar serão
transportadas pela FCA em 2011,
o dobro do volume de 2010.

PREFERÊNCIA

50%
do açúcar a granel exportado
pela Copersucar em 2011, ou 2,5
milhões de toneladas, chegará ao
porto em trens da FCA e da ALL.

CRESCIMENTO

138 milhões
de toneladas de cana é a quanto
equivalem o açúcar e o álcool
que a Copersucar movimentará
em 2011. Alta de quase 25%.

Paulo Roberto de Souza, presidente


executivo da Copersucar: em 2011
usará ferrovias para escoar 50%
do açúcar a granel exportado

Copersucar e Vale investirão


R$ 125 mi em transporte de açúcar
Contrato com FCA prevê embarque ferroviário anual de 3 milhões de toneladas, novos terminais e reforma de 500 vagões

Luiz Silveira A modernização fazer o transporte dedicado ao necessidade de desmanchar a Copersucar dobrar o volume
lsilveira@brasileconomico.com.br açúcar da Copersucar. Já o gru- composição. “Poucas operações transportado com a FCA para 1
dos vagões e po sucroalcooleiro, formado por têm esse sistema, que reduzirá o milhão de toneladas em 2011.
A maior comercializadora de um novo sistema cerca de 120 usinas de cana, in- carregamento de 20 para três “As ferrovias vão representar
açúcar e álcool do país, a Co- de embarque do vestirá R$ 65 milhões em três horas”, afirma o presidente da 50% do nosso escoamento a
persucar, fechou ontem um terminais de transbordo, onde o FCA, Marcelo Spinelli. granel para o porto em 2011”,
novo contrato com a Ferrovia açúcar em Ribeirão açúcar passará dos caminhões Já os vagões modernizados calcula o presidente-executivo
Centro Atlântica (FCA), con- Preto reduziram em para os vagões. farão a descarga mais rápida em da Copersucar, Paulo Roberto
trolada pela Vale, para o trans- 30% a necessidade Um desses terminais, em Ri- Santos, reduzindo o tempo de de Souza. Das 8 milhões de to-
porte de até três milhões de to- beirão Preto (SP), já está funcio- uma hora para dez minutos, se- neladas de açúcar que a coope-
neladas de açúcar por ano a de investimento nando, mas receberá novos in- gundo o executivo da FCA. “Ao rativa espera comercializar em
partir de 2015. O negócio faz em trens vestimentos, totalizando R$ 25 todo, reduzimos em 30% a nos- 2011, 6 milhões serão exporta-
parte da estratégia da Copersu- milhões. Outros dois terminais sa necessidade de investimento das — 1 milhão em sacas e 5
car de investir R$ 1,5 bilhão em serão construídos em 2011, em em locomotivas e vagões acele- milhões a granel. Desse volume
logística até 2015, priorizando Uberlândia (MG), no Triângulo rando o sistema”, calcula. Ain- a granel, 1,5 milhão de tonela-
meios de transporte mais eco- Mineiro, e em Aguaí, na região da assim, para chegar às 3 mi- das serão transportados pela
nômicos que o rodoviário, central de São Paulo, a um custo lhões de toneladas, investimen- ALL, concorrente da FCA.
como os trens e as hidrovias. total de R$ 40 milhões. tos adicionais em trens serão O crescimento da Copersucar
Pelo acordo, a FCA vai inves- Em Ribeirão, a Copersucar necessários e poderão ser reali- ficará entre 20% e 25% em 2011,
tir R$ 60 milhões na reforma de construirá um sistema chamado zados pela Copersucar. atingindo a negociação de açúcar
500 vagões, originais da con- de anel ou pêra ferroviária, que Mas os investimentos anun- e álcool equivalentes a 138 mi-
cessão das ferrovias à Vale, para permitirá o carregamento sem a ciados ontem já vão permitir à lhões de toneladas de cana. ■
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 25
26, 27 e 28

Caetano Barreira/Reuters
AUTOMOTIVO GÁS

Fiat investe R$ 350 milhões no hatch Bravo, Comgás contrata segunda parcela de
substituto do Stilo que será exportado financiamento com instituição europeia
Segundo o presidente da montadora, Cledorvino Belini, a expectativa O contrato é de € 100 milhões, parte de um financiamento de longo prazo
é que sejam vendidas 1,5 mil unidades do modelo por mês no Brasil. Além concedido pelo European Investment Bank, no montante total de € 200
disso, o carro, que será produzido na fábrica de Betim, será exportado milhões. Segundo a empresa, o empréstimo será destinado à expansão,
para toda a América Latina. A meta é que as vendas externas alcancem modernização e reforço da rede de distribuição de gás canalizado, além
2 mil unidades por ano. O Stilo sairá de produção após 10 anos no mercado, de outros investimentos para dar suporte à operação da companhia.
tendo alcançado uma participação de 15% no segmento hatch médio. A operação faz parte do plano da empresa para 2010, 2011 e 2012.

Consumo de aço no mercado interno


cresce 44% e bate recorde em 2010
Para o próximo ano, a previsão é de um consumo 6% maior, demanda é atendida principalmente por produtos importados
Antonio Milena

Produção de aço no Brasil cresce e deve COMÉRCIO EXTERIOR MUNDO


chegar a 47 milhões de toneladas em
2011 após a entrada em operação da US$ 5,4 bi 1,27 bilhão
Companhia Siderúrgica do Atlântico é o valor gasto pelo país com de toneladas de aço foram
a importação de 5,9 milhões consumidas no mundo em 2010, o
de toneladas de aço neste ano. total é 13,1% superior ao resultado
As exportações em 2010 deverão do ano passado. A China foi o
resultar numa receita de US$ 5,5 maior consumidor global, com
bilhões com a comercialização 579 milhões de toneladas. Para
de 8,7 milhões de toneladas de o próximo ano, a previsão é que
aço, volume apenas 0,7% maior o consumo mundial cresça 5,3%,
do que o registrado em 2009. chegando a 1,34 bi de toneladas.

PREFEITURA DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA


PROCESSO N.º 31.273/10. PREGÃO PRESENCIAL N.º 064/10. OBJETO: Registro de Preços para
eventual fornecimento de coffebreak com e sem garçom, destinados ao uso de diversas Secretarias
desta Prefeitura, com entregas parceladas, por um período de 12 (doze) meses. O Departamento
de Suprimentos, no uso de suas atribuições, comunica aos interessados que, de acordo com a Ata
n° 271/10, esclarece dúvidas suscitadas por interessada, Rerratifica e realiza a 1ª Consolidação do
Edital. Assim, Redesigna Nova data para a entrega dos envelopes e início da sessão de lances às
9:00 horas do dia 10 de dezembro de 2010, na Sala de Licitações, à Av. Nove de Julho, 185, sala 01,
Centro, Atibaia/SP. AQUISIÇÃO DO EDITAL: O edital poderá ser adquirido na Tesouraria Municipal, à
Av. da Saudade, 252, sala A, Centro, nos dias úteis, das 10:00 às 16:00 horas, mediante o recolhimento
de emolumento de R$ 10,00 (reais), ou SEM ÔNUS no site www.atibaia.sp.gov.br; a Ata e as demais
informações estarão disponíveis via internet, pelo referido site, e no Departamento de Suprimentos, à rua
Bruno Sargiani, 100, Vila Rica, Fone (11) 4414-2210, Fax: (11) 4414-2632. Após recolher o emolumento
na Tesouraria, o edital deverá ser retirado no Departamento de Suprimentos, no endereço supracitado,
nos dias úteis, das 9h às 12h e das 13h às 16h. SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO, 25 de novembro
de 2010. Andréa de Andrade Veríssimo de Souza - Diretora do Departamento de Suprimentos.

PREFEITURA DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA


PROCESSO N.° 6.925/10. TOMADA DE PREÇOS N.º 09/10. OBJETO: Contratação de
empresa especializada, sob regime de empreitada global, com fornecimento de materiais e
mão de obra, para construção da 2ª fase da piscina olímpica no complexo esportivo – CE
O consumo de aço será recorde Em 2011, o consumo no mercado internacional e da Takao Ono – Jardim Imperial, Atibaia-SP. O Departamento de Suprimentos, no uso de suas
atribuições, comunica aos interessados que RETOMA o certame e realiza a 1ª Consolidação
no Brasil em 2010. A expectati- existência de incentivos esta-
va do Instituto Aço Brasil (IABr)
de aço no país duais à importação.
do Edital. Assim, Redesigna Nova data para entrega dos envelopes e início da sessão de
lances para o dia: 15 de dezembro de 2010, às 10:00 horas, na Sala de Licitações, situada à
é que 26,8 milhões de toneladas deverá chegar Av. Nove de Julho, Sala 01, n.º 185, Centro, Atibaia/SP. O edital e o CD poderão ser adquiridos
na Tesouraria Municipal, à Av. da Saudade, n.º 252, sala A, Centro, nos dias úteis, das 10h às
de aço sejam comercializadas a 28,3 milhões Crescimento da produção 16h, mediante o pagamento de emolumento de R$ 50,00 (cinquenta reais); os esclarecimentos
e as demais informações estarão disponíveis via internet pelo site www.atibaia.sp.gov.br e
no país este ano, volume 44% Para 2011, o instituto prevê que
maior do que em 2009 e 11% de toneladas. o consumo de aço crescerá 6%,
no Departamento de Suprimentos, à rua Bruno Sargiani, n.º 100, Vila Rica, Fone (11) 4414-
2210, Fax: (11) 4414-2632. Após recolher o emolumento na Tesouraria, a empresa deverá
acima de 2008, antes da crise A capacidade de chegando a 28,3 milhões de to- retirar o edital e o CD no Departamento de Suprimentos, no endereço supracitado, nos dias
úteis, das 9h às 12h e das 13h às 16h. A visita técnica obrigatória deverá ser agendada pelo
internacional. Mas o cresci- produção alcançará neladas. Segundo o presidente telefone (11) 4414-5428 - Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente. O valor estimado da obra
é de R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais). A garantia no valor de R$ 5.500,00
mento do consumo não está do IABr, Marco Polo de Mello
sendo atendido necessaria- 47 milhões Lopes, a indústria produzirá
(cinco mil e quinhentos reais) deverá ser realizada na Tesouraria Municipal. SECRETARIA
DE ADMINISTRAÇÃO, 25 de novembro de 2010. Andréa de Andrade Veríssimo de Souza –
mente pelas siderúrgicas insta- de toneladas um volume maior no próximo Diretora do Departamento de Suprimentos.

ladas no país. São os produtos ano. A capacidade de produção


importados que estão ganhan- brasileira deverá crescer para
do a preferencia do consumidor 47 milhões de toneladas, supe- SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA
industrial. Em 2010, as impor- rando as 33,1 milhões produzi- URBANA E OBRAS
tações estão estimadas em 5,9 das neste ano.
milhões de toneladas, um cres- Grande parte do aumento na COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO - CPL-INFRA
cimento de 154%. capacidade será gerado pelo iní- ACHA-SE REABERTA, NA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA URBANA E
“No pós-crise, a América La- cio das atividades da Compa- OBRAS, LICITAÇÃO, CONFORME SEGUE:
EDITAL - CONCORRÊNCIA Nº 006/09/SIURB. OBJETO: EXECUÇÃO DAS
tina passou a atrair volumes nhia Siderúrgica do Atlântico OBRAS DO PROLONGAMENTO DA AVENIDA JOSÉ PINHEIRO BORGES
crescentes de exportações e isso (CSA), unidade da alemã Thys- (RADIAL LESTE) DESDE ARTUR ALVIM ATÉ GUAIANAZES, INCLUINDO
foi percebido claramente no senKrupp voltada para exporta- INTERVENÇÕES EM VIADUTOS, PONTILHÕES, INTERLIGAÇÕES VIÁRIAS,
Brasil. O recorde de consumo ção e que tem capacidade para 5 PAVIMENTAÇÃO E CANALIZAÇÃO DE CÓRREGOS, ELABORAÇÃO DE
PROJETOS EXECUTIVOS. PROCESSO: 2008-0.178.324-7. VALOR ESTIMADO
infelizmente não significou re- milhões de toneladas anuais de - R$131.324.392,32. ENTREGA E ABERTURA DAS PROPOSTAS: As propostas
corde de produção de aço no placas de aço. serão recebidas das 09h30min até às 10h30min do dia 28 de dezembro de 2010.
País, mesmo com sobra de ca- “Não conseguimos porém EDITAL, BASES E INFORMAÇÕES: O CD-ROM contendo o edital e elementos
pacidade”, afirmou o presidente estimar números de comércio que o integram acham-se à disposição, dos interessados, na sede da Comissão,
na Avenida São João, 473, 13º andar, das 09h30min às 11h30min e das 13h30min
do Conselho Diretor do IABr, exterior, porque dependerá da às 16h00min, até o último dia útil anterior ao marcado para a abertura da licitação,
André B. Gerdau Johannpeter. evolução das condições de com- mediante a entrega de um CD-ROM virgem regravável. O edital poderá ser
Segundo o empresário, o au- petitividade da indústria brasi- consultado no site: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br.
mento das importações reflete leira frente à concorrência des- OBS: SOMENTE PODERÃO PARTICIPAR DA PRESENTE LICITAÇÃO
EMPRESAS OU CONSÓRCIOS PRÉ-QUALIFICADOS PELA PMSP E
em muito os efeitos do câmbio leal, custos tributários elevados DETENTORES DOS RESPECTIVOS ATESTADOS, REFERENTES À PRÉ-
valorizado, da persistência de e câmbio”, afirmou Lopes. ■ QUALIFICAÇÃO Nº 001/07/SIURB, PROCESSO Nº 2007-0.120.451-2.
elevados excedentes de oferta Redação com Reuters
26 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

INOVAÇÃO & TECNOLOGIA SEGUNDA-FEIRA


EDUCAÇÃO
TERÇA-FEIRA
EMPREENDEDORISMO

FDTE reestrutura serviços de


Fundação tecnológica remodela perfil para entrar firme no mercado de assessoria técnica voltada para projetos

Nilton Toledo e Anderson Cruz


na nova sede da FDTE: foco
é brigar com empresas privadas
de engenharia especializada

Nivaldo Souza co da Engenharia (FDTE). Entidade inaugura ganha forma nesta terça-feira, metalurgia, telecomunicações,
nsouza@brasileconomico.com.br Até agora discreta, com dia 30, com a inauguração de etc. “Geralmente, as empresas
atuação de bastidor na coor- nova sede na próxima uma nova sede no bairro pau- com necessidades técnicas nos
O desenvolvimento do projeto denação de projetos de peso — terça-feira, dia 30. listano do Morumbi. Investi- procuram e desenvolvemos so-
G-10 — primeiro computador como a instalação da rede na- As novas instalações mento de R$ 11,5 milhões para luções. Sempre foi uma ação
para escala fabril no Brasil, cional de telecomunicações, a ocupar um prédio de dois mil passiva e, agora, queremos
numa época em que a indús- expansão da indústria side- têm 2 mil m², quase metros quadrados, incluindo mostrar que temos equipes para
tria de componentes eletrôni- rúrgica e mineral —, a entida- seis vezes o tamanho aquisição e reforma do imóvel. qualquer projeto”, diz o dire-
cos nem existia por aqui — e de se reestrutura para expor das anteriores, Serão quatro andares, contra tor-superintendente Nilton
do concreto armado, que co- seus feitos. Passo estratégico apenas um de 350 metros qua- Nunes Toledo.
locaria a construção civil na- para brigar pelo aquecido mer- mais aporte de drados das antigas instalações A maior parte dos negócios
cional na vanguarda técnica cado de assessoria especiali- R$ 11,5 milhões para em Pinheiros, bairro da zona era feita sob encomenda do Es-
mundial, foram responsáveis zada, no qual empresas priva- aprimorar núcleos oeste de São Paulo. tado — apesar da carteira de
por imprimir à engenharia das se lançam tendo no ho- A mudança física representa clientes multinacionais como
brasileira direção tecnológica rizonte os investimentos para técnicos e ministrar também um alteração de com- Siemens, Roche e Whirlpool.
em processos produtivos nos os próximos anos. “A funda- cursos especializados portamento para expor ao “O governo sempre foi o grande
anos 1970 e 1980. ção foi reestruturada acredi- mercado a expertise acumula- contratante. Agora, não é mais
As inovações foram passos tando que a partir de 2011 ha- da desde 1972, em gestão de e precisamos aparecer para as
importantes da industrializa- verá um boom de projetos no projetos e gerência de desen- empresas”, indica Toledo.
ção do país e contaram com Brasil”, diz o diretor de proje- volvimento de produtos em
coordenação da Fundação para tos Anderson Cruz. automação, computação, ele- Conversas
o Desenvolvimento Tecnológi- A mudança de orientação trônica, energia, mecânica, A disposição é para vender
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 27
26, 27 e 28

QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA
GESTÃO SUSTENTABILIDADE

JOSÉ LUIZ

engenharia ALBERTIN
Diretor de educação da
Sae Brasil (Sociedade dos
Engenheiros da Mobilidade)

ligados ao pré-sal, Copa e Olimpíada


Murillo Constantino


Reestruturamos
a Fundação para
o Desenvolvimento
Tecnológico da
Faltam profissionais ou
formação adequada?
O Brasil retoma sua verve desenvolvimentista e descobre
Engenharia (FDTE) a restrição da mão de obra capacitada. O assunto emocio-
acreditando que, na e aguça discussões dentro e entre os principais prota-
a partir de 2011, gonistas do tema. Vêm a público sinais de um sincero es-
forço de indicar causas e soluções. Um país da nossa com-
haverá um boom de plexidade merece essa profusão de análises e esforços.
projetos no Brasil Talvez nos falte focar mais o problema, do que defender as
instituições através dos seus esforços isoladamente.
Anderson Cruz, O Brasil já viveu ciclos de desenvolvimento extraordi-
diretor de projetos nários sem que se tenha esbarrado na falta de engenheiros.
A economia era muito menor, também era menor a velo-
cidade dos projetos, as exigências do contexto social e, os
As empresas com recursos, proporcionalmente aos fatores citados, eram
muito maiores. Os recursos tempo e dinheiro acomoda-
necessidades vam equipes maiores, menor produtividade individual. As
técnicas geralmente ferramentas de engenharia e tecnológicas eram mais sim-
nos procuram ples. O número de posições burocráticas também era
maior e acomodava diplomados não vocacionados. Dis-
e desenvolvemos torciam-se indicadores de desemprego de engenheiros e
soluções. Sempre foi também do número de engenheiros nos projetos.
uma ação passiva e, Nossos jovens técnicos, em geral, saem dos cursos sem
a contextualização dos conhecimentos que receberam.
agora, queremos Não tiveram chance de se desenvolver na aplicação e na
mostrar que temos liderança do conhecimento que os capacita. As solicita-
equipes para ções de um projeto em
equipe, com resultados,
qualquer projeto medidas de desempe-
Falta a aplicação nho, orçamentos e ex-
Nilton Nunes Toledo, posição a tecnologias e
diretor-superintendente de práticas práticas, não são viven-
que propiciem ciadas por vastíssima
identificar a maioria dos cerca de 30
mil diplomados anual-
vocação para as mente. As empresas e os
áreas técnicas já projetos já não têm re-
no ensino médio e cursos para desenvolver
e testar a vocação dos
antes dele. Formar diplomados. Como diz
um engenheiro Mauro Simões enge-
é um processo nheiro da MAN Latin
América no depoimen-
de 17 anos de vida to acima “os engenhei-
estudantil. Para ros que se destacam já
variar estamos vêm da faculdade com
graxa nas unhas”. Um
atrasados, mas não formado deve chegar ao
desesperançados mercado de trabalho
marcado por graxa, ci-
mento, choque elétrico,
serviços a empresas ligadas às chip, software, aero-
obras de infraestrutura de HISTÓRIA modelo, robôs, biocombustível e outras bagagens.
grande porte do setor elétri-
co, a Copa 2014 e a Olimpíada
2016. Mas sem perder de vista
Mil projetos As competições de engenharia prestam um enorme
serviço na formação de engenheiros. São projetos de ro-
bôs, veículos elétricos, a gasolina, híbridos, aeromodelos
o desenvolvimento industrial, Entidade incentiva aproximação entre academia e empresas e outros. Nesses trabalhos em equipe vemos ‘feras’ de es-
que se mantém motriz da en- Criada por um núcleo de empresas e a fundação veio para colas brasileiras participando aqui e fora do País. Chega-
tidade. “Já fizemos até proje- professores da Escola Politécnica atender a demanda do setor rão ao mercado em melhor condição de prestar serviços à
tos na área médica”, ressalta da USP, a FDTE foi uma investida privado”, diz Vieira. Hoje, a sociedade. Destaco um caso de sucesso com abrangência
Toledo. técnica para aproximar mundo fundação toca 70 projetos em nacional e internacional, as competições estudantis da
O diretor de projetos diz acadêmico e empresas. O diversas áreas. Eles integram uma Sae Brasil. São centenas de estudantes de engenharia, de
que a fundação tem se mobili- engenheiro Antonio Hélio Guerra lista de mais de mil projetos em dezenas de escolas, de diversas regiões do Brasil e do ex-
zado para se aproximar do Vieira, presidente do conselho 38 anos. Parte em parceria com terior, que competem nos projetos do Baja, do AeroDe-
empresariado. Já realizou reu- curador da fundação e professor outras universidades além da USP sign e do Fórmula SAE. Tal prática, entretanto, ainda não
niões em associações de classe emérito da Poli-USP, recorda que e até consultorias privadas, numa é sistêmica nas engenharias nem reconhecida formal-
como a Federação das Indús- as empresas procuravam a sinergia que envolve a troca de mente como curricular para a formação de engenheiros.
tria do Estado de São Paulo universidade em busca de cooperar profissionais e o uso de laboratórios. Para finalizar comento que, igualmente, falta a
(Fiesp) justamente para se em projetos. Por ser pública, a USP Alguns dos profissionais, inclusive, aplicação de práticas que propiciem identificar a vo-
apresentar. “Já há algumas era proibida de vender consultoria. foram formados pela própria cação para as áreas técnicas, já no ensino médio e an-
conversas em andamentos”, Daí resultou na criação da FDTE em fundação, que coordena também tes dele. Lembre-se que formar um engenheiro é um
diz Cruz, sinalizando possí- 1972. “As regras do serviço público cursos de curta duração e processo de uns 17 anos de vida estudantil. Para variar
veis contratos para 2011. ■ contrastam com a necessidade das pós-graduação da Poli-Integra. estamos atrasados, mas não desesperançados. ■
28 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

ENCONTRO DE CONTAS

LURDETE ERTEL

Salto alto
Está sendo do Ceará
o passo mais largo nas
exportações brasileiras
de calçados em 2010.
Responsável pelo
maior volume de pares
embarcados até outubro,
o estado ampliou as
vendas externas em
33,8% em volume e
38,2% em faturamento
em 10 meses — bem acima
da média nacional, que foi
14,2% em pares e 10,3%
em receita no período.
Ao todo, as indústrias
de calçados instaladas
no Ceará esparramaram
no mercado internacional
53,7 milhões de pares,
o equivalente a 45%
de todo o volume
exportado pela Brasil até
o outubro (119,3 milhões).
O desempenho cearense
contrasta com o do
Rio Grande do Sul e de Check-in nas nuvens
São Paulo, dois dos mais Está brotando do concreto em O edifício terá 484 metros de altura e será o março de 2011 o hotel mais alto da Ásia:
tradicionais polos do Hong Kong, na China, mais um mais alto da cidade e o quarto mais elevado o Ritz-Carlton ocupará do 102º ao 118º
setor no Brasil e antigos empreendimento candidato ao time do mundo - atrás do Burj Khalifa em Dubai andares do prédio – incluindo o último.
líderes de exportação: dos prédios mais altos do mundo. (828 m), da Taipei 101 em Taiwan (509 m) Neste espaço, distribuirá 312 apartamentos
O novo International Commerce e do World Finance de Xangai (492 m). e suítes, seis restaurantes, um lobby
ambos os estados Center (ICC) está sendo construído de Com uma vista deslumbrante de Victoria lounge e um incrível bar e uma piscina
tiveram performance frente para a baia de Kowloon, no lado Harbour e da ilha de Hong Kong, o ao ar livre em sua cobertura, no 118º andar.
negativa no período. peninsular da ex-colônia britânica. arranha-céu vai abrigar a partir de A piscina será a mais alta que já se viu.

Saul Loeb/AFP
O poder das

Nos passos do Tio Sam “Há interesse memórias


Foram novamente os americanos de grandes
os principais compradores O ex-presidente dos
dos calçados brasileiros empresas de Estados Unidos George
de janeiro a outubro de 2010.
Segundo a Abicalçados, os
comprar terras W. Bush acaba de se
tornar oficialmente
sobrinhos do Tio Sam importaram na Amazônia e é um best-seller.
26,4 milhões de pares (+18,8%),
que geraram receita de
preciso garantir Apenas duas semanas
depois do lançamento,
US$ 296,7 milhões (+,1,8%). a soberania seu livro de memórias,
Seguiram os argentinos, com Decision Points, alcançou
11, 9 milhões de pares, e os do Brasil” a marca de 1,1 milhão
ingleses, com 6,4 milhões. Deputado Nilson Mourão (PT-AC), de cópias vendidas,
autor de um dos seis projetos segundo a editora
Desencantou que tramitam em Brasília Crown Publishing.
para restringir a compra de terras Com esse número, Bush
Foi pelo valor mínimo estipulado por estrangeiros no Brasil. se soma a Bill Clinton e
pela Justiça do Trabalho que a Barack Obama no seleto
empresa Conagro Participações Invasão clube de presidentes
arrematou a Fazenda Piratininga, americanos que
do empresário Wagner Canhedo Conforme dados do Incra, ultrapassaram 1 milhão
Azevedo, ex-dono da Vasp. estrangeiros têm posse de de livros vendidos.
No leilão desta semana, 4,35 milhões de hectares No livro lançado em
a companhia levou a propriedade de terras no Brasil. É uma 9 de novembro
por R$ 430 milhões — um área equivalente ao território já com 135 mil cópias
terço menos que o valor real da Suíça. Essas terras eletrônicas vendidas,
da fazenda, avaliada em estão distribuídas em 3.689 Bush rompeu pela
mais de R$ 615 milhões. municípios, principalmente primeira vez o silêncio
O dinheiro vai para pagamento nos estados de Mato Grosso, depois que deixou a
de dívidas trabalhistas da Vasp. Mato Grosso do Sul e São Paulo. Casa Branca, em 2009.
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 29
26, 27 e 28

Fotos: divulgação

Oscar da rolha MARCADO


● O fundador e presidente
A revista Wine Spectator sacou a rolha nesta semana da Marfrig, Marcos Molina,
da esperada lista dos 100 melhores vinhos do ano. vai comandar o seminário
Para montar o Top 100 2010, a equipe avaliou 15,8 mil rótulos O Brasil Globalizado,
degustados (às cegas) ao longo dos últimos 12 meses. Exportando Qualidade,
A primeira colocação do ranking ficou com um vinho da Califórnia: que o Lide vai promover no
James Berry Vineyard Paso Robles 2007, produzido por Justin Smith. próximo dia 30 no Caesar Park
Entre os 100, figuram rótulos de 14 países. Brasil está fora. Faria Lima, em São Paulo.

encontrodecontas@brasileconomico.com.br

Depois da Presidência GIRO RÁPIDO


A Rádio Capital AM, de São Paulo,
está mexendo as antenas para ter,
já a partir do primeiro semestre
de 2011, um comentário diário
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva em sua programação.
A emissora é segunda em
audiência entre as AMs na região
metropolitana de São Paulo. E já
iniciou contatos para ter Lula em
seus quadros no ano que vem.

Replay
Por uma boa causa
Única fábrica de vinil da América
Latina, a Polysom prepara Alessandra Campiglia vai
nova fornada de relaçamentos oferecer, amanhã, em sua casa,
de álbuns no formato LP. um jantar especial para Gustavo
A empresa, que voltou a produzir Kuerten. Na ocasião, 400
os bolachões no início do ano, bichinhos confeccionados pela
começa a reproduzir em escala marca Pucci estarão à venda,
o disco Afrociberdelia (1996), de e o valor arrecadado será doado
Chico Science & Nação Zumbi. para o instituto do tenista.
Nas próximas semanas, devem
ser relançados também vinis De primeira
de Tom Zé, Secos e Molhados,
Titãs, Rita Lee e Ultraje a Rigor. Dia 30, a estilista Juliana
Todas serão edições limitadas. Troca de brindes Arantes e o artista plástico
Fábio Russomanno vão
Chaves A colombiana Shakira está brindando a nova inaugurar a primeira loja
parceria que acaba de fechar com a marca da marca Russ, na Galeria
O Transamérica abriu o checkin de champanhe espanhola Freixenet. Ouro Fino, em São Paulo.
de mais um hotel em São Paulo. A cantora será a estrela da propaganda
O Transamérica Prime — The de Natal da marca, e em troca a empresa vai Desembarque
World ocupa um prédio de 31 doar 500 mil euros à Fundação Pies Descalzos.
andares no bairro Vila Olímpia. Shakira está rindo à toa com o novo contrato, A D’pil, especializada
Com 324 apartamentos, que dará novas oportunidades a mais em fotodepilação, está
é a 20ª unidade do grupo no crianças desfavorecidas. desembarcando no mercado
Brasil. E a 14ª em São Paulo. Com a verba a fundação da pop-star vai construir Europeu. A rede, que já
centros educativos no Haiti e na Colômbia. tem 260 lojas no Brasil,
Coador O novo anúncio deve estrear nas televisões vai abrir sua primeira
espanholas dia 9 de Dezembro. unidade em Madri, em 2011.
A Starbucks® está abrindo Além da doação financeira, a Freixenet
sua primeira loja no Brasil depois pretende produzir ainda um documentário Arte em spray
de a Starbucks® Corporation sobre o trabalho filantrópico da loira.
comprar 100% da operação A Pies Descalzos gere seis escolas em seu O projeto Urban Gallery,
brasileira, antes operada em país natal, proporcionando educação e da Brookfield Incorporações,
parceria com investidores locais. sustento a mais de seis mil crianças carentes. trouxe para São Paulo o
A cafeteria será inaugurada Outras celebridades como Meg Ryan, Antonio artista nova-iorquino Momo
no Shopping Downtown, na Barra Banderas, Demi Moore e Sharon Stone também já para transformar um tapume
da Tijuca. É a terceira no Rio. brilharam em campanhas da marca espanhola. na Marginal Pinheiros em
obra de arte. O painel de
255 metros de comprimento
Jean-Pierre Muller/AFP foi inspirado em Sol LeWitt,
Diamantes da cozinha um dos principais expoentes
da arte minimalista.
A cidade medieval francesa de
Sarlat La-Caneda abriu nesta
semana a temporada oficial
de venda da safra de uma
das iguarias mais cobiçadas
do mundo gastronômico.
As primeiras trufas negras da
região de Perigord nesta estação
começaram a ser vendidas para
profissionais na feira histórica de
Sarlat por até 400 euros o quilo.
Cogumelo subterrâneo famoso
por seu aroma e sabor, a trufa é
encontrada quase exclusivamente
na Europa. A França domina
a produção (45%), seguida por
Espanha (35%) e Itália (20%).
As trufas negras da França
(particularmente de Perigord)
e as brancas da Itália (Piemonte) Com Karen Busic
são as mais valorizadas. kbusic@brasileconomico.com.br
30 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

CULTURA

Mostra na Oca propõe mergulho

Megaexposição Daniela Paiva = Life ocupou cerca de 800 me- co anda na cobertura. Mais: a em uma grande instalação de
dpaiva@brasileconomico.com.br tros quadrados. A da Oca preen- sensação é de caminhada sobre madeira fina que sugere uma
com trabalhos che 8 mil. Tudo foi reformulado. o mar, por conta da espuma es- casa. O público se posiciona no
Se você não é um ser de outro “O drama deles é a escassez de condida embaixo do tapete. meio, e o ruído que sai das cai-
de arte, tecnologia planeta, bebe água, toma banho água”, compara o curador Mar- “Colocamos a pessoa dentro da xas de som é tamanho que a es-
e ciência é com ela e, quando pode, refres- cello Dantas. “O nosso é o ex- água sem que ela precise se mo- trutura chega a tremer.
ca o corpinho numa bela praia. cesso e o mau uso.” lhar”, diz Raquel. Outro ponto alto é o telão gi-
inaugurada hoje Só foge da diaba quando des- Cada andar abriga um tema gante posicionado no teto da
penca sobre a sua cabeça em específico. O subsolo é reserva- Interdisciplinaridade Oca, no último andar. O espec-
em São Paulo. formato de chuva. do a 16 artistas que foram insti- Marcello Dantas é designer e tador deita, e observa projeções
A mostra é a A água é tão parte da nossa
rotina que nem nos aprofunda-
gados a ousar nas suas interpre-
tações para o assunto. Além de
curador de exposições pela
Magnetoscópio. Ele atuou em
do fundo do mar.
Ainda que fale do uso cons-
maior da América mos muito sobre seu papel fun- brasileiros, o grupo conta com projetos como o do Museu da ciente da água, a mostra não
damental na nossa existência. nomes da China, Alemanha, Língua Portuguesa. Em Água na força um tom panfletário, o que
Latina, e faz da Água na Oca, exposição que co- Itália, Argentina e Inglaterra. Oca, contou com uma curadoria foi uma preocupação. “Fugi dis-
meça hoje no Parque Ibiriapuera Inspirados, os artistas explora- científica conduzida por Gusta- so loucamente. A melhor ma-
interdisciplinaridade em São Paulo, propõe um mer- ram sensações com um refina- vo Accacio e Mário Domingos. neira de causar reflexão e esti-
instrumento para gulho intenso em suas várias mento que impressiona. Um dos “A água é um tema infinito”, diz mular as pessoas a entenderem
funções, significados e até em trabalhos mais marcantes é uma Mário. “Falamos dela como re- que existe uma responsabilida-
cativar o público seu papel de fonte inspiradora. espécie de tapete-espelho gi- curso importante para nós, de coletiva é encantar o públi-
Água também é poesia em gante criado pelo trio Rejane como ambiente aquático, de co”, reforça o curador geral.
parte da megaexposição, que Cantoni, Raquel Kogan e Leo- enchente, que tem muito a ver Água na Oca é uma iniciativa do
nasceu de uma outra pequenina nardo Crescenti. O reflexo na com o brasileiro”, descreve. Instituto Sangari, que trouxe a
feita em Nova York. Water: H20 parede muda conforme o públi- Tempestade é apresentada exposição Darwin no Brasil. ■

LEVE PARA CASA


Divulgação Divulgação

Tropicália ou Panis et Circensis John Lennon Signature Box


Como é bom ver projetos e edições de fino trato no pacote e no O.k., Sir Paul McCartney reinou recentemente por aqui. Mas
conteúdo. Lançado recentemente pela editora Iyá Omin, e organizado por há novos motivos para reativar o velho dilema sobre quem é o
Ana Oliveira, este pacote reúne gente de calibre que se inspirou no clássico maior gênio dos Fab Four. São oito discos solo de John Lennon
homônimo e ofereceu as suas palavras e tintas, como Jorge Mautner, remasterizados, mais duas compilações, e o temático Gimme
Bené Fonteles, Guto Lacaz, e Gringo Cardia. De brinde, pôsteres que Some Truth, com quatro CDs. Todos vendidos separadamente ou
podem embelezar qualquer parede com um delicioso traço “podecrê”. na charmosa caixa ao lado. Ponto para o time dos Lennonmaníacos.
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 31
26, 27 e 28

Merrick Morton

Caiu na rede é peixe DESTAQUES NO CINEMA

Não tem essa de aliviar com o diretor David Fincher, de Clube da Luta e ● Mais um Woody Allen chega às telas.
...Benjamin Button. Em seu novo filme A Rede Social, Mark Zuckerberg, Você Vai Conhecer o Homem dos
criador do Facebook, é um safado de primeira categoria capaz de deletar Seus Sonhos traz Anthony Hopkins
tudo e todos — e quem fica bem na tela é o brasileiro Eduardo Saverin, e Antonio Banderas.
traído pelo ex-amigo. Bem dirigido sem cair na linha pop mais óbvia, ● A promessa é de riso e pancadaria
e com uma ótima turma jovem, o filme, que estreia na próxima semana, sem esforço em Os Outros Caras,
mostra fragmentos do ser humano que se espalham por aí. com Will Ferrell e Mark Wahlberg.

na função da água
PARA VER E OUVIR
Murillo Constantino

Marcela Beltrão Marcela Beltrão

Um relax deitado
no chão observando
o fundo do oceano

João Carlos Martins de graça


O maestro João Carlos Martins faz apresentação gratuita
ao lado do tenor Jean William amanhã, às 18h30, no estande
de vendas do residencial Place Santana, em SP (Rua Carlos
Escobar, 145). É preciso se inscrever pelo telefone 11 2973-4111.

Edu Moraes

ÁGUA NA OCA
De hoje a 8 de maio de 2011. Na Oca, Parque do Ibirapuera, São Paulo.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia para estudantes, professores,
menores de 7 anos, maiores de 60). Entrada franca no último
domingo de cada mês. Terças, quartas e sextas, das 9h às 18h.
Quintas, das 9h às 21h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h. Deus e o Diabo no Liquidificador
do Cérebro Eletrônico
A versão DJ do figura Tatá Aeroplano (centro) serve uma bela
salada brazuca na noite paulista. O mesmo espírito mistureba
passeia pela banda Cérebro Eletrônico, que mostra o terceiro
A sensação é de caminhada disco, Deus e o Diabo no Liquidificador, hoje, às 21h, no Studio
sobre o mar no trabalho SP. O tempero é jovem guarda. Ou seja: sabor superantenado.
de trio de artistas
Divulgação

Brasil adota tom mais


adulto para tema científico
Para ele, a questão é oferecer


Puro marketing para atrair
público ou prova de maturidade? a esse público uma informação
mais qualificada. “Se quisermos
Nos Estados Unidos e na Euro- fazer alguma diferença em edu- Forró in the Dark pela primeira vez no Brasil
pa, museus com recorte cien- Uma das nossas cação no Brasil, temos de dar Gravata, blazer, jeans, tênis, e um forrozinho cheio de
tífico e exposições que tratam ideias é de que um pulo”, diz. “modernidades”. Esse é o Forró in the Dark, que esquenta o
temas da área costumam pri- arrasta-pé lá fora. A banda estreia miniturnê no Sesc Pompeia
vilegiar o público infantil com
a exposição tem Vale o consumidor em 10/12, SP. Faça que nem eles: corra! Você, atrás do ingresso!
joguinhos e conteúdo fácil. de ser divertida, Já Hélio Dia, professor e diretor
Água na Oca não tem nada não infantil do Estação Ciência, centro da Geraldo Pestalozzi

disso, e evidencia a procura de USP que tem como objetivo di-


um tom mais adulto na abor- Marcello Dantas, vulgar o assunto, aponta um
dagem brasileira. curador da mostra gua na Oca certo oportunismo por conta
“Uma das nossas ideias é do interesse dos patrocinado-
que a exposição tem de ser di- res. Grandes exposições patro-
vertida, e não infantil”, afirma cinadas por grandes empresas
Marcello Dantas, curador da querem atingir o dono do di-
mostra Água na Oca . “Você nheiro. “Tem uma questão de
está trabalhando assuntos que marketing por conta dos de
dizem respeito à cultura, à ci- quem financia”, afirma.
dadania, à arte. São grandes “Não adianta conscientizar
assuntos, e criança não precisa o adulto, que já tem suas
ser tratada como boba”, opina ideias”, diz. Para ele, o objetivo Novo show de Vanessa da Mata
Marcello. “Estamos chegando tem de ser sempre o mesmo, Cantora de cachos inconfundíveis e voz adocicada, Vanessa
nesses temas até de uma forma despertar o interessa da crian- da Mata estreia, nos dias 10 e 11/12, no Citibank Hall (SP),
mais avantajada do que em çada, não importa a forma. “A o show de Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias, quinto álbum
outros países porque não te- divulgação científica é muito de sua carreira. Kassin, um dos artistas mais interessantes
mos preconceito.” precária no Brasil.” ■ D.P. de sua geração, assina a direção musical e toca na banda.
32 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

FINANÇAS

Bom retorno atrai


investimento em
energia alternativa
Expectativa de rentabilidade das pequenas centrais hidrelétricas
atinge 12% ao ano. Aplicação de longo prazo agrada fundos

Mariana Segala Amadurecimento so. Estando todas em funcio-


msegala@brasileconomico.com.br namento, em 2014, o potencial
e prospecção dos gerador dos empreendimentos
A conclusão dos primeiros projetos são dois do FIP Energia PCH deve bei-
projetos alternativos de gera- dos maiores desafios rar os 740 MW.
ção de energia que receberam Também partiu do interesse
aportes de fundos de partici- das fundações a constituição
pação (ou FIPs) começa a dar do FIP Brasil Energia, o maior
aos investidores o gostinho do brasileiro do setor, com patri-
lucro. Na Infra Asset Manage- mônio de R$ 1,1 bilhão. Ope-
ment, gestora do grupo G.P.I., rando desde 2005, o fundo vai
a inauguração de cinco pe- colocar em operação, em ja-
quenas centrais hidrelétricas neiro, a PCH Rio do Braço, no
(PCHs) até dezembro no Rio Rio de Janeiro. “O interesse
Juruena, em Mato Grosso, é cresceu depois do apagão do
motivo de comemoração. A início da década”, explica Bru-
Infra gere o FIP Energia PCH, no Franco, da equipe de gestão
que detém a Juruena Partici- do Brasil Energia no BTG Pac-
pações, responsável pelas tual. Assim como as obras do
cinco usinas, localizadas no FIP Energia PCH, as desenvol-
rio homônimo. vidas pelo FIP Brasil Energia —
“O amadurecimento e a e por outros fundos —recebe-
prospecção de projetos são um ram financiamento do BNDES,
desafio em si”, conta Pedro além dos Bancos do Nordeste e
Paulo Leoni Ramos, ex-minis- da Amazônia.
tro da Secretaria de Assuntos “A possibilidade de retorno
Estratégicos no governo Collor no setor é grande”, avalia o
e presidente da G.P.I. É por sócio de infraestrutura do Pá-
isso que fundos do tipo têm tria Investimentos, André Sa-
prazos dilatados. Por tal razão les. Em 2006, a instituição de-
e pela promessa de retornos cidiu investir em energia por
polpudos no longo prazo, são meio do Pátria Energia FIP.
capazes de atrair os maiores Com patrimônio de R$ 317 mi-
fundos de pensão como cotis- lhões, a carteira foi criada para
tas. “Ainda sinto muito apetite levantar recursos para a cons-
desses investidores para o tituição da Ersa, empresa es-
mercado de energia”, avalia pecializada em energias reno-
Ricardo Kassardjian, diretor da váveis que conta também com
Infra Asset Management. outros sócios (como o próprio
FIP Brasil Energia). Quatro
Fundos de pensão PCHs implementadas pela Er- Leoni Ramos e Ricardo
Só no FIP Energia PCH, os sa entrarão em operação até Kassardjian, da G.P.I.,
fundos de pensão detêm um janeiro. Outras quatro foram detectam apetite pelo
patrimônio de R$ 480 mi- inauguradas neste ano e três mercado de energia
lhões. A maior parte está in- em 2007 e 2008. ■
vestida nas PCHs do Rio Ju-
ruena, cuja construção contou
também com financiamento PALAVRA-CHAVE
(na proporção de 72%) do
Brasil contabiliza R$ 53 bilhões em fundos de
BNDES. Em funcionamento, as
cinco vão gerar algo em torno ✽ A indústria brasileira de fundos FIPs, o número cresce para
de 100 MW a partir de 2011. O de investimento em participações R$ 56 bilhões, em 283 carteiras.
restante dos recursos foi dire- Pequena central hidrelétrica (FIPs) contabiliza atualmente Trata-se de um segmento
cionado ao desenvolvimento um patrimônio de quase R$ 53 relativamente novo no país — os
de uma usina termelétrica — a Empreendimentos hidrelétricos ou inferior a 3 quilômetros bilhões, distribuído em 275 FIPs foram regulamentados pela
Usitesc — na cidade de Trevi- de pequeno porte. cúbicos. Passam por um rito carteiras, segundo dados da CVM apenas em 2003, por meio
so, em Santa Catarina, e a Possuem potência entre de aprovação relativamente Comissão de Valores Mobiliários da edição da instrução número
mais um grupo de cerca de 15 1 MW e 30 MW, com área mais rápido que as usinas (CVM). Considerando os fundos 391. O FIP Energia PCH, aliás,
PCHs também em Mato Gros- total de reservatório igual hidrelétricas comuns. que compram cotas de outros é pioneiro. Foi um dos primeiros
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 33
26, 27 e 28

Henrique Manreza

CVM eleva exigências em ofertas públicas AGENDA DO DIA


● Às 7h, o Banco Central Europeu
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), presidida por (BCE) divulga as informações
Maria Helena Santana, publicou ontem uma nova instrução de meios de pagamento, incluindo
que altera regras para ofertas públicas de aquisições de controle moeda em circulação e fundos.
de empresas de capital aberto. A nova instrução inclui exigências ● Sai o indicador mensal da
de aumento na “quantidade e qualidade” de informações que inflação ao consumidor alemão.
deverão ser divulgadas e estabelece regras mais claras para ● Às 14h, sai o Índice Nacional
propostas de terceiros após o lançamento de uma oferta de ações. de Expectativa do Consumidor.

Murillo Constantino

MAIS SOBRE FIP

1.
Obstáculos
Investimento de
longuíssimo prazo
Os fundos que compram
de sempre da
infraestrutura
participações em projetos de
infraestrutura costumam ter
data marcada para acabar —
data, aliás, no longuíssimo
prazo. Só então os investidores
têm certeza quanto ao retorno Questões ambientais e O licenciamento
obtido com a aplicação. burocracia desestimulam
O FIP Energia PCH, por chegada de mais gestores
ambiental é
exemplo, tem prazo de 20 anos. de carteiras do tipo apontado com
Os investidores, que apostaram um dos principais
no projeto em 2004, só verão Obstáculos comuns às grandes
a cor do dinheiro em 2024. obras de infraestrutura não são obstáculos,
O Pátria Energia FIP prevê prazo raros também no segmento de assim como os
— prorrogável — de 10 anos. pequenas centrais hidrelétricas prazos de aprovação
Mesmo caso do FIP Brasil Energia. (PCHs) e outros projetos alter-
nativos de geração de energia. de projetos
O licenciamento ambiental é junto à Aneel
2.
Rentabilidade esperada de
apontado como um dos princi-
pais deles, assim como os pra-
zos de aprovação dos projetos
12% ao ano mais inflação junto à Agência Nacional de
Tanto tempo de espera promete Energia Elétrica (Aneel).
ser compensado pelo retorno. “Trata-se de empecilhos para
Fundos de participações de a criação de novos fundos”,
projetos de infraestrutura avalia o sócio de infraestrutura
costumam render — bem — acima do Pátria Investimentos e co-
de investimentos tradicionais, presidente da Ersa, André Sales.
como os títulos públicos. No caso Na questão ambiental, o execu-
do FIP Energia PCH, a expectativa tivo avalia que os órgãos com-
de retorno no encerramento petentes impõem exigências
do fundo (considerando o excessivas que, aparentemente,
desinvestimento, ou seja, uma não soariam como impeditivos
eventual venda das pequenas para a continuidade dos proje-
centrais hidrelétricas) é de tos. “Isso aconteceu em vários
aproximadamente 12% ao ano dos nossos projetos.”
acima da inflação acumulada no É o tipo de risco que os in-
período e medida pelo IGP-M. vestidores devem estar prepa-
rados para correr. “São even-
tos típicos em obras de infraes-

3.
Atrativo especial para
trutura”, diz o diretor da Infra
Asset Management, gestora
do FIP Energia PCH, Ricardo
fundações de previdência Kassardjian. As pequenas cen-
A expectativa de retorno trais hidrelétricas construídas
dos projetos de geração de pela Juruena Participações —
energia atrai as fundações companhia investida do fundo
de previdência para os FIPs — em Mato Grosso foram, em
que investem no segmento. 2006, alvo de questionamen-
O FIP Brasil Energia, um dos tos ambientais.
maiores do setor (com patrimônio Depois, em 2008, uma delas,
líquido de R$ 1,1 bilhão) conta a PCH Telegráfica, sofreu uma
com Petros (fundo de pensão invasão indígena. Por fim, no
da Petrobras), Funcef (da Caixa ano passado, foi preciso lidar
Econômica Federal), Real com desentendimentos com a
Grandeza (de Furnas) e mais empresa que tinha o contrato
outros três como cotistas. de EPC (Engineering, Procure-
Também investem neste ment and Construction) das
FIP a BNDESPar, Banco usinas, responsável pela enge-
do Brasil e o BTG Pactual. nharia e construção das obras.
Todas questões resolvidas a es- PCHs já em operação vão pro-
sas alturas, lembra Kassardjian. porcionar, neste ano, receitas
da ordem de R$ 108 milhões.
participação, distribuídos em 275 carteiras “Desinvestimento” “Nossa visão atual é de perma-
Com tantos obstáculos supera- nência no setor”, avalia Sales.
constituídos nos moldes da norma em 2007, em 87 operações. dos, os fundos de participações O mesmo se pensa na Infra As-
da CVM, logo em 2004, junto com Neste ano, até o mês de não parecem tão interessados set Managemente. “A tendên-
outros oito fundos, que naquele novembro, foi registrado na CVM assim em iniciar a fase de “de- cia é de que façamos um ‘mix’
ano captaram um total de R$ 1,4 um total de 15 ofertas de cotas de sinvestimento” — eventual de liquidez com longo prazo,
bilhão com ofertas de cotas FIPs, somando volume de R$ 2,4 venda dos ativos para obtenção mantendo alguns projetos até
registradas junto à autarquia. bilhões. Outras quatro ofertas de liquidez. Pudera. No caso da constituirmos um portfólio
As ofertas de FIPs cresceram ao estão em análise pela autarquia, Ersa, empresa investida tanto grande que, consolidado, pos-
longo dos anos, chegando a um somando um valor adicional de pelo Pátria Energia FIP quanto sa ter o capital aberto”, explica
valor recorde de R$ 22 bilhões quase R$ 2 bilhões. M.S. pelo FIP Energia Brasil, as Kassardjian. ■ M.S.
34 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

FINANÇAS
Divulgação
CAPTAÇÃO PARCERIA

Anhanguera pode levantar cerca BB, Bradesco e Santander iniciam


de R$ 1 bilhão com oferta de ações compartilhamento de caixas eletrônicos
A Anhanguera Educacional pode levantar cerca de R$ 1 bilhão Banco do Brasil (BB), Bradesco e o Santander deram início ontem ao
com uma oferta pública de distribuição primária de ações, compartilhamento de caixas eletrônicos instalados fora das agências,
que começarão a ser negociadas em dezembro. A companhia como aqueles presentes em aeroportos. Inicialmente, 700 máquinas
planeja emitir 20 milhões de ações ordinárias. A oferta poderá ser dos três bancos estarão aptas a realizar as operações (saques e consultas
acrescida de lote suplementar de 3 milhões de ações e adicional de de extrato e saldo). A gestão dos terminais está sob responsabilidade
4 milhões de papéis, o que levaria a empresa a obter R$ 1,015 bilhão. da TecBan, que já faz a administração da Rede 24 Horas.

Tarifas de
cartões de
crédito serão
padronizadas
Entre as principais alterações está a
redução do número de taxas cobradas
dos consumidores, de 80 para 5


Vanessa Correia e
Ana Paula Ribeiro
redacao@brasileconomico.com.br
A cobrança
O Conselho Monetário Nacional
(CMN) aprovou ontem a regula- mínima não poderia
mentação da cobrança de tarifas ser inferior ao juro
relacionadas à prestação de ser- debitado pelo não
viços de cartões de crédito.
Entre as principais altera- pagamento da fatura
ções está a redução do número
de taxas cobradas dos consu- Álvaro Musa,
midores, de 80 para 5 (anuida- sócio-diretor da
de, emissão de segunda via, Partner Conhecimento
utilização de terminais de saque
na modalidade crédito, paga-
mentos de contas e avaliação
emergencial de limite de crédi-
to do cliente) e obrigatoriedade
de oferta de um cartão conside-
rado básico (sem benefícios,
mas com anuidade reduzida).
O intuito das medidas é esti-
mular a concorrência entre
emissores de cartões de crédito
ao elevar a transparência das ressalta Álvaro Musa, sócio-di- receita com tarifa já é composta pela inovação e seguirá com
tarifas. “As medidas represen- retor da Partner Conhecimento. pelos cinco itens permitidos pelo essa prática para buscar novos
tam um salto na qualidade do Já Antonio Luiz Rios, ex-pre- BC. Além disso, os emissores de- produtos e serviços diferencia-
relacionamento entre a indús- sidente da Visanet (hoje Cielo), vem promover ajustes durante o dos para os seus clientes.”
tria e o consumidor”, comemo- ex-diretor de marketing da prazo de adaptação. Já no médio Banco do Brasil (BB), Itaú e
ra Paulo Caffarelli, presidente Abecs e presidente do grupo prazo, é possível que a concor- Bradesco não se posicionaram.
da Associação Brasileira das Carlos Chagas, explica que os rência gere redução das receitas.”
Empresas de Cartões de Crédito emissores terão que elevar gra- Tarifas bancárias
e Serviços (Abecs). dualmente o percentual da co- Emissores Não é a primeira vez que o BC
O BC também padronizou o brança mínima — que chega a O BRASIL ECONÔMICO procurou os tenta regulamentar as tarifas
percentual mínimo para o paga- ser de 8% do total da fatura em quatro maiores emissões de cobradas por instituições finan-
mento da fatura mensal (15% em alguns bancos. “O consumidor cartões de crédito do país. O ceiras. Processo similar já havia
junho de 2011 e 20% em dezem- terá que desembolsar um valor Santander disse, em nota, que ocorrido em 2007, mas com as
bro do mesmo ano). O objetivo é maior para o pagamento da fa- apoia a decisão do Conselho tarifas atreladas às contas cor-
reduzir o superendividamento tura mínima. Se essa mudança Monetário Nacional e ressalta a rentes e de poupança.
dos consumidores na modalida- ocorrer de forma brusca, é pro- importância da padronização Em dezembro daquele ano, o
de, atualmente em 7,7% para vável que alguns consumidores de tarifas, que dá mais transpa- CMN e o BC estabeleceram as
atrasos superiores a 90 dias, se- não tenham condições de hon- rência ao setor e contribui para normas para o reajuste de tarifas
gundo a Abecs. A medida não rar com o compromisso, o que que os clientes façam suas es- e também introduziram um pa-
deixou especialistas certos de elevaria a inadimplência.” colhas com mais clareza. “É cote de serviços gratuitos. As re-
que será eficaz. “A cobrança mí- mais um movimento da indús- gras tiveram início no segundo
nima não poderia ser inferior ao Receita tria de cartões no caminho do trimestre de 2008 e chegaram a
juro debitado pelo não paga- Rios não acredita que a receita das amadurecimento e da busca causar impacto no balanço dos
mento da fatura. Caso contrário, tarifas com cartões de crédito caia pelo crescimento sustentável. O bancos, que registraram queda
sempre será uma bola de neve”, no curto prazo. “Cerca de 80% da Santander sempre se pautou nas receitas com tarifas. ■
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 35
26, 27 e 28

David Siqueira/SXC
ACORDO CÂMBIO

Participantes e Previ chegam a Dólar fecha quase estável


entendimento sobre destinação de superávit em dia de liquidez reduzida
Os participantes do plano de benefício definido da Previ, o fundo de O dólar fechou praticamente estável ante o real ontem, em baixa
pensão do Banco do Brasil, assinaram um memorando de entendimentos de 0,06%, a R$ 1,722 na venda. Foi uma sessão de fraca liquidez
para garantir a distribuição da reserva especial, formado por parte dos em meio a um feriado nos Estados Unidos. A moeda operou com
superávits registrados em anos anteriores. O valor, limitado a R$ 23,7 queda maior durante boa parte do dia, captando um modesto apetite
bilhões, será distribuído aos funcionários da ativa, beneficiários e o por risco no exterior. Mas próximo ao fechamento, o ímpeto de baixa
patrocinador. A decisão precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores. arrefeceu após o Banco Central comprar dólares no mercado à vista.

Marcelo Justo/Folhapress

Fundo inglês
PREFEITURA DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA
Tornamos público que se acham abertas, no Departamento de Suprimentos desta Prefeitura,
Caffarelli, presidente as licitações abaixo: PROCESSO Nº 31.575/10. PREGÃO ELETRÔNICO Nº 147/10. OBJETO:
da Abecs, diz que Aquisição de utensílios domésticos e eletrodomésticos, destinados ao uso da Secretaria
de Educação. RECEBIMENTO, ANÁLISE DAS PROPOSTAS E INÍCIO DA SESSÃO DA
medidas representam DISPUTA DE PREÇOS DIA: 09 /12/10 ÀS 8:05 horas. AQUISIÇÃO DO EDITAL: O edital

Actis compra
salto na qualidade completo poderá ser adquirido via Internet pelos sites www.atibaia.sp.gov.br ou www.bbmnet.
com.br. PROCESSO Nº 35.370/10. PREGÃO ELETRÔNICO Nº 148/10. OBJETO: Aquisição
do relacionamento de equipamentos mobiliários, destinados ao uso da Secretaria de Educação. RECEBIMENTO,
entre indústria ANÁLISE DAS PROPOSTAS E INÍCIO DA SESSÃO DA DISPUTA DE PREÇOS DIA:
10/12/10 ÀS 8:05 horas. AQUISIÇÃO DO EDITAL: O edital completo poderá ser adquirido via
e consumidores Internet pelos sites www.atibaia.sp.gov.br ou www.bbmnet.com.br. DEMAIS INFORMAÇÕES:

fatia da XP Departamento de Suprimentos, sito à Rua Bruno Sargiani, 100, Vila Rica, Fone: (11) 4414-
2210. SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO, 25 de novembro de 2010. Andréa de Andrade
Veríssimo de Souza – Diretora do Departamento de Suprimentos.

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SERGIPE


Desembolso por ■ PREÇO AVISO DE LICITAÇÃO
aproximadamente 20% da Participação minoritária PREGÃO 40/10-ELETRÔNICO
corretora foi de R$ 100 milhões comprada pelo Actis custou
Objeto: SRP - Aquisição de Material Permanente. Edital e envio de
Mariana Segala
msegala@brasileconomico.com.br

A investida estrangeira sobre o


mercado brasileiro de corretoras
R$ 100 mi
proposta a partir de 26/11/2010 às 8:00 horas no www.comprasnet.gov.br.
Endereço: Centro Administrativo Governador Augusto Franco, Variante 2,
Lote 7, Bairro Capucho, Aracaju –SE – 49.081-000. Telefone: (0xx79)
2106-8694. Fax: (0xx79) 2106-8604/2106-8621. Endereço eletrônico:
licitacoes@tre-se.gov.br. Abertura das propostas: 9/12/2010 às 9:00
de valores deu mais um passo ■ PATRIMÔNIO horas(Horário de Brasília), no www.comprasnet.gov.br.

ontem. Dessa vez, no entanto, XP Investimentos tem ERASMO CÉSAR VALIDO SANTA BÁRBARA
quem abriu os bolsos foi um Pregoeiro
patrimônio líquido de
fundo de private equity, espe-
cializado em comprar participa-
ções de empresas, e não uma
instituição financeira. A gestora
Actis, de origem inglesa, apor-
tou R$ 100 milhões na XP Inves-
R$ 26,9 mi
INVESTCO S.A.
CNPJ/MF nº 00.644.907/0001-93 - NIRE 17.300.000.914
Extrato da Ata de Reunião do Conselho de Administração
Realizada em 29 de Outubro de 2010
1. Data, Hora e Local: Realizada no dia 29 de outubro de 2010, às 16:00 horas, excepcionalmente,
na Rua Bandeira Paulista, nº 530, 14º andar, Bairro Itaim Bibi, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo.
2. Presença: Presentes os membros do Conselho de Administração da Companhia Drs. Miguel Nuno
timentos, uma das maiores cor- Simões Nunes Ferreira Setas; Miguel Dias Amaro; e Carlos Antônio Leal. 3. Mesa: Assumiu a presidência
dos trabalhos o Dr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas, que escolheu a Dra. Andréa Mazzaro Carlos
retoras do país em volume ope- De Vincenti para secretariá-lo. 4. Deliberações: Dentre outros assuntos de interesse social os membros
rado na BM&FBovespa, em troca do Conselho de Administração: 4.1. Elegeram, por unanimidade, para o mandato em curso, a Dra.
Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/SP sob nº 138.145
de uma participação minoritária e no CPF/MF sob nº 136.002.048-90, residente e domiciliada na Cidade de São Paulo, Estado de
São Paulo, na Rua Bandeira Paulista, 530 - 13º andar, CEP 04532-001, para o cargo de Diretora Jurídica
que gira em torno de 20%. da companhia, tendo em vista a reforma estatutária aprovada pela Assembleia Geral Extraordinária
A XP ocupava, no acumula- realizada em 21/09/2010. A Diretora Jurídica ora eleita, neste ato e/ou por declaração própria, tomou
ciência de sua eleição e a aceitou, declarando não estar incursa em nenhum crime que a impeça de
do do ano até outubro, a quarta exercer atividades mercantis. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos
e lavrada esta ata, na forma de sumário, que, tendo sido lida e achada conforme, foi assinada pelos
posição no ranking por volume Conselheiros presentes. Declaro que a presente ata confere com o original lavrado no Livro nº 03 de
negociado no segmento de Registro das Atas de Reuniões do Conselho de Administração da Companhia, às fls. 49 e 50. Miracema
do Tocantins, 29 de outubro de 2010. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas - Presidente da
ações da bolsa, com um total de Mesa. Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti - Secretária da Mesa. Ata registrada na JUCETINS sob o
R$ 161 bilhões no período. Fica- nº 17529862, em sessão de 16/11/2010. Secretário Geral: Erlan Souza Milhomem.

va atrás apenas de Credit Suis-


se, Itaú e BTG Pactual. No seg-
mento de home broker, que en- MARINHA DO BRASIL
globa o varejo de pessoas físicas
na bolsa, a XP possui a terceira CENTRO DE OBTENÇÃO DA MARINHA
colocação, tendo intermediado NO RIO DE JANEIRO (COMRJ)
R$ 26 bilhões em operações de AVISO DO PREGÃO ELETRÔNICO N°104/2010
janeiro a outubro.
OBJETO: AQUISIÇÃO MATERIAL DE SAÚDE.
As conversas com a Actis, EDITAL: Disponível das 09:00hs às 11:00hs e das 14:00hs às 16:00hs, nos
comandada no Brasil por Chu dias úteis, no COMRJ.
Kong e por Patrick Ledoux, já corretora, segundo o último a) Recebimento das propostas de preços até às 09:00 horas do dia
ADMINISTRADORES vinham se estendendo há prati- balanço enviado ao Banco Cen- 09/12/2010, exclusivamente por meio eletrônico, conforme formulário disponi-
camente um ano. Os termos da tral (do segundo trimestre), bilizado no endereço www.comprasnet.gov.br.
CMN aprova política operação estão sujeitos ainda à soma R$ 26,9 milhões. Consi- b) Sessão pública na Internet para recebimento dos lances: aberta às 09:00
horas do dia 09/12/2010, no mesmo endereço www.comprasnet.gov.br.
de remuneração aprovação pelo Banco Central. derando que a participação ad- End. Av. Brasil 10.500/Olaria/ Rio de Janeiro, RJ - Tel. (21) 2101-0846 ou Fax
O desembolso da Actis vai sair quirida foi de aproximadamen- (21) 2101-0815
O Conselho Monetário do fundo da gestora para mer- te 20%, o preço foi de mais de Acesso ao Edital no site-www.comrj.mar.mil.br
Nacional (CMN) aprovou cados emergentes, de US$ 2,9 18 vezes o patrimônio. A corre-
regulamentação sobre a bilhões (R$ 4,9 bilhões). Foi o tora Link foi comprada pelo
política de remuneração de terceiro investimento do fundo UBS, em abril, por R$ 195 mi-
administradores de instituições no Brasil em três meses. O pri- lhões, ou cinco vezes o patri- MARINHA DO BRASIL
financeiras. Aquelas que meiro, de R$ 100 milhões, foi mônio líquido na época — mes- CENTRO DE OBTENÇÃO DA MARINHA
realizarem o pagamento no supermercado CSD, e o se- mo múltiplo da aquisição da NO RIO DE JANEIRO (COMRJ)
remuneração variável terão gundo, de R$ 90 milhões, na Ágora pelo Bradesco, há dois
AVISO DO PREGÃO ELETRÔNICO N° 121/2010
de seguir regras referentes ao Gtex. Nem XP Investimentos anos, por R$ 830 milhões.
volume e forma de pagamento nem Actis deram maiores in- A XP Investimentos nasceu OBJETO: AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE SAÚDE
EDITAL: Disponível das 09:00hs às 11:00hs e das 14:00hs às 16:00hs, nos
desses bônus. De acordo com formações sobre a transação. como um escritório de agentes dias úteis, no COMRJ.
o comunicado do CMN, o autônomos no Rio Grande do a) Recebimento das proposições de preços até às 09:00 horas do dia
objetivo é “alinhar as políticas Preço Sul. Tem como sócios, entre ou- 09/12/2010, exclusivamente por meio eletrônico, conforme formulário disponi-
de remuneração com os riscos Ao que tudo indica, a fatia ad- tros, Guilherme Benchimol, bilizado no endereço www.comprasnet.gov.br.
assumidos pelas instituições quirida pelos fundos da Actis Marcelo Maisonnave e Rossano b) Sessão pública na Internet para recebimento dos lances: aberta às 09:00
financeiras” e “desestimular representa uma das transações Foresti Oltramari. A corretora horas do dia 09/12/2010, no mesmo endereço www.comprasnet.gov.br.
End. Av. Brasil 10.500/Olaria/ Rio de Janeiro, RJ - Tel. (21) 2101-0812 ou Fax
comportamentos capazes de recentes mais valorizadas no tem 210 escritórios filiados em (21) 2101-0815
elevar a exposição ao risco setor, se avaliada em termos re- 105 cidades. A meta é atingir 500 Acesso ao Edital no site-www.comrj.mar.mil.br
das instituições financeiras”. lativos. O patrimônio líquido da escritório até o fim de 2011. ■
36 Brasil Econômico Sexta-feira
Sexta-feira, e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

INVESTIMENTOS

Priscila Dadona RENDA FIXA


pdadona@brasileconomico.com.br
Fundo Data Rent. (%) Taxa Aplic. mín.
12 meses No ano adm. (%) (R$)
ITAU PERS MAXIME RF FICFI 25/NOV 8,98 8,15 1,00 80.000
BB RENDA FIXA LP 50 MIL FICFI 24/NOV 8,93 8,07 1,00 50.000
BB RENDA FIXA LP ESTILO FICFI 24/NOV 8,92 8,07 1,00 -
CAIXA FIC EXECUTIVO RF L PRAZO 24/NOV 8,45 7,64 1,10 30.000
CAIXA FIC IDEAL RF LONGO PRAZO 24/NOV 7,88 7,13 1,50 5.000
BB RENDA FIXA 5 MIL FIC FI 25/NOV 7,73 7,02 2,00 5.000
Vale entra no índice de sustentabilidade BB RENDA FIXA 200 FIC FI
BB RENDA FIXA 50 FIC FI
25/NOV
25/NOV
6,57
6,08
5,97
5,53
3,00
3,50
200
50
As ações da Vale foram incluídas pela pri- de 200 empresas cujas ações estão entre as ITAU PREMIO RENDA FIXA FICFI 25/NOV 5,66 5,08 4,00 300
meira vez no Índice de Sustentabilidade Em- mais negociadas. “São iniciativas que fogem BB RENDA FIXA LP 100 FICFI 24/NOV 5,56 5,05 4,00 100
presarial (ISE) da BM&FBovespa, que vigora das obrigações. Não tem nada a ver o ramo
de 3 de janeiro a 29 de dezembro de 2011. A de atividade [da empresa]”, diz a diretora.
nova carteira ainda traz como novidades pa- Para o coordenador de sustentabilidade da
péis de outras cinco empresas: Anhanguera, Vale, Bruno Ferraz, o ingresso atende aos an- DI
Bicbanco, Copasa, Santander e Ultrapar. seios dos acionistas que questionaram a área
Segundo a BM&FBovespa, o índice reúne de relações com investidores querendo saber Fundo Data Rent. (%) Taxa Aplic. mín.
47 ações de 38 de empresas, que represen- sobre políticas de direitos humanos e efeito 12 meses No ano adm. (%) (R$)
tam 18 setores e somam R$ 1,17 trilhão em estufa, entre outras. “Estamos orgulhosos. BB REF DI LP ESTILO FIC FI 24/NOV 9,10 8,19 0,70 10.000
valor de mercado, o equivalente a 46,1% do Temos obrigação de manter transparência. É BB REF DI ESTILO FICFI 25/NOV 8,71 7,88 1,00 ND
total das companhias com ações negociadas um caminho sem volta”, diz Vânia. ITAU PERS MAXIME REF DI FICFI 25/NOV 8,68 7,84 1,00 80.000
na bolsa, segundo dados até o dia 24. BB REFERENCIADO DI 5 MIL FIC FI 25/NOV 7,08 6,42 2,50 5.000
Além do ingresso de três novos setores no Efeito demorado BB NC REF DI LP PRINCIPAL FIC FI 24/NOV 6,79 6,15 2,47 100
índice (serviços educacionais, holding di- Segundo Luiz Gustavo Medina, sócio da M2 BB REFERENCIADO DI 200 FIC FI 25/NOV 6,48 5,87 3,00 200
versificadas e mineração), 32 das 34 empre- Investimentos, ingressar no ISE é impor- HSBC FIC REF DI LP POUPMAIS 25/NOV 6,10 5,63 3,00 30
sas que constavam na carteira anterior per- tante como um selo de reconhecimento ITAU PREMIO REF DI FICFI 25/NOV 5,42 4,93 4,00 1.000
maneceram. As ações da Usiminas e da Dasa para a empresa. Porém, seu efeito sobre a BRADESCO FIC DE FI REF DI HIPER 25/NOV 4,98 4,52 4,50 100
foram excluídas. As duas possuíam partici- ação ainda é muito pequeno. “Não faz pre- SANTANDER FIC FI CLAS REF DI 25/NOV 4,65 4,25 5,00 100
pação de 4,13%e 3,746%, respectivamente. ço. O brasileiro ainda não utiliza este crité-
Para Vânia Somavilla, diretora de meio rio para investir”, garante.
ambiente e sustentabilidade da Vale a en- Cético, Medina critica a presença de seto-
trada da mineradora no índice mostra ma- res como o de energia e commodities no ín- AÇÕES
turidade da empresa nesse conceito. “É dice. “Os critérios ainda são vagos. Tenho
acima de tudo uma atitude de coragem. dúvidas. Acredito que muitas estejam me- Fundo Data Rent. (%) Taxa Aplic. mín.
Mostra que o assunto está maduro para nós lhorando, mas as exigências, muitas vezes 12 meses No ano adm. (%) (R$)
e nos coloca à prova”, acredita. vão contra o próprio negócio da empresa”. BB ACOES VALE DO RIO DOCE FI 24/NOV 12,54 13,43 2,00 200
A companhia se candidatou pela primeira Na visão de Medina, os acionistas, por en- CAIXA FMP FGTS VALE I 24/NOV 11,58 11,84 1,90 -
vez neste ano. O convite foi enviado a cerca quanto, veem mais o Novo Mercado. ■ BRADESCO FIC DE FIA 24/NOV 0,65 (0,75) 4,00 -
BRADESCO FIC DE FIA MAXI 24/NOV 0,49 (0,91) 4,00 -
BRADESCO FIC DE FIA IV 24/NOV 0,45 (0,95) ND -
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
SANTANDER FIC FI ONIX ACOES 24/NOV (0,99) (2,69) 2,50 100
UNIBANCO BLUE FI ACOES 24/NOV (1,80) (3,57) 5,00 200
A nova composição do índice conta com 38 companhias e vale para 2011 ITAU ACOES FI 24/NOV (3,01) (4,81) 4,00 1.000
ALFA FIC DE FI EM ACOES 24/NOV (6,63) (7,95) 8,50 -
ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE), FECHAMENTO EM MIL PONTOS BB ACOES PETROBRAS FIA 24/NOV (35,52) (31,65) 2,00 200
QUEM ENTRA

ANHANGUERA 2,15

BICBANCO
MULTIMERCADOS
COPASA 2,06 2,06

SANTANDER 2,01
Fundo Data Rent. (%) Taxa Aplic. mín.
12 meses No ano adm. (%) (R$)
ULTRAPAR
1,97 REAL CAP PROT VGOGH 4 FI MULTIM 24/NOV 12,16 12,27 2,30 5.000
VALE ITAU EQUITY HEDGE MULTIM FI 24/NOV 11,62 10,26 2,00 5.000
BB MULTIM TRADE LP ESTILO FICFI 24/NOV 9,09 8,11 1,50 -
1,88 CAPITAL PERF FIX IB MULT FIC 24/NOV 9,07 8,22 1,50 20.000
ITAU PERS K2 MULTIM FICFI 24/NOV 8,94 7,84 1,50 50.000
QUEM SAI ITAU PERS MULTIE MULT FICFI 24/NOV 8,72 7,77 1,25 5.000
1,79 ITAU PERS MULT MODERADO FICFI 24/NOV 6,37 5,49 2,00 5.000
DASA SANTANDER FIC FI ESTRAT MULTIM 24/NOV 6,33 5,10 2,00 10.000
USIMINAS ITAU PERS MULT ARROJADO FICFI 24/NOV 5,96 5,02 2,00 5.000
ITAU PERS MULT AGRESSIVO FICFI 24/NOV 4,96 3,87 2,00 5.000
1,70
4/JAN 2/FEV 4/MAR 5/ABR 3/MAI 7/JUL 8/JUL 11/AGO 15/SET 21/OUT 25/NOV
*Taxa de performance. Ranking por número de cotistas.
Fontes: Economatica, BM&FBovespa e Brasil Econômico Fonte: Anbima. Elaboração: Brasil Econômico

IBOVESPA IBRX-100 SMALL CAP - SMLL MIDLARGE CAP - MLCX


69.800
(EM PONTOS) 22.100 1.430 974

69.625 22.025 1.425 971

69.450 21.950 1.420 968


Máxima 69.780,23
Mínima 69.361,63
69.275 Fechamento 69.361,63 21.875 1.415 965

69.100 21.800 1.410 962


11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h 11h 18h 11h 18h 11h 18h
Fonte: BM&FBovespa
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 37
26, 27 e 28

BOLSA JURO
Giro financeiro Contrato futuro

R$ 2,5 bilhões 10,70%


foi o volume financeiro registrado ontem no segmento foi a taxa de fechamento do contrato futuro de DI com
acionário da BM&FBovespa. O principal índice encerrou a vencimento em janeiro de 2011, o de maior liquidez ontem. O giro
sessão com variação negativa de 0,38%, aos 69.361 pontos. neste contrato foi de R$ 66,8 bilhões, em 675.645 negócios.

HOME BROKER
NA REDE
Marcopolo PN, fechamento em R$
7,50
19,9

7,00 7,00
19,22
19
6,99
6,50
“ Não digam que não avisei.
18 5
18,5
Quando a crise chegar pra valer
6,00
17,88
17
na Espanha, ela deixará de ser
Europeia e se tornará global”
5,50
17,1
171
@Ricamconsult, Ricardo Amorim , Cielo e Redecard
sócio da Ricam Consultoria Ágora projeta preço-alvo a
5,00
16,44
16
R$ 19,20 para Cielo e R$ 30,80
para Redecard no fim de 2011
4,50
15,77
15
“Se formos um pouco mais bem
sucedidos que nossos pais, teremos Após análise dos resultados
4,00
15,0
05/JUL 26/JUL 26/AGO 24/SET 25/OUT 25/NOV progresso. Os únicos que deveriam do terceiro trimestre, a equipe
de analistas da Ágora modificou
Fontes: Fecundo Daniel Carrera, Economatica, BM&FBovespa e Brasil Econômico estar preocupados são os filhos do Eike” as projeções para as empresas
de cartão: Cielo e Redecard.
@StephenKanitz, consultor de empresas
“Nossa principal razão para
Suporte Stop POMO4
essas revisões se baseia no
entendimento que o aperto
“Debêntures da BNDESpar são das taxas cobradas dos lojistas
Marcopolo é destaque de alta ante incertezas adequadas para o longo prazo em (MDR, sigla em inglês de
Merchant Discount Rate) se
Em um ambiente de incertezas, principalmente devido às virtude da baixa liquidez” dará mais intensamente já em
recentes notícias negativas no cenário internacional, o mercado 2011, e não em 2013 que era
@xandors, do blog Bolsa Financeira
acionário trabalha sem tendência nos últimos dias. Embora nossa suposição anterior”,
a bolsa esteja ensaiando inverter o movimento de alta e voltar afirma Aloisio Villeth Lemos, em
a cair, as ações preferenciais da Marcopolo (POMO4) se relatório. Para ele, a Redecard
destacam. Segundo Fecundo Daniel Carrera, analista gráfico “Sempre muito salutar levar uma mostrou um declínio relevante
da XP Investimentos, a empresa está com caminho livre para Petr4 nos R$ 24,70 e depois de 2 dias no MDR de cartões de crédito,
seguir uma inclinação de valorização. “Estamos no topo histórico. de 1,33% contra 1,43% no
Nunca o papel valeu tanto”, garante. De acordo com Carrera, vê-la nos R$ 25,30, mas só entrego segundo trimestre, sinalizando
ao romper a resistência — ponto que, se superado, indica
a possibilidade de continuidade de movimento de alta da
acima dos R$ 26,30 ou R$ 27,30” uma renegociação agressiva
com os lojistas, o que poderá
ação — de R$ 7,00, a ação ganhou um novo suporte, patamar @Fontes_, consultor financeiro ter continuidade nos próximos
que, se perdido, aponta para uma chance de queda em sequência. trimestres. Já a Cielo, na visão
O especialista lembra que o papel chegou a tocar esse topo em de Lemos, teve uma postura mais
meados de outubro, mas até ontem não havia rompido esse nível. “Por favor, Papai Noel, que este conservadora. “Mas acreditamos
“É cedo para falar em novas resistências, pois o mercado está testando que também deverá indicar
a linha de alta deste papel”, acredita. Ontem, a ação PN da Marcopolo seja o último Natal na América uma tendência declinante. Nos
subiu 3,31%, negociada a R$ 7,18. A recomendação do especialista (para “salvar” a economia dos EUA)” parece claro que a maior parte
é que o investidor realize o lucro quando a ação atingir R$ 6,99 (stop). das renegociações com grandes
@tomkeene, apresentador da Bloomberg clientes se dará em 2011.”

Negócios no Tesouro Direto caem em outubro para R$ 150 mi Vale em Hong Kong
O montante financeiro negocia- Índice de Preços ao Consumidor nos últimos doze meses. Em ou- que para a LFT, que apresentou A Vale recebeu a aprovação de
do no Tesouro Direto, programa Amplo (IPCA), as NTN-B e NTN- tubro, 2.956 novos participantes o volume de R$ 10,99 milhões reguladores para listar ações na
do Tesouro Nacional que possibi- B Principal, ficaram em segundo se cadastraram no Tesouro Direto. ou 27,54% do total. Bolsa de Valores de Hong Kong,
lita a aquisição de títulos públicos lugar, com participação de A utilização do Programa por O estoque total do Tesouro trazendo a mineradora global
por pessoas físicas pela internet, 43,10% do total das vendas. Já os pequenos investidores pode ser Direto, que representa o mon- mais perto de seu maior cliente,
somou em outubro R$ 150,18 mi- títulos indexados à taxa Selic, as observada pelo elevado volume de tante de títulos públicos em po- a China. A companhia se tornará
lhões. O resultado é 2,3% menor Letras Financeiras do Tesouro, vendas até R$ 5 mil, cuja partici- der dos investidores da modali- a primeira a emitir recibos de
do que no mês anterior, quando (LFT) apresentaram participação pação concentrou 59,67% do vo- dade, é de R$ 4,25 bilhões (in- depósitos de ações no mercado de
totalizou R$ 153,75 milhões. Mas, de 10,52% nas vendas no mês. lume aplicado no mês. Destaca-se cremento de 3,79% sobre o mês Hong Kong, mas não vai levantar
o volume negociado no mês pas- ainda que o valor médio por ope- anterior e incremento de 37,98% dinheiro com a listagem. O anúncio
sado foi 5,9% maior do que em Preferência ração, neste mês, foi de R$ 14.273. sobre outubro de 2009). Em ou- de aprovação da Vale abre
igual mês do ano passado, quan- As vendas de títulos com prazo tubro, os títulos remunerados caminho para que mais empresas
do somou R$ 141,69 milhões. entre um e cinco anos represen- Recompras por índices de preços respondem globais possam emitir certificados
Em outubro, destacou-se a taram em outubro 71% do total. Já As recompras semanais (para as pelo maior volume no estoque, de depósito e tenham acesso à
elevada demanda por títulos os com prazo mais longo, acima quais não há limite mínimo ou alcançando 48,69%. abundante liquidez disponível na
prefixados, as Letras do Tesouro de cinco anos, corresponderam a máximo) têm com o objetivo de Na sequência, aparecem os Ásia. “O anúncio está programado
Nacional (LTN) e Notas do Tesou- 24,65%.O número total de inves- prover liquidez aos títulos pú- títulos prefixados, com partici- para início de dezembro”, disse a
ro Nacional série F (NTN-F), cuja tidores cadastrados ao fim do mês blicos. Em outubro, o volume pação de 36,88%. A participa- fonte, que não estava autorizada
participação nas vendas atingiu de outubro atingiu 207.554, o que financeiro recomprado foi de ção dos títulos indexados à Se- a falar sobre o assunto, pois a
46,39%. Os títulos indexados ao representa incremento de 22,27% R$ 39,91 milhões, com desta- lic é de 14,43%. ■ decisão ainda não era pública.
38 Brasil Econômico Sexta-feira,
Sexta-feira e26
fim
dede
novembro,
semana, 26,
201027 e 28 de novembro, 2010

ÚLTIMA HORA

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABR

Se confirmado, Palocci deverá


redesenhar a pasta após
a queda da ministra Erenice
Empresas querem
Guerra durante a campanha
adiar edital para
o trem-bala
Fabricantes de trens dizem condições de participação dos
que precisam de mais seis fundos de pensão que entrarão no
meses para montar consórcios capital do projeto, só foram divul-
e apresentar propostas gadas as vésperas do leilão.
A embaixada francesa, país
Priscila Machado de origem da Alstom, declarou
e Dubes Sônego que o tempo é muito curto para
redacao@brasileconomico.com.br que seja apresentada uma pro-
posta séria. E enviou uma carta
As principais empresas do setor ao Ministério dos Transportes
ferroviário, e entidades ligadas à solicitando um adiamento do
elas, esperam para hoje que o go- leilão em pelo menos quatro
verno brasileiro ceda e adie o pra- meses. Para os franceses, é me-
zo para a entrega das proposta lhor atrasar o projeto agora do
para a construção do Trem de Alta que atrasar depois, ainda sob o
Velocidade (TAV) que ligará Cam- risco de elevação do orçamento
pinas, São Paulo e Rio de Janeiro, e outras alterações no projeto.
marcada inicialmente para a pró-
xima segunda-feira, dia 29. “É Competidor solitário
um bom projeto, temos certeza de O único consórcio que garante
que a demanda existe”, afirma que cumprirá o prazo é o enca-
Luís Ramos, diretor de comuni- beçado pelos sul-coreanos. Mas
cação e relações institucionais da mesmo este estaria sofrendo bai-
Bombardier. “Mas o modelo de li- xas de empreiteiras brasileiras,
citação exige mais tempo para a descontentes com as negocia-
construção dos consórcios”. ções do acordo entre os partici-
A Bombardier é uma das pou- pantes. O consórcio nega um ra-

Crescem apostas de
cas fabricantes de trens interessa- cha e diz que tem 19 empresas
das no projeto que tem falado pu- confirmadas, nove ou dez do
blicamente nesta reta final para o Brasil. E que novas adesões po-
leilão. Mas manifesta um senti- dem surgir até segunda.

Palocci na Casa Civil


mento comum a maior parte de Nos bastidores, comenta-se
suas pares, ainda que elas perma- que um dos principais receios dos
neçam em silêncio ou falem via fabricantes é o de assumir riscos
representantes. por uma atividade que não domi-
Durante esta semana pelo me- nam, a de construção civil. Dos
Desejo inicial seria a Secretaria Geral da Presidência nos cinco entidades representati- R$ 33 bilhões em que é estimado o
vas — Simefre, Abifer, Sindimaq, projeto, o custo dos trens repre-
Abimaq e a Abinee — e dois con- senta cerca de 10%.
Carla Jimenez O ex-ministro da bilização econômica havia sido sulados — francês e espanhol — se Outro argumentado dado por
cjimenez@brasileconomico.com.br implantado oito anos antes. O manifestaram oficialmente con- aqueles que defendem o adia-
Fazenda do primeiro Brasil ainda tinha dívidas a pagar trários ao processo licitatório mento do leilão é o de que um
Depois das informações que iria mandato de Lula com o FMI, e o acordo à época, atual. O principal argumento é o prazo maior permitiria uma
para a pasta da Saúde ou Secre- volta depois de ter firmado por seu antecessor, Pe- de que modalidades detalhadas maior participação dos fundos de
taria Geral da Presidência da dro Malan, era garantir um supe- dos financiamentos do Banco Na- pensão. Previ, Petros e Funcef,
República, crescem as apostas se demitido em 2006 rávit primário (economia de gas- cional de Desenvolvimento Eco- respectivamente, do Banco do
de que Antonio Palocci irá mes- por ter quebrado o tos públicos para pagamento de nômico e Social (BNDES) e as Brasil, Petrobras e Caixa Econô-
mo para a Casa Civil. Seria um sigilo bancário do juros de dívida) de 3,75% em mica Federal, irão participar da
nome importante para um mi- 2003. Palocci preferiu ir além, e construção do trem, investindo
nistério complicado, que saiu
caseiro Francenildo aumentar esse limite para 4,25%
QUEM PAGA A CONTA
até R$ 1,5 bilhão por uma fatia de
chamuscado depois da queda de da Costa. O episódio de modo a passar um recado de até 20% do projeto.
Maior fatia dos gastos com
Erenice Guerra durante a cam- teria lhe tirado a austeridade para o mercado.
a construção do trem-bala
Segundo Vicente Abate, presi-
panha eleitoral. Ex-deputado e ex-prefeito dente da Associação Brasileira da
Palocci foi um dos principais
chance de ser o de Ribeirão Preto, o novo mi- será estatal Indústria Ferroviária (Abifer), a
coordenadores da campanha de sucessor de Lula nistro do governo Dilma volta a participação de fundos privados
Dilma Rousseff, integrando o Brasília depois de ter pedido Etav** Eximbank* poderia somar outros R$ 2,5 bi-
núcleo duro da campanha, jun- demissão do cargo em 2006 por 10% 10% lhões. “Juntos, os aportes dos
to com José Eduardo Dutra e Jo- ter quebrado o sigilo bancário fundos estatais e privados totali-
sé Eduardo Cardozo, que ga- para o projeto de um governo do caseiro Francenildo da Cos- zaria R$ 4 bilhões, ou 50% do
nharam a alcunha de “os três mais austero — assim como An- ta, que confirmou na CPI dos capital necessário ao consór-
porquinhos”. A volta de Palocci tonio Tombini no Banco Cen- Bingos daquele ano que Palocci cio”, diz Abate.
era esperada desde que ele assu- tral, Palocci é considerado um frequentava uma casa onde su- O próprio Ministério Público
miu as articulações pela campa- ‘fiador’ da estabilidade. postamente se encontravam recomenda suspensão da licitação
Consórcio
rcio
nha de Dilma no ano passado. Quando foi ministro da Fa- lobistas e onde supostamente dor
vencedor BNDES
B do TAV. A razão seriam falhas no
Médico de formação, nascido zenda no primeiro governo de haviam encontros para esque- 20% 60% edital de concessão e nos estudos
em Ribeiro Preto (SP), há 50 Lula, Palocci agradou o mercado mas suspeitos. técnicos. Não há, por exemplo,
anos, e ‘apaixonado pela políti- e empresários pela sua postura Respeitado por economistasde Fonte: Abifer um projeto detalhado de enge-
ca’, segundo pessoas próximas, mais ‘realista que o rei’ diante todas as linhas, teria também o *Banco de financiamento à exportação nharia, que permita estimar com
a figura de Palocci trouxe credi- dos desafios de um governo que apreço pessoal de José Serra, com do país de origem dos fornecedores de precisão razoável os custos da
equipamentos
bilidade à então candidata Dil- trazia desconfiança depois que quem, fora do cenário eleitoral, **Empresa de Transporte Ferroviário
obra. O que poderia gerar depois
ma, e um alento importante um bem sucedido plano de esta- teria grande interlocução. ■ de Alta Velocidade contestações judiciais. ■
Sexta-feira e fim de semana,
Sexta-feira, 26 de novembro, 2010 Brasil Econômico 39
26, 27 e 28

Henrique Manreza

Panamericano influenciou política monetária


Os problemas de contabilidade das operações de crédito no
Banco Panamericano foram levados em consideração pelo Comitê
de Política Monetária (Copom) desde a reunião de julho, ainda que
o Banco Central não tivesse identificado na ocasião a instituição que
estava gerando os potenciais desequilíbrios no sistema financeiro.
As declarações foram feitas ontem pelo presidente do BC,
Henrique Meirelles, em reunião com economistas em São Paulo.

Marcela Beltrão

Ricardo Galuppo
Expectativa é de que os rgaluppo@brasileconomico.com.br
recursos da poupança não Diretor de Redação
darão conta da demanda
por crédito imobiliário

O Rio e o monopólio
legítimo da violência
O sociólogo alemão Max Weber definiu o Estado como
a entidade que detém o monopólio do uso da violência
numa determinada base territorial. Aceita em todo o
Ocidente, essa definição, infelizmente, não se aplica-
va nos últimos anos, a um dos pedaços mais queridos
do Brasil: o Rio de Janeiro. A despeito da presença os-
tensiva do crime em determinados pontos da cidade,
políticos demagogos, no passado, fingiam que nada
estava acontecendo de errado — e que as belezas ine-
gáveis da cidade compensavam qualquer problema.
Desde que tomou posse, quatro anos atrás, o governa-
dor Sérgio Cabral tem lutado para devolver ao Rio e a
seus cidadãos o direito à segurança. A política de en-
frentamento que adotou desde o primeiro momento

Bolsa barateia título imobiliário foi seguida pela implantação, em algumas comunida-
des, das Unidades de Polícia Pacificadora destinadas a
dar às populações um direito que nunca tiveram —
nem que, para isso, o Estado tivesse que lançar mão de
Objetivo é elevar a liquidez O Bovespa Fix registrou bém foi reduzido o valor da taxa de seu monopólio mais legítimo.
dos Certificados de distribuição devida pelas institui-
Recebíveis Imobiliários
R$ 174 milhões em ções nas ofertas dos certificados.
operações com CRIs Será de 0,002% (caso a distribui- Tomara que nenhuma ONG surja
Mariana Segala neste ano, contra R$ 3,2 ção não utilize um grupo de corre-
com a ideia infeliz de criticar Cabral
msegala@brasileconomico.com.br toras) ou de 0,001% (caso utilize as
bilhões em negócios corretoras) sobre o valor dos CRIs e a polícia por eventuais excessos
Para tentar abocanhar uma fatia realizados na Cetip registrados na custódia da bolsa.
maior do crescente mercado de Ela era de 0,035%.
bens imobiliários, a BM&FBovespa “Temos a percepção de que o Tomara, portanto, que nenhuma ONG surja agora
decidiu promover um corte nas ta- mercado de ativos imobiliários com a ideia infeliz de criticar o governador e a polí-
rifas relacionadas aos negócios com crescerá pelo esgotamento da pou- cia do Rio de Janeiro por eventuais excessos cometi-
Certificados de Recebíveis Imobi- pança como fonte de recursos para dos na batalha que travam neste instante contra o
liários (CRIs). Investidores e secu- financiamento”, justifica Goldens- crime organizado. Toda guerra deixa vítimas — al-
ritizadoras são o alvo da nova “po- tein. Apenas uma pequena parcela gumas delas, infelizmente, inocentes. E a dor de
lítica agressiva” de taxas, segundo das compras e vendas de CRIs quem perde entes queridos nas batalhas de rua me-
o diretor de renda fixa da bolsa, ocorrem na bolsa, no chamado Bo- rece o respeito e a solidariedade das pessoas de bem.
Sérgio Goldenstein. As mudanças vespa Fix. Neste ano, dos R$ 381 É preciso reconhecer, no entanto, que a situação no
entram em vigor dia 3 de janeiro. milhões transacionados no am- Rio havia chegado a um ponto insuportável por obra
Do ponto de vista do investidor, 0,013% até 0,0005%. Atualmente, biente de negociação de renda fixa e graça não da polícia, mas dos facínoras. Eles preci-
a taxa de negociação — de 0,1% so- a taxa é de 0,1%, limitada a R$ 1,5 privada da BM&FBovespa, R$ 174 sam ser identificados, combatidos e derrotados.
bre o valor de cada compra ou ven- mil por ano. Os investidores tam- milhões foram em CRIs . “Pratica- Goste-se ou não de Sérgio Cabral, é obrigatório re-
da de CRIs, limitada a R$ 40 — cairá bém passarão a estar sujeitos a uma mente todos os negócios do merca- conhecer que ele é o primeiro governador do Rio
para 0,001%, com um mínimo de taxa de manutenção de conta de do secundário ocorrem na Cetip”, desde a redemocratização a ter coragem de colocar
R$ 10 por negócio. A tarifa de cus- custódia de CRI de R$ 20 por ano. afirma o diretor da Brazilian Secu- o dedo nessa ferida e a tratar os bandidos como ban-
tódia passará a seguir a tabela apli- Para as securitizadoras, a bolsa rities, Fernando Cruz. Lá, os negó- didos. O Estado está agindo, ninguém tem o direito
cada ao segmento de renda variável. vai extinguir a anuidade de R$ 9,9 cios com CRIs já somam R$ 3,2 bi- de ignorar essa evidência. Apenas por isso, Cabral já
Quem tem até R$ 300 mil em certi- mil. Esse valor era pago todo ano lhões neste ano. “A entrada da bolsa deveria ter o apoio irrestrito de toda a sociedade.
ficados será isento. A partir desse pelo registro da instituição, junto à é importante para dar força ao Não me refiro apenas à sociedade fluminense, mas a
valor, as taxas mensais irão de bolsa, como emissora de CRI. Tam- mercado secundário”, diz Cruz. ■ toda sociedade brasileira. Ponto final. ■

www.brasileconomico.com.br
DESTAQUE MAIS LIDAS ONTEM ENQUETE

Dólar pode subir a R$ 1,90 com ajuste fiscal, diz NGO ● Actis compra fatia na XP por R$ 100 milhões Você acredita Sim
que Espanha e 69%
A moeda americana poderá subir 10% e chegar a ● Meirelles deve assumir cargo relevante no governo Portugal em
R$ 1,90 no final de 2011 caso o governo Dilma confirme breve ocuparão Não
● CMN estabelece novas regras para cartões de crédito 31%
a promessa de realizar um ajuste fiscal que permita ao os holofotes da
Banco Central reduzir os juros. “Haverá menos capital ● Dívida pública registra alta de 1,15% em outubro tensão com
especulativo e vai diminuir a pressão de valorização dívida na
do real”, diz Sidnei Nehme, diretor da NGO Corretora. ● Fiat prevê vender 1,5 mil unidades Bravo por mês Europa? Fonte: BrasilEconomico.com.br

Acompanhe em tempo real Leia versão completa em Vote em


www.brasileconomico.com.br www.brasileconomico.com.br www.brasileconomico.com.br
40 Brasil Econômico Sexta-feira,
Sexta-feira e26fim
dede semana, 2010
novembro, 26, 27 e 28 de novembro, 2010

Valorize seus sábados, domingos e feriados.

Empreendimento consolidado, com inúmeras casas, campo de golfe,


centro hípico e completa infraestrutura. Tudo isso em pleno funcionamento.
Terrenos a partir de 3.000 m2, prontos para construir.

Agende uma visita personalizada com nosso consultor private:


(11) 3067 0040 • (11) 4892 2766
www.lopes.com.br • www.quintadabaroneza.com.br
Creci: 14292-J

Exclusividade de vendas:

LPS Brasil – Consultoria de Imóveis S.A. – Rua Estados Unidos, 1.971 – Jardim América – 01427-002 – São Paulo – tel. (11) 3067-0000 – www.lopes.com.br – Creci/SP nº J-19585.
ESPECIAL
EMBALAGEM
SUPLEMENTO – SEXTA-FEIRA E FIM DE
SEMANA, 26, 27 E 28 DE NOVEMBRO, 2010

Mundo do consumo no
rastro do desenvolvimento
Crescimento econômico faz produção de embalagem avançar 10% neste ano
Design ganha relevância na disputa do varejo e atrai formação profissional
Ilustração Alex Silva

Eliminação de saquinhos é bandeira de gigantes do varejo como Pão de Açúcar


B2 | BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL EMBALAGEM | Sexta-feira e fim de semana, 26, 27 e 28.11.2010

SUSTENTABILIDADE

Sacolas plásticas assumem o papel


Redução de 15% na produção mundial nos últimos três anos tende a se ampliar com o desenvolvimento
TEXTO A N A S I L V I A M AC I EL

gora é o plástico, uma ex-

A
-majestade do mundo das
embalagens — até há bem
pouco considerada a me-
lhor opção em termos de
armazenamento de produ-
tos — que está seriamente na berlinda por
conta da sustentabilidade do planeta.
A briga, na indústria e nos governos, já
é imensa, e inclui representantes do pe-
tróleo, do próprio plástico e até do papel,
numa disputa feroz em que as famosas
sacolinhas plásticas, que todos os dias
vão parar nas casas dos consumidores,
são acusadas de vilãs da história, quando
apenas representam a ponta de um mi-
lionário iceberg.
Há mais ou menos um século, sem as
preocupações atuais com os destinos da
Terra, embalagens de plástico faziam par-
te do sonho de consumo das sociedades ALGUNS POSSÍVEIS SUBSTITUTOS ECOLÓGICOS
mais avançadas do mundo, até por suas DAS SACOLAS PLÁSTICAS POLUENTES
propriedades incontestáveis: impermea-
bilidade, resistência e pouca reação com
os alimentos ou produtos.
Ninguém, àquela época ou até há bem PAPEL CERTIFICADO
pouco tempo, pensaria que esses “produ-
tos” que encapam comida, bebida, roupa, O selo do Forest Stewardship Council (FSC) assegura que o material da sacola vem de manejo
remédio, lixo, enfim, quase todos os bens sustentável das florestas. Isso significa preservação, extração responsável de matéria-prima e ajuda
de consumo e derivados como os conhe- no desenvolvimento das comunidades envolvidas no processo
cemos, pudessem representar ameaça
real ao meio ambiente, como hoje se sabe.
Com o tema da sustentabilidade em
alta, as embalagens plásticas tradicionais
perderam muito espaço para os modelos
PAPEL RECICLADO
ecológicos e, nos últimos três anos, houve
uma queda de 15% na produção mundial Existem dois tipos: o pré-consumo, no qual a matéria-prima vem de resíduos de fábricas antes
das sacolas plásticas. É bastante. de chegar ao mercado (como as aparas) e o pós-consumo, que usa material descartado (como
Para que se tenha uma idéia do que re-
embalagens longa-vida). O segundo tipo ajuda a retirar lixo da natureza por meio de coleta seletiva
presenta a distribuição de sacos plásticos
e da ação de cooperativas de catadores
no Brasil, a Associação Brasileira de Su-
permercados (Abras) produziu recente-
mente a estimativa de que o país conso-
me, a cada ano, cerca de 12 bilhões de sa-
colas plásticas tradicionais. Em outras PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL
palavras, dividindo o ônus per capita,
cada brasileiro utilizaria em torno de 66 São feitos a partir de substâncias orgânicas, como milho, cana e batata. Se descartado, o plástico
unidades ao mês, o que representa uma desaparece na natureza em questão de meses. A degradação ocorre pela ação de micro-organismos.
eternidade de problemas se se lembrar No entanto, na ausência de oxigênio (caso seja enterrado, por exemplo), a decomposição gera gás
que essa embalagem demora de 300 a 400 metano, que contribui para o efeito estufa
anos para se decompor, provocando da-
nos irreparáveis ao meio ambiente, tanto
nos aterros sanitários quanto nos rios ou
mesmo no mar.
A boa notícia é que, buscando alterna- PLÁSTICO OXIBIODEGRADÁVEL
tivas inteligentes, muitos fabricantes e o
próprio mercado começam a encontrar Um aditivo acelera em até 400 vezes a dissolução do plástico tradicional – com a ação de luz,
saídas: fala-se hoje em muita coisa nova, calor e umidade, reduz o tempo de 100 anos para 3 meses. Em uma segunda fase, micro-organismos
de materiais oxibiodegradáveis, a hidros- terminam o processo e deixam como resíduos apenas dióxido de carbono e água
Infografia Monica Sobral

solúveis e biodegradáveis, que se dissol-


veriam na natureza em 3 a 36 meses. Estão
em alta também o papel e o papelão, e há
uma tendência das lojas, exceto super-
mercados, de migrar para esta solução.
PLÁSTICO COMPOSTÁVEL
Estima-se que uma embalagem de papel
seja 85% mais cara do que as plásticas, mas É um tipo de plástico biodegradável com base vegetal que se comporta como matéria
muito mais facilmente degradável, apesar orgânica comum. É produzido para ser usado no processo de compostagem, para a
das limitações de acondicionamento que obtenção de húmus e adubo
possuem e da emissão de CO2 que causam.
Há que se pesar prós e contras.
Segundo Roberta Cardoso, coordena-
dora técnica do Programa de Responsa-
bilidade Social e Sustentabilidade do Va-
BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL EMBALAGEM | Sexta-feira e fim de semana, 26, 27 e 28.11.2010 | B3

de vilãs do meio ambiente


de outros materiais de empacotamento que se dissolvem na natureza em até 36 meses

rejo da FGV-SP, que promove cursos, nidades de soluções para o varejo. Por


TEMPO MÉDIO ESTIMADO DE DECOMPOSIÇÃO
premiações de melhores práticas e até fim, o consumidor quer saber o que as DE ALGUNS RESÍDUOS NA NATUREZA
um Fórum Virtual diário para mais de empresas estão fazendo a respeito do as-
500 pessoas sobre o assunto, é no míni- Levamos 19 anos sunto, de forma clara, sem subterfúgios.
mo curioso verificar como os consumi- Papel 3 A 6 MESES
para ver aprovada
dores se comportam quando o tema é REGULAMENTAÇÃO SEGURA EVOLUÇÃO
sustentabilidade no varejo.
a nossa política E as grandes redes varejistas, nacionais
Palito de madeira 6 MESES

Segundo pesquisa divulgada recen- nacional de resíduos ou estrangeiras, presentes no mercado Cigarro 20 MESES
temente pelo próprio GV-CEV, feita sólidos e agora brasileiro, vêm dando respostas, às vezes Náilon MAIS DE 30 ANOS
qualitativamente com representantes temos de rezar para um tanto lentas, por conta da necessida-
Chiclete 5 ANOS
das classes A e C, há seis pontos para fa- a regulamentação de de transformação cultural do próprio
zer pensar todo o mercado de embala- sair em 3 ou 4 anos, consumidor. “Mas todo esse processo, Tecido 6 MESES A 1 ANO
gens, varejo e afins. Em primeiro lugar, o que é demais que pipoca aqui e ali, numa cidade ou
Fralda descartável comum 450 ANOS
o consumidor tem uma grande confian- e só atrasa a nossa noutra, só indica que precisamos de uma
ça no varejo; ele entende os desafios legislação geral a curto prazo”, continua Lata e copos de plástico 50 ANOS
ambientais e sociais; mas não faz a rela- posição no mundo Roberta Cardoso, “por isso é preciso ha-
ção entre o impacto de suas compras desenvolvido ver urgentemente uma diretriz nacio-
Tampas de garrafa 150 ANOS
(escolhas diárias) com a degradação do e sustentável nal”. “Levamos dezenove anos para ver Isopor 8 ANOS
meio ambiente. aprovada a nossa Política Nacional de Re- Plástico 100 ANOS
O consumidor tem muita vontade de Roberta Cardoso, síduos Sólidos, e agora temos de rezar
coordenadora técnica do Garrafa plástica 400 ANOS
participar das soluções para as questões para a regulamentação sair em três ou
Programa de Responsabilidade
ambientais, mas não quer fazer tudo so- quatro anos, o que é demais e só atrasa a Pneus 600 ANOS
Social e Sustentabilidade
zinho; ele quer participar, mas não sabe nossa posição no mundo desenvolvido e
do Varejo da FGV-SP Vidro 4.000 ANOS
como — o que abre m mundo de oportu- sustentável”, adverte.
B4 | BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL EMBALAGEM | Sexta-feira e fim de semana, 26, 27 e 28.11.2010

NÍVEL DE ATIVIDADE

Embalagens avançam na
esteira do boom econômico
Fabricantes estimam crescimento de 10% na produção deste ano, mas essa taxa não
se repetirá no ano que vem. De janeiro a dezembro, faturamento atinge R$ 40 bi
TEXTO LO U RDES RO DRI GU ES

bom momento vivido pela segmentos usuários de embalagens se destacam os de alimentos,

O
economia brasileira, com bebidas, fumo, vestuário, perfumaria e cosméticos.
aumento dos níveis de em- Com as políticas do governo para o Nordeste, a região registrou
prego e renda da população, o maior índice de desenvolvimento e consumo de embalagens.
está refletido na indústria Muitas empresas se especializaram nos hábitos de consumo da po-
de embalagens, o termôme- pulação nordestina, implantaram unidades na área, incluindo o
tro do movimento no setor industrial. De setor de embalagem, gerando emprego e renda.
acordo com estudo elaborado pelo Insti- “O setor de embalagens como um todo está aquecido. No caso
tuto Brasileiro de Economia da Fundação específico do setor de latas para bebidas, a demanda está superan-
Getulio Vargas - Ibre/FGV, a produção físi- do a capacidade instalada das fábricas, justificando até um volume
ca de embalagens cresceu 16,29%no pri- de importação de latas da ordem de 1,5 bilhão este ano. A elevação
meiro semestre em relação a igual período da renda da população, os eventos esportivos e as eleições acaba-
do ano passado. De abril a junho, a indús- ram possibilitando este mercado e, principalmente, no Nordeste,
tria de embalagens produziu um volume o consumo de bebidas em lata por milhares de consumidores no-
6% superior ao fabricado no segundo tri- vos e tradicionais,” diz Carlos Alberto Augusto, gerente-geral de
mestre de 2008, período imediatamente operações da Cia Metalic Nordeste, com sede em Fortaleza (CE).
anterior à crise vivida pela economia A Cia Metalic Nordeste estima um crescimento de 10% em rela-
mundial. E de julho a setembro, a produ- ção ao ano passado. “Deveremos fechar 2010 com aproximada-
ção física de embalagens cresceu 10%, mente R$ 200 milhões”, diz Augusto. A empresa, que tem a Com-
também em relação a igual período do ano panhia Siderúrgica Nacional (CSN) como principal acionista, es-
passado. Segundo Maurício Groke, presi- tuda a construção de novas unidades.


dente da Associação Brasileira de Embala- Outra que comemora o bom momento é a Cromus Soluções para
gens (Abre), a estimativa é fechar o ano Embalagens, com sede em São Paulo. A fabricante de embalagens
com um crescimento na produção entre decorativas prevê para 2010 um crescimento no faturamento da
Além de comprar 9% e 10%. Em valor, os fabricantes nacio- ordem de 15%. “O consumidor está cada vez mais exigente e o
nais de embalagens devem produzir o brasileiro, em especial, sempre teve predileção por embalagens
produtos mais equivalente a R$ 40 bilhões. boas e bonitas. Na época da crise, comprava algo mais barato para
caros agora, A perspectiva de crescimento do setor presentear, mas caprichava no pacote. Agora, além de comprar
o consumidor para o ano que vem cai para 2% a 3% pelo produtos mais caros, procura uma embalagem ainda mais bonita e
procura embalagem fato de não se esperar que o ritmo de cres- que combine com o presente”, diz Eduardo Cincinato, presidente
ainda mais bonita cimento econômico deste ano seja manti- da Cromus. Para 2011, a Cromus, que tem entre seus clientes a Ca-
e que combine do. “No próximo ano há nova configura- cau Show, Pernambucanas, Lojas Americanas e Saraiva, espera
com o presente ção no governo, tampouco sabemos como um crescimento entre 15% e 20%. “Para isso, vamos lançar no se-
a economia mundial vai se comportar, gundo semestre do ano que vem uma nova linha de produtos”, diz
Eduardo Cincinato, nem a valorização do real e a balança co- Cincinato sem adiantar qual será esse lançamento.
presidente da Cromus mercial”, diz Groke. Entre os principais Maurício Groke, presidente da Abre, é também diretor comer-
cial da Antilhas Embalagens, com sede em São Paulo, que fabrica
embalagens flexíveis em papel, cartão e plásticos. Forte em perfu-
maria e cosméticos tem entre seus clientes O Boticário, Avon e Na-
tura fornecendo sacolas de papel, caixas para presentes, papel de
seda, fitilhos e adereços. “Nosso maior mercado é o varejo. Fabri-
camos e entregamos em mais de 12 mil pontos de venda no país,”
informa Groke. A Antilhas prevê fechar o ano com crescimento no
faturamento entre 18% e 20% em relação a 2009. Para 2011, a esti-
mativa é alcançar um crescimento entre 10% e 12%.
Atendendo, principalmente, os setores de bebidas, alimentos e
farmacêutico, além de sua linha de utilidades de mesa, a fabricante
de embalagens de vidro Owens-Illinois Brasil, com unidades indus-
triais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Pernam-
buco e Ceará, prevê uma forte expansão no mercado brasileiro. Com
BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL EMBALAGEM | Sexta-feira e fim de semana, 26, 27 e 28.11.2010 | B5

PAPEL, PAPELÃO E CARTÃO Variação em relação a igual período do ano anterior

3º TRI/09 4º TRI/09 1º TRI/10 2º TRI/10

20 19,01%

15
13,87% 13,32%
11,25% 11,02% 11,65%
10
8,18%
6,96%
5
clientes como Coca-Cola, AmBev, Itaipava,
1,72%
Conservas Olé, Nestle e Heineken, a empre- 0
0,78%
sa prevê um crescimento na sua produção -0,39% -0,41%
de 19% este ano.”A estimativa do fatura-
-5
mento de 2010 ainda não está consolidada”,
diz Ricardo Leonel Vieira, diretor de marke-
ting e vendas da Owens-Illinois Brasil. PARTICIPAÇÃO
Segundo Vieira, em 2011 a empresa deve
continuar o processo de expansão iniciado CAIXAS DE PAPELÃO CAIXAS E CARTONAGENS DOBRÁVEIS DE SACOS E BOLSAS
ONDULADO CARTÃO, CARTOLINA OU PAPELÃO LISO DE PAPEL
este ano. “Recentemente anunciamos a
compra da Companhia Industrial de Vidros
41,21% 28,64% 8,65%
(CIV), empresa com sede no Recife (PE).
Com essa aquisição, a Owens passa a con- ALTA DA ALTA DA ALTA DA
tar com uma ampla cobertura nacional, PRODUÇÃO* PRODUÇÃO* PRODUÇÃO*
penetrando na região de maior potencial 1º SEM/10 1º SEM/10 1º SEM/10
de desenvolvimento econômico do país.”
10,70% 7,14% 13,85%
SUSTENTABILIDADE NA ORDEM DO DIA *Ante 1º SEM/09
Desenvolver ações voltadas para o bem-es-
tar coletivo e o meio ambiente não são ape-
nas benéficas para a preservação do planeta PLÁSTICAS Variação em relação a igual período do ano anterior
e qualidade de vida das futuras gerações, 10,42%
são também uma estratégia de negócios. O GARRAFÕES, GARRAFAS, FRASCOS 6,96% 3º TRI/09
consumidor hoje está cada vez mais atento E ARTIGOS SEMELHANTES 5,47% 4º TRI/09
-0,32% 1º TRI/10
à questão e preferindo comprar produtos de
-8,43% 2º TRI/10
empresas que tenham ações nesse sentido.
-0,01%
O setor de latas para bebidas já tem uma SACOS OU SACOLAS 1,09%
história e atua fortemente na questão da -7,42%
sustentabilidade e segundo Carlos Alberto 23,90%
Augusto, gerente geral de operações da Cia EMBALAGENS DE PLÁSTICO PARA 29,88%
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS OU BEBIDAS 13,15%
Metalic Nordeste, desde 2001 a empresa
6,47%
tem o Programa Reciclaço. “O objetivo é
PARTICIPAÇÃO -10 -5 0 5 10 15 20 25 30
incentivar a coleta das latas de aço para be-
bidas pós consumo e proporcionar uma ARRAFÕES, GARRAFAS, FRASCOS SACOS OU SACOLAS EMBALAGENS DE PLÁSTICO PARA
educação ambiental para a população. Este E ARTIGOS SEMELHANTES PRODUTOS ALIMENTÍCIOS OU BEBIDAS
programa tem uma forte atuação no Nor-
deste, onde já foi premiado como referên- 36,2% 22,4% 21,5%
cia em logística reversa, garantindo um ín-
dice de reciclagem das latas de bebidas pós- ALTA DA QUEDA DA ALTA DA
PRODUÇÃO* PRODUÇÃO* PRODUÇÃO*
consumo (auditado pela ERM do Brasil e re- 1º SEM/10 1º SEM/10 1º SEM/10
corde mundial) de 81,5% e gerando renda
para aproximadamente 15 mil pessoas.”
“Entendemos que a sustentabilidade é
8,14% -4,98% 25,85%
*Ante 1º SEM/09
algo imprescindível para qualquer empre-
sa que busca crescimento e reconheci-
mento, independente de sua área de atua- METÁLICAS Variação em relação a igual período do ano anterior
ção”, afirma Ricardo Leonel Vieira, da
Owens-Illinois. Vieira diz que uma das 40,24%
principais iniciativas da empresa foi o lan- 36,35%
çamento da linha Leve+Verde, de embala- LATAS DE FERRO E AÇO 11,94%
gens de vidro até 25% mais leves, que ado- -16,18% 3º TRI/09
ta práticas menos agressivas em seu pro- 4º TRI/09
cesso de produção. 6,02%
1º TRI/10
LATAS DE ALUMÍNIO 8,32% 2º TRI/10
5,73%
4,74%
-20 -10 0 10 20 30 40 50
PARTICIPAÇÃO
LATAS DE FERRO E AÇO LATAS DE ALUMÍNIO
Infografia Monica Sobral

37,52% 39,40%

ALTA DA ALTA DA
PRODUÇÃO* PRODUÇÃO*
1º SEM/10 1º SEM/10

36,57% 8,62%
Fonte: IBGE *Ante 1º SEM/09
B6 | BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL EMBALAGEM | Sexta-feira e fim de semana, 26, 27 e 28.11.2010

CONSUMO

Formas agregam
valor e ajudam
a vender
o produto
Sério e complexo, processo de escolha de uma embalagem é complexo, delica- Professor da Escola Superior de Propa-

O
do e estratégico. Desde o momento em que o fabricante deci- ganda e Marketing (ESPM), Mestriner
processo de criação de lançar um novo produto ou relançar alguma linha do seu coordena o Núcleo de Estudos da Embala-
de embalagem portfólio, põe em andamento uma sequência de ações estra- gem da faculdade, responsável pelo labo-
tégicas, estudos, pesquisas, contratações que envolvem fa- ratório, onde dispõe de software que
envolve agências bricantes de materiais, indústrias de embalagens, designers acompanha em tempo real os lançamen-
de propaganda e de e outros tipos de profissionais. E os lançamentos e relançamentos têm tos de embalagens em todo o mundo.
ocorrido com frequência no mercado interno. Os profissionais acreditam “O Laboratório de Embalagem da ESPM
design, escritórios que cada embalagem tem uma vida útil, em média, de dois anos. As indús- dispõe de uma ferramenta chamada Glo-
de planejamento trias de embalagens, que movimentam em torno de R$ 35 bilhões por ano, bal New Product Database, fornecido pela
são a primeira opção para os fabricantes que vão lançar ou relançar produ- empresa inglesa Mintel que permite mo-
e de advocacia tos. Elas detêm a maior parte do mercado de desenvolvimento de novos nitorar os lançamentos de embalagem no
desenhos. São seus parceiros as agências de propaganda, as agências de de- mundo em tempo real”, conta Mestriner.
TEXTO J O S É ANTO NI O RO DRI GU ES
sign, os escritórios de planejamento e escritórios de advocacia especializa- Segundo ele, a ESPM é a única escola nas
dos em proteção de direitos autorais. A explicação é de Fábio Mestriner, de- Américas que dispõe desse recurso “e só
signer e coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM e tam- consegue isso por ter o patrocínio de gran-
bém do Comitê de Estudos Estratégicos da Associação Brasileira das Em- des empresas do mercado”. Além de mo-
presas de Embalagens (Abre). A Abre reúne cerca de 300 associados, entre nitorar os lançamentos, ela dispõe de ban-
fabricantes de embalagens, fornecedores, clientes, agências de design e de co de dados que pode ser acessado pelos
propaganda, prestadores de serviços e entidades empresariais afins. seus clientes. A ESPM conta também com
Os fabricantes também procuram diretamente agências de propaganda, a ferramenta Euromonitor.
agências de design ou dispõem em seus quadros de departamentos espe-
cializados que cuidam de todo o processo de desenvolvimento, criação e ESCOLAS E PROFISSIONAIS
definição da nova embalagem. Há grandes fabricantes de produtos de con- Outro profissional, o designer Carlos Zar-
sumo que são, eles próprios, produtores de embalagens, caso da Nestlé, a do, sócio diretor da Haus+Packing Design
segunda maior fabricante de embalagens no Brasil,que só perde para a lí- e coordenador do Comitê de Design da
der, a Dixie Toga. ABRE, que reúne mais de 30 agências de
Uma vez tomada a decisão de lançar ou relançar um produto, o desen- design, está há 12 anos no setor e exibe na
volvimento da embalagem tem de acompanhar o processo de fabricação sua carteira clientes como Marfrig, Kym-
da linha desde o início. berly (Turma da Mônica) Hydronorth,
Para Mestriner, ele próprio ex-presidente por dois mandatos da Abre, Niasi Risqué, Perdigão Elegê e CSN -Leite
o processo de criação da embalagem envolve especialização e profissio- Moça. Sua agência é composta por 16 pro-
nalismo. “A criatividade, apenas, não basta”, diz. Tem de estar baseada fissionais, contando com ele próprio e a
em conhecimento técnico e sustentada por estudos e pesquisas. A em- sócia. Ele depende, basicamente, do brie-
balagem a ser criada vai disputar espaço e a preferência do consumidor fing do departamento de marketing ou da
no supermercado, e o processo para a sua conclusão começa na linha de agência de propaganda para começar a
produção, respeitando os requisitos e especificações do produto. “Tem trabalhar. “O processo de criação exige
de ser pensado tudo junto”, diz. informações prévias sobre tudo, incluin-
O produto final, portanto, é o resultado de estudos de materiais, de do as expectativas da empresa sobre como
pesquisas de mercado, de tendências internacionais e o conhecimento o produto deve entrar no mercado”, diz
das ferramentas técnicas a serem empregadas. Isso exige, por exemplo, ele. A escolha do material, a questão dos
diz Mestriner, saber que o desenho determinará que o frasco de xampu custos que essa definição acarreta, os in-
será soprado de tal forma para ganhar os contornos desejados. A tampa vestimentos reservados. “O mercado é
“Criatividade não passará por um outro processo, de injeção de plástico, e o rótulo empre- uma arena onde a disputa é acirrada e o
basta, o processo gará uma outra tecnologia. Tudo tem de estar previsto no design, pois es- design se transforma em arma estratégica
de criação da ses três componentes se integrarão na linha de produção. para conquistar o consumidor”, diz ele.
embalagem envolve Para ele, o ambiente de um supermercado pode ser visto como uma com- Essa arena também se revela nas ques-
especialização e petição olímpica: cada produto tem de concorrer dentro da sua categoria. tões de segurança. Para Zardo, a confiden-
profissionalismo Não se pode, explica, pensar na embalagem de um detergente em pó para cialidade e o sigilo são tão estratégicos como
competir com creme dental, ou um produto alimentício. Desde a escolha do tudo que envolve a embalagem. Tanto que,
Fábio Mestriner, material, do tamanho da embalagem, passando pelo design, a definição da conta, o modelo da latinha de Leite Moça
designer e coordenador rotulagem, cada etapa demanda um estudo que vai até à escolha da caixa de com cinturinha, desenvolvida juntamente
do Núcleo de Estudos papelão para o transporte do produto até o ponto de venda. Isso inclui conhe- com a CSN, ficou trancado por três anos
da Embalagem da ESPM cimento de logística, dos tipos de pallets disponíveis e caminhões. dentro de um cofre. Há ações de cópias, plá-
gios. “Por isso é que há escritórios especiali-
zados ativíssimos na defesa da marca, dos
direitos autorais dos designers.” Essa é uma
característica que os profissionais do mer-
cado de design têm de apresentar.
Além dos designers, Zardo trabalha na
sua agência com profissionais de produção
gráfica, de planejamento, de atendimen-
to, de operação e de pesquisa. Além da
criação das embalagens, as agências des-
envolvem também material de apoio,
como folhetos e folders.
BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL EMBALAGEM | Sexta-feira e fim de semana, 26, 27 e 28.11.2010 | B7

Divulgação

Lançamentos de embalagem no mundo todo


podem ser acompanhados em tempo real
pelos estudantes no laboratório da ESPM

Profissionais dão conta do mercado


Demanda por design acompanha crescimento acelerado do consumo sem gargalos

elizmente para as agências que gens produzidas no Brasil estão sendo ex- triner, da ESPM. Hoje, mais de 80% do

F
trabalham com design, há portadas para vários países, como os casos leite é consumido nessas embalagens,
profissionais suficientes no dos produtos Marilan e Del Valle”. sem dizer que ela possibilitou o transpor-
Brasil, constata Carlos Zardo, Outra questão que envolve a produção te e o armazenamento em outras regiões
sócio diretor da Haus+Packing de embalagens é a do seu custo em relação do país, nas quais antes o consumo do lei-
Design.Os cursos de tecnolo- ao produto. Segundo Fábio Mestriner, em te era restrito justamente pelas dificulda-
gia, de formação e graduação estão dando média o custo da embalagem representa des de transporte e durabilidade, como o
conta do mercado e os de pós-graduação e de 15% a 30% do custo final do produto. Nordeste. Outro produto em que o custo
estágios de treinamento completam o ciclo. Mas há exceções. Há embalagens que che- da embalagem supera o do produto é o da
A crescente procura por essas profis- gam a custar mais que o produto, como é o água mineral.
sões tem a ver com a expansão do mercado caso, por exemplo, da sardinha em lata, Essa questão entra em outro raciocínio
brasileiro de consumo e, portanto, de em- mais a caixa de papelão. A alternativa de que justificaria os custos com a embala-
balagens. Além das agências, as empresas mercado seria a venda em caixas de gelo, gem. Ao contrário do que se possa supor,
também têm departamentos técnicos para como faz a barraca do peixeiro, impraticá- estudo feito pela Nielsen e citado pelas in-
fazer a interface com a indústria de emba- vel para o produto industrial e grandes dústrias indica que 75% dos produtos lí-
lagem e até para arquivar e reproduzir de- mercados como o de São Paulo. deres no Brasil não são os mais baratos e
senhos quando necessário. Há casos, como o do leite longa vida, sim os mais caros. Outro dado relevante é
Zardo também dá aula de embalagem em que a embalagem custa quase o preço que o mercado brasileiro está entre os cin-
no curso de design gráfico na Anhembi- do produto, mas o ganho de escala e de co maiores do mundo em muitos dos pro-
-Morumbi. Passou pela ESPM, pela Escola durabilidade compensa. “O leite antes era dutos consumidos. Em Coca-Cola, por
de Engenharia Mauá e outras. Segundo armazenado em saquinhos plásticos e du- exemplo, o Brasil é o segundo maior, diz
afirma, não há risco de falta de técnicos rava no máximo dois dias. Com a nova Mestriner. Da mesma forma o mercado de
nesse mercado. “Mesmo com o cresci- embalagem passou a durar seis meses. É alimentos para animais brasileiro já é o se-
mento do design brasileiro, já que embala- um ganho considerável”, comenta Mes- gundo maior do mundo. J.A.R.
B8 | BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL EMBALAGEM | Sexta-feira e fim de semana, 26, 27 e 28.11.2010

VAREJO

Redes de supermercados enfrentam


o começo do fim do plástico
Cada uma no seu ritmo, Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart substituem embalagens tradicionais
TEXTO A N A S I L V I A M AC I EL

eduzir, reutilizar e reciclar representa um avanço na área de refour de eliminação das sacolas ria-prima renovável e é biodegradável em

R
são, há dez anos, os lemas do sustentabilidade e é o primeiro pas- plásticas tradicionais. até 180 dias. Este é o período máximo as-
grupo Pão de Açúcar, em se so de um projeto que será estendido Uma outra novidade é que a segurado apenas para descarte em cen-
tratando de sacolas plásticas gradualmente a todas as demais lo- rede Carrefour também desenvol- trais de compostagem, sendo que o tempo
e embalagens: “todas as jas nos próximos quatro anos. veu, em parceria com a Basf, uma de biodegradação depende das condições
nossas ações estão voltadas a A ação é um desdobramento da sacola 100% biodegradável, pro- da disposição final. O produto gera húmus
diminuir o impacto do nosso negócio no participação da rede na campanha duzida com base em uma resina sem a presença de metais pesados ou sub-
meio ambiente”, afirma o diretor de rela- “Saco é um Saco”, lançada no últi- especial derivada do milho: trata- stâncias nocivas ao meio ambiente.
ções institucionais , Paulo Pompilio. mo ano pelo governo federal, e faz -se do Ecovio®, que contém ácido Para os consumidores que se acostuma-
“E não é marketing oportunista, mas parte de um plano mundial do Car- polilático (PLA), conta com maté- ram a colocar seu lixo doméstico nas saco-
atitude que realmente muda a situação”, Henrique Manreza las plásticas tradicionais, a empresa de ori-
diz o executivo lembrando que além da gem francesa desenvolveu uma opção de
participação e treinamento fundamentais saco de lixo, produzida com plástico reci-
de fornecedores e colaboradores, o GPA clado. A rede também vem realizando fó-
faz, em todo o Brasil, parcerias com as runs e palestras para orientar os clientes so-
multinacionais, como Unilever e Pepsico bre como realizar o consumo consciente.
por exemplo, além de representantes do
poder público, para amplificar e comple- WALMART PREMIA CLIENTE COM DESCONTO
mentar o ciclo do consumo consciente. Já o gigante americano Walmart incentiva
A empresa oferece aos seus clientes inú- seus consumidores a reduzir o uso das saco-
meras soluções, como embalagens retorná- las com o programa “cliente consciente me-
veis, estações de arrecadação de resíduos e rece desconto”, uma ação que acontece
sacolas mais resistentes, como forma de desde o final de 2008, e dá ao cliente um
conscientizar e diminuir a necessidade da crédito por sacola plástica não utilizada. O
utilização de embalagens plásticas. E regis- valor que o supermercado pagaria pela sa-
tra o resultado das ações: cerca de mais 2,2 cola (R$ 0,03) volta em crédito no cupom
milhões de unidades de sacolas retornáveis fiscal do cliente que deixa de usá-la e opta
comercializadas em suas redes de super e por qualquer versão reutilizável. Em vigor
hipermercados, sendo que 54% desse total em todas as 455 lojas da rede, o programa já
só no ano de 2009. Entre janeiro e setembro tirou do meio ambiente mais de 37,6 mi-
deste ano, mais de 1,2 milhão de unidades lhões de sacolas e concedeu mais de R$ 1,1
foram vendidas a preços simbólicos, com milhão em desconto para os clientes. Além
renda revertida para a SOS Mata Atlântica. disso, a rede incentiva o uso de sacola retor-
Desde 2001, o Grupo Pão de Açúcar já nável, oferecendo um dos modelos mais ba-
arrecadou mais de 38 mil toneladas de ratos do mercado (R$ 2,50). Feita em algo-
materiais recicláveis. dão cru e com capacidade para suportar até
35 kg, a sacola começa gradativamente a fa-
CARREFOUR TEM PROJETO NO INTERIOR zer parte do dia a dia do consumidor.Com
O Grupo Carrefour Brasil, por sua vez, todas essas iniciativas, a rede contabiliza
anunciou em março deste ano a eliminação que tirou do meio ambiente, só em 2009,
do uso das sacolas plásticas tradicionais na 138,9 milhões de sacolas plásticas. A com-
sua unidade de Piracicaba (SP), como pilo- panhia tem meta global de reduzir o uso de
to. Inédita no varejo brasileiro, a decisão sacolas plásticas em 50% até 2013.

Primeiro passo Médio prazo

Zero 50%
é o número de sacolas das sacolas plásticas serão
plásticas na loja eliminadas até 2013,
Carrefour de Piracicaba conforme projeta a
(SP), eleita para um rede Walmart englobando
projeto-piloto que deve se Paulo Pompílio, diretor de relações institucionais, informa que o grupo suas 455 lojas.
estender à toda a rede. Pão de Açúcar arrecadou mais de 38 mil toneladas de materiais recicláveis

S-ar putea să vă placă și