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AÇÃO INDENIZATÓRIA
EM FACE DE:
BANCO ITAU S/A, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida nesta cidade na rua
Aurélio Valporto numero 27 A, CEP: 21555-560, Bairro Marechal Hermes.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Declaro para os devidos fins e efeitos de direito, que não tenho condições de arcar com
as custas deste processo sem prejuízo do meu próprio sustento, bem como de meus
familiares, requerendo com base na Lei 1.060/50, com a nova redação que lhe deu a Lei
7.510/86, a concessão da gratuidade de justiça
DOS FATOS
Esclarece a parte autora em síntese em sua peça inicial que é cliente da
empresa ora requerida, sendo certo que sempre foi um cliente pontual com suas
obrigações e nunca teve nada a reclamar desta instituição, ocorre, entretanto que
atualmente a ré não vem atendendo as expectativas que lhe foram atribuídas e
infelizmente de forma paulatina vem denegrindo a sua imagem para com o pleiteante.
Diante de tal medida, a parte autora se dirigiu ao local do fato narrado para
informar o fato exigindo da ré explicações convincentes com relação ao ocorrido, sendo
solicitado pela mesma a gravação de vídeo do terminal do auto atendimento, para que
se pudesse efetivamente comprovar a veracidade dos fatos, entretanto foi surpreendida
com o argumento do preposto da ré que não seria possível a exibição de tal vídeo,
devendo a mesma se dirigir ao distrito policial mais próximo.
Ilustre julgador, este foi o momento mais humilhante que já passou a autora
em toda a sua vida uma vez que a mesma foi rotulada e taxada perante terceiros e até
mesmo pelo locador e imobiliário como calotoreira e mau pagadora, razão pela qual
teve o seu equilíbrio emocional diretamente afetado, ficando a mesma totalmente
desamparada diante de tal situação melindrosa e vexatória razão pela qual veio exercer
o seu pleito judicial.
Na verdade Douto Juiz, esse não era o único problema, não obstante o
constrangimento ora narrado, a pleiteante ainda teve que arcar com o prejuízo retirando
de seu próprio patrimônio a quantia de R$ 50,00 (cinqüenta reais), e depositando em
nome de Edino Xavier de Menezes, conforme se verifica pelo depósito juntado a estes
autos.
.. Está mais do que configurado pelo autor, que este tentou exaurir todo o
mecanismo de solução amigável,
DO DANO MORAL
Para Savatier, dano moral "é qualquer sofrimento humano que não é
causado por uma perda pecuniária, e abrange todo atentado à reputação da vítima, à sua
autoridade legitima, ao seu pudor, à sua segurança e tranqüilidade, ao seu amor próprio
estético, à integridade de sua inteligência, a suas afeições, etc". (Traité de La
Responsabilité Civile, vol.II, nº 525, in Caio Mario da Silva Pereira, Responsabilidade
Civil, Editora Forense, RJ, 1989).
Para o Professor Yussef Said Cahali, dano moral "é a privação ou
diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do homem e que são a
paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a
integridade física, a honra e os demais sagrados afetos, classificando-se desse modo, em
dano que afeta a parte social do patrimônio moral(honra, reputação, etc.) e dano que
molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade, etc.), dano moral
que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante, etc.) e dano
moral puro (dor, tristeza, etc.)" (obra citada, p. 20).
- fractum - referia-se a quebra ou fratura de ossos, e por tratar-se de delito menos grave,
a pena de Talião foi substituída pela pena pecuniária no valor de 300 asses em se
tratando de homem livre e 150 asses em se tratando de escravos;
- iniura - consistia em violência leve, que abrangia outras ofensas corporais, tais como
tapas, beliscões, etc, com punição equivalente a 25 asses.
É natural que antes de aderir por uma ou por outra corrente, deve
se levar em consideração que o instituto requer uma análise minuciosa a cada caso
concreto, pois à justiça, através do devido processo legal, cabe a aplicação do direito ao
caso concreto.
6. Conclusão
No que diz respeito à natureza das lesões passíveis de
indenização, hoje não mais subsistem dúvidas quanto à plena reparabilidade de toda e
qualquer espécie de dano havido, seja de natureza patrimonial ou moral, sobretudo
porque a cada dia adquire-se maior consciência de que se incrementa a vulnerabilidade
do ser humano ante as incessantes transformações da civilização de massa,
transformações estas de efeitos ainda pouco assimilados.
Pelo exposto, vem requerer que sejam procedidos os seguintes pedidos elencados
abaixo:
1) A citação da empresa ora requerida para que respondendo a presente ação venha
oferecer contestação, sob pena de revelia e confissão, devendo sobrevir todos os
efeitos decorrentes de tal medida
DÁ – SE O VALOR DA CAUSA
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